Lançamento de dardo
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- Опубликовано: 16 ноя 2024
- AULA 12 - Os dados históricos revelam que o lançamento do dardo consistia em uma das provas do pentatlo desenvolvida pelos gregos nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Na Era Moderna, o dardo, segundo Fernandes (1978), integra a programação olímpica masculina desde os Jogos Olímpicos de 1906, realizados em Atenas, enquanto, no feminino, passou a ser realizado dentro dos Jogos Olímpicos a partir de Los Angeles, em 1932.
Assim como em outras modalidades, as regras e o implemento sofreram alterações como, por exemplo, em relação ao centro de gravidade. Atualmente, homens e mulheres executam o lançamento do dardo de acordo com as regras oficiais que não permite a realização de “estilos não ortodoxos”.
Segurando o dardo pelo tipo de empunhadura escolhida, mantendo-o acima do ombro da mão dominante, na altura da cabeça ou um pouco mais acima, o lançador dará início à corrida de aproximação, dentro do corredor do lançamento do dardo.
Segurando o dardo pela empunhadura, mantendo-o na horizontal ou com sua ponta ligeiramente voltada para baixo, o lançador realiza uma corrida com velocidade progressiva a partir de sua marca inicial, de modo que seu ritmo não prejudique a fase final da aproximação e início do lançamento propriamente dito. Assim, o braço que está empunhando o dardo (o direito, no caso do exemplo) tem uma pequena oscilação no sentido anteroposterior, enquanto o outro realiza o movimento técnico da corrida.
É também nessa fase que o lançador realizará aquilo que se denomina como passos de preparação para o lançamento, iniciados a partir de uma marca intermediária que varia de lançador para lançador. Normalmente, utilizam-se de 8 a 12 passadas antes da realização das cinco ou sete passadas finais que envolvem o lançamento propriamente dito.
Na execução dos três primeiros passos preparatórios da passada cruzada, o lançador levará o dardo para trás, mantendo-o na altura dos ombros, exercendo, no caso de atletas destros, uma rotação do tronco para a direita. No terceiro passo, normalmente maior, o lançador levará o braço esquerdo no sentido da rotação do tronco e do quadril, realizando, no quarto passo, a passada cruzada propriamente dita, caracterizada pelo lançamento rápido e rasante da perna direita para a frente, promovendo o atraso do tronco e a extensão do braço direito. A partir dessa posição, o lançador realizará o quinto passo, com apoio total do pé esquerdo no solo, estando pronto para o lançamento.
Será entre o quarto e o quinto passo que se formará aquilo que se denomina como “arco de lançamento”. Ou seja, quando a perna direita do lançador (no caso do exemplo, destro) toca o solo pelo calcanhar e, depois, pela planta na quarta passada, iniciando o giro dessa perna para dentro, direcionando o joelho para o solo, enquanto o braço assume a posição do arco. O pronunciamento do arco é acentuado com o assentamento do pé esquerdo à frente, de modo que este se assentará no solo com a ponta voltada para a frente, mantendo a perna estendida. Tal posição provocará uma interrupção no movimento do quadril, ao mesmo tempo que o arco se desfará ao realizar o lançamento.
Ainda que tenhamos descrito o movimento em cinco passadas, existem lançadores que o executam com sete passadas, realizando duas passadas cruzadas na sexta e sétima passadas.
Quanto ao lançamento em si, considera-se adequada a busca por um ângulo de 35 a 38°, a partir da velocidade de lançamento e ação horizontal.
Também denominada como arremate, essa fase repercutirá na recuperação do equilíbrio a partir do lançamento do dardo de modo que o lançador não invada o setor para além do arco (de madeira ou metal), fixado no solo, ao final do corredor. A perna anterior (no caso do exemplo, a esquerda) deverá estar o mais estendida possível na quinta ou sétima passada, com o pé ligeiramente voltado para a frente, acarretando no “freio” do lado esquerdo do quadril, acelerando a progressão do seu lado direito, do tronco e do braço, com isso aumentando a velocidade de saída do dardo do braço de lançamento. A partir disso ocorrerá a troca de pés (ou reversão) que interromperá o movimento na perna correspondente ao braço de lançamento (no caso do exemplo, a direita) que concluirá o arremate, a uma distância de aproximadamente 1 ou 2 m do arco do setor de lançamento.
DISCIPLINA: Atletismo: aspectos pedagógicos e aprofundamentos