Entendendo a história e a letra do Hino Rio-Grandense - Linha Campeira #83
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- Опубликовано: 15 янв 2021
- O Hino Rio-Grandense tem uma história muito peculiar e inclusive já teve algumas versões. Mas nesse vídeo eu vou falar da versão atual e oficial do Estado do Rio Grande do Sul.
Esta versão tem a melodia composta por Joaquim José Mendanha, em 1837. E a letra escrita por Francisco Pinto da Fontoura em 1939. Ele foi harmonizado pelo maestro Antonio Corte Real, em 1934.
Tu pode perceber essa confusão de datas, mas é assim mesmo. Até 1934 não se tinha um hino oficial. Tinham algumas letras executadas em cima da melodia original. Então o foi sugerido ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, criar uma comissão pra avaliar e escolher a versão oficial.
Então a partir de 1935, nos eventos em comemoração do centenário da Revolução Farroupilha, o hino Rio-Grandense começou a ser cantado parecido ao que é hoje.
Mas a versão atual é oficial desde 7 de janeiro de 1966, a Lei nº 5.212.
Como a aurora precursora, do farol da divindade.
Foi o 20 de Setembro, o precursor da liberdade.
Nessa estrofe temos a referência ao início da Revolução Farroupilha, quando em 20 de setembro de 1835, quando as tropas lideradas por Bento Gonçalves da Silva tomaram Porto Alegre deflagrando o início da Revolução Farroupilha.
Eu gosto muito da metáfora dessa primeira estrofe, porque do mesmo jeito que a aurora todo dia precede o nascer do sol, também a data magna de 20 de setembro teve que acontecer para que viesse... a liberdade!
Mostremos valor constância, nesta ímpia e injusta guerra.
Sirvam nossas façanhas de modelo a toda à Terra.
Mesmo no meio de uma guerra cruel e desumana, era preciso manter os valores e os ideais. Coragem, brio, altivez, heroísmo. E que essas façanhas, esses grandes feitos, sirvam de sinuelo pra todos os pagos que lutam por liberdade.
É interessante que, talvez sem querer, mostremos esteja no presente. Dando a entender que a guerra ainda está em andamento.
Mas não basta pra ser livre, ser forte, aguerrido e bravo.
Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
Para um país ser livre não basta apenas um poderio militar, ele precisa que o seu povo tenha e cultive valores virtuosos para não ficar nas mãos de tiranos. Além de saber lutar, tem que saber porque ou pelo que se está lutando.
Ter virtudes, ter consciência, saber aquilo que é correto, moral e direito é o caminho para ser a liberdade. Logo, a utilização da palavra escravo está no sentido figurado como o oposto da virtude.
Então esse é o Hino Rio-Grandense como é. As outras versões do hino terão vídeos especiais para elas, que logo estarão disponíveis aqui no canal do Linha Campeira.
Como bem podemos ver, a letra é uma grande ode à liberdade e ao resgate e culto aos feitos dos Farroupilhas no período da Revolução. Quando esta letra foi resgatada e apresentada em 1934, ela tinha uma estrofe a mais, que vinha depois do primeiro refrão e dizia assim:
Entre nós reviva Atenas, para assombro dos tiranos
Sejamos gregos na glória e na virtude, romanos
Esse trecho foi cantando entre 1934 e 1966. Depois foi removido após ampla discussão na Assembléia dos Deputados Gaúchos. Era um trecho que não era muito popular e não se compreendia direito, segundo relatos, na época já se cantava só o primeiro e terceiro versos com o estribilho.
Há quem diga também que os termos como tiranos ofendia o governo militar. Mas acredito que isso não tenha tido alguma influência.
Explicando este verso, Atenas sempre foi o símbolo da democracia. Os gregos antigos, além de amantes da liberdade, eram reconhecidos como atletas, artistas, filósofos e poetas. Já os romanos eram guerreiros imbatíveis.
Desta forma, se enaltecia a bravura dos farrapos, comparando-os com os pais da mitologia: gregos na glória, romanos na virtude.
Mas então a história e os sentidos da letra do nosso amado hino são esses. E que sirvam nossas façanhas de modelo à toda Terra.
Amo esse Hino, SEMPRE fico emocionada e triste de saber que algumas pessoas pensam em tirar parte da nossa história.
Baita explicação Lucas, só não entende quem não quer entender.
Grande abraço.
Excelente! Obrigada por compartilhar sobre a letra do nosso hino, que é lindo.
Parabéns pelo vídeo, pela pesquisa e pelas explicações.
Sendo assim, cabe a nós, Gaúchos, defendê-lo com todo vigor, para continuarmos a sermos livres, "para assombro dos tiranos".
Buenas,nem acabei de ver o vídeo mas tenho certeza que é um baita conteúdo , adimiro muito o linha campeira que sempre está empenhado em defender nossos costumes e traduções.
viva o Rio Grande Do Sul!!!!!
Parece que os anões também querem mudar o hino nacional, por que fala em gigante pela própria natureza. Vou te dizer, esse povo que gosta de lacração tem que tomar uma tunda de laço
Muito bom parabéns pela criatividade 😂😂
Kkkkk.. mitou!!
Sim, claro, André Costa. Lugar de negro que reclama é debaixo da açoiteira do relho, né? Perfeito.
@@Tahylo Onde tá escrito isto, ô Ananá? Onde eu disse isso e onde o hino do Rio Grande fala em negro ser açoitado? Volta pro primario e vai aprender interpretação de texto.
Não vou perder meu tempo contigo; vai te sentar no colo de outro! De certo, eu tô esquizofrênico!!
sou de pernambuco . Acho belo o hino gaúcho . Parabéns aos irmaos do Sul pela letra
Belíssimo Trabalho,
Ontem escutando o Saudoso Gildo de Freitas fiquei a pensar na atualidade do Rio Grande!
Está discussão que se instalou sobre o hino a próxima providência deste (s), deve ser mudar o nome do cavalo criolo, chama crioula e outros termos gaúchos, mas que falta de projetos para ajudar a comunidade, estamos de fato carentes de políticos que pensem e trabalhem para o povo
super like
Muito bom, obrigada por trazer essas informações.
Mais uma vez de fundamentos está explanação acredito que foi o melhor de seus vídeos não que os outros não seja mas este e sobre o pavilhão sagrado por nós então por isso acredito neste fundamento parabéns xiru
Adorei esse hino ,quanto mais eu aprendo sobre o estado do Rio Grande Do Sul mais me apaixono , espero um dia visitar esse estado maravilhoso 🙏
Muito bom!!! Cada dia mais, aprendendo sobre a terra da minha prenda...
Excelente vídeo Lucas. Excepcional conteúdo histórico. A cronologia dos autores também ficou muito boa.
Citaste meu avô Antonio Tavares Corte Real. Gratidão!
Barbaridade muito bom guri ... Parabéns bom trabalho de pesquisa ... Ficou muito bom mesmo ...
👍👏👏👏👏👏👏💪🤠🇧🇷
Baita video tchê...!!!Muito obrigado!
Parabéns, culturalmente, esse canal é muito bom.
Infelizmente as grandes cidades cada vez mais perdem a essência do tradicionalismo e o respeito pelo passado do seu povo e chão,um grande exemplo é a qualidade dos políticos que a muito vem sendo eleitos por exemplo em Porto Alegre e outras cidades maiores.Algo que a algum tempo atrás seria uma completa aberração como tentar mudar a maravilhosa letra do hino riograndense hoje tem até discussão política sobre o assunto...
A análise feita no vídeo é incrivel , esse belo hino da uma licao a todos nos brasileiros de todos os cantos importantes licoes
Muito tri.
Abraço Daniel gaúcho e grupo
Vai até nosos canal.curta
Se o gaúcho está com Deus
Amante de fandango oClipe
Más tchê Lucas ! Bota aula de história essa! Vídeo bueno por demais!
A palavra "escravo'' tem que ser analisada no contexto de toda a letra...antagonizando "liberdade".
Gosto muito das suas explicações! Assim vou aprendendo sobre a cultura gaúcha, que adoro. Quero pedir que quando possível fale sobre a música Paleteada, de Rogério Villagran e Cesar Oliveira. Um abraço!
Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo!! 🇨🇬🇨🇬💪 Essa pergunta é para os politicamente correto, apenas negros foram escravos??
Escandinavos litros de olhos azuis eram escravos, também. Hoje ainda existem escravos na África, onde negros escravizam negros, como em 1500, na China, na Índia e até no Brasil.
O próprio hino cita Roma e Grécia como exemplos, sociedades escravistas que não escravizavam pela cor de pele.
Aliás tá na hora desta parte voltar ao hino
Não...esta pergunta e para nos respondermos. Povo sem cultura, vira escravo..
Vamos colocar nossas crianças a lerem mais e menos celulares que as burrificamm...
Não pensem que toda essa polêmica gira em torno de uma suposta interpreração enviesada do nosso hino. O culto a fraqueza e a covardia só aumenta, querem vilanizar a virtude e a firmesa de caráter para cabrestear o povo.
Acordem!
Estão corrompendo a linguagem e os simbolos, concentrando poder na mão de alguns grupos identitários que só eles têm conseguem se manter com legitimidade. Isso não é por acaso.
Povo que não tem virtude acaba por ser escravo, precisamos lutar pela nossa liberdade
👍🏼👍🏼👍🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Parabéns pelo trabalho, Lucas!
"Mostremos" sim que de fato ainda estamos lutando nessa guerra, agora cultural, contra os governos tiranos. Quem sabe, com muito esforço e estudo, conseguiremos, não reviver como dizia o verso, mas ao menos voltar a nossa atenção para tentar entender o que falavam os antigos filósofos naquela que foi o berço a partir do qual se desenvolveu todo o conhecimento ocidental. Talvez nesse futuro utópico, podendo então ser verdadeiramente cantada, faça sentido a estrofe suprimida.
Baita abraço!
Antonio Tavares Corte Real foi meu sogro e avô dos meus netos...
Só pra constar que esse verso suprimido já tinha entrado em discussão pra se retirado do hino em 64 antes dos militares entrar no poder
Gracias pelo complemento, Veroci.
Faz um vídeo sobre o Pedro Raymundo.
Apoio
Tenho um disco dele, Adeus Mariana, comprei por apenas 20 pila, o cara que me vendeu não faz ideia do valor dessa relíquia, mas comigo está conservado.
@@Delavyproducoes pagou barato, acredito que vale muito mais ,pois já vi disco do Grupo Os Nativos sendo vendido por 60.
@@alex14232 pois é, a música Adeus Mariana que batiza o disco, foi a primeira música gaúcha registrada, com compositor, que é o Pedro Raymundo, ele gravou no disco de 78rpm em 1943, e em 1960 gravou em disco, neste disco que tenho no caso, é uma relíquia e ele me vendeu a preço de bala, mas fico feliz pois tenho uma relíquia e comigo ta bem cuidado
Logo vai sair esse vídeo! Está em fase de produção textual.
Vai passar - o Rio Grande do Sul vai se reerguer.
Essa gente que quer mudar o hino não tem o que fazer? vão arrumar um trabalho
e para de encher o saco!
Sou catarinense,amo a cultura gaúcha. Só tem mulher bonita aí no sul MDS😍. Grande abraço amigão. Grato!
Só faltou desenhar e colorir!!!!
É brincadeira cada coisa
Buenas tchê, faz um vídeo falando sobre o gaitero Nelson Cardoso!
obrigado!
Buenas chê ai que me refiro
Mas bha tchê...o que leva uma caboclo querer simplesmente mudar o hino RS...um anti patriota como esse, analfabeto de atitudes, simplesmente passa por cima de toda essa maravilhosa história...esse projeto tem que ser enterrado a 30 palmos abaixo, para nem ser lembrado jamais....forte abraço 👍🏼
Além de trinta palmos, de cabeça pra baixo ainda. Rsss
Kkkkkkk....bem isso😄😄😄
Bah, este tópico me apoquentou tanto, que até voltei pra charlar um pouco mais:
Os tiatinos que inventaram esta presepada, não fizeram nenhum bem pra "causa negra". Ao contrário, demonstraram uma besta mistura de analfabetismo funcional, com o velho "catar pelo em ovo".
Meu melhor amigo era negro (era, porque agora ele está mateando ao lado do Grande Patrão - Falo de Deus, antes que algum imbecil também chame isto de racismo!) e um Xirú torto de inteligente. E tenho certeza que ele teria vergonha desta presepada!
Já pensou se no hino mencionassem o cavalo Crioulo? Iriam acusar de racismo e zoofilia!
Mas que barbaridade!
São.uns abobados da enchente!
O hino é lindo, mas não vejo perda se alterar uma parte que é contestada por um grupo que se sente humilhado com isso. Não vale a polêmica, só precisa de boa vontade e entendimento. Simples.
Tchê Lucas, bela recolhida, ermão! Tiveste o bom senso de não polemizar, embora a discussão respeitosa seja saudável. Para os demais membros do canal, aos que criticaram o protesto dos parlamentares negros, deixo um questionamento: a reclamação veio pelo verso que diz que "povo que não tem virtude acaba por ser escravo". Então, nestes termos, a pessoa escravizada não tem virtude nenhuma, é um indivíduo desclassificado? Não se ventila a possibilidade de que um povo escravizado, via de regra, seja menos armado e mais fraco, mas nem por isso, menos humano? Não seria o caso de louvores ao tirano que escraviza e desfeita do achacado? É esta a questão, notem, senhores. Ora, não se esqueçam que os guerreiros do pelotão de "lanceiros negros" lutaram bravamente, com a promessa da alforria, após a guerra, mas que foram traídos, desarmados e mortos covardemente. Por quê? Porque os líderes riograndenses notaram que seria um perigo aos oligarcas deixar negros valentes e politizados livres, andando pelo Rio Grande. Melhor foi esquecê-los e eliminá-los, depois que já tinham se prestado ao trabalho de buchas de canhão. Pensem, senhores, que se já mexeram na letra, que nem é tão antiga assim, custa adaptar e reconhecer a dignidade do negro dentro da construção histórica do Rio Grande? Sim, eu sei que é difícil, num estado com uma arraigada tradicão machista, homofóbica e racista achar espaço prá voz do negro. Que siga a tradição, que, por estas e outras sempre espantou prá longe as cabeças pensantes da cultura do Rio Grande do Sul. Se não for assim, vejamos quantos escritores renomados, por exemplo, são sócios de CTGs! Me perguntem e darei nomes de grandes poetas, historiadores e artistas dos quais tive o privilégio da amizade, mas que tiveram sérias restrições ao MTG. E eu? Eu reconheço o inestimável trabalho dos precursores que criaram uma figura identitária do gaúcho, mas quero crer que estes mesmos, se vivos fossem, estariam abertos ao diálogo. Desculpem pelo alongamento e aceitem um abraço forte!
O próprio hino, em sua versão original, tem referências sobra a antiguidade clássica. Mas, nessa parte em questão: Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo -, reflete sobre um cenário de guerra, que os prisioneiros ou eram mortos, ou eram escravizados. E, isso foi comum nas guerras dos períodos clássicos (Sejamos Gregos na glória, e na virtude romanos), medieval, moderno, e até contemporâneo - tendo em vista a Revolta dos Farrapos. Dessa forma, querer mudar um dos mais importantes versos do hino por ignorância e até por racismo - pois vincular o escravo ao negro é racismo puro - é falta de amor ao chão gaúcho. Somos o estado mais bairrista desse país, aprendemos na escola o hino e não há como não se orgulhar quando cantado. Temos nosso próprio mês, Setembro. Temos nossa cultura muito bem enraizada, diferente de algumas partes do país. Cantamos com orgulho essa parte, pois nossos guerreiros (No geral, sem etnia ou cor de pele) lutaram com garra, sem rendições, com virtude, não nos sujeitando ao Império. Espero do fundo do meu coração que esses políticos jamais chegam ao topo do Governo Estadual, para que o Hino do Estado do Rio Grande do Sul seja preservado e a bravura dos soldados Farroupilhas resguardada.
A expressão “escravo” não tem relação com negros, ou qualquer povo vítima de exploração na história contemporânea Não havia relação com a cor ou a religião do cativo, mas com obediência a ordens em decorrência de dívidas/batalhas, com a submissão as ordens de um senhor. Esse é o sentido do termo em nosso hino. Os gaúchos viviam um período difícil de crise financeira, forçados a pagar cada vez mais impostos para um Governo imperial que não dava qualquer contrapartida. A canção conta a história de um povo que cansou de obedecer cegamente um Governo tirano e decidiu lutar por seus direitos. E os bravos lanceiros negros, que merecem todas as homenagens que a história lhes conferiu, fazem parte dessa luta e irresignação peculiares dos gaúchos, pois lutavam em defesa de sua liberdade.
Povo que não se insurge contra violações a seus direitos e liberdades individuais é um povo que se torna cativo de Governos tiranos.
Nada a ver com gregos e romanos, ou TUDO a ver?
Acredito que a referência se perdeu com o tempo.
As vezes eu me mudo para outro planeta e não acompanho as "polêmicas". Ou talvez eu faça alguma coisa útil com meu tempo e não dou trela pra baboseiras, então precisei pesquisar qual era a tal polêmica, e, barbaridade!, quanta asneira!
O trecho mencionado, não tem nada a ver com esta ou aquela etinia, e sim, diz que aquele que não tem virtude, vira escravo, por conta da mediocridade.
É claro que ainda existe racismo, mas bah, que se levante a lebre quando TIVER lebre no campo!
Não teve polêmica nenhuma... Só lacrador imprestável fracassado que quer palco pra mostrar como vive e quer que nós todos vivamos...
Segue normalmente o RS e o BR, graças a Deus!
Temos que explicar o obvio.
Amo esse Hino, SEMPRE fico emocionada e triste de saber que algumas pessoas pensam em tirar parte da nossa história.