Finalmente o Gustavo falou sobre identitarismo. Só que ficou um gostinho de "quero mais". Vale a pena um vídeo específico no canal Orientação Marxista.
Características particulares, em toda a sua infinidade, que nos demovem do que em comum nos faz uma unidade de luta e de resistência. “A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos que só conseguem enxergar o que os separa, não o que os une” - Milton Santos.C
Mais que tudo, parece ser a hora de notar a existência do comum e fazer das diferenças apenas parte de uma riqueza múltipla alicerçada no fato objetivo de pertencermos à classe trabalhadora numa dinâmica de luta de classes.
OBRIGADA!!! Pra mim sempre pareceu o óbvio: esses tipos de opressões sociais que não representam contradições de interesse - muito pelo contrário, um trabalhador gay, por exemplo, tem os mesmos interesses que todos os outros trabalhadores - devem ser combatidos de forma FERRENHA internamente para fortalecer a própria classe. Mas virou outra mercadoria qualquer, dissociada do potencial real de utilidade política séria.
Agora mesmo estava ouvindo a Radio France Culture sobre as condições de trabalho dos trabalhadores agricolas na França e Italia e as condições são muito ruins em todos os aspctos. São africanos que trabalham na agrioltura de monocultura, como tomate, por exemplo.
eu acho interessantíssimo o Gustavo afirmar que a união da classe trabalhadora é uma necessidade mas mesmo assim não se isentar de criticar marxistas que expõem uma visão incorreta de determinados assuntos, ao meu ver, isso pode aparentar ser uma contradição mas eu entendo perfeitamente esse tipo de contradição - não acho que é a melhor estratégia mas acho que isso expõe muito do caráter do Gustavo.
O "proletarismo" constitui também um identitarismo, mas que se apressenta como universal y planetaria. Es parte do eurocentrismo branco. Um a mais que se exporta como rector da historia europeia que deverá ser global.
A questão é que é justamente esse "proletarismo" que apresenta uma alternativa à ordem social dada. Não são afagos morais, muito menos proselitistas da ascensão social ou da ocupação de novos espaços econômicos que nada fazem se não reforçar a base fundamental de todas as opressões que é a propriedade privada.
@@Ismaeldima17 Desculpa,meu amigo. Isso não é o que mostra a historia. Não estamos em 1917. Já temos visto o que significa "proletarismo". O marxismo não tem mais futuro. O universalismo acabou.
@@celsomanaus E como isso será possível se algumas questões identitárias entram em conflito com determinados valores de grande parcela da própria classe trabalhadora? É um tanto quanto difícil conseguir essa união, para não dizer impossível. Isso sem contar quando os valores da classe trabalhadora entram em conflito com a própria Revolução, como as condenações católicas aos movimentos revolucionários e o "fato incômodo" de que mais da metade da população brasileira é católica.
@@magnus8704 Valores são abstratos colega, não são algo concreto. O Gustavo fala, no meu entender, é em combater os problemas raciais através de problemas concretos da realidade, sem que seja preciso deixar de lado a luta de classe. Os "valores" da classe trabalhadora surgem dentro de um sistema já estabelecido, dentro de uma disputa ideológica já estabelecida, eles não são determinados puramente de forma abstrata, eles são determinados em uma dada estrutura, de um dado período histórico, portanto, passíveis de alteração. O que valoramos hoje, em se tratando de valores morais, por exemplo, não são as mesmas coisas que foram valoradas nem a um século. Além disso, muito do que valoramos tem como antecedente a própria forma de organização social, que é determinada pelo sistema, por exemplo, nossos direitos constitucionais. Você poderia discorrer mais sobre quais seriam esses tais "valores de grande parcela da própria classe trabalhadora"? Isto é, identificando alguns, dizendo como surgem, se são atemporais, os argumentos a favor que defendem que esses valores surgem de forma inerentemente na própria classe, no caso, a trabalhadora? Também poderia citar referências se quiser. Assim, caso eu julgue previamente serem interessantes, acrescentarei na minha lista de estudos. Ele em momento nenhum desmerece a realidade dos problemas de raça, gênero, etc. O que ele nega, novamente, ao meu ver, é que uma soma de identitarismo irá levar a alterações que de fato modifiquem a realidade de grande parte da classe trabalhadora, uma vez que elas emergem da estrutura da organização social. De modo que nada impede que combatamos esses problemas e também busquemos modificar a organização que causa parte dos males de toda classe. Pelo menos para mim, hj é bem claro que nenhum problema racial que eu sofra enquanto sujeito preto nessa sociedade será resolvido com reformas estruturais. Mas enfim, acho que os teóricos poderiam discutir mais essas questões, imagino que deva ser muito difícil analisar opressões de identidade em uma dada estrutura estando inserido nessa estrutura, e extrair com clareza os antecedentes dessas opressões, mesmo pelos métodos de análise desenvolvidos pelas teorias da sociologia e história.
Isso mesmo, valores compõem a Moral de grupos ou sociedades e é uma categoria abstrata, subjetiva e mutável historicamente; diferentes sociedades ou grupos demonstram essa mudança de valores ao longo da História, portanto em todo tempo e lugar. Valores mudam, a Moral é mutável. Princípios Éticos, esses sim, devem ser permanentes.
Finalmente o Gustavo falou sobre identitarismo. Só que ficou um gostinho de "quero mais". Vale a pena um vídeo específico no canal Orientação Marxista.
Obrigado pelo coentário, Salatiel!
Características particulares, em toda a sua infinidade, que nos demovem do que em comum nos faz uma unidade de luta e de resistência.
“A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos que só conseguem enxergar o que os separa, não o que os une” - Milton Santos.C
Mais que tudo, parece ser a hora de notar a existência do comum e fazer das diferenças apenas parte de uma riqueza múltipla alicerçada no fato objetivo de pertencermos à classe trabalhadora numa dinâmica de luta de classes.
OBRIGADA!!! Pra mim sempre pareceu o óbvio: esses tipos de opressões sociais que não representam contradições de interesse - muito pelo contrário, um trabalhador gay, por exemplo, tem os mesmos interesses que todos os outros trabalhadores - devem ser combatidos de forma FERRENHA internamente para fortalecer a própria classe. Mas virou outra mercadoria qualquer, dissociada do potencial real de utilidade política séria.
Obrigado pelo comentário!
Excelente desenvolvimento da questão. Unir para lutar. Parabéns!!!!!!!
Muito obrigado!
Gustavo Machado eh um cara muito fohda. Obrigada
Eu que agradeço!
Caraca, o grande camarada Gustavo!!
Exato!
O identitarismo individualiza a luta contra aquilo que é o responsável pelas mazelas desses grupos: O capitalismo.
Agora mesmo estava ouvindo a Radio France Culture sobre as condições de trabalho dos trabalhadores agricolas na França e Italia e as condições são muito ruins em todos os aspctos. São africanos que trabalham na agrioltura de monocultura, como tomate, por exemplo.
Porque que eles não ficam na África se a França é tão ruim e os europeus são tão "malvadões" assim?
"Identitarismo" não é nem mesmo realmente marxista, mas uma política racial.
❤️❤️❤️❤️❤️
❤️
eu acho interessantíssimo o Gustavo afirmar que a união da classe trabalhadora é uma necessidade mas mesmo assim não se isentar de criticar marxistas que expõem uma visão incorreta de determinados assuntos, ao meu ver, isso pode aparentar ser uma contradição mas eu entendo perfeitamente esse tipo de contradição - não acho que é a melhor estratégia mas acho que isso expõe muito do caráter do Gustavo.
que avc kkkkkk
O "proletarismo" constitui também um identitarismo, mas que se apressenta como universal y planetaria. Es parte do eurocentrismo branco. Um a mais que se exporta como rector da historia europeia que deverá ser global.
A questão é que é justamente esse "proletarismo" que apresenta uma alternativa à ordem social dada. Não são afagos morais, muito menos proselitistas da ascensão social ou da ocupação de novos espaços econômicos que nada fazem se não reforçar a base fundamental de todas as opressões que é a propriedade privada.
@@Ismaeldima17 Desculpa,meu amigo. Isso não é o que mostra a historia. Não estamos em 1917. Já temos visto o que significa "proletarismo". O marxismo não tem mais futuro. O universalismo acabou.
Com todo respeito, não falou nada.
amigo, ao que entendi as questões identidárias se resolvem a partir de soluções que tragam a revolução socialista como pano de fundo.
@@celsomanaus E como isso será possível se algumas questões identitárias entram em conflito com determinados valores de grande parcela da própria classe trabalhadora? É um tanto quanto difícil conseguir essa união, para não dizer impossível. Isso sem contar quando os valores da classe trabalhadora entram em conflito com a própria Revolução, como as condenações católicas aos movimentos revolucionários e o "fato incômodo" de que mais da metade da população brasileira é católica.
@@magnus8704 Valores são abstratos colega, não são algo concreto. O Gustavo fala, no meu entender, é em combater os problemas raciais através de problemas concretos da realidade, sem que seja preciso deixar de lado a luta de classe. Os "valores" da classe trabalhadora surgem dentro de um sistema já estabelecido, dentro de uma disputa ideológica já estabelecida, eles não são determinados puramente de forma abstrata, eles são determinados em uma dada estrutura, de um dado período histórico, portanto, passíveis de alteração. O que valoramos hoje, em se tratando de valores morais, por exemplo, não são as mesmas coisas que foram valoradas nem a um século. Além disso, muito do que valoramos tem como antecedente a própria forma de organização social, que é determinada pelo sistema, por exemplo, nossos direitos constitucionais. Você poderia discorrer mais sobre quais seriam esses tais "valores de grande parcela da própria classe trabalhadora"? Isto é, identificando alguns, dizendo como surgem, se são atemporais, os argumentos a favor que defendem que esses valores surgem de forma inerentemente na própria classe, no caso, a trabalhadora? Também poderia citar referências se quiser. Assim, caso eu julgue previamente serem interessantes, acrescentarei na minha lista de estudos.
Ele em momento nenhum desmerece a realidade dos problemas de raça, gênero, etc. O que ele nega, novamente, ao meu ver, é que uma soma de identitarismo irá levar a alterações que de fato modifiquem a realidade de grande parte da classe trabalhadora, uma vez que elas emergem da estrutura da organização social. De modo que nada impede que combatamos esses problemas e também busquemos modificar a organização que causa parte dos males de toda classe. Pelo menos para mim, hj é bem claro que nenhum problema racial que eu sofra enquanto sujeito preto nessa sociedade será resolvido com reformas estruturais. Mas enfim, acho que os teóricos poderiam discutir mais essas questões, imagino que deva ser muito difícil analisar opressões de identidade em uma dada estrutura estando inserido nessa estrutura, e extrair com clareza os antecedentes dessas opressões, mesmo pelos métodos de análise desenvolvidos pelas teorias da sociologia e história.
Isso mesmo, valores compõem a Moral de grupos ou sociedades e é uma categoria abstrata, subjetiva e mutável historicamente; diferentes sociedades ou grupos demonstram essa mudança de valores ao longo da História, portanto em todo tempo e lugar. Valores mudam, a Moral é mutável. Princípios Éticos, esses sim, devem ser permanentes.
Não disse nada.