Sou de São Paulo, Brasil, e estávamos ansiosos em receber amigos portugueses, então preparamos uma feijoada, ao chegarem as visitas eles disseram : a gente "gostava" muito de comer feijoada, ficamos preocupados, pois para nós, brasileiros, "gostava" significa que não "gostam" mais, demorou para entendermos, que o "gostava" deles significava "gostaria" rsrsrsrsrr
No Brasil usamos o condicional gostaria faria etc... mas quando se trata do verbo querer não usamos o condicional quereria e sim o preterito imperfeito queria. Por que abrimos exceção para o verbo querer ? Acho que por razões fonéticos, pois quereria soa muito formal e complicado. Percebe ?
@@josecarloslobatopasini528 Não tinha ideia dessa particularidade... mas é somente num registo coloquial?... Em Portugal, o pretérito imperfeito do indicativo também funciona como uma alternativa ao condicional. Coloquialmente, é muito mais utilizado o primeiro enquanto que o último é mais utilizado em registo formal.
@@edgarrodriguez8973Justamente!...🙂 Em português ocorre esta 'intermutabilidade' de tempos verbais para exprimir um determinado sentido... tal como acontece no castelhano. Assim como no castelhano existem duas formas para o imperfeito do subjuntivo (desinências -se, -ra), em português pode acontecer algo semelhante, apesar de ser muito menos frequente e inclusivamente, usar-se o presente presente do indicativo para esse mesmo efeito. A mesmo acontece com o condicional ao poder ser substituído pelo mais que perfeito.🙂
Sou Português e a questão do "mais pequeno" fez-me lembrar um momento que tive com duas amigas, uma Portuguesa e outra Brasileira. Estavam as duas a discutir entre o "mais pequeno" da Portuguesa e o "menor" da Brasileira quando eu entrei no conversa. Logicamente dei razão à minha amiga Brasileira, a minha amiga Portuguesa teve bloqueio total e durante muitos minutos não conseguiu reagir. Desde então ando a tentar erradicar o "mais pequeno" da minha cabeça. Ficou tudo bem entre nós os 3, depois disto a nossa amizade não ficou "menor", mas sim "maior".
O uso de "mais pequeno" é perfeitamente correto em português, enquanto que "mais grande" não se usa...🙂 O uso da forma 'maior'/'mais pequeno', já deverá provavelmente remontar pelo menos a 1600s...
mas estives- te errado, não percebi a preferência pela brasileira, "porque mais pequeno", é na mesma menor...essas diferenças reivindicam os brasileiros...mas só quando convém?
Falas bem português vou dar te uma dica vai para Moçambique lá também se fala bem português, também tens o Brasil,mas passa por Moçambique o português é seguro e masis forte lá.
Leo, I learn a lot of Portuguese from you! You rock! Gostei, no minuto 4:55, quando disseste: pergunta a qualquer brasileiro e ele DIR-TE-Á... Estrutura muita linda e característico da Portuguese language!
Só uma curiosidade: no Brasil, ninguém fala dessa forma. Sempre colocamos o pronome antes do verbo. Ex.: pergunta a qualquer brasileiro e ele te dirá. As duas formas são aceitas pela norma-padrão, mas no Brasil sempre usamos no dia a dia o pronome antes do verbo.
WOW ! I got that too ! I studied in text books. Cannot believe I am reading your comment. I am fluent in either Brazilian or Portuguese for 35 years. English/Spanish bilingual. REGARDS !
Inexplicavelmente, eu como brasileiro passei a gostar do português europeu depois que comecei a acompanhar o portuguese with leo é muito legal oque a nossa língua e variada.
No Brasil todas as vezes que uma criança diz: mais pequeno ou mais grande, todos os adultos a até 20 km de distância corrigem a pobre criança de imediato. Vira um trauma para sempre e a criança fica 20 minutos calada. 😂
Muito Obrigada, te sigo desde Cuba estoy estudiando Portugués hace un mes por Duolingo pero solo tiene para Portugués de Brasil y gracias a tus consejos puedo estar más cerca de el lenguaje de Portugal, pronto estaré por allá y me a ayudado mucho
Esse "gostava" usado dessa forma confunde muito a nós, brasileiros! Visitei o Porto há muito tempo atrás (hahahaha nós também falamos assim) e foi um choque ter escutado isso pela primeira vez. Minha irmã morava no Porto e ela me dizia que toda vez que ela falava "gostava", ela se explicava toda vez para tentar sanar a ambiguidade. Os amigos portugueses dela riam e falavam "nós entendemos! Sem problemas". Sobre o "mais pequeno", para nós brasileiros, soa estranhíssimo. No português brasileiro essa forma não é aceitável. De resto, nós falamos igual. "Tem que" é mais prevalente no português do Brasil que "tem de". Também costumamos fazer a redundância de falar "há muito tempo atrás".
Sou português nativo. Acho que as expressões "subir para cima" e descer para baixo" são perfeitamente possíveis. Subir para cima de uma cadeira (para mudar a lâmpada); descer para baixo da cama (para me esconder). Estes são só dois exemplos, mas há mais.
@@rafacorrea01 Como vês não sempre é errado. Tudo depende como se usa e em que contexto se usa , por isso é que é muito importante dominar à língua Portuguesa para não se dar “ calinadas “.
Dificilmente, "há algum tempo atrás" (e estruturas similares) deve ter como origem/influência a estrutura equivalente em inglés, visto que é muito comum sua ocorrência na fala de muitos falantes de normais cultas no Brasil; aqueles que cometem o que se conhece como hipercorreção, por exemplo. E, como a Variante Sul-Americana é autônoma em face da Ibérica, no que toca à sua transformação natural e diacrônica (sofrendo apenas infuência limitada e pontual do standard brasileiro, que, infelizmente, é um decalque do do Ibérico.), creio que suas razões para existir como tal esteja, justamente, na necessidade que o falante nativo tem em marcar esse suposto "reforço", haja visto que ele sente que apenas "há muito tempo" não expressa uma ação ocorrida no passado, logo a necessidade de se somar o "atrás".
Oi Leo, parabéns por mais um vídeo super informativo. Ao ouvir sobre o erro #2 lembrei que há um tempo escrevi sobre isto em um tweet pois achei muito interessante o que ocorre no Português de Portugal comparado ao do Brasil. Na minha região no Brasil costumamos usar o futuro do pretérito simples no modo condicional em pedidos como "Eu gostaria de fazer minha inscrição ...", o que expresa um desejo, como mencionaste no vídeo. E desde que cheguei em Portugal sempre acho curioso ouvir "Eu gostava de fazer ...", pois o mais comum pra mim é usar o pretérito imperfeito do indicativo para expressar algo que era habitual no passado. Fui investigar se as duas formas estariam corretas e vi que o pretérito imperfeito do indicativo pode também ser usado em pedidos, de forma a atenuá-lo, então gramaticalmente me parece que usar o "gostava" também é gramaticalmente correto... Num outro lado da história, nós no Brasil também costumamos dizer "Eu queria fazer minha inscrição", e aí neste caso já estamos usando o pretérito imperfeito do indicativo ao invés de seguirmos com a regra de usar o futuro do pretérito simples no condicional, o que seria "quereria" (algo que NUNCA ouvi ninguém dizer por lá). Então, no fim, isto é mesmo mais uma questão de costume e o que soa melhor, como disseste no vídeo, e isto é o que torna tudo muito mais interessante :D
No português brasileiro falamos " gostaria muito", não falamos "imenso" com esse sentido. No passado em algumas regiões, principalmente no sul do país, também usávamos o pretérito imperfeito nesse sentido, mas praticamente caiu em desuso. Usamos o "ter que" e raramente o "ter de". Usamos o "há muito tempo atrás " da mesma forma que em Portugal e consideramos errado falar "mais pequeno, mais grande". Falamos menor e maior sempre.
Nos é interessante pela falta de contato com o idioma deles. O que não é recíproco. Pois eles são inundados com o nosso português. Somos esmagadoramente em maior número. Deveria haver mais abertura para que os escutássemos mais. É uma pena. O sotaque lá do norte extremo, que usam somente o Vós nas frases. Rapaz... É lindo e ultra-mega-difícil.
Gente, eu estou aprendendo o português brasileiro há mais de 1 ano e moro no Brasil, ou seja que na escola, na rua, no mercado, etc tenho que falar português, mas o português do Portugal é difícil demais
Bom dia Leo e obrigado pelo excelente vídeo, sempre tive curiosidade em saber sobre esses “erros” tão comuns aí em Portugal , tanto que não os via como tais.
Hi Leo! Thanks for the video! I am learning Portuguese and what you've listed as errors - ter que and past tense to express wishes - these things are mentioned in popular modern Portuguese textbooks as a language norm.
OI LÉO!!!!!!! PASSO POR AQUI PPARA LHE SUPER AGRADECER PELO SEU INCOMENSURÁVEL TRABALHO!!!!!! VOCÊ VEM AJUDANDO MUITO MUITAS PESSOAS!!!!! VOCÊ ESTÁ RECONQUISTANDO A LÍNGUA PORTUGUESA !!!!!!! SUA POSTURA EDUCADA, ÉTICA E SERENA CONQUISTA O CORAÇÃO DE TODOS OS SEUS SEGUIDORES!!!!!!! ABRAÇOS AFETUOSOS E BEIJOS FRATERNOS!!!!!! ADRIANA CYRINO DE MELLO RISAU RIBEIRÃO PRETO SÃO PAULO BRASIL ADRIANA CYMERI FACEBOOK
Leo, parabéns por seus vídeos tão divertidos e esclarecedores. No Brasil seria mais natural dizer: gostaria imensamente de.... nunca usamos o adjetivo.
Oi Leo, sou brasileiro e gosto muito de ver conteúdos produzidos em Portugal, na Internet, e sempre me chamou a atenção o uso do pretérito imperfeito no lugar de futuro do pretérito ( que é como chamamos o condicional ,no Brasil), em especial o verbo gostar. Usar esse gostava, no lugar de gostaria, sempre criava uma compreensão diferente. Sou fã do seu trabalho e já acompanho seus vídeos há quase dois anos.
Eu já uso só "ter de" graça ao teu aviso no vídeo anterior. A proposito do conditional trocado por o imperfeito do indicativo, vi muitas lições e cursos que ensinavam "queria um pastel de nata" em vez de "quereria um pastel de nata". Obrigada por falares sobre assuntos como esses que não são explicados muito frequentamente aos alunus mais iniciantes.
É curiosa essa observação, mas em nenhum país de lingua oficial portuguesa se utiliza "quereria" nesse sentido. 😄 Soa bastante bizarro! Normalmente, em Portugal, usa-se "queria", "gostaria" ou "pretendia". Talvez por motivos de cortesia haja variação entre o uso do condicional ou do pretérito imperfeito, para atenuar o tom impositivo do verbo, conforme se explica no artigo "Quereria e queria - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa" - um site de referência precioso para esclarecer dúvidas sobre a Língua Portuguesa.
Sim, sei... Mas gostaria é o condicional, não o imperfeito. Se calhar não precisamos do imperfeito aqui, porque o verbo gostar não é um pedido muito forte? Em qualquer caso, eu sinto a falta dos pastéis de nata...
Léo, sou professor de LP no Brasil e sempre ensino meus alunos sobre o "tem que X tem de", mas, parece que é como se não tivesse dito nada, pois não resolve. Além disso, há muito material impresso, de caráter acadêmico, bem como livros didáticos em que há essa ocorrência. No Brasil, ao menos, é raríssimo ver "tem de" escrito em algum lugar. Questionei a Academia Brasileira de Letras e fui respondido que está correto, embora as razões a correção eu não as lembre quais eram.
Ora, mas se está correto, por que ficar irritado com isso? Todo mundo fala do outro jeito e, estando correto, não há porque exigir o “tem de”. E mesmo se estivesse errado. Se todo mundo fala, tá valendo, o objetivo é se comunicar e as línguas mudam com o tempo, queria ou não.
@@martinopaiva8956 " *Se todo mundo fala, tá valendo* " Não está valendo nada. Em Portugal a maioria da população achava que "cônjugue" era a palavra correcta porque lembravam-se da expressão "leito conjugal" No entanto quem usa a palavra no dia a dia e de uma forma profissional, é que tem propriedade e autoridade para saber como é que a palavra se pronuncia... "cônjuge". A ignorância da maioria, só por ser maioria, não passa a ser correcta
Olá, estive em Lisboa a semana passada....eu recomendo que todos seus seguidores vão pra Portugal.... há muitos brasileiros lá e também outros lusofalantes.
Leo, que legal vc explicar o uso do.pretérito imperfeito no lugar do subjuntivo/condicional (gostava/gostaria). Eu nunca entendi esse uso, mas o aceitava como se fosse algo típico da gramática portuguesa, algo na linha do estar a ler (PT) / estar lendo (BR) ou perceber / entender. Enfim, depois da sua explicação, percebo/entendo que se trata de um erro Saudações do Rio de Janeiro
Aleluia! Sempre achei curioso esse uso do pretérito imperfeito pelos portugueses no lugar do futuro do pretérito (condicional) que aprendemos na gramática aqui no Brasil
Leo, no Brasil, é natural o uso do futuro do pretérito (condicional) em situações nas quais os portugueses usam o pretérito do perfeito, veja os ecemplos: Eu gostaria de pedir um pouco mais de molho (Brasil) x Eu gostava de pedir um pouco mais (ou "um bocadinho") de molho (Portugal).
@@gloriaobermark3410 como assim "a falta de gerúndio"? Os portugueses usam gerúndio, mas muito raramente e em outras situações, como em orações reduzidas de gerúndio. Se vc quis se referir a estrutura ESTAR + GERÚNDIO X ESTAR + PRÉ POSIÇÃO "A" + VERBO NO INFINITIVO, esta última é predominante em Portugal, contudo ainda é muito usado no sul de Portugal e, salve engano, na Madeira.
Muito bom canal para aprender mais da lingua portuguesa. Estou a começar a ver todos os seus videos. Agora estou a trabalhar no angola no campo da medicina. Saudaçoes dum cubano. 👍
Só essa palavra, mas eu acho q é normal "adverbiar" os adjetivos. Tem um nome pra isso na gramática, mas eu acho q não é errado. "Corro rápido ou lento" é mais comum de se usar do q "correr rapidamente ou lentamente"
@@antoniopera6909 acho que é pq gostamos de intensificar as coisas. Heheheheh... Nos anos 90, era comum escutar, inclusive, "Apenasmente". Hahahahahahh... Felizmente não se espalhou.
Há outros "erros" com pleonasmos como "eu ofereci-te o presente a ti" - aqui é desnecessário o "a ti" visto que já temos o "-te". Mas o reforço do pronome é muito frequente. Depois, ouço muitas pessoas usarem o condicional sem mesóclise, algo como "eu poderia-te dar o meu livro" ou "daria-me mais jeito no sábado". O uso do imperfeito como condicional penso que surgiu da semelhança dos verbos em -er/ir poderia-podia, quereria-queria, faria-fazia, etc. e depois uma analogia para os verbos em -ar (gostava por gostaria, p.ex.). É mais fácil dizer "podia" em vez de "poderia". No Brasil também há muitos outros "erros" que é usar o tu com conjugação de 3ª pessoa sing. tipo "tu fala, tu quer, tu pode", ou pronomes relacionados ao tu (te, ti) com tratamento por você: [você] pode ir, eu te vejo depois. Ou o "lhe" como objeto direto em vez de indireto: "eu lhe avisei", "eu lhe vi" em vez de "eu avisei-o" ou "eu vi-o/a" que usamos em Portugal.
Um linguista português e amigo meu diz que o presente do futuro é um tempo de origem erudita, que o povo sempre falou "ir no presente + verbo". Se isso é verdadeiro, então a mesóclise é eruditíssima! No Brasil, fica restrita à escrita e a ambientes muito formais. Esses dias, eu lia um artigo sobre algumas peças de Gil Vicente na qual sobejavam exemplos do uso da próclise em vez da mesóclise... Enfim, não me espanta que as pessoas comuns, em Portugal, possam preferir a ênclise à mesóclise e suspeito que o uso da mesóclise deva ter caminhado com a universalização da educação.
Olà, adoro os teus videos, ajudam-me a falar melhor cada dia. Sou francês, e gostaria que fizesses um video sobre medicina ou o vocabulàrio numa consulta. Sou mêdico desde pouco e jà vi em uns teus videos que estudiaste medicina. Ajudaria-me a falar com meus pacientes portugueses.
o que aprendi na universidade é que, na língua falada, o uso do imperfeito é correto. O uso do condicional no português europeu, sob o risco de soar pedante, está reservado apenas à linguagem escrita.
Tenho sentimentos contraditórios quanto à utilização do condicional. Por um lado, como francesa, é muito mais natural usar "gostaria" para mim, mas por outro lado o uso do imperfeito permite evitar a coisa mais assustadora que uma língua já inventou: a mesóclise 😅
@@carlacabrita3413 ela disse q o uso de "deixava" no lugar de "deixaria" é comum no Brasil, já que se dissesse "deixaria" ia ficar muito formal Mas esse "gostava" no sentido de desejo a gente nunca usa. É sempre "gostaria", "ia gostar" ou "iria gostar"
Muito bom o vídeo. Eu não sabia que os portugueses cometiam esses erros. Só farei uma defesa do pleonasmo. O pleonasmo passou a ser considerado "erro" ou "vício de linguagem" muito recentemente, acredito que dos anos 70/80 para cá (ao menos no Brasil). O pleonasmo sempre foi considerado uma figura de linguagem usada por muitos escritores e também por falantes nativos para enfatizar determinadas frases. Quando dizemos a uma visita: "vamos entrar prá dentro" enfatiza a gentileza do anfitrião ao se contrapor ao "vamos entrar" mecânico de hoje em dia. Abraços e sucesso.
Isso já é tálibalismo linguístico Então nestas frases: *Há muito tempo atrás comprei uma mota* *Há muito tempo daqui até ao natal* *Há muito tempo de intervalo entre o Carnaval e o Natal* Também tinha de se tirar "daqui" e "de intervalo"? Porquê? Está mal? Não, apenas reforça a ideia. Agora, se eu disser: "Entrar para fora" "Subir para baixo" Aqui sim, estas frases são contraditórias Mas pior que isso só o psicoticismo linguístico "a minha vida deu uma volta de 180º" Não, não deu. A expressão é 360º a vida não é nenhum objecto para dar voltas, a expressão é usada no sentido figurado.
Sinto te informar que pleonasmo nada tem de novo ou de anos 70, quando estudei anos 50 já era vicio de linguagem e mesmo em gramáticas do inicio do século já consta tal vicio. E mais, pelo que vi em comentários muitos não sabem que para tempo ocorrido se utiliza o verbo haver e para tempo futuro o verbo ter, por isto se diz "Tem muito tempo até o carnaval' e não "Há muito tempo até o carnaval". Por isto usar o 'haver" e dizer que é tempo passado é 'pleonasmo vicioso'.
O "há algum tempo atrás" foi o único erro que soou-me mal logo no inicio do video. O "ter que" e "ter de" no meu tempo de escola nas provas de avaliação ficava sempre hesitante qual delas usar.
Leo, primeiramente o parabenizo pelo seu canal e seu esforço em levar a língua portuguesa, em toda a sua diversidade, ao maior número de pessoas possível de forma acessível, porém, sem comprometer o conteúdo. Recentemente, li um livro publicado aqui no Brasil com o título de "Latim em pó- um passeio pela formação do nosso português" de autoria do tradutor Caetano W. Galindo que me abriu os olhos para essa coisa cambiante e viva que é a língua e de como o nosso idioma se originou do Serma Vulgaris, ou seja, do latim vulgar falado pelas pessoas simples de pouca instrução que, no entanto, deixaram sua marca indelével, transformando o latim naquilo que, séculos mais tarde, seria o idioma mais lindo que é o nosso português. Gostaria muito de ver uma conversa sua com este autor e também sugiro entrevistar o @glossonauta, um estudioso não só do português, mas também de vários idiomas e que tem uma perspectiva bem interessante sobre a língua portuguesa. Abraços fraternos do Brasil
Muito bom meu compatriota. Realmente, o português, ou portugales, ou portugalaico é idioma mais belo de todos... Quem dera falássemos todos como deveria ser falado nas ruas.
En el 1º ejemplo "tener de", en español sí utilizamos "tener que" como obligación y una variante con "de" sería "haber de" Ejemplo. " He de regar las plantas o se secarán" Equivalente a "tengo que regar las plantas o se secarán" ¡Buen Video Leo!
Muito curioso! Os casos de "gustaba" e "tener que/de" nunca ocorreriam em espanhol, eu acho. Aquele com "menor" está correto como você disse, e aquele com "há muito tempo atrás" nós o cometemos. Debe ser influencia del inglés, especialmente traducciones de películas y series tal vez...
De facto, esses são ótimos exemplos que diferenciam o português do Brasil e de Portugal. Todos eles são considerados gramaticalmente incorretos no Brasil e podem até mesmo dificultar a compreensão (como no caso da utilização lusitana do pretérito imperfeito no lugar do condicional/futuro do pretérito). A exceção seria apenas “ter que” e “ter de” que no Brasil também se utilizam de maneira indiscriminada. Porém, “ter que” não é gramaticalmente errado. Um era mais utilizado com a ideia de “dever” e outro de “obrigação”. Com o tempo, essas nuances desapareceram e se tornaram sinônimos. Obrigado pelo vídeo e grande abraço.
Muitas dúvidas quanto a ser considerado um erro o uso do pretérito perfeito no contexto indicado no vídeo. Não encontro essa evidência nem na gramática nem na escola, onde é aceite tanto na oralidade como na escrita. Mas bom exercício de reflexão, uma vez mais. Obrigada.
O exemplo dele tinha uma condição. Agora quando não há condicionantes, o pretérito imperfeito é adequado. Já o condicional requer uma condição e *não é um modo de tempo* ao contrário do que dizem no Brazil e até aqui em Portugal alguns professores de Português
Pode ser que "ter que" e "ter de" foram usados tanto em espanhol quanto em português no início, mas acabaram divergindo como outras palavras e frases. Em espanhol, muitas coisas que falam em português acabaram caindo em desuso com o tempo, e o mesmo aconteceu ao contrário.
3:38 Nana ni nani na não O pretérito imperfeito também pode ser usado para expressar desejos que venham do passado e que ainda os temos e que não estão concluídos, por isso é que se chama *imperfeito* . " *Gostava de ter uma gaja boa* " Sem espinhas... não há condicionantes nenhumas, não há cá "ah têm mau feitio... dão trabalho, gastam muito, são de alto risco de encornamento" Já a tua frase tem uma espinha "Gostaria imenso de fazer outro parecido *mas* aquele era um bocado longo" O "Condicional" não é um um modo de tempo. Para expressar desejos sem condicionantes que venham de trás o "pretérito imperfeito" é mais adequado. Agora... tanto o pretérito imperfeito como o condicional podem ser usados como modos de cortesia. - Gostava que me tirasse um café - Gostaria que me tirasse um café
😢 tenho uma licenciatura em línguas e culturas latinas,muitas linguísticas, muito latim.Essa forma de. Utilizar o imperfeito e válida .Chama se imperfeito de conveniência. Parabéns, gosto das suas aulas. Um abraço.
@@fernandapousada4220 Estou curioso... o imperfeito de conveniência é usado na frase: " *Gostava imenso de fazer outro parecido mas aquele era um bocado longo* " ? Realmente é um bocadinho diferente da definição que se dá ao Condicional, em que é necessário uma condição para que a acção se realize, nessa frase ele nem menciona explicitamente essa hipótese. Caso fosse escrita assim: " *Se o video fosse mais curto, gostaria imenso de fazer outro* " assim o condicional já seria válido certo? Estou curioso em saber a sua opinião.
Em espanhol, o mais correto é dizer “ Menor”. A palavra menor também tem o significado - o mais novo- O meu filho mais novo- mi hijo menor. Mais grande, no norte, pelo menos na minha zona, sim usamos mais grande/pequeno. Não é correto, mas é possível que o oiças. A minha avó Deolinda sempre dizia “ mais pequeno, mais grande”.
@@jorgefrbelo254 Temos que diferenciar entre linguagem formal e informal. Quando eu digo “ O mais correto seria dizer….” Estou a falar da linguagem formal . Essa linguagem académica que só usamos na escola, na faculdade, num trabalho intelectual ou quando temos que as autoridades a renovar o cartão de cidadão etc. Não podes usar a misma linguagem em cartas formais. No registo formal tens que usar uma escrita boa, se for possível sem erros. Na língua da rua, podes quebrar as regras, incluso falar gramaticalmente mal. A exigência não é a mesma. Eu não posso exigir que um padeiro saiba escrever, e falar tão bem como um profesor universitário. A linguagem é flexível na rua, mas na escola é rígida. Se um brasileiro me dizer “ tu vai no supermercado em vês de - Vais ao supermercado”, não tem muita importância. Eu percebo ( entendo) na mesma. Não é la muito correto, mas se as pessoas começam a copiar esse jeito de falar, então essa frase torna-se padrão.
No sé si seguir estudiando portugués o simplemente esperar que sea más parecido al español...de hecho, si abriéseis las e finales sería ya estupendo...es broma, me encantan estas lecciones, gracias
Existe um erro que vejo muito, principalmente na internet entre portugueses. Vou usar o verbo 'perceber' mas o erro não se resume somente a esse verbo, mas sim vários. É comum notar portugueses escrevendo 'percebeste' e 'percebes-te'. Ficam a separar com hífen quando na realidade é tudo junto e quando é de fato para ser separado, escrevem junto.
Léo, adoro ver seus vídeos porque você explica muito bem a gramática. Os mesmos erros que vcs cometem aí é o mesmo que cometemos aqui. Agora toda vez que a gente quer se referir a algo mais grande que o outro falamos "mais maior" lembro que pegava puxões de orelha da minha professora de redação a respeito disso 😂😂😂😂
@@RoseTeixeiraMRMT Kkkkk péssimo né, mas há liberdade poética quando se refira ao São Paulo Futebol Clube, apenas e unicamente neste caso, ele sempre será o mais maior.
é engraçado há erros de portugues que me fazem doer os ouvidos aqui em Angola, só um exemplo falando em menor aqui dizem " a minha irma menorA" para dizer " mais nova" mas os "erros" que citaste acho os tão "não erros" kkkk
Muito bom ! Léo, qualquer dia explica porque algumas palavras que têm a letra "b" são substituídas pela letra "v". Eu fiz uma breve pesquisa na internet sobre o assunto, mas gostaria de ouvir a tua explicação. Melhores cumprimentos.
Como alguém já comentou o gostar imenso que em Portugal dizemos tanto é na verdade também um erro porque imenso é um adjetivo e nós em Portugal usamo-lo como se fosse um advérbio. Foi uma amiga brasileira que me fez cair na conta disso. Obrigada pelo vídeo!
De acordo com dois dicionários online de português (priberam e infopedia), imenso também é um advérbio. Se foi um erro noutros tempos, já deixou de ser.
No português falado no Brasil também se fala comumente o "tem que", assim como o "há muito tem atrás"!!! Quanto aos demais "erros", o brasileiro fala "correto".
Mesmo já conhecendo, é sempre interessante ouvir uma explicação sobre estes erros! Partilho o meu maior 'pet peeve' (implicância soa mal, não?), que é na onda do "subir para cima": tenho um [amigo] meu. Até me arrepio quando ouço 😂
Certa vez um professor de língua portuguesa disse que "mais pequeno" podia ser usado quando houvesse uma comparação entre o mesmo sujeito. Exemplo: Eu era mais pequeno quando morava com minha avó.
Leo è proprio bravo. Pensare di fare un video per "sdoganare" gli errori del linguaggio comune è un'idea brillante e utile. Muito obrigado pelas tuas sugestões.
Bueno, el fenómeno que comentas en segundo lugar creo que técnicamente no se considera un error. Por lo menos desde un aspecto lingüístico (y dentro del marco filológico hispánico). Está claro que ese no es un uso recto del imperfecto, pero eso no significa que sea un error.
No Brasil só se usa o /mais pequeno/ ou /mais grande/ quando fazemos comparações de características no mesmo objeto ou ser. Ex: "O cachorro é mais grande do que feroz." "Minha casa é mais pequena do que grande." Quando usamos o grau comparativo de superioridade ou inferioridade entre objetos ou seres distintos usamos sempre a forma sintética /maior/ ou /menor/ Ex: "Meu cachorro é maior do que o do vizinho." "Minha casa é menor do que a sua."
Explicação nota dez! Eles dizem de forma genérica que, brasileiros falam mal o Português, mas vez por outra vejo algum português falando "mais grande ou mais pequeno". Acho que estão falando errado, mas...
Leo: Quero felicitá-lo pelos seus programas sobre a Língua portuguesa que eu vejo com bastante frequência. Aproveito para lhe pedir/sugerir que faça um explicando a forma correcta de agradecer. Custa-me muito ouvir tantas mulheres dizer" obrigado" e tantos homens agradecerem com "obrigada". Já desisti de corrigir porque ninguém muda. As outras línguas que conheço só possuem uma forma que dá para masculino e feminino. O português, infelizmente, possui mais esta dificuldade. Eu costumo dizer que quem agradece é porque está agradecido. Por conseguinte, uma senhora está agradecida, deve dizer "obrigada" e um homem se está agradecido, deve dizer "obrigado". Será que isto muda com as regiões ou simplesmente porque as pessoas se habituam de uma forma incorrecta?! Agradeço a sua atenção. Maria Júlia
depende de quem agradece, dizendo, Obrigado me sinto como homem em retribuir a ajuda que me deu ou obrigada me sinto como mulher em retribuir a ajuda que me deu
A noção de erro é uma questão complexa, e os erros dos falantes são inconscientes e involuntários. Quanto ao "gostava", lembro que em inglês o condicional se forma com 'would', que é o passado de 'will'.
Leo, o pretérito imperfeito tem muito que se lhe diga. Ao contrário do pretérito perfeito, o pretérito imperfeito é de facto um passado IMPERFEITO ou INACABADO porque em certas situações o desejo/vontade que vem do passado ou de um passado muito recente PRECISA DO FUTURO para ficar totalmente CONCLUÍDO ou NÃO. Exemplos: - QUERIA UM CAFÉ. O cliente tem um desejo num passado muito recente e pede um café ao empregado. No ato em que o empregado serve o café ao cliente, o desejo fica totalmente concluído/realizado. - ADORAVA IR AO JAPÃO. O desejo que já vem do passado poderá no futuro ser realizado ou ficará "inacabado" caso nunca chegue a ir ao Japão.
Acho que com "queria" é aceitável, mas esse "gostava, adorava" pra mim parece errado, porque o verbo "querer" indica desejo em qualquer tempo, já esse "adorar" precisa indicar o tempo em que você "adora", entendeu? No Brasil a gente usa "eu gostaria" ou "eu ia gostar" ou mais formal "eu iria gostar"
@@antoniopera6909 E o tempo está indicado ou não consegues ver o tempo ? O tempo é agora “ Eu gostava (agora) de ir ao Japão e não “ Eu gostaria ( amanhã ou daqui à 2 horas) de ir ao Japão.
"Eu gostava" significa que no passado eu tinho gosto por algo e no presente não gosto deste algo. Quando queremos dizer que numa situação hipotética futura gostaremos de algo devemos usar "eu gostaria". "Se eu viajasse a Paris": em um momento do futuro, caso eu viaje a Paris, "eu vou gostar".
📝 Descarrega o PDF desta lição: portuguesewithleo.ck.page/e937c8efd9
muito obrigado
Sou de São Paulo, Brasil, e estávamos ansiosos em receber amigos portugueses, então preparamos uma feijoada, ao chegarem as visitas eles disseram : a gente "gostava" muito de comer feijoada, ficamos preocupados, pois para nós, brasileiros, "gostava" significa que não "gostam" mais, demorou para entendermos, que o "gostava" deles significava "gostaria" rsrsrsrsrr
No Brasil usamos o condicional gostaria faria etc... mas quando se trata do verbo querer não usamos o condicional quereria e sim o preterito imperfeito queria. Por que abrimos exceção para o verbo querer ? Acho que por razões fonéticos, pois quereria soa muito formal e complicado. Percebe ?
@@josecarloslobatopasini528 Não tinha ideia dessa particularidade... mas é somente num registo coloquial?...
Em Portugal, o pretérito imperfeito do indicativo também funciona como uma alternativa ao condicional. Coloquialmente, é muito mais utilizado o primeiro enquanto que o último é mais utilizado em registo formal.
Eu já percebi isso no Brasil e em Portugal, o lógico seria usar o condicional como fazemos em espanhol mas fazer o quê? O uso é o uso.
@@edgarrodriguez8973Justamente!...🙂
Em português ocorre esta 'intermutabilidade' de tempos verbais para exprimir um determinado sentido... tal como acontece no castelhano.
Assim como no castelhano existem duas formas para o imperfeito do subjuntivo (desinências -se, -ra), em português pode acontecer algo semelhante, apesar de ser muito menos frequente e inclusivamente, usar-se o presente presente do indicativo para esse mesmo efeito.
A mesmo acontece com o condicional ao poder ser substituído pelo mais que perfeito.🙂
3;49 no Brasil ; "gostaria muito "
Sou Português e a questão do "mais pequeno" fez-me lembrar um momento que tive com duas amigas, uma Portuguesa e outra Brasileira. Estavam as duas a discutir entre o "mais pequeno" da Portuguesa e o "menor" da Brasileira quando eu entrei no conversa. Logicamente dei razão à minha amiga Brasileira, a minha amiga Portuguesa teve bloqueio total e durante muitos minutos não conseguiu reagir. Desde então ando a tentar erradicar o "mais pequeno" da minha cabeça. Ficou tudo bem entre nós os 3, depois disto a nossa amizade não ficou "menor", mas sim "maior".
e sobre o quê era ?
Meu marido sempre me diz que "mais pequeno" e "mais grande" é certo no Espanhol, mas não no português! Bom... Agora eu acho que tá td certo! Rsss
O uso de "mais pequeno" é perfeitamente correto em português, enquanto que "mais grande" não se usa...🙂
O uso da forma 'maior'/'mais pequeno', já deverá provavelmente remontar pelo menos a 1600s...
mas estives- te errado, não percebi a preferência pela brasileira, "porque mais pequeno", é na mesma menor...essas diferenças reivindicam os brasileiros...mas só quando convém?
Gostaria de olhar mais vídeos como esse. Muito obrigada Leo. Uma mexicana apaixonada por Portugal
gostava… ?
@@santodedeusadriano mas pá gajo você é muito parvo pá ora poisxxx pá
Falas bem português vou dar te uma dica vai para Moçambique lá também se fala bem português, também tens o Brasil,mas passa por Moçambique o português é seguro e masis forte lá.
Olhar não, é ver.
Leo, I learn a lot of Portuguese from you! You rock!
Gostei, no minuto 4:55, quando disseste: pergunta a qualquer brasileiro e ele DIR-TE-Á... Estrutura muita linda e característico da Portuguese language!
Só uma curiosidade: no Brasil, ninguém fala dessa forma. Sempre colocamos o pronome antes do verbo.
Ex.: pergunta a qualquer brasileiro e ele te dirá. As duas formas são aceitas pela norma-padrão, mas no Brasil sempre usamos no dia a dia o pronome antes do verbo.
"Dir-te-á" é formal.... É mais provável em Portugal dizer-se "ele vai dizer-te", "ele diz-te", etc. - um bocadinho diferente do Brasil.
WOW ! I got that too ! I studied in text books. Cannot believe I am reading your comment. I am fluent in either Brazilian or Portuguese for 35 years. English/Spanish bilingual. REGARDS !
Inexplicavelmente, eu como brasileiro passei a gostar do português europeu depois que comecei a acompanhar o portuguese with leo é muito legal oque a nossa língua e variada.
No Brasil todas as vezes que uma criança diz: mais pequeno ou mais grande, todos os adultos a até 20 km de distância corrigem a pobre criança de imediato. Vira um trauma para sempre e a criança fica 20 minutos calada. 😂
O que é uma estupidez, em Portugal acontece o mesmo com "mais grande".
Então , porquê que não corrigiram muitas outras coisa . E usar mais grande e mais pequeno não está errado, tudo depende como se usa e onde se usa .
Se estão à 20 km de distância, como é possível corrigirem de imediato? O certo era” corrigiriam”.
Muito Obrigada, te sigo desde Cuba estoy estudiando Portugués hace un mes por Duolingo pero solo tiene para Portugués de Brasil y gracias a tus consejos puedo estar más cerca de el lenguaje de Portugal, pronto estaré por allá y me a ayudado mucho
Esse "gostava" usado dessa forma confunde muito a nós, brasileiros! Visitei o Porto há muito tempo atrás (hahahaha nós também falamos assim) e foi um choque ter escutado isso pela primeira vez.
Minha irmã morava no Porto e ela me dizia que toda vez que ela falava "gostava", ela se explicava toda vez para tentar sanar a ambiguidade. Os amigos portugueses dela riam e falavam "nós entendemos! Sem problemas".
Sobre o "mais pequeno", para nós brasileiros, soa estranhíssimo. No português brasileiro essa forma não é aceitável.
De resto, nós falamos igual. "Tem que" é mais prevalente no português do Brasil que "tem de". Também costumamos fazer a redundância de falar "há muito tempo atrás".
Sou português nativo. Acho que as expressões "subir para cima" e descer para baixo" são perfeitamente possíveis.
Subir para cima de uma cadeira (para mudar a lâmpada); descer para baixo da cama (para me esconder).
Estes são só dois exemplos, mas há mais.
Possível é mesmo, aliás provável. Senão não trocas a lâmpada né haha boa
@@rafacorrea01 Como vês não sempre é errado. Tudo depende como se usa e em que contexto se usa , por isso é que é muito importante dominar à língua Portuguesa para não se dar “ calinadas “.
Я студент и изучаю португальскому языку в факультете. Тебе я благодарю для эту очень помогающему ролику. Огромно спасибо.
CTRL+Z
Zlava Russia!
@@oreper1 Se sostieni così tanto la Russia, perché non ci vai?
@@diogorodrigues747 la sostengo anche dall'italia!
@@diogorodrigues747 come il 70% degli italiani
Dificilmente, "há algum tempo atrás" (e estruturas similares) deve ter como origem/influência a estrutura equivalente em inglés, visto que é muito comum sua ocorrência na fala de muitos falantes de normais cultas no Brasil; aqueles que cometem o que se conhece como hipercorreção, por exemplo.
E, como a Variante Sul-Americana é autônoma em face da Ibérica, no que toca à sua transformação natural e diacrônica (sofrendo apenas infuência limitada e pontual do standard brasileiro, que, infelizmente, é um decalque do do Ibérico.), creio que suas razões para existir como tal esteja, justamente, na necessidade que o falante nativo tem em marcar esse suposto "reforço", haja visto que ele sente que apenas "há muito tempo" não expressa uma ação ocorrida no passado, logo a necessidade de se somar o "atrás".
Oi Leo, parabéns por mais um vídeo super informativo. Ao ouvir sobre o erro #2 lembrei que há um tempo escrevi sobre isto em um tweet pois achei muito interessante o que ocorre no Português de Portugal comparado ao do Brasil. Na minha região no Brasil costumamos usar o futuro do pretérito simples no modo condicional em pedidos como "Eu gostaria de fazer minha inscrição ...", o que expresa um desejo, como mencionaste no vídeo. E desde que cheguei em Portugal sempre acho curioso ouvir "Eu gostava de fazer ...", pois o mais comum pra mim é usar o pretérito imperfeito do indicativo para expressar algo que era habitual no passado. Fui investigar se as duas formas estariam corretas e vi que o pretérito imperfeito do indicativo pode também ser usado em pedidos, de forma a atenuá-lo, então gramaticalmente me parece que usar o "gostava" também é gramaticalmente correto...
Num outro lado da história, nós no Brasil também costumamos dizer "Eu queria fazer minha inscrição", e aí neste caso já estamos usando o pretérito imperfeito do indicativo ao invés de seguirmos com a regra de usar o futuro do pretérito simples no condicional, o que seria "quereria" (algo que NUNCA ouvi ninguém dizer por lá). Então, no fim, isto é mesmo mais uma questão de costume e o que soa melhor, como disseste no vídeo, e isto é o que torna tudo muito mais interessante :D
No português brasileiro falamos " gostaria muito", não falamos "imenso" com esse sentido. No passado em algumas regiões, principalmente no sul do país, também usávamos o pretérito imperfeito nesse sentido, mas praticamente caiu em desuso. Usamos o "ter que" e raramente o "ter de". Usamos o "há muito tempo atrás " da mesma forma que em Portugal e consideramos errado falar "mais pequeno, mais grande". Falamos menor e maior sempre.
Isso sem falar que o "imenso" após o "gostaria" seria substituido por "imensamente"
Mais um vídeo esclarecedor e humilde, sempre um prazer poder acompanhar este canal e conhecer mais sobre Portugal e nossa língua comum.
Bom dia ! Embora sendo brasileiro, acho interessante a pronúncia do português de Portugal, a fonética e coisas assim.😊😊🎉🎉👊✌🤘🤗🤗😉😀🇧🇷🌞🌄🇧🇷
Também acho lindo
Nos é interessante pela falta de contato com o idioma deles. O que não é recíproco. Pois eles são inundados com o nosso português. Somos esmagadoramente em maior número. Deveria haver mais abertura para que os escutássemos mais. É uma pena. O sotaque lá do norte extremo, que usam somente o Vós nas frases. Rapaz... É lindo e ultra-mega-difícil.
@@Helcinho O idioma é o mesmo
@@Helcinho
Exactamente exacto !
Podes crer !
@@gd_magnifico021
Sim, mas há três variantes do português.
O Português Europeu, o Português Africano e o Português Brasileiro.
Gente, eu estou aprendendo o português brasileiro há mais de 1 ano e moro no Brasil, ou seja que na escola, na rua, no mercado, etc tenho que falar português, mas o português do Portugal é difícil demais
Como nativo, tenho sempre cometido todos esses erros por ignorância, por isso a lição é bué útil pra mim. Obrigado 💪
Leo, poderia fazer um vídeo de palavras que só existem no Português e não tem semelhantes em outros idiomas? Abraços
Eu também percebo esses mesmo erros aqui no Brasil. 😁
A diferença é que nós somos profissionais kkkkkk
Excelente vídeo! De tanto ouvir, já estou falando e escrevendo "gostava" ao invés de "gostaria" hahha. É mesmo questão de costume 😄
Espera lá aí... rsrs
Não alteres, o assunto é mais complexo
Na escrita deve continuar a dar-se preferência ao que é mais correcto ...
Oi Cara!! sou do Brasil e Portugal é MARAVILHOSO!!! Ainda irei aí. Abraços!!! Seu canal é muito legal (Massa ou bacana!!!)
Não é maravilhoso
Bom dia Leo e obrigado pelo excelente vídeo, sempre tive curiosidade em saber sobre esses “erros” tão comuns aí em Portugal , tanto que não os via como tais.
Hi Leo! Thanks for the video! I am learning Portuguese and what you've listed as errors - ter que and past tense to express wishes - these things are mentioned in popular modern Portuguese textbooks as a language norm.
Uwielbiam Twój kanał.
Dziękuję Ci za Twoją pracę.
Pozdrawiam serdecznie z Polski.
A resposta deveria ser em português :)
@@Gonzo76Lx
Nie powinna.
Aí sim hein, o canal tá chegando em Marte kkkk
@@Gonzo76Lx , prá isto é que tem o Google...
OI LÉO!!!!!!!
PASSO POR AQUI PPARA LHE SUPER AGRADECER PELO SEU INCOMENSURÁVEL TRABALHO!!!!!!
VOCÊ VEM AJUDANDO MUITO MUITAS PESSOAS!!!!!
VOCÊ ESTÁ RECONQUISTANDO A LÍNGUA PORTUGUESA !!!!!!! SUA POSTURA EDUCADA, ÉTICA E SERENA CONQUISTA O CORAÇÃO DE TODOS OS SEUS SEGUIDORES!!!!!!!
ABRAÇOS AFETUOSOS E BEIJOS FRATERNOS!!!!!!
ADRIANA CYRINO DE MELLO RISAU RIBEIRÃO PRETO SÃO PAULO BRASIL
ADRIANA CYMERI FACEBOOK
Leo, parabéns por seus vídeos tão divertidos e esclarecedores. No Brasil seria mais natural dizer: gostaria imensamente de.... nunca usamos o adjetivo.
Mto complicado!! 😂
Excelente vídeo! Aqui no Brasil também nos valemos de uso coloquial de expressões similares
Oi Leo, sou brasileiro e gosto muito de ver conteúdos produzidos em Portugal, na Internet, e sempre me chamou a atenção o uso do pretérito imperfeito no lugar de futuro do pretérito ( que é como chamamos o condicional ,no Brasil), em especial o verbo gostar. Usar esse gostava, no lugar de gostaria, sempre criava uma compreensão diferente.
Sou fã do seu trabalho e já acompanho seus vídeos há quase dois anos.
Eu já uso só "ter de" graça ao teu aviso no vídeo anterior.
A proposito do conditional trocado por o imperfeito do indicativo, vi muitas lições e cursos que ensinavam "queria um pastel de nata" em vez de "quereria um pastel de nata".
Obrigada por falares sobre assuntos como esses que não são explicados muito frequentamente aos alunus mais iniciantes.
É curiosa essa observação, mas em nenhum país de lingua oficial portuguesa se utiliza "quereria" nesse sentido. 😄 Soa bastante bizarro!
Normalmente, em Portugal, usa-se "queria", "gostaria" ou "pretendia". Talvez por motivos de cortesia haja variação entre o uso do condicional ou do pretérito imperfeito, para atenuar o tom impositivo do verbo, conforme se explica no artigo "Quereria e queria - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa" - um site de referência precioso para esclarecer dúvidas sobre a Língua Portuguesa.
Sim, sei... Mas gostaria é o condicional, não o imperfeito. Se calhar não precisamos do imperfeito aqui, porque o verbo gostar não é um pedido muito forte?
Em qualquer caso, eu sinto a falta dos pastéis de nata...
@@sergiovieira1053
Mas também se pode dizer
" seria possível " ,
" poderia dar-me aquele ali " ,
etc ...
Quereria, usa-se na terceira pessoa do singular." Ele quereria dizer..." Já não é muito comum ouvir-se, mas usa-se.
Léo, sou professor de LP no Brasil e sempre ensino meus alunos sobre o "tem que X tem de", mas, parece que é como se não tivesse dito nada, pois não resolve. Além disso, há muito material impresso, de caráter acadêmico, bem como livros didáticos em que há essa ocorrência. No Brasil, ao menos, é raríssimo ver "tem de" escrito em algum lugar. Questionei a Academia Brasileira de Letras e fui respondido que está correto, embora as razões a correção eu não as lembre quais eram.
Ora, mas se está correto, por que ficar irritado com isso? Todo mundo fala do outro jeito e, estando correto, não há porque exigir o “tem de”. E mesmo se estivesse errado. Se todo mundo fala, tá valendo, o objetivo é se comunicar e as línguas mudam com o tempo, queria ou não.
@@martinopaiva8956 " *Se todo mundo fala, tá valendo* "
Não está valendo nada.
Em Portugal a maioria da população achava que "cônjugue" era a palavra correcta porque lembravam-se da expressão "leito conjugal"
No entanto quem usa a palavra no dia a dia e de uma forma profissional, é que tem propriedade e autoridade para saber como é que a palavra se pronuncia... "cônjuge".
A ignorância da maioria, só por ser maioria, não passa a ser correcta
Mas o Português do Brasil é uma coisa e o de Portugal é outra.
@@martinopaiva8956 Refiro-me ao emprego da norma culta, de quando os alunos precisam escrever.
@@sledgehog1 A gramática e a sintaxe são a mesma; o que há de diferente são as variações linguísticas.
Olá, estive em Lisboa a semana passada....eu recomendo que todos seus seguidores vão pra Portugal.... há muitos brasileiros lá e também outros lusofalantes.
Para os brasileiros GOSTAVA tb JAMAIS é utilizado para expressar desejo. Sempre GOSTARIA.
Nós já não, nós pensamos no desejo “ Agora “ e nunca num futuro próximo. Por isso é que usamos mais o pretérito imperfeito.
Leo, que legal vc explicar o uso do.pretérito imperfeito no lugar do subjuntivo/condicional (gostava/gostaria). Eu nunca entendi esse uso, mas o aceitava como se fosse algo típico da gramática portuguesa, algo na linha do estar a ler (PT) / estar lendo (BR) ou perceber / entender.
Enfim, depois da sua explicação, percebo/entendo que se trata de um erro
Saudações do Rio de Janeiro
Aleluia! Sempre achei curioso esse uso do pretérito imperfeito pelos portugueses no lugar do futuro do pretérito (condicional) que aprendemos na gramática aqui no Brasil
Idem com o "na minha opinião pessoal", "eu pessoalmente", etc.
Espetáculo de vídeo como sempre! Eu como Português coloco os teus vídeos no 1.25x. ahaha Grande Abraço!
No Brasil, o uso mais corrente TAMBÉM é a estrutura TER QUE; fenômeno conhecido como queísmo, muito repudiado pela gramática prescritivo-normativa.
Leo, no Brasil, é natural o uso do futuro do pretérito (condicional) em situações nas quais os portugueses usam o pretérito do perfeito, veja os ecemplos:
Eu gostaria de pedir um pouco mais de molho (Brasil) x Eu gostava de pedir um pouco mais (ou "um bocadinho") de molho (Portugal).
Quis dizer "pretérito imperfeito" ao invés do p. Perfeito.
Imperfeito do indicativo
Outra coisa interessante é a falta de gerúndio
@@gloriaobermark3410 como assim "a falta de gerúndio"? Os portugueses usam gerúndio, mas muito raramente e em outras situações, como em orações reduzidas de gerúndio. Se vc quis se referir a estrutura ESTAR + GERÚNDIO X ESTAR + PRÉ POSIÇÃO "A" + VERBO NO INFINITIVO, esta última é predominante em Portugal, contudo ainda é muito usado no sul de Portugal e, salve engano, na Madeira.
Muito obrigado pela a clarificação.
Muito bom canal para aprender mais da lingua portuguesa. Estou a começar a ver todos os seus videos. Agora estou a trabalhar no angola no campo da medicina. Saudaçoes dum cubano. 👍
*Em* Angola
Em "brasileiro" o item 2 fica "gostaria imensamente". "Gostava (ou gostaria) imenso" soa bastante estranho para nós.
Abraço!
Verdade! Nós usá-lo-íamos como advérbio! Boa observação!
Em português
@@gd_magnifico021 notou as aspas?
Só essa palavra, mas eu acho q é normal "adverbiar" os adjetivos. Tem um nome pra isso na gramática, mas eu acho q não é errado.
"Corro rápido ou lento" é mais comum de se usar do q "correr rapidamente ou lentamente"
@@antoniopera6909 acho que é pq gostamos de intensificar as coisas. Heheheheh... Nos anos 90, era comum escutar, inclusive, "Apenasmente". Hahahahahahh... Felizmente não se espalhou.
Os teus vídeos são excelentes! Gostamos imenso hahaha Obrigado, Léo!
Obrigado por voltar a fazer vídeos regularmente. Espero que continues
Olá meu professor de português de Portugal aprendendo através
Há outros "erros" com pleonasmos como "eu ofereci-te o presente a ti" - aqui é desnecessário o "a ti" visto que já temos o "-te". Mas o reforço do pronome é muito frequente. Depois, ouço muitas pessoas usarem o condicional sem mesóclise, algo como "eu poderia-te dar o meu livro" ou "daria-me mais jeito no sábado". O uso do imperfeito como condicional penso que surgiu da semelhança dos verbos em -er/ir poderia-podia, quereria-queria, faria-fazia, etc. e depois uma analogia para os verbos em -ar (gostava por gostaria, p.ex.). É mais fácil dizer "podia" em vez de "poderia".
No Brasil também há muitos outros "erros" que é usar o tu com conjugação de 3ª pessoa sing. tipo "tu fala, tu quer, tu pode", ou pronomes relacionados ao tu (te, ti) com tratamento por você: [você] pode ir, eu te vejo depois. Ou o "lhe" como objeto direto em vez de indireto: "eu lhe avisei", "eu lhe vi" em vez de "eu avisei-o" ou "eu vi-o/a" que usamos em Portugal.
Um linguista português e amigo meu diz que o presente do futuro é um tempo de origem erudita, que o povo sempre falou "ir no presente + verbo". Se isso é verdadeiro, então a mesóclise é eruditíssima! No Brasil, fica restrita à escrita e a ambientes muito formais. Esses dias, eu lia um artigo sobre algumas peças de Gil Vicente na qual sobejavam exemplos do uso da próclise em vez da mesóclise... Enfim, não me espanta que as pessoas comuns, em Portugal, possam preferir a ênclise à mesóclise e suspeito que o uso da mesóclise deva ter caminhado com a universalização da educação.
Olà, adoro os teus videos, ajudam-me a falar melhor cada dia. Sou francês, e gostaria que fizesses um video sobre medicina ou o vocabulàrio numa consulta. Sou mêdico desde pouco e jà vi em uns teus videos que estudiaste medicina. Ajudaria-me a falar com meus pacientes portugueses.
-Ajudaria-me-
Ajudar-me-ia
Ou ajudava me 😂😂😂
Olá. Sou o primeiro a ver e a comentar. Obrigado, presidente Leo!
😂😂
o que aprendi na universidade é que, na língua falada, o uso do imperfeito é correto.
O uso do condicional no português europeu, sob o risco de soar pedante, está reservado apenas à linguagem escrita.
Tenho sentimentos contraditórios quanto à utilização do condicional. Por um lado, como francesa, é muito mais natural usar "gostaria" para mim, mas por outro lado o uso do imperfeito permite evitar a coisa mais assustadora que uma língua já inventou: a mesóclise 😅
Eu utilizo o condicional, mas, tipo, tem vezes que eu falo tipo: “cara, eu não deixava barato se fosse comigo!”
@@anaceciliamascarenhas8788
Podes crer...😅
@@anaceciliamascarenhas8788 sim, o condicional as vezes pode soar muito formal, mas tem vezes q eu uso também
@@cezarbis803 Se percebeu explique-me por favor,eu não percebi.Obrigada.
@@carlacabrita3413 ela disse q o uso de "deixava" no lugar de "deixaria" é comum no Brasil, já que se dissesse "deixaria" ia ficar muito formal
Mas esse "gostava" no sentido de desejo a gente nunca usa. É sempre "gostaria", "ia gostar" ou "iria gostar"
Muito bom o vídeo. Eu não sabia que os portugueses cometiam esses erros. Só farei uma defesa do pleonasmo. O pleonasmo passou a ser considerado "erro" ou "vício de linguagem" muito recentemente, acredito que dos anos 70/80 para cá (ao menos no Brasil). O pleonasmo sempre foi considerado uma figura de linguagem usada por muitos escritores e também por falantes nativos para enfatizar determinadas frases. Quando dizemos a uma visita: "vamos entrar prá dentro" enfatiza a gentileza do anfitrião ao se contrapor ao "vamos entrar" mecânico de hoje em dia. Abraços e sucesso.
Isso já é tálibalismo linguístico
Então nestas frases:
*Há muito tempo atrás comprei uma mota*
*Há muito tempo daqui até ao natal*
*Há muito tempo de intervalo entre o Carnaval e o Natal*
Também tinha de se tirar "daqui" e "de intervalo"?
Porquê? Está mal? Não, apenas reforça a ideia.
Agora, se eu disser:
"Entrar para fora"
"Subir para baixo"
Aqui sim, estas frases são contraditórias
Mas pior que isso só o psicoticismo linguístico
"a minha vida deu uma volta de 180º"
Não, não deu. A expressão é 360º a vida não é nenhum objecto para dar voltas, a expressão é usada no sentido figurado.
@@lxportugal9343 kkkkk boa
Sinto te informar que pleonasmo nada tem de novo ou de anos 70, quando estudei anos 50 já era vicio de linguagem e mesmo em gramáticas do inicio do século já consta tal vicio. E mais, pelo que vi em comentários muitos não sabem que para tempo ocorrido se utiliza o verbo haver e para tempo futuro o verbo ter, por isto se diz "Tem muito tempo até o carnaval' e não "Há muito tempo até o carnaval". Por isto usar o 'haver" e dizer que é tempo passado é 'pleonasmo vicioso'.
O "há algum tempo atrás" foi o único erro que soou-me mal logo no inicio do video. O "ter que" e "ter de" no meu tempo de escola nas provas de avaliação ficava sempre hesitante qual delas usar.
Leo, primeiramente o parabenizo pelo seu canal e seu esforço em levar a língua portuguesa, em toda a sua diversidade, ao maior número de pessoas possível de forma acessível, porém, sem comprometer o conteúdo. Recentemente, li um livro publicado aqui no Brasil com o título de "Latim em pó- um passeio pela formação do nosso português" de autoria do tradutor Caetano W. Galindo que me abriu os olhos para essa coisa cambiante e viva que é a língua e de como o nosso idioma se originou do Serma Vulgaris, ou seja, do latim vulgar falado pelas pessoas simples de pouca instrução que, no entanto, deixaram sua marca indelével, transformando o latim naquilo que, séculos mais tarde, seria o idioma mais lindo que é o nosso português. Gostaria muito de ver uma conversa sua com este autor e também sugiro entrevistar o @glossonauta, um estudioso não só do português, mas também de vários idiomas e que tem uma perspectiva bem interessante sobre a língua portuguesa. Abraços fraternos do Brasil
Muito bom meu compatriota. Realmente, o português, ou portugales, ou portugalaico é idioma mais belo de todos... Quem dera falássemos todos como deveria ser falado nas ruas.
sim-sim melhor língua da terra, o Português do BRASIL
En el 1º ejemplo "tener de", en español sí utilizamos "tener que" como obligación y una variante con "de" sería "haber de" Ejemplo. " He de regar las plantas o se secarán" Equivalente a "tengo que regar las plantas o se secarán" ¡Buen Video Leo!
Muito curioso! Os casos de "gustaba" e "tener que/de" nunca ocorreriam em espanhol, eu acho. Aquele com "menor" está correto como você disse, e aquele com "há muito tempo atrás" nós o cometemos. Debe ser influencia del inglés, especialmente traducciones de películas y series tal vez...
Obrigado por ter me ajudar aprender falar português
*Português do BRAZIL, dominará o Mundo !! Facto !*
FaCto :)
Acredito embora lá
De facto, esses são ótimos exemplos que diferenciam o português do Brasil e de Portugal.
Todos eles são considerados gramaticalmente incorretos no Brasil e podem até mesmo dificultar a compreensão (como no caso da utilização lusitana do pretérito imperfeito no lugar do condicional/futuro do pretérito).
A exceção seria apenas “ter que” e “ter de” que no Brasil também se utilizam de maneira indiscriminada. Porém, “ter que” não é gramaticalmente errado. Um era mais utilizado com a ideia de “dever” e outro de “obrigação”. Com o tempo, essas nuances desapareceram e se tornaram sinônimos.
Obrigado pelo vídeo e grande abraço.
Gastaria imensamente, ai sim e mais bonito falar assim
Ai esse sotaque do Léo ❤😍 É como um doce que derrete na boca e ativa todos os sentidos 😅
Que comentário mais desnecessário.
é você quem decide os comentários alheios?
Vai ver se eu estou na esquina!
@@eletroarte3546 o moderador do canal que dita as regras. Sua opinião não serve para absolutamente NADA!
Hmm... 🤭
Muitas dúvidas quanto a ser considerado um erro o uso do pretérito perfeito no contexto indicado no vídeo. Não encontro essa evidência nem na gramática nem na escola, onde é aceite tanto na oralidade como na escrita. Mas bom exercício de reflexão, uma vez mais. Obrigada.
O exemplo dele tinha uma condição.
Agora quando não há condicionantes, o pretérito imperfeito é adequado.
Já o condicional requer uma condição e *não é um modo de tempo* ao contrário do que dizem no Brazil e até aqui em Portugal alguns professores de Português
Pode ser que "ter que" e "ter de" foram usados tanto em espanhol quanto em português no início, mas acabaram divergindo como outras palavras e frases. Em espanhol, muitas coisas que falam em português acabaram caindo em desuso com o tempo, e o mesmo aconteceu ao contrário.
Parabéns ! Excelente Trabalho! Votos de muito sucesso para si e para o canal!
Muito, muito interessante! Achei que ias falar também de "imenso" usado como advérbio em lugar de "imensamente".
Obrigado a ti Leo pela dedicação. Falas espanhol muito bem
Existe também a redundância de planos para o futuro, nunca se viu qualquer pessoa fazer planos para o passado.
3:38 Nana ni nani na não
O pretérito imperfeito também pode ser usado para expressar desejos que venham do passado e que ainda os temos e que não estão concluídos, por isso é que se chama *imperfeito* .
" *Gostava de ter uma gaja boa* "
Sem espinhas... não há condicionantes nenhumas, não há cá "ah têm mau feitio... dão trabalho, gastam muito, são de alto risco de encornamento"
Já a tua frase tem uma espinha
"Gostaria imenso de fazer outro parecido *mas* aquele era um bocado longo"
O "Condicional" não é um um modo de tempo. Para expressar desejos sem condicionantes que venham de trás o "pretérito imperfeito" é mais adequado.
Agora... tanto o pretérito imperfeito como o condicional podem ser usados como modos de cortesia.
- Gostava que me tirasse um café
- Gostaria que me tirasse um café
😢 tenho uma licenciatura em línguas e culturas latinas,muitas linguísticas, muito latim.Essa forma de. Utilizar o imperfeito e válida .Chama se imperfeito de conveniência. Parabéns, gosto das suas aulas. Um abraço.
@@fernandapousada4220 Estou curioso... o imperfeito de conveniência é usado na frase: " *Gostava imenso de fazer outro parecido mas aquele era um bocado longo* " ?
Realmente é um bocadinho diferente da definição que se dá ao Condicional, em que é necessário uma condição para que a acção se realize, nessa frase ele nem menciona explicitamente essa hipótese.
Caso fosse escrita assim: " *Se o video fosse mais curto, gostaria imenso de fazer outro* " assim o condicional já seria válido certo?
Estou curioso em saber a sua opinião.
Tudo muda mesmo. Para Camões o certo era estâmago...
Em espanhol, o mais correto é dizer “ Menor”. A palavra menor também tem o significado - o mais novo- O meu filho mais novo- mi hijo menor. Mais grande, no norte, pelo menos na minha zona, sim usamos mais grande/pequeno. Não é correto, mas é possível que o oiças. A minha avó Deolinda sempre dizia “ mais pequeno, mais grande”.
E por que é que dizes que não é correto?
@@jorgefrbelo254 Temos que diferenciar entre linguagem formal e informal. Quando eu digo “ O mais correto seria dizer….” Estou a falar da linguagem formal . Essa linguagem académica que só usamos na escola, na faculdade, num trabalho intelectual ou quando temos que as autoridades a renovar o cartão de cidadão etc. Não podes usar a misma linguagem em cartas formais. No registo formal tens que usar uma escrita boa, se for possível sem erros. Na língua da rua, podes quebrar as regras, incluso falar gramaticalmente mal. A exigência não é a mesma. Eu não posso exigir que um padeiro saiba escrever, e falar tão bem como um profesor universitário. A linguagem é flexível na rua, mas na escola é rígida. Se um brasileiro me dizer “ tu vai no supermercado em vês de - Vais ao supermercado”, não tem muita importância. Eu percebo ( entendo) na mesma. Não é la muito correto, mas se as pessoas começam a copiar esse jeito de falar, então essa frase torna-se padrão.
@@Theyoutuberpolyglot Onde está escrito que não é correto?
@@jorgefrbelo254 Não entendeste bem a minha mensagem. Tem um bom dia, Jorge.
No sé si seguir estudiando portugués o simplemente esperar que sea más parecido al español...de hecho, si abriéseis las e finales sería ya estupendo...es broma, me encantan estas lecciones, gracias
Broma? Aqui no Brasil é palavrão. Ou um ato muito íntimo sexual.
@@alietecosta691 no lo sabía...pues...digamos brincadeira...
@@alietecosta691 oi??? Nunca escutei "broma"
@@antoniopera6909 Tem um Google no teu celular? Talvez eu tenha entendido errado, imaginando a pronúncia da pessoa espânica.
Bem lembrado.
Existe um erro que vejo muito, principalmente na internet entre portugueses. Vou usar o verbo 'perceber' mas o erro não se resume somente a esse verbo, mas sim vários. É comum notar portugueses escrevendo 'percebeste' e 'percebes-te'. Ficam a separar com hífen quando na realidade é tudo junto e quando é de fato para ser separado, escrevem junto.
Muito interessante. Em romeno nós também usamos o hífen como em português e há muitas pessoas que fazem o mesmo erro.
Oxe ... Esquisito kkkk nunca notei
Mas isso é erro ortográfico ( na escrita ) .
@@gracasilver8574 é tbm acho, pq percebes-te é muito específico, como um "auto percebimento" kkkkkkk
É um erro de escrita/digitação, mas ao lermos soa praticamente igual. É similar a we're e were em inglês.
Que fixe! Este vídeo ajuda-nos muito! Fico grato.
Léo, adoro ver seus vídeos porque você explica muito bem a gramática. Os mesmos erros que vcs cometem aí é o mesmo que cometemos aqui. Agora toda vez que a gente quer se referir a algo mais grande que o outro falamos "mais maior" lembro que pegava puxões de orelha da minha professora de redação a respeito disso 😂😂😂😂
Kkkkkk mais maior
Mais maior é de doer.
@@RoseTeixeiraMRMT Kkkkk péssimo né, mas há liberdade poética quando se refira ao São Paulo Futebol Clube, apenas e unicamente neste caso, ele sempre será o mais maior.
@@rafacorrea01 😆
é engraçado há erros de portugues que me fazem doer os ouvidos aqui em Angola, só um exemplo falando em menor aqui dizem " a minha irma menorA" para dizer " mais nova" mas os "erros" que citaste acho os tão "não erros" kkkk
engraçado
Mas dizer à “ minha irmã menor” não está errado.
@@kappa2ou3 ¡ menorA !
Sou portugues e nunca ouvi dizer menora , tens a certeza que nao foi um caso isolado ?
@@santodedeusadriano Menora? Nunca ouvi isso na minha vida, só pode ser mentira.
Que lindo escucharte decir palabras en espanhol, en este teclado no consigo la nh :)
ese acento espanhol es gentino! Leo me ncantan tus videos
Muito bom ! Léo, qualquer dia explica porque algumas palavras que têm a letra "b" são substituídas pela letra "v". Eu fiz uma breve pesquisa na internet sobre o assunto, mas gostaria de ouvir a tua explicação. Melhores cumprimentos.
Normalmente isso é ao cotrario , no norte de portugal trocam o v pelo b ( ex baca e nao vaca) penso que é por influencia galega
Há muito tempo atrás, embora redundante soa melhor ao ouvido :)
Sobre o "há muito tempo atrás", esse termo é aceito quando estamos conversando, mas nunca quando estamos escrevendo.
Como alguém já comentou o gostar imenso que em Portugal dizemos tanto é na verdade também um erro porque imenso é um adjetivo e nós em Portugal usamo-lo como se fosse um advérbio. Foi uma amiga brasileira que me fez cair na conta disso. Obrigada pelo vídeo!
De acordo com dois dicionários online de português (priberam e infopedia), imenso também é um advérbio. Se foi um erro noutros tempos, já deixou de ser.
@@quietcatsim, muitos adjetivos podem ser adverbiados
Pelo menos eu aprendi que "correr rápido" é tão correto quanto "correr rapidamente"
@@antoniopera6909 Exato
Corres muito rápido.
Como corres? Corres rápidamente.
LÉO, tem razão,na escola eu aprendi o verbo imperfeito do indicativo,por isso nós portugueses , o utilizarmos! BOA LÉO,👍
No português falado no Brasil também se fala comumente o "tem que", assim como o "há muito tem atrás"!!! Quanto aos demais "erros", o brasileiro fala "correto".
Funfact: aqui em Portugal escrevemos "comummente" em vez de "comumente", tal como escrevemos "connosco" em vez de "conosco".
Obrigado Leonardo pelo conteúdo. 🤙🤝
Mesmo já conhecendo, é sempre interessante ouvir uma explicação sobre estes erros!
Partilho o meu maior 'pet peeve' (implicância soa mal, não?), que é na onda do "subir para cima": tenho um [amigo] meu. Até me arrepio quando ouço 😂
Eu arrepiava-me mas era se tivesses um amigo que não fosse teu
Certa vez um professor de língua portuguesa disse que "mais pequeno" podia ser usado quando houvesse uma comparação entre o mesmo sujeito. Exemplo: Eu era mais pequeno quando morava com minha avó.
Leo è proprio bravo. Pensare di fare un video per "sdoganare" gli errori del linguaggio comune è un'idea brillante e utile. Muito obrigado pelas tuas sugestões.
Muito devertido e currigidos os erros
Parabéns professor
Bueno, el fenómeno que comentas en segundo lugar creo que técnicamente no se considera un error. Por lo menos desde un aspecto lingüístico (y dentro del marco filológico hispánico). Está claro que ese no es un uso recto del imperfecto, pero eso no significa que sea un error.
No Brasil só se usa o /mais pequeno/ ou /mais grande/ quando fazemos comparações de características no mesmo objeto ou ser.
Ex: "O cachorro é mais grande do que feroz."
"Minha casa é mais pequena do que grande."
Quando usamos o grau comparativo de superioridade ou inferioridade entre objetos ou seres distintos usamos sempre a forma sintética /maior/ ou /menor/
Ex: "Meu cachorro é maior do que o do vizinho."
"Minha casa é menor do que a sua."
Explicação nota dez! Eles dizem de forma genérica que, brasileiros falam mal o Português, mas vez por outra vejo algum português falando "mais grande ou mais pequeno". Acho que estão falando errado, mas...
Obrigado. Acho os erros muito populares.
Leo:
Quero felicitá-lo pelos seus programas sobre a Língua portuguesa que eu vejo com bastante frequência. Aproveito para lhe pedir/sugerir que faça um explicando a forma correcta de agradecer. Custa-me muito ouvir tantas mulheres dizer" obrigado" e tantos homens agradecerem com "obrigada". Já desisti de corrigir porque ninguém muda. As outras línguas que conheço só possuem uma forma que dá para masculino e feminino. O português, infelizmente, possui mais esta dificuldade. Eu costumo dizer que quem agradece é porque está agradecido. Por conseguinte, uma senhora está agradecida, deve dizer "obrigada" e um homem se está agradecido, deve dizer "obrigado". Será que isto muda com as regiões ou simplesmente porque as pessoas se habituam de uma forma incorrecta?!
Agradeço a sua atenção.
Maria Júlia
Boa tarde , No português não muda com as regiões , será sempre obrigada quando uma mulher responder e obrigado para os homens ,
depende de quem agradece, dizendo, Obrigado me sinto como homem em retribuir a ajuda que me deu ou obrigada me sinto como mulher em retribuir a ajuda que me deu
A sua ilustração é perfeita, ou seja sou muito agradecida= obrigada ; sou muito agradecido = obrigado.
O correto é mulheres dizem obrigada ( agradecidas) e homens, obrigado ( agradecidos). Não a flexão na regra, é isso e acabou.
"Ter de" dizemos também em Galego
A noção de erro é uma questão complexa, e os erros dos falantes são inconscientes e involuntários.
Quanto ao "gostava", lembro que em inglês o condicional se forma com 'would', que é o passado de 'will'.
Adicionando ao ponto 4, o "tenho um amigo meu" é daquelas que também me fazem confusão
Eu fico passado que a mesóclise é espontânea em português europeu kkkkkkkk
Fui pego de sobressalto com o "dir-te-á"
Adoro a mesóclise.
Em Moçambique tem um pleonasmo que os moçambicanos alguns usam que é sair para fora
Também ocorre no Brasil...
Grazie per le tue specifiche.Nelle grammatiche e gli insegnanti dicono ter de=ter que punto e basta
Saperne di più del perché è molto interessante
Leo, o pretérito imperfeito tem muito que se lhe diga.
Ao contrário do pretérito perfeito, o pretérito imperfeito é de facto um passado IMPERFEITO ou INACABADO porque em certas situações o desejo/vontade que vem do passado ou de um passado muito recente PRECISA DO FUTURO para ficar totalmente CONCLUÍDO ou NÃO.
Exemplos:
- QUERIA UM CAFÉ.
O cliente tem um desejo num passado muito recente e pede um café ao empregado. No ato em que o empregado serve o café ao cliente, o desejo fica totalmente concluído/realizado.
- ADORAVA IR AO JAPÃO.
O desejo que já vem do passado poderá no futuro ser realizado ou ficará "inacabado" caso nunca chegue a ir ao Japão.
Acho que com "queria" é aceitável, mas esse "gostava, adorava" pra mim parece errado, porque o verbo "querer" indica desejo em qualquer tempo, já esse "adorar" precisa indicar o tempo em que você "adora", entendeu?
No Brasil a gente usa "eu gostaria" ou "eu ia gostar" ou mais formal "eu iria gostar"
@@antoniopera6909 E o tempo está indicado ou não consegues ver o tempo ? O tempo é agora “ Eu gostava (agora) de ir ao Japão e não “ Eu gostaria ( amanhã ou daqui à 2 horas) de ir ao Japão.
"Eu gostava" significa que no passado eu tinho gosto por algo e no presente não gosto deste algo. Quando queremos dizer que numa situação hipotética futura gostaremos de algo devemos usar "eu gostaria". "Se eu viajasse a Paris": em um momento do futuro, caso eu viaje a Paris, "eu vou gostar".