A moeda e seu aspecto abstrato: como uma coisa simbólica pode ter valor concreto? Como a cédula pode ter valor? Como o crédito gera valor? Como o trabalho vira dinheiro? Quanto do dinheiro é acordo social e quanto é hábito cultural?
11: 29 | O capitalismo cria a sua própria religião, e essa religião capitalista também tem sua trindade, só que invés de pai e filho, espirito santo, essa trindade no capitalismo é terra, trabalho e capital. Essa é a única religião que a burguesia segue de fato, o resto é só pra utilizar como escudo de cidadão de bem, vulgo escudo moral. -Jorge Grespan
Então eu poderia entender o fetichismo da mercadoria como a dissociação entre o valor do trabalho agregado ao produto e como as pessoas percebem este produto e como o valoram, sem enxergar o valor-trabalho intrinseco?
Quanto ao dinheiro, eu ainda tenho muitas dúvidas. O artigo do Eleotério Prado "Da controvérsia brasileira sobre o dinheiro mundial inconversível" é uma boa síntese do debate. Sim, de fato hoje o dinheiro possui uma série de mediações sobre sua representação de valor, de forma a tornar-se mais simbólico e "descolado" de seus "lastros", mas acho legal compreender que, no fim das contas, ele corresponde a uma representação do valor. Seu descolamento (ou autonomia relativa) em elevado grau, pode gerar crises de liquidez (dentre outras) que travam o sistema (uma vez que o dinheiro deixa de ser "confiável" para cumprir seu papel de "azeitamento" das relações de troca). O Eleutério usa a imagem de "dinheiro fictício" para solucionar a questão acerca da existência ou não de lastros no contexto atual. Como disse, ainda tenho muitas dúvidas sobre essa questão (é parte do que tenho trabalhado em minha tese de doutorado), mas me parece que, no fim das contas, essas "complicações" são processos de complexificação sobre as formas de determinação na representação do valor; ou ainda, as mediações que perpassam o "descolamento" entre o valor e seus modos de equivalente universal se tornam, no desenrolar histórico do capitalismo, cada vez mais complexos e cheio de "trâmites" (articulados por formas institucionais diversas no sistema interestatal; cotado quase em tempo real pelas bolsas de valor; articulados por expectativas que mudam freneticamente no tempo e no espaço). Cabe a nós, pesquisadores, portanto, compreender as prioridades lógicas desses processos de mediação no mundo contemporâneo.
Richard Lins sem dinheiro, a vida humana não vale nada e com ele a vida de todos os outros seres também não (as riquezas não são autossuficientes e não existirão para sempre) ... a vida de uma pessoa q não trabalha (independente do motivo), perante esse sistema não tem valor algum, nem ela na sociedade, ela se torna dependente de outras...
No canal da Laura Sabino também tem um vídeo sobre esse assunto. Tem linguagens que são mais acessíveis e outras, nem tanto. Não se sinta analfabeta por isso
Nenhum sistema politica funciona enquanto nós SERES humanos estamos espiritualmente tão atrasados, fortemente Ignorante, Egoísmo, Orgulhoso, Apegada, Invejoso etc...!
Manter _Darstellung_ e _Vorstellung_ como ‘apresentação’ e ’representação’, é manter uma leitura kantiana. Considerando que Marx e Engels romperam com o idealismo alemão, ainda que tenham exercido _kritik_ (no sentido racionalista kantiano, i.e., encontrar os limites da razão através da própria razão), parece-me especialmente perigoso e ousado.
acho interessante que uma das propagandas que tocou durante o vídeo é do brasil paralelo, com direito a olavo e tudo o mais... não da pra barrar isso ai não boitempo?
Professor, já que a palavra _ fetiche_ está tão em voga e você nos leva ao contato do europeu com o africano, vou especulando; a palavra é criada em contraposição ao _ espontâneo_ coisa feita; certamente, na troca de línguas a animia foi explicada assim. Tipo arigatô, vir de obrigado. Falar nisso, obrigado, Professor e TV Boitempo.
Não sou de esquerda e muito menos marxista, no entanto a ideia do fetichismo em Marx é muito sugestiva e fértil, porém os marxistas ocidentais abandonaram esta ideia, com exceção de Benjamim.
Boa pergunta, Carol! Na verdade, curiosamente, nos escritos originais do Marx no século XIX o termo aparece grafado diversas vezes com "c" mesmo. Essa grafia é mais antiga, reflete a introdução de termos do inglês na língua alemã, e de fato foi sendo progressivamente substituída pelo uso do "k". Hoje, o termo correto em alemão é sem dúvida "Produktionsweise". ;)
Ai, Ai, essas crianças marxistas são uma graça! Freud explica esse apego a teorias fantasiosas como modo de escapismo da inexorável sensação de Weltschmerz sentida por elas. Dizia o psicanalista: "É impossível enfrentar a realidade o tempo todo sem nenhum mecanismo de fuga", e ele continua citando tais mecanismos, dentre os quais a fantasia; é o caso dos que sucumbem ao fetiche marxista. Pura fantasia. Viva o capital!!! E preparem o lombo, filhos da puta, porque o único futuro palpável é o trampo de peão que vos aguarda.
1°. “marxista” é diferente de “marxiano”. O primeiro termo se refere a teóricos que são posteriores a Marx e se embasaram na teoria marxiana, esta, que provém, originalmente, de Karl Marx. Logo, o seu comentário nem está direcionado às explicações expostas nesse vídeo. 2º Ad hominem é falácia argumentativa, sempre foi e sempre será. 3° Não, Mises não refutou a teoria de valor de Marx, antes que isso seja dito. “Valor” e “preço” NÃO são a mesma coisa na teoria marxiana. 4° Ler a obra que pretende-se criticar ou pelo menos entender os conceitos basilares da teoria, em sua forma canônica e não deturpada, é o mínimo para que a crítica tenha algum embasamento (apesar do fato de que o comentário n chega nem a ser uma “crítica” rs)
A moeda e seu aspecto abstrato: como uma coisa simbólica pode ter valor concreto? Como a cédula pode ter valor? Como o crédito gera valor? Como o trabalho vira dinheiro? Quanto do dinheiro é acordo social e quanto é hábito cultural?
Marx ! Deixou um legado sobre o capital! Só quem lê vai entender .👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
11: 29 | O capitalismo cria a sua própria religião, e essa religião capitalista também tem sua trindade, só que invés de pai e filho, espirito santo, essa trindade no capitalismo é terra, trabalho e capital.
Essa é a única religião que a burguesia segue de fato, o resto é só pra utilizar como escudo de cidadão de bem, vulgo escudo moral.
-Jorge Grespan
E para manter os pobres sob controle. Se não der certo, taca a polícia.
CassiusCornélioCaio “Burguesia” Acordem pra vida real bando de burros, Marx é obsoleto.
@@MsLoucomelo falou o maioral!! Tem q vir criticar dessa forma?
@@MsLoucomelo débil mental
@@MentePrimitiva Só mentecaptos com QI de um inseto acreditam nas ideias marxistas ainda. Marx já foi refutado há tempos bando de animal.
INCRÍVEL
Maravilhoso, genial, aprendi muito, TV Boitempo arrasando como sempre 🙌🏿🙌🏿🙌🏿
Sensacional!
Então eu poderia entender o fetichismo da mercadoria como a dissociação entre o valor do trabalho agregado ao produto e como as pessoas percebem este produto e como o valoram, sem enxergar o valor-trabalho intrinseco?
E cada vez mais, isso está ficando evidente.
Obrigado pela esplêndida explicação sobre o que representa o fetiche na visão de Marx
Maravilhosa essa explicação. Jorge não apenas é um professor incrível, generoso, brilhante; é um intelectual genial também.
Útil importante relevante excelência
Perfeito!
Quanto ao dinheiro, eu ainda tenho muitas dúvidas. O artigo do Eleotério Prado "Da controvérsia brasileira sobre o dinheiro mundial inconversível" é uma boa síntese do debate. Sim, de fato hoje o dinheiro possui uma série de mediações sobre sua representação de valor, de forma a tornar-se mais simbólico e "descolado" de seus "lastros", mas acho legal compreender que, no fim das contas, ele corresponde a uma representação do valor. Seu descolamento (ou autonomia relativa) em elevado grau, pode gerar crises de liquidez (dentre outras) que travam o sistema (uma vez que o dinheiro deixa de ser "confiável" para cumprir seu papel de "azeitamento" das relações de troca). O Eleutério usa a imagem de "dinheiro fictício" para solucionar a questão acerca da existência ou não de lastros no contexto atual. Como disse, ainda tenho muitas dúvidas sobre essa questão (é parte do que tenho trabalhado em minha tese de doutorado), mas me parece que, no fim das contas, essas "complicações" são processos de complexificação sobre as formas de determinação na representação do valor; ou ainda, as mediações que perpassam o "descolamento" entre o valor e seus modos de equivalente universal se tornam, no desenrolar histórico do capitalismo, cada vez mais complexos e cheio de "trâmites" (articulados por formas institucionais diversas no sistema interestatal; cotado quase em tempo real pelas bolsas de valor; articulados por expectativas que mudam freneticamente no tempo e no espaço). Cabe a nós, pesquisadores, portanto, compreender as prioridades lógicas desses processos de mediação no mundo contemporâneo.
Richard Lins sem dinheiro, a vida humana não vale nada e com ele a vida de todos os outros seres também não (as riquezas não são autossuficientes e não existirão para sempre) ... a vida de uma pessoa q não trabalha (independente do motivo), perante esse sistema não tem valor algum, nem ela na sociedade, ela se torna dependente de outras...
parece que sou analfabeta vendo esse vídeo
Procura o vídeo sobre fetiches no canal Tempero Drag, você vai entender melhor :)
No canal da Laura Sabino também tem um vídeo sobre esse assunto. Tem linguagens que são mais acessíveis e outras, nem tanto. Não se sinta analfabeta por isso
Grata
que aula!
Nenhum sistema politica funciona enquanto nós SERES humanos estamos espiritualmente tão atrasados, fortemente Ignorante, Egoísmo, Orgulhoso, Apegada, Invejoso etc...!
Manter _Darstellung_ e _Vorstellung_ como ‘apresentação’ e ’representação’, é manter uma leitura kantiana. Considerando que Marx e Engels romperam com o idealismo alemão, ainda que tenham exercido _kritik_ (no sentido racionalista kantiano, i.e., encontrar os limites da razão através da própria razão), parece-me especialmente perigoso e ousado.
Mas Marx as usa, uai 🤷🏽♂️
@@rodrigopinheiro4256 Como o próprio vídeo atesta, não são traduções diretas (quem ainda acredita nisso em 2019!?), senão _escolhas._
Não vejo porque seria uma leitura kantiana. Pode desenvolver, por favor?
concordo. Não é representação.
2:35 Gustavo Machado não acha isso
acho interessante que uma das propagandas que tocou durante o vídeo é do brasil paralelo, com direito a olavo e tudo o mais... não da pra barrar isso ai não boitempo?
Não está sob controle deles. Não importa se é vídeo da Boitempo ou de pegadinha do Ivolanda, essa maldita propaganda vai aparecer
@@rubensalex99 eu imaginei que fosse esse o caso, mas mesmo assim é uma lástima
Professor, já que a palavra _ fetiche_ está tão em voga e você nos leva ao contato do europeu com o africano, vou especulando; a palavra é criada em contraposição ao _ espontâneo_ coisa feita; certamente, na troca de línguas a animia foi explicada assim. Tipo arigatô, vir de obrigado. Falar nisso, obrigado, Professor e TV Boitempo.
👍🏻👍🏻👍🏻
estou penando pra ler seu livro, amigo (o livro é bom, eu q sou burro)
Esse Jorge é solteiro?
Não sou de esquerda e muito menos marxista, no entanto a ideia do fetichismo em Marx é muito sugestiva e fértil, porém os marxistas ocidentais abandonaram esta ideia, com exceção de Benjamim.
O termo é "Produktionsweise", não com c, mas com k.
Boa pergunta, Carol! Na verdade, curiosamente, nos escritos originais do Marx no século XIX o termo aparece grafado diversas vezes com "c" mesmo. Essa grafia é mais antiga, reflete a introdução de termos do inglês na língua alemã, e de fato foi sendo progressivamente substituída pelo uso do "k". Hoje, o termo correto em alemão é sem dúvida "Produktionsweise". ;)
Modo de representação do capitalismo
Palavras vazias, não passa disso, socialismo/comunismo jamais reinarás no planeta terra.
Quem lê marx lê para compreender o funcionamento do capitalismo. Qualquer idiota que lê marx sabe que o comunismo não funciona devido a sobrecarga.
nao entendi porra nem uma
Nenhuma, é escrito junto. É preciso ler muito para entender Marx
@@cidamelo8493 mizericordea
@@Xurruminates gostei kkkkkk
A pobreza e irracionalidade das "explicações" Marxistas nunca cessam de me surpreender.
Marx encanta até no erro, né não? KKK. Amor reprimido é foda.
@@SuperSl4Sh Como "até no erro"? Quase tudo é erro.
Queridão, cê curte linguística. Responde ao positivismo behaviorista com a noção cognoscente da consciência. Vira a boca pro outro lado.
Ai, Ai, essas crianças marxistas são uma graça! Freud explica esse apego a teorias fantasiosas como modo de escapismo da inexorável sensação de Weltschmerz sentida por elas. Dizia o psicanalista: "É impossível enfrentar a realidade o tempo todo sem nenhum mecanismo de fuga", e ele continua citando tais mecanismos, dentre os quais a fantasia; é o caso dos que sucumbem ao fetiche marxista. Pura fantasia. Viva o capital!!! E preparem o lombo, filhos da puta, porque o único futuro palpável é o trampo de peão que vos aguarda.
1°. “marxista” é diferente de “marxiano”. O primeiro termo se refere a teóricos que são posteriores a Marx e se embasaram na teoria marxiana, esta, que provém, originalmente, de Karl Marx. Logo, o seu comentário nem está direcionado às explicações expostas nesse vídeo. 2º Ad hominem é falácia argumentativa, sempre foi e sempre será. 3° Não, Mises não refutou a teoria de valor de Marx, antes que isso seja dito. “Valor” e “preço” NÃO são a mesma coisa na teoria marxiana. 4° Ler a obra que pretende-se criticar ou pelo menos entender os conceitos basilares da teoria, em sua forma canônica e não deturpada, é o mínimo para que a crítica tenha algum embasamento (apesar do fato de que o comentário n chega nem a ser uma “crítica” rs)
Ler, decorar e palestrar sobre Marx e seus seguidores...consiste ser um exercício de diletantismo intelectual inoperante...mas cheio de vaidades...