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Meu apoio e minhas condolências pelo ocorrido. Muito se fala sobre Brasil aqui nos comentários, mas o problema é mundial. E o problema já existia em gerações anteriores, inclusive na década de 70 de onde vem essas pérolas em forma de livros. A diferença era filosofica. Na década de 70, quando surgia essa resistência ao pensamento, dada a preguiça natural das crianças, a coordenação entendia o objetivo, dava apoio ao professor e pedia paciência aos pais, q confiavam no trabalho. E depois de um bom esforço, mentes pensantes floreciam... E os resultados eram fantásticos. Mas entramos numa era, inclusive política, de paternalismo a todo custo. Quando conversei com o diretor de uma das "melhores" escolas de Campinas/SP, a comunitária, sobre o bullying q minha filha sofria a resposta foi: "de que adianta punir se não consigo tocar o coraçãozinho dele? A mudança tem de vir de dentro p fora". A proposta desse paternalismo medíocre e covarde é era colocar a criança frente a frente com seu algoz e "falar dos sentimentos". Resultado óbvio: o malandro fingia e depois "pegava na saída". Ensinamos um psicopata a se sobressair em sociedade. Próxima geração de políticos. Essa "filosofia" contaminou as ementas e a relação aluno/professor, degradando a qualidade do ensino. Foi ISSO q vc sentiu na pele. Vc foi vitima de um sistema perverso, dominado por uma pauta ideológica, fortemente atrelada a "passar mão na cabeça" e a lei do menor esforço. E tudo piorado pela falta de concentração e impaciência do condicionamento as telas pelas crianças. Eu dei aula em faculdade particular por uns 5 anos no começo da carreira (faz uns 20 anos). Logo eu vi o q era um marmanjo barbado filhinho de papai. Mas a coordenação tinha uma proposta e apoiava qualidade. Cedo eu descobri o caminho: "quem quiser não faco chamada, pode sair, a prova e copiada da lista, basta copiar de quem fez. Quem quiser aprender de verdade, fica". Eu abria um computador e ensinava sem um ppt, só com exemplos práticos e no final fechava uma teoria. Mas seguia formalismos, entrava em detalhes. E com esses alunos que ficavam na sala, ganhamos competições de software na Microsoft, alguns sao donos hjs de grandes empresas, alguns moram fora do Brasil e todos são grandes amigos e me chamam de "mestre". Tenho orgulho de ter feito a diferença e orientado (inclusive IC) essas pessoas. E menos os "menos encantados" no final aprenderam e se posicionaram no mercado e na vida. Ou seja, o método do esforço e do livre pensamento funcionou. Funciona. É assim desde o Socrates e Platão. Cara, hj o esforço q eu faço com a minha filha p tentar ensinar algo bom a ela... Segue o meu perfil e olha o canal (q é p canal dela, pq é de menor: 11 anos). Vc vai entender até q ponto chega hoje um pai, lutando pela qualidade do ensinar, e do pensamento livre....... Estamos juntos, parabéns pela sua atitude, pela postura e pelos valores. Me identifiquei demais contigo. Só não sei se o ideal é partir para um cruzada contra o sistema (embora precisemos sim de uma revolução, tb temos contas p pagar). Uma dica que me ajudou na época que dei essas aulas foi essa coisa do que eles chamam de "construtivismo": ensinar fazendo. Digamos q vc vá ensinar a resolver um sistema linear, começa logo pondo um problema textual. E pergunta: e agora, como a gente começa? Deixa eles falarem. Deixa eles irem no quadro escreverem... Vai só guiando. Mostra o que não dá certo tb... Discute pq não dá certo. As demonstrações faz como problemas tb... Tem outro gosto ver a sacada da solução depois q vc quebrou cabeça no problema. A poesia da matemática aparece. E o formalismo vai surgindo por pura necessidade. Só no final vc dá nome aos bois. E muito exercício, muito problema... Quanto a minha filha, acho q um último reduto de qualidade são as olimpíadas (matemática, fisica, química, redação, história)... Ali vive o espírito do aprendizado. Eu enfio ela no que aparece... E tendo levar tudo numa boa. Mas não é fácil. Parece que isso aqui ficou uma monografia/desabafo... Kkkkk. Resumindo: TMJ!
Eu sou professor de Filosofia em uma escola pública. Estava dando aula sobre Platão e, para exemplificar o método dialético, provei o teorema de Pitágoras (como se fosse no diálogo do Mênon). Os alunos ficaram olhando com uma cara de "Como assim? Não era aula de Filosofia?". Acho que só não fui demitido porque sou funcionário público. O pessoal acha que filosofia se reduz à humanas (coisas do Enem e do Estado brasileiro). Deprimente...
@@vierhundertvier5497 exatamente. Eu então sou especialista em filosofia da matemática. Tales, Pitágoras, Descartes, Pascal, Leibniz e etc. Incontáveis exemplos que, em minha aulas, sempre tento mostrar a conexão entre filosofia e matemática. Tento manter uma abordagem bem interdisciplinar, mas em algumas turmas não funciona.
A dialética é a estrutura tese+antítese=síntese, não é? Então uma demonstração nesse sentido seria depurar a hipótese de forma a adequá-la à realidade. Apresenta-se a hipótese e a confronta com sua oposta, a fim de encontrar a síntese, que é o produto final do processo. Eu não estudei isso, pois nem professor de filosofia eu tive, mas eu ouvi e procurei entender do que se trata, então achei várias coisas na filosofia que tem o nome "dialética", tais como: a dialética das antinomias, do Mário ferreira, dialética, de Hegel, dialética em Kierkegaard, dialética erística, do Schopenhauer, dialética do esclarecimento, do Adorno e até a dialética marxista.
Eu não fui demitido, mas já levei muita bronca por "complicar a vida dos alunos", quando tento fazer com que eles entendam conceitos, procurem visualizar o que estão fazendo, e, principalmente, questionem aquilo que aprendem. Em geral, eles querem só as fórmulas, e exercícios feitos para encaixar nelas. Ainda bem que aqui no RUclips posso ensinar do jeito que gosto. Os curtidores são poucos, mas bons!
Estou no oitavo ano do fundamental, a educação e lamentável!, queria que você fosse meu professor!, só que o conceito de educação no Brasil e limitado você merece o exterior!!.
Na teoria é uma linha crescente, se você teve tempo de partir do básico ao avaçando GG, mas chegar para alunos que nem sabem somar e colocar o avaçado dar errado
Um mês atrás, comentei que "quase" fui demitido. Agora isso mudou. FUI demitido. É chato, mas tenho certa honra que pertencer a esse clube de professores que querem realmente ensinar. Sinto muito pela educação brasileira...
Como professor de ensino fundamental na década de 1970 eu já recebia reclamações de pais de alunos sobre meu método de ensino, simplesmente porque eu obrigava os alunos a ler, entender o que haviam lido e a raciocinar. Venci essa parada porque o diretor entendia meu objetivo e simplesmente mandava os pais a terem paciência e a confiarem em mim e de fato, os resultados ao longo do tempo, foram fantásticos.
Funciona como uma faca de dois gumes: nós seres humanos somos motivados por um fator inicial, nesse caso a sua didática enfatiza o estresse como mecanismo de incentivo a ler e raciocinar sobre o que se leu, ao mesmo tempo que pode fazer alunos preguiçosos a se esforçarem, pode fazer alunos que não conseguem lidar com esse estresse se frustrarem
@@saitamablz1512 Não é.. pra quem vive fora da bolha sabe muito bem que o sistema corrupto nunca preparou pessoas para se tornarem livres... E um dos propósitos comunista é emburrecer o povo, para assim doutrina-lo!
Olá amigo, tenho zero de surpresa sobre isso. Quando estava dando aula, estava com uma turma pra vestibulares militares, em que a matemática é bem mais elaborada. Coloquei algumas demonstrações e alguns conceitos de ensino superior pra ajudar a entender como fazer as questões mais abstratas e trabalhosas e a reação foi a mesma. Todo mundo tava se perguntando onde estavam as fórmulas e as correções de exercício. Mesmo eu explicando que as demonstrações eram só expositórias e nao caía na prova, ficou muitos alunos duvidando e demorou meses pra eles perceberem que realmente ajudava a entender o conteúdo. Enfim, hoje está tudo bem, eu saí por uma oportunidade melhor em tecnologia, e uma aluna acabou passando na segunda tentativa, e eu e o dono do cursinho somos super amigos, mas foi sorte viu. Uns meses atrás descobri que sou autista, então foi um erro tremendo eu usar o meu processo de aprendizado pra ensinar os alunos em geral. O fato é que todo mundo que tá lá estudando não quer saber de mais nada além de usar matemática pra ganhar dinheiro, e não é um professor na sala contra o mundo que vai mudar isso. Tem que ser uma transformação cultural que provavelmente durará décadas...
É justamente isso que os professores não entendem... Reclamam de influencers que querem dar aula sem ter estudado pedagogia mas o aluno só quer passar numa prova, não aprender a matéria. Isso causa muita dor de cabeça em profs
quais são as características suas como autista? pode detalhar? que eu tô achando que tenho problemas psicológicos sérios, ando apresentando um monte de problemas psicossomáticos. A realidade a minha volta parece distorcer quando não estou interessado em algo, além da bagagem de Ansiedade Social, TOC e Paranoia.
@@thomasthemazzerrunner3615 Então, cara, são várias. Vou enumerar algumas: 1) eu sou estrábico, bem comum em autistas. 2) fico cansado rapidamente em lugares barulhentos 3) fico cansado rapidamente em lugares muito iluminados 4) tenho problemas gástricos desde a infância 5) fiquei de 10 meses até uns 4 anos com um vocabulário de umas três palavras, só comecei a falar mesmo quando já estava lendo, o que eu aprendi sem a creche 6) eu nao tenho o sotaque mineiro característico da minha região, bem comum em autistas, pq normalmente aprendem a falar quando assistem muita TV, e o sotaque da TV é diferente. 6) Alinhava os brinquedos ou deixava eles numa posição simétrica quase sempre. 7) Gravava os desenhos com fita cassete e ficava o dia todo assistindo os mesmos episódios por meses. 8) Tenho insônia 9) Quando durmo, sempre me mexo, desde criança 10) O toque das pessoas me deixa agitado. 11) Brincava muito com massinha quando era criança 12) Quando tinha uns 10 ou 11 anos, já bem velho, meu pai contava piadas e eu não entendia. 13) Só uso roupas simples pra ir em todos os lugares, pq incomodam. 14) Nao uso algumas roupas por causa da etiqueta incomodando. 15) Não como cebola, milho, couve, cenoura, salpicão e outras coisas por causa da textura. 16) Tenho esteriotipia de fica andando de um lado pro outro quando estou ansioso. 17) Tenho ecolalia de falar sozinho o que tá na memória de curto prazo. Se eu procurar deve ter mais até. Enfim, é um espectro. Vai afetar pessoas diferentes de forma diferentes, e alguns comportamentos pode ter em pessoas típicas também. A melhor forma de saber é fazer a avaliação neuropsicológica, eles tem os testes com as tabelas lá e sabem bater o martelo pra intensidade deles pra saber se vc tem TEA ou nao. No meu caso, foi até bem mais do que eles precisavam pra diagnosticar, o que me surpreendeu.
ERRADO . O professor muda o MUNDO SIM do contrario por que caralhos o NEOLIBERALISMO americano e o NEOFASCISMO odeia tanto os professores??? Será que é porque Malba Talhan , Karl Marx, Simon Ohm eram PROFESSORES???
Estudei com o livro Matemática Moderna do Oswaldo Sangiorgi. Acho que por isso me formei em Artes com especialização em Desenho Geométrico e ensinava os alunos a desenharem azulejos para área molhada, desenhar a fachada da casa deles, etc. As quintas séries podiam errar até dois milímetros, as sextas um milímetro e daí para a frente nem um e eu corrigia todos e eles aprendiam. Isso foi em São Paulo capital, na Vila Nova Galvão.
Amigo, isso é um problema do mundo real: nas escolas particulares os alunos são os clientes e como vc sabe do ditado " o cliente tem sempre razão". aprendi isso, com pouco tempo de sala de aula. Hoje consigo perceber que não existe grande diferença das escolas particulares para as públicas, a diferença é que nas públicas faltam professores... E de maneira geral o professor está sempre preso ao que a coordenação da escola quer que você faça, o professor tem pouca ou quase liberdade nenhuma para fazer os alunos pensar.
Estudei em escola pública e particular. Em universidade pública e particular. A verdade é que o sistema particular é melhor que o público, isso é indiscutível.
Cara dei aula de reforço para escola pública e para particular e te digo há diferença sim, no conteúdo e na forma que é ensinado. Claro que tem alguns alunos de escola pública fora da curva e de escola particular abaixo da média, mas o conteúdo dado é extretamente superior na escola particular e falo isso para alunos da mesma série.
Como diria um amigo meu, a diferença entre a escola pública e a privada é só a realidade social inserida, mas a educação é a mesma. Eu fiz o ensino médio em escola particular e vi que não serviu de muita coisa. Tive que fazer cursinho pré vestibular para dar uma reforçada.
@@sarah31400 , não fode. Quer dizer que professor tem que aceitar um salário de merda e aguentar as condições que são dadas dentro e fora da sala de aula?
A minha história é nessa linha. Recentemente eu desisti de uma bolsa de mestrado em Matemática Pura na UFRGS porque fui aprovado em concurso. Fiquei indeciso por causa da minha situação financeira e fiz uma escolha de viés utilitário - triste opção. Em 5 meses de aula passei os piores momentos da minha vida, justo em uma sala de aula. Fui lecionar em colégio estadual militar que, a princípio, tem o modelo semelhante ao das escolas particulares. Além do péssimo ambiente gerado pela empáfia professoral, a constante reclamação dos alunos e seus pais acerca dos meus métodos e exigência tornaram a exoneração inevitável. No fim das contas, acabei por desistir: a culpa é sempre do docente, principalmente se voce for jovem e "inexperiente". Enfim, aconselho a quem gosta de matemática se distanciar das salas de aula. Tentar explicar os meros princípios do sistema numérico posicional para alunos de EM já é um tiro que sai pela culatra, e olha que estava na apostila do colégio. Agora estou sem mestrado e sem emprego.
Eu sou apaixonado pela matemática, mas não teria saco pra isso, por isso que fui pra uma área como Ciência de Dados, já que posso usar estatística avançada constantemente
Cara eu fui o professor do comentario, tenho uns 10 anos de experiencia. Qdo assumi a vaga a escola me disse que podia puxar os alunos kkkk, em outras escolas eu ficava mais de boa. Em escola que ninguem queria aprender nada trabalhei durante mais tempo, qdo entrei falaram que o nivel era la embaixo, que passavam todo mundo ... a cobranca em cima de mim era baixa, entao estudava no colegio. Vc podia ter entrado no mestrado sem bolsa e usado a escola, para ficar estudando as coisas do seu mestrado, dar o minimo do minimo e ficar la de boa. Eu penso em pegar publica por conta disso. Eu so me fudi, pq falaram que os alunos eram bom desse lugar que trabalhei e que podia puxar kkk, dai pensei otimo vou poder fazer umas coisas mais interessantes.
Tenho um desabafo pra fazer, curso engenharia em uma faculdade particular. Sou de longe um aluno no máximo mediano, mas o nível da minha turma é extremamente baixo, eu juro por tudo que é mais sagrado, minha prova de " cálculo " foi sobre função afim, e ainda teve bastante nota vermelha. Perguntei para alguns professores o pq o conteúdo sem tão enxugado e até " trivial ", eles responderam que se fossem passar do " jeito certo " praticamente não teria alunos no curso
Pior é que sem os conhecimentos necessários de cálculo, o resto da engenharia fica totalmente inviável. E aí os alunos passam o resto do curso todo decorando... Não vão entender absolutamente nada! De que adianta ? Entendo que tem a questão do lucro, mas chega uma hora que a reputação de que a faculdade não ensina nada acaba afastando os alunos dela.
A educação virou um mercado e isso é um problema. É duro dizer mas é quase como uma venda de diploma.... e eu acredito que um dos motivos pelo qual muitas pessoas não conseguem emprego após formadas é justamente esse, passam anos na faculdade e aprendem muito pouco. O mercado na atualidade valoriza pessoas que sabem resolver os problemas de sua área, se a pessoa não aprendeu bem isso durante seus estudos só o diploma não irá ajudar, pois o diploma por sí só não tem mais o peso que tinha há 30 anos atrás.
@@cristianoo2 a verdade é qnd formarem nem 0,5% dos engenheiros vão usar cálculo na vida então no fim tbm n é como se fizesse tanta diferença assim kkkkkkk, sou engenheiro. E se aprenderem a usar uma calculadora mais ou menos que já resolve integral e equação diferencial já é meio caminho andado.
@@samuel9294 por causa desse tipo de mentalidade que o mercado está cheio de péssimos "engenheiros" que no fim das contas não sabem fazer nada e vão dirigir uber.
A meu ver um vídeo que "choca" e "'quebra paradigmas''' : eu ainda não havia ouvido alguem com tua coragem para debater esse tema sobre "cobrar demonstrações" e achei excelente! Na minha licenciatura, vários colegas achavam "absurdo" cobrar alguma demonstração em avaliações e acho que, em parte, isso explica o motivo de nosso ensino de exatas ser tão "mecânico" e ineficaz. Lamento pelo colega demitido e parabenizo pelo excelente vídeo e pela tua coragem em trazer esse assunto para o debate!
Ah..faltou eu comentar da "inveja" que tenho por vc ter o livro físico do Sangiorgi que, na minha opinião, é um livro excepcional e que é muito difícil de encontrar! 😄
Eu sou professor de física, e ja levei muita bronca por "complicar a vida dos alunos". Eles querem que eu seja como o professor top de cursinho que ensina o macete. Nada contra isso, e pelo bem da minha saúde mental passei a atendê-los mais dessa forma, infelizmente é deprimente.
Que absurdo. Na USP passei a graduação inteira fazendo demonstração de teoremas e só assim vc entende o que está estudando com mais profundidade. Espero que vc consiga logo outro emprego e divulgue ainda mais a beleza da matemática.
Infelizmente é isso. Para alguns alunos não adianta querer nivelar por cima. Tem pessoas que querem o basico nada mais. Mas pelo seu relato você estava ignorando a queixa dos alunos. Quando se é professor você tem que ter cuidado com a autoridade. Você pode impor respeito mas não pode obrigar. Precisa ser flexível e conversar sempre com a coordenação pedagógica. Você foi demitido do colégio privado, e no privado o cliente fala mais alto. Com o advento do ensino a distância você pode ter alunos com esse interesse se nutrindo do seu conhecimento e curadoria. E você pode cobrar por isso.
@@pedrobatista5364 eu trabalhei 2 anos e meio num colegio anterior a esse privado tbm e me habituei ao sistema deles, que na verdade era em comum acordo com os professores (se um professor vinha com alguma ideia diferente na maioria das vezes eles topavam, nesse colegio escrevi cartas de recomendacao, para alunos tentarem fazer graduacao no exterior, supervisionei alunos no programa jovem cientista do Instituto Butanta ... ) nesse pedi demissao para ir para um mais proximo de casa que foi esse que fui demitido durante o periodo de experiencia, fiquei la 2 meses e meio somente. Eu nao consigo virar a chave rapido e no anterior era outra pegada. No entanto concordo com seu comentario de maneira geral. Flexivel acredito que seja com as avaliacoes, os alunos poderiam tirar vermelha nas avaliacoes comigo que ficavam com azul de media final bimestral, por conta dos trabalhos, sempre peguei bem leve nos trabalhos e raramente alguem ficava com vermelha comigo. Eu ate deixava escreverem na prova com palavras o que entenderam sobre o assunto e tudo considerava, nao necessariamente precisavam resolver a questao para ganhar uma fracao do ponto, a unica coisa que nunca considerei foi formulas jogadas, contas sem nenhuma explicacao e resposta sem desenvolvimento, se alguem desenvolvia e chegava numa resposta errada considerava o ponto total. O que nunca consegui me adaptar foi a cursinho, por isso sempre trabalhei em escolas, mas eh isso cada escola eh diferente da outra. Nao ligo para conteudo, tanto que tinha turmas que andava bem devagar na disciplina por serem mais fraquinhos (e varios pais reclamaram dessas turmas pelo professor nao dar toda a formacao geral basica, nao tinha como ficaria tudo atropelado), mas essa parte em entender o pouco, mas bem sempre julguei importante, tambem retornava conteudos anteriores e a coordenacao reclamou disso, que devia so seguir, precisava de algo antes que nao sabia e nao podia mais ficar voltando, passava como atividade topicos anteriores para estudarem e eles nao estudavam e varios se queixavam que ja tinham visto em anos anteriores, perguntava algo sobre e nao sabiam responder. Nunca cobrei memorizar formulas nem nada, somente o entendimento. Deixava levarem uma folhinha de cola nas avaliacoes, na escola anterior tinha mais liberdade e la podia adotar a prova-escrita-em-fases e dava super certo, os alunos aprovavam, pais o sistema era adaptativo era muito bom, mas nessa ultima era um colegio mais tradicionalista nesse sistema mais fechado. Carreguei muitos vicios que adquiri do colegio anterior, qdo fui para esse.
Tenho um professor de física que tem domínio do conteúdo de trás pra frente. Fez engenharia, matemática e física. Sabe demonstrar todas as fórmulas do ensino medio de ambas matemática e física, o cara é muito bom. Cobra disciplina em sala e ao mesmo tempo é gente boa. Sou aluno dele a 3 anos, vou terminar o ensino médio agora com ele. No início, eu não entendia nada das demonstrações, entendia a ideia da formula e sabia aplica-la, agora as passagens que ele fazia, pegando uma formula e chegando em outra era absurda. Hoje de tanto estuda física e ver algumas demonstrações em momentos oportunos dele, as vezes ele mesmo passa varias fórmulas, fala q tem como chegar uma na outra ou como provar x coisas, mas que ele não fará para poupar tempo. Mas, agora, vejo as formulas e eu mesmo consigo demonstrar muitas vezes sem ele mostrar, é muito legal quando o professor realmente quer ensinar, nao apenas passar o conteúdo, consigo perceber uma diferença gigantesca em raciocínio e compreendimento agora dps de tudo isso. Procure uma escola que te abrace cara, ou continue com as demonstrações, mas como algo a parte, pra aluno que só quer as formulas, passe e resolva uns exercícios, dps mete bala na demonstração, com ctz vc é um bom profissional. Mas é importante também acompanhar os alunos, não cobrar demonstração, obviamente vc não vai chega lá colocar demonstrações e fazerem todos entenderem e serem incríveis na matemática só por isso, tem alunos que ali nem sabem propriedade de potência, o professor deve atingir a todos.
Queria ter tido um professor de física assim. Não só não tinha um bom conhecimento do assunto (sempre que eu fazia perguntas, ele não conseguia responder direito), mas durante meu ensino médio inteiro, meu professor de física deve ter dado o equivalente a 5h de aula. Ele simplesmente chegava na sala e liberava a turma para ir embora, os três anos de ensino médio foram basicamente isso. Todos passaram na prova (ele deixava colar) e sairam de lá sem saber nada. O mais chato é que os alunos consideravam ele um bom professor, enquanto aqueles que se esforçaram para dar uma boa aula eram ruins e chatos.
@@volexz estou experienciando isso agora, entrou um engenheiro pra dar aula de matemática pra mim na escola e o maluco não sabe matemática básica. É triste ter aula com algm que não gosta doq faz, felizmente peguei ele agora só no final do ano, 1 e 2 e a metade do 3 eu tinha aula com uma prof MT boa, ela é tira dúvida de outros professores de escolas avançadas pra tu ter ideia. Mas, esse é o caminho da educação, alunos bons vão pra medicina, engenharia, odontologia, química, estatística, ads etc. A licenciatura fica com o resto, aqle pessoalzin q n estudava nada e só fazia bagunça sabe, esses são os próximos professores. Eu sou um exemplo disso acho, queria ser professor desde o 7 ano, queria fazer na USP e estudar MT para ser um bom professor. Cheguei no segundo colegial e passei na USP/ fuvest, fui chamado pra fazer matrícula em licenciatura em matemática. Agora no terceiro me inscrevi pra física médica, vou fazer o curso e uma lic EAD, professor vai ser segunda opção quando cansa da carreira principal ou hobby. Infelizmente não dá pra ser prof no Brasil, conheci alguns professores que ganhavam bem em torno de 8-10k, mas trabalhavam o dobro e a direção comiam a alma deles, professor e equipe pedagógica boa em conjunto é coisa rara pelo q vi.
@@_Estudante 8k/10k é ganhar bem? Qualquer pessoa minimanete dedicada consegue ganhar 8k fazendo bootcamps e entrando na área de TI rsrsrs. Professor deveria ganhar 15k no mínimo...
@@osdeving comparar trabalho que gera riqueza no momento e a longo prazo no sentido da indústria brasileira n faz sentido. Sabemos qual q é valorizada.
A lógica no Brasil é de funcionalismo público, tudo tem que ser mais direto e rápido possível para preparar concurseiros, quanto antes alunos e professores aceitarem isso mais rápido serão felizes. Demonstrações são importantes mas a distribuição do tempo precisa que elas sejam jogadas para os "apêndices" da vida, só serão aprendidos por aqueles que realmente quiserem se aprofundar, em uma especialização acadêmica ou por conta própria
Na verdade a causa é de cunho privado, ou melhor, privatista. A mercantilização da educação tem como efeito uma pressão de grupos econômicos que pode ser sentida em sala de aula até mesmo no planejamento do professor... Educação privada é um mal a ser combatido.
Abri o vídeo sem pretensões e fiquei surpreso! Eu sempre tive ódio e raiva dessa parte de provar ou demonstrar. Eu peguei aquele boom dos vestibulares então essa cultura de tacar o f0dase para o conteúdo e focar nas questões era até incentivada por professores “Não é para entender é para decorar!” Essa frase era dita pelos professores de matemática da escola e cursinhos e eu concordava Depois de entrar na faculdade eu sofri demais por não ter essa base sólida… vivendo e aprendendo
Infelizmente os professores tem que se ajustar ao mercado ! Eu vi esse comentário no grupo e não pude deixar de me lembrar dos meus colegas da engenharia que sempre reclamavam dos professores que tentavam nos ensinar a pensar . Muitas pessoas enxergam a escola e a universidade como uma “ Loja de diplomas “
O problema é uma coisa chamada tempo. Não sou contrário a demonstrações, mas acredito que faz um pouco de sentido as pessoas não gostarem na escola e na graduação. Não somente porque demonstrações são extensas, o principal motivo é a falta de tempo e o excesso de conteúdos distintos cobrados em provas. Por isso, se as pessoas ficarem presas em demonstrações ao invés de focar nos exercícios práticos que costumam ser mais cobrados, elas acabam perdendo muito tempo. Entender demonstrações não torna necessariamente a pessoa muito ágil para fazer os exercícios práticos. Elas precisam de fazer exercícios práticos similares para agilizar o tempo nas provas porque são muitas questões e o tempo é curto. Os exercícios práticos servem para não perder tanto tempo pensando na hora de fazer exercícios nas provas. Exceto se as provas foquem mais em demonstrações. Mas não é isso que ocorre, tem muito professor que soca demonstrações, não passa exercícios práticos, mas depois só cobra exercícios práticos em provas ao invés de demonstrações. Ou então, muda o método de avaliação.
@@leonardocutrim6244ele já era rico, sempre foi, então ficou bem mais simples e tranquilo pra ele fazer isso, o mesmo não acontece com a maioria, nem todo mundo tem conforto suficiente pra fazer uma dessa
Olha clovis, a escola prioriza uma coisa e o professor é subjulgado, se parte da turma começa a ter um mal desempenho a culpa recai primeiramente no professor, muitas vezes o professor leva bronca da coordenação pq os pais de alguns alunos vem fazer reclamação que as notas estão baixais. Na minha carreira como estudante, desde o fundamental até o médio e em parte na graduação, eu vi pessoas que não estavam aptos em relação ao conteúdo e nem mesmo se importavam em estudar, terminei o ensino fundamental e médio ao lado de pessoas que eram incapazes de responder questões de soma e subtração, incapazes de responder questões de português e interpretação textual, história, geografia e etc. Muitas escolas simplesmente priorizam passar alunos, é algo tão bizarro, que eu tive a experiência de ver pessoas com dificuldade real em certas disciplinas e tendo que desistir dos estudos enquanto outros que so estavam gerando baderna na aula terminaram a formação. Tenho amigos professores, e esse relato da demonstração aconteceu com ele tbm (exceto que ele não foi demitido, so levou alguns avisos), ele recebeu reclamações por partes dos pais de alguns e da direção da escola por dar aulas e cobrar algumas poucas demonstrações, ele tbm acreditava que era algo que deveria ser ensinado cedo(obviamente não exagerando). A educação para muitos é vista apartir do viés utilitarista, por isso alguns pais e "cidadãos" desejam que so se ensine coisas "uteis" e que áreas como filosofia nem deve ser ensinada. Eu concordo bastante com o falecido Morgado, quando ele afirma que o Brasil prioriza o mal aluno.
Eu que escrevi o comentario do video, recebi os avisos, mas nao voltei atras eram alunos bem fraquinhos sistema eh tao bom que nao lembram ou sabiam fazer nada, pouco tempo trabalhando ali ja estavam pensando. Tbm falei que formula eh for mula (para mula). Recebi alguns avisos e o coordenador foi assistir algumas aulas minhas, depois disso que fui cortado, mas so comentei no grupo pelo fato do amigo o Cloves ter comparado o FME e a abordagem da matematica moderna, a gente quando faz licenciatura estudando sobre educacao matematica, conheco esse movimento que nao se vingou, mas o que faco eh muito mais simples. Tipo provar o teorema de pitagoras com quadradinhos, gastei uma aula toda nisso, pois eh mais dificil do que eles somente aplicarem, mas mesmo aplicar cobrava a escrita, que deviam fazer como redacao introducao, desenvolvimento e conclusao. O que so tinha a resposta eu zerava nas avaliacoes, ja colocava poucas questoes, para avaliar o raciocinio da pessoa.
Entendi man, sinto pela sua demissão por esse motivo, mas como foi uma escolha sua e de cabeça erguida pelo que acreditava devo então parabeniza-lo. No caso do meu amigo, ele acabou se adequando a tal escola, pois precisava do emprego e na época antes de conseguir tava 1 ano parado procurando um trampo, aí já sabe, era aceitar ou novamente ficar sem emprego. Sobre demonstração do teorema de Pitágoras , acredito que demonstrações visuais são bem palpáveis aos alunos(na vdd toda explicação visual tende a ser), particularmente eu gosto da demonstração do teorema a partir de *áreas* , onde se projeta um quadrado a partir da hipotenusa (a) e depois se completa as bordas com o mesmo triângulo retângulo inicial, formando um quadrado maior de aresta (b+c), por fim se igual-la a área desse triângulo maior com a área do quadrado menor mais a área dos 4 triângulos ( espero que dê para entender ). E sobre a demonstração em si, acho que se deve iniciar com escrita extensa, formando um argumento em sequência, como *"se número tal pertence aos naturais e é par e bla bla"* , dps que vai ensinando aos poucos simplificação com símbolos ( algo como "Se a,k *e N* | a = 2k então bla bla") .
Ah, esqueci de comentar, decorar fórmula não pode ser prioridade, eu deixei de decorar elas quando comecei a me atentar a conceitos, apenas algumas de fato sei de cabeça devido a importância ou hábito de usar com frequência. Por exemplo, a coordenada do vértice de uma parábola dada por uma equação do segundo grau, posso pensar que ele é a média das raízes ou o local resultante ao considerar ser uma raiz única, ambos resultam de maneira simples em -b/2a. Até ja comentei com Clóvis aqui nos comentários que o importante é priorizar as bases e conceitos, pois é a partir deles que o resto vai se sustentar, sem base o entendimento fica prejudicado.
Minha educação em matemática foi toda baseada em demonstrações. Antes de eu saber que existia a formula de bascaras pra descobrir as raizes da função quadrática eu aprendi fatorar e completar o quadrado. Depois de um semestre inteiro resolvendo quadráticas assim, foi que demonstramos Bascaras completando o quadrado. Em geometria analítica em cálculo, tudo que a gente fez foi demonstrado. Eu tenho 51 anos de idade e nunca esqueci essas demonstrações. Isso é como se aprende de verdade, pois 35 anos depois eu consigo fazer as mesmas demonstrações…
Infelizmente você está certo, nós da rede estadual, somos praticamente forçados a ministrar um currículo extenso, mal feito, e burocrático. Pior! Muitos alunos, inclusive do terceiro ano do ensino médio, não sabem matemática básica. Multiplicar, dividir, somar subtrair. Potenciação ?! É um bixo de sete cabeças! Sou professor de física e sempre me criticam, quando eu passo cálculos que exigem potenciação, "Pra que eu vou usar isto?"
Depois só estudar pré-cálculo caso for pra uma área mais de exatas, do contrário, vai viver normalmente sem que esse conhecimento faça realmente falta... Essa é a realidade. Por mais que a gente que estudou queira que todo mundo saiba, a realidade é que certos conhecimentos servem apenas para 1) quem trabalha diretamente com aquele conhecimento ou 2) quem ensina aquele conhecimento.
Esse vídeo é muito pertinente pro dia de hoje. Ontem, houve a prova de Linguagens e Humanidades, do ENEM; e hoje, estão chorando na internet, reclamando que a prova foi “interpretativa demais”, queriam perguntas pontuais, no estilo “Quem descobriu o Brasil?”. Resultado: pro aluno aplicado, nunca foi tão fácil passar num vestibular.
Um dos melhores vídeos que um pai preocupado como eu com a qualidade da formação intelectual do seu filho poderia assistir. Parabéns e você está correto!
Concordo integralmente com toda a sua crítica. Bastou ver este vídeo para me inscrever no seu canal. Sucesso e vida longa! Que essa pauta sobre a qualidade do ensino ganhe repercussão nacional. Conclamo a todos que concordaram com o vídeo a divulgá-lo para todos os seus contatos.
Nem te conheço mas isso não é demissão. É livramento. Ta na cara que vc pertence a outros lugares. Infelizmente a vontade de ensinar não ultrapassa certos limites tais quais a responsabilidade legal dos pais e suas decisões para os filhos. Vc preza a liberdade e a autonomia. Coisa de alma grande. Desejo sucesso ❤
Tive um professor de Física no ensino médio que guardo no coração por ter me ensinado a pensar além das fórmulas. Ele era ex-PM, o que rendia alguns episódios muito engraçados de perda de paciência. Nas aulas, ele fazia um excelente trabalho, mas, para mim, brilhou especialmente em algumas aulas no contraturno que a escola ofereceu como preparação para os vestibulares. Nessas aulas, ele nos ensinou análise dimensional, método científico e várias outras técnicas que me ajudam até hoje em tudo o que faço. Lembro-me de uma aula em que eu e alguns amigos estávamos fazendo aviõezinhos de papel. Em vez de nos repreender, ele tomou a situação para si e nos desafiou a construir o melhor avião. Para isso, nos ensinou a reduzir as variáveis a fim de melhor analisar os resultados das modificações. Ele nos pediu que anotássemos as mudanças como se fosse um 'versionamento' dos aviões e propôs que criássemos uma base de lançamento. A cada ajuste, explicava os conceitos por trás do sucesso ou da falha das modificações. Tudo isso em uma única aula, no contraturno, com apenas seis alunos. Fico imaginando o que seria ter isso todos os dias, voltado somente para quem tem interesse genuíno, sem a pressão de pais ou diretores. Os resultados seriam incríveis. Outros professores dessa escola e um do fundamental também me marcaram profundamente, justamente por ensinarem a pensar - não de forma deturpada, como na abordagem Paulo Freiriana, mas de verdade!
Excelente Vìdeo. O ensino de matemática e ciências em geral está sendo deliberadamente destruído no Brasil. Estamos formando seres humanos incapazes de pensar criticamente e criativamente. Aceitadores das "verdades" impostas por uma "autoridade" externa e dominadora. Essa verdadeira sabotagem é silenciosa. Uma vez questionei na escola de minha filha quando ela estava no 1ºano do fundamental I quando que seriam aboradodos os temas de teoria de conjuntos, geometria e raciocínio lógico. Lembro-me vivamente de ter introduções lúdicas e interessantes a esses temas na minha época da antiga "alfabetização". Para meu espanto, as professoras nem entendiam direito do que eu estava falando, pois nem elas, que eram cerca de 15, ou 20 anos mais jovens que eu, tiverem na infância contato com essas ideias. O ensino de raciocínio lógico, percepção geométrica, reconhecimento de padrões e ideias de conjuntos, elementos, união, interseção simplesmente desapareceu dos primeiros anos Fundamental I. Só sobrou a aritmética elementar, e mesmo assim, nem se ensina mais a tabuada, pois hoje se considera que "decorar a tabuada" é desnecessário, que a criança tem que usar outras "estratégias". A destruição é total e deliberada. O império quer nos manter como colônia.
Não ache que isso aí é culpa do Brasil, é uma tendencia mundial. Eu moro em um país que chamam de desenvolvido, e a educação chega a ser pior que no Brasil. O que falta no Brasil são recursos, mas a capacidade é igual ou superior a maior parte dos países que se julgam desenvolvidos.
Já fui demitido por ser bom demais, na epoca varios colegas me chamavam atenção pra relaxar, que eu era muito acelerado e que devia entrar no ritmo da equipe, ritmo esse que era basicamente, enrolar pra caralho e nunca bater a meta, mesmo que fosse possivel, com muita facilidade bater meta, jamais deveria ser feito. Não durei muito, pois batia a meta do mês em duas semanas, desequilibrei a ordem natural das coisas, o encarregado não gostou, antes que eu complicasse a vida dele, fui demitido. Justificativa que não havia mais serviço, porém se eu ficasse quietinho ainda estaria empregado, como um sanguesuga empresa.
Obrigado por ser um profissional competente; almejo ter o mesmo ímpeto e entrar de cabeça com situações do gênero. Pessoas como você inspiram-me a trilhar esta via tão ardilosa (em nosso país).
@@edulg eu tinha loja de roupa, sempre trabalhei muito, comercio todo mundo trabalha muito, quando fui pra industria, foi esse choque. Eu me sentia mal pra enrolar, fazer cera, fazer o minimo e mal feito ainda, de proposito, me sentia uma fraude, perecia muito errado fazer mas na industria isso parece ser o padrão uma perca de produtividade fudida, não tem incentivo pra ser eficiente como tem no comercio, na industria tanto quem trabalha mais quanto quem faz cera vai ganhar a mesma coisa
Tenho boa lembrança de alguns professores, mas tive uma que foi sensacional, ela despertou o lado do pensar da gente a questionar as coisas, por que daquilo? como posso seguir o outro caminho? e sim a minha turma era de 12 alunos, motivo, os pais os trocaram de classe, Ana Cristina ela se chamava, nunca foi esquece dela, enfim hoje o ensino ser tornou robótico.
Demonstrações é o melhor exercício que um aluno pode fazer em vez de desmembrar equação pronta. A gente não é ensinado a desenvolver o pensamento matemático, e sim a matemática manufaturada...
Lembro que uma das coisas que eu mais gostava na aula era quando o professor demonstrava uma fórmula, de onde ela vinha, fazia a gente entender o processo. Quando eu fazia provas e não lembrava da fórmula, cansei de fazer a demonstração na aba da prova para descobrir a formula e usar na questão. Claro que eu perdia tempo nisso, mas acertava a questão. Isso foi nos anos 80. O ensino de hoje nem imagino como esteja.
Uma das minhas maiores dificuldades em geometria é quando a questão me descreve uma figura... Mesmo as mais simples constantemente demoro até conseguir desenhar a figura. Acho muito ruim que a escola não estimula isso.
É possível exercitar a criatividade e o raciocínio lógico sem utilizar as demonstrações tradicionais da matemática. Para isso, uma das metodologias que pode ser utilizada é a resolução de problemas. Nesta metodologia, os problemas podem ser apresentados antes ou depois de certo conceito ter sido ensinado. Os problemas têm potencial para introduzir os tópicos de matemática ou aplicar os que já foram ensinados de diferentes maneiras, não necessariamente seguindo uma receita de bolo. No entanto, até mesmo esta metodologia(que não utilizasse de uma demonstração generalista, mas sim uma demonstração específica) não é bem recebida nas escolas. Se você montar uma prova com problemas ligeiramente diferentes dos que os alunos já viram em sala de aula, eles irão reclamar que o conteúdo cobrado não foi ensinado. Eles querem problemas semelhantes ou idênticos aos utilizados em aula e, quando não recebem isto, reclamam com a coordenação. Eu não acho que as habilidades de executar tarefas e de seguir instruções não deveriam ser desenvolvidas na escola, mas acredito que não deveriam ser as únicas. Em minhas provas, sempre procurei colocar pelo menos um problema que exigisse raciocínio ou criatividade dos alunos, mas não posso estender muito nessa área. Já recebi orientações de que uma prova de 0 a 10 pontos como nota deve ter 6 pontos "pa pum", que o aluno responda tranquilamente para garantir a média, e os demais pontos poderiam ser mais elaborados. Eu sou a favor das demonstrações no ensino de matemática, mas devemos ter muito cuidado e sensibilidade ao utilizá-las. Ainda há livros didáticos que fazem demonstrações de geometria, por exemplo, mas não costumam utilizá-las como exercícios. Cabe ao professor ser criativo para criar perguntas e problemas que levem os alunos a utilizar um pouco do método dedutivo. Infelizmente, muitos alunos tem dificuldade até mesmo os processos mecânicos como efetuação de contas, cálculo de valor numérico de expressões algébricas e resolução de equações do primeiro grau. Acredito que a limitação dos métodos não sejam os principais problemas no aprendizado, mas na estrutura escolar e familiar. Por exemplo, a quantidade de alunos em sala de aula, a falta de individualização do ensino (muitos são obrigados a estudar quase tudo de todas as áreas - ensino conteudista), acompanhamento dos pais (incentivando seus filhos a estudar e efetuando controle - aliás, está é uma das diferenças entre escolas públicas e particulares). Enfim, o buraco é mais embaixo.
o problema é que não cabe tanta informação. As vezes o professor fica maravilhado com sua área porque estudou a fundo e quer passar para o aluno, mas em contrapartida o cara é quase zerado em outras matérias. Já o aluno é cobrado em todas as matérias. Se você pegar a época que haviam 11 matérias cada qual com 3 livros didáticos. mano, é informação pra kct.. poucas pessoas realmente domina o conteúdo dessas 11 matérias e isso inclui os próprios professores! Quando eu estudava, tentei estudar 'de verdad' e a primeira coisa que percebi é: ok, ok... muito top biologia, filosofia então nem se fala, arte é bastante agradável, mas se eu não vou dar conta de estudar tudo isso, porque vou ficar um bom tempo preso em física e matemática... Essa é a realidade... O cara precisa ser realmente MUITO CDF/NERD para dominar todas as 11 matérias em um nível alto, mesmo considerando APENAS o material do ensino médio...
Bom dia professor. O senhor está ensinando a autonomia de pensamento. Quero dizer , a demonstração mostra ao estudante que em algum momento do desenvolvimento que se perder poderá voltar e retornar de inde se equivocou. Já tenho nível superior e meu segundo grau com preparatório para vestibular, e hj é o ENEM. Meus professores de matemática ensinava a desenvolver e como era preparatório e não se podia investir muito tempo na questão, também ensinava a forma resumida. Então tinhamos os dois caminhoes com possibilidade de se criar um terceiro. Na faculdade tive o prazer de um professor de cálculo que disse a seguinte frase:" vocês tem duas opções ou serem pessoas que pensam ou simple apertadores de botão (usar a calculadora)". Eu fiz aquilo que ja era de costume, desenvolver o raciocínio. Tirei vário s 10, não pelo resultado pois por aproximação gera erro no resultado mas ele considerava pelo correto desenvolvimento. E colegas de classe ficavam chateados pelo meu método, mas fazer o que? Hj em dia tenho esse costume para tudo e sou considerado "lento" para aprender pois para eu decora tenho que entender como se chegou naqueke resultado. Mas essa sua passagem na vida de professor é devido a cultura do resultado, macetes e fórmulas mágicas. E o pais não entendem que seus filhos estão sendo doutrinados a serem geradores de resultados e só. Mas aquele que perceber que a diferença no futuro muito próximo será aquele mque detiver o desenvolvimento de raciocício e não apenas consumir o enlatado terá lugar no mercado serão os próximos profissionais do mercado bem pago. Creio que o conhecimento tem que ser integral, mas acho que segmentam muito que é para se ter controle da população, mas acho que isso se usa para tudo. Obrigado por ser assim. Outra coisa, usei muito os livros do Sangiorgi no período da antiga 5ª a 8ª.
Eu observo comentários que afirmam que a educação no passado era melhor do que a de hoje e me pergunto: será que as pessoas daquela época também diziam que a educação do passado era melhor do que a de seu próprio tempo? E se essa crítica fosse uma constante, até onde chegaríamos? À Idade Média? Hoje, no meu estado, existe ensino integral, e na minha época de estudo isso só era acessível para pessoas com muito dinheiro. Foi um avanço ou um retrocesso? Acredito que foi um avanço, mesmo que o conteúdo ainda não seja o ideal. Mas é um avanço... O primeiro passo para a Coreia do Sul melhorar sua educação foi universalizar o ensino e, posteriormente, focar na melhoria da qualidade, com medidas como o aumento do salário dos professores. Isso demonstra que, para educar um povo com qualidade, não basta focar apenas no que se ensina; é necessário um conjunto de medidas. Eu sou do tipo que acredita que a humanidade sempre evolui, mesmo que, pontualmente, possa parecer haver retrocessos aqui e ali. No contexto geral, sempre evoluímos.
Isso foi algo que sempre me intrigou e intriga até hoje, não consigo ver lógica em aprender algo para o qual eu não sei em que se aplica no mundo material, eu já discuti inúmeras vezes esse tema com meus professores, eu pensei ser maluco, mas hoje achei a resposta para o que me intrigava referente a matemática. Era isso que eu estava procurando.
Obrigado pelas ótimas ponderações! É isso mesmo, hoje fabricam-se máquinas de gabaritar nas escolas, quando muito. Confesso que gosto muito de Matemática e hoje trabalho como programador. Seu vídeo reforçou uma ideia que tive de que devo (re)começar minha jornada na Matemática sem medo de ser criativo, levando em conta o meu tempo e sendo esse processo algo que faça sentido e me satisfaça.
Hoje em dia, principalmente em Ensino Médio, as escolas são muito mais um preparatório pra ENEM ao invés de um lugar de educação em si. Só sou o que sou hoje, intelectualmente e academicamente falando, porque eu mesmo corri atrás. Fiquei extremamente aliviado em descobrir na graduação que o processo de ensino dos docentes não era o mesmo que os dos profs do ensino médio. E no fim do dia, não posso culpar meus professores do EM. Afinal, se a escola não traz resultado no ENEM, os pais não matriculam seus filhos lá e, consequentemente, os professores sofrem junto. Devia haver alguma mudança no processo de ingresso à graduação pública ou a mediocridade do ensino vai se manter mesmo pra os que estão interessados.
vestibulanda de medicina aqui 🙋🏻♀️ sempre frequentei escolas e cursinhos famosos pela preparação para os vestibulares. E é verdade, o foco nas provas, principalmente enem, nos torna muito fechados na matemática e não vemos ela como deve ser vista! recentemente iniciei uma formação de matemática à parte, e é outra coisa quando se começa consolidando primeiro a lógica. Parece até outro mundo. Infelizmente a concorrência e carga de conteúdo nesses vestibulares está cada vez mais absurda e nós alunos tendemos a tentar facilitar essa jornada como pudermos. Uma pena que nos enganam quando dizem que economizamos tempo aprendendo "só a fórmula".
Isso é normal infelizmente. Foi por isso que larguei a educação e virei programador, hoje dou aulas particulares por hobby pra quem tem realmente vontade de aprender
Isso quase aconteceu comigo quando eu era professor de física. Não fui demitido, mas os alunos reclamavam. Eu queria fazê-los entender os conceitos e usava as fórmulas como ferramentas para eles entenderem os conceitos (as fórmulas não eram um fim em si mesmas). Além disso, queria estimular o pensamento e o aprendizado usando o método científico.
Aos professores que lêem estes comentários e compartilham do mesmo desânimo de tantos outros que relataram suas experiências: há hoje muitas famílias que pagam professores por aulas remotas para obter auxílio no afterschooling (que visa justamente suprir déficits verificados na escola) ou homeschooling. Esse mercado não para de crescer e não é sequer preciso dar aulas particulares - frequentemente os professores montam verdadeiras turmas virtuais! Sem contar que muitas vezes é também financeiramente compensador, já que o próprio professor pode ficar com todo o faturamento para si.
Se seu trabalho é fazer os alunos pensarem, continue assim. O que importa é você estar com a consciência tranquila de que está fazendo um bom trabalho. Para evitar essas situações, talvez fosse interessante explicar esses tópicos mais avançados e esmiuçados em aulas específicas ou então fazer aulas gravadas, as quais qualquer interessado possa ter acesso. Que Deus te abençoe 🙏
Ótimo vídeo. Você está totalmente certo, hoje em dia os professores só querem passar o conteúdo da melhor forma para ele e não quer saber se você está de fato aprendendo ou pior ainda a aplicabilidade do que se aprende ao mundo real. Teoria e pratica devem andar juntas senão não tem sentido existi-la.
Até o fim da 8ª série frequentei uma escola particular “alternativa” , que seguia pedagogia Freinet. Acho que ela se mantinha viável mais pelos alunos pequenos do berçário e pré-escola, pq lembro que minhas turmas de ginásio eram minúsculas, um ano chegou a iniciar com turma de 8 pessoas. Mas é incrível como fazia diferença. Tinha vários colegas super engajados, mas mesmo os menos interessados não tinham essa reação de rejeitar essa forma de ensino… acho que era aceito / esperado como o normal. Lembro depois de começar o ensino médio no Anglo e não me adaptar de jeito nenhum ^^; Terminei a 8ª série em 2007… a escola ainda está aberta. Vontade de visitar e ver se ainda é como antes.
Apenas para expandir e não me posicionar, quero fazer uma provocação. Me parece que o que se ensinava no ensino fundamental 2 era realmente mais complexo do que o que se ensina hoje; quanto a isso, não tenho dúvida. Meu ponto de questionamento é que havia uma prova para entrar no fundamental 2, de forma que uma grande parcela dos alunos não seguia para essa etapa. Minha pergunta é: até que ponto esse processo tornava os alunos que entravam mais aptos a receber esse nível de ensino? Outro ponto é: quanto desse conteúdo era realmente absorvido? Concordo que é preciso educar para formar um pensador qualificado, mas sempre tenho receio ao fazermos comparações que envolvem, direta ou indiretamente, gerações, passado e presente, pois a falta de alguns elementos de contexto pode nos levar a conclusões equivocadas. Como disse, estou apenas tentando expandir a reflexão... rs
Conseguir fazer sua propria demonstracao é tão graticante, materia de teoria dos numeros, teve um exercicio de prova que fiz a demonstracao e nao estava igual a do professor, ai ele revisou e estava tao certa quanta a dele, e o mais legal, na hora da correcao ele mostrou para a turma as duas formas de demonstracão, fiquei muito feliz :D
Certa vez um chefe meu, que fez o ensino medio por volta de 1978, comentou que aprendeu cálculo (limites, derivadas etc.. ) no ensino médio. Segundo ele havia um sistema de estudo meio autodirigido em que o professor apenas tirava duvidas e indicava os "pontos" a serem estudados, que o estudante encontrava em livros na biblioteca. Desde entao fiquei muito interessado em encontrar esses livros. Ja ouviu falar sobre isso? Achei lindo esse livro mais antigo explocando sobre os conceitos fundamentais de postulado axioma.. sou bem limitado nisso e gistaria de aprender.
Sou um velho de 58 anos e nunca tinha sido nem regular em matemática no início de minha juventude. Um dos motivos, é que na minha cabeça, tudo que se aprende deve ter um porque lógico. Minha mente de jovem adolescente travava quando era obrigado a aprender algo que não fosse explicado a sua origem e função na vida real. Tentava questionar os professores, do porque eles não ensinavam quem criou as formulas e cálculos, e para que serviam. Eles não estavam nem um pouco interessados. Daí comecei a desenvolver uma antipatia pela escola e vê-la como um meio de emburrecer as pessoas. Me apaixonei pela leitura, e nos livros descobri um universo de conhecimentos muito mais interessantes que na escola. Foi aí que a abandonei na 7º serie. Casei aos 22 e pela necessidade de ganhar dinheiro, vi que tinha que voltar a estudar, só que já tinha muitos anos parado. Erroneamente, comprei um diploma falso de primeiro e segundo grau, me escrevi no vestibular da federal, e comecei a estudar sozinho. Eu não tinha terminado nem o primeiro grau, como sonhava em aprender sozinho para um vestibular de federal, numa época onde só as faculdades públicas existiam? Executei o sistema que toda escola deveria executar. Trouxe a lógica para o centro de tudo. Comprei os livros de matemática das outras matérias, dede a alfabetização até o segundo grau completo, fazendo resumos anotados de todos sobre o que eu achava que eram os pontos mais importantes. Depois só estudava os resumos. Quando pratiquei esse método de estudo, meus problemas de matemática sumiram, e comecei achar matemática interessantíssimo, e até gostoso. Estudava das 9 da manhã às 9 da noite, com intervalos de 1 ou 2 horas para reiniciar a mente. Gostei tanto que pensei em prestar o vestibular para Física, para vocês terem uma ideia. Mas pensando direito, conclui que era um salto muito grande e optei por letras, que também gostava e queria aprender a escrever melhor. Resultado, passei de primeira no vestibular da federal de meu estado, considerado na época um dos mais difíceis do país. Eu com apenas a 7º seria, agora fazia parte dos alunos da federal de meu estado, que na época contava apenas com 10 mil concludentes, num estado de milhões de pessoas. Já na faculdade, passei em todas as cadeiras com louvor no primeiro semestre. Lá me deparei com um ambiente menos ruim que na escola, mas onde também a lógica e a paixão pelo conhecimento estavam ausentes. Funcionário público, no geral, livrando as exceções, é uma desgraça. Faltavam direto... Me enfadei novamente. Por preguiça e parte por não achar correto a compra dos diplomas de primeiro e segundo grau, rasguei-os e abandonei a faculdade. Nunca mais voltei a sala de aula. Hoje sou empresário do ramo de transporte e ganho mais que a maioria dos professores de faculdade. A fome de conhecimento nunca se apartou de mim. Vejo minha triste história com lamento. Sou um talento para os estudos desperdiçado. Parte do problema fui eu sem dúvida. Mas a outra parte foi o sistema burro da escola, que quer transmitir conhecimento, deixando a lógica de fora. Isso emburrece de fato. Daí porque encontramos pessoas extremamente bem sucedidas na vida acadêmica, mas quando chegam na vida prática profissional são um fracasso. Aleijaram o jovem de seu talento natural, a alógica. Jamais o ensinaram a pensar, só a decorar fórmulas e regras. Hoje sou o colte de carreira dos meus filhos, que alias são muito bem sucedidos nos estudos e na carreira profissional. Desde pequenos tentei passar para eles uma visão lógica dos estudos e da carreira profissional. Mostrando que esta última é apenas um jogo. E que não importa quão bem sucedido você tenha sido na vida acadêmica, se você não entender as regras do jogo, você vai ser um fracassado. Também tento ajudar a todo jovem que posso e queira, quanto a estudos e carreira profissional.
Nem terminei o vídeo ainda,mas vc perdeu o emprego,porém encontrou uma forma estética para gravação,isso de passar de uma tela pra outra dos Pcs,passando pelos livros etc,enquanto fala,ficou muito bom 😅
Esse livro é muito didático, instiga a criticiade, vou comprar, a escola nem pediu, só vou usar por que eu quero, sei que esse pensamento crítico é libertador no aprendizado de qualquer coisa
Brasil "evoluiu" qdo Feynman veio ao Brasil criticou o ensino de física pois as pessoas não entendiam o que estavam fazendo e os físicos ficaram magoados com ele... Hj os pais tb ficam nervosos se fazem os filhos pensar... Esses livros antigos de física, química e matemática eram ótimos, aí veio uma turma lacrate que falou que aluno não precisa aprender o que não vai usar no seu dia a dia e aí vc tem uma prova do enem que é difícil por mero cansaço em ter que ler 45 questões... Finge que ensina e o aluno finge que aprende... Mas os filhos dos ricos estão aprendendo muito bem...
Eu tive uma professora na sétima série do fundamental, Ana Lúcia, ela também não estava nem aí para as fórmulas. Ela exigia (na verdade não exigia, mas preferia) que nós provássemos os resultados dos problemas através de demonstrações. E eu amava isso, porque nunca fui muito bom em deocrar fórmulas.
Cara, sinceramente, eu seria um dos que reclamaria, hoje tenho 24 anos, engenheiro e mestre em engenharia naval, mas nessa idade aí, entre 10-17 anos, ninguém tá nem aí pra beleza da matemática, cara, os adolescentes só querem que o professor dê o conteúdo da forma mais simples possível de entender para saber o suficiente pra passarem de ano ou no curso que querem; que não sobrecarregue ninguém porque também tem outras 7 aulas no mesmo dia para assistir, e que vá embora logo pra terem um tempo para respirar, e pronto… Não acho que estejam errados, é só a forma como enxergam as coisas nessa idade. Você seria demitido na escola que estudei também. Pode dizer que o errado é o sistema educativo, mas aí já é outra discussão só uma grande revolução mudaria…
O seu vídeo é um serviço para a humanidade, rica de conteúdo e reflexão para os alunos... Precisamos de mais professores como você e lutar por uma qualidade de ensino mais Paulo Freire
Meu apoio e minhas condolências pelo ocorrido. Muito se fala sobre Brasil aqui nos comentários, mas o problema é mundial. E o problema já existia em gerações anteriores, inclusive na década de 70 de onde vem essas pérolas em forma de livros. A diferença era filosofica. Na década de 70, quando surgia essa resistência ao pensamento, dada a preguiça natural das crianças, a coordenação entendia o objetivo, dava apoio ao professor e pedia paciência aos pais, q confiavam no trabalho. E depois de um bom esforço, mentes pensantes floreciam... E os resultados eram fantásticos. Mas entramos numa era, inclusive política, de paternalismo a todo custo. Quando conversei com o diretor de uma das "melhores" escolas de Campinas/SP, a comunitária, sobre o bullying q minha filha sofria a resposta foi: "de que adianta punir se não consigo tocar o coraçãozinho dele? A mudança tem de vir de dentro p fora". A proposta desse paternalismo medíocre e covarde é era colocar a criança frente a frente com seu algoz e "falar dos sentimentos". Resultado óbvio: o malandro fingia e depois "pegava na saída". Ensinamos um psicopata a se sobressair em sociedade. Próxima geração de políticos. Essa "filosofia" contaminou as ementas e a relação aluno/professor, degradando a qualidade do ensino. Foi ISSO q vc sentiu na pele. Vc foi vitima de um sistema perverso, dominado por uma pauta ideológica, fortemente atrelada a "passar mão na cabeça" e a lei do menor esforço. E tudo piorado pela falta de concentração e impaciência do condicionamento as telas pelas crianças. Eu dei aula em faculdade particular por uns 5 anos no começo da carreira (faz uns 20 anos). Logo eu vi o q era um marmanjo barbado filhinho de papai. Mas a coordenação tinha uma proposta e apoiava qualidade. Cedo eu descobri o caminho: "quem quiser não faco chamada, pode sair, a prova e copiada da lista, basta copiar de quem fez. Quem quiser aprender de verdade, fica". Eu abria um computador e ensinava sem um ppt, só com exemplos práticos e no final fechava uma teoria. Mas seguia formalismos, entrava em detalhes. E com esses alunos que ficavam na sala, ganhamos competições de software na Microsoft, alguns sao donos hjs de grandes empresas, alguns moram fora do Brasil e todos são grandes amigos e me chamam de "mestre". Tenho orgulho de ter feito a diferença e orientado (inclusive IC) essas pessoas. E menos os "menos encantados" no final aprenderam e se posicionaram no mercado e na vida. Ou seja, o método do esforço e do livre pensamento funcionou. Funciona. É assim desde o Socrates e Platão. Cara, hj o esforço q eu faço com a minha filha p tentar ensinar algo bom a ela... Segue o meu perfil e olha o canal (q é p canal dela, pq é de menor: 11 anos). Vc vai entender até q ponto chega hoje um pai, lutando pela qualidade do ensinar, e do pensamento livre....... Estamos juntos, parabéns pela sua atitude, pela postura e pelos valores. Me identifiquei demais contigo. Só não sei se o ideal é partir para um cruzada contra o sistema (embora precisemos sim de uma revolução, tb temos contas p pagar). Uma dica que me ajudou na época que dei essas aulas foi essa coisa do que eles chamam de "construtivismo": ensinar fazendo. Digamos q vc vá ensinar a resolver um sistema linear, começa logo pondo um problema textual. E pergunta: e agora, como a gente começa? Deixa eles falarem. Deixa eles irem no quadro escreverem... Vai só guiando. Mostra o que não dá certo tb... Discute pq não dá certo. As demonstrações faz como problemas tb... Tem outro gosto ver a sacada da solução depois q vc quebrou cabeça no problema. A poesia da matemática aparece. E o formalismo vai surgindo por pura necessidade. Só no final vc dá nome aos bois. E muito exercício, muito problema... Quanto a minha filha, acho q um último reduto de qualidade são as olimpíadas (matemática, fisica, química, redação, história)... Ali vive o espírito do aprendizado. Eu enfio ela no que aparece... E tendo levar tudo numa boa. Mas não é fácil. Parece que isso aqui ficou uma monografia/desabafo... Kkkkk. Resumindo: TMJ!
Enquanto as provas de acesso às universidades (Enem) tiver esse nível e essa proposta, a tendência é seguirmos caminhando a passos largos para o fundo do poço, se é que não já estamos nele.
meus Deus, como que queria ter um professor como você na época que eu estudava, eu ficava no reforço de matemática na minha escola só pra TENTAR aprender um pouco mais, TEN-TAR!! as aulas em escola pública eram tão ruins que a quantidade de aulas não fazia nenhum efeito em relação ao aprendizado... minhas menores notas na faculdade foram geometria analítica, cálculo l ll lll, física l ll. por causa de professores ruim, e ainda te demitem. TRISTE!!!
A matemática tem como base os axiomas, que são proposições aceitas como verdadeiras sem necessidade de prova. A partir desses axiomas, podemos criar deduções lógicas, chamadas conjecturas. Essas conjecturas podem ser provadas por meio de demonstrações usando os próprios axiomas, e, se forem provadas, tornam-se teoremas. Caso sejam refutadas, não se transformam em teoremas. Os teoremas são considerados verdades matemáticas porque derivam de pressupostos aceitos como verdadeiros, e também podem ser usados para provar ou refutar outras conjecturas. A partir dos teoremas, surgem novas áreas e teorias matemáticas. No entanto, os axiomas não são verdades absolutas. A matemática foi criada e desenvolvida a partir de nossas percepções subjetivas. Por exemplo, o axioma de Euclides, que afirma que a menor distância entre dois pontos é uma linha reta, não seria intuitivo para todos os seres. Existem animais, como peixes, que não conseguem perceber linhas retas. A matemática deles seria muito diferente da nossa. Alguns animais também não entendem o conceito de número, como 1 ou 2 objetos. Para um cachorro, por exemplo, um carro e o chão podem ser percebidos como a mesma coisa. Seres com uma cognição perceptiva mais complexa que a nossa poderiam ter noções intuitivas radicalmente diferentes, o que resultaria em uma matemática completamente distinta. Então, qual seria a melhor matemática? A nossa ou a possível matemática de outros seres? Isso sugere que a matemática é uma criação arbitrária, limitada pelas nossas percepções. Imagine, para um ser quadri dimensional, ou se existir outras dimensões, para seres de outras dimensões, a menor distancia entre um ponto e outro poderia ser o teletransporte, não? Talvez para seres de outras dimensões não exista a locomoção onde o conceito de linha reta pode não existir. A matemática dos antigos foi desenvolvida com base na realidade como ela lhes parecia. À medida que o método científico avança e as tecnologias de medição empírica se aprimoram, nossa compreensão da realidade se torna mais refinada. É possível que desenvolvamos novos axiomas que reflitam de forma mais integral o mundo como ele é. Se os gregos pudessem ver como um peixe enxerga a trajetória de um ponto a outro, provavelmente rejeitariam suas intuições originais.
@@matematicaHobby Que incrivel, é tão bonito... A nossa matematica é poerosa por descrever, prever manipular bem a nossa realidade como percebemos... Para você que é matemático, existe algum ramo da matematica que descreve e preve o comportamento humano, ou de seres vivos no geral? É possivel a matematica descrever bem a subjetividade da vida? Já que a subjetividade é objetiva dentro de nossos cerebros, seria possivel descrever matematicamente, porque é tão dificil a matematica descrever, preve e manipular o comportamento de organismos vivos?
@@Pedrolojalima2001 Procure por Lógicas Não Clássicas e Matemática Não Clássica, ou não padrão. Você vai encontrar alguns trabalhos neste sentido, do uso de lógicas alternativas para modelar comportamentos sociais, inteligência artificial, física quântica, etc. Um grande protagonista deste movimento aqui no Brasil foi o Prof. Newton da Costa. Assista uma palestra dele para físicos da USP, lá ele fala sobre as infinitas lógicas e matemáticas. A área da matemática que trabalha com estas matemáticas alternativas é conhecida como Fundamentos da Matemática, aqui no Brasil o IME-USP, a UNICAMP e a UFBA possuem grupos de matemáticos dedicados a esta área. Há um livrinho do Newton da Costa chamado "Introdução aos Fundamentos da Matemática" que você acha baratinho, uma hora ainda quero falar mais sobre fundamentos da matemática aqui no canal (na verdade, tenho um vídeo que toco neste assunto, procure por "Fundamentos da Matemática: Axioma da Escolha e Paradoxo de Banach-Tarski"), pois me interessa bastante.
@@matematicaHobby Clóvis, descobri seu canal recentemente. Muito bom mesmo! Achei que, como eu, você fosse professor de matemática (licenciado). Você trabalha em que área?
Muito interessante. As escolas estão ensinando os alunos a pensarem de maneira engessada, sem refletir muito. Prova disso é a exigência de fórmulas por parte dos alunos que servem apenas para fazer coisas bem específicas e não "abrem o leque" para pensar de outras maneiras.
Voce poderia escrever um livro de matemática com base nesse do Oswaldo e seguindo a mesma linha de raciocínio para ensinar e mostrar a beleza da matemática.
Isso acontece com todas as disciplinas, lembro-me de quando colocaram um estagiário de história para dar aula sobre a colonização portuguesa e ele contava coisas que iam além do que estava na apostila, como curiosidades sobre as caravelas e as companhias de comércio da época. A maioria achou tediosa, e aquilo me marcou muito, pois era a primeira vez q a história era passada de uma forma que não fosse encher a lousa de tópicos a serem decorados. Aprendi que se a gente quer aprofundar em algum assunto não podemos depender da escola pra isso, infelizmente.
Nossa, muito triste isso.. eu amava os professores de matemática do meu colégio exatamente porque eles priorizavam as demonstrações das fórmulas e o desenvolvimento do nosso raciocínio matemático... acabava que nós mesmos passamos a conseguir demonstrar e deduzir algumas coisas sozinhos..é um método que dá a vara pro aluno pescar ao invés de dar só o peixe.. dá muita independência
Não sou um bom calculista, mas toda a matemática que estudei, da aritmética básica até análise funcional eu garanto que realmente sei. Adianta muito pouco resolver 1000 problemas específicos se de modo geral você não sabe bem o que está fazendo.
Vc tem que decidir se quer ser um bom professor ou bom matemático. Um bom professor tá consciente das respostas e das limitações dos alunos. Se eles ainda não tem base pra entender a parte mais avançada, o professor deveria ser o primeiro a perceber isso e a focar nessa base pra só depois, no momento correto, partir pra parte 'avançada'.
Quando se trata de Ensino Básico, o professor deve seguir a BNCC que, por sua vez, trás competências e habilidades mais focadas a exploração matemática e na sua aplicação no cotidiano e no mundo em que o estudante vive. A função social da escola é formar um cidadão completo, crítico e independente para a vivência em sociedade, não para formar matemáticos. A matemática formal com demonstrações lógicas não é a única forma de se enxergar a matemática nem o mundo. Sobre o livro do Ensino Fundamental 2 de 1970, sugiro a leitura do livro "O Fracasso da Matemática Moderna". Além disso, se quiser se aprofundar mais, leia "Introdução a Educação Matemática Crítica" de Skovsmose, "Etnomatematica" de D'ambrosio e a BNCC.
Estudei em Escola pública a vida toda, o método de ensino sempre na base da decoreba, com respostas pré definidas, o nosso Enem é justamente tem esse objetivo, fazer pensar como o autor deseja.
Pondé falou sobre isso ser meio que a consequência da ampliação da educação de baixo nível ser acessível onde você só faz,e não chega a um nível profundo onde você questiona em como funciona
pros pais não demitirem professores é preciso que o ensino não seja mercantil. Estabilidade para profissões que não dependem de opinião, mas de Ciência!
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Meu Deus!!!!!
Fiquei com muita pena de ti.....
Meu apoio e minhas condolências pelo ocorrido. Muito se fala sobre Brasil aqui nos comentários, mas o problema é mundial. E o problema já existia em gerações anteriores, inclusive na década de 70 de onde vem essas pérolas em forma de livros. A diferença era filosofica. Na década de 70, quando surgia essa resistência ao pensamento, dada a preguiça natural das crianças, a coordenação entendia o objetivo, dava apoio ao professor e pedia paciência aos pais, q confiavam no trabalho. E depois de um bom esforço, mentes pensantes floreciam... E os resultados eram fantásticos. Mas entramos numa era, inclusive política, de paternalismo a todo custo. Quando conversei com o diretor de uma das "melhores" escolas de Campinas/SP, a comunitária, sobre o bullying q minha filha sofria a resposta foi: "de que adianta punir se não consigo tocar o coraçãozinho dele? A mudança tem de vir de dentro p fora". A proposta desse paternalismo medíocre e covarde é era colocar a criança frente a frente com seu algoz e "falar dos sentimentos". Resultado óbvio: o malandro fingia e depois "pegava na saída". Ensinamos um psicopata a se sobressair em sociedade. Próxima geração de políticos. Essa "filosofia" contaminou as ementas e a relação aluno/professor, degradando a qualidade do ensino. Foi ISSO q vc sentiu na pele. Vc foi vitima de um sistema perverso, dominado por uma pauta ideológica, fortemente atrelada a "passar mão na cabeça" e a lei do menor esforço. E tudo piorado pela falta de concentração e impaciência do condicionamento as telas pelas crianças. Eu dei aula em faculdade particular por uns 5 anos no começo da carreira (faz uns 20 anos). Logo eu vi o q era um marmanjo barbado filhinho de papai. Mas a coordenação tinha uma proposta e apoiava qualidade. Cedo eu descobri o caminho: "quem quiser não faco chamada, pode sair, a prova e copiada da lista, basta copiar de quem fez. Quem quiser aprender de verdade, fica". Eu abria um computador e ensinava sem um ppt, só com exemplos práticos e no final fechava uma teoria. Mas seguia formalismos, entrava em detalhes. E com esses alunos que ficavam na sala, ganhamos competições de software na Microsoft, alguns sao donos hjs de grandes empresas, alguns moram fora do Brasil e todos são grandes amigos e me chamam de "mestre". Tenho orgulho de ter feito a diferença e orientado (inclusive IC) essas pessoas. E menos os "menos encantados" no final aprenderam e se posicionaram no mercado e na vida. Ou seja, o método do esforço e do livre pensamento funcionou. Funciona. É assim desde o Socrates e Platão. Cara, hj o esforço q eu faço com a minha filha p tentar ensinar algo bom a ela... Segue o meu perfil e olha o canal (q é p canal dela, pq é de menor: 11 anos). Vc vai entender até q ponto chega hoje um pai, lutando pela qualidade do ensinar, e do pensamento livre....... Estamos juntos, parabéns pela sua atitude, pela postura e pelos valores. Me identifiquei demais contigo. Só não sei se o ideal é partir para um cruzada contra o sistema (embora precisemos sim de uma revolução, tb temos contas p pagar). Uma dica que me ajudou na época que dei essas aulas foi essa coisa do que eles chamam de "construtivismo": ensinar fazendo. Digamos q vc vá ensinar a resolver um sistema linear, começa logo pondo um problema textual. E pergunta: e agora, como a gente começa? Deixa eles falarem. Deixa eles irem no quadro escreverem... Vai só guiando. Mostra o que não dá certo tb... Discute pq não dá certo. As demonstrações faz como problemas tb... Tem outro gosto ver a sacada da solução depois q vc quebrou cabeça no problema. A poesia da matemática aparece. E o formalismo vai surgindo por pura necessidade. Só no final vc dá nome aos bois. E muito exercício, muito problema... Quanto a minha filha, acho q um último reduto de qualidade são as olimpíadas (matemática, fisica, química, redação, história)... Ali vive o espírito do aprendizado. Eu enfio ela no que aparece... E tendo levar tudo numa boa. Mas não é fácil. Parece que isso aqui ficou uma monografia/desabafo... Kkkkk. Resumindo: TMJ!
Eu sou professor de Filosofia em uma escola pública. Estava dando aula sobre Platão e, para exemplificar o método dialético, provei o teorema de Pitágoras (como se fosse no diálogo do Mênon). Os alunos ficaram olhando com uma cara de "Como assim? Não era aula de Filosofia?". Acho que só não fui demitido porque sou funcionário público. O pessoal acha que filosofia se reduz à humanas (coisas do Enem e do Estado brasileiro). Deprimente...
É algo lamentável oq a filosofia se tornou nas escolas.
filosofia e matemática andam de mãos dadas
@@jango4259 sim, sim. Não corresponde ao que de fato é filosofia. O máximo que acontece é transformarem a matéria em proselitismo político.
@@vierhundertvier5497 exatamente. Eu então sou especialista em filosofia da matemática. Tales, Pitágoras, Descartes, Pascal, Leibniz e etc. Incontáveis exemplos que, em minha aulas, sempre tento mostrar a conexão entre filosofia e matemática. Tento manter uma abordagem bem interdisciplinar, mas em algumas turmas não funciona.
A dialética é a estrutura tese+antítese=síntese, não é?
Então uma demonstração nesse sentido seria depurar a hipótese de forma a adequá-la à realidade. Apresenta-se a hipótese e a confronta com sua oposta, a fim de encontrar a síntese, que é o produto final do processo. Eu não estudei isso, pois nem professor de filosofia eu tive, mas eu ouvi e procurei entender do que se trata, então achei várias coisas na filosofia que tem o nome "dialética", tais como: a dialética das antinomias, do Mário ferreira, dialética, de Hegel, dialética em Kierkegaard, dialética erística, do Schopenhauer, dialética do esclarecimento, do Adorno e até a dialética marxista.
Eu não fui demitido, mas já levei muita bronca por "complicar a vida dos alunos", quando tento fazer com que eles entendam conceitos, procurem visualizar o que estão fazendo, e, principalmente, questionem aquilo que aprendem. Em geral, eles querem só as fórmulas, e exercícios feitos para encaixar nelas. Ainda bem que aqui no RUclips posso ensinar do jeito que gosto. Os curtidores são poucos, mas bons!
legal me inscrevi no seu canal
Estou no oitavo ano do fundamental, a educação e lamentável!, queria que você fosse meu professor!, só que o conceito de educação no Brasil e limitado você merece o exterior!!.
Se querem a fórmula, de a fórmula. Mas faz uma prova que exige interpretação.
Na teoria é uma linha crescente, se você teve tempo de partir do básico ao avaçando GG, mas chegar para alunos que nem sabem somar e colocar o avaçado dar errado
Vou até seguir, eu não consigo aprender fórmulas prontas, aprendo por um instante mas esqueço logo em seguida!
Por favor, continue com conteúdos assim
Um mês atrás, comentei que "quase" fui demitido. Agora isso mudou. FUI demitido. É chato, mas tenho certa honra que pertencer a esse clube de professores que querem realmente ensinar. Sinto muito pela educação brasileira...
Como professor de ensino fundamental na década de 1970 eu já recebia reclamações de pais de alunos sobre meu método de ensino, simplesmente porque eu obrigava os alunos a ler, entender o que haviam lido e a raciocinar. Venci essa parada porque o diretor entendia meu objetivo e simplesmente mandava os pais a terem paciência e a confiarem em mim e de fato, os resultados ao longo do tempo, foram fantásticos.
Muito esquisito isso amigo skskks
Funciona como uma faca de dois gumes: nós seres humanos somos motivados por um fator inicial, nesse caso a sua didática enfatiza o estresse como mecanismo de incentivo a ler e raciocinar sobre o que se leu, ao mesmo tempo que pode fazer alunos preguiçosos a se esforçarem, pode fazer alunos que não conseguem lidar com esse estresse se frustrarem
Pra alguém com quase 80 anos você tem um vocabulário muito moderno, deve ter sido a paixão por matemática
👏👏👏👏
@@saitamablz1512 Não é.. pra quem vive fora da bolha sabe muito bem que o sistema corrupto nunca preparou pessoas para se tornarem livres... E um dos propósitos comunista é emburrecer o povo, para assim doutrina-lo!
Olá amigo, tenho zero de surpresa sobre isso. Quando estava dando aula, estava com uma turma pra vestibulares militares, em que a matemática é bem mais elaborada. Coloquei algumas demonstrações e alguns conceitos de ensino superior pra ajudar a entender como fazer as questões mais abstratas e trabalhosas e a reação foi a mesma. Todo mundo tava se perguntando onde estavam as fórmulas e as correções de exercício.
Mesmo eu explicando que as demonstrações eram só expositórias e nao caía na prova, ficou muitos alunos duvidando e demorou meses pra eles perceberem que realmente ajudava a entender o conteúdo. Enfim, hoje está tudo bem, eu saí por uma oportunidade melhor em tecnologia, e uma aluna acabou passando na segunda tentativa, e eu e o dono do cursinho somos super amigos, mas foi sorte viu.
Uns meses atrás descobri que sou autista, então foi um erro tremendo eu usar o meu processo de aprendizado pra ensinar os alunos em geral.
O fato é que todo mundo que tá lá estudando não quer saber de mais nada além de usar matemática pra ganhar dinheiro, e não é um professor na sala contra o mundo que vai mudar isso. Tem que ser uma transformação cultural que provavelmente durará décadas...
É justamente isso que os professores não entendem... Reclamam de influencers que querem dar aula sem ter estudado pedagogia mas o aluno só quer passar numa prova, não aprender a matéria.
Isso causa muita dor de cabeça em profs
Perfeito!
quais são as características suas como autista? pode detalhar? que eu tô achando que tenho problemas psicológicos sérios, ando apresentando um monte de problemas psicossomáticos. A realidade a minha volta parece distorcer quando não estou interessado em algo, além da bagagem de Ansiedade Social, TOC e Paranoia.
@@thomasthemazzerrunner3615 Então, cara, são várias.
Vou enumerar algumas:
1) eu sou estrábico, bem comum em autistas.
2) fico cansado rapidamente em lugares barulhentos
3) fico cansado rapidamente em lugares muito iluminados
4) tenho problemas gástricos desde a infância
5) fiquei de 10 meses até uns 4 anos com um vocabulário de umas três palavras, só comecei a falar mesmo quando já estava lendo, o que eu aprendi sem a creche
6) eu nao tenho o sotaque mineiro característico da minha região, bem comum em autistas, pq normalmente aprendem a falar quando assistem muita TV, e o sotaque da TV é diferente.
6) Alinhava os brinquedos ou deixava eles numa posição simétrica quase sempre.
7) Gravava os desenhos com fita cassete e ficava o dia todo assistindo os mesmos episódios por meses.
8) Tenho insônia
9) Quando durmo, sempre me mexo, desde criança
10) O toque das pessoas me deixa agitado.
11) Brincava muito com massinha quando era criança
12) Quando tinha uns 10 ou 11 anos, já bem velho, meu pai contava piadas e eu não entendia.
13) Só uso roupas simples pra ir em todos os lugares, pq incomodam.
14) Nao uso algumas roupas por causa da etiqueta incomodando.
15) Não como cebola, milho, couve, cenoura, salpicão e outras coisas por causa da textura.
16) Tenho esteriotipia de fica andando de um lado pro outro quando estou ansioso.
17) Tenho ecolalia de falar sozinho o que tá na memória de curto prazo.
Se eu procurar deve ter mais até. Enfim, é um espectro. Vai afetar pessoas diferentes de forma diferentes, e alguns comportamentos pode ter em pessoas típicas também. A melhor forma de saber é fazer a avaliação neuropsicológica, eles tem os testes com as tabelas lá e sabem bater o martelo pra intensidade deles pra saber se vc tem TEA ou nao. No meu caso, foi até bem mais do que eles precisavam pra diagnosticar, o que me surpreendeu.
ERRADO . O professor muda o MUNDO SIM do contrario por que caralhos o NEOLIBERALISMO americano e o NEOFASCISMO odeia tanto os professores??? Será que é porque Malba Talhan , Karl Marx, Simon Ohm eram PROFESSORES???
Pô, video maneiro, bicho.
Esse é o retrato do Brasil.
Opa, salve man! Legal te ver por aqui. 🖖
Estudei com o livro Matemática Moderna do Oswaldo Sangiorgi. Acho que por isso me formei em Artes com especialização em Desenho Geométrico e ensinava os alunos a desenharem azulejos para área molhada, desenhar a fachada da casa deles, etc. As quintas séries podiam errar até dois milímetros, as sextas um milímetro e daí para a frente nem um e eu corrigia todos e eles aprendiam. Isso foi em São Paulo capital, na Vila Nova Galvão.
Amigo, isso é um problema do mundo real: nas escolas particulares os alunos são os clientes e como vc sabe do ditado " o cliente tem sempre razão". aprendi isso, com pouco tempo de sala de aula. Hoje consigo perceber que não existe grande diferença das escolas particulares para as públicas, a diferença é que nas públicas faltam professores... E de maneira geral o professor está sempre preso ao que a coordenação da escola quer que você faça, o professor tem pouca ou quase liberdade nenhuma para fazer os alunos pensar.
Estudei em escola pública e particular. Em universidade pública e particular. A verdade é que o sistema particular é melhor que o público, isso é indiscutível.
Cara dei aula de reforço para escola pública e para particular e te digo há diferença sim, no conteúdo e na forma que é ensinado.
Claro que tem alguns alunos de escola pública fora da curva e de escola particular abaixo da média, mas o conteúdo dado é extretamente superior na escola particular e falo isso para alunos da mesma série.
Como diria um amigo meu, a diferença entre a escola pública e a privada é só a realidade social inserida, mas a educação é a mesma.
Eu fiz o ensino médio em escola particular e vi que não serviu de muita coisa. Tive que fazer cursinho pré vestibular para dar uma reforçada.
Esse ditado não se aplica apenas na particular.
@@sarah31400 , não fode. Quer dizer que professor tem que aceitar um salário de merda e aguentar as condições que são dadas dentro e fora da sala de aula?
A minha história é nessa linha. Recentemente eu desisti de uma bolsa de mestrado em Matemática Pura na UFRGS porque fui aprovado em concurso. Fiquei indeciso por causa da minha situação financeira e fiz uma escolha de viés utilitário - triste opção. Em 5 meses de aula passei os piores momentos da minha vida, justo em uma sala de aula. Fui lecionar em colégio estadual militar que, a princípio, tem o modelo semelhante ao das escolas particulares. Além do péssimo ambiente gerado pela empáfia professoral, a constante reclamação dos alunos e seus pais acerca dos meus métodos e exigência tornaram a exoneração inevitável. No fim das contas, acabei por desistir: a culpa é sempre do docente, principalmente se voce for jovem e "inexperiente". Enfim, aconselho a quem gosta de matemática se distanciar das salas de aula. Tentar explicar os meros princípios do sistema numérico posicional para alunos de EM já é um tiro que sai pela culatra, e olha que estava na apostila do colégio. Agora estou sem mestrado e sem emprego.
Tem que se adptar ao sistema , escrever fórmulas no quadro , só o básico satisfaz o sistema que organiza o ensino público
Eu sou apaixonado pela matemática, mas não teria saco pra isso, por isso que fui pra uma área como Ciência de Dados, já que posso usar estatística avançada constantemente
lamentável
Preste seleção para mestrado novamente, e fuja do ensino básico.
Cara eu fui o professor do comentario, tenho uns 10 anos de experiencia. Qdo assumi a vaga a escola me disse que podia puxar os alunos kkkk, em outras escolas eu ficava mais de boa. Em escola que ninguem queria aprender nada trabalhei durante mais tempo, qdo entrei falaram que o nivel era la embaixo, que passavam todo mundo ... a cobranca em cima de mim era baixa, entao estudava no colegio. Vc podia ter entrado no mestrado sem bolsa e usado a escola, para ficar estudando as coisas do seu mestrado, dar o minimo do minimo e ficar la de boa. Eu penso em pegar publica por conta disso. Eu so me fudi, pq falaram que os alunos eram bom desse lugar que trabalhei e que podia puxar kkk, dai pensei otimo vou poder fazer umas coisas mais interessantes.
Tenho um desabafo pra fazer, curso engenharia em uma faculdade particular. Sou de longe um aluno no máximo mediano, mas o nível da minha turma é extremamente baixo, eu juro por tudo que é mais sagrado, minha prova de " cálculo " foi sobre função afim, e ainda teve bastante nota vermelha. Perguntei para alguns professores o pq o conteúdo sem tão enxugado e até " trivial ", eles responderam que se fossem passar do " jeito certo " praticamente não teria alunos no curso
Pior é que sem os conhecimentos necessários de cálculo, o resto da engenharia fica totalmente inviável. E aí os alunos passam o resto do curso todo decorando... Não vão entender absolutamente nada! De que adianta ? Entendo que tem a questão do lucro, mas chega uma hora que a reputação de que a faculdade não ensina nada acaba afastando os alunos dela.
A educação virou um mercado e isso é um problema. É duro dizer mas é quase como uma venda de diploma.... e eu acredito que um dos motivos pelo qual muitas pessoas não conseguem emprego após formadas é justamente esse, passam anos na faculdade e aprendem muito pouco. O mercado na atualidade valoriza pessoas que sabem resolver os problemas de sua área, se a pessoa não aprendeu bem isso durante seus estudos só o diploma não irá ajudar, pois o diploma por sí só não tem mais o peso que tinha há 30 anos atrás.
@@cristianoo2 a verdade é qnd formarem nem 0,5% dos engenheiros vão usar cálculo na vida então no fim tbm n é como se fizesse tanta diferença assim kkkkkkk, sou engenheiro. E se aprenderem a usar uma calculadora mais ou menos que já resolve integral e equação diferencial já é meio caminho andado.
@@samuel9294 por causa desse tipo de mentalidade que o mercado está cheio de péssimos "engenheiros" que no fim das contas não sabem fazer nada e vão dirigir uber.
mas e isso mesmo... e voce nao sabia que funcionava assim?
A meu ver um vídeo que "choca" e "'quebra paradigmas''' : eu ainda não havia ouvido alguem com tua coragem para debater esse tema sobre "cobrar demonstrações" e achei excelente! Na minha licenciatura, vários colegas achavam "absurdo" cobrar alguma demonstração em avaliações e acho que, em parte, isso explica o motivo de nosso ensino de exatas ser tão "mecânico" e ineficaz. Lamento pelo colega demitido e parabenizo pelo excelente vídeo e pela tua coragem em trazer esse assunto para o debate!
Ah..faltou eu comentar da "inveja" que tenho por vc ter o livro físico do Sangiorgi que, na minha opinião, é um livro excepcional e que é muito difícil de encontrar! 😄
Por essa e outras o a extrema maioria do povo brasileiro não sabe pensar.
Eu sou professor de física, e ja levei muita bronca por "complicar a vida dos alunos". Eles querem que eu seja como o professor top de cursinho que ensina o macete. Nada contra isso, e pelo bem da minha saúde mental passei a atendê-los mais dessa forma, infelizmente é deprimente.
Que absurdo. Na USP passei a graduação inteira fazendo demonstração de teoremas e só assim vc entende o que está estudando com mais profundidade. Espero que vc consiga logo outro emprego e divulgue ainda mais a beleza da matemática.
Valeu amigo ! O cara do comentario do video dele fui eu.
Infelizmente é isso. Para alguns alunos não adianta querer nivelar por cima. Tem pessoas que querem o basico nada mais. Mas pelo seu relato você estava ignorando a queixa dos alunos. Quando se é professor você tem que ter cuidado com a autoridade. Você pode impor respeito mas não pode obrigar. Precisa ser flexível e conversar sempre com a coordenação pedagógica. Você foi demitido do colégio privado, e no privado o cliente fala mais alto. Com o advento do ensino a distância você pode ter alunos com esse interesse se nutrindo do seu conhecimento e curadoria. E você pode cobrar por isso.
@@pedrobatista5364 eu trabalhei 2 anos e meio num colegio anterior a esse privado tbm e me habituei ao sistema deles, que na verdade era em comum acordo com os professores (se um professor vinha com alguma ideia diferente na maioria das vezes eles topavam, nesse colegio escrevi cartas de recomendacao, para alunos tentarem fazer graduacao no exterior, supervisionei alunos no programa jovem cientista do Instituto Butanta ... ) nesse pedi demissao para ir para um mais proximo de casa que foi esse que fui demitido durante o periodo de experiencia, fiquei la 2 meses e meio somente. Eu nao consigo virar a chave rapido e no anterior era outra pegada. No entanto concordo com seu comentario de maneira geral. Flexivel acredito que seja com as avaliacoes, os alunos poderiam tirar vermelha nas avaliacoes comigo que ficavam com azul de media final bimestral, por conta dos trabalhos, sempre peguei bem leve nos trabalhos e raramente alguem ficava com vermelha comigo. Eu ate deixava escreverem na prova com palavras o que entenderam sobre o assunto e tudo considerava, nao necessariamente precisavam resolver a questao para ganhar uma fracao do ponto, a unica coisa que nunca considerei foi formulas jogadas, contas sem nenhuma explicacao e resposta sem desenvolvimento, se alguem desenvolvia e chegava numa resposta errada considerava o ponto total. O que nunca consegui me adaptar foi a cursinho, por isso sempre trabalhei em escolas, mas eh isso cada escola eh diferente da outra. Nao ligo para conteudo, tanto que tinha turmas que andava bem devagar na disciplina por serem mais fraquinhos (e varios pais reclamaram dessas turmas pelo professor nao dar toda a formacao geral basica, nao tinha como ficaria tudo atropelado), mas essa parte em entender o pouco, mas bem sempre julguei importante, tambem retornava conteudos anteriores e a coordenacao reclamou disso, que devia so seguir, precisava de algo antes que nao sabia e nao podia mais ficar voltando, passava como atividade topicos anteriores para estudarem e eles nao estudavam e varios se queixavam que ja tinham visto em anos anteriores, perguntava algo sobre e nao sabiam responder. Nunca cobrei memorizar formulas nem nada, somente o entendimento. Deixava levarem uma folhinha de cola nas avaliacoes, na escola anterior tinha mais liberdade e la podia adotar a prova-escrita-em-fases e dava super certo, os alunos aprovavam, pais o sistema era adaptativo era muito bom, mas nessa ultima era um colegio mais tradicionalista nesse sistema mais fechado. Carreguei muitos vicios que adquiri do colegio anterior, qdo fui para esse.
Tenho um professor de física que tem domínio do conteúdo de trás pra frente.
Fez engenharia, matemática e física.
Sabe demonstrar todas as fórmulas do ensino medio de ambas matemática e física, o cara é muito bom.
Cobra disciplina em sala e ao mesmo tempo é gente boa.
Sou aluno dele a 3 anos, vou terminar o ensino médio agora com ele.
No início, eu não entendia nada das demonstrações, entendia a ideia da formula e sabia aplica-la, agora as passagens que ele fazia, pegando uma formula e chegando em outra era absurda.
Hoje de tanto estuda física e ver algumas demonstrações em momentos oportunos dele, as vezes ele mesmo passa varias fórmulas, fala q tem como chegar uma na outra ou como provar x coisas, mas que ele não fará para poupar tempo. Mas, agora, vejo as formulas e eu mesmo consigo demonstrar muitas vezes sem ele mostrar, é muito legal quando o professor realmente quer ensinar, nao apenas passar o conteúdo, consigo perceber uma diferença gigantesca em raciocínio e compreendimento agora dps de tudo isso.
Procure uma escola que te abrace cara, ou continue com as demonstrações, mas como algo a parte, pra aluno que só quer as formulas, passe e resolva uns exercícios, dps mete bala na demonstração, com ctz vc é um bom profissional.
Mas é importante também acompanhar os alunos, não cobrar demonstração, obviamente vc não vai chega lá colocar demonstrações e fazerem todos entenderem e serem incríveis na matemática só por isso, tem alunos que ali nem sabem propriedade de potência, o professor deve atingir a todos.
Queria ter tido um professor de física assim. Não só não tinha um bom conhecimento do assunto (sempre que eu fazia perguntas, ele não conseguia responder direito), mas durante meu ensino médio inteiro, meu professor de física deve ter dado o equivalente a 5h de aula. Ele simplesmente chegava na sala e liberava a turma para ir embora, os três anos de ensino médio foram basicamente isso. Todos passaram na prova (ele deixava colar) e sairam de lá sem saber nada. O mais chato é que os alunos consideravam ele um bom professor, enquanto aqueles que se esforçaram para dar uma boa aula eram ruins e chatos.
@@volexz estou experienciando isso agora, entrou um engenheiro pra dar aula de matemática pra mim na escola e o maluco não sabe matemática básica.
É triste ter aula com algm que não gosta doq faz, felizmente peguei ele agora só no final do ano, 1 e 2 e a metade do 3 eu tinha aula com uma prof MT boa, ela é tira dúvida de outros professores de escolas avançadas pra tu ter ideia. Mas, esse é o caminho da educação, alunos bons vão pra medicina, engenharia, odontologia, química, estatística, ads etc.
A licenciatura fica com o resto, aqle pessoalzin q n estudava nada e só fazia bagunça sabe, esses são os próximos professores.
Eu sou um exemplo disso acho, queria ser professor desde o 7 ano, queria fazer na USP e estudar MT para ser um bom professor.
Cheguei no segundo colegial e passei na USP/ fuvest, fui chamado pra fazer matrícula em licenciatura em matemática.
Agora no terceiro me inscrevi pra física médica, vou fazer o curso e uma lic EAD, professor vai ser segunda opção quando cansa da carreira principal ou hobby.
Infelizmente não dá pra ser prof no Brasil, conheci alguns professores que ganhavam bem em torno de 8-10k, mas trabalhavam o dobro e a direção comiam a alma deles, professor e equipe pedagógica boa em conjunto é coisa rara pelo q vi.
@@_Estudante 8k/10k é ganhar bem? Qualquer pessoa minimanete dedicada consegue ganhar 8k fazendo bootcamps e entrando na área de TI rsrsrs. Professor deveria ganhar 15k no mínimo...
@@osdeving comparar trabalho que gera riqueza no momento e a longo prazo no sentido da indústria brasileira n faz sentido.
Sabemos qual q é valorizada.
A lógica no Brasil é de funcionalismo público, tudo tem que ser mais direto e rápido possível para preparar concurseiros, quanto antes alunos e professores aceitarem isso mais rápido serão felizes. Demonstrações são importantes mas a distribuição do tempo precisa que elas sejam jogadas para os "apêndices" da vida, só serão aprendidos por aqueles que realmente quiserem se aprofundar, em uma especialização acadêmica ou por conta própria
Cirúgico
🎯
Na verdade a causa é de cunho privado, ou melhor, privatista. A mercantilização da educação tem como efeito uma pressão de grupos econômicos que pode ser sentida em sala de aula até mesmo no planejamento do professor... Educação privada é um mal a ser combatido.
@@imbecilico concordo
Abri o vídeo sem pretensões e fiquei surpreso!
Eu sempre tive ódio e raiva dessa parte de provar ou demonstrar. Eu peguei aquele boom dos vestibulares então essa cultura de tacar o f0dase para o conteúdo e focar nas questões era até incentivada por professores
“Não é para entender é para decorar!”
Essa frase era dita pelos professores de matemática da escola e cursinhos e eu concordava
Depois de entrar na faculdade eu sofri demais por não ter essa base sólida… vivendo e aprendendo
Infelizmente os professores tem que se ajustar ao mercado ! Eu vi esse comentário no grupo e não pude deixar de me lembrar dos meus colegas da engenharia que sempre reclamavam dos professores que tentavam nos ensinar a pensar . Muitas pessoas enxergam a escola e a universidade como uma “ Loja de diplomas “
tá mais pra se adequar ao MEC
O problema é uma coisa chamada tempo. Não sou contrário a demonstrações, mas acredito que faz um pouco de sentido as pessoas não gostarem na escola e na graduação. Não somente porque demonstrações são extensas, o principal motivo é a falta de tempo e o excesso de conteúdos distintos cobrados em provas. Por isso, se as pessoas ficarem presas em demonstrações ao invés de focar nos exercícios práticos que costumam ser mais cobrados, elas acabam perdendo muito tempo. Entender demonstrações não torna necessariamente a pessoa muito ágil para fazer os exercícios práticos. Elas precisam de fazer exercícios práticos similares para agilizar o tempo nas provas porque são muitas questões e o tempo é curto. Os exercícios práticos servem para não perder tanto tempo pensando na hora de fazer exercícios nas provas. Exceto se as provas foquem mais em demonstrações. Mas não é isso que ocorre, tem muito professor que soca demonstrações, não passa exercícios práticos, mas depois só cobra exercícios práticos em provas ao invés de demonstrações. Ou então, muda o método de avaliação.
@@linecker94Exato, o MEC não deixa a educação brasileira ter ideias diferentes. Tudo no mesmo padrão, que já se demonstrou ineficiente
O Felipe Guisolli largando a sala de aula tradicional pra formar a própria escola privada prova que o problema não é o mercado.
@@leonardocutrim6244ele já era rico, sempre foi, então ficou bem mais simples e tranquilo pra ele fazer isso, o mesmo não acontece com a maioria, nem todo mundo tem conforto suficiente pra fazer uma dessa
Olha clovis, a escola prioriza uma coisa e o professor é subjulgado, se parte da turma começa a ter um mal desempenho a culpa recai primeiramente no professor, muitas vezes o professor leva bronca da coordenação pq os pais de alguns alunos vem fazer reclamação que as notas estão baixais.
Na minha carreira como estudante, desde o fundamental até o médio e em parte na graduação, eu vi pessoas que não estavam aptos em relação ao conteúdo e nem mesmo se importavam em estudar, terminei o ensino fundamental e médio ao lado de pessoas que eram incapazes de responder questões de soma e subtração, incapazes de responder questões de português e interpretação textual, história, geografia e etc.
Muitas escolas simplesmente priorizam passar alunos, é algo tão bizarro, que eu tive a experiência de ver pessoas com dificuldade real em certas disciplinas e tendo que desistir dos estudos enquanto outros que so estavam gerando baderna na aula terminaram a formação.
Tenho amigos professores, e esse relato da demonstração aconteceu com ele tbm (exceto que ele não foi demitido, so levou alguns avisos), ele recebeu reclamações por partes dos pais de alguns e da direção da escola por dar aulas e cobrar algumas poucas demonstrações, ele tbm acreditava que era algo que deveria ser ensinado cedo(obviamente não exagerando).
A educação para muitos é vista apartir do viés utilitarista, por isso alguns pais e "cidadãos" desejam que so se ensine coisas "uteis" e que áreas como filosofia nem deve ser ensinada. Eu concordo bastante com o falecido Morgado, quando ele afirma que o Brasil prioriza o mal aluno.
Eu que escrevi o comentario do video, recebi os avisos, mas nao voltei atras eram alunos bem fraquinhos sistema eh tao bom que nao lembram ou sabiam fazer nada, pouco tempo trabalhando ali ja estavam pensando. Tbm falei que formula eh for mula (para mula). Recebi alguns avisos e o coordenador foi assistir algumas aulas minhas, depois disso que fui cortado, mas so comentei no grupo pelo fato do amigo o Cloves ter comparado o FME e a abordagem da matematica moderna, a gente quando faz licenciatura estudando sobre educacao matematica, conheco esse movimento que nao se vingou, mas o que faco eh muito mais simples. Tipo provar o teorema de pitagoras com quadradinhos, gastei uma aula toda nisso, pois eh mais dificil do que eles somente aplicarem, mas mesmo aplicar cobrava a escrita, que deviam fazer como redacao introducao, desenvolvimento e conclusao. O que so tinha a resposta eu zerava nas avaliacoes, ja colocava poucas questoes, para avaliar o raciocinio da pessoa.
Entendi man, sinto pela sua demissão por esse motivo, mas como foi uma escolha sua e de cabeça erguida pelo que acreditava devo então parabeniza-lo.
No caso do meu amigo, ele acabou se adequando a tal escola, pois precisava do emprego e na época antes de conseguir tava 1 ano parado procurando um trampo, aí já sabe, era aceitar ou novamente ficar sem emprego.
Sobre demonstração do teorema de Pitágoras , acredito que demonstrações visuais são bem palpáveis aos alunos(na vdd toda explicação visual tende a ser), particularmente eu gosto da demonstração do teorema a partir de *áreas* , onde se projeta um quadrado a partir da hipotenusa (a) e depois se completa as bordas com o mesmo triângulo retângulo inicial, formando um quadrado maior de aresta (b+c), por fim se igual-la a área desse triângulo maior com a área do quadrado menor mais a área dos 4 triângulos ( espero que dê para entender ).
E sobre a demonstração em si, acho que se deve iniciar com escrita extensa, formando um argumento em sequência, como *"se número tal pertence aos naturais e é par e bla bla"* , dps que vai ensinando aos poucos simplificação com símbolos ( algo como "Se a,k *e N* | a = 2k então bla bla") .
Ah, esqueci de comentar, decorar fórmula não pode ser prioridade, eu deixei de decorar elas quando comecei a me atentar a conceitos, apenas algumas de fato sei de cabeça devido a importância ou hábito de usar com frequência.
Por exemplo, a coordenada do vértice de uma parábola dada por uma equação do segundo grau, posso pensar que ele é a média das raízes ou o local resultante ao considerar ser uma raiz única, ambos resultam de maneira simples em -b/2a.
Até ja comentei com Clóvis aqui nos comentários que o importante é priorizar as bases e conceitos, pois é a partir deles que o resto vai se sustentar, sem base o entendimento fica prejudicado.
Minha educação em matemática foi toda baseada em demonstrações. Antes de eu saber que existia a formula de bascaras pra descobrir as raizes da função quadrática eu aprendi fatorar e completar o quadrado. Depois de um semestre inteiro resolvendo quadráticas assim, foi que demonstramos Bascaras completando o quadrado. Em geometria analítica em cálculo, tudo que a gente fez foi demonstrado. Eu tenho 51 anos de idade e nunca esqueci essas demonstrações. Isso é como se aprende de verdade, pois 35 anos depois eu consigo fazer as mesmas demonstrações…
cara, como que faz isso? voce sabe de algum video ou voce pode fazer um video explicando? Desde ja obrigada
@ como eu faço o quê em específico?
Infelizmente você está certo, nós da rede estadual, somos praticamente forçados a ministrar um currículo extenso, mal feito, e burocrático. Pior! Muitos alunos, inclusive do terceiro ano do ensino médio, não sabem matemática básica. Multiplicar, dividir, somar subtrair. Potenciação ?! É um bixo de sete cabeças! Sou professor de física e sempre me criticam, quando eu passo cálculos que exigem potenciação, "Pra que eu vou usar isto?"
Depois só estudar pré-cálculo caso for pra uma área mais de exatas, do contrário, vai viver normalmente sem que esse conhecimento faça realmente falta... Essa é a realidade. Por mais que a gente que estudou queira que todo mundo saiba, a realidade é que certos conhecimentos servem apenas para 1) quem trabalha diretamente com aquele conhecimento ou 2) quem ensina aquele conhecimento.
Esse vídeo é muito pertinente pro dia de hoje.
Ontem, houve a prova de Linguagens e Humanidades, do ENEM; e hoje, estão chorando na internet, reclamando que a prova foi “interpretativa demais”, queriam perguntas pontuais, no estilo “Quem descobriu o Brasil?”.
Resultado: pro aluno aplicado, nunca foi tão fácil passar num vestibular.
Como futura professora de matemática, essa sua experiência ajuda a nortear meus pensamentos. Obrigada
@@RickandMorty-dt1md esquisito
@@RickandMorty-dt1mdque
Um dos melhores vídeos que um pai preocupado como eu com a qualidade da formação intelectual do seu filho poderia assistir. Parabéns e você está correto!
Concordo integralmente com toda a sua crítica. Bastou ver este vídeo para me inscrever no seu canal. Sucesso e vida longa! Que essa pauta sobre a qualidade do ensino ganhe repercussão nacional. Conclamo a todos que concordaram com o vídeo a divulgá-lo para todos os seus contatos.
Nem te conheço mas isso não é demissão. É livramento. Ta na cara que vc pertence a outros lugares. Infelizmente a vontade de ensinar não ultrapassa certos limites tais quais a responsabilidade legal dos pais e suas decisões para os filhos. Vc preza a liberdade e a autonomia. Coisa de alma grande. Desejo sucesso ❤
Tive um professor de Física no ensino médio que guardo no coração por ter me ensinado a pensar além das fórmulas. Ele era ex-PM, o que rendia alguns episódios muito engraçados de perda de paciência. Nas aulas, ele fazia um excelente trabalho, mas, para mim, brilhou especialmente em algumas aulas no contraturno que a escola ofereceu como preparação para os vestibulares. Nessas aulas, ele nos ensinou análise dimensional, método científico e várias outras técnicas que me ajudam até hoje em tudo o que faço.
Lembro-me de uma aula em que eu e alguns amigos estávamos fazendo aviõezinhos de papel. Em vez de nos repreender, ele tomou a situação para si e nos desafiou a construir o melhor avião. Para isso, nos ensinou a reduzir as variáveis a fim de melhor analisar os resultados das modificações. Ele nos pediu que anotássemos as mudanças como se fosse um 'versionamento' dos aviões e propôs que criássemos uma base de lançamento. A cada ajuste, explicava os conceitos por trás do sucesso ou da falha das modificações. Tudo isso em uma única aula, no contraturno, com apenas seis alunos.
Fico imaginando o que seria ter isso todos os dias, voltado somente para quem tem interesse genuíno, sem a pressão de pais ou diretores. Os resultados seriam incríveis.
Outros professores dessa escola e um do fundamental também me marcaram profundamente, justamente por ensinarem a pensar - não de forma deturpada, como na abordagem Paulo Freiriana, mas de verdade!
E quem disse que forma de pensar de Paulo Freire é deturpada ?
@joseantoniosouza303 E alguém precisa ter dito? Ora, eu! Por meio da análise crítica, apoiado em meus conhecimentos, o digo.
Excelente Vìdeo. O ensino de matemática e ciências em geral está sendo deliberadamente destruído no Brasil. Estamos formando seres humanos incapazes de pensar criticamente e criativamente. Aceitadores das "verdades" impostas por uma "autoridade" externa e dominadora. Essa verdadeira sabotagem é silenciosa. Uma vez questionei na escola de minha filha quando ela estava no 1ºano do fundamental I quando que seriam aboradodos os temas de teoria de conjuntos, geometria e raciocínio lógico. Lembro-me vivamente de ter introduções lúdicas e interessantes a esses temas na minha época da antiga "alfabetização". Para meu espanto, as professoras nem entendiam direito do que eu estava falando, pois nem elas, que eram cerca de 15, ou 20 anos mais jovens que eu, tiverem na infância contato com essas ideias. O ensino de raciocínio lógico, percepção geométrica, reconhecimento de padrões e ideias de conjuntos, elementos, união, interseção simplesmente desapareceu dos primeiros anos Fundamental I. Só sobrou a aritmética elementar, e mesmo assim, nem se ensina mais a tabuada, pois hoje se considera que "decorar a tabuada" é desnecessário, que a criança tem que usar outras "estratégias". A destruição é total e deliberada. O império quer nos manter como colônia.
NO Brasil o cacete. Em todo o PLANETA capitalista é assim
Não ache que isso aí é culpa do Brasil, é uma tendencia mundial. Eu moro em um país que chamam de desenvolvido, e a educação chega a ser pior que no Brasil. O que falta no Brasil são recursos, mas a capacidade é igual ou superior a maior parte dos países que se julgam desenvolvidos.
@@coliv2 Sim isso se chama CAPITALISMO a única saída é o socialismo científico.
No ocidente*
@@alvimgabriel4400kkklkk a ameba quer o céu socialista que matou e continua matando milhões
Como eu queria um professor deste, que mostre a beleza e a importância dessa beleza, mas pelo jeito os outros não aproveitam isso.
Já fui demitido por ser bom demais, na epoca varios colegas me chamavam atenção pra relaxar, que eu era muito acelerado e que devia entrar no ritmo da equipe, ritmo esse que era basicamente, enrolar pra caralho e nunca bater a meta, mesmo que fosse possivel, com muita facilidade bater meta, jamais deveria ser feito. Não durei muito, pois batia a meta do mês em duas semanas, desequilibrei a ordem natural das coisas, o encarregado não gostou, antes que eu complicasse a vida dele, fui demitido. Justificativa que não havia mais serviço, porém se eu ficasse quietinho ainda estaria empregado, como um sanguesuga empresa.
Obrigado por ser um profissional competente; almejo ter o mesmo ímpeto e entrar de cabeça com situações do gênero. Pessoas como você inspiram-me a trilhar esta via tão ardilosa (em nosso país).
Espero que tenha aprendido a lição.
Definição do Brasil. Não há progresso, pois acaba com o status quo...
Eu conheço bem isso...😂😂 Também faço parte desse time.
@@edulg eu tinha loja de roupa, sempre trabalhei muito, comercio todo mundo trabalha muito, quando fui pra industria, foi esse choque. Eu me sentia mal pra enrolar, fazer cera, fazer o minimo e mal feito ainda, de proposito, me sentia uma fraude, perecia muito errado fazer mas na industria isso parece ser o padrão uma perca de produtividade fudida, não tem incentivo pra ser eficiente como tem no comercio, na industria tanto quem trabalha mais quanto quem faz cera vai ganhar a mesma coisa
Tenho boa lembrança de alguns professores, mas tive uma que foi sensacional, ela despertou o lado do pensar da gente a questionar as coisas, por que daquilo? como posso seguir o outro caminho? e sim a minha turma era de 12 alunos, motivo, os pais os trocaram de classe, Ana Cristina ela se chamava, nunca foi esquece dela, enfim hoje o ensino ser tornou robótico.
Demonstrações é o melhor exercício que um aluno pode fazer em vez de desmembrar equação pronta. A gente não é ensinado a desenvolver o pensamento matemático, e sim a matemática manufaturada...
Lembro que uma das coisas que eu mais gostava na aula era quando o professor demonstrava uma fórmula, de onde ela vinha, fazia a gente entender o processo. Quando eu fazia provas e não lembrava da fórmula, cansei de fazer a demonstração na aba da prova para descobrir a formula e usar na questão. Claro que eu perdia tempo nisso, mas acertava a questão. Isso foi nos anos 80. O ensino de hoje nem imagino como esteja.
Não se abale, a demonstração é a essencia do conhecimento!!
Seu canal é um patrimônio da humanidade. Você é excelente.
Sensacional! Senso critico é uma corrente de interpretação muito estimada, contrasta com o analítico.💭
esbarrei no teu vídeo e te digo: não conhecia o canal, mas é isso que espero pra um Brasil muito melhor educado. Parabéns!
que vídeo bacana mano, q ele chegue a mais pessoas, principalmente a pais e professores do fundamental
Parabéns pelo desabafo, com o qual concordo. Tenha paciência, serás reconhecido. Abraço fraterno Prof Augusto Cesar, Araraquara SP.
Que canal incrível! Obrigada por seu conteúdo!!! Continue!!!
Uma das minhas maiores dificuldades em geometria é quando a questão me descreve uma figura... Mesmo as mais simples constantemente demoro até conseguir desenhar a figura. Acho muito ruim que a escola não estimula isso.
Algumas pessoas tem dificuldade ou até a impossibilidade de imaginar imagens. Talvez seja o seu caso.
É possível exercitar a criatividade e o raciocínio lógico sem utilizar as demonstrações tradicionais da matemática. Para isso, uma das metodologias que pode ser utilizada é a resolução de problemas. Nesta metodologia, os problemas podem ser apresentados antes ou depois de certo conceito ter sido ensinado. Os problemas têm potencial para introduzir os tópicos de matemática ou aplicar os que já foram ensinados de diferentes maneiras, não necessariamente seguindo uma receita de bolo. No entanto, até mesmo esta metodologia(que não utilizasse de uma demonstração generalista, mas sim uma demonstração específica) não é bem recebida nas escolas. Se você montar uma prova com problemas ligeiramente diferentes dos que os alunos já viram em sala de aula, eles irão reclamar que o conteúdo cobrado não foi ensinado. Eles querem problemas semelhantes ou idênticos aos utilizados em aula e, quando não recebem isto, reclamam com a coordenação. Eu não acho que as habilidades de executar tarefas e de seguir instruções não deveriam ser desenvolvidas na escola, mas acredito que não deveriam ser as únicas. Em minhas provas, sempre procurei colocar pelo menos um problema que exigisse raciocínio ou criatividade dos alunos, mas não posso estender muito nessa área. Já recebi orientações de que uma prova de 0 a 10 pontos como nota deve ter 6 pontos "pa pum", que o aluno responda tranquilamente para garantir a média, e os demais pontos poderiam ser mais elaborados. Eu sou a favor das demonstrações no ensino de matemática, mas devemos ter muito cuidado e sensibilidade ao utilizá-las. Ainda há livros didáticos que fazem demonstrações de geometria, por exemplo, mas não costumam utilizá-las como exercícios. Cabe ao professor ser criativo para criar perguntas e problemas que levem os alunos a utilizar um pouco do método dedutivo. Infelizmente, muitos alunos tem dificuldade até mesmo os processos mecânicos como efetuação de contas, cálculo de valor numérico de expressões algébricas e resolução de equações do primeiro grau. Acredito que a limitação dos métodos não sejam os principais problemas no aprendizado, mas na estrutura escolar e familiar. Por exemplo, a quantidade de alunos em sala de aula, a falta de individualização do ensino (muitos são obrigados a estudar quase tudo de todas as áreas - ensino conteudista), acompanhamento dos pais (incentivando seus filhos a estudar e efetuando controle - aliás, está é uma das diferenças entre escolas públicas e particulares). Enfim, o buraco é mais embaixo.
o problema é que não cabe tanta informação. As vezes o professor fica maravilhado com sua área porque estudou a fundo e quer passar para o aluno, mas em contrapartida o cara é quase zerado em outras matérias. Já o aluno é cobrado em todas as matérias. Se você pegar a época que haviam 11 matérias cada qual com 3 livros didáticos. mano, é informação pra kct.. poucas pessoas realmente domina o conteúdo dessas 11 matérias e isso inclui os próprios professores! Quando eu estudava, tentei estudar 'de verdad' e a primeira coisa que percebi é: ok, ok... muito top biologia, filosofia então nem se fala, arte é bastante agradável, mas se eu não vou dar conta de estudar tudo isso, porque vou ficar um bom tempo preso em física e matemática... Essa é a realidade... O cara precisa ser realmente MUITO CDF/NERD para dominar todas as 11 matérias em um nível alto, mesmo considerando APENAS o material do ensino médio...
Bom dia professor.
O senhor está ensinando a autonomia de pensamento. Quero dizer , a demonstração mostra ao estudante que em algum momento do desenvolvimento que se perder poderá voltar e retornar de inde se equivocou. Já tenho nível superior e meu segundo grau com preparatório para vestibular, e hj é o ENEM. Meus professores de matemática ensinava a desenvolver e como era preparatório e não se podia investir muito tempo na questão, também ensinava a forma resumida. Então tinhamos os dois caminhoes com possibilidade de se criar um terceiro.
Na faculdade tive o prazer de um professor de cálculo que disse a seguinte frase:" vocês tem duas opções ou serem pessoas que pensam ou simple apertadores de botão (usar a calculadora)". Eu fiz aquilo que ja era de costume, desenvolver o raciocínio. Tirei vário s 10, não pelo resultado pois por aproximação gera erro no resultado mas ele considerava pelo correto desenvolvimento. E colegas de classe ficavam chateados pelo meu método, mas fazer o que? Hj em dia tenho esse costume para tudo e sou considerado "lento" para aprender pois para eu decora tenho que entender como se chegou naqueke resultado.
Mas essa sua passagem na vida de professor é devido a cultura do resultado, macetes e fórmulas mágicas. E o pais não entendem que seus filhos estão sendo doutrinados a serem geradores de resultados e só. Mas aquele que perceber que a diferença no futuro muito próximo será aquele mque detiver o desenvolvimento de raciocício e não apenas consumir o enlatado terá lugar no mercado serão os próximos profissionais do mercado bem pago.
Creio que o conhecimento tem que ser integral, mas acho que segmentam muito que é para se ter controle da população, mas acho que isso se usa para tudo.
Obrigado por ser assim.
Outra coisa, usei muito os livros do Sangiorgi no período da antiga 5ª a 8ª.
Eu observo comentários que afirmam que a educação no passado era melhor do que a de hoje e me pergunto: será que as pessoas daquela época também diziam que a educação do passado era melhor do que a de seu próprio tempo? E se essa crítica fosse uma constante, até onde chegaríamos? À Idade Média? Hoje, no meu estado, existe ensino integral, e na minha época de estudo isso só era acessível para pessoas com muito dinheiro. Foi um avanço ou um retrocesso? Acredito que foi um avanço, mesmo que o conteúdo ainda não seja o ideal. Mas é um avanço... O primeiro passo para a Coreia do Sul melhorar sua educação foi universalizar o ensino e, posteriormente, focar na melhoria da qualidade, com medidas como o aumento do salário dos professores. Isso demonstra que, para educar um povo com qualidade, não basta focar apenas no que se ensina; é necessário um conjunto de medidas. Eu sou do tipo que acredita que a humanidade sempre evolui, mesmo que, pontualmente, possa parecer haver retrocessos aqui e ali. No contexto geral, sempre evoluímos.
Cara, meus parabéns seu conteúdo é muito brabo, domínio pra krl a área.
E eu aqui morrendo pra entender função afim kkk
Isso foi algo que sempre me intrigou e intriga até hoje, não consigo ver lógica em aprender algo para o qual eu não sei em que se aplica no mundo material, eu já discuti inúmeras vezes esse tema com meus professores, eu pensei ser maluco, mas hoje achei a resposta para o que me intrigava referente a matemática. Era isso que eu estava procurando.
Obrigado pelas ótimas ponderações! É isso mesmo, hoje fabricam-se máquinas de gabaritar nas escolas, quando muito. Confesso que gosto muito de Matemática e hoje trabalho como programador. Seu vídeo reforçou uma ideia que tive de que devo (re)começar minha jornada na Matemática sem medo de ser criativo, levando em conta o meu tempo e sendo esse processo algo que faça sentido e me satisfaça.
Hoje em dia, principalmente em Ensino Médio, as escolas são muito mais um preparatório pra ENEM ao invés de um lugar de educação em si. Só sou o que sou hoje, intelectualmente e academicamente falando, porque eu mesmo corri atrás. Fiquei extremamente aliviado em descobrir na graduação que o processo de ensino dos docentes não era o mesmo que os dos profs do ensino médio.
E no fim do dia, não posso culpar meus professores do EM. Afinal, se a escola não traz resultado no ENEM, os pais não matriculam seus filhos lá e, consequentemente, os professores sofrem junto.
Devia haver alguma mudança no processo de ingresso à graduação pública ou a mediocridade do ensino vai se manter mesmo pra os que estão interessados.
vestibulanda de medicina aqui 🙋🏻♀️ sempre frequentei escolas e cursinhos famosos pela preparação para os vestibulares. E é verdade, o foco nas provas, principalmente enem, nos torna muito fechados na matemática e não vemos ela como deve ser vista! recentemente iniciei uma formação de matemática à parte, e é outra coisa quando se começa consolidando primeiro a lógica. Parece até outro mundo. Infelizmente a concorrência e carga de conteúdo nesses vestibulares está cada vez mais absurda e nós alunos tendemos a tentar facilitar essa jornada como pudermos. Uma pena que nos enganam quando dizem que economizamos tempo aprendendo "só a fórmula".
Quero parabenizar você professor.
Se existissem mais professores como você o mundo seria um lugar diferente de se viver. Meus Parabéns
Isso é normal infelizmente. Foi por isso que larguei a educação e virei programador, hoje dou aulas particulares por hobby pra quem tem realmente vontade de aprender
Isso quase aconteceu comigo quando eu era professor de física. Não fui demitido, mas os alunos reclamavam. Eu queria fazê-los entender os conceitos e usava as fórmulas como ferramentas para eles entenderem os conceitos (as fórmulas não eram um fim em si mesmas). Além disso, queria estimular o pensamento e o aprendizado usando o método científico.
Parabéns! Não desista.
Isso está acontecedo em todas as áreas do conhecimento. Lamentável.
Único video orgânico em anos, maravilhoso.
Adorei seu cantinho de estudo e trabalho... lindoooo cheio de livros maravilhosos.
Aos professores que lêem estes comentários e compartilham do mesmo desânimo de tantos outros que relataram suas experiências: há hoje muitas famílias que pagam professores por aulas remotas para obter auxílio no afterschooling (que visa justamente suprir déficits verificados na escola) ou homeschooling. Esse mercado não para de crescer e não é sequer preciso dar aulas particulares - frequentemente os professores montam verdadeiras turmas virtuais! Sem contar que muitas vezes é também financeiramente compensador, já que o próprio professor pode ficar com todo o faturamento para si.
Se seu trabalho é fazer os alunos pensarem, continue assim. O que importa é você estar com a consciência tranquila de que está fazendo um bom trabalho. Para evitar essas situações, talvez fosse interessante explicar esses tópicos mais avançados e esmiuçados em aulas específicas ou então fazer aulas gravadas, as quais qualquer interessado possa ter acesso. Que Deus te abençoe 🙏
Ótimo vídeo. Você está totalmente certo, hoje em dia os professores só querem passar o conteúdo da melhor forma para ele e não quer saber se você está de fato aprendendo ou pior ainda a aplicabilidade do que se aprende ao mundo real. Teoria e pratica devem andar juntas senão não tem sentido existi-la.
Até o fim da 8ª série frequentei uma escola particular “alternativa” , que seguia pedagogia Freinet. Acho que ela se mantinha viável mais pelos alunos pequenos do berçário e pré-escola, pq lembro que minhas turmas de ginásio eram minúsculas, um ano chegou a iniciar com turma de 8 pessoas. Mas é incrível como fazia diferença. Tinha vários colegas super engajados, mas mesmo os menos interessados não tinham essa reação de rejeitar essa forma de ensino… acho que era aceito / esperado como o normal.
Lembro depois de começar o ensino médio no Anglo e não me adaptar de jeito nenhum ^^;
Terminei a 8ª série em 2007… a escola ainda está aberta. Vontade de visitar e ver se ainda é como antes.
Apenas para expandir e não me posicionar, quero fazer uma provocação. Me parece que o que se ensinava no ensino fundamental 2 era realmente mais complexo do que o que se ensina hoje; quanto a isso, não tenho dúvida. Meu ponto de questionamento é que havia uma prova para entrar no fundamental 2, de forma que uma grande parcela dos alunos não seguia para essa etapa. Minha pergunta é: até que ponto esse processo tornava os alunos que entravam mais aptos a receber esse nível de ensino? Outro ponto é: quanto desse conteúdo era realmente absorvido? Concordo que é preciso educar para formar um pensador qualificado, mas sempre tenho receio ao fazermos comparações que envolvem, direta ou indiretamente, gerações, passado e presente, pois a falta de alguns elementos de contexto pode nos levar a conclusões equivocadas. Como disse, estou apenas tentando expandir a reflexão... rs
me lembrei das aulas do Universo Narrado, mto bom o vídeo e o curso
Conseguir fazer sua propria demonstracao é tão graticante, materia de teoria dos numeros, teve um exercicio de prova que fiz a demonstracao e nao estava igual a do professor, ai ele revisou e estava tao certa quanta a dele, e o mais legal, na hora da correcao ele mostrou para a turma as duas formas de demonstracão, fiquei muito feliz :D
Certa vez um chefe meu, que fez o ensino medio por volta de 1978, comentou que aprendeu cálculo (limites, derivadas etc.. ) no ensino médio. Segundo ele havia um sistema de estudo meio autodirigido em que o professor apenas tirava duvidas e indicava os "pontos" a serem estudados, que o estudante encontrava em livros na biblioteca. Desde entao fiquei muito interessado em encontrar esses livros. Ja ouviu falar sobre isso?
Achei lindo esse livro mais antigo explocando sobre os conceitos fundamentais de postulado axioma.. sou bem limitado nisso e gistaria de aprender.
Sou um velho de 58 anos e nunca tinha sido nem regular em matemática no início de minha juventude. Um dos motivos, é que na minha cabeça, tudo que se aprende deve ter um porque lógico. Minha mente de jovem adolescente travava quando era obrigado a aprender algo que não fosse explicado a sua origem e função na vida real. Tentava questionar os professores, do porque eles não ensinavam quem criou as formulas e cálculos, e para que serviam. Eles não estavam nem um pouco interessados. Daí comecei a desenvolver uma antipatia pela escola e vê-la como um meio de emburrecer as pessoas. Me apaixonei pela leitura, e nos livros descobri um universo de conhecimentos muito mais interessantes que na escola. Foi aí que a abandonei na 7º serie. Casei aos 22 e pela necessidade de ganhar dinheiro, vi que tinha que voltar a estudar, só que já tinha muitos anos parado. Erroneamente, comprei um diploma falso de primeiro e segundo grau, me escrevi no vestibular da federal, e comecei a estudar sozinho. Eu não tinha terminado nem o primeiro grau, como sonhava em aprender sozinho para um vestibular de federal, numa época onde só as faculdades públicas existiam? Executei o sistema que toda escola deveria executar. Trouxe a lógica para o centro de tudo. Comprei os livros de matemática das outras matérias, dede a alfabetização até o segundo grau completo, fazendo resumos anotados de todos sobre o que eu achava que eram os pontos mais importantes. Depois só estudava os resumos. Quando pratiquei esse método de estudo, meus problemas de matemática sumiram, e comecei achar matemática interessantíssimo, e até gostoso. Estudava das 9 da manhã às 9 da noite, com intervalos de 1 ou 2 horas para reiniciar a mente. Gostei tanto que pensei em prestar o vestibular para Física, para vocês terem uma ideia. Mas pensando direito, conclui que era um salto muito grande e optei por letras, que também gostava e queria aprender a escrever melhor. Resultado, passei de primeira no vestibular da federal de meu estado, considerado na época um dos mais difíceis do país. Eu com apenas a 7º seria, agora fazia parte dos alunos da federal de meu estado, que na época contava apenas com 10 mil concludentes, num estado de milhões de pessoas. Já na faculdade, passei em todas as cadeiras com louvor no primeiro semestre. Lá me deparei com um ambiente menos ruim que na escola, mas onde também a lógica e a paixão pelo conhecimento estavam ausentes. Funcionário público, no geral, livrando as exceções, é uma desgraça. Faltavam direto... Me enfadei novamente. Por preguiça e parte por não achar correto a compra dos diplomas de primeiro e segundo grau, rasguei-os e abandonei a faculdade. Nunca mais voltei a sala de aula. Hoje sou empresário do ramo de transporte e ganho mais que a maioria dos professores de faculdade. A fome de conhecimento nunca se apartou de mim. Vejo minha triste história com lamento. Sou um talento para os estudos desperdiçado. Parte do problema fui eu sem dúvida. Mas a outra parte foi o sistema burro da escola, que quer transmitir conhecimento, deixando a lógica de fora. Isso emburrece de fato. Daí porque encontramos pessoas extremamente bem sucedidas na vida acadêmica, mas quando chegam na vida prática profissional são um fracasso. Aleijaram o jovem de seu talento natural, a alógica. Jamais o ensinaram a pensar, só a decorar fórmulas e regras. Hoje sou o colte de carreira dos meus filhos, que alias são muito bem sucedidos nos estudos e na carreira profissional. Desde pequenos tentei passar para eles uma visão lógica dos estudos e da carreira profissional. Mostrando que esta última é apenas um jogo. E que não importa quão bem sucedido você tenha sido na vida acadêmica, se você não entender as regras do jogo, você vai ser um fracassado. Também tento ajudar a todo jovem que posso e queira, quanto a estudos e carreira profissional.
Incrível sei depoimento.
Fantástico, parabéns pelo conteúdo, ganhou um inscrito.
Nem terminei o vídeo ainda,mas vc perdeu o emprego,porém encontrou uma forma estética para gravação,isso de passar de uma tela pra outra dos Pcs,passando pelos livros etc,enquanto fala,ficou muito bom 😅
Esse livro é muito didático, instiga a criticiade, vou comprar, a escola nem pediu, só vou usar por que eu quero, sei que esse pensamento crítico é libertador no aprendizado de qualquer coisa
Brasil "evoluiu" qdo Feynman veio ao Brasil criticou o ensino de física pois as pessoas não entendiam o que estavam fazendo e os físicos ficaram magoados com ele... Hj os pais tb ficam nervosos se fazem os filhos pensar... Esses livros antigos de física, química e matemática eram ótimos, aí veio uma turma lacrate que falou que aluno não precisa aprender o que não vai usar no seu dia a dia e aí vc tem uma prova do enem que é difícil por mero cansaço em ter que ler 45 questões... Finge que ensina e o aluno finge que aprende... Mas os filhos dos ricos estão aprendendo muito bem...
Gostei rsrs
Eu tive uma professora na sétima série do fundamental, Ana Lúcia, ela também não estava nem aí para as fórmulas. Ela exigia (na verdade não exigia, mas preferia) que nós provássemos os resultados dos problemas através de demonstrações. E eu amava isso, porque nunca fui muito bom em deocrar fórmulas.
Cara, sinceramente, eu seria um dos que reclamaria, hoje tenho 24 anos, engenheiro e mestre em engenharia naval, mas nessa idade aí, entre 10-17 anos, ninguém tá nem aí pra beleza da matemática, cara, os adolescentes só querem que o professor dê o conteúdo da forma mais simples possível de entender para saber o suficiente pra passarem de ano ou no curso que querem; que não sobrecarregue ninguém porque também tem outras 7 aulas no mesmo dia para assistir, e que vá embora logo pra terem um tempo para respirar, e pronto… Não acho que estejam errados, é só a forma como enxergam as coisas nessa idade. Você seria demitido na escola que estudei também. Pode dizer que o errado é o sistema educativo, mas aí já é outra discussão só uma grande revolução mudaria…
O seu vídeo é um serviço para a humanidade, rica de conteúdo e reflexão para os alunos... Precisamos de mais professores como você e lutar por uma qualidade de ensino mais Paulo Freire
ele é crítico do Paulo Freire.
@HERTZ7 qual o problema das ideias dele?
Vou maratonar seus vídeos... interessante sua abordagem .
Espero que goste! 😁
Meu apoio e minhas condolências pelo ocorrido. Muito se fala sobre Brasil aqui nos comentários, mas o problema é mundial. E o problema já existia em gerações anteriores, inclusive na década de 70 de onde vem essas pérolas em forma de livros. A diferença era filosofica. Na década de 70, quando surgia essa resistência ao pensamento, dada a preguiça natural das crianças, a coordenação entendia o objetivo, dava apoio ao professor e pedia paciência aos pais, q confiavam no trabalho. E depois de um bom esforço, mentes pensantes floreciam... E os resultados eram fantásticos. Mas entramos numa era, inclusive política, de paternalismo a todo custo. Quando conversei com o diretor de uma das "melhores" escolas de Campinas/SP, a comunitária, sobre o bullying q minha filha sofria a resposta foi: "de que adianta punir se não consigo tocar o coraçãozinho dele? A mudança tem de vir de dentro p fora". A proposta desse paternalismo medíocre e covarde é era colocar a criança frente a frente com seu algoz e "falar dos sentimentos". Resultado óbvio: o malandro fingia e depois "pegava na saída". Ensinamos um psicopata a se sobressair em sociedade. Próxima geração de políticos. Essa "filosofia" contaminou as ementas e a relação aluno/professor, degradando a qualidade do ensino. Foi ISSO q vc sentiu na pele. Vc foi vitima de um sistema perverso, dominado por uma pauta ideológica, fortemente atrelada a "passar mão na cabeça" e a lei do menor esforço. E tudo piorado pela falta de concentração e impaciência do condicionamento as telas pelas crianças. Eu dei aula em faculdade particular por uns 5 anos no começo da carreira (faz uns 20 anos). Logo eu vi o q era um marmanjo barbado filhinho de papai. Mas a coordenação tinha uma proposta e apoiava qualidade. Cedo eu descobri o caminho: "quem quiser não faco chamada, pode sair, a prova e copiada da lista, basta copiar de quem fez. Quem quiser aprender de verdade, fica". Eu abria um computador e ensinava sem um ppt, só com exemplos práticos e no final fechava uma teoria. Mas seguia formalismos, entrava em detalhes. E com esses alunos que ficavam na sala, ganhamos competições de software na Microsoft, alguns sao donos hjs de grandes empresas, alguns moram fora do Brasil e todos são grandes amigos e me chamam de "mestre". Tenho orgulho de ter feito a diferença e orientado (inclusive IC) essas pessoas. E menos os "menos encantados" no final aprenderam e se posicionaram no mercado e na vida. Ou seja, o método do esforço e do livre pensamento funcionou. Funciona. É assim desde o Socrates e Platão. Cara, hj o esforço q eu faço com a minha filha p tentar ensinar algo bom a ela... Segue o meu perfil e olha o canal (q é p canal dela, pq é de menor: 11 anos). Vc vai entender até q ponto chega hoje um pai, lutando pela qualidade do ensinar, e do pensamento livre....... Estamos juntos, parabéns pela sua atitude, pela postura e pelos valores. Me identifiquei demais contigo. Só não sei se o ideal é partir para um cruzada contra o sistema (embora precisemos sim de uma revolução, tb temos contas p pagar). Uma dica que me ajudou na época que dei essas aulas foi essa coisa do que eles chamam de "construtivismo": ensinar fazendo. Digamos q vc vá ensinar a resolver um sistema linear, começa logo pondo um problema textual. E pergunta: e agora, como a gente começa? Deixa eles falarem. Deixa eles irem no quadro escreverem... Vai só guiando. Mostra o que não dá certo tb... Discute pq não dá certo. As demonstrações faz como problemas tb... Tem outro gosto ver a sacada da solução depois q vc quebrou cabeça no problema. A poesia da matemática aparece. E o formalismo vai surgindo por pura necessidade. Só no final vc dá nome aos bois. E muito exercício, muito problema... Quanto a minha filha, acho q um último reduto de qualidade são as olimpíadas (matemática, fisica, química, redação, história)... Ali vive o espírito do aprendizado. Eu enfio ela no que aparece... E tendo levar tudo numa boa. Mas não é fácil. Parece que isso aqui ficou uma monografia/desabafo... Kkkkk. Resumindo: TMJ!
Cara seu canal é incrível estou impressionado.
Nossa, eu tenho a coletânea da Lisa, muito bom estes livros.
Caramba, ainda bem que tranquei minha faculdade de matemática e comecei engenharia, que país miserável culturalmente.
Ótimo vídeo. Libertador p quem ama buscar o conhecimento e a verdade.
Cara , vc é muito foda ou eu sou muito fraco .
Acredito que as duas são verdadeiras, rs
Parabéns !
😮
Parabéns pelo incrível trabalho!
8:02 tenho a coleção desse livro de matemática (capa azul) e, honestamente, o conteúdo dele é mais profundo e direto que muitos livros da atualidade.
Enquanto as provas de acesso às universidades (Enem) tiver esse nível e essa proposta, a tendência é seguirmos caminhando a passos largos para o fundo do poço, se é que não já estamos nele.
meus Deus, como que queria ter um professor como você na época que eu estudava, eu ficava no reforço de matemática na minha escola só pra TENTAR aprender um pouco mais, TEN-TAR!! as aulas em escola pública eram tão ruins que a quantidade de aulas não fazia nenhum efeito em relação ao aprendizado... minhas menores notas na faculdade foram geometria analítica, cálculo l ll lll, física l ll. por causa de professores ruim, e ainda te demitem.
TRISTE!!!
A matemática tem como base os axiomas, que são proposições aceitas como verdadeiras sem necessidade de prova. A partir desses axiomas, podemos criar deduções lógicas, chamadas conjecturas. Essas conjecturas podem ser provadas por meio de demonstrações usando os próprios axiomas, e, se forem provadas, tornam-se teoremas. Caso sejam refutadas, não se transformam em teoremas. Os teoremas são considerados verdades matemáticas porque derivam de pressupostos aceitos como verdadeiros, e também podem ser usados para provar ou refutar outras conjecturas. A partir dos teoremas, surgem novas áreas e teorias matemáticas.
No entanto, os axiomas não são verdades absolutas. A matemática foi criada e desenvolvida a partir de nossas percepções subjetivas.
Por exemplo, o axioma de Euclides, que afirma que a menor distância entre dois pontos é uma linha reta, não seria intuitivo para todos os seres. Existem animais, como peixes, que não conseguem perceber linhas retas. A matemática deles seria muito diferente da nossa. Alguns animais também não entendem o conceito de número, como 1 ou 2 objetos. Para um cachorro, por exemplo, um carro e o chão podem ser percebidos como a mesma coisa. Seres com uma cognição perceptiva mais complexa que a nossa poderiam ter noções intuitivas radicalmente diferentes, o que resultaria em uma matemática completamente distinta. Então, qual seria a melhor matemática? A nossa ou a possível matemática de outros seres? Isso sugere que a matemática é uma criação arbitrária, limitada pelas nossas percepções. Imagine, para um ser quadri dimensional, ou se existir outras dimensões, para seres de outras dimensões, a menor distancia entre um ponto e outro poderia ser o teletransporte, não? Talvez para seres de outras dimensões não exista a locomoção onde o conceito de linha reta pode não existir.
A matemática dos antigos foi desenvolvida com base na realidade como ela lhes parecia. À medida que o método científico avança e as tecnologias de medição empírica se aprimoram, nossa compreensão da realidade se torna mais refinada.
É possível que desenvolvamos novos axiomas que reflitam de forma mais integral o mundo como ele é. Se os gregos pudessem ver como um peixe enxerga a trajetória de um ponto a outro, provavelmente rejeitariam suas intuições originais.
Isso aí! Há infinitos sistemas formais lógicos e, consequentemente, infinitas matemáticas. 😁
@@matematicaHobby Que incrivel, é tão bonito... A nossa matematica é poerosa por descrever, prever manipular bem a nossa realidade como percebemos... Para você que é matemático, existe algum ramo da matematica que descreve e preve o comportamento humano, ou de seres vivos no geral? É possivel a matematica descrever bem a subjetividade da vida? Já que a subjetividade é objetiva dentro de nossos cerebros, seria possivel descrever matematicamente, porque é tão dificil a matematica descrever, preve e manipular o comportamento de organismos vivos?
@@Pedrolojalima2001 Procure por Lógicas Não Clássicas e Matemática Não Clássica, ou não padrão. Você vai encontrar alguns trabalhos neste sentido, do uso de lógicas alternativas para modelar comportamentos sociais, inteligência artificial, física quântica, etc. Um grande protagonista deste movimento aqui no Brasil foi o Prof. Newton da Costa. Assista uma palestra dele para físicos da USP, lá ele fala sobre as infinitas lógicas e matemáticas. A área da matemática que trabalha com estas matemáticas alternativas é conhecida como Fundamentos da Matemática, aqui no Brasil o IME-USP, a UNICAMP e a UFBA possuem grupos de matemáticos dedicados a esta área. Há um livrinho do Newton da Costa chamado "Introdução aos Fundamentos da Matemática" que você acha baratinho, uma hora ainda quero falar mais sobre fundamentos da matemática aqui no canal (na verdade, tenho um vídeo que toco neste assunto, procure por "Fundamentos da Matemática: Axioma da Escolha e Paradoxo de Banach-Tarski"), pois me interessa bastante.
@@matematicaHobby Clóvis, descobri seu canal recentemente. Muito bom mesmo! Achei que, como eu, você fosse professor de matemática (licenciado). Você trabalha em que área?
Não esperei ser demitido... eu mesmo pedi as contas... qdo não se pode contar com apoio da própria diretoria, é melhor largar mesmo!
Que interessante esse debate!
Muito interessante. As escolas estão ensinando os alunos a pensarem de maneira engessada, sem refletir muito. Prova disso é a exigência de fórmulas por parte dos alunos que servem apenas para fazer coisas bem específicas e não "abrem o leque" para pensar de outras maneiras.
Isso me faz questionar do q estariam de fato comemorando na formatura
Voce poderia escrever um livro de matemática com base nesse do Oswaldo e seguindo a mesma linha de raciocínio para ensinar e mostrar a beleza da matemática.
Isso acontece com todas as disciplinas, lembro-me de quando colocaram um estagiário de história para dar aula sobre a colonização portuguesa e ele contava coisas que iam além do que estava na apostila, como curiosidades sobre as caravelas e as companhias de comércio da época. A maioria achou tediosa, e aquilo me marcou muito, pois era a primeira vez q a história era passada de uma forma que não fosse encher a lousa de tópicos a serem decorados. Aprendi que se a gente quer aprofundar em algum assunto não podemos depender da escola pra isso, infelizmente.
Nossa, muito triste isso.. eu amava os professores de matemática do meu colégio exatamente porque eles priorizavam as demonstrações das fórmulas e o desenvolvimento do nosso raciocínio matemático... acabava que nós mesmos passamos a conseguir demonstrar e deduzir algumas coisas sozinhos..é um método que dá a vara pro aluno pescar ao invés de dar só o peixe.. dá muita independência
Bem-vindo ao grupo dos professores de humanas. Solidariedade ao colega demitido.
Não sou um bom calculista, mas toda a matemática que estudei, da aritmética básica até análise funcional eu garanto que realmente sei. Adianta muito pouco resolver 1000 problemas específicos se de modo geral você não sabe bem o que está fazendo.
Professor o senhor ama o que faz, as pessoas muitas das vezes só querem saber de passar na prova.
Vc tem que decidir se quer ser um bom professor ou bom matemático. Um bom professor tá consciente das respostas e das limitações dos alunos. Se eles ainda não tem base pra entender a parte mais avançada, o professor deveria ser o primeiro a perceber isso e a focar nessa base pra só depois, no momento correto, partir pra parte 'avançada'.
Quando se trata de Ensino Básico, o professor deve seguir a BNCC que, por sua vez, trás competências e habilidades mais focadas a exploração matemática e na sua aplicação no cotidiano e no mundo em que o estudante vive. A função social da escola é formar um cidadão completo, crítico e independente para a vivência em sociedade, não para formar matemáticos. A matemática formal com demonstrações lógicas não é a única forma de se enxergar a matemática nem o mundo.
Sobre o livro do Ensino Fundamental 2 de 1970, sugiro a leitura do livro "O Fracasso da Matemática Moderna". Além disso, se quiser se aprofundar mais, leia "Introdução a Educação Matemática Crítica" de Skovsmose, "Etnomatematica" de D'ambrosio e a BNCC.
Concordo, ensinar conceitos de ensino superior para ensino médio, tende a dar errado
Estudei em Escola pública a vida toda, o método de ensino sempre na base da decoreba, com respostas pré definidas, o nosso Enem é justamente tem esse objetivo, fazer pensar como o autor deseja.
Pondé falou sobre isso ser meio que a consequência da ampliação da educação de baixo nível ser acessível onde você só faz,e não chega a um nível profundo onde você questiona em como funciona
pros pais não demitirem professores é preciso que o ensino não seja mercantil. Estabilidade para profissões que não dependem de opinião, mas de Ciência!
Segundo Feymman eu não sou uma pessoa, sou um questionador nato, cientista da vida, um autodidata. ❤
Concordo com vc!!
Sou mãe estou a procura de pessoas que ensinem de forma completa a matemática!! Não ensinem macetes!! Um absurdo isso
Eu sou o professor do comentario do video dele.