Moral, dispositivos do dever e criar uma ética na imanência (Luiz Orlandi - 2 minutos)

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  • Опубликовано: 12 янв 2025
  • Eu vou dedicar a minha vida, ficar aleijado, ficar sofrendo, tuberculoso e estudar. Você é capaz de desprezar sua própria dor e fazer dela um instrumento de seu trabalho, como fazia Nietzsche. Como se consegue fazer isso? São casos excepcionais? É isso mesmo, nós vivemos desses casos. Isso é ética, ética na imanência, não é moral que procura filiar-se a dispositivos do dever. O dever é uma coisa consciente. Tem que funcionar, sim, como é meu dever não fumar aqui. Eu posso cumprir isso tranqüilo.
    Sócrates dizia: eu cumpro a lei, embora dentro de mim eu não a respeite. Não respeitar a lei e cumpri-la. Pronto. Pega todos os mandamentos, não tem problema, isso é um jogo na consciência aqui, de convivência. Agora, além disso, é preciso criar uma ética. A moral te conecta com deveres, a ética te conecta com modos de vida, maneiras de estar - você está estudando, é pra radicalizar, é isso? É a moral de Nietzsche, e então entra agora a ética dele: o que você quiser, queira até a enésima potencia, custe o que custar, pra sua vida. Aí você está sendo ético. Claro, você pode ir pra pior ou pra melhor. Veja bem, não se trata de colocar a moral fora. A sua coexistência com as pessoas precisa das rédeas do direito e até de mandamentos, que o Spinoza muito atrevidamente transforma em receituário pra saúde.

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