20 Curiosidades sobre Bochincho do Jayme Caetano Braun - Linha Campeira
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- Опубликовано: 25 июл 2024
- Como toda a obra de Jayme Caetano Braun, Bochincho tá recheado de termos e expressões bem terrunhas que muita gente não conhece… então vou trazer esses detalhes que enriquecem muito a obra.
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O poema “Bochincho” foi publicado pela primeira vez no livro “Bota de Garrão” de 1966. Eu tenho essa edição de 1982.
Bochincho é escrito em décimas, que são estrofes com 10 versos cada. E na versão original contém 17 décimas. E depois tem outra versão com 18 décimas. Mas isso eu vou te explicar lá no final.
A palavra Bochincho significa baile, bailanta, festa, mas é aquelas festa mais rude, com gente de tudo quanto é tipo. Que geralmente dá umas peleia e umas confusão no final.
Ou como eles mesmo já verseou em Pátrias Fogoes e Legendas.
Bochincho - Baile de rancho, de baixa categoria
vinho - cachaça - anarquia e cordeona entreverada
Bochincho de cola atada é o bailongo onde a xirua
dança mais ou menos nua e a indiada dança pelada
Um termo que aparece na primeira estrofe é quirera. Também é falado quirela em alguns rincões. São os grãos de milho que tão pilonados ou seja triturados no pilão e que são dados aos animais, principalmente a pintaiada.
Na segunda estrofe o zaino é atado num galho de guamirim. Guamirim é uma arvorezita bem tradicional da região sul do Brasil. Geralmente se tem na volta das casas porque dá uma sombra boa e atrai a passarada.
Em seguida aparece a expressão: Em bruxas não acredito, pero que las hay, las hay. É uma expressão castelhana bem conhecida: Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay. É de autoria do Miguel de Cervantes, aquele mesmo do Dom Quixote. E significa: Em bruxas eu não acredito, mas que elas existem, existem.
No terceiro verso é citado a forma do rancho onde acontece o tal bochincho. “Num rancho de santa fé de pauapique barreado” Rancho com telhado coberto de capim santafé e as paredes feitas de pau a pique e preenchidas com barro.
Depois aparece o termo candieiro, que é um antiga lampada, muito comum pra campanha, que era alimentada com querosene ou oleo vegetal. Vale ressaltar que tu pode falar também candeeiro ou candiero que é a mesma coisa.
No verso seguinte tem o termo lechiguana, que é simplesmente abelha.
Logo em seguida aparece 2 palavras pra descrever a china que é Temporona e percanta. Temporona é quando uma fruta amadurece antes do momento correto, talvez aí o Jayme tenha utilizado pra contar que a china já era uma mulher de ideia madura, mesmo sendo de pouca idade. E percanta é um sinônimo pra mulher, amante e até mesmo mulher da vida.
Mais adiante tem o termo oitavado, que é o jeito peculiar que a gente tem de se escorar no balcão, escorando o cotovelo e cruzando uma perna. Dessa forma o corpo faz um 8, por isso oitavado.
E na mesma estrofe fala em capincho, que é o macho da capivara.
No outro verso aparece o termo pinguancha pra se referir a china. E de fato tem o mesmo significado que percanta.
Também tem o talonaço de adaga, ou seja desceu a adaga pra abrir um talho bem graúdo.
E quando a peleia tá inflamada nesse tal bochincho, se diz: Soltei seu marca touro. Ou seja ele desce o facão da marca touro.
Mais ao final o Jayem diz que não vai ficar pra semente. Logo ele vai é fugir dali pra que não corra o risco de acabar debaixo da terra como as sementes.
Agora no final do verso tem 2 histórias interessantes sobre o Bochincho. A primeira é quanto a pelagem do cavalo do Jayme. Nesse livro ele diz: Atei meu zaino, longito, num galho de guamirim.
O Noel Guarany gravou em 1975 esse verso no disco Sem Fronteiras e lá ele fala Zaino.
Porém o Jayme gravou em seus discos Payador em 1983 e Paisagens Perdidas em 1993 Atei meu baio, longito, num galho de guarmirim…
E tem uma coletânea que é Payada, Memoria e Tempo, que são gravações ao vivo de payadas do Jayme e no volume 3, ele diz: Atei meu pingo, longito, num galho de guamirim.
E quando tu tá declamando Bochincho, depois que tu cruza o Uruguai a nado, o povo sempre pergunta: E a china?!
Na versão original, essa que tenho aqui, depois que ele diz que a história desse bochincho faz parte do meu passado, já vai pro verso final. E a china, eu nunca mais vi…
Essa é a versão que o Noel gravou e que está em Payada, Memoria e Tempo, e também em Payador, que são as versões que foram gravadas mais antigamente.
Depois, em Paisagens Perdidas é acrescentada mais uma estrofe. Onde depois de dizer: que a história desse bochincho faz parte do meu passado, aí vem uma voz e diz: E a china?! Aí ele complementa dizendo que todos perguntam da china e ninguém se importa com ele.
Sou Paulista do interior, porém trabalhei no final da década de 80 no meu querido Rio Grande. E até hoje nos churrascos aqui, não deixo de reclamar O BOCHINCHO... Mesmo muita gente não entender quase nada, é sucesso na certa, e depois tenho que traduzir para os amigos. Um forte abraço de um paulista com coração gaúcho, que não deixa de tomar um bom chimarrão. Já me inscrevi no canal tchê.
Tu falou "nos churrascos aqui". Pois é, nós gaúchos insistimos em pensar que o churrasco é uma invenção nossa. Na verdade, desde que o homem primitivo descobriu que queimar a carne a deixava mais saborosa e menos perigosa o churrasco existe.
Ouço, e "declamo", essa poesia desde que me conheço por gente. E só há pouco tempo me dei conta que o tal baile era num "cabaré" campeiro. E, com todo o respeito, mas entendo diferente o verso "Não vou ficar pra semente, MAS gosto de andar no mundo.", pra mim quer dizer: sei que não vou viver além do tempo que me é destinado (como os grãos que, em vez de serem consumidos, são guardados, para semente), MAS, por outro lado, não quer morrer antes da hora, porque "gosta de andar no mundo".
Jayme era primo do meu sogro. Um grande artista! Orgulho do chão Missioneiro!
Sensacional, não conheço ninguem que consegue descrever tão bem uma situação. Faltou falar um dos pontos que pra mim é um dos mais importantes, o gaiteiro. Ele volta no gaiteiro trazendo até um certo humor para a poesia, parabens pelo teu conteúdo, ganhou um seguidor!
Jaime, nosso maior poeta
Primeira pajada que escutei. Me marcou de tal jeito que me lembro do dia. Foi num dormingo a tardinha, na rádio da ufpel, no programa grito pampeano. Que baita artista esse Jaime. Traga novas pajadas por favor. Muito bom o vídeo e parabéns pelo ótimo trabalho.
Hola gurí, te conto que eu morei no norte da Argentina, nas províncias de Catamarca e Tucumán. Te conto lá, na fala campeira se utiliza a palavra LECHIGUANA, más não é o mel de abelha. Lechiguana é o mel de uma vespa selvagen, que é muito doce. Mas, pra procurá-la tens que ter o coragem enfrentá-las para não ser bicado por elas.
Se quizeres ouvir música, procura em RUclips a chacarera: Corazón de Lechiguana
A forma de "tirar lechiguana", ou seja, tirar o mel dessa vespa, é tirar num dia de muito frio, que os insetos ficam encarangados e não conseguem reagir.
Por isso existe o ditado: "frio de tirar lechiguana", ou "frio de lechiguana".
Tenho o livro de fogão em fogão segunda edição de 1958, reliquia, poesia como Tio Anastácio, Galo briga, oferta, entre outras.
Guarde num cofre essa relíquia!
Parabéns pela explicação, sou de Sao Luiz Gonzaga, e é isso mesmo, os termos até no dia de hoje qualquer guri cresce ouvindo e entende esses termos pois é usado no seu dia dia , principalmente quem vive no campo.
Sou fã de Jayme Caetano Braun! "Desde guri fui assim"... E cada festa ou evento tradicionista que vou sempre procuro declamar o Bochincho, a última vez foi dia 04/11 numa festa de parentes em Porto Xavier. E sempre falo que há três coisas que jamais veremos de novo: Pelé no futebol, Papa João Paulo II na religião e Jayme Caetano Braun na poesia pois são seres únicos.
Bom dia. Parabens pelo canal. Candiero aqui nas bandas é feito com taquara...querosena e trapo.
Eu adoro esse poema sei declamar do início ao fim aprendi com meu velho avô
Quando ele fala que o pingo era um capincho, ele quer dizer que o cavalo nadava tão bem ,quanto uma capivara. Em castelhano capivara e chamado de carpincho.
Bem isso.
Exatamente!
Linda por demais esse aula que nós encina.o vocabulário dos gaúchos.Parabens,Vivente do céu essa mensagem é tchê gaúcho um conto do pago antigo.
Buenas! Na minha interpretação, a parte que diz “não vou ficar pra semente” é no sentindo de que quem não fica pra semente é consumido antes, como no caso do milho que, se não for guardado pra semente, é usado pra tratar a criação. Tudo isso é reforçado pela conjunção adversativa MAS, que é usada logo em seguida em “mas gosto de andar no mundo”, passando uma ideia oposta à primeira.
Notei que no Rio Grande quirela ou quirera aqui no planalto serrano se usa este milho quebrado miúdo cozinho com costelinha de porco 🐖 algo especial de bom inclusive acompanhado de um feijão crioulo 😅😊bah é algo de outro mundo. Fica dica 😅✊🙌
Parabéns pelo canal.
Jayme Caetano Braun maior poeta do Brasil
Além de maior poeta, ali um gaúcho do tempo da revolução.
Baita conteúdo! Parabéns!!!
Sem palavras parabéns mais uma vez que explanação de primeira e obrigado por deixar este canal e nos mais entendido da nossa cultura
Parabéns Lucas. Sou fã do Jaime é tmbm sou admirador do seu trabalho. Ótimo conteúdo
Que belo vídeo! Parabéns!
Jayme Caetano Braun e o melhor escritor
Jayme é muito bom mesmo 👍 ótimo conteúdo! 🔥
BOM DIA TEU LUCAS NEGRI ,
EU SOU
GONCALO PAZ ,
MORO EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO , ADORO ESTE TEU PROGRAMA UMA DAS RAZÕES É PELA QUANTIDADE DE INFORMAÇÕES REFERENTE AO RIO GRADE DO SUL , SAIBA ESTE É O MEU ESTADO PREFERIDO NA MINHA PRÓXIMA EXCURSÃO .
EU GRAFEI " TEU "
PORQUE SIGNIFICA AMIGO , E VOCÊ É PARA MIM , UM ÓTIMO AMIGO
GONCALO PAZ
Numa gravação que tem aqui no YT de um show do Jayme + Cenair Maicá +Chaloy Jara (1984 em Chapecó, SC), quando ele canta o Bochincho ele fala Baio Também.
Ainda existe uma versão gravada nos anos 80 pelo declamador Sebastião Fonseca de Oliveira num LP de nome "Chimarrão da Madrugada", que contém também uma poesia de mesmo nome, de autoria do grande Aureliano de Figueiredo Pinto.
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Parabéns pela buenacha explicação do texto da poesia do
Jayme.
De outra feita pode acrescentar para aqueles que não dominam as expressões gauchescas.
Uma assertiva sobre
" medonho buenas tarde "
Tuas explicações são buenachas. Teria uma contribuição: lichiguana, trata-se de um pequena colmeia em forma de bola, grudada geralmente numa árvore ou no oitão das casas da colônia, feitas pela vespa denominada geralmente como camoatim e não pela abelha (Apis melífera). Outro termo é o "não vou ficar prá semente", significa, não vou durar para sempre. "vou subir", um dia ou outro. Abraço.
O bochincho tem que virar um filme!!!! é um roteiro perfeito!!!!!🎥🎥🙏🏾🙌🏾
mas já virou! E um baita trabalho!
@@LinhaCampeira qual o nome da película, tchê?
Tem também a variação em "o vício é que nem sarnoso" e "o índio é que nem sarnoso". E a sua outra payada O Último Bochincho, com história parecida e também bem bagual!
Parabéns Lucas.
Tenho o disco Payada do Jayme. Ele é uma referência, realmente.
Só é ruim pq o video acaba kkk, parabens bão de mais tchê.
Esse é o único defeito dos vídeos do LC Com certeza!!!
Gracias pela parceria!
Merece um FILME
Já tem !!!
Isso a lei hoanet não alcança, pois nós sulistas temos pouca expressão para o restante...
Alcança. É só apresentar projeto e concorrer !
Em relação à "Não vou ficar pra semente, mas gosto de andar no mundo..."
Acho que é no sentido de que o protagonista da história sabe que não vai viver eternamente, mas como gosta de andar no mundo, gosta da vida, se defendeu como pode para sobreviver à briga generalizada.
Também entendo assim
Perfeito
O grão que fica para semente é aquele que não se come, se guarda. Teu raciocínio tá certo.
Aí agora se classificamo! Gracias pelo complemento, Sirlei! Audiência qualificada é tudo!
Exatamente, ele não pensava em viver para sempre, porém gostava de estar vivo. Ou seja, era cedo para morrer!
Isso é Rio Grande Che!! 👏👏
Também sou um fanzazo do Jaime e não tinha reparado nestas modificações, aliás até tinha mas não dei importância achando que era o Noel que tinha deixado de fora.
Mas, entre comandos e pica pausa vamos saber o k sabemos ke a bombacha veio depois de 1900
Mas faz parte
Eu tenho essa versão!
Eu rio sozinha toda vez que imagino a cena da peleia estourada e o gaiteiro nem aí, como se nada estivesse acontecendo. "Ah, tava demorando... Já, já, passa. Segue o baile!"
Buenaço vídeo sobre o Jayme, Lucas...
Parabéns e faça mais vídeos assim...com todos os outros grandes nomes - esses que são verdadeiras legendas - do Gauchismo !!!
Abraço, hermano viejo...
Sucesso...
Sou la de São Luiz Gonzaga
Faz um vídeo sobre a pelagem dos cavalos. Abração e parabéns pelo canal.
Proziei muito com ele no Internacional de Vacaria
Tchê amigo Lucas N Jaime Caetano Braum foi e ainda é o maior pajador e único que o Rio Grande do Sul teve amigo me mande uma ajuda para encontrar mais livros do Jaime no mercado livre não estou achando abraço
Se a consciência de um povo como o nosso pode ser representada por uma unica pessoa esta é jaime caetano braun assim como a voz de nossa alma era e é cesar psssarinho..
Uma das minhas preferidas!
Tchê sou Fabio cria lá do Itaqui fã incondicional do Jaime Caitano conheci essas poesias em guri só não consigo mais encontrar as letras
Aqui nesse link tem bastante poesias: www.juntandorimas.com.br/poesias/jayme/ só clicar no nome daquela que tu quer.
Assistindo esse video eqto engraxo minhas bota, ja dei o like antes do começo
Muito bom
Tchê, agora sim estás com um lenço de respeito. Vermelho maragato. Gaúcho não usa aqueles lencinhos coloridos.
Pinguancha vem de pingo e significa potranca bonita.
Foi um baita poeta pajador. O melhor.
Explicações muito pertinente Negri.
Moro no Maranhão balsas
Verdade seu Jaime era taura da poesia
Bah que massa essas explicações 👏👏👏
Eu estava aqui e do nada lembrei dessa poesia e resolvi escutar ela para ver se ainda sabia toda 😍
Amei esse vídeo, tá de parabéns 👏👏👏👏
marca touro é um 38 taurus ...""eu quase sem munição e todos atirando em mim "
Acredito q "meu zaino era um capincho" pq o animal nadava bem
Buenas mas tem uma versão que no início antes de começar ele fala :
As damas peço perdão e aos cavalheiros também, isso é algo que me vem
Do fundo do coração ............ E depois começa a declamar o Bochincho
Esse Jayme era bueno por demais! Repare as tirada do home!
Guamirim! Nas Missões é comum, uma fruta muito boa e folha muito cheirosa.
Seu fã das histórias do Jaime também
E tem o filme agora.
Já viu?
Olá amigo ,muito bom seus vídeos ,mas gostaria de fazer uma pequena observação ,a frase não vou ficar pra semente é muito utilizada aqui na região e significa que ninguém vai ficar para semente ,que um dia partimos ,aí o Jaime escreve mas gosto de andar no mundo ,então não é que ele fosse ser enterrado como uma semente ,mas justamente o contrário .com todo respeito a teu trabalho .um abraco
Gracias pelo complemento, Alceu. Eu acho que me equivoquei nisso mesmo. Baita abraço!
O que o poeta quis dizer foi "não quero morrer agora". Ou: me dei conta de repente que se eu ficar aqui dando sopa vão me matar... então saí pela porta dos fundos abaixo de tiroteio.
Buenas meu querido Lucas tudo tranquilo tenho 2 observações pra fazer sobre tua descrição se não me levar a mal claro ...primeira (com gosto de temporona que traz água na garganta ) se referia a doçura da moça e da agua na boca que salivamos quando comemos uma fruta temporona espero que vc ja tenha comido uma...segundo (eu não nasci pra semente mas gosto de andar no mundo ) se referia a que nenhum de nós vai viver pra sempre e ficar vivo como semente e que um dia vai morrer com certeza mas não era a hora ok, Espero que não fique chateado pois meu pai foi peão de fazenda e depois capataz de uma das Fazendas Delapiezze e seu vocabulário era so este mesmo ,Grande abraço meu nome é Luis Renato
Mas tche... eu te agradeço por esse chasque ai! Rica contribuição! Mil gracias pela parceria. Baita abraço.
Obrigado@@LinhaCampeira por esses videos mostrando nosso Rio Grande e nossos costumes o meu cincerro da égua madrinha esta sempre aguardando um novo video grande abraço.
Mostra mais video sobre ele
Tchê, Lucas, vejo que outros companheiros também fizeram observações neste sentido, de apresentar outras vertentes, digamos, dos termos usados. Por exemplo: talonaço, sempre entendi como bater com a tala, como no caso do mango, com o facão seria o tradicional "estouro", dando com a folha da arma. Outra citação é o "buenas tarde (s)", que é um corte no rosto, ou o decantando "talho na cara". Também, "não ficar prá semente", seria não viver prá sempre e ficar prá continuar uma espécie - e não conhecia com a variação de "não ir prá baixo da terra". Tanto que o verso diz que "não vou ficar prá semente (não vou viver prá sempre e um dia terei que morrer), mas gosto de andar no mundo", note bem. Neste caso, seria o contrário de "ir prá baixo da terra", então.
Quanto à obra do Jayme, realmente, concordo que seja de uma qualidade muito peculiar, uma vez que ele era um homem que viveu o que escrevia, e assim, não dizia bobagens, mas mostrava grande conhecimento das lides e realidade campeira. Porém, eu, particularmente, gosto demais de Aureliano de Figueiredo Pinto, que é um poeta que não me deixa dizer que o Jayme é o maior e inigualável. É isso, meu galito campeiro... Um abraço de todo o lombo, ermão!
Gracias pelo complemento, José. È sempre uma alegria quando tu comenta por que sempre aprendo algo mais! Eu conheço pouco do Aureliano, logo vou adquirir a obra dele. Agora to zerando as do Jayme.
Todas dele são boas.....mas essa com certeza é diferente...
Faltou o buenas tarde, que é posição que ele larga o facão.
Rapaz, eu achava que o marca touro era o revolver da marca taurus que seu emblema é um touro...
Eu já tive essa dúvida quanto ao cavalo. Até pesquisei se zaino e baio podiam ser sinônimos, mas não cheguei a nenhuma conclusão.
Explica O Ultimo Bochicho.
Buenas, gostaria de fazer um comentário sobre o termo ficar pra semente, que pelo que eu entendi, e sempre ouvi falar, seria nao viver pra sempre, nao viver eternamente.
Muito bom o vídeo… faltou apenas explicar o que é um “medonho buenas tardes”.
O buenas tarde é um talho, um corte no rosto.
@@LinhaCampeira Eu entendia que era um movimento com o facão, que se faz ao entrar num recinto.. (Buenas tarde!)... Só que esse do bochincho foi medonho pois foi no sentido de ferir, e não cumprimentar..
Explica mais dos termos do Bochincho: "chinaredo a bola-pé", por exemplo.
Buenas Lucas. Qual é o sentido da frase "o chinaredo à bola pé"?
Ótimo vídeo. Abraço.
Tá aí a resposta: ruclips.net/video/kYy5IUbdgTI/видео.html
Bola pé seria "de pé descalço"...
Bueno, não sei se procede mas eu aprendi que por marca touro ele estava se referindo a um revólver da Taurus. Inclusive mais adiante ele fala que já estava "quase sem munição".
A propósito parabéns Lucas pelo brilhante trabalho que desenvolve neste canal!
Gracias pelo complemento. Agora que me toquei disso. Faz sentido... bamo estudar de novo.
Não procede, antigamente existia um facão “Marca toro” semelhante ao corneta.
@@gustavoviniciusdeavilaneri1749 existia e ainda existe amigo kkk
Tenho apenas uma dúvida sobre a passagem " Não vou ficar pra semente"! Lembro q lá no interior, " nos fundos da grota" , o povo se refere a ficar pra semente é aquele q vai ficar pra "Sempre" , vai ser a semente, vai durar pra sempre!!! Pode ser q eu esteja enganado
Está certo o teu entendimento. Eu me equivoquei.
@@LinhaCampeira mesmo assim parabéns, sou teu fã, e fã dos seus vídeos, gaudérios uma barbaridade tchê!!!
A frase não vou ficar pra semente , tem duas interpretações és tu você apresentou , e outra ,não vou ficar pra semente , não vou durar para sempre , mas, gosto de andar no mundo
Boa tarde tem como conseguir a poesias medicina campeira e dicionário crioulo não consegui no iotub
A pelagem vai depender do Pingo que ele está lembrando na hora em que declama kkkkkk
Tchê, mas no disco PAYADOR ele fala mesmo em zaino e não baio.
Acho que não foi minha primeira mensagem aonde falei o nome das poesias medicina campeira e dicionário crioulo
Buenas tchê tava ouvindo aqui ele diz que atou o baio num galho da guamirim e lá no final do verso ele diz que atravessou o Uruguai a nado e o zaino era um capincho,fico pensando como que o baio lá do início virou zaino no final?
A noite todos os cavalos dão zainos hahaha mas agora, eu acho que é uma piada dizendo que ele cruzou o Rio Uruguai montado num capincho mesmo hahaaha
@@LinhaCampeira tá Bueno kkk
Faltou buenas tarde.
E a parte que ele fala que é um Tapejara, oque quer dizer?
Tapejara é aquele vivente que é vaqueano, que tem sabedoria, experiência, que conhece das estradas e das coisas.
Lucas, deonde ou como tu conseguiu esse estribo com a cuia no meio?
É um estribo solteiro que ganhei de um amigo. A cuia de metal é uma lembrança de Buenos Aires.
Buenas, longe de mim tentar fazer correção na tua memorável explicação, porém algumas explicações ficariam mais claras como quirela mesmo que milho quebrado, triturado... lechiguana vespa escura que faz sua colmeia como a do camoatim porém rasteiras, perto do solo onde os lagartos gostam de melar e talonasso quando a batida se dá com a lateral da lâmina do facão e não com o fio, e por fim oitavado quando se senta de forma atravessado a mesa (desconfiado)
Gracias pelos complementos, Claudio. Aí agora se lavamo! Como é bueno a audiência qualificada.
História do estribo três quina
Aperos não são muito a minha especialidade. Mas vou dar uma pesquisada.
Bueno! Dale estudar, declamar e decorar as payadas do Jayme.
Qual a sua função.
Desculpa indio velho, mas a questão da semente eu entendo de outra forma;
"Não quero ficar pra semente" ou seja (perdurar no mundo pra sempre, sendo reciclado, plantado) sei que um dia chegará meu fim "mas gosto de andar no mundo" (quero continuar vivendo) minha hora ainda não chegou !
Um forte quebra costela vivente !!!
Mas esta poesia é melhor com Noel Guarani declamando, embora seja de Jaime Caitano!!!
Opa, que tal? Não querendo discutir ou desmerecer o teu amor e teu trabalho...
"Ficar pra semente" - meu pai usa - e significa - "viver pra sempre" ou nascer de novo, antes de morrer... Como a "fênix"... Enfim- abraço.
Marca touro = revolver tauros com cabeça de touro dedenhada na coronha
Pra semente = vou morrer um dia, más não hoje se puder me defender ou fugir.
E un facáo 3 listas marca Touro
Fui defender o mato grosso do sul no laço cumprido
Erraste o sentido de "não ficar pra semente". Significa "não vou viver para sempre".
Da onde que tu é vivente?
Obs: não ficar para semente, significa que ele admite que um dia morrerá, mas não será nessa feita!
Exatamente. Não vou ficar pra semente, mas gosto de andar no mundo. Ou seja, não vou durar pra sempre, mas também não quero morrer logo.