Bachelard: epistemologia, metafísica, poesia, imaginação | Entrevista com Fábio Ferreira de Almeida
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- Опубликовано: 5 ноя 2024
- A obra de Gaston Bachelard é conhecida por transitar entre duas grandes esferas do conhecimento humano: a epistemologia e as ciências da natureza (física, química), de um lado; e, de outro, a poesia e a imaginação onírica. Para além desses dois "campos", o autor dedicou obras a um assunto clássico da filosofia, a saber, o tempo. Duas obras da década de 1930 ("A intuição do instante" e "Dialética da duração) podem servir de apoio à compreensão dessa relação, nem sempre visível, entre esses dois "campos". Tal é o objeto de estudos atual de Fábio Ferreira de Almeida, que propõe haver uma metafísica em Bachelard que permitiria elucidar tal relação. Além desse assunto, também conversamos sobre a situação atual no contexto de pandemia, do ensino de filosofia no Brasil, da expansão das universidades nas décadas de 2000 e 2010 e dos retrocessos experienciados na área nos últimos anos.
Fábio Ferreira de Almeida é graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (1998), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (2001) e doutorado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2007) desenvolvido em co-tutel com a Université de Bourgogne - França. Atualmente é professor adjunto da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia moderna e contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia Francesa Contemporânea, epistemologia, ontologia, poética e literatura.
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Caio Souto
caiosouto@gmail.com
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“O gene egoísta “ eh um livro que pode ensinar através da ecologia muito do comportamento histórico humano
Canal sensacional 🤩
Prezado muito Obrigada pelos conhecimentos transmitidos.
Ganhou um inscrito
O pós segunda guerra separou as áreas das humanas das ciências biológicas e matemática nos métodos mas integrou tudo na ética
muito bom
Caio, quando foi mencionado no vídeo que a universidade "não consegui" se vulgariza, eu entendo que ela não conseguiu estabelecer seu domínio (como queria), em todos os setores da sociedade.
O fator que considero ter levado as pessoas a resistir a ela é promessa de acessão social e profissional que muitas vezes nao é alçancada pelas pessoas que cumprem todo o cronograma.
Não que essa promessa deva ser cumprida, mas se ela não for feita muita gente não entraria em um curso.
A meu ver terraplananismos e afins são efeitos colaterais (negativos) do desequilíbrio entre o poder excessivo da acadêmia sobre a sociedade em relação aos benefícios pessoais de quem viveu dentro desse sistema.
Eu ouço muito que a universidade está ameacada mas ouço pouquíssimo acadêmicos dizerem: "onde estamos errando?"
O que digo faz sentido pra você?
"Quando a gente ia começar a promover esclarecimentos vieram os glopes" rs... parece que a universidade é super recente.
@@ivinic no Brasil ela é relativamente recente, diferente de outros países da América Latina mesmo nossas primeiras universidades vão surgindo no século XX. E são um um projeto de elites, a USP, por exemplo, voltada à formação da classe dirigente paulistana nos seus inícios. A universalização do acesso à educação básica deve começar no Brasil ali por 1950 mais ou menos, e as classes mais pobres vão demorar bem mais para chegar na faculdade. Um programa como o Prouni, tão preso às universidades privadas, num contexto desse acabou sendo uma ferramenta de democratização. Só recentemente passamos a ter cotas sociais nas federais e estaduais. Fora isso vieram as faculdades privadas de baixo preço. Dá pra dizer que universidade como algo minimamente acessível "para todos" é super recente e talvez limitado num período - um político no governo Temer já dizia: "Meus filhos vão fazer faculdade, os seus, eu não sei. E se a gente for pensar a pós-graduação, mestrado e doutorado, os cortes de classe são ainda mais profundos, a universidade não chegou a existir nesse grau em muitos lugares.
@@DuanneRibeiro seu comentario é interessante pela informação, mas eu não identifiquei sua tese. Você está apresentando a desigualdade como um alternativa a minha tese, é isso?