Não sou especialista, mas o pouco que tenho lido e ouvido a respeito, por parte de quem aceita a hipótese do "certo" e "errado", me convenceu de que as mudanças que a linguagem sofre só podem ser benéficas no sentido de que haja um melhoramento, como no caso da criação, por assim dizer, de um conceito que expresse um fato da realidade que até então só era assimilado intuitivamente mas pouco racionalizado (Aristóteles foi talvez quem mais contribuiu com a linguagem nesse sentido). Por outro, quando eliminamos as noções de certo e errado, a linguagem tende a desvirtuar-se cada vez mais, e as gírias entram, não como uma eficiência da capacidade cognitiva, mas como uma deficiência desta. Deficiência esta que, inevitavelmente, fará com que o indivíduo fique distanciado intelectualmente daqueles que buscam conservar, o mais que puder, a linguagem correta. Sem falar na angústia por que passa a pessoa que não consegue expressar toda a sorte de sensações vividas, justamente porque aprendeu que não existe certo e errado na linguagem: é quase impossível não conformar-se com uma linguagem limitada, quando se é convencido de que não há certo ou errado na própria linguagem.
Oii, vocês possuem para vender a obra do autor Ricardo Dalbosco: “Do invisível ao inesquecível: como construir uma marca pessoal de sucesso, ser admirado pelo mercado e transformar a sua carreira”? Está fazendo grande sucesso…
O Antônio Xerxenesky já começou falando o Português erradamente, quando cumprimentou com "todos e todas", pois "Todos" é neutro oriundo do Latim, mas a agenda ideológica destrói a capacidade de ver a Realidade.
Permita-me corrigi-lo: o neutro latino não generaliza masculino e/ou feminino. É um terceiro gênero, que não se associa a "sexo" ou a "gênero" na acepção biológica do termo. Trata-se de um conceito estritamente morfológico. Por isso omnis é a forma do nom. sing. de todo/toda (masc./fem.) e omne é nom. sing. de todo/tudo (neutro). Daí omnes parietes ("todas as paredes") e omnia templa ("todos os templos") como exemplos de emprego desse pronome, cujo gênero oscila conforme o nome com o qual concorda. Observe que parietes é fem. e templa, neutro. Ambas palavras cuja família semântica é a mesma (construção), mas os gêneros são diferentes, o que é um fato puramente morfológico. A propósito: sou professor de Latim em nível universitário.
@@charlesbonares Oii Charles, muito sensata sua colocação! Poderia me recomendar bibliografia para aprofundamento do tema? Gosto muito de estudar fenômenos linguísticos, porém em relação ao Latim sou um tanto leigo^^
O pt br é fantástico. Na mesma frase eu ouvi latin em pó e masterclass.
Palestra maravilhosa! Adorei o livro "Latim em pó" que me ensinou tanto sobre o português brasileiro.
Livro sensacional. A meu ver , um momento único no estudo de Letras.
Acabei de ler. Livro muito elucidativo da história da língua!
O título foi o que mais me chamou atenção "Latim em pó". Me deixou muito curiosa
Sensacional 👏🏆
Excelente!! Amei a conversa Professor. Obrigada pela aula 👏👏
Ótima conversa! Comprei o meu exemplar há pouco mais de um mês e finalmente consegui iniciar a leitura, estou adorando! Parabéns!
Não sou especialista, mas o pouco que tenho lido e ouvido a respeito, por parte de quem aceita a hipótese do "certo" e "errado", me convenceu de que as mudanças que a linguagem sofre só podem ser benéficas no sentido de que haja um melhoramento, como no caso da criação, por assim dizer, de um conceito que expresse um fato da realidade que até então só era assimilado intuitivamente mas pouco racionalizado (Aristóteles foi talvez quem mais contribuiu com a linguagem nesse sentido). Por outro, quando eliminamos as noções de certo e errado, a linguagem tende a desvirtuar-se cada vez mais, e as gírias entram, não como uma eficiência da capacidade cognitiva, mas como uma deficiência desta. Deficiência esta que, inevitavelmente, fará com que o indivíduo fique distanciado intelectualmente daqueles que buscam conservar, o mais que puder, a linguagem correta. Sem falar na angústia por que passa a pessoa que não consegue expressar toda a sorte de sensações vividas, justamente porque aprendeu que não existe certo e errado na linguagem: é quase impossível não conformar-se com uma linguagem limitada, quando se é convencido de que não há certo ou errado na própria linguagem.
Oii, vocês possuem para vender a obra do autor Ricardo Dalbosco: “Do invisível ao inesquecível: como construir uma marca pessoal de sucesso, ser admirado pelo mercado e transformar a sua carreira”? Está fazendo grande sucesso…
Fantástico! Parabéns pelo trabalho. Já estou com o meu exemplar em mãos!
Parabéns pelo trabalho!
Já estou com o meu livro, lido!
Maravilhoso tema... Fascinante!
Excelente aula 👏🏽👏🏽👏🏽
Já vou comprar o meu 😊
Muito interessante
OI, TUDO BEM? VOCÊS PODERIAM ME AJUDAR A TRADUZIR ESTA FRASE PARA O LATIM? "A PIOR DE TODAS AS MORTES É AQUELA QUE OCORRE ENQUANTO VIVEMOS."
O Antônio Xerxenesky já começou falando o Português erradamente, quando cumprimentou com "todos e todas", pois "Todos" é neutro oriundo do Latim, mas a agenda ideológica destrói a capacidade de ver a Realidade.
Não existe falar errado. Norma culta é para escrita e é sobre isso o livro.
Permita-me corrigi-lo: o neutro latino não generaliza masculino e/ou feminino. É um terceiro gênero, que não se associa a "sexo" ou a "gênero" na acepção biológica do termo. Trata-se de um conceito estritamente morfológico. Por isso omnis é a forma do nom. sing. de todo/toda (masc./fem.) e omne é nom. sing. de todo/tudo (neutro). Daí omnes parietes ("todas as paredes") e omnia templa ("todos os templos") como exemplos de emprego desse pronome, cujo gênero oscila conforme o nome com o qual concorda. Observe que parietes é fem. e templa, neutro. Ambas palavras cuja família semântica é a mesma (construção), mas os gêneros são diferentes, o que é um fato puramente morfológico. A propósito: sou professor de Latim em nível universitário.
@@charlesbonares Oii Charles, muito sensata sua colocação! Poderia me recomendar bibliografia para aprofundamento do tema? Gosto muito de estudar fenômenos linguísticos, porém em relação ao Latim sou um tanto leigo^^
Não comprarei o livro, porque o Galindo não corrigiu o "todos e todas" do tal do Xerxenesky que me pareceu puramente "ideológico".