A naturalização da desigualdade sócio-econômica, vista na rotina cotidiana, é uma espécie mais radical de 'legitimação' dessa desigualdade. Quanto à política, ela se transformou, conforme Habermas, na Idade Moderna (Maquiavel, Hobbes e outros) e se tornou a mera e banal estratégia de conquista e preservação do poder. No tocante à identificação entre legalidade e legitimidade, nada a objetar. Sempre admirável e profícua a fala de Oswaldo Giacóia Júnior. Obrigado, Mestre.
Pessoal que vi comentar que sentiu muita dificuldade em compreender a linguagem do vídeo: Simplesmente: o que justifica a desigualdade social num governo onde o Poder é legitimado justamente pela defesa de direitos de igualdade entre os cidadãos? Nada! É esta a questão. O Poder Público existe e pode exercer autoridade porque sua necessidade é justificada no argumento de que deve garantir direitos iguais a todos os cidadãos, como dignidade, igualdade, liberdade, o que não acontece em absoluto na prática, tendo em vista essa enorme desigualdade social que vivemos. Ao meu ver, essa é a maior reflexão que podemos sintetizar deste maravilhoso vídeo. Recomendo que assista novamente após ler o comentário caso te ajude a ver com novos olhos e absorver mais da rica explicação do Professor!
A diferença entre legitimidade e legalidade para os familiarizados com o assunto é clara, acho que nossa crise não seja quanto a legalidade, mas o processo de concessão de legitimidade, quem é o detentor da legitimidade, se outrora esta concessão partiu do poder do divino, do perfeito, hoje a quem conferir esta legitimidade, a massa do povo? Aos valores? À liberdade irrestrita? Às minorias?
Obrigada pelo fantástico video, é um tema que adoro e do qual reflicto bastante, (também no meu canal, faço vídeos sobre tal e por exemplo, dissertei ultimamente sobre a corrupção, e porque ela nunca deixará de existir, e com certeza o meu canal não terá a vossa intelectualidade nem sapiência), contudo para mim é um tema fascinante, na medida em que reflicto bastante se poderia existir uma sociedade sem poder ( não remetendo a facções politicas) ou seja, na nossa essência humanas e seria possível naturalmente... abraço de Lisboa
A subjetividade analisada de forma logica, expondo símbolos amplamente aceitos de uma forma a que a logica liga os seres com o mesmo foco é admirável, a meu ver a legitimidade sistêmica focada em processos piramidais esta fardada a confusão, mas sem omito perante aos graus de consciência que mantem um sistema pautado na ética e sistemática social funcionando. A serenidade, saciedade e equilíbrio são referencias interessantes para reflexão dos pontos a serem analisados socialmente, a busca por aceitação e inclusão refletem em um sistema generalista a confusão evidenciada em sistemas plurissubjetivos, sendo que todos os sistemas são plurissubjetivos com posturas generalista ou não.
"Não há desgraça maior em todo destino humano do que quando os mais poderosos da terra não são também os primeiros dentre os homens. Aí tudo mais se torna falso, distorcido e monstruoso. E quando estes são mesmo os últimos homens, e mais animais do que homens, então o valor da plebe sobe bastante e por fim a virtude da plebe diz: "Vejam, só eu sou a virtude!" "Assim Falou Zaratustra"
-Você, um herói? A legitimidade é relativa às inclinações do ser humano. A legalidade dificulta ou facilita a inclinação da pessoa, ao perceber seu dever gerará frutos à sociedade o cidadão está em plena harmonia com a sociedade, independente da autoridade, pois a autoridade deveria ser dos "herois".
Nenhum direito é absoluto, porém há uma lacuna entre moralidade, imoralidade, direito e obrigação. Um exemplo são os direitos fundamentais do homem, para se ter esse direito há de cumprir uma obrigação previa? Muitos humanos são negados o direito de ter uma terra, água e comida. Conceitos como liberdade e paz não tem fundamentos se antes o estado não promover justiça social, quando o estado não cumpre essa obrigação gera o caos e esse estado vai reprimir.
Tema bastante instigante e construtivo em dias de extremismos. Fundamental observar que tanto a igualdade quanto a liberdade têm limites óbvios. Portanto, está aberta a possibilidade da criação de uma legitimidade que fique longe dos extremos dos espectros ideológicos e que busque sempre o bom senso, bem comum e resultados que não alcancem a barbarie socioeconômica.
O que ele chamou de legitimidade no contexto político, poderíamos chamar de verdade no âmbito filosófico. O que é a verdade? Dizer que ela não existe é uma proposição linguísticamente ilógica, noentantanto, acredito que a lei natural é a verdade mais próxima da universidade e mesmo assim é ignorada, até mesmo pela lei civil em alguns casos.
A legitimidade contém valores e princípios morais que nem toda lei produz. Não tem como não ligar o assunto (muito bem abordado) a questão política do brasileira. O congresso não produz leis legítimas, pois, a lei é instrumento de usurpação, como por exemplo, aumentos salariais e benefícios da própria classe. O judiciário, no caso o STF, claramente política, agindo aos interesses particulares, não raro afrontando a própria Constituição Federal. E o Executivo, acaba se rendendo a essas imoralidades. Como Lula disse: "O Poder judiciário não vale nada, o que vale são as relações entre as pessoas".
Frustrante! Achei que ia comentar sobre a falácia da legalidade no Brasil. Onde leis imorais e ilegítimas garantem privilégios a algumas castas. Precisamos dessacralizar as leis!
O vídeo apresenta de forma neutra e superficial ambos os lados do tema: O primeiro é o Jusnaturalismo preconizando que os direitos naturais de vida, liberdade e propriedade existiam antes da criação do Estado e das leis, portanto são eticamente irrevogáveis, apesar de a maioria das Constituições Federais as violarem no mundo moderno. O segundo é o argumento de Aristóteles e de Thomas Hobbes em sua obra Leviatan que tentam justificar a necessidade do Estado enquanto poder moderador pela coerção e emprego da força e do monopólio da violência regido por uma legislação positivista e estabelecendo um contrato social unilateral de ordem e obediência que, caso seja quebrado ao limite da Anarquia, a ausência de Estado, resultará obrigatoriamente no caos e na violência generalizada. O que é uma enorme falácia! Não há distinção entre o Estado e organizações criminosas em forma de milícias que oferecem proteção em troca de submissão, bem como são os Estados que criam guerras entre nações ou se voltam contra o seu próprio povo, não os indivíduos e suas famílias. O interessante nesse vídeo é que o autor expoem que no mundo laico em que vivemos hoje, onde o pensamento é baseado na razão e não em um sistema de crenças, não há mais lugar comum para um poder estabelecido por religião teológica ou religião de Estado que não possa ser questionado, pois não há mais argumentos de autoridades sagradas que legitimem sua existência, nem espaço para uma legislação positivista que produza desigualdade social, onde alguns tem o direito legal de possuir mais poder, privilégios e oportunidades que o restante da população. O que o vídeo não revela, penso que para se manter neutro, mas que nos parece uma conclusão lógica, é que podemos viver harmoniosamente em sociedade com um governo descentralizado para a administração dos bens e serviços públicos, mas sem um Estado, onde os indivíduos estabelecem livre e consensualmente contratos entre si, criando assim uma legítima economia de mercado, sufocando e abolindo a economia de Estado que sustenta a organização criminosa no poder.
Se em Cuba um médico ganha cem reais por mês e uma faxineira ganha vinte reais por mês então não tem igualdade econômica, pois o médico está ganhando mais e a oportunidade está sendo maior para o filho do médico. A igualdade econômica matou diretamente mais de 200 milhões de pessoas, igualdade econômica é um conceito errado, cada pessoa tem que ganhar seu sustento com seu próprio esforço, não existe igualdade econômica. Se a igualdade econômica fosse uma coisa boa os cubanos, os venezuelanos e os nicaraguanos não iría trabalhar em países desiguais. Se os cubanos, os venezuelanos e os nicaraguanos são defensores da igualdade econômica então porque eles vão trabalhar em países desiguais? Para um país se desenvolver precisa de estruturas. Estruturas é escolas básicas, segurança básica, ter uma boa infraestrutura etc. Porém igualdade econômica é um conceito errado, cada pessoa tem que ganhar seu sustento com seu próprio esforço, não existe igualdade econômica. Só na Ucrânia a igualdade econômica matou 3,9 milhões de pessoas de fome. A igualdade econômica matou diretamente mais de 200 milhões de pessoas, igualdade econômica é um conceito errado, cada pessoa tem que ganhar seu sustento com seu próprio esforço, não existe igualdade econômica. Se a gente morasse num paraíso onde existe todas oportunidades para todos seria muito bom e mesmo assim não funcionaria. A Igualdade de oportunidades é uma coisa muito importante desde que você não obrigue outras pessoas a pagar as suas contas. A igualdade de oportunidades é muito importante desde que fique dentro dos direitos, não podemos ter direito a tudo. A igualdade de oportunidades é muito importante desde que ela não tire a liberdade.
Só a força legitima o poder. Nietzsche: "Exigir da força que não se expresse como força, que não seja um querer-dominar, um querer-vencer, um querer-subjugar, uma sede de inimigos, resistências e triunfos, é tão absurdo quanto exigir da fraqueza que se expresse como força." "Genealogia da Moral" Nietzsche novamente: “Essa hipótese sobre a origem da má consciência pressupõe, em primeiro lugar, que a mudança não tenha sido gradual nem voluntária, e que não tenha representado um crescimento orgânico no interior de novas condições, mas uma ruptura, um salto, uma coerção, uma fatalidade inevitável, contra a qual não havia luta e nem sequer ressentimento. Em segundo lugar, que a inserção de uma população sem normas e sem freios numa forma estável, assim como tivera início com um ato de violência, foi levada a termo somente com atos de violência - que o mais antigo "Estado", em consequência, apareceu como uma terrível tirania, uma maquinaria esmagadora e implacável, e assim prosseguiu seu trabalho, até que tal matéria-prima humana e semianimal ficou não só amassada e maleável, mas também dotada de uma forma. Utilizei a palavra "Estado": está claro a que me refiro - algum bando de bestas louras, uma raça de conquistadores e senhores, que, organizada guerreiramente e com força para organizar, sem hesitação lança suas garras terríveis sobre uma população talvez imensamente superior em número, mas ainda informe e nômade. Deste modo começa a existir o "Estado" na terra: penso haver-se acabado aquele sentimentalismo que o fazia começar com um "contrato". Quem pode dar ordens, quem por natureza é "senhor", quem é violento em atos e gestos - que tem a ver com contratos! Tais seres são imprevisíveis, eles vêm como o destino, sem motivo, razão, consideração, pretexto, eles surgem como o raio, de maneira demasiado terrível, repentina, persuasiva, demasiado "outra", para serem sequer odiados. Sua obra consiste em instintivamente criar formas, imprimir formas, eles são os mais involuntários e inconscientes artistas - logo há algo novo onde eles aparecem, uma estrutura de domínio que vive, na qual as partes e as funções foram delimitadas e relacionadas entre si, na qual não encontra lugar o que não tenha antes recebido um "sentido" em relação ao todo. Eles não sabem o que é culpa, responsabilidade, consideração, esses organizadores natos; eles são regidos por aquele tremendo egoísmo de artista, que tem o olhar de bronze, e já se crê eternamente justificado na "obra", como a mãe no filho. Neles não nasceu a má consciência, isto é mais do que claro - mas sem eles ela não teria nascido, essa planta hedionda, ela não existiria se, sob o peso dos seus golpes de martelo, da sua violência de artistas, um enorme quantum de liberdade não tivesse sido eliminado do mundo, ou ao menos do campo da visão, e tornado como que latente. Esse instinto de liberdade tornado latente à força - já compreendemos -, esse instinto de liberdade reprimido, recuado, encarcerado no íntimo, por fim capaz de desafogar-se somente em si mesmo: isto, apenas isto, foi em seus começos a má consciência.” "Genealogia da Moral" Nietzsche outra vez: Quem não pode refletir sem melancolia sobre a configuração da realidade, quem aprendeu a compreendê-la como sendo o nascimento contínuo e doloroso daquele homem cultural emancipado em cujo serviço todo o resto tem que consumir-se, também não será mais enganado pelo brilho mentiroso que os modernos estendem sobre a origem e o significado do estado. O que mais o estado pode significar para nós, senão o meio com o qual o processo social descrito anteriormente é levado adiante, sendo garantida sua duração sem entraves. O impulso para a sociabilidade ainda pode ser muito forte nos homens isolados, mas a mola de ferro do estado oprime tanto as massas mais numerosas que agora aquela separação química da sociedade precisa ser produzida, acompanhando sua nova construção piramidal. De onde surge, porém, este poder súbito do estado, cuja meta está além do exame e além do egoísmo do homem singular? Como se gerou o escravo, a toupeira cega da cultura? Em seu instinto de direito popular, os gregos o denunciaram, e mesmo no apogeu de sua civilização e de sua humanidade, jamais deixaram de pronunciar palavras como: “O vencido pertence ao vencedor, com mulher e filho, com bens e sangue. É a violência que dá o primeiro direito, e não há nenhum direito que não seja em seu fundamento arrogância, usurpação, ato de violência”. "O Estado Grego"
1. Um governo baseado numa ideia de um messias. 2. Uma planificação economica sem liberdade econômica 3. Forte concluo com os ricos criando uma corporativismo 4. Desarmamento da população. 5. Perseguição a dissidentes. 6. Assistencialismo (estado babá).
O que existe de fato é a "lei do mais forte". Ela é tão evidente que até as ideias, o mais forte consegue impô-las aos fracos. O resto é tudo ficção. Como diria Max Stirner, o resto são "fantasmas" na cabeça dos homens. Liberdade,Igualdade... nada disso existe. São só palavras.
Na filosofia Nietzsche não fundou escola. Mas suas "universidades para influenciáveis" estão pelo mundo todo. Nelas porém não se estudam filosofia nem teologia. Do resto tudo se oferece ali. Menos também o certificado de conclusão.
Que blábláblá de mimimi! Somos homo Sapiens programados pra evoluir, senão houver desigualdade não há evolução, só a evolução é inata e legítima, a evolução adquire novos contextos conforme o tempo passa, infelizmente nunca seremos gado!
igualdade é o caralho, nenhuma sociedade deveria possuir igualdade em nenhum sentido fora o sentido de exercício pleno da liberdade. Igualdade perante a lei também, afinal, de q lei estamos falando? a pessoa se submeteu a ela por vontade própria ou esta imposto tais condições a ela por ter nascido em determinado território? a leia referida tem suas bases éticas no juspositivismo ou no jusnaturalismo? juspositivismo é uma imensa bagunça contraditória e arbitraria que só gera injustiça em suas brechas. Igualdade econômica é outra bosta que tanto clamam por aí a fora. O maior motivo de políticos lutarem por igualdade econômica é pelo simples fato de que assim fica mais fácil controlar todo mundo, já que estarão todos na mesma miséria e então todos serão criados em um ambiente propicio para aceitar um ÚNICO discurso político. Seria infinitamente mais fácil de controlar já que todos pertenceriam a massa. Acompanho o canal a 3 anos e tem caído muito o nível intelectual dos vídeos, focando mais em ideologias coletivistas. Sdd do Pedro Calabrez e do Welson Barbosa.
Discordo. O objetivo dele foi analisar aquilo que dá embasamento para o exercer da dominação, principalmente no decorrer da história, enquanto vcs assistiram esperando que ele fosse decorrer sobre a fórmula mágica e perfeita que verdadeiramente deveria ser a base de argumentação para a relação de poder entre humanos. No final, ele apenas ressalta valores que são sobrepujados na atualidade e que, de modo ético, deveriam ser primordiais no tocante a relações sociais entre humanos: liberdade, igualdade e dignidade. Ele não oferece uma argumentação sobre qual a adequada justificativa para certos grupos humanos exercerem dominação sobre outros grupos humanos. A impressão que eu tenho é que ele ignora a visão Maquiavélica (que eu partilho parcialmente): alguns humanos podem dividir os frutos da dominação com outros grupos próximos (ainda que hierarquicamente inferior) e essa relação de corrupção determina que a maior porte de uma população seja submetida à força (violência física, ameaça de morte). Se o rei concentra todo o poder, ele vai ser traído e morto/deposto rapidamente, mas se ele aceita dividir uma parte das benesses do poder (manter uma Nobreza com vida agradável e status), essa Nobreza se encarregará de exercer o poder de propriedade e obrigação de trabalho a todos os camponeses que, em última instância, serão violentados e mortos se não aceitarem a hierarquia que lhes foi imposta. Portanto, a visão que eu tenho sobre as relações de poder entre humanos é o de corrupção/divisão do espólio nas classes sociais hierarquicamente mais elevadas e uso da violência física/morte para obrigar as classes sociais hierarquicamente mais baixas a se submeter (entenda-se submissão como principalmente submissão econômica, via imposição de pagamentos arbitrários e obrigatórios, como impostos).
Ao que me parece Carla você não entendeu e ou esperava uma resposta que satisfaça dentro da sua linha de raciocínio.Pois o fato de o professor expor a legitimação dos ideias políticos de dominação já explica o título do tema.
Nossa, que vídeo perfeito, reflexão conduzida maravilhosamente. Absolutamente necessário!
fascinada nas suas falas! muito boa aula, obrigada!
A naturalização da desigualdade sócio-econômica, vista na rotina cotidiana, é uma espécie mais radical de 'legitimação' dessa desigualdade. Quanto à política, ela se transformou, conforme Habermas, na Idade Moderna (Maquiavel, Hobbes e outros) e se tornou a mera e banal estratégia de conquista e preservação do poder. No tocante à identificação entre legalidade e legitimidade, nada a objetar. Sempre admirável e profícua a fala de Oswaldo Giacóia Júnior. Obrigado, Mestre.
Professor, sua capacidade didática é louvável
Pessoal que vi comentar que sentiu muita dificuldade em compreender a linguagem do vídeo:
Simplesmente: o que justifica a desigualdade social num governo onde o Poder é legitimado justamente pela defesa de direitos de igualdade entre os cidadãos? Nada! É esta a questão. O Poder Público existe e pode exercer autoridade porque sua necessidade é justificada no argumento de que deve garantir direitos iguais a todos os cidadãos, como dignidade, igualdade, liberdade, o que não acontece em absoluto na prática, tendo em vista essa enorme desigualdade social que vivemos. Ao meu ver, essa é a maior reflexão que podemos sintetizar deste maravilhoso vídeo. Recomendo que assista novamente após ler o comentário caso te ajude a ver com novos olhos e absorver mais da rica explicação do Professor!
Rapaz esse vídeo conseguiu unir e amarrar todos os temas do meu semestre, estou pasma
A diferença entre legitimidade e legalidade para os familiarizados com o assunto é clara, acho que nossa crise não seja quanto a legalidade, mas o processo de concessão de legitimidade, quem é o detentor da legitimidade, se outrora esta concessão partiu do poder do divino, do perfeito, hoje a quem conferir esta legitimidade, a massa do povo? Aos valores? À liberdade irrestrita? Às minorias?
excelente colocação. Obrigada!
Obrigado. Finalmente compreendi qual a crise em países como Portugal face ao impacto da revolução tecnológica e social
Obrigada pelo fantástico video, é um tema que adoro e do qual reflicto bastante, (também no meu canal, faço vídeos sobre tal e por exemplo, dissertei ultimamente sobre a corrupção, e porque ela nunca deixará de existir, e com certeza o meu canal não terá a vossa intelectualidade nem sapiência), contudo para mim é um tema fascinante, na medida em que reflicto bastante se poderia existir uma sociedade sem poder ( não remetendo a facções politicas) ou seja, na nossa essência humanas e seria possível naturalmente... abraço de Lisboa
Boa Noite! Aff, você foi profundo. Obrigada
sugestão de vídeo: intolerância a falta de moralidade cotidiana (principalmente nos pequenos aspectos de autodefesa arbitrária)
Excelente e muito esclarecedor. Obrigada.
Queria ouvir mais!!
A essência da política é a dominação.
A subjetividade analisada de forma logica, expondo símbolos amplamente aceitos de uma forma a que a logica liga os seres com o mesmo foco é admirável, a meu ver a legitimidade sistêmica focada em processos piramidais esta fardada a confusão, mas sem omito perante aos graus de consciência que mantem um sistema pautado na ética e sistemática social funcionando. A serenidade, saciedade e equilíbrio são referencias interessantes para reflexão dos pontos a serem analisados socialmente, a busca por aceitação e inclusão refletem em um sistema generalista a confusão evidenciada em sistemas plurissubjetivos, sendo que todos os sistemas são plurissubjetivos com posturas generalista ou não.
Eu não entendi nada, filosofia é muito loko
né kkkkkkkk
O ser humano e a sociedade precisam é de CIÊNCIA! VIVA WALDEN II!!!
Muito bom!
Ótimo conteúdo! 👍👍👍
"Não há desgraça maior em todo destino humano do que quando os mais poderosos da terra não são também os primeiros dentre os homens. Aí tudo mais se torna falso, distorcido e monstruoso.
E quando estes são mesmo os últimos homens, e mais animais do que homens, então o valor da plebe sobe bastante e por fim a virtude da plebe diz: "Vejam, só eu sou a virtude!"
"Assim Falou Zaratustra"
-Você, um herói?
A legitimidade é relativa às inclinações do ser humano. A legalidade dificulta ou facilita a inclinação da pessoa, ao perceber seu dever gerará frutos à sociedade o cidadão está em plena harmonia com a sociedade, independente da autoridade, pois a autoridade deveria ser dos "herois".
Nenhum direito é absoluto, porém há uma lacuna entre moralidade, imoralidade, direito e obrigação. Um exemplo são os direitos fundamentais do homem, para se ter esse direito há de cumprir uma obrigação previa? Muitos humanos são negados o direito de ter uma terra, água e comida. Conceitos como liberdade e paz não tem fundamentos se antes o estado não promover justiça social, quando o estado não cumpre essa obrigação gera o caos e esse estado vai reprimir.
Vejam o que Chomsky diz sobre o anarquismo e legitimidade.
Tema bastante instigante e construtivo em dias de extremismos. Fundamental observar que tanto a igualdade quanto a liberdade têm limites óbvios. Portanto, está aberta a possibilidade da criação de uma legitimidade que fique longe dos extremos dos espectros ideológicos e que busque sempre o bom senso, bem comum e resultados que não alcancem a barbarie socioeconômica.
A liberdade legítima a desigualdade
O que ele chamou de legitimidade no contexto político, poderíamos chamar de verdade no âmbito filosófico. O que é a verdade? Dizer que ela não existe é uma proposição linguísticamente ilógica, noentantanto, acredito que a lei natural é a verdade mais próxima da universidade e mesmo assim é ignorada, até mesmo pela lei civil em alguns casos.
Libertário?
"Hora"
Legitimação da Desigualdade social.
Uns mandam e outros obedecem.
A legitimidade contém valores e princípios morais que nem toda lei produz. Não tem como não ligar o assunto (muito bem abordado) a questão política do brasileira. O congresso não produz leis legítimas, pois, a lei é instrumento de usurpação, como por exemplo, aumentos salariais e benefícios da própria classe. O judiciário, no caso o STF, claramente política, agindo aos interesses particulares, não raro afrontando a própria Constituição Federal. E o Executivo, acaba se rendendo a essas imoralidades. Como Lula disse: "O Poder judiciário não vale nada, o que vale são as relações entre as pessoas".
Meio dificil pra eu entender com essa linguagem :(
Pesquisa o significado de legitimidade e já descodifica essa chave facinho.
Frustrante! Achei que ia comentar sobre a falácia da legalidade no Brasil. Onde leis imorais e ilegítimas garantem privilégios a algumas castas. Precisamos dessacralizar as leis!
O vídeo apresenta de forma neutra e superficial ambos os lados do tema:
O primeiro é o Jusnaturalismo preconizando que os direitos naturais de vida, liberdade e propriedade existiam antes da criação do Estado e das leis, portanto são eticamente irrevogáveis, apesar de a maioria das Constituições Federais as violarem no mundo moderno.
O segundo é o argumento de Aristóteles e de Thomas Hobbes em sua obra Leviatan que tentam justificar a necessidade do Estado enquanto poder moderador pela coerção e emprego da força e do monopólio da violência regido por uma legislação positivista e estabelecendo um contrato social unilateral de ordem e obediência que, caso seja quebrado ao limite da Anarquia, a ausência de Estado, resultará obrigatoriamente no caos e na violência generalizada. O que é uma enorme falácia! Não há distinção entre o Estado e organizações criminosas em forma de milícias que oferecem proteção em troca de submissão, bem como são os Estados que criam guerras entre nações ou se voltam contra o seu próprio povo, não os indivíduos e suas famílias.
O interessante nesse vídeo é que o autor expoem que no mundo laico em que vivemos hoje, onde o pensamento é baseado na razão e não em um sistema de crenças, não há mais lugar comum para um poder estabelecido por religião teológica ou religião de Estado que não possa ser questionado, pois não há mais argumentos de autoridades sagradas que legitimem sua existência, nem espaço para uma legislação positivista que produza desigualdade social, onde alguns tem o direito legal de possuir mais poder, privilégios e oportunidades que o restante da população.
O que o vídeo não revela, penso que para se manter neutro, mas que nos parece uma conclusão lógica, é que podemos viver harmoniosamente em sociedade com um governo descentralizado para a administração dos bens e serviços públicos, mas sem um Estado, onde os indivíduos estabelecem livre e consensualmente contratos entre si, criando assim uma legítima economia de mercado, sufocando e abolindo a economia de Estado que sustenta a organização criminosa no poder.
Fernando Santucci O Estado Científico virá pra impedir a extinção. Viva WALDEN II
Fernando Santucci ahhhh viva o libertarianismo!!
Perfeito!
Se em Cuba um médico ganha cem reais por mês e uma faxineira ganha vinte reais por mês então não tem igualdade econômica, pois o médico está ganhando mais e a oportunidade está sendo maior para o filho do médico.
A igualdade econômica matou diretamente mais de 200 milhões de pessoas, igualdade econômica é um conceito errado, cada pessoa tem que ganhar seu sustento com seu próprio esforço, não existe igualdade econômica.
Se a igualdade econômica fosse uma coisa boa os cubanos, os venezuelanos e os nicaraguanos não iría trabalhar em países desiguais.
Se os cubanos, os venezuelanos e os nicaraguanos são defensores da igualdade econômica então porque eles vão trabalhar em países desiguais?
Para um país se desenvolver precisa de estruturas. Estruturas é escolas básicas, segurança básica, ter uma boa infraestrutura etc. Porém igualdade econômica é um conceito errado, cada pessoa tem que ganhar seu sustento com seu próprio esforço, não existe igualdade econômica.
Só na Ucrânia a igualdade econômica matou 3,9 milhões de pessoas de fome. A igualdade econômica matou diretamente mais de 200 milhões de pessoas, igualdade econômica é um conceito errado, cada pessoa tem que ganhar seu sustento com seu próprio esforço, não existe igualdade econômica.
Se a gente morasse num paraíso onde existe todas oportunidades para todos seria muito bom e mesmo assim não funcionaria.
A Igualdade de oportunidades é uma coisa muito importante desde que você não obrigue outras pessoas a pagar as suas contas.
A igualdade de oportunidades é muito importante desde que fique dentro dos direitos, não podemos ter direito a tudo.
A igualdade de oportunidades é muito importante desde que ela não tire a liberdade.
Só a força legitima o poder. Nietzsche: "Exigir da força que não se expresse como força, que não seja um querer-dominar, um querer-vencer, um querer-subjugar, uma sede de inimigos, resistências e triunfos, é tão absurdo quanto exigir da fraqueza que se expresse como força."
"Genealogia da Moral"
Nietzsche novamente: “Essa hipótese sobre a origem da má consciência pressupõe, em primeiro lugar, que a mudança não tenha sido gradual nem voluntária, e que não tenha representado um crescimento orgânico no interior de novas condições, mas uma ruptura, um salto, uma coerção, uma fatalidade inevitável, contra a qual não havia luta e nem sequer ressentimento. Em segundo lugar, que a inserção de uma população sem normas e sem freios numa forma estável, assim como tivera início com um ato de violência, foi levada a termo somente com atos de violência - que o mais antigo "Estado", em consequência, apareceu como uma terrível tirania, uma maquinaria esmagadora e implacável, e assim prosseguiu seu trabalho, até que tal matéria-prima humana e semianimal ficou não só amassada e maleável, mas também dotada de uma forma. Utilizei a palavra "Estado": está claro a que me refiro - algum bando de bestas louras, uma raça de conquistadores e senhores, que, organizada guerreiramente e com força para organizar, sem hesitação lança suas garras terríveis sobre uma população talvez imensamente superior em número, mas ainda informe e nômade. Deste modo começa a existir o "Estado" na terra: penso haver-se acabado aquele sentimentalismo que o fazia começar com um "contrato". Quem pode dar ordens, quem por natureza é "senhor", quem é violento em atos e gestos - que tem a ver com contratos! Tais seres são imprevisíveis, eles vêm como o destino, sem motivo, razão, consideração, pretexto, eles surgem como o raio, de maneira demasiado terrível, repentina, persuasiva, demasiado "outra", para serem sequer odiados. Sua obra consiste em instintivamente criar formas, imprimir formas, eles são os mais involuntários e inconscientes artistas - logo há algo novo onde eles aparecem, uma estrutura de domínio que vive, na qual as partes e as funções foram delimitadas e relacionadas entre si, na qual não encontra lugar o que não tenha antes recebido um "sentido" em relação ao todo. Eles não sabem o que é culpa, responsabilidade, consideração, esses organizadores natos; eles são regidos por aquele tremendo egoísmo de artista, que tem o olhar de bronze, e já se crê eternamente justificado na "obra", como a mãe no filho. Neles não nasceu a má consciência, isto é mais do que claro - mas sem eles ela não teria nascido, essa planta hedionda, ela não existiria se, sob o peso dos seus golpes de martelo, da sua violência de artistas, um enorme quantum de liberdade não tivesse sido eliminado do mundo, ou ao menos do campo da visão, e tornado como que latente. Esse instinto de liberdade tornado latente à força - já compreendemos -, esse instinto de liberdade reprimido, recuado, encarcerado no íntimo, por fim capaz de desafogar-se somente em si mesmo: isto, apenas isto, foi em seus começos a má consciência.”
"Genealogia da Moral"
Nietzsche outra vez: Quem não pode refletir sem melancolia sobre a configuração da realidade, quem aprendeu a compreendê-la como sendo o nascimento contínuo e doloroso daquele homem cultural emancipado em cujo serviço todo o resto tem que consumir-se, também não será mais enganado pelo brilho mentiroso que os modernos estendem sobre a origem e o significado do estado. O que mais o estado pode significar para nós, senão o meio com o qual o processo social descrito anteriormente é levado adiante, sendo garantida sua duração sem entraves. O impulso para a sociabilidade ainda pode ser muito forte nos homens isolados, mas a mola de ferro do estado oprime tanto as massas mais numerosas que agora aquela separação química da sociedade precisa ser produzida, acompanhando sua nova construção piramidal. De onde surge, porém, este poder súbito do estado, cuja meta está além do exame e além do egoísmo do homem singular? Como se gerou o escravo, a toupeira cega da cultura? Em seu instinto de direito popular, os gregos o denunciaram, e mesmo no apogeu de sua civilização e de sua humanidade, jamais deixaram de pronunciar palavras como: “O vencido pertence ao vencedor, com mulher e filho, com bens e sangue. É a violência que dá o primeiro direito, e não há nenhum direito que não seja em seu fundamento arrogância, usurpação, ato de violência”.
"O Estado Grego"
Nietzsche é um balde de água fria na nossa cara ... obrigada por postar.
Professor em 7:20 o sr esqueceu de mencionar q o partido nacional socialista dos trabalhadores alemães era de direita.
Não, Não era.
1. Um governo baseado numa ideia de um messias.
2. Uma planificação economica sem liberdade econômica
3. Forte concluo com os ricos criando uma corporativismo
4. Desarmamento da população.
5. Perseguição a dissidentes.
6. Assistencialismo (estado babá).
👏🏻👏🏻👏🏻🙏✌️👍🍀🍀🍀🍀
Sinistro!!!
Mas claro impossível.
O ateismo foi o tapa que bitolou a visão de Nietzsche e a palha que construiu sua inigualável filosofia carnavalesca.
O que existe de fato é a "lei do mais forte". Ela é tão evidente que até as ideias, o mais forte consegue impô-las aos fracos.
O resto é tudo ficção. Como diria Max Stirner, o resto são "fantasmas" na cabeça dos homens.
Liberdade,Igualdade... nada disso existe. São só palavras.
Exatamente. Só a força não precisa de nenhuma legitimação religiosa, metafísica ou legal.
Na filosofia Nietzsche não fundou escola. Mas suas "universidades para influenciáveis" estão pelo mundo todo. Nelas porém não se estudam filosofia nem teologia. Do resto tudo se oferece ali. Menos também o certificado de conclusão.
NADA legitima desigualdade social.
Muito pelo contrário! Nada legitima a igualdade social ou de direitos.
Jonatas Monteiro, a própria lógica legítima a igualdade social. É simples deduzir isso aprioristicamente.
Então me prove, já que é tão simples. Qual o fundamento da igualdade?
Como você prova que existem direitos que são inatos ao ser humano?
Que blábláblá de mimimi! Somos homo Sapiens programados pra evoluir, senão houver desigualdade não há evolução, só a evolução é inata e legítima, a evolução adquire novos contextos conforme o tempo passa, infelizmente nunca seremos gado!
#BOLSONARO PRIMEIRO TURNO
igualdade é o caralho, nenhuma sociedade deveria possuir igualdade em nenhum sentido fora o sentido de exercício pleno da liberdade. Igualdade perante a lei também, afinal, de q lei estamos falando? a pessoa se submeteu a ela por vontade própria ou esta imposto tais condições a ela por ter nascido em determinado território? a leia referida tem suas bases éticas no juspositivismo ou no jusnaturalismo? juspositivismo é uma imensa bagunça contraditória e arbitraria que só gera injustiça em suas brechas. Igualdade econômica é outra bosta que tanto clamam por aí a fora. O maior motivo de políticos lutarem por igualdade econômica é pelo simples fato de que assim fica mais fácil controlar todo mundo, já que estarão todos na mesma miséria e então todos serão criados em um ambiente propicio para aceitar um ÚNICO discurso político. Seria infinitamente mais fácil de controlar já que todos pertenceriam a massa.
Acompanho o canal a 3 anos e tem caído muito o nível intelectual dos vídeos, focando mais em ideologias coletivistas. Sdd do Pedro Calabrez e do Welson Barbosa.
Enrolou, enrolou, no último minuto tentou explicar o tema, e pouco disse. Aff.
Carla concordo com você. Ficou só na história e analisou brevemente o presente.
Discordo.
O objetivo dele foi analisar aquilo que dá embasamento para o exercer da dominação, principalmente no decorrer da história, enquanto vcs assistiram esperando que ele fosse decorrer sobre a fórmula mágica e perfeita que verdadeiramente deveria ser a base de argumentação para a relação de poder entre humanos.
No final, ele apenas ressalta valores que são sobrepujados na atualidade e que, de modo ético, deveriam ser primordiais no tocante a relações sociais entre humanos: liberdade, igualdade e dignidade.
Ele não oferece uma argumentação sobre qual a adequada justificativa para certos grupos humanos exercerem dominação sobre outros grupos humanos.
A impressão que eu tenho é que ele ignora a visão Maquiavélica (que eu partilho parcialmente): alguns humanos podem dividir os frutos da dominação com outros grupos próximos (ainda que hierarquicamente inferior) e essa relação de corrupção determina que a maior porte de uma população seja submetida à força (violência física, ameaça de morte).
Se o rei concentra todo o poder, ele vai ser traído e morto/deposto rapidamente, mas se ele aceita dividir uma parte das benesses do poder (manter uma Nobreza com vida agradável e status), essa Nobreza se encarregará de exercer o poder de propriedade e obrigação de trabalho a todos os camponeses que, em última instância, serão violentados e mortos se não aceitarem a hierarquia que lhes foi imposta.
Portanto, a visão que eu tenho sobre as relações de poder entre humanos é o de corrupção/divisão do espólio nas classes sociais hierarquicamente mais elevadas e uso da violência física/morte para obrigar as classes sociais hierarquicamente mais baixas a se submeter (entenda-se submissão como principalmente submissão econômica, via imposição de pagamentos arbitrários e obrigatórios, como impostos).
Dr Jp exatamente!
Ao que me parece Carla você não entendeu e ou esperava uma resposta que satisfaça dentro da sua linha de raciocínio.Pois o fato de o professor expor a legitimação dos ideias políticos de dominação já explica o título do tema.
Rodeou,rodeou,rodeou...e rodeou.
#LulaNaCadeia condenado sim kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
#BOLSONARO PRIMEIRO TURNO
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