Acredito que a língua, assim como o social, o político, o economico e o cultural, é um campo de disputa, luta, combate e criação. A língua constrói e também destrói realidades.
Perfeito! Concordo inteiramente com você. Além de não ser um fenômeno orgânico da língua, é muito difícil de justificar perante as pessoas comuns com baixa ou nenhuma instrução. E, historicamente, me incomoda porque me parece algo imposto a partir de uma minoria, até mesmo dentro da própria esquerda. Não me parece factível. De início, eu me questionava muito pensando que talvez a minha idade me impedisse de entender ou simpatizar com esse tipo de militância. Tentei muito mesmo acolher essa ideia do gênero neutro e não consegui. Não me soa espontâneo, natural e nem mesmo honesto se eu decidisse falar assim. Se você me permite, meu marido é esperantista e tentou me levar para esse lado há mais de trinta anos e eu detestei o esperanto. A artificialidade e as tentativas de criar uma cultura em volta de uma língua sem pertencimento sempre me incomodou. Talvez esse tipo de língua faça sentido para as pessoas que estão política e emocionalmente envolvidas com sua produção e defesa. Para mim, não faz sentido porque não tenho o pertencimento necessário. Minha língua de origem é o espanhol, a de adoção (por necessidade) é o português e tenho alguns rudimentos de inglês, francês e italiano. São línguas cuja cultura me permite uma familiaridade, um parentesco. Talvez seja esse um dos problemas da linguagem neutra. Não sei se consegui ser clara. Tenho pensado tanto! E foi este vídeo seu que me permitiu dimensionar melhor. Obrigada.
Nossa, professora, eu estava pensando em comparar a linguagem neutra ao esperanto, acabei nem precisando, você já o fez pra mim :) Muito obrigado pelo rico comentário.
Acredito que a língua, assim como o social, o político, o economico e o cultural, é um campo de disputa, luta, combate e criação. A língua constrói e também destrói realidades.
Concordo contigo.
Perfeito! Concordo inteiramente com você. Além de não ser um fenômeno orgânico da língua, é muito difícil de justificar perante as pessoas comuns com baixa ou nenhuma instrução. E, historicamente, me incomoda porque me parece algo imposto a partir de uma minoria, até mesmo dentro da própria esquerda. Não me parece factível. De início, eu me questionava muito pensando que talvez a minha idade me impedisse de entender ou simpatizar com esse tipo de militância. Tentei muito mesmo acolher essa ideia do gênero neutro e não consegui. Não me soa espontâneo, natural e nem mesmo honesto se eu decidisse falar assim. Se você me permite, meu marido é esperantista e tentou me levar para esse lado há mais de trinta anos e eu detestei o esperanto. A artificialidade e as tentativas de criar uma cultura em volta de uma língua sem pertencimento sempre me incomodou. Talvez esse tipo de língua faça sentido para as pessoas que estão política e emocionalmente envolvidas com sua produção e defesa. Para mim, não faz sentido porque não tenho o pertencimento necessário. Minha língua de origem é o espanhol, a de adoção (por necessidade) é o português e tenho alguns rudimentos de inglês, francês e italiano. São línguas cuja cultura me permite uma familiaridade, um parentesco. Talvez seja esse um dos problemas da linguagem neutra. Não sei se consegui ser clara. Tenho pensado tanto! E foi este vídeo seu que me permitiu dimensionar melhor. Obrigada.
Nossa, professora, eu estava pensando em comparar a linguagem neutra ao esperanto, acabei nem precisando, você já o fez pra mim :) Muito obrigado pelo rico comentário.
@@delongas_guilherme ❤