enquanto não rola tem a gravação dessa live de lançamento de "No tremor do mundo: Ensaios e entrevistas à luz da pandemia" ruclips.net/video/DSnl8_ydWm8/видео.html
Comprei a psilocibina esse mês e estou estudando bastante para ter minha experiência. Tomo ayahuasca desde 2014 e digo que foi transformadora na minha vida, nas minhas atitudes e na minha postura com o mundo e com as pessoas a minha volta, me sinto mais conectada a natureza, as pessoas e até as coisas, vejo com mais clareza o que me incomoda e pq me incomoda, sou mais paciente com os outros, afinal cada um está no seu processo, a ayahusca me tornou mais humana e fraterna, me sentia muito superior e diferente dos outros, grande ilusão que eu mesma criei pra me proteger, me proteger de que? Tbm consegui tirar o ódio que sentia do meu pai do meu coração e hoje tenho uma relação de respeito com ele, além de ter tido alguns traumas expostos em sensação que sinto hoje que não os tenho mais, explorar nossa mente e nosso inconsciente é primordial para mantermos os pés no chão. Somos um universo inteiro de informações e sensações que estão aí para serem experiênciadas , vividas, integradas ao nosso cotidiano.
@@canalquenaovingou tem um site chamado pcubenis.com.br que é seguro, e o cogumagic.com.br tbm. Vendem desidratados ou em cápsulas para microdosagem tbm. Boa viagem
Parabéns pela abordagem professor, as drogas são politica de saúde publica isso já esta batido, mas nossa sociedade regressa insiste em tratar isso na esfera penal/criminal. A desinformação, os dogmas, e a hipocrisia habitam esse campo. Poucas personalidades publicas tem coragem e capacidade de tocar nesse assunto de forma lucida e concreta sem demagogia.
Eu amo os psicodélicos! São substâncias que já me ajudaram muito em resolver algumas questões comportamentais que me atrapalhavam que depois debati em terapias. Meu trabalho de conclusão da minha graduação em psicologia será sobre essas substâncias.
Obrigado por escolher minha pergunta para o vídeo professor!! Aqui em los Angeles já está bem avançado estás terapias assistidas com (cogumelos, LSD ou MDMA). Quando perguntei sobre as indústrias farmacêuticas foi também pelo fato de essas substâncias não terem o aspecto viciante pois, quando o paciente participa de uma sessão desta de terapia, ele não quer tomar outra dose no dia seguinte, pois como disse no vídeo após o uso do psicodélicos ainda permanece um “lastro” que perpetua, e os antidepressivos e antiancogenic vc tem que tomar todo dia causando vício e problemas neurológicos!! Grande abraço!!! 🙏🏼👊🏼
Oi Marcelo, aqui no Brasil aprovamos uma pesquisa recentemente. O Instituto Phaneros está liderando isso e nossos pesquisadores são muito cuidadosos e bastante geniais. Acabo de fazer um curso com eles e estou acompanhando....quem sabe uma hora, consigo me transformar numa pesquisadora, rs. Grata por seu depoimento.
A terapia psicodelica vem ganhando força nos EUA. Ja existem formações serias e profissionais disponíveis. Sou estudante de psicologia e bebo ayahuasca ha muitos anos. Os psicodelicos tem um poder imenso e acredito que sera a grande, se nao ja está sendo, revolução na saúde mental. Venho estudando e apostando nessa "abordagem".
Adorei sua explicação, de fato no meu caso com o uso de psilocibina, ocorreu exatamente isso, uma ressignificação do que é o prazer, ter a nítida compreensão de que existe em nós um estado mais elevado de consciência... E ao passo em que temos essa percepção tão rica, passamos a buscar uma transformação interna, simplificando certos condicionamentos que antes achamos "necessários", simplificamos muitas coisas, e passamos a sentir um bem estar nas coisas simples da vida, como a magia da alegria de uma criança... A psilocibina traz uma conexão direta com a nossa essência, com a energia telúrica da terra e com o cosmos, realmente é como uma "viagem" em que voltamos para o nosso estado de consciência mais elevado, pertencente a nossa essência... Com isso integramos tudo de uma forma mais amorosa e alegre, passamos a ter uma responsabilidade maior com nossa forma de viver a vida em com a gente mesmo e com a sociedade, passamos a ter uma percepção muito mais elevada sobre as energias, as que emanamos e as que recebemos... É um descortinar de realidade... Sou imensamente grata pela oportunidade de ter experenciado algo tão mágico e significativo para o nosso ser!!!
Eu estava fazendo terapia há 5 anos quando tomei ayahuasca pela primeira vez. Foi uma REVOLUÇÃO silenciosa na minha vida, em 6 meses tudo mudou. A terapia me deu uma base muito boa pra viver as experiências psicodélicas, e as experiências me ajudaram a aprofundar em pontos na terapia que eu nem imaginava. Passei a frequentar uma casa espiritual e hoje eu tomo ayahuasca a cada 4-5 meses, mas no começo era mensal e me ajudou DEMAIS.
Cabe lembrar que o Brasil é pioneiro e uma verdadeira potência na pesquisa com psicodélicos, muito por causa da não proibição da Ayahuasca e da Psilocibina para usos rituais aqui!
Sou indignado com o fato de que esse país lixo só considera o uso recreativo aceitável quando é feito por religiosos. A religião tem mais respeito do que o indivíduo. País desgraçado.
@@mariacanalnovo6073 garanto que numa roda de maconheiros as pessoas tem mais controle de si do que numa reunião do santo daime. É pq essa bosta dessa religião foi difundida por branco rico. Por isso ngm mexe. Isso acontece da msm forma com que a polícia sempre respeitou o espiritismo e vandalizava terreiros antigamente. Rico pode.
@@mariacanalnovo6073 o que está absolutamente errado pois um religioso não tem qualquer vantagem técnica ou ética sobre outro membro da população. Acho até que tem menos mas isso é outro assunto.
Achei muito bom Dunker ter abordado de forma tão ampla e aberta, fazendo um passeio despretencioso pela história moderna dos psicodélicos, provocando mais questões do que respostas. E claro, importantíssimo posicionamento político-social e ético com relação à guerra às drogas. Agradeço todas as sugestões de leituras. Agora Ronnie Von...kkkkk Com tantos músicos representantes da psicodelia no Brasil, tinha que ser ele?! Senti falta de uma exploração mais profunda de aspectos mais técnicos dos efeitos terapêuticos dos psicodélicos, ou do uso combinado com abordagens psicoterápicas ou psicanalíticas. Neste caso, não como um complemento proposto pelo psicanalista, algo que estou de acordo que não deve ocorrer, mas como uma prática do analisante, que leva à sua análise os conteúdos suscitados na experiência psicodélica, e com frequência, percebe que esta alavanca, catalisa aquela. Teriam as experiências psicodélicas a capacidade de "baixar a guarda" dos mecanismos de defesa favorecendo associações, insights, ab reações, promovendo desvelamento de conteúdos inconscientes e, portanto, efeitos "analíticos"? Outro tema que senti falta de ser abordado são as experiências não prazerosas com psicodélicos, mas que muitas vezes "ensinam" o psiconauta a lidar melhor com suas questões, ou compreender o que lhe ocorre no cotidiano, as ditas "peias necessárias " para os ayahuasqueiros, por exemplo. Enfim, muito ainda a se explorar entre a psicanálise e as medicinas ancestrais.
Obrigado por sua bagagem e por sua admirável horatoria Dunker. Relato: Tive um trauma aos 12 anos, que afetou profundamente meu processo de valoração simbólica, causando uma depressao profunda. Aos 14 ouve outro episodio marcante. Eu sabia aos 12 anos q estava com depressão(sou autodidata e aprendo muito rapido as coisas) passei os ultimos anos estudando sobre a mente e a vontade humana na filosofia e foi em Nietzsche que pude comprender como se formava os processos simbolicos morais, mais nao sabia simbolizar o que a causou ou acessar de fato o que foi aquele episódio. Hoje tenho 26 anos, e faz 06 meses que me vejo livre da depressão. A cannabis foi minha primeira experiência de um "restart" em valorar a vida novamente, depois foi o cogumelo, acredito que sao as melhores plantas para tratamento depressivo em doses pequenas e acompanhadas. Ainda na procura de entender e de uma possivel cura, ressignificar a experiencia traumatica e a vida, utilizei LSD, tomei algumas vezes em pequenas doses, ate chegar em 200ug, dose muito forte, esfregou minha cara no inconsciente, quase causando um processo dissociativo. Parei com o uso, depois de tempos tive contato com ayauaska, a busca ao tomar o chá foi "dissolver meu ego", no sentido de que o ego seria a casca de minha experiências, e eu precisava dissolvela para crescer alem dos meus traumas, essa experiência me levou a ter um contato com meu passado, reconciliei com meu eu ferido, com as pessoas que faziam parte desse passado, como na imagem de capa do video, eu boiava/flutuava nas emoções, nas neuroses do passado, de maneira amena, aconchegadora, reconciliadora, transfigurou o ódio de 14 anos em amor. O que levo com isso, medicamentos psiquiatricos tratam sintomas, plantas psicodelicas e endogenas, tratam os processos simbólicos e provavelmemte os processos de comunicacao neural, isso se levado de maneira acompanhada e com o intuito de cura. Sobre o relato, nao tenho bagagem descente sobre psicologia/ psicanálise, o que sei é, oque vejo de videos na internet, e meu relato esta baseado apenas em minha experiência pessoal. Sobre os psicodelicos, quem quer tomar por vontade de novas experiências, tomem micro doses e NUNCA mistirem com álcool. Quem quer tomar por cura, psilocibina e ayauaska são ao meu ver as mais efetivas em traumas profundos, lembrando que aqui relato sobre depressão, e SE PROCURA CURA, nao à cura sem expurgo, e o melhor deles é a TERAPIA.
Olá Gabriel, que baita relato corajoso e explicativo, posso te fazer uma pergunta? Se sim, neste tempo todo de sua busca, vice este sozinho ou acompanhado por psicólogo ou psicanalista? Queria saber o quanto o trabalho em dupla sem psicodélico te auxiliou em comparação ao trabalho usando o psicodélico (não sei se foi em dupla neste caso), para entender se em seu caso o processo analítico/psicológico foi um trampolim para busca mais aprofundada em psicodélicos ou se estava estagnando suas descobertas mais profundas :). Se puder responder agradeceria muito :)
@@Trabalhoinconsciente oi, posso responder sim! Apos meu segundo trauma aos 14, eu descrevia meu estado de espirito como pura angústia. Foi ai que meus pais levaram ao psicólogo, fiz 3 sessões, na terceira eu abandonei a sessao e mandei a pessoa a merda ( o terapeuta), segundo essa pessoa nao era minha responsabilidade oq acontecia em minha casa, de fato! E me disse que nao deveria me preocupar, falando de uma forma que deveria esquecer e "abandonar" aquele problema. Isso fez com que me afastasse de qualquer chance de uma terapia, decidi que iria achar eu mesmo a resposta do que causou aquele episódio. Enfrentei desde os 14 anos ate meus 25, aos 25 procurei uma terapeuta, apos ja f1 a 5 anos(a cannabis se tornou meu antidepressivo nesses ultimos 5 anos), apos ja ter tomado cogumelo esse me levou a sentir um sentimento de amor profundo a vida novamente, e quando voltei da "vibe" percebi que meu sistema neural estava condicionado ao um funcionamento debilitado. Apos os cogumelos tomei LSD, e foi após as 200ug que procurei a terapeuta, pois havia passado por um episódio, de contato profundo com as magoas do passado, so que sem nenhum processo simbólico para compreender sua totalidade e esse foi o perigo, pois quase dissociei completamente minha personalidade, foi quando ouvi uma menina conversando e ela falou " ...a meu pai, minha mãe..." e isso fez eu voltar a mim, pois eu nao lembrava quem eram meus pais ate aquele momento, eu estava em uma festa. Foi basicamente uma profunda bad trip de 8 horas. Fiquei por alguns meses "sequelado", disperso, atônito à realidade, com memória muito debilitada. Cheguei a terapeuta com a seguinte demanda " ou estou ficando esquizofrênico, ou tenho asperger" pois nao conseguia me comunicar com as pessoas. A duvida do asperger surgiu desde os 15 anos, tenho TDAH e um qi elevado porem nao sabia o quanto. Durante as primeiras sessoes fizemos uma avaliacao psicologica para eu poder me entender melhor, e assim prosseguir com a terapia, apos a avaliação a terapeuta conseguiu tirar a sensação de me sentir um et para com os outros, percebi que era inteligente e que estava em depressao profunda novamente, mais apos as 200ug eu nem cogitava isso. So achava que estava dissociando. Apos iniciar a terapia, em duas sessoes a terapeuta conseguiu tocar de fato na ferida, utilizando os desenhos e as avaliações como referencial explicativo, mostrou que eu era um neurótico depressivo. E entendi que para resolver precisava da boa cisão psicológica, consegui resolvi meu complexo de edipo, e após isso o terapia comecou a fluir muito bem. Porém decidi tomar o daime sem avisar minha terapeuta, após 06 meses de terapia, o daime me levou a um estado profundo com meu eu do passado, foram algumas "visoes" que surgiram, levei a experiência para a terapia, e após trabalhar essas visões eu consegui o devido impulso para a cura.
@@Trabalhoinconsciente todas minhas experiências com psicodélicos foram de vontade própria, sem nenhum acompanhamento (e isso é perigoso quando se quer tocar o vespeiro de seus traumas) antes de usar qualquer uma eu estudava a fundo os efeitos no corpo, para sempre ter consciência dos possiveis efeitos adversos e lidar com eles. Todas as experiências foram motivadas em aprender como funcionava meu eu em comparação ao conhecimento que tinha das substanciais, fiz disso para tentar criar um self talvez, poder enchergar meu eu escondido pela depressao profunda. As substâncias fez eu SENTIR, a terapia fez eu ENCHERGAR claramente o que sentia. Ou seja, a terapia ao meu ver foi sim o trampolim para boiar em minha cura, em um estado de vida amena e feliz novamente. O daime me ensinou a perdoar, fez eu SENTIR profundamente o que era amor e perdão, e se nao fosse eu sentir isso provavelmente nao conseguiria simbolizar como agir dentro desse amor e perdão. Após ter trabalhado as visões que tive no daime, decidi tomar medicação para ajudar a controlar as reatividades, tomei esc 10mg, durante 1 ano inteiro, e hoje faz 02 meses sem o esc, e 09 meses sem terapia( essa por falta de dinheiro), contudo faz 06 meses que vivo um estado de cura, onde as reatividades nao agem mais sobre mim, e onde voltei a ter controle da minha psique. Pretendo voltar a terapia futuramente, pois vejo que precisamos "por pra fora" e a maneira mais segura de se ter contato com sua feridas e por pra fora suas dores é na terapia, mais garanto que sem as experiências que tive a terapia teria sido muito demorada, pois minha "casca" era espessa demais para fazer sentir sem algum endógeno.
Contudo hoje fazem 1 ano que sai da casa dos meus pais, de fato não é possível ter cura no ambiente que te adoeceu. Se tiver alguma outra duvida é só mandar, espero que a resposta tenha sido elucidativa. Grande abraço :D
@@gabrielchescohuss9430 procure aqui no RUclips " O Corpo Explica " .... Análise corporal esclareceu todos meus conflitos , entendi mãe e pai e minhas atitudes .
Cristian, MALUCO, eu estou tendo uma experiência foda de ouvir esse seu vídeo, trazendo suas reflexões sobre todo esse conteúdo. Que foda!!! Puta abordagem!!!
Querido Dunker, sempre achei que os psicodélicos eram bons para os neuróticos e contra indicados para psicóticos. Eu gostaria muito de uma medicação que me mantivesse em contato com a realidade mas não produzisse tanto sofrimento. Eu não sabia que os antidepressivos produziam problemas neurológicos a longo prazo. Sempre acreditei muito na psicoterapia e na possibilidade dela em fazer a mesma coisa que os psicodélicos.
Sid Barret e Pink Floyd.. Arnaldo Baptista e os Mutantes.. Serguei.. Jefferson Airplane.. The Doors.. grandes nomes da psicodelia sonoro-musical mundial...
Professor pode falar sobre a criminologia em Lacan e o desejos que sao postos no ato e como esse ato se difere nas diversas estruturas perverso, psicótico e paranoico
Eu confesso que tenho muita curiosidade pela experiência com psicodélicos, tenho muitos amigos que relatam mudanças incríveis na percepção da vida depois do uso, mas ao mesmo tempo fico com o pé atrás por temer as consequências em mim, se serão transformações positivas ou negativas. Por isso prefiro adiar até me sentir bem pra entrar nesse novo tão enigmático.
Já utilizei LSD mas não um inteiro foi coisa de 1/2, e cara a experiência foi incrível pqp, as cores ficaram tão vivas mais forte, eu estava tão feliz mas muito mesmo eu não parava de sorrir, eu dançava sem parar, eu utilizei em uma dessas culturas que ele citou que é da musica eletrônica. Se for usar use pouco e com amigos, tente não misturar com bebida coisa do tipo, se permita a estar aberta a novas experiências e não esteja triste pois ele pode intensificar isso (tu pode ter a famosa bad trip). Obs: eu costumo não misturar qualquer tipo de drogas com bebidas alcoólicas ou outros tipos de drogas, mas isso vai da pessoa.
dunker.....eu usei a psilosabina como forma de me ajudar a a entender a perversão (negação) como defesa a um trauma infantil. Um médico com desejo de ser um com analisando e responsável com a minha parte do latifúndio que me queixa. Usei meu conhecimento médico para ajudar a entender a negação. Compartilho isso como forma de amor.
Esse vídeo ficou muito bom, gostei principalmente da parte sobre como algumas culturas e religiões usam, não só os psicodélicos, mas também a música para induzir um estado alternado. Sobre o uso com pacientes terminais, fiquei bem impactado, se os psicodélicos conseguem ter um efeito até nesse tipo de caso mais extremo, tá claro que falta mais pesquisa sobre o tema.
Olá, Professor. Gostaria tb de trazer à conversa o termo "Dissolução do Ego" que é frequentemente mencionado nos relatos de experiências psicodélicas. Acho que a essa sensação de contato com o Divino pode ter a ver com esse fenômeno tão particular na vida de uma pessoa. É tb comum que em rituais como da Ayahuasca a experiência seja bastante penosa, com vômitos e mal estar geral, porém ao decorrer das horas a pessoa passa a resolver suas questões emocionais e psicológicas internamente e ao fim do ritual, sente-se resolvido(a), leve e com sensação de liberdade e renovação. Vejo aqui um paralelo entre o Terapeuta e o chamã. É como dizem: "5 anos de terapia contidos em 5 gramas". hahah! Ah! fiquei tb muito curioso para saber como é sua experiência pessoal com essas subtâncias. conta aí pra gente!
Paulo Mendes de Campos, escritor, chegou a publicar relatos no Jornal O Globo, sobre seu tratamento com LSD-25 com Dr. Murilo. Vários intelectuais faziam uso, em consultórios nos anos 60.
13:40 Sensacional lembrar os atabaques paralelos aos psicotrópicos, com certeza são instrumentos que quando devidamente manejados, são capazes de produzir estados muito além da consciência.
É ótimo ver q há o crescimento de uma nova mentalidade sobre as substancias psicoativas. Mas é necessário q essa discussao s aprofundece se alastre. Tanto pela resistência de uns quanto pela empolgação de outros. Comunguei ayahuasca por muitos anos, de forma regular, e cheguei a ver umas poucas vezes situações esquisitíssimas, com a pessoa incapaz de deixar a experiência (q estava sendo muito ruim para ela). Talvez existam cuidados prévios necessários ou contraindicação para pessoas c certas configurações psíquicas, nao sei. Outro aspecto preocupante, ao meu ver, é o comércio de rituais de ayahuasca em festivais específicos, geralmente a preços absurdos, com muita ênfase na religiosidade "new age" e capitaneada por europeus e estadunidenses (capitalismo oaskeiro neocolonialista)
A experiencia com cogumelos foi uma das experiencias mais profundas e importantes em minha vida ... As vezes fico imaginando se alguem como o próprio Christian D. usasse rsrsr O que será que ele teria a dizer após
Pensando no sentido de renascer/reboot após uma forte experiência, de se separar de uma versão anterior e aprender a andar de novo. Acho que vai curtir o livro Paixão Segundo GH da Clarice Lispector, se ainda não leu.
Poisé, por ser uma experiência que altera nossa relação com a linguagem, ao tentarmos narrar a experiência se perde algo de real. Podemos comparar com a deformação onírica entre conteúdo latente e manifesto.
é interessante esse fator da questão cultural do uso das substâncias psicodélicas, isso em relação a questão de transformação. Me parece que o lugar dita o caminho a ser seguido, é como a carnavalização de Bakhtin, na qual o contexto (de transformação) é a cultura popular medieval. Parece que o ser humano sempre está em busca de algo para transformar a nossa angústia, uma vida após a morte, "uma segunda vida no carnaval" somente a linguagem ou a arte nos salvará dessa angústia?
incrível! que vídeo incrível! parabéns Christian ♥ recomendo também a leitura do livro História Social do LSD no Brasil, do Júlio Delmanto, editora Elefante :) aproveitando o comentário, gostaria de perguntar, caso eu ainda não tenha visto no canal, como funciona a questão do hábito na ótica da psicanálise? sou péssimo em manter rotinas e esbarro também com muita gente sem conseguir criar um hábito de leitura, por exemplo, gostaria de entender quais são as possíveis questões envolvidas nesse processo. forte abraço!
Vídeo essencial para leigos, incrível para estudantes e corajoso para a Academia e medicina mais retrógrada e antiquada em inovações. Porém o vídeo bate de frente con a política atual do Brasil, covarde que ao invés de entender tenta construir obstáculos as pesquisas e terapias com psicodélicos, tanto quanto as polícias com as drogas recreativas, afinal o sistema precisa se retroalimentar para continuar tendo dinheiro e poder, não? Se reconhecerem que a famosa “guerra contra as drogas” foi uma piada criada para drenar dinheiro público… o encarceramento em massa era desnecessário e todos nós compactuamos com isto, como o Brasil reagirá? Estudo psicanálise e faço cursos sobre psicodélicos em tratamento de trauma, cada dia mais vejo que droga é uma construção cultural e social, tem pouco de ciência ou saúde aí, apesar de poder ajudar a piorar dores emocionais e a limitar o crescimento da psique livre e saudável, se usada de forma irresponsável. Porém eu mesma cresci aterrorizada com drogas e jamais cheguei perto pq fui educada para temer e acreditar em crendices, hoje temos dados e pesquisas seríssimas e deveríamos acordar! Brasil é liderança em pesquisas com psicodélicos e mesmo sem apoio governamental (deste governo atual negacionista então nem pensar) está conquistando cada vez mais reconhecimento e sucessos no Exterior e aqui… pessoas estão voltando a viver, não apenas continuam sobrevivendo graças a estes pesquisadores sem ajuda. Imagina se o Brasil acordasse, votasse direito e lesse a respeito? Onde estaríamos na pesquisa científica deste tema e de outros paralelos como encarceramento em massaX educação e ressocialização? ;)
Vc poderia indicar onde achar esses cursos sobre tratamento de traumas com psicodélicos? Estou me formando em psicologia e gostaria muito de aprofundar-me nessa área!
@@viniciuslisboa8937 Oi Vinícius, antes de mais nada está técnica não é permitida no Brasil, ainda, está apenas permitida se ligada a um centro de pesquisas e para produção de saber científico. Então maioria do conhecimento nesta área eu encontrei nestes livros e autores que o Dunker indicou, e nos professores da Unicamp liderados pelo Tofoli que são feras na área e tem mini cursos espalhados. Fiz um curso ano retrasado com o Sidarta que não existe mais, mas os livros e mini cursos dele são essenciais tb. O curso mais novo e específico que temos hj em dia é do Instituto Phaneros, sugiro olhar no calendário deles pq todo ano abre inscrição mas é um processo seletivo bem puxado pq eles são pesquisadores pioneiros e autorizados na area, eles fazem mini cursos sempre sobre atualizações e novas pesquisas nas nada que você possa clinicar, apenas para estudo mesmo, mas caso passe no processo seletivo poderá atuar com as pessoas em tratamento nos grupos ;).
Olá professor como você enxerga a relação entre o discurso religioso cada vez mais usado para o tratamento da dependência química no Brasil, como nas clínicas que adotam este viés, e os grupos de ajuda mútua que preconizam uma abstinência total das drogas? O que o Brasil pode aprender com as experiências de alguns países na Europa que alinharam de forma mais honesta políticas públicas na perspectiva de redução de danos?
Excelente, o set religioso e o set terapêutico tem demonstrado que expansão d a consciência é um processo intrínseco ao ser humano. Um direito. Com o devido cuidado com pessoas sensíveis. sensíveis,
fiquei pensando na questão que a psicanálise coloca de que trabalhamos com transferência e resistência. usando uma substância p ajudar num processo não estaríamos tentando tirar a resistência do processo? a questão que você colocou da neurose de guerra ou outros traumas, me faz pensar no que Ferenczi disse da clivagem e no manejo transferêncial, onde a empatia, acolhimento, nem sempre estão presentes numa análise estritamente lacaniana. no que disse de paciente terminais, fiquei pensando que nem sempre uma psicanálise seria o indicado, não? estou me referindo mais à psicanálise, do que às outras terapias. Abç
Aproveitando a onda de psicodélicos gostaria de perguntar se existe uma perspectiva na psicanálise que olha para a relação de afetos e uso e escolhas de substâncias…Posso afirmar vagamente que já ouvi algo referente a escolha do uso (e abuso) de estimulantes (do café a cocaína) com a busca de significado - seeking. Não quero extender meus exemplos pois eles são poucos embasados, mas tenho interesse sobre esse tipo de interpretação e analise. Obrigada pela generosidade e didática desse canal.
Camarada Dunker! O psicotrópico (valium, rivotril), como experiência apartada de uma narrativa, não é um bom exemplo de reificação - no sentido de substituição de uma relação entre pessoas socialmente mediada (ex. ligação com o divino via experiencia psicodelica) por uma relação entre coisas (receita do médico se traduzindo na compra de uma mercadoria na farmácia - rivotril)? Aliás, não valeria um video sobre reificação e psicanalise algum dia?
Dunker anos atras li um livro que hj me foge a memória seu nome, mas nele continham relatos de pessoas que descreviam desde o primeiro ato - dentre eles, a injestao de algo - em busca do encontro com o outro. Nunca me esqueço do relato de uma mulher sobre sua primeira experiencia, que no caso foi em um missa onde ela tomou pela primeira vez uma hóstia. Vou pesquisar e trazer aqui o nome do livro.
excelente vídeo! professor, revisitei alguns vídeos antigos e me parece que sua comunicação e didática mudaram bastante desde o início do canal. você consideraria retomar algumas temáticas que já foram abordadas por aqui, só que de uma nova forma? um abraço!
Incrível o vídeo, professor sempre falando muito bem. Vários filmes muito bons, quero incluir nessa lista o "Trainspotting" (1996). Gostei das sugestões dos livros. Obrigado.
Bom dia professor. Refaço aqui uma pergunta que já fiz de outras formas. Gostaria de saber quais são o estatuto, o papel e a legitimidade da narrativa pessoal na psicanálise. Leio por toda parte que, por exemplo, na neurose obsessiva a narrativa é mobilizada geralmente no intento de "manter o analista imóvel" - e, nesse sentido, se entendo bem, impedir o lapso propriamente revelador e pertinente para o analista. E se a neurose obsessiva é mesmo um "dialeto da histeria", faria sentido dizer que a narrativa trabalha para - ou é uma forma da - fantasia? O que resta(ria) da "identidade narrativa" de alguém depois da "travessia da fantasia"? Em suma, o quanto alguém pode(ria) "se identificar" com as histórias que conta (e escuta) sobre si mesma sem que isso se constitua como reforço dos contornos da fantasia? Grande abraço!
Professor será possível que os ratos da ratolandia, quando não estavam usando heroína, consideravam os ratos q estavam usando desagradáveis, e assim, chegasse a pensar em não usar pra não ser desagradáveis tb?
Professor você poderia fazer um Desejo em Cena sobre o filme O Grande Gatsby (Luhrmann B. O Grande Gatsby. Warner Bros. Pictures, 2013. 143 min.). Obrigado.
Obrigado por esse conteúdo professor, tô sempre acompanhando. Já que falei a respeito dos psicodélicos, qual a sua visão para o tratamento da dependência química via abstinência total, tipo AA ou NA, ou acredita que só através da redução de danos? O que a psicanálise trata a respeito deste tema.
Interessante. Tenho duas recomendações e uma pergunta. As recomendações, Walter Benjamin, O protocolo de drogas dele, mas conhecido com o texto Haxixe em Marsella e Marcus Boom, The road of excess. Mas minha pergunta é: você já comentou ou poderia comentar sobre o livro do David Cohen chamado Freud e a cocaína.
É possível ter uma experiência muito próxima daquelas com psicodélicos, sem ter feito uso de nenhuma substância? Uma mudança radical nas sensações, na leitura do mundo, ab-reação de afetos, etc?
Muito boa sua reflexão, a legalização de maconha e psicodélicos protege mais os jovens, que iriao consumir drogas adulteradas atraves de traficantes. Também iria diminuir a criminalidade.
Passou da hora de promovermos o encontro do Grande Christian Dunker com o Grande Sidarta Ribeiro. Há mais em comum do que possamos imaginar...
Sidarta e Tofoli
seria maravilhoso! nem tenho roupa pra esse tipo de evento!
@@lininhamonfra kkkkk, nem eu!
enquanto não rola tem a gravação dessa live de lançamento de "No tremor do mundo: Ensaios e entrevistas à luz da pandemia"
ruclips.net/video/DSnl8_ydWm8/видео.html
Comprei a psilocibina esse mês e estou estudando bastante para ter minha experiência. Tomo ayahuasca desde 2014 e digo que foi transformadora na minha vida, nas minhas atitudes e na minha postura com o mundo e com as pessoas a minha volta, me sinto mais conectada a natureza, as pessoas e até as coisas, vejo com mais clareza o que me incomoda e pq me incomoda, sou mais paciente com os outros, afinal cada um está no seu processo, a ayahusca me tornou mais humana e fraterna, me sentia muito superior e diferente dos outros, grande ilusão que eu mesma criei pra me proteger, me proteger de que? Tbm consegui tirar o ódio que sentia do meu pai do meu coração e hoje tenho uma relação de respeito com ele, além de ter tido alguns traumas expostos em sensação que sinto hoje que não os tenho mais, explorar nossa mente e nosso inconsciente é primordial para mantermos os pés no chão. Somos um universo inteiro de informações e sensações que estão aí para serem experiênciadas , vividas, integradas ao nosso cotidiano.
Que lindo seu relato.
Muito obrigada!
Olá. Aonde você comprou?
Tenho receio de comprar em local não confiável. Obrigado.
@@canalquenaovingou tem um site chamado pcubenis.com.br que é seguro, e o cogumagic.com.br tbm. Vendem desidratados ou em cápsulas para microdosagem tbm. Boa viagem
@@nayararamos9564 obrigado
@@nayararamos9564 "pcubensis" certo?
Não é a experiência de um " barato" mas insight de percepção e conscientização.
Parabéns pela abordagem professor, as drogas são politica de saúde publica isso já esta batido, mas nossa sociedade regressa insiste em tratar isso na esfera penal/criminal. A desinformação, os dogmas, e a hipocrisia habitam esse campo. Poucas personalidades publicas tem coragem e capacidade de tocar nesse assunto de forma lucida e concreta sem demagogia.
Eu amo os psicodélicos! São substâncias que já me ajudaram muito em resolver algumas questões comportamentais que me atrapalhavam que depois debati em terapias. Meu trabalho de conclusão da minha graduação em psicologia será sobre essas substâncias.
"a melhor maneira de viajar é sentir" Álvaro de Campos
Obrigado por escolher minha pergunta para o vídeo professor!! Aqui em los Angeles já está bem avançado estás terapias assistidas com (cogumelos, LSD ou MDMA). Quando perguntei sobre as indústrias farmacêuticas foi também pelo fato de essas substâncias não terem o aspecto viciante pois, quando o paciente participa de uma sessão desta de terapia, ele não quer tomar outra dose no dia seguinte, pois como disse no vídeo após o uso do psicodélicos ainda permanece um “lastro” que perpetua, e os antidepressivos e antiancogenic vc tem que tomar todo dia causando vício e problemas neurológicos!!
Grande abraço!!! 🙏🏼👊🏼
E é no vício que destes remédios psiquiátricos que as indústrias farmacêuticas lucram e muito!!
Oi Marcelo, aqui no Brasil aprovamos uma pesquisa recentemente. O Instituto Phaneros está liderando isso e nossos pesquisadores são muito cuidadosos e bastante geniais. Acabo de fazer um curso com eles e estou acompanhando....quem sabe uma hora, consigo me transformar numa pesquisadora, rs. Grata por seu depoimento.
@@eliborba3973 eu queria tanto ser voluntário! Haha
A terapia psicodelica vem ganhando força nos EUA. Ja existem formações serias e profissionais disponíveis. Sou estudante de psicologia e bebo ayahuasca ha muitos anos. Os psicodelicos tem um poder imenso e acredito que sera a grande, se nao ja está sendo, revolução na saúde mental. Venho estudando e apostando nessa "abordagem".
Adorei sua explicação, de fato no meu caso com o uso de psilocibina, ocorreu exatamente isso, uma ressignificação do que é o prazer, ter a nítida compreensão de que existe em nós um estado mais elevado de consciência... E ao passo em que temos essa percepção tão rica, passamos a buscar uma transformação interna, simplificando certos condicionamentos que antes achamos "necessários", simplificamos muitas coisas, e passamos a sentir um bem estar nas coisas simples da vida, como a magia da alegria de uma criança... A psilocibina traz uma conexão direta com a nossa essência, com a energia telúrica da terra e com o cosmos, realmente é como uma "viagem" em que voltamos para o nosso estado de consciência mais elevado, pertencente a nossa essência... Com isso integramos tudo de uma forma mais amorosa e alegre, passamos a ter uma responsabilidade maior com nossa forma de viver a vida em com a gente mesmo e com a sociedade, passamos a ter uma percepção muito mais elevada sobre as energias, as que emanamos e as que recebemos... É um descortinar de realidade...
Sou imensamente grata pela oportunidade de ter experenciado algo tão mágico e significativo para o nosso ser!!!
Obrigado por compartilhar tua experiência linda com a gente!
Eu estava fazendo terapia há 5 anos quando tomei ayahuasca pela primeira vez. Foi uma REVOLUÇÃO silenciosa na minha vida, em 6 meses tudo mudou. A terapia me deu uma base muito boa pra viver as experiências psicodélicas, e as experiências me ajudaram a aprofundar em pontos na terapia que eu nem imaginava. Passei a frequentar uma casa espiritual e hoje eu tomo ayahuasca a cada 4-5 meses, mas no começo era mensal e me ajudou DEMAIS.
Aonde você consumiu?
É confiável esses de internet?
Obrigado.
Cabe lembrar que o Brasil é pioneiro e uma verdadeira potência na pesquisa com psicodélicos, muito por causa da não proibição da Ayahuasca e da Psilocibina para usos rituais aqui!
Sou indignado com o fato de que esse país lixo só considera o uso recreativo aceitável quando é feito por religiosos.
A religião tem mais respeito do que o indivíduo. País desgraçado.
@@alezibezerra são lugares que supostamente seriam controlados
@@mariacanalnovo6073 garanto que numa roda de maconheiros as pessoas tem mais controle de si do que numa reunião do santo daime.
É pq essa bosta dessa religião foi difundida por branco rico. Por isso ngm mexe.
Isso acontece da msm forma com que a polícia sempre respeitou o espiritismo e vandalizava terreiros antigamente. Rico pode.
@@mariacanalnovo6073 o que está absolutamente errado pois um religioso não tem qualquer vantagem técnica ou ética sobre outro membro da população. Acho até que tem menos mas isso é outro assunto.
@@garotomescalina Na prática deveria ser
Achei muito bom Dunker ter abordado de forma tão ampla e aberta, fazendo um passeio despretencioso pela história moderna dos psicodélicos, provocando mais questões do que respostas. E claro, importantíssimo posicionamento político-social e ético com relação à guerra às drogas.
Agradeço todas as sugestões de leituras.
Agora Ronnie Von...kkkkk Com tantos músicos representantes da psicodelia no Brasil, tinha que ser ele?!
Senti falta de uma exploração mais profunda de aspectos mais técnicos dos efeitos terapêuticos dos psicodélicos, ou do uso combinado com abordagens psicoterápicas ou psicanalíticas. Neste caso, não como um complemento proposto pelo psicanalista, algo que estou de acordo que não deve ocorrer, mas como uma prática do analisante, que leva à sua análise os conteúdos suscitados na experiência psicodélica, e com frequência, percebe que esta alavanca, catalisa aquela. Teriam as experiências psicodélicas a capacidade de "baixar a guarda" dos mecanismos de defesa favorecendo associações, insights, ab reações, promovendo desvelamento de conteúdos inconscientes e, portanto, efeitos "analíticos"?
Outro tema que senti falta de ser abordado são as experiências não prazerosas com psicodélicos, mas que muitas vezes "ensinam" o psiconauta a lidar melhor com suas questões, ou compreender o que lhe ocorre no cotidiano, as ditas "peias necessárias " para os ayahuasqueiros, por exemplo.
Enfim, muito ainda a se explorar entre a psicanálise e as medicinas ancestrais.
Minhas "peias" nunca foram tão duras (eu já vi gente que sofre demaaaais), mas todas foram libertadoras.
Fundamentais trabalhos sobre o assunto são os dois livros de Júlio Delmanto e também a militância do coletivo DAR, Desentorpecendo a Razão
Sugestão de temática: Fernando Pessoa e seus heterônimos. Como a psicanálise entende os heterônimos?
Parabéns pelo excelente trabalho
Ótima sugestão
Fernando Pessoa e Freud: diálogos inquietantes
Por Nelson da Silva Junior
Somo meu voto a sua sugestão. Tenho uma ótima indicação de livro sobre o tema: O Sujeito Pessoa: Literatura & Psicanálise, Robson Pereira Gonçãlves
EUPHORIA CHRISTIAN, POR FAVOR CHRISTIAN, FAZ UM DESEJO EM CENA SOBRE EUPHORIA CHRISTIAN, POR FAVOR CHRISTIAN
TU É BRABO PROFESSOR
Recomendo a musica Interestelar - Groove Delight, essa joga com os elementos e a espacialidade/tempo.
Obrigado por sua bagagem e por sua admirável horatoria Dunker.
Relato:
Tive um trauma aos 12 anos, que afetou profundamente meu processo de valoração simbólica, causando uma depressao profunda. Aos 14 ouve outro episodio marcante. Eu sabia aos 12 anos q estava com depressão(sou autodidata e aprendo muito rapido as coisas) passei os ultimos anos estudando sobre a mente e a vontade humana na filosofia e foi em Nietzsche que pude comprender como se formava os processos simbolicos morais, mais nao sabia simbolizar o que a causou ou acessar de fato o que foi aquele episódio. Hoje tenho 26 anos, e faz 06 meses que me vejo livre da depressão.
A cannabis foi minha primeira experiência de um "restart" em valorar a vida novamente, depois foi o cogumelo, acredito que sao as melhores plantas para tratamento depressivo em doses pequenas e acompanhadas.
Ainda na procura de entender e de uma possivel cura, ressignificar a experiencia traumatica e a vida, utilizei LSD, tomei algumas vezes em pequenas doses, ate chegar em 200ug, dose muito forte, esfregou minha cara no inconsciente, quase causando um processo dissociativo. Parei com o uso, depois de tempos tive contato com ayauaska, a busca ao tomar o chá foi "dissolver meu ego", no sentido de que o ego seria a casca de minha experiências, e eu precisava dissolvela para crescer alem dos meus traumas, essa experiência me levou a ter um contato com meu passado, reconciliei com meu eu ferido, com as pessoas que faziam parte desse passado, como na imagem de capa do video, eu boiava/flutuava nas emoções, nas neuroses do passado, de maneira amena, aconchegadora, reconciliadora, transfigurou o ódio de 14 anos em amor.
O que levo com isso, medicamentos psiquiatricos tratam sintomas, plantas psicodelicas e endogenas, tratam os processos simbólicos e provavelmemte os processos de comunicacao neural, isso se levado de maneira acompanhada e com o intuito de cura.
Sobre o relato, nao tenho bagagem descente sobre psicologia/ psicanálise, o que sei é, oque vejo de videos na internet, e meu relato esta baseado apenas em minha experiência pessoal.
Sobre os psicodelicos, quem quer tomar por vontade de novas experiências, tomem micro doses e NUNCA mistirem com álcool.
Quem quer tomar por cura, psilocibina e ayauaska são ao meu ver as mais efetivas em traumas profundos, lembrando que aqui relato sobre depressão, e SE PROCURA CURA, nao à cura sem expurgo, e o melhor deles é a TERAPIA.
Olá Gabriel, que baita relato corajoso e explicativo, posso te fazer uma pergunta? Se sim, neste tempo todo de sua busca, vice este sozinho ou acompanhado por psicólogo ou psicanalista? Queria saber o quanto o trabalho em dupla sem psicodélico te auxiliou em comparação ao trabalho usando o psicodélico (não sei se foi em dupla neste caso), para entender se em seu caso o processo analítico/psicológico foi um trampolim para busca mais aprofundada em psicodélicos ou se estava estagnando suas descobertas mais profundas :). Se puder responder agradeceria muito :)
@@Trabalhoinconsciente oi, posso responder sim!
Apos meu segundo trauma aos 14, eu descrevia meu estado de espirito como pura angústia. Foi ai que meus pais levaram ao psicólogo, fiz 3 sessões, na terceira eu abandonei a sessao e mandei a pessoa a merda ( o terapeuta), segundo essa pessoa nao era minha responsabilidade oq acontecia em minha casa, de fato! E me disse que nao deveria me preocupar, falando de uma forma que deveria esquecer e "abandonar" aquele problema. Isso fez com que me afastasse de qualquer chance de uma terapia, decidi que iria achar eu mesmo a resposta do que causou aquele episódio. Enfrentei desde os 14 anos ate meus 25, aos 25 procurei uma terapeuta, apos ja f1 a 5 anos(a cannabis se tornou meu antidepressivo nesses ultimos 5 anos), apos ja ter tomado cogumelo esse me levou a sentir um sentimento de amor profundo a vida novamente, e quando voltei da "vibe" percebi que meu sistema neural estava condicionado ao um funcionamento debilitado. Apos os cogumelos tomei LSD, e foi após as 200ug que procurei a terapeuta, pois havia passado por um episódio, de contato profundo com as magoas do passado, so que sem nenhum processo simbólico para compreender sua totalidade e esse foi o perigo, pois quase dissociei completamente minha personalidade, foi quando ouvi uma menina conversando e ela falou " ...a meu pai, minha mãe..." e isso fez eu voltar a mim, pois eu nao lembrava quem eram meus pais ate aquele momento, eu estava em uma festa. Foi basicamente uma profunda bad trip de 8 horas.
Fiquei por alguns meses "sequelado", disperso, atônito à realidade, com memória muito debilitada. Cheguei a terapeuta com a seguinte demanda " ou estou ficando esquizofrênico, ou tenho asperger" pois nao conseguia me comunicar com as pessoas.
A duvida do asperger surgiu desde os 15 anos, tenho TDAH e um qi elevado porem nao sabia o quanto.
Durante as primeiras sessoes fizemos uma avaliacao psicologica para eu poder me entender melhor, e assim prosseguir com a terapia, apos a avaliação a terapeuta conseguiu tirar a sensação de me sentir um et para com os outros, percebi que era inteligente e que estava em depressao profunda novamente, mais apos as 200ug eu nem cogitava isso. So achava que estava dissociando.
Apos iniciar a terapia, em duas sessoes a terapeuta conseguiu tocar de fato na ferida, utilizando os desenhos e as avaliações como referencial explicativo, mostrou que eu era um neurótico depressivo. E entendi que para resolver precisava da boa cisão psicológica, consegui resolvi meu complexo de edipo, e após isso o terapia comecou a fluir muito bem. Porém decidi tomar o daime sem avisar minha terapeuta, após 06 meses de terapia, o daime me levou a um estado profundo com meu eu do passado, foram algumas "visoes" que surgiram, levei a experiência para a terapia, e após trabalhar essas visões eu consegui o devido impulso para a cura.
@@Trabalhoinconsciente todas minhas experiências com psicodélicos foram de vontade própria, sem nenhum acompanhamento (e isso é perigoso quando se quer tocar o vespeiro de seus traumas) antes de usar qualquer uma eu estudava a fundo os efeitos no corpo, para sempre ter consciência dos possiveis efeitos adversos e lidar com eles.
Todas as experiências foram motivadas em aprender como funcionava meu eu em comparação ao conhecimento que tinha das substanciais, fiz disso para tentar criar um self talvez, poder enchergar meu eu escondido pela depressao profunda.
As substâncias fez eu SENTIR, a terapia fez eu ENCHERGAR claramente o que sentia. Ou seja, a terapia ao meu ver foi sim o trampolim para boiar em minha cura, em um estado de vida amena e feliz novamente. O daime me ensinou a perdoar, fez eu SENTIR profundamente o que era amor e perdão, e se nao fosse eu sentir isso provavelmente nao conseguiria simbolizar como agir dentro desse amor e perdão.
Após ter trabalhado as visões que tive no daime, decidi tomar medicação para ajudar a controlar as reatividades, tomei esc 10mg, durante 1 ano inteiro, e hoje faz 02 meses sem o esc, e 09 meses sem terapia( essa por falta de dinheiro), contudo faz 06 meses que vivo um estado de cura, onde as reatividades nao agem mais sobre mim, e onde voltei a ter controle da minha psique. Pretendo voltar a terapia futuramente, pois vejo que precisamos "por pra fora" e a maneira mais segura de se ter contato com sua feridas e por pra fora suas dores é na terapia, mais garanto que sem as experiências que tive a terapia teria sido muito demorada, pois minha "casca" era espessa demais para fazer sentir sem algum endógeno.
Contudo hoje fazem 1 ano que sai da casa dos meus pais, de fato não é possível ter cura no ambiente que te adoeceu. Se tiver alguma outra duvida é só mandar, espero que a resposta tenha sido elucidativa. Grande abraço :D
@@gabrielchescohuss9430 procure aqui no RUclips " O Corpo Explica " .... Análise corporal esclareceu todos meus conflitos , entendi mãe e pai e minhas atitudes .
Cristian, MALUCO, eu estou tendo uma experiência foda de ouvir esse seu vídeo, trazendo suas reflexões sobre todo esse conteúdo.
Que foda!!! Puta abordagem!!!
Dunker transcendeu!
Que maravilha ver esse vídeo logo após ter passado por uma experiência psicodélica
Excelente
Caramba, esse foi um dos vídeos mais importantes que já vi!
Querido Dunker, sempre achei que os psicodélicos eram bons para os neuróticos e contra indicados para psicóticos. Eu gostaria muito de uma medicação que me mantivesse em contato com a realidade mas não produzisse tanto sofrimento. Eu não sabia que os antidepressivos produziam problemas neurológicos a longo prazo. Sempre acreditei muito na psicoterapia e na possibilidade dela em fazer a mesma coisa que os psicodélicos.
Sid Barret e Pink Floyd.. Arnaldo Baptista e os Mutantes.. Serguei.. Jefferson Airplane.. The Doors.. grandes nomes da psicodelia sonoro-musical mundial...
Chritian Dunker, sempre essencial com seus diálogos permeados pela inteligência e pela ciência em prol do conhecimento do ser humano.
Professor pode falar sobre a criminologia em Lacan e o desejos que sao postos no ato e como esse ato se difere nas diversas estruturas perverso, psicótico e paranoico
Christian, eu escolhi te amar
Eu confesso que tenho muita curiosidade pela experiência com psicodélicos, tenho muitos amigos que relatam mudanças incríveis na percepção da vida depois do uso, mas ao mesmo tempo fico com o pé atrás por temer as consequências em mim, se serão transformações positivas ou negativas. Por isso prefiro adiar até me sentir bem pra entrar nesse novo tão enigmático.
Tenha pessoas experientes juntos e comece devagar, com doses baixas.
Não tem tanto riscos, mas nunca faça a primeira experiência sozinha.
Já utilizei LSD mas não um inteiro foi coisa de 1/2, e cara a experiência foi incrível pqp, as cores ficaram tão vivas mais forte, eu estava tão feliz mas muito mesmo eu não parava de sorrir, eu dançava sem parar, eu utilizei em uma dessas culturas que ele citou que é da musica eletrônica. Se for usar use pouco e com amigos, tente não misturar com bebida coisa do tipo, se permita a estar aberta a novas experiências e não esteja triste pois ele pode intensificar isso (tu pode ter a famosa bad trip). Obs: eu costumo não misturar qualquer tipo de drogas com bebidas alcoólicas ou outros tipos de drogas, mas isso vai da pessoa.
Perigoso se vc tiver alguma doença mental ela aparecer , poderia viver a vida sem problemas e a droga liberar o surto ...
dunker.....eu usei a psilosabina como forma de me ajudar a a entender a perversão (negação) como defesa a um trauma infantil. Um médico com desejo de ser um com analisando e responsável com a minha parte do latifúndio que me queixa. Usei meu conhecimento médico para ajudar a entender a negação. Compartilho isso como forma de amor.
Medicação psiquiátrica sintética foi muito bom !!! parabéns professor!
Entreviste Gabor Maté e Sidartha Ribeiro.
Esse vídeo ficou muito bom, gostei principalmente da parte sobre como algumas culturas e religiões usam, não só os psicodélicos, mas também a música para induzir um estado alternado. Sobre o uso com pacientes terminais, fiquei bem impactado, se os psicodélicos conseguem ter um efeito até nesse tipo de caso mais extremo, tá claro que falta mais pesquisa sobre o tema.
Este canal é simplesmente maravilhoso. Amo muuuuuito❤
Olá, Professor. Gostaria tb de trazer à conversa o termo "Dissolução do Ego" que é frequentemente mencionado nos relatos de experiências psicodélicas. Acho que a essa sensação de contato com o Divino pode ter a ver com esse fenômeno tão particular na vida de uma pessoa.
É tb comum que em rituais como da Ayahuasca a experiência seja bastante penosa, com vômitos e mal estar geral, porém ao decorrer das horas a pessoa passa a resolver suas questões emocionais e psicológicas internamente e ao fim do ritual, sente-se resolvido(a), leve e com sensação de liberdade e renovação. Vejo aqui um paralelo entre o Terapeuta e o chamã.
É como dizem: "5 anos de terapia contidos em 5 gramas". hahah!
Ah! fiquei tb muito curioso para saber como é sua experiência pessoal com essas subtâncias. conta aí pra gente!
Pesquise sobre changa, dissolução em minutos, sem vômito ou diarreia.
Ayauasca coloca pra fora no vômito tudo que a gente Engole do outro que nos é tóxico ... Abre a cortina de fumaça que a vida nos ensina a usar .
@Cabbanis Brasil acabei de descobrir seu canal hehehe
@Cabbanis Brasil já me inscrevi e dei like
Assisti brisado, amanhã terei que assistir novamente.
Essencial falarmos sobre o assunto, prazer, expansão de consciência, drogas, depressão... falar sem hipocrisias e tabus.
Lindíssimo, falou tudo.
Paulo Mendes de Campos, escritor, chegou a publicar relatos no Jornal O Globo, sobre seu tratamento com LSD-25 com Dr. Murilo. Vários intelectuais faziam uso, em consultórios nos anos 60.
13:40 Sensacional lembrar os atabaques paralelos aos psicotrópicos, com certeza são instrumentos que quando devidamente manejados, são capazes de produzir estados muito além da consciência.
É ótimo ver q há o crescimento de uma nova mentalidade sobre as substancias psicoativas. Mas é necessário q essa discussao s aprofundece se alastre. Tanto pela resistência de uns quanto pela empolgação de outros. Comunguei ayahuasca por muitos anos, de forma regular, e cheguei a ver umas poucas vezes situações esquisitíssimas, com a pessoa incapaz de deixar a experiência (q estava sendo muito ruim para ela). Talvez existam cuidados prévios necessários ou contraindicação para pessoas c certas configurações psíquicas, nao sei. Outro aspecto preocupante, ao meu ver, é o comércio de rituais de ayahuasca em festivais específicos, geralmente a preços absurdos, com muita ênfase na religiosidade "new age" e capitaneada por europeus e estadunidenses (capitalismo oaskeiro neocolonialista)
Amei! Lindo demais!
Melhor que a pergunta foi a resposta.
Parabéns, professor, pela sua coragem de tocar em temas tão importantes e também tabus. 👏👏👏
resumiu! é isso!
A experiencia com cogumelos foi uma das experiencias mais profundas e importantes em minha vida ...
As vezes fico imaginando se alguem como o próprio Christian D. usasse rsrsr O que será que ele teria a dizer após
Já leu sobre o Stanislav Grof?
@@Will-li7ux Já ouvi falar, mas nunca me aprofundei. Vou dar uma pesquisada
@@leonardotriper8419 Grof e depois Ernest Becker...
Pensando no sentido de renascer/reboot após uma forte experiência, de se separar de uma versão anterior e aprender a andar de novo. Acho que vai curtir o livro Paixão Segundo GH da Clarice Lispector, se ainda não leu.
Poisé, por ser uma experiência que altera nossa relação com a linguagem, ao tentarmos narrar a experiência se perde algo de real. Podemos comparar com a deformação onírica entre conteúdo latente e manifesto.
é interessante esse fator da questão cultural do uso das substâncias psicodélicas, isso em relação a questão de transformação. Me parece que o lugar dita o caminho a ser seguido, é como a carnavalização de Bakhtin, na qual o contexto (de transformação) é a cultura popular medieval. Parece que o ser humano sempre está em busca de algo para transformar a nossa angústia, uma vida após a morte, "uma segunda vida no carnaval" somente a linguagem ou a arte nos salvará dessa angústia?
dunker, vc é um intelectual fundamental para a atualidade!
Eu literalmente estava terminando de ler Despertar (Sam Harris), quando vi este vídeo.
Ótima questão, como se agencia o prazer!! Muito bom!!!
incrível! que vídeo incrível! parabéns Christian ♥ recomendo também a leitura do livro História Social do LSD no Brasil, do Júlio Delmanto, editora Elefante :)
aproveitando o comentário, gostaria de perguntar, caso eu ainda não tenha visto no canal, como funciona a questão do hábito na ótica da psicanálise? sou péssimo em manter rotinas e esbarro também com muita gente sem conseguir criar um hábito de leitura, por exemplo, gostaria de entender quais são as possíveis questões envolvidas nesse processo.
forte abraço!
A excelência do Professor Dunker é uma oportunidade indescritível. Ps*The Body keeps the score é uma Bíblia. Ótima dica!
Que vídeo excelente! E eu ainda conheci a música "Meu Novo Canto" de Ronnie Von que eu não conhecia. Que satisfação!
Importante
Honesta percepcao.
Studiosus Reiser
Recebi a indicação desse vídeo por um amigo e achei simplesmente sensacional. Parabéns aos envolvidos e parabéns ao Christian 👏👏👏
Vídeo essencial para leigos, incrível para estudantes e corajoso para a Academia e medicina mais retrógrada e antiquada em inovações. Porém o vídeo bate de frente con a política atual do Brasil, covarde que ao invés de entender tenta construir obstáculos as pesquisas e terapias com psicodélicos, tanto quanto as polícias com as drogas recreativas, afinal o sistema precisa se retroalimentar para continuar tendo dinheiro e poder, não? Se reconhecerem que a famosa “guerra contra as drogas” foi uma piada criada para drenar dinheiro público… o encarceramento em massa era desnecessário e todos nós compactuamos com isto, como o Brasil reagirá? Estudo psicanálise e faço cursos sobre psicodélicos em tratamento de trauma, cada dia mais vejo que droga é uma construção cultural e social, tem pouco de ciência ou saúde aí, apesar de poder ajudar a piorar dores emocionais e a limitar o crescimento da psique livre e saudável, se usada de forma irresponsável. Porém eu mesma cresci aterrorizada com drogas e jamais cheguei perto pq fui educada para temer e acreditar em crendices, hoje temos dados e pesquisas seríssimas e deveríamos acordar! Brasil é liderança em pesquisas com psicodélicos e mesmo sem apoio governamental (deste governo atual negacionista então nem pensar) está conquistando cada vez mais reconhecimento e sucessos no Exterior e aqui… pessoas estão voltando a viver, não apenas continuam sobrevivendo graças a estes pesquisadores sem ajuda. Imagina se o Brasil acordasse, votasse direito e lesse a respeito? Onde estaríamos na pesquisa científica deste tema e de outros paralelos como encarceramento em massaX educação e ressocialização? ;)
Vc poderia indicar onde achar esses cursos sobre tratamento de traumas com psicodélicos? Estou me formando em psicologia e gostaria muito de aprofundar-me nessa área!
@@viniciuslisboa8937 Oi Vinícius, antes de mais nada está técnica não é permitida no Brasil, ainda, está apenas permitida se ligada a um centro de pesquisas e para produção de saber científico. Então maioria do conhecimento nesta área eu encontrei nestes livros e autores que o Dunker indicou, e nos professores da Unicamp liderados pelo Tofoli que são feras na área e tem mini cursos espalhados. Fiz um curso ano retrasado com o Sidarta que não existe mais, mas os livros e mini cursos dele são essenciais tb. O curso mais novo e específico que temos hj em dia é do Instituto Phaneros, sugiro olhar no calendário deles pq todo ano abre inscrição mas é um processo seletivo bem puxado pq eles são pesquisadores pioneiros e autorizados na area, eles fazem mini cursos sempre sobre atualizações e novas pesquisas nas nada que você possa clinicar, apenas para estudo mesmo, mas caso passe no processo seletivo poderá atuar com as pessoas em tratamento nos grupos ;).
É uma delícia beber das suas referências...
Olá professor como você enxerga a relação entre o discurso religioso cada vez mais usado para o tratamento da dependência química no Brasil, como nas clínicas que adotam este viés, e os grupos de ajuda mútua que preconizam uma abstinência total das drogas? O que o Brasil pode aprender com as experiências de alguns países na Europa que alinharam de forma mais honesta políticas públicas na perspectiva de redução de danos?
Excelente, o set religioso e o set terapêutico tem demonstrado que expansão d a consciência é um processo intrínseco ao ser humano. Um direito. Com o devido cuidado com pessoas sensíveis. sensíveis,
6:30 transformación de la percepción
11:00 diferencias con los fármacos
14:00 filmes
18:00 testimonio
Sensacional. Agradeço.
fiquei pensando na questão que a psicanálise coloca de que trabalhamos com transferência e resistência. usando uma substância p ajudar num processo não estaríamos tentando tirar a resistência do processo? a questão que você colocou da neurose de guerra ou outros traumas, me faz pensar no que Ferenczi disse da clivagem e no manejo transferêncial, onde a empatia, acolhimento, nem sempre estão presentes numa análise estritamente lacaniana. no que disse de paciente terminais, fiquei pensando que nem sempre uma psicanálise seria o indicado, não? estou me referindo mais à psicanálise, do que às outras terapias. Abç
Caraca! Bom demais! Isso sim, é uma análise profunda sobre um tema delicado... Obrigada, Dunker!
Professor, você poderia falar sobre a psicologia positiva? Abraços!
Ótimo vídeo!
Querido professor Chris, poderia falar sobre adultos que vivem presos a uma necessidade de sempre agradar os pais, pelo ponto de vista da psicanálise?
Aproveitando a onda de psicodélicos gostaria de perguntar se existe uma perspectiva na psicanálise que olha para a relação de afetos e uso e escolhas de substâncias…Posso afirmar vagamente que já ouvi algo referente a escolha do uso (e abuso) de estimulantes (do café a cocaína) com a busca de significado - seeking. Não quero extender meus exemplos pois eles são poucos embasados, mas tenho interesse sobre esse tipo de interpretação e analise. Obrigada pela generosidade e didática desse canal.
Incrível. Tenho me interessado muito sobre o assunto, baseado nas poucas experiências pessoais e nos meus estudos em psicanálise
Eu vivi pra ver o Dunker citando Ronnie Von psicodélico ♥️
Professor, poderia comentar o recente lançamento da Ubu, a vontade das coisas, de Monique david-menard, e os principais achados do livro?
Curto muito o Ronnie Fon
Excelente!
sei que não é exatamente a mesma coisa, mas ir à terapia chapada é uma experiência foda, sempre fico mais espontânea e confortável
Simmmm eu também amooo
Adorei o tema escolhido! Esclarecer é preciso! Valeu as dicas musicais e literárias, vou começar a "viagem" por aí.😻🐾✨
✨✨✨
Sugiro entrevistar Sidharta e Gabor Maté.
De longe um dos melhores vídeos do canal.
Obrigado por essa revisão professor.
que video lindo
Eu vivi pra ver esse vídeo! 👏🏻👏🏻👏🏻 Pontual como sempre!
Incrível, acho suas explicações incríveis
Conteúdo maravilhoso! 😊
Camarada Dunker! O psicotrópico (valium, rivotril), como experiência apartada de uma narrativa, não é um bom exemplo de reificação - no sentido de substituição de uma relação entre pessoas socialmente mediada (ex. ligação com o divino via experiencia psicodelica) por uma relação entre coisas (receita do médico se traduzindo na compra de uma mercadoria na farmácia - rivotril)? Aliás, não valeria um video sobre reificação e psicanalise algum dia?
Dunker anos atras li um livro que hj me foge a memória seu nome, mas nele continham relatos de pessoas que descreviam desde o primeiro ato - dentre eles, a injestao de algo - em busca do encontro com o outro. Nunca me esqueço do relato de uma mulher sobre sua primeira experiencia, que no caso foi em um missa onde ela tomou pela primeira vez uma hóstia. Vou pesquisar e trazer aqui o nome do livro.
Isso me lembra Mircea Eliade.
excelente vídeo! professor, revisitei alguns vídeos antigos e me parece que sua comunicação e didática mudaram bastante desde o início do canal. você consideraria retomar algumas temáticas que já foram abordadas por aqui, só que de uma nova forma? um abraço!
Tem algum video sobre parapsicologia?
Christian, hj foi a melhor aula sobre o assunto.
Otimo video, alguem pode me ajudar com o que ele diz na ultima frase do video? "Aqueronta...???? nao posso mexer com o ceus" nao consegui entender!
Incrível o vídeo, professor sempre falando muito bem. Vários filmes muito bons, quero incluir nessa lista o "Trainspotting" (1996). Gostei das sugestões dos livros. Obrigado.
Quando eu fiz autoescola eu me senti deslocado, porque todo mundo ia dirigindo até a autoescola. Então essa analogia não serviu para mim.
Gratidão professor!
Bom dia professor. Refaço aqui uma pergunta que já fiz de outras formas. Gostaria de saber quais são o estatuto, o papel e a legitimidade da narrativa pessoal na psicanálise. Leio por toda parte que, por exemplo, na neurose obsessiva a narrativa é mobilizada geralmente no intento de "manter o analista imóvel" - e, nesse sentido, se entendo bem, impedir o lapso propriamente revelador e pertinente para o analista. E se a neurose obsessiva é mesmo um "dialeto da histeria", faria sentido dizer que a narrativa trabalha para - ou é uma forma da - fantasia? O que resta(ria) da "identidade narrativa" de alguém depois da "travessia da fantasia"? Em suma, o quanto alguém pode(ria) "se identificar" com as histórias que conta (e escuta) sobre si mesma sem que isso se constitua como reforço dos contornos da fantasia? Grande abraço!
🤯☝
Professor será possível que os ratos da ratolandia, quando não estavam usando heroína, consideravam os ratos q estavam usando desagradáveis, e assim, chegasse a pensar em não usar pra não ser desagradáveis tb?
Professor você poderia fazer um Desejo em Cena sobre o filme O Grande Gatsby (Luhrmann B. O Grande Gatsby. Warner Bros. Pictures, 2013. 143 min.). Obrigado.
Como seria um diálogo entre a ontologia de Lukacs e Lacan?
Faltou citar o Sergei que cantava "Eu sou psicodélico"
Obrigado por esse conteúdo professor, tô sempre acompanhando. Já que falei a respeito dos psicodélicos, qual a sua visão para o tratamento da dependência química via abstinência total, tipo AA ou NA, ou acredita que só através da redução de danos? O que a psicanálise trata a respeito deste tema.
Interessante. Tenho duas recomendações e uma pergunta. As recomendações, Walter Benjamin, O protocolo de drogas dele, mas conhecido com o texto Haxixe em Marsella e Marcus Boom, The road of excess. Mas minha pergunta é: você já comentou ou poderia comentar sobre o livro do David Cohen chamado Freud e a cocaína.
Se o papo era pra ser psicodélicos e psicanálise, sugiro ao professor que leia LSD psychotherapy, de Stanislav Grof.
É possível ter uma experiência muito próxima daquelas com psicodélicos, sem ter feito uso de nenhuma substância? Uma mudança radical nas sensações, na leitura do mundo, ab-reação de afetos, etc?
Pesquise sobre respiração holotrópica!
Pesquise Stanislav Grof - respiração holotrópica.
Muito boa sua reflexão, a legalização de maconha e psicodélicos protege mais os jovens, que iriao consumir drogas adulteradas atraves de traficantes. Também iria diminuir a criminalidade.
👏🏻👏🏻