Um livro antigo, mas excelente sobre física nuclear, que pode ser encontrado em sebos é: "O Átomo" (Dr. Fritz Kahn), da antiga Editora Melhoramentos, foi sucesso de vendas numa das Feiras do Livro, de Porto Alegre, RS, nos anos 60, uma época na qual se valorizava muito a educação e, também, os Professores! Abraço!!!
Mais um vídeo fantástico! Você é fera e tem bastante paciência para explicar os fatos, características de um Professor extraordinário! Pessoas que não tem essa paciência jamais deveriam se formar Professores! Um Abraço!!!
ÓTIMO CANAL 👏 , EU SOU GEÓLOGO E ESTOU APRENDENDO MUITO AQUI , KKK MAS O MAIOR POBLEMA MESMO E A FALTA DE POLITICO COM VISAO DE FUTURO, E VONTADE POLITICA PRA ATIVAR O POTENCIAL MINERALOGICO BRASIL
8 месяцев назад+1
Pois é. Imagina como deve gerar propina alagar milhares de km quadrados para fazer uma hidrelétrica. Uma usina nuclear ocupa muito menos espaço. E a tecnologia, se for necessária, pode ser até importada. Você sabe melhor do que eu, no Brasil têm Urânio, mas parece que a ideia é mais a de exportar do que usar.
@ Sim meu nobre cientista, Nunca tivemos políticas Públicas para valorizar a nossa riqueza..... Como a China por Exemplo que agora não permite nein se quer repassar os conhecidos para a recuperação de terras Raras
Permita-me respeitosamente discordar de você. Já há um consenso na comunidade científica de que a utilização da energia nuclear pode não ser essa maravilha toda que certos setores da sociedade/economia dizem ser. Como bem diz o Dr José Goldemberg, Doutor em Ciências Físicas pela USP, Co-Presidente do Global Energy Assessment e Presidente da FAPESP, "Em todo o mundo, a energia nuclear está sendo, gradativamente, substituída por outras alternativas energéticas. Mesmo países como França e Japão, que investiram maciçamente naquela opção, estão revendo sua posição em prol de fontes mais seguras de energia. Isso porque a energia nuclear, que, em algum momento, pareceu ser uma opção barata e segura, revelou-se, na verdade, cara e perigosa." Num país onde nada acontece com os responsáveis por um dos maiores desastres ambientais do mundo (o rompimento da barragem em Mariana, em 2015) e onde o descarte de material radioativo pode ser tão negligenciado como no acidente radioativo em Goiânia (1987), é necessário ponderar se este é um risco que podemos realmente correr. No meu entendimento, a energia solar se mostra como um potencial muito mais seguro para a produção de energia.
Estou com dúvida entre os resíduos gerados pelo plutônio em relação ao urânio . Eh pior?
8 месяцев назад+2
Qualquer resíduo de material físsil é ruim. Porém, é necessário menos material de Pu do que de U. Lembrando que o U não é físsil e precisa ser ativado para a reação em cadeia. Já o Pu, só com 10 kg já é o suficiente.
Faltou dizer que o uranio 238 não é radioativo e por si inútil na produção de energia. Por isso a enorme vantagem na sua transformação em plutônio.
8 месяцев назад+1
Mas aí você está falando do Urânio em sua forma iônica, a qual formam minerais, e realmente, aí ele não é radioativo. Eu me refiro ao Urânio em seu estado de oxidação zero, ou seja, o metal fundido em sua forma enriquecida.
@@dandan_mushi muito obrigado. É bem difícil produzir, pois o estudo é bem específico e a edição é complicada. 20 minutos de vídeo são 5 horas de edição.
Os reatores breeders e algo muito dificil de um pais como o Brasil ter?
8 месяцев назад+1
Três países do BRICS tem reatores desse tipo. Pode ser que a tecnologia seja repassada, mas creio que o problema para possuirmos algo assim é a questão técnica. Apesar de termos Angra, creio que não há incentivo nesse tipo de tecnologia, pois o interesse do Brasil é alagar áreas imensas.
Qual e a massa critica do Pu? E seu ponto de fusao?
8 месяцев назад
Olha, falando do Pu-239, a massa crítica é em torno de uns 10 kg. A partir dessa massa o material gera a reação em cadeia. O ponto de fusão dele é um pouco acima de 630 graus celsius. É incrível que só 10 kg é suficiente pra isso. Inclusive o volume é bem pequeno 😉⚛️⚗️🧪
O fato do Plutônio ser muito denso não é suficiente para explicar o porquê dele ser melhor que o Urânio para a produção de energia, já que o Urânio também tem uma densidade de quase 20g/cm³, como o Plutônio. Neste caso, seria mais eficiente tentar conseguir um isótopo radioativo de Ósmio que tem 22,6g/cm³ de densidade.
8 месяцев назад+1
Na realidade é sim. O ósmio, apesar de ser denso, não é encontrado em grandes quantidades no planeta, diferente do urânio, que é relativamente abundante. Além disso, o urânio já é radioativo, não precisa ser gerado um isótopo radioativo, como com o ósmio, que inclusive não existe. Em resumo, o ósmio é relativamente raro, não é radioativo, sua extração e, se for tentado gerar um isótopo radioativo, ficaria algo EXTREMAMENTE, caro e inviável. Então sim, por ser radioativo, ser fissionado com apenas 10 Kg e por ser denso, o plutônio é excelente para gerar energia e, sempre, a melhor opção.
@ Entendo o que quer dizer, mas o que quis dizer é que, a diferença de densidade entre o Urânio e o Plutônio não é muito grande para explicar essa preferência de usar o Plutônio. O Urânio tem densidade de 19.05g/cm³ e o Plutônio tem 19.8g/cm³ (essa diferênça não explica a escolha do Plutônio). Como combustível nuclear, o Urânio enriquecido é o mais utilizado. Porém, um processo de enriquecimento do Urânio é necessário, visto que, o Urânio encontrado naturalmente possui 99.3% do isótopo 238 e apenas 0.7% do isótopo 235 (que é o responsável pela fissão). O processo de enriquecimento do Urânio é complexo e muito caro e a técnica mais utilizada é a de ultracentrifugação. Já o Plutônio é produzido nos próprios reatores nucleares, sendo considerado um subproduto da própria geração de energia nuclear. Ou seja, pode-se pensar na utilização do Plutônio como uma reciclagem dos próprios resíduos da geração de energia nuclear. Falando, agora, de rendimento energético, 1Kg de carvão mineral produz cerca de 3Kwh de eletricidade. Já 1 Kg de Urânio enriquecido produz cerca de 50 mil Kwh de eletricidade. Finalmente, 1 Kg de Plutônio pode produzir cerca de 6 milhões de Kwh de eletricidade. Daí, a minha afirmação sobre o fato da diferença de densidade entre o Urânio e o Plutônio não ser suficiente para explicar quem é melhor para a produção de energia. Pois se uma diferença de densidade tão pequena, como a que existe entre o Urânio e o Plutônio, fosse o motivo que torna o Plutônio tão mais eficiente na produção de energia (120 vezes mais eficiente), valeria muito a pena investir em estudos para tentar fabricar um isótopo artificial radioativo do Ósmio ou outro metal de alta densidade como o Irídio, que possui uma diferença de densidade muito maior que a diferença entre o Plutônio e o Urânio, pois a eficiência energética seria centenas de vezes maior que a do Plutônio. Só um complemento... comparando, o Plutônio é 120 vezes mais energeticamente eficiente que o Urânio, tem densidade 1,04 vezes maior, é um subproduto do próprio uso do Urânio, mas é extremamente difícil de lidar por questões de segurança e saúde. Já o Tório é 200 vezes mais energeticamente eficiente que o Urânio, não produz o Plutônio como subproduto, ou seja, tem menos questões de segurança a se lidar, é três vezes mais abundante que o Urânio, o que o torna uma alternativa muito mais promissora e tem uma densidade de apenas 11,72g/cm³, provando que não é uma questão de densidades.
Será que bilhões de anos atrás não poderia ter existido Plutônio no universo e devido ao decaimento ele desapareceu?
8 месяцев назад+3
É possível sim. Até elementos mais pesados. O problema é conseguir determinar se os mesmos existiriam, por conta do decaimento mesmo. Mas temos que lembrar que, no passado, pode ser que não haviam as quatro forças fundamentais de hoje. O passado pode ter sido bem diferente.
Cientistas, não esqueçam de hypar o vídeo e deixar algum comentário em caso de dúvidas. Vou me esforçar para responder.
Um livro antigo, mas excelente sobre física nuclear, que pode ser encontrado em sebos é: "O Átomo" (Dr. Fritz Kahn), da antiga Editora Melhoramentos, foi sucesso de vendas numa das Feiras do Livro, de Porto Alegre, RS, nos anos 60, uma época na qual se valorizava muito a educação e, também, os Professores! Abraço!!!
Obrigado Professor Israel
Eu quem agradeço pela oportunidade de falar sobre ciências 😉⚛️⚗️🧪
Excelente explicação 👏👏👏.
Mais um vídeo fantástico! Você é fera e tem bastante paciência para explicar os fatos, características de um Professor extraordinário! Pessoas que não tem essa paciência jamais deveriam se formar Professores! Um Abraço!!!
Muito bom!!! Obrigado!
Fico feliz que tenha gostado 😃
ÓTIMO CANAL 👏 , EU SOU GEÓLOGO E ESTOU APRENDENDO MUITO AQUI , KKK MAS O MAIOR POBLEMA MESMO E A FALTA DE POLITICO COM VISAO DE FUTURO, E VONTADE POLITICA PRA ATIVAR O POTENCIAL MINERALOGICO BRASIL
Pois é. Imagina como deve gerar propina alagar milhares de km quadrados para fazer uma hidrelétrica. Uma usina nuclear ocupa muito menos espaço. E a tecnologia, se for necessária, pode ser até importada. Você sabe melhor do que eu, no Brasil têm Urânio, mas parece que a ideia é mais a de exportar do que usar.
@ Sim meu nobre cientista, Nunca tivemos políticas Públicas para valorizar a nossa riqueza..... Como a China por Exemplo que agora não permite nein se quer repassar os conhecidos para a recuperação de terras Raras
Permita-me respeitosamente discordar de você. Já há um consenso na comunidade científica de que a utilização da energia nuclear pode não ser essa maravilha toda que certos setores da sociedade/economia dizem ser. Como bem diz o Dr José Goldemberg, Doutor em Ciências Físicas pela USP, Co-Presidente do Global Energy Assessment e Presidente da FAPESP, "Em todo o mundo, a energia nuclear está sendo, gradativamente, substituída por outras alternativas energéticas. Mesmo países como França e Japão, que investiram maciçamente naquela opção, estão revendo sua posição em prol de fontes mais seguras de energia. Isso porque a energia nuclear, que, em algum momento, pareceu ser uma opção barata e segura, revelou-se, na verdade, cara e perigosa."
Num país onde nada acontece com os responsáveis por um dos maiores desastres ambientais do mundo (o rompimento da barragem em Mariana, em 2015) e onde o descarte de material radioativo pode ser tão negligenciado como no acidente radioativo em Goiânia (1987), é necessário ponderar se este é um risco que podemos realmente correr.
No meu entendimento, a energia solar se mostra como um potencial muito mais seguro para a produção de energia.
Bom vídeo.
Bem simples.
Bem explicado.
Bom conteúdo.
Bom formato
😉🧪⚗️⚛️
Estou com dúvida entre os resíduos gerados pelo plutônio em relação ao urânio . Eh pior?
Qualquer resíduo de material físsil é ruim. Porém, é necessário menos material de Pu do que de U. Lembrando que o U não é físsil e precisa ser ativado para a reação em cadeia. Já o Pu, só com 10 kg já é o suficiente.
Faltou dizer que o uranio 238 não é radioativo e por si inútil na produção de energia. Por isso a enorme vantagem na sua transformação em plutônio.
Mas aí você está falando do Urânio em sua forma iônica, a qual formam minerais, e realmente, aí ele não é radioativo. Eu me refiro ao Urânio em seu estado de oxidação zero, ou seja, o metal fundido em sua forma enriquecida.
O plutônio é o elemento indomável. Kkk
Gostei do vídeo, vou começar acompanhar esse canal.
😉⚛️⚗️🧪
tenho sete livros desta lista
Aí sim hein!
Muito bom esse canal
Fico muito feliz que vc tenha gostado 😃
Poderia fazer um vídeo sobre o elemento químico Torio?
Pretendo fazer. Antes preciso finalizar essa parte dos transurânicos.
@ top!! Seus vídeos são muito bons !!
@@dandan_mushi muito obrigado. É bem difícil produzir, pois o estudo é bem específico e a edição é complicada. 20 minutos de vídeo são 5 horas de edição.
@ penso que sim. Eh um trampo do caralho
Os reatores breeders e algo muito dificil de um pais como o Brasil ter?
Três países do BRICS tem reatores desse tipo. Pode ser que a tecnologia seja repassada, mas creio que o problema para possuirmos algo assim é a questão técnica. Apesar de termos Angra, creio que não há incentivo nesse tipo de tecnologia, pois o interesse do Brasil é alagar áreas imensas.
Qual e a massa critica do Pu? E seu ponto de fusao?
Olha, falando do Pu-239, a massa crítica é em torno de uns 10 kg. A partir dessa massa o material gera a reação em cadeia. O ponto de fusão dele é um pouco acima de 630 graus celsius. É incrível que só 10 kg é suficiente pra isso. Inclusive o volume é bem pequeno 😉⚛️⚗️🧪
O fato do Plutônio ser muito denso não é suficiente para explicar o porquê dele ser melhor que o Urânio para a produção de energia, já que o Urânio também tem uma densidade de quase 20g/cm³, como o Plutônio. Neste caso, seria mais eficiente tentar conseguir um isótopo radioativo de Ósmio que tem 22,6g/cm³ de densidade.
Na realidade é sim. O ósmio, apesar de ser denso, não é encontrado em grandes quantidades no planeta, diferente do urânio, que é relativamente abundante. Além disso, o urânio já é radioativo, não precisa ser gerado um isótopo radioativo, como com o ósmio, que inclusive não existe.
Em resumo, o ósmio é relativamente raro, não é radioativo, sua extração e, se for tentado gerar um isótopo radioativo, ficaria algo EXTREMAMENTE, caro e inviável. Então sim, por ser radioativo, ser fissionado com apenas 10 Kg e por ser denso, o plutônio é excelente para gerar energia e, sempre, a melhor opção.
@ Entendo o que quer dizer, mas o que quis dizer é que, a diferença de densidade entre o Urânio e o Plutônio não é muito grande para explicar essa preferência de usar o Plutônio. O Urânio tem densidade de 19.05g/cm³ e o Plutônio tem 19.8g/cm³ (essa diferênça não explica a escolha do Plutônio). Como combustível nuclear, o Urânio enriquecido é o mais utilizado. Porém, um processo de enriquecimento do Urânio é necessário, visto que, o Urânio encontrado naturalmente possui 99.3% do isótopo 238 e apenas 0.7% do isótopo 235 (que é o responsável pela fissão). O processo de enriquecimento do Urânio é complexo e muito caro e a técnica mais utilizada é a de ultracentrifugação. Já o Plutônio é produzido nos próprios reatores nucleares, sendo considerado um subproduto da própria geração de energia nuclear. Ou seja, pode-se pensar na utilização do Plutônio como uma reciclagem dos próprios resíduos da geração de energia nuclear. Falando, agora, de rendimento energético, 1Kg de carvão mineral produz cerca de 3Kwh de eletricidade. Já 1 Kg de Urânio enriquecido produz cerca de 50 mil Kwh de eletricidade. Finalmente, 1 Kg de Plutônio pode produzir cerca de 6 milhões de Kwh de eletricidade. Daí, a minha afirmação sobre o fato da diferença de densidade entre o Urânio e o Plutônio não ser suficiente para explicar quem é melhor para a produção de energia. Pois se uma diferença de densidade tão pequena, como a que existe entre o Urânio e o Plutônio, fosse o motivo que torna o Plutônio tão mais eficiente na produção de energia (120 vezes mais eficiente), valeria muito a pena investir em estudos para tentar fabricar um isótopo artificial radioativo do Ósmio ou outro metal de alta densidade como o Irídio, que possui uma diferença de densidade muito maior que a diferença entre o Plutônio e o Urânio, pois a eficiência energética seria centenas de vezes maior que a do Plutônio.
Só um complemento... comparando, o Plutônio é 120 vezes mais energeticamente eficiente que o Urânio, tem densidade 1,04 vezes maior, é um subproduto do próprio uso do Urânio, mas é extremamente difícil de lidar por questões de segurança e saúde. Já o Tório é 200 vezes mais energeticamente eficiente que o Urânio, não produz o Plutônio como subproduto, ou seja, tem menos questões de segurança a se lidar, é três vezes mais abundante que o Urânio, o que o torna uma alternativa muito mais promissora e tem uma densidade de apenas 11,72g/cm³, provando que não é uma questão de densidades.
Será que bilhões de anos atrás não poderia ter existido Plutônio no universo e devido ao decaimento ele desapareceu?
É possível sim. Até elementos mais pesados. O problema é conseguir determinar se os mesmos existiriam, por conta do decaimento mesmo. Mas temos que lembrar que, no passado, pode ser que não haviam as quatro forças fundamentais de hoje. O passado pode ter sido bem diferente.
Com certeza!