Apesar de não ter muitas novidades (pq já cursei filosofia e curso psico agora), achei ótimo o canal e adorei te ouvir hahaha Muito boas as escolhas de temas.
Segundo Richard Rorty, um dos autores mais acusados de "relativista" da história da Filosofia, ninguém é realmente relativista e isso trata-se apenas de um grande espantalho daqueles que defendem um objetivismo que não consegue se fundamentar de verdade (porque o oposto do objetivismo é o pragmatismo ou o perspectivismo, não o relativismo). Daí vem a grande questão. Quais são os autores que textualmente defendem esse relativismo que você refutou? Eu lanço o desafio e provoco: esses autores não existem. Recomendo também um artigo de Rorty: "O declínio da verdade redentora e a ascensão da cultura literária". Foi literalmente um artigo que mudou minha vida. O vídeo está muito bom, a propósito. Parabéns.
No texto de referência, eles citam autores que defendem as posições. Sobre o artigo, parece que na verdade é um capítulo de um livro, não é? Tentei pesquisá-lo, não consegui encontrar.
Eu não sei qual autor defende o relativismo como o vídeo coloca... contudo, na vida prática, penso que está cheio de gente que pensa e age conforme o que o vídeo combate.
Sim. Não deveria haver nenhum motivo para tentar convencer as pessoas de sua própria posição, já que ela não é melhor do que seu oposto. Porém, ainda assim, os relativistas tentam convencer as pessoas.
Vídeo excelente! Me admira sua fidelidade com o significado das palavras e dos conceitos. Com minha humilde observação um tanto quanto leiga e limitada o olhar sobre a discussão principalmente fora do contexto religioso é excelente. A verdade absoluta é simplesmente fatos concretos, ou seja imutáveis. Percebo que parte da confusão surge da falta de interpretação correta das palavras! Sua inteligência é inspiradora moça. Obrigado
Dizer que um conhecimento é produzido levando em conta seu contexto histórico nao é relativismo, eh simplesmente tratar o Sujeito que produz ciencia como uma pessoa dentro da história, o cientista nao é um ser a parte da sociedade, o contexto histórico cria as capacidades e os limites que esse cientista vai pensar. A Verdade nao eh imparcial, simplesmente
Na prática, não importa se os valores são definidos como relativos ou absolutos. O que importa é se as pessoas os aceitam ou rejeitam. Em termos de cumprimento, de que adiantaria chegar-se à conclusão de que os valores são absolutos? Só iria recomeçar outra discussão: quais são esses valores absolutos corretos?
"Todas as verdades são relativas" não é uma proposição lógica que se preocupa necessariamente em ser verdadeira, então é errônea interpretá-la como tal. Além disso, colocando a lógica como relativamente verdadeira, não é incoerente supor várias coisas: que a afirmação é verdadeira e falsa ao mesmo tempo, que a afirmação não é verdadeira nem falsa, que qualquer refutação imaginável à afirmação não é de fato uma refutação, etc.. É um erro assumir que aquilo é uma proposição e que a lógica é objetivamente verdadeira para julgar aquela frase. Como você disse, o relativista não sai do pedestal e em nenhum cenário ele estará errado ou certo. A única forma de combater o relativismo e o ceticismo é ignorando-os ou adotando uma postura naturalista.
Todas as verdades serão sempre absolutas "para aqueles que acreditam nelas", dentro de seus contextos; mas essa mesma verdade pode ou é relativa "para outros' que nao compartilham do mesmo contexto. Por isso a frase "nao existem verdades absolutas" nao é um paradoxo conceitual. É exatamente na contradicao semantica que se esconde o reconhecimento dessa pluralidade de perspectivas e que se estabelece o relativismo, nao como verdade geral, mas como premissa conceitual, epistemica e ontologica, que pode e deve ser negada dependendo do contexto.
É desanimador ver a influência que o pensamento relativista tem nos departamentos de ciências sociais. Esse pessoal não é cientista, mas eles se apresentam como se fossem.
@@Psicolosofia agora eu entendo, olha sua falta de respeito com os cientistas sociais. Quantos sociólogos você ja leu? antropólogos? decepcionado, achei que tinham ética no debate, se dizem cientistas mas estão carregados de preconceitos. .
Não dá pra comprar um relativismo mais local? Assumir que algumas verdades são relativas ou que emergem apenas em certos contextos sociais? Por exemplo, a verdade sobre instituições. As verdades sobre instituições variariam de tempos em tempos e de cultura para cultura porque o que cria as verdades sobre instituições (os seus truthmakers) seriam as nossas práticas sociais ao longo do tempo e em certos contextos.
No caso, o relativista não estaria num pedestal, pois a posição dele tem tanto valor quanto a dos outros. Ou estaria num pedestal junto com todos os demais...
O Behaviorismo Radical é relativista? Pq n defende nenhum tipo de verdade, mas o conhecimento como uma interação eficaz com o ambiente. Parabéns pelo vídeo, tudo bem explicado. Uma dúvida: tenho interesse em iniciar um mestrado agora, mas parece q as universidades só tem espaço pra educação e psicologia social. Sabe de onde há uma abordagem mais filosofica pra Psicologia?
Não me parece, pelo menos a princípio, que o Behaviorismo assuma o relativismo. Se ele assume, então está com problemas tremendos. Você pode contar um pouco mais sobre essa sua perspectiva? Sobre um mestrado de psicologia com abordagem filosófica, não sei. Talvez você possa procurar o contrário: um mestrado de filosofia que tenha como foco filosofia da mente. Mas, atualmente não conheço nomes para te indicar, infelizmente. Me desculpe :(
@@Psicolosofia Então, pelo BR há sempre a tentativa de ser científico. Skinner é bem rigoroso nisso e comenta em todas as obras que li que o q não é científico não deveria existir kkk Mas assim, há uma influencia forte do Pragmatismo, então fala q n existe uma verdade absoluta, mas q é através de uma interação eficaz (por exemplo podendo prever o q acontece) q se faz conhecimento. Aí fico em dúvida se isso pode ser considerado como relativismo :0 Ah, tudo bem. Obrigado pela atenção!
Acredito que não seja o caso. Para você negar a tese do relativista ("não existem verdades absolutas"), não é necessário que você diga "todas as verdades absolutas". A negação correta seria: "algumas verdades são absolutas". Os relativistas tem focos mais específicos também, como a ética, a verdade, o que seria um argumento racional... e alguns outros. Mas de todo modo, algumas coisas no mundo são relativas à outras, e não é necessário assumir esses relativismos para aceitar isto. Por exemplo: se um comportamento será reforçado ou não, isso é relativo às contingências. Porém, você pode pensar o seguinte: para todos os casos, quando um indivíduo tem seu comportamento reforçado, ele aumenta a probabilidade de repeti-lo no futuro. Isso parece ser uma verdade absoluta, não acha? Além deste exemplo, acredito que o mesmo se aplica para diversos outros conceitos do Behaviorismo Radical.
@@gustavobahia990 O Behaviorismo radical, como filosofia da ciência do comportamento, adota o conceito de verdade postulada pelo pragmatismo clássico (de Pierce, James e Dewey). Assim, a verdade das proposições, das ideias e das teorias, é atestada na medida de sua utilidade em podermos lidar melhor com o mundo. Isso significa dizer que existem ideias mais úteis que outras, isto é, mais verdadeiras que outras. Portanto, o behaviorismo se afasta do relativismo epistêmico, embora tenha uma noção de verdade mais "democrática".
Bem, tem que ver aí o que se está querendo dizer. Se temos evidências suficientes, estamos justificados a acreditar em algo, e essa posição nos deixa muito mais provavelmente perto da verdade do que sem evidências suficientes ou com evidências ruins. Mas se você está querendo pegar uma posição de podermos ter certezas inabaláveis, aí fica mais complicado. Podemos sempre estar errados mesmo tendo muita convicção de nossas posições. Mas mesmo que não possamos ter certezas absolutas que estamos certos, é possível sim que alguém adote uma posição que reflita perfeitamente a realidade, e temos muito mais probabilidade de estar com essa visão quando buscamos as melhores evidências disponíveis.
Parece-me irrelevante conceber verdades como absolutas ou relativas (ou como simplesmente "verdadeiras" no sentido comum do termo)... o que importa de fato é se as verdades ou crenças são mais ou menos utilitárias (adaptativas) para certo contexto individual e social específico. Acho que essa é a visão mais naturalista e empiricamente coerente possível de "verdade". Agora, provavelmente, as verdades mais utilitárias possíveis para a sociedade como um todo (e ao indivíduos que as adotarem) são aquelas da ciência empírica (entendendo ciência aqui como um conjunto de verdades utilitárias não contraditórias entre si que resistiram com maior força à pressão seletiva do confronto com a experiência sensível de múltiplos indivíduos e em condições específicas). Um exemplo: se você deseja construir um barco que funcione, explicações teológicas, metafísicas ou culturais não servirão ou serão ineficientes, diferente do que acontece com as descrições da ciência. Isso não significa, no entanto, que TODOS DEVAM (ênfase no verbo dever) acreditar na - ou ter como verdadeira a - ciência, apesar de eu fortemente recomendar isso. Isso também não significa que a verdade da ciência é um tipo de conhecimento "superior" (da mesma maneira que o ser humano não é inerentemente "superior" às outras espécies) ou que pode abarcar todo tipo de conhecimento humano (como a ética e a lógica, as quais devem ser entendidas de outra forma, mas ainda concebendo suas utilidades adaptativas ou meramente incidentais para os indivíduos e sociedades). Parafraseando William James: a verdade não é uma coisa, mas é algo que acontece [that happens] com as coisas.
Esse video seu nos remete imediatamente ao outro sobre o problema da psicologia. Não discordo sobre a existência de uma verdade absoluta. Até pq o argumento principal que vc apresentou já derrruba o relativismo absoluto, na medida que ele nao pode ser absoluto. Rs Mas a questão agora é: NÓS, SERES PARCIAIS E SERES RELATIVOS, conseguiríamos chegar a alguma ou qualquer verdade absoluta? Ou seja, a nossa condição nos permite chegar até ela e conpreende-la? E isso se aplicaria tb ao fenômeno HUMANO, gerando as divergências que a psicologia tem dentro de suas abordagens como referenciado no seu outro vídeo. Ou seja, não estaríamos nós, seres humanos, fadados às parcialidades?
Temos que lembrar que somos falíveis. Podemos pensar que estamos certos sobre algo, mas não estarmos. Ainda assim, mesmo que tenhamos que ter cuidado com as nossas certezas, ainda existe a possibilidade de avaliarmos as evidências disponíveis e verificarmos para qual posição elas apontam; e é essa a posição, ou seja, a posição para a qual o balanço das evidências aponta, que é a que devemos acreditar.
Na prática, não importa se existem ou não verdades absolutas, ou se podemos ou não encontrá-las. O que valem são os argumentos encontrados para cada questão e o quanto você consegue convencer os outros a concordarem com você.
Apesar de não ter muitas novidades (pq já cursei filosofia e curso psico agora), achei ótimo o canal e adorei te ouvir hahaha Muito boas as escolhas de temas.
Para o pessoal de filosofia isso é comum realmente, mas quem só tem a base da psicologia costuma se confundir mesmo. Obrigada :D
@@Psicolosofia Você estuda psico?
Sim.
@@Psicolosofia Quer uma ideia interessante de vídeo?
Qual?
MUITO BOM!
Maravilha de video
Gostei do vídeo, mas essa é só a minha verdade
Amei
Segundo Richard Rorty, um dos autores mais acusados de "relativista" da história da Filosofia, ninguém é realmente relativista e isso trata-se apenas de um grande espantalho daqueles que defendem um objetivismo que não consegue se fundamentar de verdade (porque o oposto do objetivismo é o pragmatismo ou o perspectivismo, não o relativismo).
Daí vem a grande questão. Quais são os autores que textualmente defendem esse relativismo que você refutou? Eu lanço o desafio e provoco: esses autores não existem.
Recomendo também um artigo de Rorty: "O declínio da verdade redentora e a ascensão da cultura literária". Foi literalmente um artigo que mudou minha vida.
O vídeo está muito bom, a propósito. Parabéns.
No texto de referência, eles citam autores que defendem as posições. Sobre o artigo, parece que na verdade é um capítulo de um livro, não é? Tentei pesquisá-lo, não consegui encontrar.
Eu não sei qual autor defende o relativismo como o vídeo coloca... contudo, na vida prática, penso que está cheio de gente que pensa e age conforme o que o vídeo combate.
Se a verdade não existe, nenhum debate ou militância faria sentido.
Sim. Não deveria haver nenhum motivo para tentar convencer as pessoas de sua própria posição, já que ela não é melhor do que seu oposto. Porém, ainda assim, os relativistas tentam convencer as pessoas.
Talvez fizesse sentido psicológico, suprindo uma necessidade de defender uma causa ou um sentimento de pertencimento grupal.
Vídeo excelente! Me admira sua fidelidade com o significado das palavras e dos conceitos. Com minha humilde observação um tanto quanto leiga e limitada o olhar sobre a discussão principalmente fora do contexto religioso é excelente. A verdade absoluta é simplesmente fatos concretos, ou seja imutáveis. Percebo que parte da confusão surge da falta de interpretação correta das palavras! Sua inteligência é inspiradora moça. Obrigado
Debate interessante para nós leigos!
Arrasou!
Dizer que um conhecimento é produzido levando em conta seu contexto histórico nao é relativismo, eh simplesmente tratar o Sujeito que produz ciencia como uma pessoa dentro da história, o cientista nao é um ser a parte da sociedade, o contexto histórico cria as capacidades e os limites que esse cientista vai pensar. A Verdade nao eh imparcial, simplesmente
"Os que não querem ser vencidos pela verdade, serão vencidos pelo erro."
Santo Agostinho
Gostei do final, com as bactérias de Schrodinger kkkkk
Na prática, não importa se os valores são definidos como relativos ou absolutos. O que importa é se as pessoas os aceitam ou rejeitam. Em termos de cumprimento, de que adiantaria chegar-se à conclusão de que os valores são absolutos? Só iria recomeçar outra discussão: quais são esses valores absolutos corretos?
Tem gente que confunde opinião ou percepção com verdade. Aí, em vez de dizer "a minha opinião" dizem "a minha verdade".
"Todas as verdades são relativas" não é uma proposição lógica que se preocupa necessariamente em ser verdadeira, então é errônea interpretá-la como tal. Além disso, colocando a lógica como relativamente verdadeira, não é incoerente supor várias coisas: que a afirmação é verdadeira e falsa ao mesmo tempo, que a afirmação não é verdadeira nem falsa, que qualquer refutação imaginável à afirmação não é de fato uma refutação, etc.. É um erro assumir que aquilo é uma proposição e que a lógica é objetivamente verdadeira para julgar aquela frase. Como você disse, o relativista não sai do pedestal e em nenhum cenário ele estará errado ou certo.
A única forma de combater o relativismo e o ceticismo é ignorando-os ou adotando uma postura naturalista.
Todas as verdades serão sempre absolutas "para aqueles que acreditam nelas", dentro de seus contextos; mas essa mesma verdade pode ou é relativa "para outros' que nao compartilham do mesmo contexto. Por isso a frase "nao existem verdades absolutas" nao é um paradoxo conceitual.
É exatamente na contradicao semantica que se esconde o reconhecimento dessa pluralidade de perspectivas e que se estabelece o relativismo, nao como verdade geral, mas como premissa conceitual, epistemica e ontologica, que pode e deve ser negada dependendo do contexto.
É desanimador ver a influência que o pensamento relativista tem nos departamentos de ciências sociais. Esse pessoal não é cientista, mas eles se apresentam como se fossem.
De fato. Isso impede qualquer discussão racional de ocorrer. Fica impossível.
@@Psicolosofia agora eu entendo, olha sua falta de respeito com os cientistas sociais. Quantos sociólogos você ja leu? antropólogos? decepcionado, achei que tinham ética no debate, se dizem cientistas mas estão carregados de preconceitos. .
Não dá pra comprar um relativismo mais local? Assumir que algumas verdades são relativas ou que emergem apenas em certos contextos sociais? Por exemplo, a verdade sobre instituições. As verdades sobre instituições variariam de tempos em tempos e de cultura para cultura porque o que cria as verdades sobre instituições (os seus truthmakers) seriam as nossas práticas sociais ao longo do tempo e em certos contextos.
Talvez sim. Relativismos globais são mais problemáticos do que relativismos locais.
No caso, o relativista não estaria num pedestal, pois a posição dele tem tanto valor quanto a dos outros. Ou estaria num pedestal junto com todos os demais...
O Behaviorismo Radical é relativista? Pq n defende nenhum tipo de verdade, mas o conhecimento como uma interação eficaz com o ambiente.
Parabéns pelo vídeo, tudo bem explicado.
Uma dúvida: tenho interesse em iniciar um mestrado agora, mas parece q as universidades só tem espaço pra educação e psicologia social. Sabe de onde há uma abordagem mais filosofica pra Psicologia?
Não me parece, pelo menos a princípio, que o Behaviorismo assuma o relativismo. Se ele assume, então está com problemas tremendos. Você pode contar um pouco mais sobre essa sua perspectiva?
Sobre um mestrado de psicologia com abordagem filosófica, não sei. Talvez você possa procurar o contrário: um mestrado de filosofia que tenha como foco filosofia da mente. Mas, atualmente não conheço nomes para te indicar, infelizmente. Me desculpe :(
@@Psicolosofia
Então, pelo BR há sempre a tentativa de ser científico. Skinner é bem rigoroso nisso e comenta em todas as obras que li que o q não é científico não deveria existir kkk
Mas assim, há uma influencia forte do Pragmatismo, então fala q n existe uma verdade absoluta, mas q é através de uma interação eficaz (por exemplo podendo prever o q acontece) q se faz conhecimento. Aí fico em dúvida se isso pode ser considerado como relativismo :0
Ah, tudo bem. Obrigado pela atenção!
Acredito que não seja o caso. Para você negar a tese do relativista ("não existem verdades absolutas"), não é necessário que você diga "todas as verdades absolutas". A negação correta seria: "algumas verdades são absolutas". Os relativistas tem focos mais específicos também, como a ética, a verdade, o que seria um argumento racional... e alguns outros. Mas de todo modo, algumas coisas no mundo são relativas à outras, e não é necessário assumir esses relativismos para aceitar isto. Por exemplo: se um comportamento será reforçado ou não, isso é relativo às contingências. Porém, você pode pensar o seguinte: para todos os casos, quando um indivíduo tem seu comportamento reforçado, ele aumenta a probabilidade de repeti-lo no futuro. Isso parece ser uma verdade absoluta, não acha? Além deste exemplo, acredito que o mesmo se aplica para diversos outros conceitos do Behaviorismo Radical.
@@Psicolosofia Perfeito. Muito obrigado!!
@@gustavobahia990 O Behaviorismo radical, como filosofia da ciência do comportamento, adota o conceito de verdade postulada pelo pragmatismo clássico (de Pierce, James e Dewey). Assim, a verdade das proposições, das ideias e das teorias, é atestada na medida de sua utilidade em podermos lidar melhor com o mundo. Isso significa dizer que existem ideias mais úteis que outras, isto é, mais verdadeiras que outras. Portanto, o behaviorismo se afasta do relativismo epistêmico, embora tenha uma noção de verdade mais "democrática".
Vou direto ao ponto: não existe certo ou errado, o que existe é luta de classes!
A verdade é alcançável?
Bem, tem que ver aí o que se está querendo dizer. Se temos evidências suficientes, estamos justificados a acreditar em algo, e essa posição nos deixa muito mais provavelmente perto da verdade do que sem evidências suficientes ou com evidências ruins. Mas se você está querendo pegar uma posição de podermos ter certezas inabaláveis, aí fica mais complicado. Podemos sempre estar errados mesmo tendo muita convicção de nossas posições. Mas mesmo que não possamos ter certezas absolutas que estamos certos, é possível sim que alguém adote uma posição que reflita perfeitamente a realidade, e temos muito mais probabilidade de estar com essa visão quando buscamos as melhores evidências disponíveis.
Parece-me irrelevante conceber verdades como absolutas ou relativas (ou como simplesmente "verdadeiras" no sentido comum do termo)... o que importa de fato é se as verdades ou crenças são mais ou menos utilitárias (adaptativas) para certo contexto individual e social específico. Acho que essa é a visão mais naturalista e empiricamente coerente possível de "verdade".
Agora, provavelmente, as verdades mais utilitárias possíveis para a sociedade como um todo (e ao indivíduos que as adotarem) são aquelas da ciência empírica (entendendo ciência aqui como um conjunto de verdades utilitárias não contraditórias entre si que resistiram com maior força à pressão seletiva do confronto com a experiência sensível de múltiplos indivíduos e em condições específicas). Um exemplo: se você deseja construir um barco que funcione, explicações teológicas, metafísicas ou culturais não servirão ou serão ineficientes, diferente do que acontece com as descrições da ciência.
Isso não significa, no entanto, que TODOS DEVAM (ênfase no verbo dever) acreditar na - ou ter como verdadeira a - ciência, apesar de eu fortemente recomendar isso. Isso também não significa que a verdade da ciência é um tipo de conhecimento "superior" (da mesma maneira que o ser humano não é inerentemente "superior" às outras espécies) ou que pode abarcar todo tipo de conhecimento humano (como a ética e a lógica, as quais devem ser entendidas de outra forma, mas ainda concebendo suas utilidades adaptativas ou meramente incidentais para os indivíduos e sociedades).
Parafraseando William James: a verdade não é uma coisa, mas é algo que acontece [that happens] com as coisas.
Esse video seu nos remete imediatamente ao outro sobre o problema da psicologia.
Não discordo sobre a existência de uma verdade absoluta.
Até pq o argumento principal que vc apresentou já derrruba o relativismo absoluto, na medida que ele nao pode ser absoluto. Rs
Mas a questão agora é: NÓS, SERES PARCIAIS E SERES RELATIVOS, conseguiríamos chegar a alguma ou qualquer verdade absoluta? Ou seja, a nossa condição nos permite chegar até ela e conpreende-la?
E isso se aplicaria tb ao fenômeno HUMANO, gerando as divergências que a psicologia tem dentro de suas abordagens como referenciado no seu outro vídeo.
Ou seja, não estaríamos nós, seres humanos, fadados às parcialidades?
Temos que lembrar que somos falíveis. Podemos pensar que estamos certos sobre algo, mas não estarmos. Ainda assim, mesmo que tenhamos que ter cuidado com as nossas certezas, ainda existe a possibilidade de avaliarmos as evidências disponíveis e verificarmos para qual posição elas apontam; e é essa a posição, ou seja, a posição para a qual o balanço das evidências aponta, que é a que devemos acreditar.
Na prática, não importa se existem ou não verdades absolutas, ou se podemos ou não encontrá-las. O que valem são os argumentos encontrados para cada questão e o quanto você consegue convencer os outros a concordarem com você.
A verdade "tudo acontece no espaço e no tempo" parece ser universal. O que acha? Onde e quando algo pode acontecer sem ser no tempo e no espaço?
Você sabe que fora de algum grau de relativismo, o que resta é a guerra de todos contra todos, né!?
Muitas das suas falas no vídeo são relativistas...
So vi espantalhos
eh assim que se faz ciencia... Bate em espantalhos e não cita nada KKKKK lacrou mona