Eu super concordo com você, Jana. Mas confesso que me incomoda demais a enxurrada de palavras inglesas que as pessoas usam no ambiente do LinkedIn. Aliás, me incomoda muito essa influência norte-americana em nossa língua.
Não é só porque a língua muda que nós devemos aceitar essa enxurrada de estrangeirismo. O Brasil deve tomar cuidado com isso. Às vezes fico me perguntando quanto tempo até "doguinho" entrar para o nosso dicionário
Você já fala tantos estrangeirismos que nem percebe. Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim. Acho que você deixou de entender a constância e o volume de estrangeirismos que toda língua sofre desde sua fundação e que faz parte da formação de seu vocabulário. Não existe língua pura.
@@sergiomoura7189 " Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim." Essa afirmação está completamente equivocada. É uma enxurrada sim porque nunca antes na história essa mudança foi tão rápida. O uso da internet fez com que essa mudança ocorra em uma velocidade nunca antes vista. Antigamente as mudanças eram graduais e permitiam uma maior adaptação, não dificultando tanto a comunicação. Hoje em dia a mudança é tão repentina que muitas pessoas já não conseguem se comunicar de forma eficiente muitas vezes, mesmo sendo do mesmo país e falando a mesma língua.
Eu ficava implicando com o meu pai que começou a andar de bicicleta com os amigos e ficava falando 'bike' até o dia que ele me mandou uma mensagem dizendo que estava "andando de baique" e eu me acabei de rir com o jeitinho que ele abrasileirou a palavra
Que aula maravilhosa, muito obrigada por isso!!!! Eu sou professora de português para estrangeiros, é uma discussão muito interessante para eles. Uma coisa curiosa é que frequentemente eu preciso ensiná-los a pronunciar palavras da língua inglesa com a nossa pronúncia, para que eles sejam entendidos aqui 🤪 ketichúpi, por exemplo. Amooooo! 💚
jana, tuas reflexões são sempre incríveis. eu sempre fico maravilhado com discussões de linguística, e por isso mesmo fui fazer Letras. sei que você não é a única que fala disso aqui no youtube, mas você fala de coisas que eu não vejo ninguém falar por aí, e sempre muito ponderada e sensata. af amo esse canal demais
Eu concordo, só não gosto de uso de palavras em inglês, qnd elas substituem termos absolutamente normais em português. Por exemplo dead line. Dead line é PRAZO. Quer dar urgência? Chama de prazo final. Não faz sentido usar dead line. Tem palavras que o significado em português exigiria quase uma frase, aí ok, mas outras é puro esnobismo de faria limer. Ah, faria limer é um "estrangeirismo" que eu curto pelo significado
Acho q um bom exemplo dessas "frases" é pet. Pet é bicho de estimação, animal de estimação. Uma palavrinha de 3 letras q expressa tudo isso, e atualmente todo mundo sabe doq se trata de tanto de foi usado, tem gente q nem sabe q isso é um estrangeirismo e vem do inglês, de tão comum q ficou
Qual a diferença do português pro inglês pra um brasileiro? Ambas são línguas europeias, mas por ventura nos aprendemos o português cm a primeira. Se a gente passasse a falar mais inglês do português n mudaria absolutamente nada pq a cultura brasileira n está vinculada cm a língua portuguesa
@@eduardolourenco4212oi? Você conhece Portugal? 😂😅 sabe que o Brasil só existe porque foi colonizado por um país da origem da língua portuguesa né? Como não está relacionado? 😅
@@eduardolourenco4212o idioma é parte da identidade cultural de um povo. O Brasil nunca falara inglês. É o mesmo que achar que o inglês um dia deixará de ser falado nos Estados Unidos.
@@eduardolourenco4212O português falado aqui há geracões é unicamente nosso, e não uma língua europeia estrangeira. É uma língua que, querendo ou não, representa nossa cultura mais do que qualquer outra, incluindo línguas indígenas de grupos muito específicos.
Pasquale é um imbecil. temos muitos códigos, só uso 'brasileiro' quando falo com pessoas de outro estado, eu uso meu maranhês mesmo. e claro, a forma mais polida do Português BR tem suas formas próprias em cada estado, no caso do meu o uso eventual da conjugação da segunda pessoa.
@@seeleoplay1092 Pasquale não é linguista e, além disso, é ridicularizado nos cursos de Letras por ter uma produção medíocre. Só ficou famoso por dar dicas de português, como um monte de professor de ensino médio faz aqui no RUclips.
Amei sua análise. Já vi algumas pessoas falarem "Eu estava 'burnoutando'.", ou "se eu não saísse daquele trabalho eu ia 'burnoutar'.", introduzindo na nossa língua, pois a língua é viva e está sempre mudando. E sempre que posso, eu falo "estafa mental", pois é o mesmo sentido e acredito que também aproxima com outras pessoas que passam pelo mesmo e acabam não falando por não saberem pronunciar.
Discordo totalmente. As empresas empurram goela abaixo ⬇️ todos termos em inglês. Não sei se é para enganar os funcionários ou para mostrar que somos colônia.
Discordo do uso desassociado de empresas a pessoas. Lá tem pessoas que de fato usam termos aprendidos na faculdade como curso de marketing (pt-br?) ou web(majoritariamente inglês). Hoje em dia vejo pessoas importando palavras de redes sociais tb, vindo de suas comunidades online como atalhos a significado e ocasiões. Tem sorte se não ouviu a abrasileirasão de "realize" (perceber) como realizar, sangrou o meu ouvido. Ninguém é policarpo quaresma, até franceses usam estrangeirismo, e vale lembrar que grande parte de palavras japonesas tem influência portuguesa.
Falando em geopolítica, uma palavra que a gente não deveria adotar é polywork né?! Não por ser americana, mas peja romantizacao msm da sucateacao do trabalho... Hehehe
Quando eu ouvi "craudiado" eu achei que significava "Cheio de Craudio" (E eu achei muito engraçada), mas depois descobri que a origem é Crowded e perdeu muito da graça hahaha
A língua portuguesa está mudando, sim, mas ela está convergindo para a variação brasileira. Só olhar a discussão em Portugal sobre os pais conservadores chateados que a internet está levando a nossa variação para as crianças de lá. Em Angola também vem acontecendo, mas sem a crítica, como com os patrícios.
Eu tenho PAVOR. E isso acontece muito aqui no youtube, principalmente com streamers que também falam inglês, como o cellbit e o goulart; porque "to assume" não é assumir, é PRESUMIR, são falsos cognatos. Até fiz um post no instagram sobre isso esses dias, sobre ruído na comunicação. No post, eu falo do cara que disse ser legal, que não bate em mulher, que suporta a comunidade LGBTQIA+... Ele pensou em apoiar (to support). Eis o ruído na comunicação. Quando uma adaptação do inglês ocasiona um termo que já existe no português, mas com outro sentido, aí eu vejo problema. Longe de mim ser reacionário linguístico, mas entende? "Ele assumiu que a vizinha foi esfaqueada" Pensa nessa frase. Ele achou que a vizinha tinha sido... ou ele reconheceu a culpa de a vizinha ter sido esfaqueada por ele. Tudo isso porque misturou português e inglês
Um dos pontos importantes que tornam a lingua frágil, é a falta de meios de comunicação com gente com bom nível de português,sou do tempo da boa escola pública,e quando quem não tinha oportunidade de frequentar uma escola,lia o bom Correio da Manhã,ou o Jornal do Brasil,e ai conseguia aprender. Se for observado com cuidado,os jornalistas cometem erros grosseiros de português e não aceitam serem corrigidos, então podemos ver que não existe uma contribuição real para manutenção e melhor condição da língua Portuguesa.
Feliz de encontrar alguém que tem uma visão muito parecida com a minha. Sou designer (palavra inglesa) e utilizo muito a palavra "briefing". Um dia desses um cliente me pediu para não falar "briefing" e eu disse "ok, vamos chamar de formulário para criação" hahahaha. No mundo corporativo em que praticamente todos os termos são em inglês está todo mundo se entendendo e eu nem chego perto de ser como eles. Não me importo muito. Mas sobre o que você trouxe é exatamente o que penso, a língua não é encaixotada. Ela chega aqui e imediatamente já recebe também as nossas influências, do nosso sistema fonador, torna-se outra coisa. Mas, dito isso, também acredito que estamos caminhando para uma unificação linguística, em termos de idioma, quando vejo a quantidade de pessoas tendo o inglês como segunda língua. Sou leiga no assunto, mas amei o vídeo.
Essas discussões sempre me lembram o personagem principal do romance O Triste Fim de Policarpo Quaresma, que defendia tanto e tão cegamente uma hegemonia brasileira, nacional e raiz, que achava que devíamos todos voltar a falar Tupi.
único problema que o elemento 'nativo' não é o mais forte no Brasil, seja no sangue, nos costumes, na forma de pensar e na organização da vida e social.
Falando sobre língua, política e poder tem o Leandro do English friday, professor de inglês, falando sobre o Black English e seu poder subversivo na história estadunidense.
Eu era essa pessoa que vivia defendendo essa "pureza" da língua portuguesa, mas aprendi a ver a lingua de forma mais dinâmica. Mas queria saber sua opinião sobre quando os usos da língua portuguesa se alteram pela lógica de outra língua? Por exemplo, a expressão "é sobre isso" que me parece que vem de "about this"? O que você acha?
Concordo com a Jana também. A linguagem evolui dinamicamente, e o Português no Brasil não é exceção. Enquanto as universidades e o público continuarem a usar a língua oficial padrão com seu rico vocabulário formal, não há motivo para preocupação. O Português passou por transformações significativas, influenciadas por diversos sotaques do espanhol, alemão, italiano, japonês, indígenas, africanos e outras nacionalidades que migraram para o Brasil. Essa adaptação dinâmica é um curso natural para a linguagem seguir, moldando-se constantemente em novos paradigmas.
Há uma coisa neste vídeo que me chateou. Foi o número irrisório de visualizações (views jamais!). Pq, de resto, não é um corriqueiro conteudo para o YT. É uma curta mas preciosa palestra. Jana, seria interessante para vc falar dos componentes de geopolítica, poder, aspectos psicológicos, influências colonialistas, na aceitação e utilização desses estrangeirismos? Eu mesmo não gosto de muitos deles principalmente qdo temos termos absolutamente adequados para expressar as ideias e conceitos desejados. Não fico criticando e reclamando sobre isso, e até me rendi a vários deles. Outros assimilei sem problemas pq realmente o estrangeirismo era mais preciso. De qquer forma, valeu; obrigado.
@@jornalistarenatarosa4205 Saudades sinto eu, menina! De vc e seus excelentes vídeos. Tudo bem com vc/s? Vez por outra visito seu canal e revejo algum vídeo. E sua mãe? Como está ela? Bjs para vc e para ela tb.
5:38 - pensando o "nós" supostamente como brasileiros, acho que ainda não somos nada conservadores se comparados a Portugal, que usam o "rato" no computador, dentre outras muitas traduções pitorescas...
Traduzir palavras não é conservador. Querer manter as palavras como as mesmas sem pertimitr modificações desde um período específico, como 1901, por exemplo, isso é conservadorismo linguístico.
Suas reflexões são sempre incríveis, Jana. Uma das maiores produtoras de conteúdo que temos hoje. Obrigado por compartilhar o seu trabalho com a gente. 🖤☕
Tem um meme bem conhecido que eu tinha visto no canal gringo: Scott Lower, acho que é assim que se escreve, um react de memes, tinha um assim: Home Office Muié Office Ou seja, uma palavra em português mal falada e escrita, com um estrangeirismo. Na questão linguísta, eu não sou formado na área, mas minha opinião sobre o " assassinato" da língua portuguesa se deve a muitos fatores, como uso de estrangeirismo em excesso, abreviações constantes de palavras e uso de muitas palavras de origem errada. Eu fico impressionada na conjugação das pessoas verbais do brasileiro atual, tudo no singular: Eu fui Tu foste, Tu foi ou Você foi Ele/Ela foi Nós fomos ou A gente foi Vós fordes ou Vocês foram Eles/ Elas foram Não tem como tirar o clássico " É NÓIS" . Fora tudo o que eu disse, ainda tem em volga a questão do " pronome neutro", que bagunça mais ainda a nossa querida língua portuguesa.
No meu laboratório damos medicamento em forma de sonda oral/ bolo (gavage do frances) para os roedores, semelhante ao que fazem no foie gras, e todos dizem "vou dar gavage". Assim que entrei, comecei a verbalizar esse substantivo: "vou gavar" e simplesmente as pessoas que não tankam no jogo, também não tankam o aportuguesamento de uma prática tão comum nos laboratórios que fazem pesquisa com animais.
Será que o infinitivo em nossa língua vai acabar no futuro? Estou me baseando na transformação da língua ao longo do tempo. Percebo vários conteúdos nas redes sem o infinitivo mudando completamente o sentido que "deveria" ser.
Adorei esse vídeo. Meu escritor favorito é o Guimarães Rosa, que pesquisei no mestrado e doutorado... Ele era um entusiasta discussão que você traz nesse vídeo. Obrigada
Eu me incomodo menos com o uso específico de palavras estrangeiras que com o uso generalizado das estruturas do inglês que se tornou comum no português coloquial. Toda vez que alguém termina uma frase com "sobre" eu me tremo todo
@@taaar1963 pois preste atenção que vc começará a ouvir em todo lugar kk toda hora alguem fala algo do tipo "nunca ouvi falar sobre", "não sei nada sobre", "aquele assunto que fulano falou sobre" e por aí vai.
Pior que têm lugar no sul que o povo fala alemão fluente. E já houve tempo que foi proibido que povos indígenas, no próprio sul, falassem a própria língua nativa. Ah, mas aí pode né! É a língua do outro, do subalterno, do esfarrapado... O brasil não dá pra ser levado a sério né!?
Jana, eu tenho essa reflexão com meus amigos sempre que tocamos no assunto "gênero neutro", porque querendo ou não o entendimento é o mesmo. Não existe o fim da língua portuguesa ou um "deixar de entender e ser entendido" quando um grupo muito pequeno de pessoas tá usando um dialeto diferente, e nesse caso beira até o puro preconceito mesmo disfarçado de preocupação né. Mas realmente, muito rico o seu vídeo e eu espero que essas pessoas que querem acabar com estrangeirismo nunca pisem em São Paulo e suas tantas cidades com nomes em tupi, que se não elas caem pra trás duras com o choque de realidade que é a troca de culturas entre povos kkkkkk. E só acrescentando mais ainda, essa ideia conservadora de língua é tão estúpida, que se fosse pra levar ela a sério a gente estaria ainda falando Latim, e proibindo palavras gregas de entrarem no idioma.
Jana, concordo com você. Eu mesmo uso vários estrangeirismos. Meu único medo é a simplificação da nossa cultura por meio de qualquer imperialismo. Eu estudo na Alemanha, e tem-se esse mesmo problema aqui. Um exemplo ótimo desse estrangeirismo imperialista é a palavra “they”, usada no alemão também como um pronome não binário. O que me entristece bastante, já que em português temos elu/delu (que uso bastante, já que sou nao binarie). Resumindo, na Alemanha, por conta da história e por acharem que tudo feito nos Estados Unidos é melhor do que no resto do mundo, usa-se um estrangeirismo que poderia muito bem vir do português, no qual é muito mais bem formulado. No mais, adorei o vídeo. E amo ficar pensando sobre o assunto. Só para lembrar, Ana Cristina César escreveu textos misturando português e inglês e mesmo assim é uma das maiores poetas da linha portuguesa.
Super concordo contigo, Jana. Isso me faz lembrar do caso da Coreia do Norte, onde é proibido QUALQUER palavra de origem da língua inglesa para nomear coisas e marcas naquele país. Então criaram as próprias palavras para nomear as mesmas coisas que existem fora de lá. Um bom exemplo é a palavra _hamburguer_ que fica algo como _pão com carne_ .
Já já vai acontecer o mesmo fenômeno mas com palavras em Chinês e Coreano anota aí! A influência econômica Chinesa e o tanto de Dorama que esse povo tá consumindo... minha sogra já quase fala Corerano! kkkk...
eu tenho uma fascinação por coisas novas na comunicação, é tão lindo alguns exemplos. mas e com isso não vamos nos entender? quando é que a gente se entendeu mesmo? quem sabe a comunicação perfeita seja a química, mas será?, às vezes penso: a formiga A deixa um aviso químico: - oi, tem açúcar aqui, venham buscar. a formiga B se tiver alguma mutação pode ler: - quer comprar bitcoins? e tem camuflagem química, então é provável que não seja perfeita também... enfim... essa coisa de tudo homogêneo me lembra um frase de um jogo, dark souls 2, não lembro exatamente como está ipsi litteris, mas era algo como: 'quando Nassandra chegou trouxe uma paz, uma paz que parecia as trevas'
Oi Jana... Aula bastante lúcida. Obrigado... O que você tem a dizer dessas novas abreviações usadas atualmente: VC, TB, TBT? Confesso que me perco no entendimento de um texto quando me deparo com elas. Ou também BRODINHO? Gostaria de ver um vídeo sobre. Abraços...
O excesso de palavras em inglês está insuportável. Vejo alguns canais que falam sobre lançamentos de filmes. Qdo vou ler os comentários fico impressionada com palavras comuns a nossa língua foram trocadas por termos em inglês. Ninguém mais fala em filmes "campeão de bilheteria, filmes de terror..." é por aí vai. RI DI CU LO!!
Não foi flope nenhum, foi o maior estelionato da história. Bill Gates sabia que não ia acontecer nada, mas o mundo inteiro trocou de computadores. O meu departamento no Ministério trocou 55 computadores inutilmente!
Jana. Você é sensacional. Eu recentemente debatia com meu orientador sobre isso. Eu estou na área de Ciência da Computação, de modo que, toda palavra, expressão, é de origem inglesa. Mouse, monitor, etc, vieram de fora. E eu quero usar na minha dissertação, até para favorecer a fluidez da leitura, as palavras e expressões na língua inglesa mesmo. Mas ele teima que não posso usar estrangeirismos no texto. Só que fica HORRÍVEL de ler. Que disgrassa. Beijo
10:41 vc me fez lembrar de uma coisa. Talvez nem tenha muito relação com o vídeo. Quando eu era adolescente lá pela década de 90 eu conhecia gente bem mais velha que eu que enaltecia e falava de forma saudosista sobre o ensino da língua francesa nas escolas de antigamente e declarava o quão “grotesco” era o ensino da língua inglesa. Hoje ninguém lembra disso.
Brasil como um país de pessoas majoritariamente autodeclaradas pardas, e eu vendo ser reproduzidas essas narrativas puristas de língua me fez lembrar de como trabalhar consciência mestiça é essencial pra construção de um novo lugar em que possamos confluir, conviver, e também sobreviver mesmo. Aguardando um dia onde possamos discutir a nossa ancestralidade como um todo, e não pela "metade que importa" (eurocêntrica)
O exemplo do "tankar" é até curioso nesse sentido, já que vem de "tank", que tem tradução no português com "tanque" kkkkkk então uma adaptação poderia ser simplesmente escrever com o c mesmo em vez de k, e nem precisa de grandes explicações. Justamente, as pessoas sabem o que é um tanque de guerra. Não faz sentido alguém implicar com isso. Excelente vídeo e reflexão
Eu sempre lembro da pira que é coisa que tirou do francês até os estrangeirismo usados na França, como stoper ou parking, que viram arreter e (esqueci). Chega no nome de marcas, como o KFC que lá é PFK (Poulet fritte Kentucki).
Se temos palavras em português para designar certas coisas devemos usa-las a menos que limitem o sentido. Por exemplo, temos a palavra acompanhamento, então por que dizer follow up?
Concordo parcialmente com sua ideia. O problema não é o uso de palavras estrangeiras para indicar determinado signo, mas o uso desse estrangeirismo para falar de signos que já possuem seu equivalente na língua mãe. E isso nada tem a ver com ser fascista. De uma olhada como o Português de Portugal, ou o Espanhol são tratados pelos falantes. Eles prezam pela manutenção da própria língua e por uso de vocábulos já existentes para descrever seus signos e significados a tal ponto que vídeos de RUclips onde figuram a nossa língua serem totalmente traduzidos, em especial Portugal. No caso do Espanhol eles "convertem a palavra para sua própria língua mãe. Ou como no Japão, como eles lidam com palavras estranhas ao seu próprio vernáculo. Eles possuem até alfabeto próprio para escrever tais palavras. Imagine pegar um livro e se deparar com palavras que tem seu significado em língua portuguesa do Brasil e ter que ler "era um Meeting" se poderia ler "era uma reunião, um encontro, uma assembleia". O estrangeirismo só se justifica quando não há uma maneira vernacular de descrever o símbolo, o que ocorreu quando aqui chegaram os portugueses que tiveram que aumentar o seu vocabulário pois encontraram com símbolos que até então não sabiam existir, e isso se deu também com variados outros idiomas.
É importante pensar e refletir que esse "estrangeirismo", não se trata de mais de duas ou três línguas que por motivos de assimilação cultural tende a acontecer. A gente esta falando única e exclusivamente da influência do idioma falado nos Estados Unidos. A Jana comenta "e não somos um povo aberto as outras culturas? E como achar errado as influências?" Mais uma vez,a gente não esta falando de grupo de vários lugares que imigram para o Brasil,e APESAR de aprenderem a língua local, naturalmente contribuem para criação de um novo termo ou nova cadência das palavras . Veja bem,na assimilação cultural não negamos nossa cultura. De fato,a língua falada no Brasil não irá acabar de uma hora para outra,Jana,mas não se você sabe ou já percebeu, hoje em dia há pessoas,e sobretudo jovens, adolescentes que não ouvem ou nunca ouviram a música brasileira dada a influência do inglês e da cultura estadunidense no mundo. Outra, não é só porque tem influência, e sim também um desejo de se afastar da cultura brasileira pois,os jovens vem infelizmente mantendo o legado da síndrome do vira-lata. Síndrome de vira-lata é uma problemática que não é tão levado a sério como deveria .
Eu super concordo com você, Jana. Mas confesso que me incomoda demais a enxurrada de palavras inglesas que as pessoas usam no ambiente do LinkedIn. Aliás, me incomoda muito essa influência norte-americana em nossa língua.
Nisso eu tô contigo
@@semavatar8106 lol, um americanismo
nossa classe média sempre foi vira-lata e esses profissionais de linkedin fazem banquete de r*las gringas.
Não só da América do Norte,mas também do Reino Unido,Austrália,Nova Zelândia.etc.
Não gosto tb.
Que mulher incrível. Mais que uma aula de português, um show de realidade
aula de Linguística*
Eu amos essas discussões... me fazem lembrar por que fiui estudar Letras.
esse vídeo me deixou bem assim hahah, linguística é uma ciência fascinante DEMAIS
me dá vontade de fazer algo em linguística dentro da psicologia!!
Mas e palavras, você não estudou?
Não é só porque a língua muda que nós devemos aceitar essa enxurrada de estrangeirismo. O Brasil deve tomar cuidado com isso. Às vezes fico me perguntando quanto tempo até "doguinho" entrar para o nosso dicionário
Você já fala tantos estrangeirismos que nem percebe. Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim. Acho que você deixou de entender a constância e o volume de estrangeirismos que toda língua sofre desde sua fundação e que faz parte da formação de seu vocabulário. Não existe língua pura.
@@sergiomoura7189 " Essa história de enxurrada não existe, porque sempre foi assim." Essa afirmação está completamente equivocada. É uma enxurrada sim porque nunca antes na história essa mudança foi tão rápida. O uso da internet fez com que essa mudança ocorra em uma velocidade nunca antes vista. Antigamente as mudanças eram graduais e permitiam uma maior adaptação, não dificultando tanto a comunicação. Hoje em dia a mudança é tão repentina que muitas pessoas já não conseguem se comunicar de forma eficiente muitas vezes, mesmo sendo do mesmo país e falando a mesma língua.
Sinapse "lingo-geopolítica" criada com sucesso. Obrigado
Eu ficava implicando com o meu pai que começou a andar de bicicleta com os amigos e ficava falando 'bike' até o dia que ele me mandou uma mensagem dizendo que estava "andando de baique" e eu me acabei de rir com o jeitinho que ele abrasileirou a palavra
Eu amei rs
Eu também não suporto "bike", prefiro "bicicleta"
Que aula maravilhosa, muito obrigada por isso!!!! Eu sou professora de português para estrangeiros, é uma discussão muito interessante para eles. Uma coisa curiosa é que frequentemente eu preciso ensiná-los a pronunciar palavras da língua inglesa com a nossa pronúncia, para que eles sejam entendidos aqui 🤪 ketichúpi, por exemplo. Amooooo! 💚
Quetchâp
jana, tuas reflexões são sempre incríveis. eu sempre fico maravilhado com discussões de linguística, e por isso mesmo fui fazer Letras. sei que você não é a única que fala disso aqui no youtube, mas você fala de coisas que eu não vejo ninguém falar por aí, e sempre muito ponderada e sensata. af amo esse canal demais
Eu concordo, só não gosto de uso de palavras em inglês, qnd elas substituem termos absolutamente normais em português. Por exemplo dead line. Dead line é PRAZO. Quer dar urgência? Chama de prazo final. Não faz sentido usar dead line. Tem palavras que o significado em português exigiria quase uma frase, aí ok, mas outras é puro esnobismo de faria limer. Ah, faria limer é um "estrangeirismo" que eu curto pelo significado
Acho q um bom exemplo dessas "frases" é pet. Pet é bicho de estimação, animal de estimação. Uma palavrinha de 3 letras q expressa tudo isso, e atualmente todo mundo sabe doq se trata de tanto de foi usado, tem gente q nem sabe q isso é um estrangeirismo e vem do inglês, de tão comum q ficou
Qual a diferença do português pro inglês pra um brasileiro? Ambas são línguas europeias, mas por ventura nos aprendemos o português cm a primeira. Se a gente passasse a falar mais inglês do português n mudaria absolutamente nada pq a cultura brasileira n está vinculada cm a língua portuguesa
@@eduardolourenco4212oi? Você conhece Portugal? 😂😅 sabe que o Brasil só existe porque foi colonizado por um país da origem da língua portuguesa né? Como não está relacionado? 😅
@@eduardolourenco4212o idioma é parte da identidade cultural de um povo. O Brasil nunca falara inglês. É o mesmo que achar que o inglês um dia deixará de ser falado nos Estados Unidos.
@@eduardolourenco4212O português falado aqui há geracões é unicamente nosso, e não uma língua europeia estrangeira. É uma língua que, querendo ou não, representa nossa cultura mais do que qualquer outra, incluindo línguas indígenas de grupos muito específicos.
Tudo q eu sei de portugues aprendi com o professor Pasquale, vc é o oposto dele, permite quase tudo, uffa! posso praticar meu mineirês sem culpa
Pasquale é um imbecil. temos muitos códigos, só uso 'brasileiro' quando falo com pessoas de outro estado, eu uso meu maranhês mesmo. e claro, a forma mais polida do Português BR tem suas formas próprias em cada estado, no caso do meu o uso eventual da conjugação da segunda pessoa.
Até onde eu saiba, Pasquale não é linguista. Ele só prescreve regras.
@@materiaisdeestudos9219 Vc nao deve saber de nada
@@materiaisdeestudos9219 sim, ele é desprezível.
@@seeleoplay1092 Pasquale não é linguista e, além disso, é ridicularizado nos cursos de Letras por ter uma produção medíocre. Só ficou famoso por dar dicas de português, como um monte de professor de ensino médio faz aqui no RUclips.
Obrigada, Jana! Como estou aprendendo com você e mudando minha visão a respeito do uso de nossa língua
Amei sua análise.
Já vi algumas pessoas falarem "Eu estava 'burnoutando'.", ou "se eu não saísse daquele trabalho eu ia 'burnoutar'.", introduzindo na nossa língua, pois a língua é viva e está sempre mudando.
E sempre que posso, eu falo "estafa mental", pois é o mesmo sentido e acredito que também aproxima com outras pessoas que passam pelo mesmo e acabam não falando por não saberem pronunciar.
Discordo totalmente. As empresas empurram goela abaixo ⬇️ todos termos em inglês. Não sei se é para enganar os funcionários ou para mostrar que somos colônia.
Discordo do uso desassociado de empresas a pessoas. Lá tem pessoas que de fato usam termos aprendidos na faculdade como curso de marketing (pt-br?) ou web(majoritariamente inglês). Hoje em dia vejo pessoas importando palavras de redes sociais tb, vindo de suas comunidades online como atalhos a significado e ocasiões.
Tem sorte se não ouviu a abrasileirasão de "realize" (perceber) como realizar, sangrou o meu ouvido.
Ninguém é policarpo quaresma, até franceses usam estrangeirismo, e vale lembrar que grande parte de palavras japonesas tem influência portuguesa.
Cada dia melhor, Jana!! Sucesso!🎉🎉🎉
Parabéns! Sensatez ao extremo!
Falando em geopolítica, uma palavra que a gente não deveria adotar é polywork né?! Não por ser americana, mas peja romantizacao msm da sucateacao do trabalho... Hehehe
👏🏻👏🏻👏🏻
Sim, a própria Jana fez um videozinho sobre isso kkkk
Quando eu ouvi "craudiado" eu achei que significava "Cheio de Craudio" (E eu achei muito engraçada), mas depois descobri que a origem é Crowded e perdeu muito da graça hahaha
Termos que vêm de jogos eletrônicos. Já ouvi “predictou” (previu)
A língua portuguesa está mudando, sim, mas ela está convergindo para a variação brasileira. Só olhar a discussão em Portugal sobre os pais conservadores chateados que a internet está levando a nossa variação para as crianças de lá. Em Angola também vem acontecendo, mas sem a crítica, como com os patrícios.
“Pais conservadores” a típica demonização disso.
O uso de "assume", como você usou, é um estrangeirismo interessante.
Eu tenho PAVOR. E isso acontece muito aqui no youtube, principalmente com streamers que também falam inglês, como o cellbit e o goulart; porque "to assume" não é assumir, é PRESUMIR, são falsos cognatos. Até fiz um post no instagram sobre isso esses dias, sobre ruído na comunicação. No post, eu falo do cara que disse ser legal, que não bate em mulher, que suporta a comunidade LGBTQIA+... Ele pensou em apoiar (to support). Eis o ruído na comunicação.
Quando uma adaptação do inglês ocasiona um termo que já existe no português, mas com outro sentido, aí eu vejo problema. Longe de mim ser reacionário linguístico, mas entende?
"Ele assumiu que a vizinha foi esfaqueada" Pensa nessa frase. Ele achou que a vizinha tinha sido... ou ele reconheceu a culpa de a vizinha ter sido esfaqueada por ele. Tudo isso porque misturou português e inglês
@@leo.ottesen assumir, realizar e agora o suportar. Também não gosto, mas interessante ver como vem entrando.
eca
Oq seria estrangeirismo? Eu n sou português, então pra mim todas as palavras do português são estrangeirismo
@@eduardolourenco4212 raso.
Se tem uma palavra abrasileirada que a Jana usa é xuiter rsrs... Eu TB só falo xuiter.
Um dos pontos importantes que tornam a lingua frágil, é a falta de meios de comunicação com gente com bom nível de português,sou do tempo da boa escola pública,e quando quem não tinha oportunidade de frequentar uma escola,lia o bom Correio da Manhã,ou o Jornal do Brasil,e ai conseguia aprender.
Se for observado com cuidado,os jornalistas cometem erros grosseiros de português e não aceitam serem corrigidos, então podemos ver que não existe uma contribuição real para manutenção e melhor condição da língua Portuguesa.
Vim do canal da Vanessa Rozan. Grata por ter descoberto outra mulher culta para eu seguir na internet! Obrigada pelo conteúdo! ❤
Feliz de encontrar alguém que tem uma visão muito parecida com a minha. Sou designer (palavra inglesa) e utilizo muito a palavra "briefing". Um dia desses um cliente me pediu para não falar "briefing" e eu disse "ok, vamos chamar de formulário para criação" hahahaha. No mundo corporativo em que praticamente todos os termos são em inglês está todo mundo se entendendo e eu nem chego perto de ser como eles. Não me importo muito. Mas sobre o que você trouxe é exatamente o que penso, a língua não é encaixotada. Ela chega aqui e imediatamente já recebe também as nossas influências, do nosso sistema fonador, torna-se outra coisa. Mas, dito isso, também acredito que estamos caminhando para uma unificação linguística, em termos de idioma, quando vejo a quantidade de pessoas tendo o inglês como segunda língua. Sou leiga no assunto, mas amei o vídeo.
Jana matando a pau, como sempre!!
Que aula, Jana.
Obrigada ❤
Te admiro demais, moça! De coração 🥲
Excelente vídeo. Obrigada, Jana!
Obrigade professore!
Vc está lindíssima Jana...✨🥰✨
Vídeo incrível.
Essas discussões sempre me lembram o personagem principal do romance O Triste Fim de Policarpo Quaresma, que defendia tanto e tão cegamente uma hegemonia brasileira, nacional e raiz, que achava que devíamos todos voltar a falar Tupi.
único problema que o elemento 'nativo' não é o mais forte no Brasil, seja no sangue, nos costumes, na forma de pensar e na organização da vida e social.
Falando sobre língua, política e poder tem o Leandro do English friday, professor de inglês, falando sobre o Black English e seu poder subversivo na história estadunidense.
Obrigado por falar o que eu sempre pensei.
Mais um vídeo sensacional. Obrigado, Jana!
Gosto muito do "after", o rolê pós rolê.
Excelente ❤
Eu era essa pessoa que vivia defendendo essa "pureza" da língua portuguesa, mas aprendi a ver a lingua de forma mais dinâmica.
Mas queria saber sua opinião sobre quando os usos da língua portuguesa se alteram pela lógica de outra língua? Por exemplo, a expressão "é sobre isso" que me parece que vem de "about this"? O que você acha?
um dia eu li o livro "Inocência" de Visconde Thaunay, acho que qualquer romance regionalista deve mostrar bem a variação linguística
Concordo com a Jana também. A linguagem evolui dinamicamente, e o Português no Brasil não é exceção. Enquanto as universidades e o público continuarem a usar a língua oficial padrão com seu rico vocabulário formal, não há motivo para preocupação. O Português passou por transformações significativas, influenciadas por diversos sotaques do espanhol, alemão, italiano, japonês, indígenas, africanos e outras nacionalidades que migraram para o Brasil. Essa adaptação dinâmica é um curso natural para a linguagem seguir, moldando-se constantemente em novos paradigmas.
Faça um vídeo sobre o galego, a variedade do português falado na Galiza!
vc é incrível
Show!
Valeu Jana!
Há uma coisa neste vídeo que me chateou. Foi o número irrisório de visualizações (views jamais!). Pq, de resto, não é um corriqueiro conteudo para o YT. É uma curta mas preciosa palestra. Jana, seria interessante para vc falar dos componentes de geopolítica, poder, aspectos psicológicos, influências colonialistas, na aceitação e utilização desses estrangeirismos? Eu mesmo não gosto de muitos deles principalmente qdo temos termos absolutamente adequados para expressar as ideias e conceitos desejados. Não fico criticando e reclamando sobre isso, e até me rendi a vários deles. Outros assimilei sem problemas pq realmente o estrangeirismo era mais preciso. De qquer forma, valeu; obrigado.
Saudade de ti, man!
@@jornalistarenatarosa4205 Saudades sinto eu, menina! De vc e seus excelentes vídeos. Tudo bem com vc/s? Vez por outra visito seu canal e revejo algum vídeo. E sua mãe? Como está ela? Bjs para vc e para ela tb.
Qur vídeo massa!
Comprei seu livro na Amazon, estou ansioso para recebê-lo 😁😁😁😁.
você nunca me decepciona 💖💖
Jana, esse vídeo deu uma resetada em várias coisas aqui. Gradicido.
Obg por + um vídeo, Jana!! ❤❤❤
O importante é passar a mensagem e fazer que a mesma seja entendida, dito isso execelente video
Falou tudo! Há muita tempestade em copo d'agua!
obrigada pelo sermão. estava precisando
Excelente Viscardi ✊🏽💪🏽👏🏽❤
5:38 - pensando o "nós" supostamente como brasileiros, acho que ainda não somos nada conservadores se comparados a Portugal, que usam o "rato" no computador, dentre outras muitas traduções pitorescas...
Traduzir palavras não é conservador. Querer manter as palavras como as mesmas sem pertimitr modificações desde um período específico, como 1901, por exemplo, isso é conservadorismo linguístico.
A língua é viva e dinâmica, assim como o falante está inserido na sociedade.
Suas reflexões são sempre incríveis, Jana. Uma das maiores produtoras de conteúdo que temos hoje. Obrigado por compartilhar o seu trabalho com a gente. 🖤☕
Tem um meme bem conhecido que eu tinha visto no canal gringo: Scott Lower, acho que é assim que se escreve, um react de memes, tinha um assim:
Home Office
Muié Office
Ou seja, uma palavra em português mal falada e escrita, com um estrangeirismo. Na questão linguísta, eu não sou formado na área, mas minha opinião sobre o " assassinato" da língua portuguesa se deve a muitos fatores, como uso de estrangeirismo em excesso, abreviações constantes de palavras e uso de muitas palavras de origem errada. Eu fico impressionada na conjugação das pessoas verbais do brasileiro atual, tudo no singular:
Eu fui
Tu foste, Tu foi ou Você foi
Ele/Ela foi
Nós fomos ou A gente foi
Vós fordes ou Vocês foram
Eles/ Elas foram
Não tem como tirar o clássico " É NÓIS" . Fora tudo o que eu disse, ainda tem em volga a questão do " pronome neutro", que bagunça mais ainda a nossa querida língua portuguesa.
Tem como curtir 10000?!?! Obrigada, Jana! 👏👏👏👏👏
Jana vc abre portais na cuca. Obrigado linda😘
Vi a chamada e iria contestar,mas ao ver todo o vídeo tive que me desarmar . Amei o seu vídeo. Super completo.
Obrigada Jana Viscard
Vc foi luz, que vídeo bom!!!
Amei esta abordagem.
Muito obrigada! Estou completamente "bagunçada " , e isso é muito bom!
No meu laboratório damos medicamento em forma de sonda oral/ bolo (gavage do frances) para os roedores, semelhante ao que fazem no foie gras, e todos dizem "vou dar gavage". Assim que entrei, comecei a verbalizar esse substantivo: "vou gavar" e simplesmente as pessoas que não tankam no jogo, também não tankam o aportuguesamento de uma prática tão comum nos laboratórios que fazem pesquisa com animais.
Aqui na ufrj fala sonda, sondar mesmo
Será que o infinitivo em nossa língua vai acabar no futuro? Estou me baseando na transformação da língua ao longo do tempo. Percebo vários conteúdos nas redes sem o infinitivo mudando completamente o sentido que "deveria" ser.
Adorei o "xuiter" 😊😊😊
Melhor pessoa !!!!
Adorei esse vídeo. Meu escritor favorito é o Guimarães Rosa, que pesquisei no mestrado e doutorado... Ele era um entusiasta discussão que você traz nesse vídeo. Obrigada
Eu me incomodo menos com o uso específico de palavras estrangeiras que com o uso generalizado das estruturas do inglês que se tornou comum no português coloquial. Toda vez que alguém termina uma frase com "sobre" eu me tremo todo
Você pode dar um exemplo de uma frase terminada com sobre? Acho q nunca ouvi kkkkkkkk
@@taaar1963 pois preste atenção que vc começará a ouvir em todo lugar kk toda hora alguem fala algo do tipo "nunca ouvi falar sobre", "não sei nada sobre", "aquele assunto que fulano falou sobre" e por aí vai.
Pior que têm lugar no sul que o povo fala alemão fluente.
E já houve tempo que foi proibido que povos indígenas, no próprio sul, falassem a própria língua nativa.
Ah, mas aí pode né!
É a língua do outro, do subalterno, do esfarrapado...
O brasil não dá pra ser levado a sério né!?
Jana, eu tenho essa reflexão com meus amigos sempre que tocamos no assunto "gênero neutro", porque querendo ou não o entendimento é o mesmo. Não existe o fim da língua portuguesa ou um "deixar de entender e ser entendido" quando um grupo muito pequeno de pessoas tá usando um dialeto diferente, e nesse caso beira até o puro preconceito mesmo disfarçado de preocupação né.
Mas realmente, muito rico o seu vídeo e eu espero que essas pessoas que querem acabar com estrangeirismo nunca pisem em São Paulo e suas tantas cidades com nomes em tupi, que se não elas caem pra trás duras com o choque de realidade que é a troca de culturas entre povos kkkkkk.
E só acrescentando mais ainda, essa ideia conservadora de língua é tão estúpida, que se fosse pra levar ela a sério a gente estaria ainda falando Latim, e proibindo palavras gregas de entrarem no idioma.
Jana, concordo com você. Eu mesmo uso vários estrangeirismos. Meu único medo é a simplificação da nossa cultura por meio de qualquer imperialismo. Eu estudo na Alemanha, e tem-se esse mesmo problema aqui. Um exemplo ótimo desse estrangeirismo imperialista é a palavra “they”, usada no alemão também como um pronome não binário. O que me entristece bastante, já que em português temos elu/delu (que uso bastante, já que sou nao binarie). Resumindo, na Alemanha, por conta da história e por acharem que tudo feito nos Estados Unidos é melhor do que no resto do mundo, usa-se um estrangeirismo que poderia muito bem vir do português, no qual é muito mais bem formulado. No mais, adorei o vídeo. E amo ficar pensando sobre o assunto. Só para lembrar, Ana Cristina César escreveu textos misturando português e inglês e mesmo assim é uma das maiores poetas da linha portuguesa.
Adoro teus vídeos!!
a primeira vez que li CEO vi o esgoto. obrigada, saramago pensava igual a você.
Toda lingua está em "constante evolução". O português que a gente fala hoje, não é o português do passado. E isso, não é ruim!
Super concordo contigo, Jana. Isso me faz lembrar do caso da Coreia do Norte, onde é proibido QUALQUER palavra de origem da língua inglesa para nomear coisas e marcas naquele país. Então criaram as próprias palavras para nomear as mesmas coisas que existem fora de lá. Um bom exemplo é a palavra _hamburguer_ que fica algo como _pão com carne_ .
Já já vai acontecer o mesmo fenômeno mas com palavras em Chinês e Coreano anota aí!
A influência econômica Chinesa e o tanto de Dorama que esse povo tá consumindo... minha sogra já quase fala Corerano! kkkk...
Senhora bronca e está certa. Muitos brasileiros não têm muita noção do que é a língua portuguesa.
eu tenho uma fascinação por coisas novas na comunicação, é tão lindo alguns exemplos.
mas e com isso não vamos nos entender? quando é que a gente se entendeu mesmo?
quem sabe a comunicação perfeita seja a química, mas será?, às vezes penso:
a formiga A deixa um aviso químico:
- oi, tem açúcar aqui, venham buscar.
a formiga B se tiver alguma mutação pode ler:
- quer comprar bitcoins?
e tem camuflagem química, então é provável que não seja perfeita também...
enfim...
essa coisa de tudo homogêneo me lembra um frase de um jogo, dark souls 2, não lembro exatamente como está ipsi litteris, mas era algo como:
'quando Nassandra chegou trouxe uma paz, uma paz que parecia as trevas'
Temos que pensar na imutabilidade da língua e mutabilidade da língua, portanto, palavras ou termos podem integral ou não só nosso cotidiano.
Esse caso do burnout podem fazer que nem fizeram quando transformaram backup em becape. Seria interessante adaptar pra algo tipo barnaute.
Oi Jana...
Aula bastante lúcida.
Obrigado...
O que você tem a dizer dessas novas abreviações usadas atualmente: VC, TB, TBT? Confesso que me perco no entendimento de um texto quando me deparo com elas.
Ou também BRODINHO?
Gostaria de ver um vídeo sobre.
Abraços...
O excesso de palavras em inglês está insuportável.
Vejo alguns canais que falam sobre lançamentos de filmes. Qdo vou ler os comentários fico impressionada com palavras comuns a nossa língua foram trocadas por termos em inglês.
Ninguém mais fala em filmes "campeão de bilheteria, filmes de terror..." é por aí vai. RI DI CU LO!!
O que está sendo usado ao invés de filmes de terror?
“Nossa língua” 😂😂
Existem algumas situacoes que eu fico muito bolado e da vtd de jogar um havaiana de pau em quem usa: chamar tijela de bowl e usar a palavra call
Jana é meu viés de confirmação. 🤩
Penso exatamente como você.
verdade absoluta!
Nunca tinha entendido o que era tankar até esse vídeo rs.
Ps: me alcança o bowlzinho ali, por favor?
Tankar (apoiar) no Brasil - por sinal - tem um sentido oposto ao que tem no original em inglês (to tank; fracassar).
Bug do milênio foi um dos maiores flops do último século.
Não foi flope nenhum, foi o maior estelionato da história. Bill Gates sabia que não ia acontecer nada, mas o mundo inteiro trocou de computadores. O meu departamento no Ministério trocou 55 computadores inutilmente!
Jana. Você é sensacional. Eu recentemente debatia com meu orientador sobre isso. Eu estou na área de Ciência da Computação, de modo que, toda palavra, expressão, é de origem inglesa. Mouse, monitor, etc, vieram de fora. E eu quero usar na minha dissertação, até para favorecer a fluidez da leitura, as palavras e expressões na língua inglesa mesmo. Mas ele teima que não posso usar estrangeirismos no texto. Só que fica HORRÍVEL de ler. Que disgrassa.
Beijo
Credo! Aí vc tem que escrever "rato" pra mouse?
Jana eu concordo com com vc .
10:41 vc me fez lembrar de uma coisa. Talvez nem tenha muito relação com o vídeo. Quando eu era adolescente lá pela década de 90 eu conhecia gente bem mais velha que eu que enaltecia e falava de forma saudosista sobre o ensino da língua francesa nas escolas de antigamente e declarava o quão “grotesco” era o ensino da língua inglesa. Hoje ninguém lembra disso.
Brasil como um país de pessoas majoritariamente autodeclaradas pardas, e eu vendo ser reproduzidas essas narrativas puristas de língua me fez lembrar de como trabalhar consciência mestiça é essencial pra construção de um novo lugar em que possamos confluir, conviver, e também sobreviver mesmo. Aguardando um dia onde possamos discutir a nossa ancestralidade como um todo, e não pela "metade que importa" (eurocêntrica)
O exemplo do "tankar" é até curioso nesse sentido, já que vem de "tank", que tem tradução no português com "tanque" kkkkkk então uma adaptação poderia ser simplesmente escrever com o c mesmo em vez de k, e nem precisa de grandes explicações. Justamente, as pessoas sabem o que é um tanque de guerra. Não faz sentido alguém implicar com isso.
Excelente vídeo e reflexão
Eu sempre lembro da pira que é coisa que tirou do francês até os estrangeirismo usados na França, como stoper ou parking, que viram arreter e (esqueci). Chega no nome de marcas, como o KFC que lá é PFK (Poulet fritte Kentucki).
Coisa, não, corretor, a pira que é o QUEBECOIS
Se temos palavras em português para designar certas coisas devemos usa-las a menos que limitem o sentido. Por exemplo, temos a palavra acompanhamento, então por que dizer follow up?
Uma coisa que nasceu não sei onde é "bem vindo de volta".
Concordo parcialmente com sua ideia. O problema não é o uso de palavras estrangeiras para indicar determinado signo, mas o uso desse estrangeirismo para falar de signos que já possuem seu equivalente na língua mãe. E isso nada tem a ver com ser fascista. De uma olhada como o Português de Portugal, ou o Espanhol são tratados pelos falantes. Eles prezam pela manutenção da própria língua e por uso de vocábulos já existentes para descrever seus signos e significados a tal ponto que vídeos de RUclips onde figuram a nossa língua serem totalmente traduzidos, em especial Portugal. No caso do Espanhol eles "convertem a palavra para sua própria língua mãe. Ou como no Japão, como eles lidam com palavras estranhas ao seu próprio vernáculo. Eles possuem até alfabeto próprio para escrever tais palavras.
Imagine pegar um livro e se deparar com palavras que tem seu significado em língua portuguesa do Brasil e ter que ler "era um Meeting" se poderia ler "era uma reunião, um encontro, uma assembleia".
O estrangeirismo só se justifica quando não há uma maneira vernacular de descrever o símbolo, o que ocorreu quando aqui chegaram os portugueses que tiveram que aumentar o seu vocabulário pois encontraram com símbolos que até então não sabiam existir, e isso se deu também com variados outros idiomas.
Você tem razão, mas quando uma língua (inglês), começa a ser incorporada de forma bem agressiva, acho preocupante.
É importante pensar e refletir que esse "estrangeirismo", não se trata de mais de duas ou três línguas que por motivos de assimilação cultural tende a acontecer. A gente esta falando única e exclusivamente da influência do idioma falado nos Estados Unidos.
A Jana comenta "e não somos um povo aberto as outras culturas? E como achar errado as influências?" Mais uma vez,a gente não esta falando de grupo de vários lugares que imigram para o Brasil,e APESAR de aprenderem a língua local, naturalmente contribuem para criação de um novo termo ou nova cadência das palavras . Veja bem,na assimilação cultural não negamos nossa cultura.
De fato,a língua falada no Brasil não irá acabar de uma hora para outra,Jana,mas não se você sabe ou já percebeu, hoje em dia há pessoas,e sobretudo jovens, adolescentes que não ouvem ou nunca ouviram a música brasileira dada a influência do inglês e da cultura estadunidense no mundo. Outra, não é só porque tem influência, e sim também um desejo de se afastar da cultura brasileira pois,os jovens vem infelizmente mantendo o legado da síndrome do vira-lata. Síndrome de vira-lata é uma problemática que não é tão levado a sério como deveria .