Na minha opinião é assim: Moral -> conjunto de regras que definem um padrão de comportamento adequado a ser seguido por um indivíduo. Ética -> conjunto de regras que definem um padrão de comportamento adequado para a ser seguido por um indivíduo em relação a outro(s) indivíduo(s). Prostituição e uso abusivo de drogas são exemplos clássicos de práticas que eu considero imorais, mas não considero anti-éticas ou criminosas, uma vez que não agridem nem ameaçam a propriedade alheia.
Esse negócio de boicote sempre me dá um pouco de medo pq eu lembro do filme "the hunt" no qual um funcionário de uma creche é acusado falsamente de abuso contra uma das crianças e a cidade inteira se revolta contra ele. Destroem a vida dele por um simples mal entendido.
Uma coisa que confunde muito é a definição de liberdade, as pessoas pensam que liberdade é poder fazer o que quiser. Mas essa é a liberdade voltada apenas para vc, um conceito de liberdade que vala para todos, seria a propriedade e auto propriedade. Vc é dono de vc, e pode fazer o que quiser desde que não inflija na prioridade ou auto propriedade alheia. Eu gosto muito dessa lógica kkk
era isso mesmo que eu estava pensando, e vou além, serviço de recuperadores de bens roubados, caçadores de recompensa, serviço de negativação de ladrões, que seriam impedidos de comprar qualquer bem que não fossem os essenciais a sua vida ate´que ele pague pelo que roubou, etc.
A ideia eh valida ja q cada um tm seu direito a autopropriedade e por isso pode adotar as condutas morais q qser, duro eh convencer as pessoas q o uso de violencia eh criminoso para lidar com a imoralidade, essa parte eh a mais foda do anarcocapitalismo, explicar q seria sequestro encarcerar um cara q assiste filme de pedofilia ou seria crime bater no cara q chamou sua namorada de gostosa, dependendo da imoralidade a vontade eh de espancar a pessoa, e a maioria faz isso e apoia essa atitude, inclusive o estado
Olá Alexandre! Primeiro de tudo, meus parabéns! Seu canal foi o primeiro que vi falando sobre AnCap e desde então a ideia me cativou muito! Agora, estou com uma dúvida sobre o dilema que você propôs no vídeo: O do terrorista com o inocente e a bomba. Eticamente, seria errado matar o inocente mesmo? Pois aqui tem alguns pontos que ainda tenho dúvida sobre. Uma vez que o terrorista está na eminência de explodir a bomba e me matar, é ético e moral eu me defender de alguma forma. Mas ai existe um obstáculo que é caracterizado como o inocente. Assassinar o inocente em si é errado mas uma vez que o criminoso pôs esse refém como obstáculo, é considerado crime eu causar a morte do mesmo para parar o criminoso? Em defesa do observador, o mesmo não pode ser responsabilizado pela situação que o refém se encontra, correto? Outra forma que eu consigo imaginar em ilustrar esse problema seria, por exemplo, um escravo (o refém) sendo usado como soldado/milicia. Esse escravo será executado caso não defenda seu "mestre" (o terrorista) mas ao mesmo tempo o soldado inimigo (o observador) está defendendo sua terra e portanto se encontra no mesmo dilema. Se ele pretente chegar ao mestre ele tem que passar pelo escravo, e o escravo terá que lutar até o final (e possivelmente acabando em sua morte). Ao matar o escravo em combate, seria considerado um crime? O problema é que esse dilema me deixa muito confuso pois não sei de fato qual seria a resposta correta, ética e moral. Me sinto inclinado em atirar no refém pois estou apenas me protegendo e não é minha culpa do inocente estar nessa situação mas não acho que essa é uma resposta satisfatória para esse dilema. Algum ponto que eu esqueci de mencionar e qual seria sua posição sobre esse assunto? Seria de fato um crime?
Se caso não existir estado como existiria guarda sobre uma criança quem proibiria os pais de fazer algo com as crianças? E como eu seria responsável por uma criança mesmo sendo meu filho se ele é outro individuo?
Alexandre Porto parabéns pelo seu canal! Vídeos muito interessantes e melhores do que o do Raphael do idéias radicais (que tb é muito bom). Fiquei com uma dúvida sobre a moral e ética no anarcocapitalismo: Um contrato em que a pessoa vende sua vida a outra, seja em termos de escravidão ou de aceitar que outra a mate seria um contrato legal? ou iria ferir a lei natural? Muito obrigado!
+Fernando Nascimento Vender o próprio corpo na minha opinião é possível sim. Mas seria quase impossível isso valer a pena, exceto para pagar um tratamento para um parente que vai morrer, etc.
+Alexandre Porto obrigado pela atenção, fiquei na dúvida se por exemplo ao afirmar o contrato desse tipo e houver arrependimento de quem vendeu a sua liberdade por exemplo, este teria como recorrer a um júri privado para avaliar e possivelmente poderia ter sua liberdade de volta sob certas condições, valeu!
Olá Alexandre Porto, achei por coincidência o seguinte trecho do ética da liberdade paginas 99 e 100 que ele explica essa dúvida que tinha, com bastante sentido: A distinção entre o trabalho alienável de um homem e sua vontade inalienável pode ser explicada a seguir: um homem pode alienar seu trabalho, mas ele não pode vender o valor futuro capitalizado deste trabalho. Em resumo, ele não pode, pela própria natureza das coisas, vender-se como um escravo e ter esta venda cumprida - pois isto significaria que sua futura vontade sobre sua própria pessoa estaria sendo renunciada antecipadamente. Em suma, um homem pode naturalmente empregar seu trabalho presentemente para o benefício de outrem, mas ele não pode se colocar, mesmo se ele desejar, como bem de capital permanente de outro homem. Pois ele não pode livrar-se de sua própria vontade, a qual ele pode mudar nos anos vindouros, passando a repudiar o acordo presente. O conceito de “escravidão voluntária” é de fato um conceito contraditório, pois, contanto que um trabalhador permaneça completamente subserviente à vontade de seu mestre voluntariamente, ele continua não sendo um escravo pois sua submissão é voluntária; ao passo que, se ele mudar de ideia mais tarde e o mestre impuser sua escravidão através de violência, a escravidão então não seria voluntária. Mas falarei mais sobre coerção mais à frente.
Libertarianismo costuma pensar em justiça como restitutiva, não punitiva, o máximo possível para voltar ao que era antes. Claro uma vida não tem como voltar dos mortos, então tenta-se uma idenização mais próxima possível disso em tribunais aceitos pelas duas partes. Claro, o morto não tem como dar parte, então pela vítima poderiam responder familiares, uma pessoa ou grupo de pessoas, uma organização filantrópica, indicadas no testamento, ou uma empresa de segurança ou justiça contratado pela vítima ganha por contrato o direito de representá-lo e processar os culpados e exigir a reparação. Estipulado em juízo o valor a ser idenizado, imagino que não seria difícil para o acusado fazer campanha entre os um milhão de vidas salvas por colaborações voluntárias para ajudar a pagar a idenização. Se o acusado ao invés de um herói transeunte é um agente de uma agência de segurança (situação mais provável de quem teve de fazer essa escolha de matar um inocente para salvar 1 milhão), provavelmente essa empresa deve já trabalhar com algum tipo de seguro para cobrir mortes de inocentes comprovadamente necessárias para defender um bem maior, ou então se antecipa e já cobra a mais de seus clientes prevendo esse tipo de situação. Por fim falta só explicar que nesses crimes impossíveis de serem realmente restituídos, como contra a vida, além de restituição a justiça precisaria aplicar também medidas de ressocialização, afinal, um assassino seria considerado um pária, visto como um risco. No sistema estatal atual só se joga o cara na cadeia, num sistema carcerário que não ajuda o criminoso a se ressocializar, nem restitui a vítima, nem protege a sociedade do criminoso que sai da cadeia com ligações ainda mais forte com o crime. Não sei exatamente como seria o sistema de ressocialização que seria selecionado num mercado de serviços de justiça, mas certamente um que seria o mais justo possível por ambas as partes. Pode ser obrigatoriedade de trabalhos forçados, de frequentar cursos ou terapias que comprovadamente diminuem a reincidência no crime, pode inclusive envolver encarceramento em uma instituição que promove as citadas atividades de ressocialização enquanto o criminoso não é considerado apto para retornar à sociedade. Sendo um serviço privado que atende às duas partes a penitenciária ou equivalente, teria de fornecer um serviço digno o suficiente ao criminoso para que ele aceite e respeitável o suficiente para que ele seja considerado ressocializado ao voltar à sociedade. Note que se o criminoso não tem qualquer interesse de aceitar pagar uma restituição adequada e de passar por um processo de ressocialização, e colocando todos os empecilhos para tal, ele mesmo que iniciou a agressão, logo, mesmo que ele não concorde, está dando a toda a sociedade o direito de se defender inclusive matando-o. Se ele não se apresenta à justiça, não faz acordo, é belo e moral que a justiça vai gradualmente aumentando a força necessária para que a justiça seja feita inclusive recompensa pela cabeça dele, num processo o mais transparente possível e seguindo processos para minimizar erros o máximo possível afinal no ancapistão está cheio de presas de justiça concorrentes querendo provar que as outras são injustas. Por fim, voltando ao caso da vida inocente tirada para salvar outras, provavelmente a necessidade de ressocialização seria vista como desnecessária ou atenuada, por exemplo ficando como pena fazer um curso para aprender as melhores ações e táticas nessas situações extremas para minimizar danos, pagos pelo próprio culpado, que mais uma vez poderia ter o custo coberto pelos um milhão de vidas salvas ou por um seguro.
Em um dos artigos do Lacombi, não me lembro agora, li uma definição muito coerente a respeito da ética libertária. A ética libertária não se propõe a definir o que é correto. Como o próprio Alexandre Porto define, a ética é uma ferramenta para resolução de conflitos. Através da busca pela racionalidade, o estudo da ética consegue encontrar o que comprovadamente NÃO É correto. Para muitas questões da vida, não há como comprovar através da lógica que algo é certo ou errado. Essas questões devem ser defendidas pela moralidade. Eu, por exemplo, sou católico e defendo a existência do único Deus divulgado pela minha religião, mas como eu não tenho como defender sua existência através da lógica, eu o defendo através da moralidade, por mais certeza que eu tenha sobre isso. Numa analogia meio tosca com uma partida de futebol, a ética seria as regras a qual os jogadores estão submetidos e a moral seria o fair play. Um exemplo interessante seria aquela situação em que um jogador joga a bola para a lateral para um companheiro adversário ser atendido e, após o atendimento, o jogador adversário, ao invés de devolver a bola na cobrança de lateral, se aproveita da situação e arremessa para seu time, que logo em seguida faz o gol. A atitude estaria dentro das regras (ética), o juiz teria que validar o gol, mas seria uma atitude completamente imoral.
muito valeu! Nao digo Obrigado prq acredito que não tenha feito isso a base de obrigação. Mas valeu!!! Prq com esse vídeo tu deu Valor ao meu coração. propriedade minha, una, indivisível e intransferível. Mas minha moral pode fazer scambo. Vlw!!! kkkkk
Mas se a mulher pedir ajuda, e você, no caso, sendo a única pessoa (além dela e do estuprador) que está passando pela rua, não dá de se entender que isso [o pedido de ajuda] é um contrato? Contratos não precisam, necessariamente, serem escritos e realizados com antecedência, mas podem também sim ser feitos verbal e imediatamente, a meu ver. (Não que isso te dê a obrigação de aceitar o contrato, mas o que quero dizer é que, ao pedir socorro, ela estaria se dispondo a fazer um contrato, aonde você agiria como polícia.)
Então no Anarcocapitalismo não existe liberdade completa. Há uma lei que regula a sociedade. A diferença é que não teríamos estado, mas setores privados. É isso? E quem são as pessoas responsáveis pela elaboração das leis? Quem as escolhe?
+Alexandre Porto - Entendi. E quem garante a propriedade privada seria a polícia privada, certo? OK. Não sei se tem tempo, mas se puder fazer um vídeo ou responder aqui sobre uma dúvida que já levantei e não fiquei satisfeito com as respostas, ficaria agradecido. A polícia privada garante a segurança dos cidadãos, mas apenas de quem paga um plano. Se eu decido matar, por exemplo, minha avó que mora sozinha e não possui um plano de segurança, quem vai se interessar pelo caso? Vou enterrá-la e continuar minha vida normalmente? Exemplos podem ser vários. Basta pegar uma pessoa sem plano de segurança e fuzilar. Fazendo o trabalho bem feito, vida que segue... A ética aqui fica como? Quem garante a proteção dessas pessoas? *Obs.:* Não vale dizer, como alguns, que hoje existem milhares de pessoas que morrem e nada é feito, porque isso coloca o Anarcocapitalismo em xeque, igualando-o ao sistema que hoje vivemos. Ou o Anacap responde todas as questões ou é um sistema imperfeito.
+Alexandre Porto - Não respondeu minha pergunta. Vou entender que você está sem tempo. :-) E quem não pode se defender e não tem condições de pagar a polícia? Eu posso, (novo exemplo já que não respondeu o outro), invadir uma tribo indígena, matar todos e tomar as terras para mim? A partir desse instante eu passo a ser dono daquele espaço e a polícia (a qual tenho um plano top com direito a tanque de guerra) deverá me defender caso alguém tente invadir o terreno que acabei de conquistar? Como fica a ética na questão dos índios e do local que usurpei? Aliás, os locais sem proprietários, é só chegar e dominar? Se não há Estado, prefeituras, de quem são os 86725679 milhões de hectares espalhados por esse país?
Alexandre, você, que é a favor da pena de morte, considera que do ponto de vista ético a pessoa que escolheu matar um inocente para salvar um milhão de inocentes mereceria a pena de morte?
Na minha opinião é assim:
Moral -> conjunto de regras que definem um padrão de comportamento adequado a ser seguido por um indivíduo.
Ética -> conjunto de regras que definem um padrão de comportamento adequado para a ser seguido por um indivíduo em relação a outro(s) indivíduo(s).
Prostituição e uso abusivo de drogas são exemplos clássicos de práticas que eu considero imorais, mas não considero anti-éticas ou criminosas, uma vez que não agridem nem ameaçam a propriedade alheia.
To inscrito no Ideias Radicais desde que ele tinha essa quantidade de inscritos. To torcendo pra sua trajetória ser a mesma!
Conteúdo muito melhor que o do canal atualmente...
Excelente vídeo, André Porto. Estou cada vez mais inspirado a fazer meu próprio canal.
continue com os videos cara !!
Esse negócio de boicote sempre me dá um pouco de medo pq eu lembro do filme "the hunt" no qual um funcionário de uma creche é acusado falsamente de abuso contra uma das crianças e a cidade inteira se revolta contra ele. Destroem a vida dele por um simples mal entendido.
Uma coisa que confunde muito é a definição de liberdade, as pessoas pensam que liberdade é poder fazer o que quiser. Mas essa é a liberdade voltada apenas para vc, um conceito de liberdade que vala para todos, seria a propriedade e auto propriedade. Vc é dono de vc, e pode fazer o que quiser desde que não inflija na prioridade ou auto propriedade alheia. Eu gosto muito dessa lógica kkk
faz um vídeo sobre como seria a justiça no anarcocapitalismo.
faz um vídeo sobre da onde vem a moral, pq o errado é errado... bom vídeo! continue assim
né
era isso mesmo que eu estava pensando, e vou além, serviço de recuperadores de bens roubados, caçadores de recompensa, serviço de negativação de ladrões, que seriam impedidos de comprar qualquer bem que não fossem os essenciais a sua vida ate´que ele pague pelo que roubou, etc.
A ideia eh valida ja q cada um tm seu direito a autopropriedade e por isso pode adotar as condutas morais q qser, duro eh convencer as pessoas q o uso de violencia eh criminoso para lidar com a imoralidade, essa parte eh a mais foda do anarcocapitalismo, explicar q seria sequestro encarcerar um cara q assiste filme de pedofilia ou seria crime bater no cara q chamou sua namorada de gostosa, dependendo da imoralidade a vontade eh de espancar a pessoa, e a maioria faz isso e apoia essa atitude, inclusive o estado
Olá Alexandre! Primeiro de tudo, meus parabéns! Seu canal foi o primeiro que vi falando sobre AnCap e desde então a ideia me cativou muito!
Agora, estou com uma dúvida sobre o dilema que você propôs no vídeo: O do terrorista com o inocente e a bomba.
Eticamente, seria errado matar o inocente mesmo? Pois aqui tem alguns pontos que ainda tenho dúvida sobre.
Uma vez que o terrorista está na eminência de explodir a bomba e me matar, é ético e moral eu me defender de alguma forma. Mas ai existe um obstáculo que é caracterizado como o inocente. Assassinar o inocente em si é errado mas uma vez que o criminoso pôs esse refém como obstáculo, é considerado crime eu causar a morte do mesmo para parar o criminoso? Em defesa do observador, o mesmo não pode ser responsabilizado pela situação que o refém se encontra, correto?
Outra forma que eu consigo imaginar em ilustrar esse problema seria, por exemplo, um escravo (o refém) sendo usado como soldado/milicia. Esse escravo será executado caso não defenda seu "mestre" (o terrorista) mas ao mesmo tempo o soldado inimigo (o observador) está defendendo sua terra e portanto se encontra no mesmo dilema. Se ele pretente chegar ao mestre ele tem que passar pelo escravo, e o escravo terá que lutar até o final (e possivelmente acabando em sua morte). Ao matar o escravo em combate, seria considerado um crime?
O problema é que esse dilema me deixa muito confuso pois não sei de fato qual seria a resposta correta, ética e moral. Me sinto inclinado em atirar no refém pois estou apenas me protegendo e não é minha culpa do inocente estar nessa situação mas não acho que essa é uma resposta satisfatória para esse dilema.
Algum ponto que eu esqueci de mencionar e qual seria sua posição sobre esse assunto? Seria de fato um crime?
0:43 Se é especie logico que é especifica zé kkk... Bom video cara
Se caso não existir estado como existiria guarda sobre uma criança quem proibiria os pais de fazer algo com as crianças?
E como eu seria responsável por uma criança mesmo sendo meu filho se ele é outro individuo?
Alexandre Porto parabéns pelo seu canal! Vídeos muito interessantes e melhores do que o do Raphael do idéias radicais (que tb é muito bom). Fiquei com uma dúvida sobre a moral e ética no anarcocapitalismo: Um contrato em que a pessoa vende sua vida a outra, seja em termos de escravidão ou de aceitar que outra a mate seria um contrato legal? ou iria ferir a lei natural? Muito obrigado!
+Fernando Nascimento Vender o próprio corpo na minha opinião é possível sim. Mas seria quase impossível isso valer a pena, exceto para pagar um tratamento para um parente que vai morrer, etc.
+Alexandre Porto obrigado pela atenção, fiquei na dúvida se por exemplo ao afirmar o contrato desse tipo e houver arrependimento de quem vendeu a sua liberdade por exemplo, este teria como recorrer a um júri privado para avaliar e possivelmente poderia ter sua liberdade de volta sob certas condições, valeu!
Olá Alexandre Porto, achei por coincidência o seguinte trecho do ética da liberdade paginas 99 e 100 que ele explica essa dúvida que tinha, com bastante sentido:
A distinção entre o trabalho alienável de um homem e sua vontade
inalienável pode ser explicada a seguir: um homem pode alienar seu
trabalho, mas ele não pode vender o valor futuro capitalizado deste
trabalho. Em resumo, ele não pode, pela própria natureza das coisas,
vender-se como um escravo e ter esta venda cumprida - pois isto
significaria que sua futura vontade sobre sua própria pessoa estaria
sendo renunciada antecipadamente. Em suma, um homem pode naturalmente
empregar seu trabalho presentemente para o benefício de
outrem, mas ele não pode se colocar, mesmo se ele desejar, como bem
de capital permanente de outro homem. Pois ele não pode livrar-se
de sua própria vontade, a qual ele pode mudar nos anos vindouros,
passando a repudiar o acordo presente. O conceito de “escravidão
voluntária” é de fato um conceito contraditório, pois, contanto que
um trabalhador permaneça completamente subserviente à vontade
de seu mestre voluntariamente, ele continua não sendo um escravo
pois sua submissão é voluntária; ao passo que, se ele mudar de ideia
mais tarde e o mestre impuser sua escravidão através de violência, a
escravidão então não seria voluntária. Mas falarei mais sobre coerção
mais à frente.
Ele é útil. Porém não sei se gostei do vídeo, mas é útil!!
No caso de alguém que escolheu matar o refém para salvar um milhão de vidas, como poderia ser a punição para essa pessoa?
Libertarianismo costuma pensar em justiça como restitutiva, não punitiva, o máximo possível para voltar ao que era antes. Claro uma vida não tem como voltar dos mortos, então tenta-se uma idenização mais próxima possível disso em tribunais aceitos pelas duas partes. Claro, o morto não tem como dar parte, então pela vítima poderiam responder familiares, uma pessoa ou grupo de pessoas, uma organização filantrópica, indicadas no testamento, ou uma empresa de segurança ou justiça contratado pela vítima ganha por contrato o direito de representá-lo e processar os culpados e exigir a reparação. Estipulado em juízo o valor a ser idenizado, imagino que não seria difícil para o acusado fazer campanha entre os um milhão de vidas salvas por colaborações voluntárias para ajudar a pagar a idenização. Se o acusado ao invés de um herói transeunte é um agente de uma agência de segurança (situação mais provável de quem teve de fazer essa escolha de matar um inocente para salvar 1 milhão), provavelmente essa empresa deve já trabalhar com algum tipo de seguro para cobrir mortes de inocentes comprovadamente necessárias para defender um bem maior, ou então se antecipa e já cobra a mais de seus clientes prevendo esse tipo de situação. Por fim falta só explicar que nesses crimes impossíveis de serem realmente restituídos, como contra a vida, além de restituição a justiça precisaria aplicar também medidas de ressocialização, afinal, um assassino seria considerado um pária, visto como um risco. No sistema estatal atual só se joga o cara na cadeia, num sistema carcerário que não ajuda o criminoso a se ressocializar, nem restitui a vítima, nem protege a sociedade do criminoso que sai da cadeia com ligações ainda mais forte com o crime. Não sei exatamente como seria o sistema de ressocialização que seria selecionado num mercado de serviços de justiça, mas certamente um que seria o mais justo possível por ambas as partes. Pode ser obrigatoriedade de trabalhos forçados, de frequentar cursos ou terapias que comprovadamente diminuem a reincidência no crime, pode inclusive envolver encarceramento em uma instituição que promove as citadas atividades de ressocialização enquanto o criminoso não é considerado apto para retornar à sociedade. Sendo um serviço privado que atende às duas partes a penitenciária ou equivalente, teria de fornecer um serviço digno o suficiente ao criminoso para que ele aceite e respeitável o suficiente para que ele seja considerado ressocializado ao voltar à sociedade. Note que se o criminoso não tem qualquer interesse de aceitar pagar uma restituição adequada e de passar por um processo de ressocialização, e colocando todos os empecilhos para tal, ele mesmo que iniciou a agressão, logo, mesmo que ele não concorde, está dando a toda a sociedade o direito de se defender inclusive matando-o. Se ele não se apresenta à justiça, não faz acordo, é belo e moral que a justiça vai gradualmente aumentando a força necessária para que a justiça seja feita inclusive recompensa pela cabeça dele, num processo o mais transparente possível e seguindo processos para minimizar erros o máximo possível afinal no ancapistão está cheio de presas de justiça concorrentes querendo provar que as outras são injustas. Por fim, voltando ao caso da vida inocente tirada para salvar outras, provavelmente a necessidade de ressocialização seria vista como desnecessária ou atenuada, por exemplo ficando como pena fazer um curso para aprender as melhores ações e táticas nessas situações extremas para minimizar danos, pagos pelo próprio culpado, que mais uma vez poderia ter o custo coberto pelos um milhão de vidas salvas ou por um seguro.
Sugiro, aos interessados, os videos aula do professor Clovis, evitará muitos problemas sobre o que seria Ética e Moral.
então a moral pela visão libertária é subjetiva e individual?
+vinicius Rauber foi isso que entendi, por isso perguntei
Em um dos artigos do Lacombi, não me lembro agora, li uma definição muito coerente a respeito da ética libertária. A ética libertária não se propõe a definir o que é correto. Como o próprio Alexandre Porto define, a ética é uma ferramenta para resolução de conflitos. Através da busca pela racionalidade, o estudo da ética consegue encontrar o que comprovadamente NÃO É correto.
Para muitas questões da vida, não há como comprovar através da lógica que algo é certo ou errado. Essas questões devem ser defendidas pela moralidade. Eu, por exemplo, sou católico e defendo a existência do único Deus divulgado pela minha religião, mas como eu não tenho como defender sua existência através da lógica, eu o defendo através da moralidade, por mais certeza que eu tenha sobre isso.
Numa analogia meio tosca com uma partida de futebol, a ética seria as regras a qual os jogadores estão submetidos e a moral seria o fair play. Um exemplo interessante seria aquela situação em que um jogador joga a bola para a lateral para um companheiro adversário ser atendido e, após o atendimento, o jogador adversário, ao invés de devolver a bola na cobrança de lateral, se aproveita da situação e arremessa para seu time, que logo em seguida faz o gol. A atitude estaria dentro das regras (ética), o juiz teria que validar o gol, mas seria uma atitude completamente imoral.
pq fica cortando? é barulho?
+lonedruid Deixa o video mais dinâmico, fazendo ser mais curto e menos cansativo de ver.
Oden som vandringsman Ah sim, faz sentido. É por que tem muito youtuber que tem o vídeo todo cortado por não conseguir estruturar as idéias
muito valeu! Nao digo Obrigado prq acredito que não tenha feito isso a base de obrigação. Mas valeu!!! Prq com esse vídeo tu deu Valor ao meu coração. propriedade minha, una, indivisível e intransferível. Mas minha moral pode fazer scambo. Vlw!!! kkkkk
Mas se a mulher pedir ajuda, e você, no caso, sendo a única pessoa (além dela e do estuprador) que está passando pela rua, não dá de se entender que isso [o pedido de ajuda] é um contrato?
Contratos não precisam, necessariamente, serem escritos e realizados com antecedência, mas podem também sim ser feitos verbal e imediatamente, a meu ver. (Não que isso te dê a obrigação de aceitar o contrato, mas o que quero dizer é que, ao pedir socorro, ela estaria se dispondo a fazer um contrato, aonde você agiria como polícia.)
Você não é obrigado a ajudar ela, mas, por um postulado moral, é seu dever, mas não seria antiético da sua parte, só imoral
Qualquer consumidor racional iria ajudar a mulher, mesmo que ela me processe depois por também ter "violado" a propriedade dela.
amei
Então no Anarcocapitalismo não existe liberdade completa. Há uma lei que regula a sociedade. A diferença é que não teríamos estado, mas setores privados. É isso? E quem são as pessoas responsáveis pela elaboração das leis? Quem as escolhe?
+Marcelo Lait Opa, elaboração de leis não. A lei é uma só: propriedade privada.
+Alexandre Porto - Entendi. E quem garante a propriedade privada seria a polícia privada, certo? OK.
Não sei se tem tempo, mas se puder fazer um vídeo ou responder aqui sobre uma dúvida que já levantei e não fiquei satisfeito com as respostas, ficaria agradecido.
A polícia privada garante a segurança dos cidadãos, mas apenas de quem paga um plano. Se eu decido matar, por exemplo, minha avó que mora sozinha e não possui um plano de segurança, quem vai se interessar pelo caso? Vou enterrá-la e continuar minha vida normalmente?
Exemplos podem ser vários. Basta pegar uma pessoa sem plano de segurança e fuzilar. Fazendo o trabalho bem feito, vida que segue... A ética aqui fica como? Quem garante a proteção dessas pessoas?
*Obs.:* Não vale dizer, como alguns, que hoje existem milhares de pessoas que morrem e nada é feito, porque isso coloca o Anarcocapitalismo em xeque, igualando-o ao sistema que hoje vivemos. Ou o Anacap responde todas as questões ou é um sistema imperfeito.
+Marcelo Lait
Isso é o que eles intitulam de 'governo privado', é nada mais que um estado aristocrata.
Não é a policia privada, é qualquer pessoa, se armando e se defendendo.
+Alexandre Porto - Não respondeu minha pergunta. Vou entender que você está sem tempo. :-)
E quem não pode se defender e não tem condições de pagar a polícia? Eu posso, (novo exemplo já que não respondeu o outro), invadir uma tribo indígena, matar todos e tomar as terras para mim? A partir desse instante eu passo a ser dono daquele espaço e a polícia (a qual tenho um plano top com direito a tanque de guerra) deverá me defender caso alguém tente invadir o terreno que acabei de conquistar?
Como fica a ética na questão dos índios e do local que usurpei? Aliás, os locais sem proprietários, é só chegar e dominar? Se não há Estado, prefeituras, de quem são os 86725679 milhões de hectares espalhados por esse país?
Então um jeito de chegar ao ancap pode ser boicotando o estado, por exemplo usando o bitcoin, certo?
É uma delas.
Leia o manual do agorista no link abaixo:
foda-seoestado.com/manual-agorista/
Alexandre, você, que é a favor da pena de morte, considera que do ponto de vista ético a pessoa que escolheu matar um inocente para salvar um milhão de inocentes mereceria a pena de morte?
cara parece que vc sempre grava as 3 horas da manha e dps vai dormir
sempre se ta falando baixo devagar e com cara de sono