Em certo dia, à hora, à hora Da meia-noite que apavora, Eu, caindo de sono e exausto de fadiga, Ao pé de muita lauda antiga, De uma velha doutrina, agora morta, Ia pensando, quando ouvi à porta Do meu quarto um soar devagarinho, E disse estas palavras tais: "É alguém que me bate à porta de mansinho; Há de ser isso e nada mais." Ah! bem me lembro! bem me lembro! Era no glacial dezembro; Cada brasa do lar sobre o chão refletia A sua última agonia. Eu, ansioso pelo sol, buscava Sacar daqueles livros que estudava Repouso (em vão!) à dor esmagadora Destas saudades imortais Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora. E que ninguém chamará mais. E o rumor triste, vago, brando Das cortinas ia acordando Dentro em meu coração um rumor não sabido, Nunca por ele padecido. Enfim, por aplacá-lo aqui no peito, Levantei-me de pronto, e: "Com efeito, (Disse) é visita amiga e retardada Que bate a estas horas tais. É visita que pede à minha porta entrada: Há de ser isso e nada mais." Minh'alma então sentiu-se forte; Não mais vacilo e desta sorte Falo: "Imploro de vós, - ou senhor ou senhora, Me desculpeis tanta demora. Mas como eu, precisando de descanso, Já cochilava, e tão de manso e manso Batestes, não fui logo, prestemente, Certificar-me que aí estais." Disse; a porta escancaro, acho a noite somente, Somente a noite, e nada mais. Com longo olhar escruto a sombra, Que me amedronta, que me assombra, E sonho o que nenhum mortal há já sonhado, Mas o silêncio amplo e calado, Calado fica; a quietação quieta; Só tu, palavra única e dileta, Lenora, tu, como um suspiro escasso, Da minha triste boca sais; E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço; Foi isso apenas, nada mais. Entro coa alma incendiada. Logo depois outra pancada Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela: "Seguramente, há na janela Alguma cousa que sussurra. Abramos, Eia, fora o temor, eia, vejamos A explicação do caso misterioso Dessas duas pancadas tais. Devolvamos a paz ao coração medroso, Obra do vento e nada mais." Abro a janela, e de repente, Vejo tumultuosamente Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias. Não despendeu em cortesias Um minuto, um instante. Tinha o aspecto De um lord ou de uma lady. E pronto e reto, Movendo no ar as suas negras alas, Acima voa dos portais, Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas; Trepado fica, e nada mais. Diante da ave feia e escura, Naquela rígida postura, Com o gesto severo, - o triste pensamento Sorriu-me ali por um momento, E eu disse: "O tu que das noturnas plagas Vens, embora a cabeça nua tragas, Sem topete, não és ave medrosa, Dize os teus nomes senhoriais; Como te chamas tu na grande noite umbrosa?" E o corvo disse: "Nunca mais". Vendo que o pássaro entendia A pergunta que lhe eu fazia, Fico atônito, embora a resposta que dera Dificilmente lha entendera. Na verdade, jamais homem há visto Cousa na terra semelhante a isto: Uma ave negra, friamente posta Num busto, acima dos portais, Ouvir uma pergunta e dizer em resposta Que este é seu nome: "Nunca mais". No entanto, o corvo solitário Não teve outro vocabulário, Como se essa palavra escassa que ali disse Toda a sua alma resumisse. Nenhuma outra proferiu, nenhuma, Não chegou a mexer uma só pluma, Até que eu murmurei: "Perdi outrora Tantos amigos tão leais! Perderei também este em regressando a aurora." E o corvo disse: "Nunca mais!" Estremeço. A resposta ouvida É tão exata! é tão cabida! "Certamente, digo eu, essa é toda a ciência Que ele trouxe da convivência De algum mestre infeliz e acabrunhado Que o implacável destino há castigado Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga, Que dos seus cantos usuais Só lhe ficou, na amarga e última cantiga, Esse estribilho: "Nunca mais". Segunda vez, nesse momento, Sorriu-me o triste pensamento; Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo; E mergulhando no veludo Da poltrona que eu mesmo ali trouxera Achar procuro a lúgubre quimera, A alma, o sentido, o pávido segredo Daquelas sílabas fatais, Entender o que quis dizer a ave do medo Grasnando a frase: "Nunca mais". Assim posto, devaneando, Meditando, conjeturando, Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava, Sentia o olhar que me abrasava. Conjeturando fui, tranquilo a gosto, Com a cabeça no macio encosto Onde os raios da lâmpada caíam, Onde as tranças angelicais De outra cabeça outrora ali se desparziam, E agora não se esparzem mais. Supus então que o ar, mais denso, Todo se enchia de um incenso, Obra de serafins que, pelo chão roçando Do quarto, estavam meneando Um ligeiro turíbulo invisível; E eu exclamei então: "Um Deus sensível Manda repouso à dor que te devora Destas saudades imortais. Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora." E o corvo disse: "Nunca mais". “Profeta, ou o que quer que sejas! Ave ou demônio que negrejas! Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno Onde reside o mal eterno, Ou simplesmente náufrago escapado Venhas do temporal que te há lançado Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo Tem os seus lares triunfais, Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?" E o corvo disse: "Nunca mais". “Profeta, ou o que quer que sejas! Ave ou demônio que negrejas! Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende! Por esse céu que além se estende, Pelo Deus que ambos adoramos, fala, Dize a esta alma se é dado inda escutá-la No éden celeste a virgem que ela chora Nestes retiros sepulcrais, Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!” E o corvo disse: "Nunca mais." “Ave ou demônio que negrejas! Profeta, ou o que quer que sejas! Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa! Regressa ao temporal, regressa À tua noite, deixa-me comigo. Vai-te, não fique no meu casto abrigo Pluma que lembre essa mentira tua. Tira-me ao peito essas fatais Garras que abrindo vão a minha dor já crua." E o corvo disse: "Nunca mais". E o corvo aí fica; ei-lo trepado No branco mármore lavrado Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho. Parece, ao ver-lhe o duro cenho, Um demônio sonhando. A luz caída Do lampião sobre a ave aborrecida No chão espraia a triste sombra; e, fora Daquelas linhas funerais Que flutuam no chão, a minha alma que chora Não sai mais, nunca, nunca mais!
O poema trata do sentimento universal da melancolia de quem perde alguém que amou um dia. A expressão recorrente "nunca mais", vai adquirindo um significado cada vez mais flagelante, como um martelo batendo na mente e na alma, até finalmente convencer o narrador/protagonista da insuportável certeza de que a morte é fim.
Como um homem que tenta esquecer seus "demônios", com a rotina e o cansaço, na tentativa de deleitar sua enfadada cabeça sobre um travesseiro, ao se ver sozinho se depara consigo mesmo. Por certo não é apenas uma visita tardia e nada mais, mas a voz da consciência que assola a vida de um homem abatido por dores, erros, perdas, tormentas e a perca da inocência que a vida subitamente lhe tomou, agora tem total consciência que esta alegria e inocência uma vez perdida: NUNCA MAIS.
Um conto atemporal do Mestre de suspense Edgar Alan Poe, traduzido pelo Mestre das letras Machado de Assis, Narrada magistralmente por Guto Russel e animada por Rodrigo Leandro... é a Perfeição... uma Obra de Arte para ver, rever e rever...
Enebriado aqui, com este conto poema encontro. ,De gótica extasiante noite, Meia noite em nostalgia encanto . Jamais esquecerei de tais negro corvo , E seu nome ,..Nunca mais!
Eu estava ouvindo Velha Roupa Colorida, escrita pelo Belchior e com a interpretação da Elis Regina, e em certa parte fala “ Poe, poeta louco americano eu pergunto ao passarinho, black bird, o que se faz?” E nunca havia entendido! Então pesquisei, e que bom que fiz isso! Essa obra é incrível, atemporal, uma relíquia! Ouçam a música, é muito boa! E quanto a tradução deste poema, a do Amilton Amado é perfeita!
Meu Deus!!! Obrigada por ter ido atrás disso, está me ajudando neste exato momento kkkkk eu nunca tinha feito essa ligação mas enfim, obrigada pelo seu comentário moça ❤
melhor narraçao de tudo que já vi do edgar allan poe.Fenomena!!!! pra mim que já li acho,tudo do poe,é maravilhoso ver uma obra dele ser narrada,com tamanha maestria....parabéns,pelo trabalho....
Maravilhoso esse poema Estou no ensino médio Começando agora a me interessar por poemas e livros E já estou aprendendo oque devo ler como edgar poe, machado de assis, gotchoe muitos outros
JOSE AUGUSTO Almeida Aeeee!! Até que enfim apareceu, hehehehe valeu por essa sensacional narração. O gato preto já estou fazendo, mas pode demorar, pois é grande, e estou sem tempo suficiente disponível.
Agora com uma visão mais clara e espiritual de tudo o que aconteceu com o Allan, perder mãe, madrasta e prima/esposa com a mesma questão de saúde, essa culpa que ele sentiu até morrer, isso tudo pode ter sido o preço da fama. Já vi muito sobre como acontece e geralmente o preço é o bem mais precioso, a quem se tem amor. Amo o que ele nos deixou, mas é triste o que ele viveu.
Vi esse poema em Os Simpsons, e resolvi procurar. Simpsons também é cultura. Confesso que não entendi. Mas não odiei. Vou ver de novo futuramente. Muito boa narração.
@@TioYeager Tava lendo um livro, chama: Um na estrada - Caio Riter. o personagem principal era fascinado pelo Poe, dps disso fui procurar saber mais sobre ele. isso em 2014
Maravilhoso! Tocante! Sou autora de Edgar Allan Poe, o mago do terror( Ed. Melhoramentos) com o qual fui finalista do Jabuti . Essa produção e a forma de narrar me deixaram realmente pasmada com o nível artístico. Parabéns. Jeanette Rozsas
@@l3m649 que bom estar sendo útil nas escolas e para despertar nos alunos o gosto pela literatura. Recentemente fiz o gato preto. Está no canal se interessar 👍
A descrição é muito boa e pra falar a verdade,'O Corvo' é um poema bastante hermético e difícil de entender,só os fortes entenderão?Acho que não,são muitos simbolismos e figuras de linguagem entrelaçadas que fazem perder um pouco do sentido só para depois retomá-lo.Edgar Allan Poe é admirável e um dos melhores escritores do século XIX,digo isso sem culpa,mas 'O Corvo' ,pelo menos pra mim não é uma das mais inspiradoras obras suas como foi 'O Gato preto' ou 'Assassinatos da rua Morgue'.
Eu particularmente gosto mais da tradução de Fernando Pessoa exeto pela palavra "ais" mas esse vídeo essa animação essa narração tudo contribuo para perfeita representação
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.
E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."
Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, - ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.
Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.
Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."
Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.
Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".
Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".
No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"
Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".
Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".
Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranquilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.
Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".
“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".
“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."
“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
De quem é essa tradução??
Essa é de Machado de Assis
Obrigadaa!!!!
Obrigada 🥰
Eu o Livro de EAP em casa, e olha, ótimas histórias
O poema trata do sentimento universal da melancolia de quem perde alguém que amou um dia. A expressão recorrente "nunca mais", vai adquirindo um significado cada vez mais flagelante, como um martelo batendo na mente e na alma, até finalmente convencer o narrador/protagonista da insuportável certeza de que a morte é fim.
Excelente colocação 👏🏼
Todo mundo tem uma Lenora 😅
Excelente 😅 eu preciso fazer uma atividade sobre esse poema, irei usar sua palavras nela obrigado amigo, você e um amigo.
Não é um poema, mas um conto em prosa.
Como um homem que tenta esquecer seus "demônios", com a rotina e o cansaço, na tentativa de deleitar sua enfadada cabeça sobre um travesseiro, ao se ver sozinho se depara consigo mesmo.
Por certo não é apenas uma visita tardia e nada mais, mas a voz da consciência que assola a vida de um homem abatido por dores, erros, perdas, tormentas e a perca da inocência que a vida subitamente lhe tomou, agora tem total consciência que esta alegria e inocência uma vez perdida: NUNCA MAIS.
Fabio Santos
Ravi Winchester
laq :ç
OTu
Oi
Essa é, na minha opinião, a melhor versão em vídeo disponível na Internet
Sem dúvidas
Tem do Simpsons
Um conto atemporal do Mestre de suspense Edgar Alan Poe, traduzido pelo Mestre das letras Machado de Assis, Narrada magistralmente por Guto Russel e animada por Rodrigo Leandro... é a Perfeição... uma Obra de Arte para ver, rever e rever...
Obrigado. A baratinha não é real.
Enebriado aqui, com este conto poema encontro. ,De gótica extasiante noite, Meia noite em nostalgia encanto . Jamais esquecerei de tais negro corvo , E seu nome ,..Nunca mais!
Eu estava ouvindo Velha Roupa Colorida, escrita pelo Belchior e com a interpretação da Elis Regina, e em certa parte fala “ Poe, poeta louco americano
eu pergunto ao passarinho, black bird, o que se faz?” E nunca havia entendido! Então pesquisei, e que bom que fiz isso! Essa obra é incrível, atemporal, uma relíquia! Ouçam a música, é muito boa! E quanto a tradução deste poema, a do Amilton Amado é perfeita!
a animação está perfeita! parabéns
Meu Deus!!! Obrigada por ter ido atrás disso, está me ajudando neste exato momento kkkkk eu nunca tinha feito essa ligação mas enfim, obrigada pelo seu comentário moça ❤
Tamanha sensibilidade,só dá pra suspirar profundo, até chorar, nada mais!
A narração é ríspida, brutal, digna do poema de Poe. Além do mais, a tradução do Machado de Assis é perfeita, superior ao do Fernando Pessoa.
A rigidez do poema é fabulosa.
melhor narraçao de tudo que já vi do edgar allan poe.Fenomena!!!! pra mim que já li acho,tudo do poe,é maravilhoso ver uma obra dele ser narrada,com tamanha maestria....parabéns,pelo trabalho....
Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.Aristóteles sobre Edgar Allan Poe
Aristóteles falou isso em carta psicografada, foi?
@@tym6524 Eu pensei isso quando li o comentário kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Esse ai conhece.
“Quem entendeu, entendeu”.
Marco Aurélio sobre Camus.
Primeira vez que ouço esse poema muito bom ele está no estágio de loucura total presentemente visivelmente embriagado a mente loucamente
Muito profundo, atmosférico, Sombrio... Perfeito!
Nevermore.
wakka wakka
Jadson Simões Você leu?
Nunca mais
@@Skinny609 Cara, esse vídeo do corvo falando é tão dahora
Muito bom o seu trabalho! 👏👏👏👏
Maravilhosa! A narração, a animação! Perfeito! Obrigada!
Eu sabia que assim que eu vi esse livro eu deveria o comprar mas comprei outro mais também muito bom, quando tiver dinheiro vou comprar esse
Oiiiiiiiiíii ngm vai ver esse comentário ent vou contar um segredo meu!!
@@Alicekkfofis nossa, kkkk, obrigado
Excelente narração e alinhado com as imagens sombrias...Parabens.
simplesmente maravilhoso. sou fã de Poe
fascinante
Maravilhoso! Divino! Perfeito!
obrigado :)
Que maravilha! Parabéns!
Maravilhosa voz! Já assisti três vezes seguidas!!
Muito bom, bom trabalho, sombrio e equivalente à cada palavra... magnífico!
obrigado
Maravilhoso esse poema
Estou no ensino médio
Começando agora a me interessar por poemas e livros
E já estou aprendendo oque devo ler como edgar poe, machado de assis, gotchoe muitos outros
Muito boa sua escolha para ler.
Cara eu ainda não tinha visto essa animação em cima de minha locução....ficou muito boa he he!!! Poderia fazer o GATO preto também..grande abraço..
JOSE AUGUSTO Almeida Aeeee!! Até que enfim apareceu, hehehehe valeu por essa sensacional narração. O gato preto já estou fazendo, mas pode demorar, pois é grande, e estou sem tempo suficiente disponível.
Você é demais, cara
Rapaz, que ótima narração. Eu amo esse poema
@@Asterio.Quinto vc já fez o do gato ??
Narração excelente! Parabéns!
Que hino, minha nossa; lindo!
Que da hora, meus parabéns !!
Magnífico... parabéns!
Observei o quadro de Van Gogh, ele era bem melancólico. Bem colocado, parabéns pela animação.
A melhor narração que eu conheço
Agora com uma visão mais clara e espiritual de tudo o que aconteceu com o Allan, perder mãe, madrasta e prima/esposa com a mesma questão de saúde, essa culpa que ele sentiu até morrer, isso tudo pode ter sido o preço da fama. Já vi muito sobre como acontece e geralmente o preço é o bem mais precioso, a quem se tem amor. Amo o que ele nos deixou, mas é triste o que ele viveu.
Meus Parabéns amei sua animação esper que faça mas vídeos...xau
Obrigado
Nossa,incrível viu!! Meus parabéns!
:)
Maravilhoso!
Seu trabalho ficou fantastico
melhor animação rapaz
Isso é fenomenal
Tá de parabéns, muito bom...
otimo,incrivel narração , não me canso de ouvir!!!
Vi esse poema em Os Simpsons, e resolvi procurar. Simpsons também é cultura.
Confesso que não entendi. Mas não odiei. Vou ver de novo futuramente. Muito boa narração.
vem ver dnv
@@__Eve_ onde conheceu esse poema?
@@TioYeager Tava lendo um livro, chama: Um na estrada - Caio Riter.
o personagem principal era fascinado pelo Poe, dps disso fui procurar saber mais sobre ele.
isso em 2014
@@__Eve_ caramba!
@@TioYeager pq a pergunta?
AMEIIIII.... MARAVILHOSO
:)
Parabéns, perfeito, espero que continue com seus projetos! Foi a melhor coisa que consegui garimpar no youtube este mês!
Valeu meu caro! Obrigado!
Adorei, quando vi que a obra de Edgar Allan Poe possuía terror e suspense logo me interessei
Que animação magnifica quem é studio mappa perto dessa qualidade
INCRÍVEL
Que vídeo maravilhoso
Ficou perfeito.. passou muita emoção.
um ótimo trabalho 👏👏
Muito bom...Recomendo!
Gostei muito da apresentação. Parabéns pela criatividade.
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magnífico
Adorei 👏👏👏👏👏👏
Arrepiante
Maravilhoso, amei!! Parabéns ao narrador e aos responsáveis pelo vídeo!!
Excelente!
Parabéns ótimo trabalho
Cry Baby love Agradeço :)
muito bom
ficou ótimo!
Maravilhoso! Tocante! Sou autora de Edgar Allan Poe, o mago do terror( Ed. Melhoramentos) com o qual fui finalista do Jabuti . Essa produção e a forma de narrar me deixaram realmente pasmada com o nível artístico. Parabéns. Jeanette Rozsas
Muito obrigado, méritos para Guto Russel que fez uma narração esplêndida.
De fato, o narrador Guto Russel deu o tom perfeito! Parabéns a ele.
gostei, parabéns pelo trabalho.
Belíssimo Trabalho !!
+josé carlos da silva obrigado
Genial!
Gustavo Henrique obrigado
Magnífico ,amei a narrativa
Muitooooo boaaaaaaaaaaa
Brilhante! Excelente!
Perfeito☺
Parabens, belo trabalhO!
Walter Orlando obrigado
Muito bom!
Parabéns.....ficou maravilhoso!!!!!
Obrigado 😊
Magnífico! Genial!
Esse poema do Edgar Alan Poe e simplesmente extraordinario, e parabéns por essa ótima produção artística, ficou realmente muito boa.
Muito bom!!!! 😍😍😍
Que qualidade cara ganha de 100x0 da Disney
Muito bom Parabéns. ...😙😙
muito bom :)
Não vou parar de ler *nunca mais*
Perfeito cara, muito bom!
Agradeço seu reconhecimento!!
Muito bom, muito bom mesmo.
Que maravilha!!!
MARAVILHA!
O corvo falando "say nevermore" me trouxe aqui
realmente poe e o cara
perfeito!
caraca meu que foda, ficou muito bom parabéns
A trilha sonora do RE4 ( Resident Evil 4 )
ficou perfeito 🤌
parabems pela narrativa
Vi em 2022 na escola me interessei na época estava no 7 ano o professor explicou esse conto para nós li este conto e também o gato preto
@@l3m649 que bom estar sendo útil nas escolas e para despertar nos alunos o gosto pela literatura. Recentemente fiz o gato preto. Está no canal se interessar 👍
A descrição é muito boa e pra falar a verdade,'O Corvo' é um poema bastante hermético e difícil de entender,só os fortes entenderão?Acho que não,são muitos simbolismos e figuras de linguagem entrelaçadas que fazem perder um pouco do sentido só para depois retomá-lo.Edgar Allan Poe é admirável e um dos melhores escritores do século XIX,digo isso sem culpa,mas 'O Corvo' ,pelo menos pra mim não é uma das mais inspiradoras obras suas como foi 'O Gato preto' ou 'Assassinatos da rua Morgue'.
Concordo!
Deus e mais ➕
eu: a
corvo: *nunca mais*
O corvo é um símbolo do NUNCA MAIS.
Otimo
Eu particularmente gosto mais da tradução de Fernando Pessoa exeto pela palavra "ais" mas esse vídeo essa animação essa narração tudo contribuo para perfeita representação
Pra ficar perfeito, poderiam usar o mesmo vídeo e fazer a narração do Pessoa. Aquela versão tem mais expressividade e mexe mais com o psicológico.
Eu gosto da tradução de Fernando Pessoa, mas amo a tradução de Machado de Assis
Aí eu perguntei ao Corvo como faz miojo rápido e ele disse:
--Nunca mais
Corvo !
se esse maluco encontrar um bem-te-vi, vai achar que o pássaro ta apaixonado por ele...
Adorei o vídeo! Parabéns pela excelente produção! Vou baixar para passar para meus alunos, ok?
Obrigado. Fique a vontade :)
Sniff, por que não tive professores assim?
Também vou usar esse vídeo nas aulas de literatura gótica
@@julianopereira9830 Qual o problema em pedir para usar? Cê é louco?
@@fabricioaquino99 Frederico has been destroyed