Mas, esperar um final diferente, não seria também uma leitura por demais atual?... Sobretudo para uma autora filha de religiosos em pleno século 19🤔? Haja vista o final de "A Inquilina de Wildfell Hall" - o meu favorito das Brontë rs - ... Adorei o vídeo, parabéns!🤓
Ah, sim, Rafael - acho que não me fiz entender; essa edição que eu li agora traz uma introdução que faz uma leitura do livro à luz do feminismo de hoje (e leituras assim tem sido muito comuns, hoje em dia) - minha intenção foi mostrar que a protagonista, apesar de ter em seu discurso essas ideias de injustiças contra as mulheres, desejo de igualdade, de ser livre, etc, na verdade age de forma contrária - e o final do livre é bastante convencional para a época (apesar de sua felicidade só ser completa quando o outro depende praticamente 100% dela, veja bem...). Só lembrando que quando ela retorna a Thornfield ela não sabe do incêndio, da morte da Bertha, da situação de Rochester, etc... Desconsiderar o contexto histórico e procurar no livro a "personagem feminina forte" pode fazer da leitura de Jane Eyre incompleta (lembrando, ainda, que só temos a versão dela dos fatos...). 1 abç!
tatianagfeltrin Sim sim.... Tb tenho lido alguns clássicos em edições novas com comentários desse tipo... acabam travestindo o texto - sem falar das traduções 😱- com todo tipo estranhezas ... Parabéns novamente. Um vídeo excelente🥰
Praticamente devorei esse livro, não parei de pensar nele e acabei em 4 dias. Acredito que ele só cresça mais ainda com a releitura. Foi até o momento, a melhor experiência que já tive, acho incomparavelmente maior que O morro dos ventos, Orgulho e Preconceito, Persuasão… Compreendi totalmente todos os sentimentos da Jane e acabei me apaixonando pelo Sr. Rochester junto com ela. A Jane é livre, a liberdade é escolher estar com quem se ama, e no caso da Jane, servi-lo até o fim. Para os cristãos, é a perfeita descrição de um casamento ideal. O final foi lindo, como toda a história.
Na verdade, a Jane tem um desejo grande de ser amada, e sentir-se necessária. Nota-se que ela tem um complexo de inferioridade, talvez alimentado por sua tia desde a infância. Ela ama o Mr. Rochester, mas nunca se sentia à altura dele. Então quando ela encontra ele novamente no final, pode-se dizer que ela finalmente sente como se os dois estivessem no mesmo 'nível'. Ela também têm valores morais e religiosos bastante fortes, então acho que ela creia que tem uma missão, ajudar o Mr. Rochester em sua redenção.
O final não me incomodou justamente por em todo o livro a Jane ser tão forte e independente. Ela mesmo o amando e pensando até na possibilidade de ser sua amante, resolveu seguir seus principios e convicções. Uma parte que eu acho muito significativa é quando o Rochester tenta convencê-la que como ela não tem família, não tem como essa situação ser vergonhosa pq ela não deve satisfação pra ninguem, mas ela responde que deve essa satisfação a ela mesma e a tudo que acredita. Jane tem total condições de ser livre e independente, quase ela cai nas garras do seu primo, e nesse caso, ela seria algo completamente diferente do que havia sido apresentado até o momento, pois já sabia que teria que ser submissa a ele sem nenhuma oportunidade de ter voz, e olha que ainda assim ela o descreve como um homem muito bom, provalevelmente ele deveria ser o marido que as meninas procuravam na época. Nada indicava que Rochester saíria daquele casamento, então seu primo realmente seria um otimo pretendente para mulher que só tinha como objetivo se casar, o q não era o caso de Jane. O amor da Jane e do Rochester sempre pareceu verdadeiro e recíproco, então ela se sentia livre mesmo dentro de uma relação. Então ou ela seria sozinha, ou estaria junto daquele que ela realmente amava e a fazia se sentir amada, e isso apenas se ele estivesse em situação que não ofendesse seus princípios, mostrando que esses tinham mais força até que o amor, que sempre lemos que é o sentimento que quebra todas as barreiras. Outro ponto que me faz pensar um pouquinho mal da Jane, mas me faz defender esse final, é que antes mesmo de saber da existencia da esposa, a disparidade de classes incomodava a Jane. Acho que além da possobilidade de se casar já que agora ele era viúvo, ela lá no fundinho ficou feliz dele depender dela, (as personagens das irmãs Brontë são falhas) algo que até então era inimaginável. Ela sempre quis conhecer o mundo, mas quando ele falou que eles fariam isso na primeira prosposta de casamento, isso não a animou tanto. Acho que ela não gostava da sensação de depender dele pra fazer o q ela queria por mais que o amasse, mas ainda assim ela ia vencer todos esses "orgulhos" devido ao amor que sentia. Apenas quando sentiu que seus principios seriam feridos que resolveu, não por o amor de lado, pq ele ainda exisita dentro dela, mas apesar dele, fazer o que achava certo. Também preferiria que ela não acabasse com um homem todo velho e capenga kkk, mas também não queria que ela ficasse sozinha, pq essa nunca foi a vontade dela apesar de sua independencia. Achei que o final mostrou que pode ser independente e querer morar com a família, querer carinho e apoio, casar e etc A situação não é perfeita pq tentou representar a vida que não é perfeita, a Charlotte já facilitou bastante transformando ela em herdeira kkkk Além de achar que ela destruiria a personagem se no final ela dissesse "olha, velho e feio ok. mas velho, feio, queimado, cego e sem braço ai já é um pouco demais. bye bye" Queria comentar mais tanta coisa, mas vou parar por aqui, pq só consigo defender esse livro do inicio ao fim e a Jane tambem. O Rochester eu até deixo criticar, mas a Jane não kkkk Só dixar claro que amei o vídeo e amei descobrir essa analise sobre a Bertha.
Ah, tá, Aquela frase famosa que todo mundo destaca, sobre ela “não ser um pássaro, nenhuma gaiola a prende”: fosse uma gaiola bacana, em que ela pudesse, *cof, “ser feliz”, ‘tava joia ficar lá? Entendi…
A única coisa q Jane Eyre queria era ser amada, ela precisava desse amor, veja quando ela encontrou os parentes perdidos, quão feliz ficou. A dependência dela não está na figura masculina, mas sim no amor q ele diz sentir por ela. Se talvez o tal primo tivesse feito grandes declarações, a história séria diferente.
concordo com vc! ela aceitou o casamento pq ela o amava e ele amava o intimo dela, diferentemente dois outros homens que nem se quer a achavam bonita...
A Jane não enxergou no casamento uma oportunidade de "poder". Ela mudou sua percepção sobre o que era independência e felicidade. Até porque, considerando a história do personagem, era bem difícil ela considerar a vida familiar como uma fonte de felicidade.
Discordo. A felicidade que ela expressa por exercer dominância sobre o marido incapaz e dependente não é bem desenvolvida para que eu veja esse viés de "nova percepção de independência". Ao que me pareceu pelas descrições da Jane o que a faz feliz é justamente a dependência dele, a necessidade que ele tem dela. Não é uma situação de codependencia, ela se sente realizada pois ele PRECISA dela, por isso também percebi que ela se tornou Senhora dele ao final.
Também não acho que ela tenha procurado o poder no casamento - acho, sim, que ela só se sentiu plena quando o empecilho (esposa louca) não existia mais, e ela teve a certeza de que ele não faria com ela o mesmo que fez com a primeira esposa (traições, etc, estando ele preso a um corpo decrépito). 1 abç!
@@tatifeltrin na realidade, penso q quando se chega mais pra maturidade, se está cansada de lutar, ainda mais no caso dela, q teve uma vida muito difícil. Então a personagem entra num certo comodismo, por isso ela se contradiz.
Vai ver Tatiana ta certa vai ver è isso mesmo,mas pra mim tanto faz ela queria estar com esse homem,ele estando inteiro ou aos pedaços,e ela conseguiu o queria.
Parabéns pelo video. Interessante as colocações e as discussões nos comentário. Acabei de ler o livro agora e fiquei com a impressão que o tema principal da obra é: a felicidade que se alcança ao fazer a vontade de Deus. Quando o senhor Rochester faz as revelações sobre sua esposa e Jane cogita a bigamia, ela é explícita ao dizer que nesses momentos de dilema é muito importante seguir a palavra de Deus. Posteriormente, qundo John o convida para ser missionária e ela percebe que trabalhar na obra de Deus é o que ela deve fazer na vida, após voltar reencontrar com sr. Rochester ela vê no casamento com ele uma maneira ser caridosa (no sentido cristão), não fugindo dessa vontade que ela tinha identificado como aquela que Deus queria para ela. Esse tema é reforçado nos últimos parágrafos do livro quando Jane fala da carta que recebeu de John, e sobre como seguir a vontade de Deus deu sentido à vida dele. Como eu disse, terminei a livro agora, a apenas algumas horas. Portanto, pode ser que minha opinião mude a medida que eu pense mais sobre a obra. Obs: fiquei com uma impressão muito boa de "Jane Eyre" ao fim da leitura e posso dizer que gostei mais dele que de "O morro dos ventos uivantes", que também é um ótimo livro.
Achei sensacional seu posicionamento sobre o final do livro, embora não concorde muito. Acho que Jane Eyre escolheu viver com Edward e mostrou ser capaz de viver longe dele. A maneira como ele depende dela é genuína e não entendi isso de maneira orgulhosa da parte dela. Não acho que ela jogou fora seu discurso ou se contradisse, acho apenas que ela decidiu viver ao lado da pessoa que ela amava! Ótimo vídeo!
Me apaixonei por essa história quando li o livro (há muitas décadas atrás!). Na verdade eu o "devorei" e logo a seguir, tive q ler de novo, com mais calma e então, gostei mais ainda. Apesar dos preconceitos sociais daquela época, Jane procurou seguir um caminho próprio. Uma personagem feminina forte e adorável. Além do livro, eu vi várias versões para o cinema e até uma feita para a BBC, que foi exibida há muitos anos na TV Manchete. Mas nenhuma dessas versões supera a leitura do livro. A versão q prefiro é a q li primeiro qdo adolescente, é a versão da Edições de Ouro, tradução de Sodré Viana. E se me permite discordar de vc, não interprete os atos de Jane com os olhos de hoje. Ela lutou para percorrer o caminho q ela queria, e conseguiu. A liberdade do pássaro é poder voar para onde quiser e ela assim o fez: o q ela queria era ficar com o homem de sua vida. E ficou. Eu adoro a Jane. E o Mr. Rochester tb. rsrsrs. Obrigada pelo vídeo.
Fiz o mesmo caminho ao me sentir órfã do livro, assisti várias coisas, mas nenhuma preencheu o sentimento de tê-lo terminado haha. Aprendi muito com Jane sobre como servir, não guardar rancor, não se deixar abater em diversas situações e sobre se preservar apesar de sentir um sentimento muito forte. A história é linda e eu amo haha
Exato, pensei o mesmo! Inclusive, no momento em que ela decide viajar de volta a Thornfield, menciona estar feliz por ter comunicado às primas sua decisão de partir e não ser impedida por ninguém. Imaginar que, por volta de 1850, uma jovem de 20 anos poder decidir sua profissão, viajar para onde quisesse sem pedir o consentimento de ninguém, é o que imagino como ideal de liberdade para a época.
A Tati mostrando os textos de apoio é sempre a melhor parte do vídeo. Nós, leitores comuns, dificilmente iríamos atrás deles. Pontos de vista diferentes enriquecem a leitura, sempre.
A liberdade expressa para a Jane Eyre não significava ficar sem se casar, mas ela é a representação de uma personagem que não se casou pelos motivos que a sociedade obrigava as mulheres naquela época (como no caso da recusa dela ao primo StJames) logo para mim a liberdade dela era o poder de escolha baseado na sua própria moral e caráter. Entretanto, não consigo engolir o Sr.Rochester porque ele foi cruel e manipulador durante todo o livro e você consegue perceber como ela ficou ficou ALIVIADA pelo fato dele estar cego e completamente dependente dela, pois só assim o comportamento dele foi acalmado. Credo!
Eu acho que o incêndio e a cegueira foram inseridos na história porque não pegaria bem, na época, ele abandonar a esposa para ficar com ela. Como, aliás, tentou.
Também não achei um problema ela se realizar no amor. Ele tinha pedido ela em casamento antes, quando ele estava saudável e ela tinha aceitado. Bobagem querer dizer que ela só se realizou pq ele dependia dela.
Discordo da opinião da Tatiana em relação ao fato do final jogar todo discurso da Jane fora. Acho que Jane só deseja fazer as escolhas da vida dela, até porquê ela sempre foi levada pelas circunstâncias. Liberdade nada mais é do que possuir e fazer escolhas.
@@tatifeltrin então acha que se Mr. Rochester não estivesse cego e sem mão, que Jane já não ficaria com ele? Não fiquei de todo com essa percepção... Estranho :/
@@marleneantunes3293 Concordo com você. Mesmo porque quando esteve com os primos, Jane simplesmente queria rever o sr. Rochester, e nem sabia o que tinha sido dele antes de se informar com o estalajadeiro.
Hahahaha... Isso me lembra que eu li e todas as vezes que eu lia eu falava o que a Jane Eyre estava fazendo e sofrendo para meu marido... Ele já não aguentava mais, até o dia que ele disse: "amor, eu quero que Jane Eyre se lasque" kkkkkkkkkkkkkkk
Não li o livro ainda... Mas quando você falou do desejo de liberdade da Jane achei que ela a encontrou... Pq acredito que liberdade é fazer aquilo que você quer, fazer aquilo que deseja... E é isso que ela faz, ela queria casar e casa... E casar não é uma prisão, não torna a pessoa casada um prisioneiro do outro (desde que ele seja consentido por livre e espontânea vontade), portanto, ela é livre, porque escolheu estar com ele... Bem curiosa pra ler esse livro... E tirar conclusões mais precisas...
O incrível deste livro é o vocabulário tão profundo e sensível para tratar da personalidade tão forte da Jane. Forte a sua maneira. Não tem como, a gente acaba fazendo uma auto avaliação sobre caráter.
Li no inverno do ano passado. Também assisti a uma das versões cinematográficas. Eu amo demais esse livro, é um dos meus preferidos. Uma professora se enganou e me disse que Jane morria ( o que não é real ) e eu comecei a chorar na sala de aula. Torci muito pela felicidade dela haha
Tati, eu também lembrei da novela com a louca presa no andar de cima. Foi a novela Direito de Amar, com Glória Pires e Lauro Corona. A louca era Italla Nandi, e o marido dela(Carlos Vereza) também queria se casar com uma mocinha(Glória Pires). Essa novela é de 1987. Li esse livro junto com você, Tati, terminei semana passada, adorei a experiência de leitura. Obrigada por tudo. Bjsss
Assisti a representação em 1993, Vale a pena ver de novo. Assistia antes de ir pra escola e adorava! Lauro Corona e Glória Pires eram encantadores juntos.
Eu também prefiro O morro dos ventos uivantes à Jane Eyre, mesmo gostando muito deste. E entendo a Jane ter "mudado" suas convicções. Acho que tanto ela como o Sr. Rochester mudaram (ela deixando de lado seus ideais de liberdade e ele deixando de lado sua boa vida de pseudo solteiro endinheirado e libertino) simplesmente porque se apaixonaram de verdade, perdidamente, ambos. Já vi feministas, machistas, moderninhos, conservadores, etc. da vida real também abandonarem seus valores sem dó ao se apaixonarem. Alguns temporariamente, outros por muuuito tempo. "É o amor" não é só uma frase clichê e meio brega, é algo que se aplica tanto à vida real quanto à ficção.
Ótimo resumo desse grande livro! Acompanho seu canal e tem me instigado a voltar a ler como antes! Obrigada, Tatiana! Só tenho dois comentários a respeito de dois momentos diferentes do vídeo: - O primeiro é quando você fala da escola, você não fala de uma importante parte que é quando o diretor vai até a casa e ouve da "tia" só informações horríveis sobre Jane Eyre e isso é que acaba levando a uma cena na escola, que enquanto ela já está fazendo amigas e se dando bem com as pessoas, o diretor a coloca no meio da sala e deprecia toda a imagem que ela já havia construído. E isso a arrasa demais, mas a professora que ela gostava consegue reverter isso. - O segundo é o final, que na minha opinião, o fato da Jane Eyre se permitir viver daquela forma com o Sr. Rochester é por opção dela, ela não sente presa, como se sentia em todos os outros ambientes. Pelo contrário, exatamente por ela ter conseguido a independência dela (nesse caso, por conta da herança que recebeu), ela opta por não se casar com o primo, ela opta por voltar até a mansão em que viveu, ela opta por reencontrar o Sr. Rochester e opta por se casar com ele, mesmo diante da fragilidade em que ele se encontra. Mas, tudo isso foi por opção, foi exatamente por se sentir livre e por ter a oportunidade de escolher aquilo que lhe fazia bem. Acho que é finalmente, a liberdade que ela tanto buscou no livro. Não havia mais ninguém que a dissesse o que ela deveria fazer, nem diretor, nem tia, nem primo, nem ninguém. Ela estava fazendo o que queria e o que a agradava.
Eu penso exatamente assim, como vc. O fato da mulher querer viver um amor e se casar, não faz dela um ser inferior. São outras questões a respeito do casamento que deprecia a mulher, como por exemplo, quando a sociedade e a cultura vigente IMPÕE que o único destino da mulher seja o casamento, o que não foi o caso de jane. Inclusive, quando ela sentiu que sua autonomia, o seu EU e seus príncipios estavam amaçados, ela recusou veementemente as propostas e foi embora. Ademais, quando ela estava em sua plena liberdade e dona de si, ela escolheu por conta própria se casar com quem ela realmente amava e, sobretudo, era muito amada tb. Isso não desmoraliza, nem reduz a mulher de forma alguma. Ela foi fiel ao que ela acreditava, ou seja, fiel a si mesma até o fim. Assim, todas as mulheres casadas e felizes em seus casamentos, obrigatoriamente jamais poderão ser felizes e, portanto, independentes e livres? PS: Tati, adorei e adoro seus vídeos, isso que coloquei são só algumas réplicas e trepidas que fazem parte de um debate saudável ☺️❤️
Após ver essa resenha eu comprei Jane Eyre e tenho que dizer que não tive a mesma impressão. Jane Eyre se mostrou desde o início uma personagem de atitude, sua força de vontade não a fez se conformar com os ambientes que a rodeavam, sempre buscando algo melhor. Que ela sempre dependia de alguém, eu concordo, mas sua condição financeira não permitia o contrario. O único momento que ela cometeu um deslize foi quase ter aceitado a proposta do primo, nessa parte sim ela estava traindo seus ideais. Para mim Jane Eyre seria assustadoramente burra e sem amor próprio se tivesse ido para a Índia com ele .
Adorei o vídeo. Mas acho que a visão de liberdade está um pouco limitada a "sair por aí fazendo de tudo", pois a Jane é livre por ter podido escolher com quem ia ficar e como e quando e em que condições ia ficar.
Nossa Tati... li ano passado e achei o fim tão bonito.. e agora.. kkkkkkk.. voce me fez ter medo de Jane Eyre kkkkkkkkkkkk Sobre o Morro dos Ventos Uivantes, eu concordo.. é impar... espetacular, inigualável... amo demais!
Um dos meus livros favoritos! Não havia tido esta impressão ao ler o final. Tati quase destruiu meu castelo romântico....rsrs Preciso reler com este novo olhar. Mais maduro, talvez...
Gostei do seu olhar do final Tati. Mas achei o final feliz, interpretei a segunda decisao dela de ficar com ele mais forte, pois como ela estava independente ela estava mais livre do que na primeira vez para decidir. Achei uma decisão mais genuína.
Gosto mais do Jane Eyre. Acho o relacionamento do “Morro...” absolutamente doentio. Todos os personagens são odiosos e descarregam as frustrações nos outros. O livro é ótimo, mas eu prefiro Jane Eyre.
Como esperei por esse vídeo!!! Já perdi a conta de quantas vezes assisti a sua resenha antiga sobre a obra. E também a da Claire Scorzi, que é belíssima. O final de Jane Eyre também me causou estranhamento. Não pude deixar de me recordar de um filme do início da década de 90, estranhíssimo chamado: Encaixotando Helena. Enfim, resenha completa e maravilhosa. E sou uma obcecada pela família Bronte.
Oi Tatiana que felizes comentários e resenhas de literatura,em especial Jane Eyre personagem feminina desprovida de proteção e o machismo que perdura de modo abusivo desde muito tempo,a conquista dos sonhos felizes de uma mulher nesta narrativa poderia se dar na sua independência, porém seguindo scripts de felicidade feminina se dá na incapacidade do homem que incapacitava,quem vence é uma disputa acirrada e competitiva entre casais desde que as mulheres tenham atributos Luta das mulheres,nem diria feministas,lutas discretas pelos seus espaços ainda não seriam realizações visto que a partir da ficção temos tido formações deformadas por contos de fadas e finais felizes a questionarmos, quem é louco e louca nesta narrativa é o cerne! Parabéns pelas apreciações
O final é mesmo assustador. O Rochester é extremamente manipulador e a Jane Eyre entrou na sua teia de manipulação. Eu gostei demais desse livro e não engoli o Rochester em nenhum momento, rsrs.
O primo, sim. Manipulou muito.. Rocheater, só no início. Não é possível que ninguém viu a explícita conversão do Rochester? A Tati tbm não falou. Creio que os cristãos vão notar, do mesmo modo que a Charlotte era cristã. A mudança e o arrependimento dele foram totais. Me parece que quem é cristão tem uma leitura totalmente diferente e mais parecida com a visão da autora.
Tati vc acabou de destruir o meu romance favorito.!!!!!! 🤣🤣🤣🤣. Eu moro em uma cidade proxima onde as Brontes cresceram... E muito legal quando vc le as descricoes dos locais e depois vai fazer uma caminhada pela cidade e trilhas a casa delas hoje e um museo e o predio da escola ainda existe...
Que resenha mais instigante! Sempre achei que o povo dos IGs literários superestimavam demais essa obra, mas entendi que ele realmente é uma ótima obra. Agora, essas reviravoltas e mistérios me deixam muito curiosa para conhecer esse livro! Ameeei demais 😍😍
Pois é né... Embora eu compreenda que para a época o final é o esperado, lá no fundinho do meu coração imaginei uma Jane viajando pelo mundo, usufruindo da sua herança e influenciando pessoas com a sua arte e personalidade marcante. Obrigada pela resenha!
Pela minha leitura eu percebi que um dos principais temas do livro é o amor e o respeito próprio (a liberdade vem atrelada a isso na forma de fazer suas próprias escolhas)... vemos que Jane é perdidamente apaixonada por Rochester durante o livro, ela se sente bem com ele, porém ela só se permite e escolhe viver esse amor a partir do momento q não tem q se desfazer de si mesma e de seus valores (ela n aceita se casar com St John por considerar o amor um laço fundamental no casamento, e não por não querer se casar)! Eu acho que o final condiz com a personagem que foi construída (só achei meio problemática uma passagem em relação a condição de igualdade com o Rochester em razão da sua cegueira). Não gosto de comparar com a leitura de Morro dos Ventos Uivantes, pois acho q são livros completamente diferentes, e mesmo dizendo que a história de Jane Eyre já foi repedida varias vezes, ele ainda é um clássico e um importante marco para literatura feminista.
Tati, finalmente alguém me entende hahahaha Eu ouvi falar muito de Jane Eyre e não sosseguei enquanto não li, mas foi uma decepção tremenda pra mim. Todos falam sobre uma heroína, forte e tudo o mais, mas no final eu fiquei até meio revoltada porque ela lutou tanto por liberdade e voltou pro cara mais esquisito do mundo 😅
Cara, eu como eterna otimista e romântica sempre prefiro o Jane Eyre. Morro dos ventos uivantes é muito perturbador pra mim, mas é inegável a qualidade de ambas as obras. Quero e vou ler muito mais das irmãs Bronte pois elas me fascinam sabe. Espero que a Tati faça vídeos de mais obras dela, afinal os vídeos são sempre excelentes.
Passando por aqui para te agradecer por essa resenha! Ao final do livro, fiquei com uma sensação de que algo ali “não se encaixava”, mas que eu não consegui articular de forma clara. Uma certa incoerência de JE... o que vc comentou sobre o casamento foi perfeito aos meus ouvidos! Grande abraço, @tatianafeltrim !
Vc pode continuar sendo uma mulher livre e independente e ser completamnt feliz se tem a pessoa que ama . Um desejo não exclui o outro . O que sei é que nao importa o que vc quer a vida toda , vem o amor /paixão e vira tudo do avesso. E ele já qria ela qdo estava inteirão.
Eu já tinha assistido um filme da Jane Eyre e li o livro há um ano atrás na versão original. Fiquei muito fã do livro e é um dos meus favoritos até hoje... Aliás essa reflexão sobre o final faz muito sentido mesmo, bem assustador perceber que isso é a felicidade pra ela!
Eu tbm quando li, fiquei com a impressão que o final tinha se tornado um filme de terror. Ele que era lndepende e cheio de aventuras fica limitado e dependente, ela que sonhava em ser livre fica praticamente presa sendo a vida, energia e sol de outra pessoa. É como se ela ficasse tão apaixonada e obcecada que se tornou a nova louca. Mas claro q temos que considerar a época ne. Afinal, o que era ser uma mulher livre na era vitoriana? Era tão difícil pra uma mulher viver sozinha, viajar sozinha, casar e se separar quando quisesse e ainda ter vida social. As vezes só o fato dela não ter que sofrer com pessoas humilhando ela como na infância e ter a opção de ficar com quem ela ama de verdade já seja uma liberdade.
Aliás, Jane Eyre é tão "popular" que todo mundo já sabe o que acontece no livro. Não ligo para spoilers, nunca me tiraram o prazer de assistir um bom filme ou ler um bom livro. Segredando: Sempre. Sempre leio o último capítulo de qualquer livro primeiro. É assim que começo minhas leituras, porque o que mais importa é o que está no meio.
Então, também encarei dessa forma, dele estar acabado, cego e ser dela só então, mas entendi também como o símbolo de uma união de almas e mentes, como ela descreveu antes do pedido de casamento. Nem ela e nem ele eram figuras fisicamente atraentes, apenas pelo cérebro, raciocínio rápido etc. Sei que vou parecer doida hahahahahahahah mas antes de casar (juntar os trapos) e ter filhos jamais almejei tal destino, mas me surpreendi muito positivamente, ou seja, nunca sonhei com ou imaginei um casamento, ou romantizei a maternidade, e quando ambos "aconteceram" a realidade superou em muito a expectativa. Adoro, acho o máximo quem tem um monte de filhos (só consegui ter 2), vivo pela minha família, somos unidos, nos divertimos demais e a imagem perfeita da felicidade pra mim hoje é agarrar todos eles e fazer montinho. Eu me identifiquei muito com a Jane Eyre, sempre me achei independente, extremamente estudiosa, questionadora, sem papas na língua, porém feiosa. É muito ruim a cobrança absurda para a mulher forte e independente não poder, digamos, "sucumbir" ao amor e ao casamento. Muitas vezes sinto como se algumas amigas, mais dedicadas à profissão me vissem como alguém que "desistiu" da vida. "Ah, você se rendeu". Sério. É bizarro. Às vezes querem que eu vá viajar com elas, vá tirar "férias" do casamento e dos filhos. Ou se fazem encontros de escola as mulheres pressionam pra ser sem filhos ou marido, não entendo. As pessoas querem TUDO ao mesmo tempo. É uma falsa liberdade. As mulheres hoje não podem tomar de verdade as decisões que querem se não for de acordo com o que se determinou ser forte, independente, feminista. É bem complicada esta questão. Desculpe o desabafo. 😂
Amei ler Jane Eyre, muito delicioso . Me surpreendeu, mas de fato esse final é muito assustador e desconstrói o caminho da personagem. Mas ainda sim é um livro muito e excelente.
Esse livro é tão lindo... Tati, além de Shirley, Villette e Jane Eyre, a Charlotte também escreveu um livro chamado O Professor. Acredito que esse tenha sido o primeiro livro da autora
Em minha opinião uma das habilidades mais fascinantes da Tati Feltrin é saber contar uma história, a maior parte do tempo ela descreve e também.. dá a sua opinião, muitos canais é mais opinião (oque achou) do que o resumo propriamente dito.
Li Jane Eyre na minha adolescência (nada de calcular datas, como é dito em outro comentário 😊). Amei o livro, mas o li sob a ótica de uma adolescente romântica que eu era. Estou a fim de reler, com a bagagem de experiência que adquiri, e observar minhas reações agora.
Olá Tatiana, a novela em que tinha a louca do sobrado foi a novela: Direito de amar - do Walter Negrão, inspirada em uma obra da Janete clair. A personagem Joana, era interpretada pela atriz Ítala Nandi ( viva ainda) a novela passou em 1986 e a os protagonistas eram Glória Pires e Lauro Corona.
Na minha edição da editora Martin também tem uns textos de apoio que eu discordo para caramba, já discordava antes de ler o livro por conta de trazer uma contextualização atual para um livro de séculos atrás, mas depois que li inteiro então, tive vontade de arrancar essas últimas páginas do meu volume, simplesmente não condiz quase nada com o que li. Obs: não arranquei as páginas do livro, apenas fiquei com vontade mesmo.
Eu comprei os dois só por sua causa!!!! 😂😂😍😍😍 Já tinha assistido antes as suas resenhas e fiquei encantada com as estórias. O morro dos ventos uivantes me assusta um pouco, é muita obsessão para um personagem SÓ!!! 😂😂😂😂😂😂 Mesmo assim, amei os dois!!! ❤️😍❤️❤️❤️❤️😍😍😍
Vídeo maravilhoso 👏👏 Acabei esse livro e também fiquei em choque com o final mais é realmente muito bom... Adorei esclarecer alguns pontos enter uns romance e outro umas escritoras e outras. Obg!
Que vídeo top.... assisti a primeira parte antes de começar a leitura, parei na parte em que teriam os spoilers ... voltei hoje após a leitura ... Obrigada @tatianagfeltrin pelo seu trabalho , você faz a diferença para as minhas leituras
Hehe. A novela era O direito de amar. O senhor de Montserrat casou -se com Rosália vivida pela Glória Pires mas mantinha a esposa no sótão. No caso ela não era exatamente louca, mas nunca o amou porque era apaixonada pelo anarquista vivido pelo Carlos Zara.
Acho que durante toda a história Jane era dependente de tudo e de todos. Ao final, ela toma na mão o curso da vida dela e a do cara que ela amava. Ele tornou-se completamente dependente dela - embora eu não ache que o amor tenha relação com dependência, acho até bem triste isso. Ele tinha todo o aspecto de um ser "indesejável", como ela veio se sentindo ao longo da vida, mas Jane o abraçou. Não acho também que a liberdade, como ela mesma disse, está na solidão. O feminismo nem dela nem o atual sugere que a mulher livre não se case. A mulher é livre quando ESCOLHE o que quer, inclusive o casamento. Achei o final sensacional. Amo seu canal e as resenhas são maravilhosas! Parabéns, Tati
Que vídeo incrível!!!! Parabéns ... Uma verdadeira aula!!!! Tatiana eu gostaria muito que você fizesse um vídeo falando sua opinião a respeito dos leitores digitais influencers de hoje que ao lerem clássicos do século XVIII e XIX ou até mesmo livros históricos que se passam nesse período e acabam não recomendando o livro, ou dizendo que o livro não funcionou ou não atingiu as expectativas por motivos como ter na história personagens homens que são machistas ou abusivos, racistas os elitistas e até mesmo personagens femininas que são consideradas a frente de seu tempo com características feministas já naquela época, mas que, para esses leitores influencers, essas personagens não são feministas "como deveriam ser todas as mulheres". Veja bem, eu acredito que para os livros atuais é muito importante trazer toda essa discussão sobre machismo, feminismo e todos os ismos ... Mas cobrar isso, deixar de gostar e recomendar uma obra clássica onde esses assuntos não existiam ou ainda não eram discutidos na época?! Não seria como condenar a incrível obra A Escrava Isaura por conter escravidão, abuso e machismo? Ou condenar por não ser tão feminista "como deveria ser" até mesmo Jane Eyre, esse clássico maravilhoso como muito bem foi colocado nesse vídeo?! Bjs adoro seu trabalho.
Concordo perfeitamente com você. As feministas hoje em dia pensam que uma mulher independente e feliz é uma mulher não casada. O sr Rochester errou sim, mas pagou pelos seus erros. Jane Eyre não é uma feminista, ela é uma MULHER SENHORA DE SI, ou seja, ela não se submete àquilo que vai contra a sua consciência cristã, mas não vai rejeitar seu amor e sua felicidade por caprichos feministas. Está certíssima!!
Vocês entenderam que esta resenha é uma resposta às analises feministas descabidas deste livro/personagem/autora que transbordaram na internet à época da publicação desta edição da Zahar e ao inacreditável texto feminista/progressista acrescentado à esta edição, certo? Só checando. Um abraço.
Eu não li esta edição, li o original em inglês com prefácios da primeira e terceira edição escritos pela própria autora, e não consigo interpretá-la como essa tal feminista que você descreveu no vídeo, não sei o quanto essa edição citada por você influenciou sua interpretação do romance, mas vejo Jane Eyre como uma mulher livre. Sob circunstâncias tão cerceantes ela pensou e agiu livremente, e livre também do feminismo, ela nunca levantou esta bandeira. No próprio prefácio ela diz que tirar a máscara do fariseu não significa levantar uma mão impiedosa sobre a coroa de espinhos, ou seja: nenhum dos extremos (nem machismo nem feminismo)... Livre para ser quem quer ser. E acredito na sinceridade dela no fim do livro com o Rochester, porque ela nunca contradisse seus sentimentos ao longo do livro, ela era o que era, sem se importar com a opinião alheia. Ela o amava e o escolheu, em detrimento do primo pastor que realmente NÃO a fazia feliz. Ela, se fez algum sacrifício para estar com o sr Rochester, foi o mais deleitoso para sua natureza feminina, para A NATUREZA E VONTADE DELA, que está longe de ser feminista ou machista.
Mas, esperar um final diferente, não seria também uma leitura por demais atual?... Sobretudo para uma autora filha de religiosos em pleno século 19🤔? Haja vista o final de "A Inquilina de Wildfell Hall" - o meu favorito das Brontë rs - ... Adorei o vídeo, parabéns!🤓
Ah, sim, Rafael - acho que não me fiz entender; essa edição que eu li agora traz uma introdução que faz uma leitura do livro à luz do feminismo de hoje (e leituras assim tem sido muito comuns, hoje em dia) - minha intenção foi mostrar que a protagonista, apesar de ter em seu discurso essas ideias de injustiças contra as mulheres, desejo de igualdade, de ser livre, etc, na verdade age de forma contrária - e o final do livre é bastante convencional para a época (apesar de sua felicidade só ser completa quando o outro depende praticamente 100% dela, veja bem...). Só lembrando que quando ela retorna a Thornfield ela não sabe do incêndio, da morte da Bertha, da situação de Rochester, etc...
Desconsiderar o contexto histórico e procurar no livro a "personagem feminina forte" pode fazer da leitura de Jane Eyre incompleta (lembrando, ainda, que só temos a versão dela dos fatos...). 1 abç!
tatianagfeltrin Sim sim.... Tb tenho lido alguns clássicos em edições novas com comentários desse tipo... acabam travestindo o texto - sem falar das traduções 😱- com todo tipo estranhezas ... Parabéns novamente. Um vídeo excelente🥰
"A Inquilina de Wildfell Hall" é continuação do "A Senhora de Wildfell Hall"? Eu li com esse título. Realmente é muito bom.
@@aziza140964 É o msm livro com traduções diferentes para o título.
Rosineide Nobrega O original traz tenant=inquilino (a) mas, de fato, há mais de um tradução no Brasil (senhora, moradora, etc...)😘
Praticamente devorei esse livro, não parei de pensar nele e acabei em 4 dias. Acredito que ele só cresça mais ainda com a releitura. Foi até o momento, a melhor experiência que já tive, acho incomparavelmente maior que O morro dos ventos, Orgulho e Preconceito, Persuasão… Compreendi totalmente todos os sentimentos da Jane e acabei me apaixonando pelo Sr. Rochester junto com ela. A Jane é livre, a liberdade é escolher estar com quem se ama, e no caso da Jane, servi-lo até o fim. Para os cristãos, é a perfeita descrição de um casamento ideal. O final foi lindo, como toda a história.
Na verdade, a Jane tem um desejo grande de ser amada, e sentir-se necessária. Nota-se que ela tem um complexo de inferioridade, talvez alimentado por sua tia desde a infância. Ela ama o Mr. Rochester, mas nunca se sentia à altura dele. Então quando ela encontra ele novamente no final, pode-se dizer que ela finalmente sente como se os dois estivessem no mesmo 'nível'. Ela também têm valores morais e religiosos bastante fortes, então acho que ela creia que tem uma missão, ajudar o Mr. Rochester em sua redenção.
Melhor comentário!!!
O final não me incomodou justamente por em todo o livro a Jane ser tão forte e independente. Ela mesmo o amando e pensando até na possibilidade de ser sua amante, resolveu seguir seus principios e convicções.
Uma parte que eu acho muito significativa é quando o Rochester tenta convencê-la que como ela não tem família, não tem como essa situação ser vergonhosa pq ela não deve satisfação pra ninguem, mas ela responde que deve essa satisfação a ela mesma e a tudo que acredita.
Jane tem total condições de ser livre e independente, quase ela cai nas garras do seu primo, e nesse caso, ela seria algo completamente diferente do que havia sido apresentado até o momento, pois já sabia que teria que ser submissa a ele sem nenhuma oportunidade de ter voz, e olha que ainda assim ela o descreve como um homem muito bom, provalevelmente ele deveria ser o marido que as meninas procuravam na época. Nada indicava que Rochester saíria daquele casamento, então seu primo realmente seria um otimo pretendente para mulher que só tinha como objetivo se casar, o q não era o caso de Jane.
O amor da Jane e do Rochester sempre pareceu verdadeiro e recíproco, então ela se sentia livre mesmo dentro de uma relação. Então ou ela seria sozinha, ou estaria junto daquele que ela realmente amava e a fazia se sentir amada, e isso apenas se ele estivesse em situação que não ofendesse seus princípios, mostrando que esses tinham mais força até que o amor, que sempre lemos que é o sentimento que quebra todas as barreiras.
Outro ponto que me faz pensar um pouquinho mal da Jane, mas me faz defender esse final, é que antes mesmo de saber da existencia da esposa, a disparidade de classes incomodava a Jane. Acho que além da possobilidade de se casar já que agora ele era viúvo, ela lá no fundinho ficou feliz dele depender dela, (as personagens das irmãs Brontë são falhas) algo que até então era inimaginável.
Ela sempre quis conhecer o mundo, mas quando ele falou que eles fariam isso na primeira prosposta de casamento, isso não a animou tanto. Acho que ela não gostava da sensação de depender dele pra fazer o q ela queria por mais que o amasse, mas ainda assim ela ia vencer todos esses "orgulhos" devido ao amor que sentia. Apenas quando sentiu que seus principios seriam feridos que resolveu, não por o amor de lado, pq ele ainda exisita dentro dela, mas apesar dele, fazer o que achava certo.
Também preferiria que ela não acabasse com um homem todo velho e capenga kkk, mas também não queria que ela ficasse sozinha, pq essa nunca foi a vontade dela apesar de sua independencia. Achei que o final mostrou que pode ser independente e querer morar com a família, querer carinho e apoio, casar e etc
A situação não é perfeita pq tentou representar a vida que não é perfeita, a Charlotte já facilitou bastante transformando ela em herdeira kkkk
Além de achar que ela destruiria a personagem se no final ela dissesse "olha, velho e feio ok. mas velho, feio, queimado, cego e sem braço ai já é um pouco demais. bye bye"
Queria comentar mais tanta coisa, mas vou parar por aqui, pq só consigo defender esse livro do inicio ao fim e a Jane tambem. O Rochester eu até deixo criticar, mas a Jane não kkkk
Só dixar claro que amei o vídeo e amei descobrir essa analise sobre a Bertha.
Ela nunca lutou para ser independente, mas para ser feliz! E ela achou a sua felicidade ao lado de seu esposo! Achei um livro maravilhoso!
Ah, tá,
Aquela frase famosa que todo mundo destaca, sobre ela “não ser um pássaro, nenhuma gaiola a prende”: fosse uma gaiola bacana, em que ela pudesse, *cof, “ser feliz”, ‘tava joia ficar lá?
Entendi…
(E esse like no próprio comentário, meodeos…)
A única coisa q Jane Eyre queria era ser amada, ela precisava desse amor, veja quando ela encontrou os parentes perdidos, quão feliz ficou. A dependência dela não está na figura masculina, mas sim no amor q ele diz sentir por ela. Se talvez o tal primo tivesse feito grandes declarações, a história séria diferente.
concordo com vc! ela aceitou o casamento pq ela o amava e ele amava o intimo dela, diferentemente dois outros homens que nem se quer a achavam bonita...
O que mais me chocou não foi o final não, mas o personagem St. John que, basicamente, dizia que era a vontade de Deus que a Jane se casasse com ele
O que me impressionou foi o "leitor, casei-me com ele" do final do livro, quer dizer, ela não tá nem aí pra nossa opinião kkk gostei disso
A Jane não enxergou no casamento uma oportunidade de "poder". Ela mudou sua percepção sobre o que era independência e felicidade. Até porque, considerando a história do personagem, era bem difícil ela considerar a vida familiar como uma fonte de felicidade.
Discordo. A felicidade que ela expressa por exercer dominância sobre o marido incapaz e dependente não é bem desenvolvida para que eu veja esse viés de "nova percepção de independência". Ao que me pareceu pelas descrições da Jane o que a faz feliz é justamente a dependência dele, a necessidade que ele tem dela. Não é uma situação de codependencia, ela se sente realizada pois ele PRECISA dela, por isso também percebi que ela se tornou Senhora dele ao final.
Também não acho que ela tenha procurado o poder no casamento - acho, sim, que ela só se sentiu plena quando o empecilho (esposa louca) não existia mais, e ela teve a certeza de que ele não faria com ela o mesmo que fez com a primeira esposa (traições, etc, estando ele preso a um corpo decrépito). 1 abç!
@@tatifeltrin mas Tati, é quase como se o casamento dele tivesse sido nulo já que ele foi enganado e a mulher era louca não?
@@tatifeltrin na realidade, penso q quando se chega mais pra maturidade, se está cansada de lutar, ainda mais no caso dela, q teve uma vida muito difícil. Então a personagem entra num certo comodismo, por isso ela se contradiz.
Vai ver Tatiana ta certa vai ver è isso mesmo,mas pra mim tanto faz ela queria estar com esse homem,ele estando inteiro ou aos pedaços,e ela conseguiu o queria.
Parabéns pelo video. Interessante as colocações e as discussões nos comentário. Acabei de ler o livro agora e fiquei com a impressão que o tema principal da obra é: a felicidade que se alcança ao fazer a vontade de Deus. Quando o senhor Rochester faz as revelações sobre sua esposa e Jane cogita a bigamia, ela é explícita ao dizer que nesses momentos de dilema é muito importante seguir a palavra de Deus. Posteriormente, qundo John o convida para ser missionária e ela percebe que trabalhar na obra de Deus é o que ela deve fazer na vida, após voltar reencontrar com sr. Rochester ela vê no casamento com ele uma maneira ser caridosa (no sentido cristão), não fugindo dessa vontade que ela tinha identificado como aquela que Deus queria para ela. Esse tema é reforçado nos últimos parágrafos do livro quando Jane fala da carta que recebeu de John, e sobre como seguir a vontade de Deus deu sentido à vida dele. Como eu disse, terminei a livro agora, a apenas algumas horas. Portanto, pode ser que minha opinião mude a medida que eu pense mais sobre a obra. Obs: fiquei com uma impressão muito boa de "Jane Eyre" ao fim da leitura e posso dizer que gostei mais dele que de "O morro dos ventos uivantes", que também é um ótimo livro.
Achei sensacional seu posicionamento sobre o final do livro, embora não concorde muito. Acho que Jane Eyre escolheu viver com Edward e mostrou ser capaz de viver longe dele. A maneira como ele depende dela é genuína e não entendi isso de maneira orgulhosa da parte dela. Não acho que ela jogou fora seu discurso ou se contradisse, acho apenas que ela decidiu viver ao lado da pessoa que ela amava! Ótimo vídeo!
Me apaixonei por essa história quando li o livro (há muitas décadas atrás!). Na verdade eu o "devorei" e logo a seguir, tive q ler de novo, com mais calma e então, gostei mais ainda. Apesar dos preconceitos sociais daquela época, Jane procurou seguir um caminho próprio. Uma personagem feminina forte e adorável. Além do livro, eu vi várias versões para o cinema e até uma feita para a BBC, que foi exibida há muitos anos na TV Manchete. Mas nenhuma dessas versões supera a leitura do livro. A versão q prefiro é a q li primeiro qdo adolescente, é a versão da Edições de Ouro, tradução de Sodré Viana. E se me permite discordar de vc, não interprete os atos de Jane com os olhos de hoje. Ela lutou para percorrer o caminho q ela queria, e conseguiu. A liberdade do pássaro é poder voar para onde quiser e ela assim o fez: o q ela queria era ficar com o homem de sua vida. E ficou. Eu adoro a Jane. E o Mr. Rochester tb. rsrsrs. Obrigada pelo vídeo.
Fiz o mesmo caminho ao me sentir órfã do livro, assisti várias coisas, mas nenhuma preencheu o sentimento de tê-lo terminado haha. Aprendi muito com Jane sobre como servir, não guardar rancor, não se deixar abater em diversas situações e sobre se preservar apesar de sentir um sentimento muito forte. A história é linda e eu amo haha
Comentário sensacional.
Tati, talvez, na época em q o livro foi escrito, a liberdade para uma mulher seria poder se casar com quem ela quisesse...
Excelente reflexão, concordo com você!
As mulheres casavam com quem quisessem ou por convenção social assim como hoje em dia.
Exato, pensei o mesmo! Inclusive, no momento em que ela decide viajar de volta a Thornfield, menciona estar feliz por ter comunicado às primas sua decisão de partir e não ser impedida por ninguém. Imaginar que, por volta de 1850, uma jovem de 20 anos poder decidir sua profissão, viajar para onde quisesse sem pedir o consentimento de ninguém, é o que imagino como ideal de liberdade para a época.
A Tati mostrando os textos de apoio é sempre a melhor parte do vídeo. Nós, leitores comuns, dificilmente iríamos atrás deles. Pontos de vista diferentes enriquecem a leitura, sempre.
Eu adoro isso nela. Me lembra muito a bagagem da minha faculdade de Letras. Creio que isso tenha sido herança da Tati desses tempos também.
36 minutos dessa mulher falando ??? Obrigada, Senhor !
Pensei a mesma coisa! Obrigada senhor!!!
Me too;)
Amo as análises e a voz dela, portanto amei ☺
Também adorei! Vídeo dela longo.
Excelente!
A liberdade expressa para a Jane Eyre não significava ficar sem se casar, mas ela é a representação de uma personagem que não se casou pelos motivos que a sociedade obrigava as mulheres naquela época (como no caso da recusa dela ao primo StJames) logo para mim a liberdade dela era o poder de escolha baseado na sua própria moral e caráter.
Entretanto, não consigo engolir o Sr.Rochester porque ele foi cruel e manipulador durante todo o livro e você consegue perceber como ela ficou ficou ALIVIADA pelo fato dele estar cego e completamente dependente dela, pois só assim o comportamento dele foi acalmado. Credo!
Eu acho que o incêndio e a cegueira foram inseridos na história porque não pegaria bem, na época, ele abandonar a esposa para ficar com ela. Como, aliás, tentou.
Também não achei um problema ela se realizar no amor. Ele tinha pedido ela em casamento antes, quando ele estava saudável e ela tinha aceitado. Bobagem querer dizer que ela só se realizou pq ele dependia dela.
Discordo da opinião da Tatiana em relação ao fato do final jogar todo discurso da Jane fora.
Acho que Jane só deseja fazer as escolhas da vida dela, até porquê ela sempre foi levada pelas circunstâncias.
Liberdade nada mais é do que possuir e fazer escolhas.
Oi, Nelly, tudo bem? O problema dessa liberdade de escolha da protagonista é ser plena apenas quando o outro não pode mais se manter sozinho. 1 abç!
@@tatifeltrin então acha que se Mr. Rochester não estivesse cego e sem mão, que Jane já não ficaria com ele? Não fiquei de todo com essa percepção... Estranho :/
@@marleneantunes3293 Concordo com você. Mesmo porque quando esteve com os primos, Jane simplesmente queria rever o sr. Rochester, e nem sabia o que tinha sido dele antes de se informar com o estalajadeiro.
@@tatifeltrin pois é.... Essas personagens "alma livre" são bem estranhas.
(O amor) "É um estar-se preso por querer..." rsrsrs
Tati "Ela tentava matar um, tentava matar outro"
Meu pai "Mas que mulher é essa gente"
Eu "É no livro pai"
Hahahaha... Isso me lembra que eu li e todas as vezes que eu lia eu falava o que a Jane Eyre estava fazendo e sofrendo para meu marido... Ele já não aguentava mais, até o dia que ele disse: "amor, eu quero que Jane Eyre se lasque" kkkkkkkkkkkkkkk
@@Adriana41mega kkkkkkkkkkkkkkkkk meu Deus.
😂😂😂
Kkkkkkkkkkkkkkkk
@@Adriana41mega ,kkkkkkkkkkk ...rindo muito aqui.
Não li o livro ainda... Mas quando você falou do desejo de liberdade da Jane achei que ela a encontrou... Pq acredito que liberdade é fazer aquilo que você quer, fazer aquilo que deseja... E é isso que ela faz, ela queria casar e casa... E casar não é uma prisão, não torna a pessoa casada um prisioneiro do outro (desde que ele seja consentido por livre e espontânea vontade), portanto, ela é livre, porque escolheu estar com ele...
Bem curiosa pra ler esse livro... E tirar conclusões mais precisas...
eu tbm tive essa visão
Até porque a forma que ela acaba se casando no final é totalmente conquista dela
Que bom ver esse comentário aqui, pois tinha pensado a mesma coisa. A mulher pode muito bem ser casada e independente.
Sara Freire 👏👏👏pensei a mesma coisa.
pensei a mesma coisa..odeio essa visão de que o casamento é uma prisão
O incrível deste livro é o vocabulário tão profundo e sensível para tratar da personalidade tão forte da Jane. Forte a sua maneira.
Não tem como, a gente acaba fazendo uma auto avaliação sobre caráter.
Li no inverno do ano passado. Também assisti a uma das versões cinematográficas. Eu amo demais esse livro, é um dos meus preferidos. Uma professora se enganou e me disse que Jane morria ( o que não é real ) e eu comecei a chorar na sala de aula. Torci muito pela felicidade dela haha
Tati, eu também lembrei da novela com a louca presa no andar de cima. Foi a novela Direito de Amar, com Glória Pires e Lauro Corona. A louca era Italla Nandi, e o marido dela(Carlos Vereza) também queria se casar com uma mocinha(Glória Pires). Essa novela é de 1987.
Li esse livro junto com você, Tati, terminei semana passada, adorei a experiência de leitura. Obrigada por tudo. Bjsss
O marido era o Carlos Vereza. Carlos Zara era o inimigo. Anarquista e mentor do Lauro Corona.
Eu revi essa novela no Vale a Pena ver de Novo anos atrás pq minha mãe me contou dela!
Também me lembrei da novela!!!
Assisti a representação em 1993, Vale a pena ver de novo. Assistia antes de ir pra escola e adorava! Lauro Corona e Glória Pires eram encantadores juntos.
Eu também prefiro O morro dos ventos uivantes à Jane Eyre, mesmo gostando muito deste. E entendo a Jane ter "mudado" suas convicções. Acho que tanto ela como o Sr. Rochester mudaram (ela deixando de lado seus ideais de liberdade e ele deixando de lado sua boa vida de pseudo solteiro endinheirado e libertino) simplesmente porque se apaixonaram de verdade, perdidamente, ambos. Já vi feministas, machistas, moderninhos, conservadores, etc. da vida real também abandonarem seus valores sem dó ao se apaixonarem. Alguns temporariamente, outros por muuuito tempo. "É o amor" não é só uma frase clichê e meio brega, é algo que se aplica tanto à vida real quanto à ficção.
Um vídeo de 36 minutos em uma manhã de domingo... Começamos bem
Quase 40 minutos de vídeo, manda mais!!! Rsrsrsrs!
Vc e lindo danielson
Ótimo resumo desse grande livro!
Acompanho seu canal e tem me instigado a voltar a ler como antes! Obrigada, Tatiana!
Só tenho dois comentários a respeito de dois momentos diferentes do vídeo:
- O primeiro é quando você fala da escola, você não fala de uma importante parte que é quando o diretor vai até a casa e ouve da "tia" só informações horríveis sobre Jane Eyre e isso é que acaba levando a uma cena na escola, que enquanto ela já está fazendo amigas e se dando bem com as pessoas, o diretor a coloca no meio da sala e deprecia toda a imagem que ela já havia construído. E isso a arrasa demais, mas a professora que ela gostava consegue reverter isso.
- O segundo é o final, que na minha opinião, o fato da Jane Eyre se permitir viver daquela forma com o Sr. Rochester é por opção dela, ela não sente presa, como se sentia em todos os outros ambientes. Pelo contrário, exatamente por ela ter conseguido a independência dela (nesse caso, por conta da herança que recebeu), ela opta por não se casar com o primo, ela opta por voltar até a mansão em que viveu, ela opta por reencontrar o Sr. Rochester e opta por se casar com ele, mesmo diante da fragilidade em que ele se encontra. Mas, tudo isso foi por opção, foi exatamente por se sentir livre e por ter a oportunidade de escolher aquilo que lhe fazia bem. Acho que é finalmente, a liberdade que ela tanto buscou no livro. Não havia mais ninguém que a dissesse o que ela deveria fazer, nem diretor, nem tia, nem primo, nem ninguém. Ela estava fazendo o que queria e o que a agradava.
Excelente reflexão 😉👏👏
concordo com suas reflexões!
Excelente reflexão! Acho exatamente a mesma coisa.
Eu penso exatamente assim, como vc. O fato da mulher querer viver um amor e se casar, não faz dela um ser inferior. São outras questões a respeito do casamento que deprecia a mulher, como por exemplo, quando a sociedade e a cultura vigente IMPÕE que o único destino da mulher seja o casamento, o que não foi o caso de jane. Inclusive, quando ela sentiu que sua autonomia, o seu EU e seus príncipios estavam amaçados, ela recusou veementemente as propostas e foi embora. Ademais, quando ela estava em sua plena liberdade e dona de si, ela escolheu por conta própria se casar com quem ela realmente amava e, sobretudo, era muito amada tb. Isso não desmoraliza, nem reduz a mulher de forma alguma. Ela foi fiel ao que ela acreditava, ou seja, fiel a si mesma até o fim. Assim, todas as mulheres casadas e felizes em seus casamentos, obrigatoriamente jamais poderão ser felizes e, portanto, independentes e livres?
PS: Tati, adorei e adoro seus vídeos, isso que coloquei são só algumas réplicas e trepidas que fazem parte de um debate saudável ☺️❤️
Excelente reflexão, concordo plenamente!
Após ver essa resenha eu comprei Jane Eyre e tenho que dizer que não tive a mesma impressão. Jane Eyre se mostrou desde o início uma personagem de atitude, sua força de vontade não a fez se conformar com os ambientes que a rodeavam, sempre buscando algo melhor. Que ela sempre dependia de alguém, eu concordo, mas sua condição financeira não permitia o contrario. O único momento que ela cometeu um deslize foi quase ter aceitado a proposta do primo, nessa parte sim ela estava traindo seus ideais. Para mim Jane Eyre seria assustadoramente burra e sem amor próprio se tivesse ido para a Índia com ele .
Adorei o vídeo. Mas acho que a visão de liberdade está um pouco limitada a "sair por aí fazendo de tudo", pois a Jane é livre por ter podido escolher com quem ia ficar e como e quando e em que condições ia ficar.
No fim ela entendeu que o sentido de tudo é servir o outro? Se for isso. É lindo.
Nossa Tati... li ano passado e achei o fim tão bonito.. e agora.. kkkkkkk.. voce me fez ter medo de Jane Eyre kkkkkkkkkkkk Sobre o Morro dos Ventos Uivantes, eu concordo.. é impar... espetacular, inigualável... amo demais!
Um dos meus livros favoritos! Não havia tido esta impressão ao ler o final. Tati quase destruiu meu castelo romântico....rsrs Preciso reler com este novo olhar. Mais maduro, talvez...
Gostei do seu olhar do final Tati. Mas achei o final feliz, interpretei a segunda decisao dela de ficar com ele mais forte, pois como ela estava independente ela estava mais livre do que na primeira vez para decidir. Achei uma decisão mais genuína.
Gosto mais do Jane Eyre. Acho o relacionamento do “Morro...” absolutamente doentio. Todos os personagens são odiosos e descarregam as frustrações nos outros. O livro é ótimo, mas eu prefiro Jane Eyre.
eu tb!
A novela era Direito de Amar, Tati!
Como esperei por esse vídeo!!! Já perdi a conta de quantas vezes assisti a sua resenha antiga sobre a obra. E também a da Claire Scorzi, que é belíssima. O final de Jane Eyre também me causou estranhamento. Não pude deixar de me recordar de um filme do início da década de 90, estranhíssimo chamado: Encaixotando Helena. Enfim, resenha completa e maravilhosa. E sou uma obcecada pela família Bronte.
Oi Tatiana que felizes comentários e resenhas de literatura,em especial Jane Eyre personagem feminina desprovida de proteção e o machismo que perdura de modo abusivo desde muito tempo,a conquista dos sonhos felizes de uma mulher nesta narrativa poderia se dar na sua independência, porém seguindo scripts de felicidade feminina se dá na incapacidade do homem que incapacitava,quem vence é uma disputa acirrada e competitiva entre casais desde que as mulheres tenham atributos
Luta das mulheres,nem diria feministas,lutas discretas pelos seus espaços ainda não seriam realizações visto que a partir da ficção temos tido formações deformadas por contos de fadas e finais felizes a questionarmos, quem é louco e louca nesta narrativa é o cerne!
Parabéns pelas apreciações
O final é mesmo assustador. O Rochester é extremamente manipulador e a Jane Eyre entrou na sua teia de manipulação. Eu gostei demais desse livro e não engoli o Rochester em nenhum momento, rsrs.
Eu tive está mesma impressão, só que do primo dela
@@joanaleal6834 o primo muito manipulador siim.
O primo, sim. Manipulou muito.. Rocheater, só no início. Não é possível que ninguém viu a explícita conversão do Rochester? A Tati tbm não falou. Creio que os cristãos vão notar, do mesmo modo que a Charlotte era cristã. A mudança e o arrependimento dele foram totais. Me parece que quem é cristão tem uma leitura totalmente diferente e mais parecida com a visão da autora.
O vídeo mais esperado do ano! SOCORROOOOOO
Tati vc acabou de destruir o meu romance favorito.!!!!!! 🤣🤣🤣🤣.
Eu moro em uma cidade proxima onde as Brontes cresceram... E muito legal quando vc le as descricoes dos locais e depois vai fazer uma caminhada pela cidade e trilhas a casa delas hoje e um museo e o predio da escola ainda existe...
Que resenha mais instigante! Sempre achei que o povo dos IGs literários superestimavam demais essa obra, mas entendi que ele realmente é uma ótima obra. Agora, essas reviravoltas e mistérios me deixam muito curiosa para conhecer esse livro! Ameeei demais 😍😍
Pois é né... Embora eu compreenda que para a época o final é o esperado, lá no fundinho do meu coração imaginei uma Jane viajando pelo mundo, usufruindo da sua herança e influenciando pessoas com a sua arte e personalidade marcante. Obrigada pela resenha!
A novela da “ louca do sobrado” chamava-se Direito de Amar, com Lauro Corona e Gloria Pires. Tb vi qdo criança e qdo li Jane Eyre foi logo o q pensei.
A Ítala Nandi fazia a pouca
Louca
@@nanepintopires Era a Nanete, mas o Lauro corona trabalhou??
Pela minha leitura eu percebi que um dos principais temas do livro é o amor e o respeito próprio (a liberdade vem atrelada a isso na forma de fazer suas próprias escolhas)... vemos que Jane é perdidamente apaixonada por Rochester durante o livro, ela se sente bem com ele, porém ela só se permite e escolhe viver esse amor a partir do momento q não tem q se desfazer de si mesma e de seus valores (ela n aceita se casar com St John por considerar o amor um laço fundamental no casamento, e não por não querer se casar)! Eu acho que o final condiz com a personagem que foi construída (só achei meio problemática uma passagem em relação a condição de igualdade com o Rochester em razão da sua cegueira). Não gosto de comparar com a leitura de Morro dos Ventos Uivantes, pois acho q são livros completamente diferentes, e mesmo dizendo que a história de Jane Eyre já foi repedida varias vezes, ele ainda é um clássico e um importante marco para literatura feminista.
Tati, finalmente alguém me entende hahahaha
Eu ouvi falar muito de Jane Eyre e não sosseguei enquanto não li, mas foi uma decepção tremenda pra mim. Todos falam sobre uma heroína, forte e tudo o mais, mas no final eu fiquei até meio revoltada porque ela lutou tanto por liberdade e voltou pro cara mais esquisito do mundo 😅
Cara, eu como eterna otimista e romântica sempre prefiro o Jane Eyre. Morro dos ventos uivantes é muito perturbador pra mim, mas é inegável a qualidade de ambas as obras. Quero e vou ler muito mais das irmãs Bronte pois elas me fascinam sabe. Espero que a Tati faça vídeos de mais obras dela, afinal os vídeos são sempre excelentes.
Como eu esperei por esse vídeo. Amo a Tati e ver ela falando de um dos meus livros favoritos da vida...Melhor notificação do domingo.💕🌹
Arrasou, Tatiana! Passarei a ver Jane Eyre com outros olhos ;-) Nunca me toquei desta reviravolta no caráter da personagem. Obrigada! Beijos.
Passando por aqui para te agradecer por essa resenha! Ao final do livro, fiquei com uma sensação de que algo ali “não se encaixava”, mas que eu não consegui articular de forma clara. Uma certa incoerência de JE... o que vc comentou sobre o casamento foi perfeito aos meus ouvidos! Grande abraço, @tatianafeltrim !
És maravilhosa! Adoro o teu trabalho e o teu estilo! Parabéns!
Vc pode continuar sendo uma mulher livre e independente e ser completamnt feliz se tem a pessoa que ama .
Um desejo não exclui o outro .
O que sei é que nao importa o que vc quer a vida toda , vem o amor /paixão e vira tudo do avesso.
E ele já qria ela qdo estava inteirão.
Não me canso de ver seus vídeos, sempre que os assisto me sinto dentro do livro!!! Você é maravilhosa.
Eu já tinha assistido um filme da Jane Eyre e li o livro há um ano atrás na versão original. Fiquei muito fã do livro e é um dos meus favoritos até hoje... Aliás essa reflexão sobre o final faz muito sentido mesmo, bem assustador perceber que isso é a felicidade pra ela!
Eu tbm quando li, fiquei com a impressão que o final tinha se tornado um filme de terror. Ele que era lndepende e cheio de aventuras fica limitado e dependente, ela que sonhava em ser livre fica praticamente presa sendo a vida, energia e sol de outra pessoa. É como se ela ficasse tão apaixonada e obcecada que se tornou a nova louca. Mas claro q temos que considerar a época ne. Afinal, o que era ser uma mulher livre na era vitoriana? Era tão difícil pra uma mulher viver sozinha, viajar sozinha, casar e se separar quando quisesse e ainda ter vida social. As vezes só o fato dela não ter que sofrer com pessoas humilhando ela como na infância e ter a opção de ficar com quem ela ama de verdade já seja uma liberdade.
Aliás, Jane Eyre é tão "popular" que todo mundo já sabe o que acontece no livro. Não ligo para spoilers, nunca me tiraram o prazer de assistir um bom filme ou ler um bom livro. Segredando: Sempre. Sempre leio o último capítulo de qualquer livro primeiro. É assim que começo minhas leituras, porque o que mais importa é o que está no meio.
Amo de coração o livro O morro dos ventos uivantes.
Tatiana, adorei seu vídeo. Amo esse livro. Não tinha pensado no desfecho dessa forma, mas faz muto sentido
Então, também encarei dessa forma, dele estar acabado, cego e ser dela só então, mas entendi também como o símbolo de uma união de almas e mentes, como ela descreveu antes do pedido de casamento. Nem ela e nem ele eram figuras fisicamente atraentes, apenas pelo cérebro, raciocínio rápido etc. Sei que vou parecer doida hahahahahahahah mas antes de casar (juntar os trapos) e ter filhos jamais almejei tal destino, mas me surpreendi muito positivamente, ou seja, nunca sonhei com ou imaginei um casamento, ou romantizei a maternidade, e quando ambos "aconteceram" a realidade superou em muito a expectativa. Adoro, acho o máximo quem tem um monte de filhos (só consegui ter 2), vivo pela minha família, somos unidos, nos divertimos demais e a imagem perfeita da felicidade pra mim hoje é agarrar todos eles e fazer montinho. Eu me identifiquei muito com a Jane Eyre, sempre me achei independente, extremamente estudiosa, questionadora, sem papas na língua, porém feiosa. É muito ruim a cobrança absurda para a mulher forte e independente não poder, digamos, "sucumbir" ao amor e ao casamento. Muitas vezes sinto como se algumas amigas, mais dedicadas à profissão me vissem como alguém que "desistiu" da vida. "Ah, você se rendeu". Sério. É bizarro. Às vezes querem que eu vá viajar com elas, vá tirar "férias" do casamento e dos filhos. Ou se fazem encontros de escola as mulheres pressionam pra ser sem filhos ou marido, não entendo. As pessoas querem TUDO ao mesmo tempo. É uma falsa liberdade. As mulheres hoje não podem tomar de verdade as decisões que querem se não for de acordo com o que se determinou ser forte, independente, feminista. É bem complicada esta questão. Desculpe o desabafo. 😂
Amei ler Jane Eyre, muito delicioso . Me surpreendeu, mas de fato esse final é muito assustador e desconstrói o caminho da personagem. Mas ainda sim é um livro muito e excelente.
Ameeeeeei sua resenha! Seus comentários sobre o final é simplesmente espetacular! Parabéns :)
Meu deus amei sua resenha e a forma como você contou a história!!❤
Amei a resenha, Tati. Tive umas opiniões diferentes e vc me ajudou muito a entender melhor o livro!
Esse livro é tão lindo... Tati, além de Shirley, Villette e Jane Eyre, a Charlotte também escreveu um livro chamado O Professor. Acredito que esse tenha sido o primeiro livro da autora
O morro dos ventos uivantes é vida 💙
Em minha opinião uma das habilidades mais fascinantes da Tati Feltrin é saber contar uma história, a maior parte do tempo ela descreve e também.. dá a sua opinião, muitos canais é mais opinião (oque achou) do que o resumo propriamente dito.
Li Jane Eyre na minha adolescência (nada de calcular datas, como é dito em outro comentário 😊). Amei o livro, mas o li sob a ótica de uma adolescente romântica que eu era. Estou a fim de reler, com a bagagem de experiência que adquiri, e observar minhas reações agora.
Percebo que o filme foi bem fiel à obra. Já estou morrendo de vontade de ler Jane Eyre 💖
Olá Tatiana, a novela em que tinha a louca do sobrado foi a novela: Direito de amar - do Walter Negrão, inspirada em uma obra da Janete clair. A personagem Joana, era interpretada pela atriz Ítala Nandi ( viva ainda) a novela passou em 1986 e a os protagonistas eram Glória Pires e Lauro Corona.
Que análise interessante! Primeiro vídeo que vejo e gostei demais.
Morro dos ventos uivantes ainda é meu preferido. Li Jane Aire, achei muito bom, mas com algumas partes com muito rococó.
Na minha edição da editora Martin também tem uns textos de apoio que eu discordo para caramba, já discordava antes de ler o livro por conta de trazer uma contextualização atual para um livro de séculos atrás, mas depois que li inteiro então, tive vontade de arrancar essas últimas páginas do meu volume, simplesmente não condiz quase nada com o que li.
Obs: não arranquei as páginas do livro, apenas fiquei com vontade mesmo.
Eu comprei os dois só por sua causa!!!! 😂😂😍😍😍 Já tinha assistido antes as suas resenhas e fiquei encantada com as estórias. O morro dos ventos uivantes me assusta um pouco, é muita obsessão para um personagem SÓ!!! 😂😂😂😂😂😂 Mesmo assim, amei os dois!!! ❤️😍❤️❤️❤️❤️😍😍😍
36 minutos de uma resenha maravilhosa 👏
Morro dos ventos uivantes é meu livro preferido da vida, não tem nada tão igual, nenhuma obsessão tão intensa! Incrível simplesmente
Essa mania de falar escritora mulher também me incomoda bastante, pois não faz o menor sentido. Se é escritorA, logicamente é mulher...
Concordo
Sim o Morro dos Ventos Uivantes é um livro sensacional 👏🏻👏🏻👏🏻 e Jane Eyre gostei de ler . Parabéns as irmãs 👯 Brontë. 😉
Essa expressão que a Tati usa "boneco de Olinda" é histórica kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Li Jane Eyre mês passado por influência sua. Entrou pra lista de favoritos da vida! Q livroo!❤
Esse livro é lindo...li na adolescência parabéns tati suas considerações sao ótimas
Que resenha, que resenha, que resenha... Vc arrasa sempre Tati. Muito obrigada por tudo, te admiro muito, adoro seu canal. SUCESSO!
Vídeo maravilhoso 👏👏 Acabei esse livro e também fiquei em choque com o final mais é realmente muito bom... Adorei esclarecer alguns pontos enter uns romance e outro umas escritoras e outras. Obg!
Acabei de ler é simplesmente amei. Até o final estava super ligada ao livro.
Acabei de finalizar Jane Eyre e, realmente é um livro cheio de reviravoltas! Amei a leitura e o vídeo!
Excelente resenha vi ela antes e depois da leitura. Grande abraço
Li hoje e gostei muito
Que vídeo top.... assisti a primeira parte antes de começar a leitura, parei na parte em que teriam os spoilers ... voltei hoje após a leitura ... Obrigada @tatianagfeltrin pelo seu trabalho , você faz a diferença para as minhas leituras
Também tenho uns senões ao livro, mas a leitura dele é envolvente e fica com a gente. Obrigada por todas as dicas.
Você é maravilhosa! Gente inteligente e com senso crítico é outra coisa.
Eu tive a mesma sensação que você com esse final...
Hehe. A novela era O direito de amar. O senhor de Montserrat casou -se com Rosália vivida pela Glória Pires mas mantinha a esposa no sótão. No caso ela não era exatamente louca, mas nunca o amou porque era apaixonada pelo anarquista vivido pelo Carlos Zara.
Acho que durante toda a história Jane era dependente de tudo e de todos. Ao final, ela toma na mão o curso da vida dela e a do cara que ela amava. Ele tornou-se completamente dependente dela - embora eu não ache que o amor tenha relação com dependência, acho até bem triste isso. Ele tinha todo o aspecto de um ser "indesejável", como ela veio se sentindo ao longo da vida, mas Jane o abraçou. Não acho também que a liberdade, como ela mesma disse, está na solidão. O feminismo nem dela nem o atual sugere que a mulher livre não se case. A mulher é livre quando ESCOLHE o que quer, inclusive o casamento. Achei o final sensacional. Amo seu canal e as resenhas são maravilhosas! Parabéns, Tati
Amei sua crítica!! Penso mt parecido!! E você realmente traz informações importantes e referências essenciais sobre o texto ! Obrigada
Vídeo excepcional , estou lendo o morro dos ventos uivantes , mas já estou louca para ler Jane e comparar as leituras. 😍
Há o livro Vasto mar de sargaços, da Jean Rhys que foca sua atenção em Bertha, servindo como introdução a Jane Eyre.
Estou feliz de ver uma resenha que não romantiza essa história kkkkkkkk
Li recentemente e simplesmente amei esse livro.....
Que vídeo incrível!!!!
Parabéns ... Uma verdadeira aula!!!!
Tatiana eu gostaria muito que você fizesse um vídeo falando sua opinião a respeito dos leitores digitais influencers de hoje que ao lerem clássicos do século XVIII e XIX ou até mesmo livros históricos que se passam nesse período e acabam não recomendando o livro, ou dizendo que o livro não funcionou ou não atingiu as expectativas por motivos como ter na história personagens homens que são machistas ou abusivos, racistas os elitistas e até mesmo personagens femininas que são consideradas a frente de seu tempo com características feministas já naquela época, mas que, para esses leitores influencers, essas personagens não são feministas "como deveriam ser todas as mulheres".
Veja bem, eu acredito que para os livros atuais é muito importante trazer toda essa discussão sobre machismo, feminismo e todos os ismos ... Mas cobrar isso, deixar de gostar e recomendar uma obra clássica onde esses assuntos não existiam ou ainda não eram discutidos na época?!
Não seria como condenar a incrível obra A Escrava Isaura por conter escravidão, abuso e machismo? Ou condenar por não ser tão feminista "como deveria ser" até mesmo Jane Eyre, esse clássico maravilhoso como muito bem foi colocado nesse vídeo?!
Bjs adoro seu trabalho.
Não concordo que ela estava “amarrada” ao Sr Rochester. Ela teve inúmeras opções para seguir e escolheu ficar com ele. Por amor. Achei lindo o final.
Concordo perfeitamente com você. As feministas hoje em dia pensam que uma mulher independente e feliz é uma mulher não casada. O sr Rochester errou sim, mas pagou pelos seus erros. Jane Eyre não é uma feminista, ela é uma MULHER SENHORA DE SI, ou seja, ela não se submete àquilo que vai contra a sua consciência cristã, mas não vai rejeitar seu amor e sua felicidade por caprichos feministas. Está certíssima!!
Vocês entenderam que esta resenha é uma resposta às analises feministas descabidas deste livro/personagem/autora que transbordaram na internet à época da publicação desta edição da Zahar e ao inacreditável texto feminista/progressista acrescentado à esta edição, certo? Só checando. Um abraço.
*digo, acrescentado à introdução desta edição
Eu não li esta edição, li o original em inglês com prefácios da primeira e terceira edição escritos pela própria autora, e não consigo interpretá-la como essa tal feminista que você descreveu no vídeo, não sei o quanto essa edição citada por você influenciou sua interpretação do romance, mas vejo Jane Eyre como uma mulher livre. Sob circunstâncias tão cerceantes ela pensou e agiu livremente, e livre também do feminismo, ela nunca levantou esta bandeira. No próprio prefácio ela diz que tirar a máscara do fariseu não significa levantar uma mão impiedosa sobre a coroa de espinhos, ou seja: nenhum dos extremos (nem machismo nem feminismo)... Livre para ser quem quer ser. E acredito na sinceridade dela no fim do livro com o Rochester, porque ela nunca contradisse seus sentimentos ao longo do livro, ela era o que era, sem se importar com a opinião alheia. Ela o amava e o escolheu, em detrimento do primo pastor que realmente NÃO a fazia feliz. Ela, se fez algum sacrifício para estar com o sr Rochester, foi o mais deleitoso para sua natureza feminina, para A NATUREZA E VONTADE DELA, que está longe de ser feminista ou machista.
essa coisa de querer jogar Jane Eyre como feminista é uma furada. Eu amei o final. Mania de hoje em dia tudo ter que ser feminismo
Ainda não li o livro, mas esse relacionamento me lembrou o do filme Trama Fantasma. Ótima resenha, Tati.