POEMA: Retrato - Cecília Meireles

Поделиться
HTML-код
  • Опубликовано: 5 сен 2024
  • POEMA: Retrato - Cecília Meireles
    Eu não tinha este rosto de hoje,
    Assim calmo, assim triste, assim magro,
    Nem estes olhos tão vazios,
    Nem o lábio amargo.
    Eu não tinha estas mãos sem força,
    Tão paradas e frias e mortas;
    Eu não tinha este coração
    Que nem se mostra.
    Eu não dei por esta mudança,
    Tão simples, tão certa, tão fácil:
    - Em que espelho ficou perdida
    a minha face?
    ( Cecília Meireles )
    (Obra poética, Volume 4, Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. Companhia J. Aguilar Editora, 1958, p. 10)
    Gostou, quer mais videos como esse, deixe seu jóinha compartilhe nas suas redes sociais e claro,se inscreva no canal.
    . / seboitinerante - Inscreva-se e participe de nossos sorteios de livros todas as semanas
    . / seboitinerante -Curta nossa fanpage
    . Instagram @seboitinerante - Publicações exclusivas
    . Snapchat @seboitinerante - Siga-nos e fique mais próximo de nós
    .Twitter @seboitinerante - Siga-nos
    . Videos exclusivos para o face
    / videos
    _________________________________________________
    Tags Adicionais:
    Livros, livro, book, books, leitor, leitores, leitora, leitoras, literatura, literatura brasileira, literatube, literatuber, booktube, booktuber,
    livraria, livrarias, bookstore, book store, vida, life, conhecimento, poesia, poesias, poema, poemas, sebo itinerante, sebos, youtube,
    youtuber, novidade, novidades, videos, em alta, caue moura, felipe neto, geek, mundo geek, mundo, minha vida, autor, autores, escritor, escritores, grandes escritores, brasil, brasileiro, brazil, vestibular, escola, escolar, prova, provas, dica, dicas, frase, frases,
    mensagem, mensagens, mensagem do dia, paz, sabedoria, vida, grandes obras da literatura, literatura universal, conhecimento geral, conhecimentos gerais, livrarias, sebos, sebo itinerante, grandes ecritoras, grandes escritoras brasileiras, brasil, brasileiro, brasileira, professor, professora, material didatico, aula, aula de literatura,

Комментарии • 4

  • @nubiamaiadeoliveira8187
    @nubiamaiadeoliveira8187 3 года назад +1

    Lindo ❤️🤩

  • @marcosjeofla
    @marcosjeofla 3 года назад

    ❤️

  • @pedro.henrique7
    @pedro.henrique7 6 лет назад +4

    Retrato
    “Eu não tinha este rosto de hoje,
    assim calmo, assim triste, assim magro,
    nem estes olhos tão vazios,
    nem o lábio amargo.
    Eu não tinha estas mãos sem força,
    tão paradas e frias e mortas;
    eu não tinha este coração
    que nem se mostra.
    Eu não dei por esta mudança,
    tão simples, tão certa, tão fácil:
    - Em que espelho ficou perdida
    a minha face?”
    MEIRELES, Cecília. In: Flor de poemas.
    6. Ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984. P. 63.
    O poema Retrato, de Cecília de Meireles, reflete uma ideia bastante interessante, e foi por ela, a qual apresentarei agora, que escolhi esse belo poema.
    O poema me tocou de uma forma surpreendentemente única, me considero um ser que podemos chamar de: Cronofóbico, (Cronofobia é o medo irracional da passagem do tempo e frequentemente do próprio tempo. É caracterizado por fortes sentimentos de ansiedade, pânico, sensações de angústia e de pensamentos perturbadores, que vão aumentando drasticamente ao longo do tempo). Não posso me recordar bem de quando desenvolvi essa fobia, mas sei que o tempo é algo relativo para todos, o espaço muda com a passagem do tal. Então surge outra dúvida, talvez eu tenha medo de mudanças, e sendo assim eu também seja um Metatesiofóbico (Metatesiofobia é o medo de mudar, sofrer mudanças, físicas, psicológicas e entre outras). Entretanto se o homem fosse capaz de viajar a velocidade da luz, ou talvez hibernar sem alterar seu tempo, assim eu poderia viver com mais liberdade.
    O poema mostra exatamente a visão da passagem do tempo, do envelhecimento das células humanas, de uma vida passageira, em bilhões no mundo, o que a torna menos especial, é quase um poema feito para mim, em um tempo onde eu não existia.
    O poema, Retrato, traz uma temática para ser analisada, ninguém melhor para ter escrito ele do que Cecília Meireles, até pelo fato de que uma de suas características principais era justamente a fugacidade do tempo, a passagem do tempo. Em um mundo onde ela está inserida, caracterizada pela melancolia da vida que passa, e com a passagem vem a temida velhice.
    O eu lírico provavelmente está se vendo em um espelho ou em uma pintura de sua imagem feita quando jovem. Essa é a ideia fundamental para se construir uma perspectiva do contexto, quando ele(a) diz: “Eu não tinha este rosto de hoje”, podemos observar que algo novo ocorreu, o tempo passou e o eu lírico não se reconhece mais, e tem certeza que nada é definitivo. A matéria se desfaz e se renova. No segundo verso: “assim calmo, assim triste, assim magro”, o “eu” faz uma comparação de como ele(a) está agora e refleti uma ideia de como ele(a) supostamente era antes, seria um antônimo de calmo (agitado), de triste (feliz), magro (gordo cheio de alegria). Assim o eu lírico continua com certa aliteração fonética da palavra “nem”, que passa uma ideia de que se tinha algo cheio de vida e agora não possui mais.
    Com a continuação do poema, segunda estrofe, quando é dito: “Eu não tinha estas mãos sem força” “tão paradas e frias e mortas”, é possível perceber que o eu lírico continua observando as mudanças que se refletem em seu corpo, e que no momento, ao contrário de quando era jovem no ímpeto da sua juventude, ele(a) ver e sente as mãos sem força, e sem calor, ou seja, sem energia. Prosseguindo, “eu não tinha este coração” “que nem se mostra” o coração mudou, talvez um dia no passado o “eu” tenha amado alguém como verdadeiro amor, e seu coração estava tão acelerado que agora parece estático, ou possa ser apenas falta de exercícios físicos ao longo das décadas complementado com uma má alimentação do corpo, o que explica muitos detalhes da aparência, descrita desnutrida.
    Na terceira estrofe, primeiro verso, “Eu não dei por esta mudança” o “eu” percebe e assume que mudou fisicamente, podemos perceber o pânico, a admiração. E até diz a forma de como ocorreu, “foi tão simples, tão certa, tão fácil” como está no segundo verso.
    Nos últimos versos da última estrofe “- em que espelho ficou perdida a minha face?” O eu lírico sabe que o tempo passou e as mudanças aconteceram, a questão é saber em que momento a sua vitalidade desapareceu, e quando se foi, para nunca mais voltar. Para ficar claro de que sua imagem jovem se foi, Cecília usa a palavra “espelho” justamente um objeto feito para se olhar e que reflete os fótons da imagem que na sua superfície toca, assim onde está essa imagem, será que foi deixada em um espelho esquecido na mudança de uma casa para outra? Fica o mistério no ar.
    O poema é bem estruturado, muito agradável de ler, por conta de sua musicalidade e momentos de rima, é um poema com três estrofes de quatro versos cada. O objetivo do poema feito por Cecília é citar a morte dos dias que se passam, junto com o eu lírico, lógico, afinal ninguém é parado no tempo. Parte então o desprezo pela matéria como algo, considerado por ela, que impede a perfeição.
    Pois digo aos que leram, carpe diem, por motivo se na face do espelho sua imagem ficar, que seja bela, honrada e glorificada por ti e teus contemporâneos.

  • @luizjesus831
    @luizjesus831 4 года назад +2

    Vc recitou a poesia inteira e não um trecho.