ei, quem sabe esse não era o termo que o manu estava procurando?? De quando ele tava falando de amor algoritmo, procurando um termo. Pode ser que "lacionamento" seja um bom termo, pq as pessoas atualmente buscam por fazer laços, mas não necessariamente duradouros, tipo um encontro de uma noite marcado pelo tinder em que vc cria um certo laço, mas depois nunca mais reencontra a pessoa. Um lacionamento, não um RElacionamento!
@@jussarabarbosaleite6551 não têm antes. A coisa se dá e não necessariamente continua. Uma RElaçao seria a eterna porém finita construção do lacionar. Foi isso que entendi.
Me pego aqui na frase "tenho amigos de trinta anos, mas não relações afetivo sexuais de tanto tempo". Na construção da amizade, a individualidade é mais respeitada e o senso de posse, embora possa existir, existe de maneira mas branda. Nas relações afetivo sexuais existe uma cobrança muito grande, uma invasão maior dos espaços individuais, ou mesmo uma expectativa de que o outro precise preencher todos os novos vãos. Tipo "Jerry Maguire", Tom Cruise para Renée Zellweger: Você me completa! Na minha opinião, BESTEIRA. Um amigo ter uma vida e momentos sem você é aceitável, mas seu parceiro ter momentos sem você parece o fim do mundo. Nem entrarei na questão do sexo, que entra como uma variável/variante que não deveria, mas interfere também nesse senso de existência desse ente (casal/par/trio ou +). Relação é soma de números inteiros, não de frações. 1+1= 2 mas a gente insiste em 0,5 + 0,5 = 1.
Por outro lado a intensidade das relações são incomparáveis. Pode-se passar anos sem falar com o amigo e ainda assim esse laço se estabelecer, o que não acho ser possível em uma relação amorosa. No fim acho que ele exige mais, de fato. Mas também entrega mais.
É um eterno esperar e doar validação, isso é muito doido, porque o ser humano sente que precisa de validação nem que seja dos amigos, quando a busca por validação se divide em várias, família e amigos, tem mais tendência de cobrar menos do parceiro, quem se doa demais pra ser validado sempre vai sentir que o que outro está a oferecer é pouco. E as vezes o que o outro tem a oferecer é realmente pouco, relação é via de mão dupla, se os dois não esperarem validação do outro ok, mas se esperam vão ter de entrar em acordo, não dá pra comparar a amizade com a vida de um casal, porque é uma vida construída junto, mesmo que tente respeitar a individualidade do outro.
Observo que tem sempre aquele que filosofa mais a vida e o outro é mais objetivo na vida, parece eu e meu marido, eu sou o Manu e meu marido a Flor kkkk
Achei perfeito "amor algorítimico". Estava justamente hoje de manhã pensando como todas as relações tem se tornado efêmeras, porque a possibilidade de mudança é muito grande. E isso, que a princípio parece ótimo, pode ser péssimo, já que muitas relações se desfazem antes mesmo que a base delas seja construída, que dirá dos alicerces e a cobertura. Trocamos de par, de profissão, de cidade, de ideologia freneticamente. Acho que a fugacidade das relações é o grande efeito colateral dessa sociedade tecnológica. Uma lástima.
Gosto do termo construção porque demanda trabalho, ação por parte das pessoas. Percurso eh como se vc apenas caminhasse por ele. Tive um casamento em que, na minha imaturidade, alimentando a minha fantasia infantil acreditava que os dois terem um ótimo emprego (ambos lutamos e nos apoiamos pra chegar lá), termos nosso apartamento próprio financiado em mil anos, e termos um cachorro e planejarmos filhos era o que podíamos chamar de casamento. Enfim, pra Mim aquela relação era tudo q eu acreditava ideal, mas me faltavam coisas q eu nem conseguia explicar. Hoje vivo outra relação em q não temos casa própria, os cachorros são dele e meus "enteados", queremos filhos mas vão vir qdo deus quiser, e sempre, SEMPRE pensamos na nossa relação como sendo construída. Cada vez que pedimos um pro outro algo, ou que cedemos para o outro algo, ou que conversamos e nos desculpamos ou que definimos novos limites, sempre sorrimos e nos sentimos gratos e felizes, pensamos assim "mais um tijolinho na construção da nossa relação". Uma vez vimos uma imagem na internet, um desenho de um casal construindo um castelo e fazendo essa analogia com contrução da relacao. E eu uso isso as vezes, "olha essa cagada q vc fez desmoronou dois metros da torre do nosso castelo da relação, agora dá mto mais trabalho reerguer tudo, mas vamos lá, preciso q vc entenda q eu me sinto assim, assado, q toda vez q vc faz isso vc tá derrubando o que construimos" funciona pra gente.
Kkkkk eu ri no "olha essa cagada que vc fez, derrubou dois metros" kkkkk Sim, concordo com vc com relação aos termos construção e percurso. Acho que a cagada faz parte da construção também... De repente é aquela parte da parede em que os tijolos ficaram mal encaixados, mas se a maioria tiver bem encaixada, a estrutura continua firme. De todo o jeito, nenhuma parede/casa/muro (na metáfora) vai ter todos os tijolinhos perfeitamente alinhados. Somos defeituosos. Ou melhor, somos seres em construção - nós mesmos conosco, que dirá com o outro....
Lembrei de 2 trechos do livro de Alan de Botton, "O [per]Curso do Amor" - acredito que agregam algum tempero às reflexões do casal: "Nossa vida romântica está fadada a ser triste e incompleta, pois somos criaturas movidas por dois desejos essenciais que apontam em direções completamente opostas. Entretanto, o pior é nossa utópica recusa em permitir essa divergência, nossa ingênua esperança de encontrar, de algum jeito, uma sincronização sem custo: de que o libertino possa viver pela aventura, ao mesmo tempo evitando a solidão e o caos. Ou que o romântico casado possa associar sexo e ternura, paixão e rotina." "O erro da paixão é mais sutil: a incapacidade de ter em mente a verdade fundamental da natureza humana: todo mundo - não apenas nossos atuais parceiros, cujas múltiplas falhas conhecemos tão bem -, mas todo mundo mesmo vai apresentar algo substancial e enlouquecedoramente errado quando passarmos mais tempo por perto, algo tão errado que tornará ridículos aqueles sentimentos arrebatadores do início. As únicas pessoas que ainda podem parecer normais são as que ainda não conhecemos muito bem. A melhor cura para o amor é conhecê-lo melhor."
Sobre o ponto aborado pelo Manu, sobre as amizades longas e relações sexo-afetivo curtas. A resposta: PORQUE AS PESSOAS NÃO CONVIVEM. É mto facil ter relacionamento longos se ambos NÃO moram juntos (inclusive esse sempre foi meu ideal de casamento). Sei de histórias de amizades de anos que se desestabilizaram quando passaram a conviver no mesmo ambiente.
Numa relação de amizade, situações de discordância e conflito muitas vezes podem ser "ignoradas" e não abalar a relação, na medida em que a influência de uma pessoa na vida da outra é mais branda, acredito eu. Convivendo nos mesmos ambientes por mais tempo, como você disse, se torna mais difícil ignorar/relevar essas diferenças, pois essa influência aumenta consideravelmente. Pensando numa relação que, dentro do padrão capitalista, será exclusiva, altamente idealizada e envolve um projeto de vida a longo prazo com a outra pessoa... Se torna bem mais difícil gerenciar esses conflitos, resultando em mais rompimentos e relações menos duradouras.
Eu e minha namorada falamos bastante sobre a dissolução do ego e construir a aceitação do outro como ele é!! Abrindo mao dessa idealização. E nós duas concordamos e funcionamos com essa filosofia de vida: escutar consciente e falar o que está sentindo, pois ninguém é obrigado a saber o que você sente ou espera do parceiro ou da parceira
Casamentos longuérrimos de 25, 35, 60 anos não me despertam nenhum interesse e muito menos nenhuma idealização. Sempre me pergunto: são felizes> Ou estão juntos por acomodação, medo de ter outra vida, questões econômicas, tradição, dependências diversas, unidos pelo fio do ódio reiterado ao longo deste tempo tão longo. Sobre ficar só, é possível mesmo na pandemia, para algumas tantas pessoas ficar assim. O que não nos faz autossuficientes. Não somos. Tecer um vínculo, tessitura de vínculos, processos relacionais na coabitação podem ser nomes talvez, mais interessantes do q construção de relação. Construção lembra um tijolo após outro...argamassa e rigidez e estrutura difícil de desconstruir depois. Tecer lembra mais algo mais orgânico, vivo. Adoro a revolta legítima da Flor.
@@indaleciaaparecidapaimdeso642 não meu bem! Vc nunca vai saber o que é sentar a mesa junto com sua família e se sentir acalentada,amada e plenamente realizada por construir algo tão sólido como uma família do mesmo sangue,onde uns podem contar com os outros,é um laço que preenche! Sinto muito que pra vcs nada é sólido, seguro,vcs batem cabeça e sempre estão recomeçando,deve ser uma sensação de nunca chegar a lugar nenhum no fim da vida...triste!
Acho que as mulheres talvez tenham desenvolvida melhor em sua subjetividade a capacidade de reavivar o interesse pelo ou pela parceiro ou parceira. Para muitos homens, o que há de interessante na parceira ou parceiro, é ameaça. Ao não poder lidar com a ameaça, muitos homens procuram um(a) parceiro que pareça capaz de adorá-lo com devoção (materna?) ou eternizar a importância que os homens, por causa das culturas, precisam manter.
Num geral que eu observo, quem consegue "construir" relações boas e compreensivas com os amigos, consegue também ter esse tipo de comportamento na relação sexo afetiva, principalmente se a pessoa com quem elas se relacionam também é assim. Acho que a dificuldade é encontrar pessoas que conseguem se relacionar saudalvemente e que gostam de crescer e construir relações.
Sou socióloga e tenho conversado com um amigo filósofo sobre a substituição do termo amor líquido, criado por Bauman, por amor etéreo, que é muito mais volátil e semelhante aos que vivenciamos hoje, com as redes sociais e apps de relacionamento. Tenho até pensado em escrever um livro sobre esse tema.
Oi gente, tudo bem ? Primeiramente ao o canal e vocês. Queria um vídeo sobre, as mudanças que sofremos nas relações. As questões sobre , o porque temos um tipo de relação no primeiro ano de namoro , amizade etc. E logo no segundo ano já temos outro tipo de relação . Acho muito legal essas mudancas, mas acho que nem todo mundo aceita o fato disso
Acho que a questão maior é: como podemos viver sem essa necessidade de construir alguma coisa...! Vendo as redes sociais com fotos de casais 10/10, sobrevivendo ao capitalismo dizendo que voce precisa de um namorado ou namorada pra comprar um presente de dias dos namorados, vendo os filmes românticos. Como podemos entender que essa construção nao é obrigatória? Como podemos utilizar o autoconhecimento pra diluir a carência, gostar de estar com nós mesmos. Como engolir o fato de querer ter uma relação num mundo onde isso esta mudando toda hora e as pessoas nao querem mais pq da trabalho, pq nao conseguem lidar com elas mesmas e nem com o outro ao mesmo tempo
Discordo. Construir é maravilhoso, não é pra gente não querer construir! ahahaha Quando você está numa relação " profunda" no sentido de se entregar pra aquilo de fato, se entender, entender o outro e os dois, acontece um amadurecimento, crescimento incrível. Deveríamos querer mais isso, não ir pro outro lado...
Muito complicado isso de " usar o autoconhecimento pra diluir a nossa carência" pq acho que não se trata disso, como o Manu mesmo disse, cada pessoa lida com suas carências e necessidade de um outro de um jeito, uns mais, outros menos. Eu acredito que seja impossível diluir nossas carências, pois todos temos em vários aspectos e em vários níveis diferentes. E mesmo se tivesse, acho que não é por ai... Autoconhecimento não é sobre isso. E gostar de estar sozinho consigo mesmo ( que é um processo difícil pra muitos) não é diretamente relacionado com a diluição das carências...
Amanda sim, nao disse que é algo ruim, quis dizer que no mundo de hj queremos mt isso, como se dependêssemos disso pra sermos felizes. Mas sim, ter algo é mt bonito
Acho que o Manu quis dizer foi: a ideia de construir algo te leva a pensar que ao final haverá algo pronto (construído). O que numa relação não é possível, pois nunca termina 😊
Nos perdemos no percurso relacional então!!! Kkkkk O duradouro nem sempre é sólido, passei 15 anos construindo uma estrutura frágil afetivamente. Obrigada por esse diálogo de hj 💞
Sobre ficar sozinho, um tio avô meu que já é falecido, morava em uma fazendo no interior do Pará, ele aparecia na cidade só para comprar sal, café e açúcar. Fomos saber que ele tinha morrido depois de uns 6 meses da sua última visita a cidade. O apelido dele era Chico sozinho. Eu vi ele apenas uma vez.
"construção de um processo relacional" foi a última frase do Manu, provando que construção talvez seja mesmo a palavra. Não chegaram em lugar nenhum com esse vídeo, e isso foi bom, faz a galera refletir, todo mundo quer respostas prontas
Pois é, passei 30 anos com a mesma pessoa, tive filho, comprei "as paradas", tínhamos muitas afinidades, debatíamos ideias sobre "quem somos nós, de onde viemos e para onde vamos" e... acabou.
Vcs são maravilhosos. Tenho conseguido olhar pra mim mesmo com muito mais atenção depois que comecei a assistir os vídeos. Sempre achava que tinha que dar um nome para as coisas. Por exemplo, definir que era gay, monogâmico, que estava numa relação "séria" me dava a ideia de que teria segurança, embora tudo isso me enchia de inseguranças. Faço terapia e nunca tinha compreendido tanto o próprio processo da terapia como agora, e meus avanços têm sido incríveis nas últimas semanas. Flor e Manu, obrigado! Compartilho os vídeos de vcs com uma amiga e estamos amando demais, sempre com o trocadilho "o Flor e a Manu" e "a Flor e o Manu" hahhahaha Grande beijo a vcs!
Eu acho que a questão do tempo na relação "sexoafetiva" tem a ver com a "obrigação" da convivência. Amizade não tem obrigação de convivência, você não avisa que quer dar um tempo, apenas da uma "sumida" e volta e o amigo não está ali no seu pé pra te cobrar dos motivos que te fizeram sumir, porque você não tem um "contrato" com ele nesse sentido. Já a relação "sexoafetiva" pressupõe uma série de coisas que "sobrecarregam" a relação. Concordo que a falta de dedicação ocasionada pela falta de tempo é a razão do término de muitas relações. Acredito também que a relação como casal passa pela pela construção de patrimônio em comum sim (sou capricorniana 🤣). Mas hoje em dia as pessoas querem se realizar em todos as áreas e estão "atrasadas/ devendo" sempre em alguma área, que traz frustração e etc ... Comentário confuso...hahaha Adoro vocês 🥰
Acho que o problema das relações é exatamente essa pré-suposição, as pessoas não entram em relações pensando no que serão capazes de produzir com aquela pessoa, elas já entram com todos os seus ideais de relacionamento na mente e acabam se perdendo no meio do que é idealizado/sonhado e o que é real. Sendo uma pessoa hétero e na minha vivência, percebo que a partir do momento que um casal se forma, muito se espera desse casal e isso também acaba sendo um peso.
Este video es un claro ejemplo de como la construcción de los vínculos, sean del tipo que sea, están en total crisis. Ese sentimiento de "no llegue a ningún lugar" al intentar entender como se construyen las relaciones hoy en dia es un poco lo que sentimos todes. Sus videos dejan muchas dudas, si. Y creo que eso es lo más interesante de verlos.
Tema para vídeo : comunicação não violenta no relacionamento amoroso /e sobre o acúmulo para si de palavras que o outro proferiu ao longo do relacionamento!
Legal ter outra pessoa, nós, seres humanos precisamos do outro, mas não necessariamente precisam ser relações afetivo-sexuais, né, Flor? Somos seres que realizam múltiplas relações.
Acho que as relações sexo-afetivas terminam mais rápido que as relações de amizade porque dentro de muita gente, e me incluo nisso, tem dois pesos e duas medidas essa história. Na amizade não tem um consenso de que é a relação que tu vai dividir a vida, conviver bastante. São relações completamente diferentes. Principalmente no campo monogâmico pq a relação com um amigo de longa data não envolve só ele, a gente não tem só ele como amigo, nem convive tanto assim. Não tem muito sentido comparar tais relações, pelo menos na minha opinião.
Tão legal ver como a relação de vcs mudou desde os primeiros vídeos até esse aqui. É uma parceria q admiro muito e q gostaria de ter um dia ❤️ Sobre construção e percurso, acho q ambos os termos me causam ansiedade no sentido de esperar que resultem em algo ou a algum lugar. Só queria me desprender da cobrança do tempo e viver o relacionamento sem esperar nada. Aceitando q ele é o q é no momento. Teria nome pra isso? Brisei?
Concordo demais!Muitas vezes me frustro por querer mais, experienciar o outro e muitas vezes não rola. Acho que os “combinados”/ “contratos” devem surgir de forma natural, o que muitas vezes não rola pq o “timing” / desejo nem sempre se conciliam. Sem contar a bagagem que cada um trás
Importante buscar a construção de si, para aí então poder construir uma relação com o outro em sua plenitude. O desafio é encontrar essa abertura que vocês, Flor e Manu, tem nos diálogos desenvolvidos em que ambos questionam e ajudam na construção do outro e assim da relação. Acho eu.
queria dizer que "onde vc chegou?" do Manu 14:44, nos rendeu na sequência os melhores momentos do vídeo. adoro quando a Flor fala verdades, esse momento dela "pronto, falei!": "tu não tá construindo nada, tu só comprou umas paradas." rsrs
Sinto muito uma pressa nesse percurso/construção de ter que ACERTAR. E falo de mim tbm. Preciso que esse seja o GRANDE PERCURSO AMOROSO da minha vida e aceitar que ele tbm não é e que talvez a gente tenha que partir pra outra construção fica difícil. Identifico muito essa frustração em mim e nas pessoas ao meu redor. Percursos que precisam ser eternos. Mas só pq o percurso teve um fim não quer dizer que ele valeu a pena ou tu não aprendeu um caralhada de coisa pra colocar na construção da tua relação contigo e com o outro... COMPLEXO
É, essa pressa em ver a obra pronta é complexa... É a nossa idealização que, inclusive, vamos transferindo de pessoa pra pessoa.... E como disse o Manu, quanto mais idealização, quanto mais descompasso, mais frustração no percurso. Mas, cá pra mim, o percurso é a relação.
Estou a quase três anos divorciado, tô curtindo demais está acompanhado por mim. Não sei se algum dia terei de novo energia pra viver um relacionamento amoroso. Tô curtindo o amor das amizades!
“Você é uma pessoa difícil mesmo”. Kkkkkkkkkk Hoje vcs estão ácidos um com o outro! Kkkkkkk... coincidentemente eu e meu marido estamos assim hoje tbm. 🤣
só eu achei que o vídeo me deu muitas questões interessantes mas não falou sobre o que acontece com a construção da relação? o que é ter um percurso relacional afinal? e como saber se você tá percorrendo algo sozinhe? como lidar com as frustrações dos desejos? como enxergar o outro, respeitar que o desejo é diferente e como saber lidar com isso em relação aos nossos limites? como saber que o que você tá aceitando é o outro com as suas particularidades ou apenas cedendo pra manter algo que você idealizou? como saber o que é o outro e não a idealização do outro? e nesse entendimento do seu próprio desejo e vontade, como respeitar esse entendimento sem sentir que está correndo atrás de uma ilusão e desperdiçando relações que podem ser boas e proveitosas ainda que não te ofereçam o que precisa e quer? alguém ajuda?
oi, Mila. 2 anos depois li seu comentário e achei excelentes seus questionamentos. Talvez a resposta que surgiu na minha cabeça, conforme fui lendo as perguntas, é a de que a relação é quem vai te dar essas respostas. Não tem uma fórmula de como as coisas vão acontecer e como você vai fazer caso X seja Y. Enquanto você se relaciona, você vai saber se está ou não se relacionando sozinhe, vai aprender a lidar ou não com as frustrações dos desejos, e assim por diante. Isso tudo vem como consequência da relação em si, que acontece paralelamente. Deu pra entender? Espero que sim. Eu também me questionava as mesmas coisas até encontrar as respostas enquanto estou me relacionando. E aí vão surgindo outras questões também, e a gente vai se situando junto com o outro. Sempre junto com o outro, afinal, é de relação que estamos falando. :)
Uma das minhas hipóteses, nesse percurso relacional muitas das vezes construímos intimidade e não a convivência diária entre as relações e eventualmente seus problemas. Após a quarentena eu percebi como eu construí uma idealização de cada pessoa que convive comigo na mesma casa. E como a real convivência abalou muito a todos. Apesar de agora está tudo bem, kkkkkk.
Voto no termo "amor hiperlink" 🖤 Tenho pensado muito nisso, sobre o quanto a gente (não querendo totalizar, mas generalizando) cria a ideia de um amor pra vida, aquele com quem vamos construir a relação ou patrimônio e afins. Percebo que, se nos meus relacionamentos sexo-afetivos, eu tivesse insistido nesse amor pra vida, teria perdido a oportunidade de aprender com os outros relacionamentos. Digo, a única relação realmente permanente em nossas vidas é a de si consigo mesmo. Ela é a na qual podemos efetivamente aprofundar e o Outro, nesse caso, vem como co-participante, estímulo, ferramenta (não no sentido de pessoa = objeto e sim sujeito - ferramenta). Acho que o "amor hiperlink" é aquele no qual vc vai construindo a relação consigo mesmo ao longo da vida com suas parcerias, esses "arquivos"/links que expandem, ensinam, agregam, saem, dão voltas, e todas as outras possibilidades que compõem e dão sentido à rede complexa da vida.
O tipo de entrega, troca, convivência, conflitos, cobrança e expectativas, são completamente diferentes em uma amizade e em um relacionamento afetivo romântico. Não tem como comparar.
Eu acho que as relações que são sexo afetivas acabam bem mais rápido do que relações que não são, pq quando elas batem de frente com as questões, diferenças e crises do outro, o choque de perceber que a pessoa nao é o que vc esperava ou queria cega as pessoas a ponto de acabarem e irem atras de alguém que supra tudo o que a pessoa quer ou espera. Como o manu falou: idealização do outro. Ninguém mais quer ouvir, entender, compreender e ceder pelas relações! Poucas pessoas procuram CONSTRUIR a relação, e creio que a escuta ciente e a fala sejam a chave das relações (todas elas e nao so sexo afetivas)
Manu vc tem toda razão : não é todo mundo que está numa relação que quer construir coisas, e digo isso com muita dor. Construir pressupõe milhões de coisas neste cruzamento de existências. Escuta, abertura de convicções, ceder, rever-se, reorientar sonhos e planos, ajustar expectativas.... o que por sua vez implica necessidade de revisão constante de si mesmo e disposição pra isso!!! e infelizmente não é fácil encontrar alguém com estas disposições... e quando um quer e o outro não é muito dolorido. No caso, seria na verdade um flerte com o autoritarismo. E também o fim da relação eu acho. Porque senão estaremos falando de um uma relação em um lugar de subordinação do desejo porque em geral ocorre de modo unilateral: se um não quer construir e o outro quer, não faria sentido para este que quer manter- se nesta relação. Mas nem sempre conseguimos sair. Daí pulamos para outros vídeos do tipo: o o que vc está fazendo aí? E tantos outros. Obrigada. Beijos carinho para vocês. 🌹
Sempre que o Manu complefixica as relações afetivas com o sistema de produção, o capitalismo, eu só consigo pensar que eu quero muito ler o livro recém escrito
Eu amei esse vídeo! Vou assistir ele de novo depois (até pq meu lindo nome foi citado). Kkk mas tbm porque acredito nisso e entender sobre isso me ajuda até tirar o peso da pressa de se relacionar, do ter que dar certo, etc.
Muita coisa pra pensar. Acho que as relações tem cada um sua complexidade mas o que tem em todas elas são pessoas e se a gente não for capaz de aceitar ou procurar entender o outro, não teremos nunca um percurso relacional ou uma construção a dois.
Tenho um desejo há alguns anos de construir um percurso relacional (para contemplar aos dois) onde possamos viver intensamente a relação e as individualidades. Experienciei algumas tentativas disso. Acredito que a não-monogamia foi uma resposta interessante para a minha forma de estabelecer relações. Sinto dificuldade em encontrar pessoas que queiram ter como base os mesmos princípios que eu. Como a Flor colocou algumas vezes em outros vídeos, a não-monogamia é um pouco muito assustadora hehe A primeira vista é muito interessante e atrativa uma proposta de experienciar a vida juntas de uma forma que diverge da norma, inclusive por acreditar que as pessoas estão cansadas ou sufocadas pela norma. Apresentar essa possibilidade a elas é como jogar uma tábua de salvação. Mas dá medo. A gente já tá conhecedora do formato padrão, sabe como reagir a ele (e nem sempre!), não precisa investir tempo e esforço real pensando novas estruturas... É só seguir a onda, esperar a próxima grande insatisfação e mudar de objeto relacional. A minha inquietude mora na seguinte questão: onde fica o sujeito? Onde as subjetividades se encontram? onde os desejos se completam ou de anulam? Para mim a ideia de família e relação pautada no material, casa, carro, cachorro, filhos, férias pra não sei aonde, cruzeiro para lidar com a crise... Não funciona. Porém, entendo que parte do processo de estar junto é pensar futuro. Se não houver valorização dos tempos, passado, presente e futuro, com a pessoa ou as pessoas não faz sentido estar. Planejar, sonhar, prospectar faz parte na mesma medida que viver cotidiano. Quero dividir minha existência com pessoas que sonhem, por elas e junto comigo. Não entendo isso como utópico, pois isso se dá tanto no campo afetivo de relações amorosas, quanto das familiares, das amizades, até mesmo em algumas relações virtuais com pessoas totalmente estranhas a nós - às vezes leio comentários ou postagens de pessoas sobre seus sonhos e quereres e vibro junto para que se realizem. Faz parte do estar nessa sociedade, para mim. Ingênua? Não sei. Não sei muita coisa. Não sei nem aonde essa comentário vai dar hahahaa O fato é que acabo experimentando muito a solidão também por não estar vinculada mais a esse molde de família ou relacionamento padrão. Quase chego a querer desistir e entrar de novo no espaço que estaria destinado a mim nessa grande colmeia. Esperar minha tampa de panela, fazer nossas panelinhas, montar nosso paneleiro, sair fora quando no me couber mais lá ou estar infindavelmente dentro desse armário. Quase... O mais interessante desses novos formatos de se pensar as relações está vinculada a possibilidade de não se encerrar em nada, de ser flexível aos cenários, de pensar encaixes. Pensar a não-monogamia ou a bissexualidade (que é o meu caso tbm) não me limita a não viver um relacionamento hétero bastante normativo. Mas o oposto, porque viver esse relacionamento por um tempo ou pela vida toda não me mudará, será apenas o rótulo pelo qual nossa relação será lida. Eu seguirei não-monogâmica e bi. O mesmo se eu estiver com um mulher de agora para o resto da vida. Ou se for um trisal ou se for um poliamor... Qualquer que seja a relação, a família, a vida. Eu seguirei sendo eu. Mas eu só sou na relação com outres. Assim entendo. Mas "respondendo" ao vídeo e encerrando essas divagações aqui... Acredito que relações se constroem, que o conceito de família influencia muito, que o sexo é um fator determinante do querer estar junto e que pode atrapalhar alguma relações inclusive por isso, que as pessoas tem estabelecido outras medidas de tempo e o imediatismo tem desestruturado relações e que o meu narcisismo me faz acreditar que eu sou capaz de fazer diferente e viver um percurso mais saudável, prazeroso e cuidadoso. Obrigada pelos mergulhos desse domingo! Beijos
Percurso...gostei! Construção faz pensar em começo, meio e fim. Percurso é o trajeto que pode ou nao terminar , ou terminar e recomeçar...IMPERMANÊNCIA! Que é real, e muitas vezes bem vinda.
Ótima ideia essa do video sobre como as estruturas familiares hegemônicas produzem os conflitos no mundo ... Produzem tb a forma como organizamos nossas moradias, como vamos desejar ...
Mano eu amo esse casal perfeição de vídeo, perfeição de assunto. Agora parando parei pra pensar se estou tentando "construindo" um relacionamento, ou estou em percurso?
Depois do vídeo anterior, em que vcs falaram se o termo "construção" era apropriado, fiquei pensando que é, sim. Não vi do jeito do Manu, como se fosse uma coisa exterior. (vou dar uma viajada, tá? rsrs) Pensei na música que diz "tá vendo aquele edifício, moço...", do Zé ramalho, em que o operário não consegue desfrutar do resultado do próprio trabalho... no caso da relação, a "construção" seria uma coisa bem justa porque é experienciada por quem constrói, antes, durante, depois... sei lá, tô só elucubrando rsrs
interessante seu ponto de vista, faz sentido, mas me parece ( pelo meu ponto de vista) que construção dá um sentido de que no fim algo será terminado, sólido e concluído. A relação entre pessoas pode ser infinita, não existe uma linha de chegada em que tudo se conclui e se acaba. É assim que penso...
Acho incrível como vcs fazem a ligação entre o sistema econômico vigente e as relações de afeto, sexual ou não. Penso q tem tudo a ver. Estou vendendo os vídeos de vcs dois e do Manu só agora, e não consigo parar, são ótimos e me fazem refletir, minha quarentena fica mais interessante com vcs ❤️
Eu gosto de ficar sozinho e em silêncio, mas tem hora que a gente precisa do outro. Eu acho que gostar de estar só é uma forma de fugir do sofrimento. De fugir das complicações da vida. Nem ficar sozinho é uma coisa simples. Mas confesso que está sendo bem mais fácil pra mim ficar isolado nesta quarentena.
Não tenho capacidade para discutir os assuntos dos vídeos, que a proposito, são muito pertinentes... PORÉM, não posso deixar de ressaltar que a dinâmica de vocês nos vídeos é sensacional.
Eu estive em um relacionamento homo por 7 anos. Vivi muitas coisas maravilhosas e percebi que no ultimo ano houve perda do interesse por mim. Estou sofrendo muito com o termino mas com este vídeo pude entender mais .
Acredito que só vamos chegar a alguma solução para esses e outros problemas com respeito nas relações(pensando em relações não sexo afetivas), acredito que a internet contribuiu ainda mais para percebermos que vivemos em rede e cada relação te ajuda a aproveitar melhor o seu tempo, que é aquilo de mais precioso que temos, vivemos de maneira interdependente, de modo que não podemos ser bons em tudo e dependemos de outras pessoas para que possamos ser bons naquilo que podemos ser. Acredito que o sexo seja o ápice da comunicação e escolher uma pessoa para estar junto, é escolher a melhor pessoa para lidar com os seus defeitos, mas não existe uma pessoa pronta, a relação é um aprendizado e cada um melhora com o tempo. Enquanto o sexo for um exercício de prazer e não de empatia tem tudo para dar errado.
A diferença entre a "durabilidade" de uma relação de amizade e de uma relação afetivo-sexual está na demanda de investimento de tempo e emocional. Uma amizade, por maior que seja, pressupõe uma individualidade muito maior, o que permite a superação dos reveses mais facilmente. Na relação afetivo-sexual, há questões que são insuperáveis quando se coloca na balança o tanto de nós exigido ali. É quando se conclui que não vale a pena. Não acho que a não-monogamia seria necessariamente uma solução, mas o princípio que está por trás dela talvez: o reconhecimento mais pontuado da individualidade, nossa e do outro, no sentido que não sermos tão sugados por aquela relação. Mais leveza, creio.
Acho que um bom tema de vídeo seria essa relação entre relação, companhia ( de si mesmo e/ou do outro), redes sociais e loucura. Acho que o que define nossa sensação de loucura (e não a loucura efetivamente) é justamente a proximidade do outro e não o número de horas que se permanece só ou o número de likes que se dá ou se deixa de dar. No passado havia famílias numerosas, mas não necessariamente relações de qualidade (se é que podemos avaliar a qualidade de uma relação a não ser quando ela consegue o feito de fugir do sadomasoquismo em sentido amplo). Os momentos consigo mesmo são preciosos. Estou descobrindo isso nos 39 do primeiro tempo (se a COVID for camarada) e experimentando um pouco da sensação de não me sentir obrigado a me relacionar com os outros para fugir da companhia de mim mesmo. Tocar a si próprio é um exercício muito bom para que os cinco sentidos façam mais sentido na relação com o outro. Com relação aos likes, acho que, no futuro, vai-se perceber que dar likes é uma forma de incentivar, de alavancar os projetos dos outros. É algo análogo ao que acontecia no surgimento dos livros impressos em que as pessoas imprimiam um livro e mandavam com correspondência para outras pessoas pra ajudar o pensamento de um escritor a se projetar. Apesar de o mundo ser cão, existe muito dessa gentileza gratuita, anônima e diluída no solo desértico da "realidade".
sobre o novo amor, ainda sem nome, acho que (apesar de muitas possíveis linhas de pensamento e, por que não, de amores) um deles me chama atenção e resulta da soma entre: a já característica "natural" humana de, no fundo, acreditar que seus desejos deverão ser sempre satisfeitos; e a atual supervalorização da ideia (completamente distorcida e descontextualizada) de amor-próprio. Ou seja, a não compreensão real do que é o se dar amor (a disposição em se entender caótico e buscar meios e ajustes pra se sentir menos desconfortável em quem se é, e até ver graça nisso) somada à característica já "natural" e egoísta de acreditarmos que temos que ser, pelo outro, satisfeitos, e à nossa maneira, acredito que é essa soma que gera hoje um "amor-singular" - não no sentido lírico, mas no que independe do outro, do plural, pra acontecer, "a outra pessoa que se vire se quiser me acompanhar". E assim não é possível dar vida a qualquer percurso relacional.
Uma coisa que eu queria ouvir vocês falando é sobre feridas dos relacionamentos passados e como conviver com isso dentro dos novos relacionamentos. Tipo, quando a gente foi muito magoado em um relacionamento e aí tem aquela sombra nos novos relacionamentos, "fulano me magoou e agia exatamente assim, será que eu to indo pelo mesmo caminho? será que esse outro vai fazer igual?", é quase como um trauma, querendo evitar a repetição daquele sofrimento e acho que isso estraga um pouco as novas relações, mesmo tendo entendimento de que são pessoas e relações diferentes.
Eu AMO essas banalidades que a flor fala algumas vezes, tipo coisas que n tem a ver com o vídeo mas que mostram um pouquinho mais de quem vcs são ou conta alguma vivência de vcs! Me sinto mais próxima kkkkk ❤️
Adorei o ponto de vista da Flor sobre a questão de estar em relação, eu acho que sim, pois as relações permitem através do convívio, não necessariamente diário, a possibilidade de troca de afeto e por consequência o amadurecimento afetivo. Através do convívio, eu consigo me enxergar e enxergar o outro.
Eu acho que pode ser normativa, quando as duas pessoas envolvidas buscam e se entende bem dentro das normas. Porém acredito que com cada pessoa construímos uma relação, se conseguirmos quebrar a casca da projeção/idealização e aceitar o outro como ele é, sem tentar mudá-lo. Vejo muito que as relações se pautam em querem mudar o outro. E é justamente o que a Flor falou de construir a relação sendo e vendo a vulnerabilidade em si e no outro, para que juntos podemos ser nosso potencial e não menos do que éramos quando solteiros! Claro que uma relação não é para um ser terapeuta do outros, mas que possamos tirar o véu e permitir que o outro nos veja e primeiro nos aceite, e depois inclusive nos ajude a ver coisas em nós que nem mesmo vemos. Inclusive isso pode acontecer em todas as relações: amorosas, de amizade, de trabalho, familiar, etc., Mas como conhecemos muito pouco de nós mesmos, inteligência emocional, CNV (e qualquer outra ferramenta/técnica de autoconhecimento e para relacionar-se), e quase impossível ver o outro de fato! É mais fácil ficar nas projeções/idealizações. Agora uma coisa que eu também percebo é que se espera que tenhamos tudo satisfeito de uma única pessoa (relacionamentos afetivos) que o seu namorado, boy, marido whatever tem que te preencher em todos os sentidos: ser seu amigo, conversar sobre tudo, gostar das mesmas coisas, querer as mesmas coisas.... ou vice-versa, a questão é que alguém vai ter que se anular para atender o outro! A grande questão que cheguei é que 1º devemos saber o que queremos, depois verificar quais relações que já temos que nos nutrem nesse lugar, e então, ao buscar um relacionamento afetivo, focar no que ainda te falta! Será esse um caminho?
Eu precisei parar de ver aos 21:45 min, para não esquecer do que pensei durante as falas de vocês sobre "construção". Então, caso eu pareça óbvia ou repetitiva, é porque talvez vocês já tenham dito sobre no restante do vídeo. (Só saberei depois de escrever rs). Então, eu vou tentar primeiro desenhar o que pensei e depois explicar. Imaginem dois muros sendo construídos. Em dois terrenos distintos, porém vizinhos. Cada um nasceu de uma família. Eu sou um muro, o outro é outro muro. A base, de ambos os muros, foi feita por um pedreiro muito amigo de suas respectivas famílias, que fez o melhor que pôde diante das condições que a família apresentou naquele período. Mas aí a família se mudou e o tempo foi moldando os dois muros. Chuvas, pixações, desenhos, ventos, sol.Enfim, vários fatores moldaram os dois. E aí um belo dia, eles se notam, percebem um ao outro, as imperfeições, as qualidades, a beleza, e resolvem estarem juntos, somando força, apoiando o outro ao lado, e crescendo juntos. Cada qual na sua individualidade, cedendo um tijolinho aqui, um cimento ali, às vezes até uma "escora" que não submeta o outro muro a queda, e aí crescem juntos. Um do lado do outro. Compartilharam uma vida juntos, sem "abusos relacionais" (e aqui temos um termo que eu criei agora) e o único fator que poderia destruir a ambos ou derrubar (sentido de morte ou ausência) seria o TEMPO. Se um cair, o outro sentirá sua falta. Mas sua essência enquanto muro, permanecia ali. O que construiu junto, tá ali. Nele. Sozinho. Na sua individualidade. Ele amava o outro. Mas estava de pé. Foi uma relação sadia, ficou a saudade sem dor. Boas lembranças. Agora imaginem dois muros não paralelos como esses dois, mas lineares. Construídos lado a lado. Cada qual de um lado, um iniciado á direita, outro á esquerda, e em algum momento, eles se encontraram, e aí construíram juntos, unidos. O tijolo que pertence a mim, pertence a ele também e agora somos um só. Sol e chuva juntos, ali felizes. Mas aí, de repente, o outro tem um buraco ali que precisa ser consertado porque o pedreiro da família deixou faltando e agora ele quer que o outro muro dê um jeito de tirar um tijolinho só de si pra tapar esse buraco. E aí, tudo bem pra ele, ele ama , cede. Mas esse buraco parece que ficou maior. Parecia pequeno daqui, agora meu tijolo já não cabe na abertura que tinha. Não temos o mesmo tipo de tijolo. Somos diferentes. E aí a gente descobriu junto, olhando mais de perto, que o buraco existe apenas porque eu tentei tapar um muro com o meu tipo de tijolo e as medidas não batem. Só daria certo se eu tivesse usado o mesmo tipo de tijolo. Resumindo: o outro é um companheiro (não gosto deste termo) no percurso relacional, um apoio, um provocador de consciência, alguém que é diferente de mim, mas se eu tiver amor próprio, se eu me construí com o que tenho de melhor de mim mesmo, eu não cobro do outro, eu não espero pelo outro. Eu respeito a mim, respeito o outro, a forma como ele foi construído e como ele quer se construir ainda. Eu respeito a individualidade dele. Eu o admiro do jeito dele. E mesmo achando que, talvez, a tinta azul não lhe caia bem, ou pode danificar sua estrutura, eu entendo a sua escolha, respeito mesmo sem entender e se, por ventura, ele vier a cair, eu estarei do lado. Serei apoio, mas não precisarei cair. Ele vai se reconstruir. O meu amor é suficiente. Porque ambos se respeitam. Sabemos que não é perfeito na prática. Mas se entendemos, já fica mais fácil buscar. A construção do relacionamento ela pode sim ser conjunta, mas precisamos lembrar que, na verdade, na nossa vida, estamos sempre construindo a nós mesmos. Desculpem se ficou confuso. Não sou pedreira, nem engenheira, nem nada do tipo. Sou alguém que está aprendendo a notar a si, os meus tijolos, para construir a mim mesma da melhor forma que posso. E se não cheguei a lugar algum com esse texto é porque sou como a Flor, não é pra chegar mesmo. Obrigada pela paciência e pela atenção em ler tudo isso. Abraço.
Nao sei gente... sobre relacoes nao sexoafetivas... quantas pessoas passam pela nossa vida e quantos amigos ficam? Quantos colegas de escola a gente teve e só um amigo sobrou para 20/30 anos de amizade? No aspecto nao sexual, nós interagimos com muito mais gente e, proporcionalmente, fracassamos imensamente porque sao poucos os amigos (amizades reais) que ficam. Será que nao estamos supervalorizando a necessidade das relacoes serem longas? Temos 500 colegas de escola do primeiro ao oitavo ano do ensino fundamental e sobram qnts para a vida futura? Acho que o percurso relacional tem os mesmos conflitos nas relacoes sexoafetivas, afetivas ou só sexuais. O que muda é que nas sexoafetivas estamos mais vulneraveis e pela proximidade os conflitos sao mais intensos. Contudo, nao dói igualmente divorciar de um amigo? Traição de amigo não dói muito mais? Nao sei se toda essa necessidade de falar sobre as relacoes socioafetivas nao venha tambem da imposicao social de que todos precisamos casar, ter filhos e o sucesso só existe quando voce está num envolvimento amoroso. Nao é possível ser uma pessoa bem sucedida, solteira e ter amigos? Enfim... acho que precisamos parar de focar na necessidade de ser um casal (de qualquer genero).
Amo o canal de vocês, estou crescendo muito e errando também e se eu errar está tudo bem!!! Flor desde quando vi você numa novela , achei você com uma luz e um brilho em cena incrível, estudo Teatro é falta apenas um ano para me formar espero ter a ooportunidade de atuar ao seu lado.Manu adoraria tomar um café e conversar horas com você. Vocês formam um casal incrível é muito mais muito real beijos. Prazer Mauricio Velit
como disse nossa amada Rita von Hunty: RELACIONAMENTO = prefixo RE (de novo) + LACIOnamento (vem de laço) -> dar o laço mais uma vez :3
ei, quem sabe esse não era o termo que o manu estava procurando?? De quando ele tava falando de amor algoritmo, procurando um termo. Pode ser que "lacionamento" seja um bom termo, pq as pessoas atualmente buscam por fazer laços, mas não necessariamente duradouros, tipo um encontro de uma noite marcado pelo tinder em que vc cria um certo laço, mas depois nunca mais reencontra a pessoa. Um lacionamento, não um RElacionamento!
MARAVILHOSA!!
eu não entendi a reflexão dessa frase, qual o laço teria sido dado antes?
@@jussarabarbosaleite6551 não têm antes. A coisa se dá e não necessariamente continua. Uma RElaçao seria a eterna porém finita construção do lacionar. Foi isso que entendi.
@@vanessarafael7111 então vira nó
Me pego aqui na frase "tenho amigos de trinta anos, mas não relações afetivo sexuais de tanto tempo". Na construção da amizade, a individualidade é mais respeitada e o senso de posse, embora possa existir, existe de maneira mas branda. Nas relações afetivo sexuais existe uma cobrança muito grande, uma invasão maior dos espaços individuais, ou mesmo uma expectativa de que o outro precise preencher todos os novos vãos. Tipo "Jerry Maguire", Tom Cruise para Renée Zellweger: Você me completa! Na minha opinião, BESTEIRA. Um amigo ter uma vida e momentos sem você é aceitável, mas seu parceiro ter momentos sem você parece o fim do mundo. Nem entrarei na questão do sexo, que entra como uma variável/variante que não deveria, mas interfere também nesse senso de existência desse ente (casal/par/trio ou +). Relação é soma de números inteiros, não de frações. 1+1= 2 mas a gente insiste em 0,5 + 0,5 = 1.
Por outro lado a intensidade das relações são incomparáveis. Pode-se passar anos sem falar com o amigo e ainda assim esse laço se estabelecer, o que não acho ser possível em uma relação amorosa. No fim acho que ele exige mais, de fato. Mas também entrega mais.
Ótimo comentário.
É um eterno esperar e doar validação, isso é muito doido, porque o ser humano sente que precisa de validação nem que seja dos amigos, quando a busca por validação se divide em várias, família e amigos, tem mais tendência de cobrar menos do parceiro, quem se doa demais pra ser validado sempre vai sentir que o que outro está a oferecer é pouco. E as vezes o que o outro tem a oferecer é realmente pouco, relação é via de mão dupla, se os dois não esperarem validação do outro ok, mas se esperam vão ter de entrar em acordo, não dá pra comparar a amizade com a vida de um casal, porque é uma vida construída junto, mesmo que tente respeitar a individualidade do outro.
Pois é
Interessantíssimo
A Flor dá umas generalizadas e o Manu pira...haha acho sensacional!
Eu me sinto o Manu na vida! Apesar de não me incomodar nada com a Flor
Observo que tem sempre aquele que filosofa mais a vida e o outro é mais objetivo na vida, parece eu e meu marido, eu sou o Manu e meu marido a Flor kkkk
Achei perfeito "amor algorítimico".
Estava justamente hoje de manhã pensando como todas as relações tem se tornado efêmeras, porque a possibilidade de mudança é muito grande. E isso, que a princípio parece ótimo, pode ser péssimo, já que muitas relações se desfazem antes mesmo que a base delas seja construída, que dirá dos alicerces e a cobertura.
Trocamos de par, de profissão, de cidade, de ideologia freneticamente.
Acho que a fugacidade das relações é o grande efeito colateral dessa sociedade tecnológica.
Uma lástima.
Uma lástima ou uma benção né?
@@victorbillhar eu sou pisciano. Vivo por relações duradouras.
Depende muito dos casos... As vezes é um alívio saber que há mais opções... As vezes é triste ter tantas opções... Da-lhe vida.
Adoro a Flor “Eu não chego em lugar nenhum, essa sou eu!” super verdadeira! Quem precisa de respostas???❤️♥️❤️
Perfeita mesmo!!
eu preciso kkk
Serasse estou vivendo ou apenas esperando notificação deste canal? (Espero que a segunda opção, pq viver no BR tá difícil)
Eu toda
Nossa estou na mesma amiga...acho que eles são necessários demais...
Gosto do termo construção porque demanda trabalho, ação por parte das pessoas. Percurso eh como se vc apenas caminhasse por ele. Tive um casamento em que, na minha imaturidade, alimentando a minha fantasia infantil acreditava que os dois terem um ótimo emprego (ambos lutamos e nos apoiamos pra chegar lá), termos nosso apartamento próprio financiado em mil anos, e termos um cachorro e planejarmos filhos era o que podíamos chamar de casamento. Enfim, pra Mim aquela relação era tudo q eu acreditava ideal, mas me faltavam coisas q eu nem conseguia explicar. Hoje vivo outra relação em q não temos casa própria, os cachorros são dele e meus "enteados", queremos filhos mas vão vir qdo deus quiser, e sempre, SEMPRE pensamos na nossa relação como sendo construída. Cada vez que pedimos um pro outro algo, ou que cedemos para o outro algo, ou que conversamos e nos desculpamos ou que definimos novos limites, sempre sorrimos e nos sentimos gratos e felizes, pensamos assim "mais um tijolinho na construção da nossa relação". Uma vez vimos uma imagem na internet, um desenho de um casal construindo um castelo e fazendo essa analogia com contrução da relacao. E eu uso isso as vezes, "olha essa cagada q vc fez desmoronou dois metros da torre do nosso castelo da relação, agora dá mto mais trabalho reerguer tudo, mas vamos lá, preciso q vc entenda q eu me sinto assim, assado, q toda vez q vc faz isso vc tá derrubando o que construimos" funciona pra gente.
Kkkkk eu ri no "olha essa cagada que vc fez, derrubou dois metros" kkkkk
Sim, concordo com vc com relação aos termos construção e percurso.
Acho que a cagada faz parte da construção também... De repente é aquela parte da parede em que os tijolos ficaram mal encaixados, mas se a maioria tiver bem encaixada, a estrutura continua firme. De todo o jeito, nenhuma parede/casa/muro (na metáfora) vai ter todos os tijolinhos perfeitamente alinhados. Somos defeituosos. Ou melhor, somos seres em construção - nós mesmos conosco, que dirá com o outro....
Achei que o vídeo ia falar mais disso
sensacional
Perfeito
Hj em dia um pré-requisito pra ter ume crush é se elx assiste Flor e Manu ou se aceita assistir Flor e Manu comigo kkkkkkkkkk
O mesmooooo
amo hahahahaha
Flutuação do desejo é algo que precisa MUITO ser falada kkkk como algo real e não como parte de uma fantasia que a gente cria sobre isso.
Lembrei de 2 trechos do livro de Alan de Botton, "O [per]Curso do Amor" - acredito que agregam algum tempero às reflexões do casal:
"Nossa vida romântica está fadada a ser triste e incompleta, pois somos criaturas movidas por dois desejos essenciais que apontam em direções completamente opostas. Entretanto, o pior é nossa utópica recusa em permitir essa divergência, nossa ingênua esperança de encontrar, de algum jeito, uma sincronização sem custo: de que o libertino possa viver pela aventura, ao mesmo tempo evitando a solidão e o caos. Ou que o romântico casado possa associar sexo e ternura, paixão e rotina."
"O erro da paixão é mais sutil: a incapacidade de ter em mente a verdade fundamental da natureza humana: todo mundo - não apenas nossos atuais parceiros, cujas múltiplas falhas conhecemos tão bem -, mas todo mundo mesmo vai apresentar algo substancial e enlouquecedoramente errado quando passarmos mais tempo por perto, algo tão errado que tornará ridículos aqueles sentimentos arrebatadores do início. As únicas pessoas que ainda podem parecer normais são as que ainda não conhecemos muito bem. A melhor cura para o amor é conhecê-lo melhor."
A flor tem razão: as coisas vao numa dinâmica X e no final ninguém conhece ninguém dentro da própria relação
Sobre o ponto aborado pelo Manu, sobre as amizades longas e relações sexo-afetivo curtas. A resposta: PORQUE AS PESSOAS NÃO CONVIVEM. É mto facil ter relacionamento longos se ambos NÃO moram juntos (inclusive esse sempre foi meu ideal de casamento). Sei de histórias de amizades de anos que se desestabilizaram quando passaram a conviver no mesmo ambiente.
Numa relação de amizade, situações de discordância e conflito muitas vezes podem ser "ignoradas" e não abalar a relação, na medida em que a influência de uma pessoa na vida da outra é mais branda, acredito eu.
Convivendo nos mesmos ambientes por mais tempo, como você disse, se torna mais difícil ignorar/relevar essas diferenças, pois essa influência aumenta consideravelmente.
Pensando numa relação que, dentro do padrão capitalista, será exclusiva, altamente idealizada e envolve um projeto de vida a longo prazo com a outra pessoa... Se torna bem mais difícil gerenciar esses conflitos, resultando em mais rompimentos e relações menos duradouras.
verdade
Amei a observação huhauaah
Sempre quando eu termino de assistir os vídeos eu fico mais ou menos meias hora pra tentar ajustar os pensamentos 💭
Eu e minha namorada falamos bastante sobre a dissolução do ego e construir a aceitação do outro como ele é!! Abrindo mao dessa idealização. E nós duas concordamos e funcionamos com essa filosofia de vida: escutar consciente e falar o que está sentindo, pois ninguém é obrigado a saber o que você sente ou espera do parceiro ou da parceira
🤦♀️🤦♀️🤦♀️🤦♀️
Show!!
Abrir mão da idealização..maturidade!
Casamentos longuérrimos de 25, 35, 60 anos não me despertam nenhum interesse e muito menos nenhuma idealização. Sempre me pergunto:
são felizes>
Ou estão juntos por acomodação, medo de ter outra vida, questões econômicas, tradição, dependências diversas, unidos pelo fio do ódio reiterado ao longo deste tempo tão longo.
Sobre ficar só, é possível mesmo na pandemia, para algumas tantas pessoas ficar assim. O que não nos faz autossuficientes. Não somos.
Tecer um vínculo, tessitura de vínculos, processos relacionais na coabitação podem ser nomes talvez, mais interessantes do q construção de relação. Construção lembra um tijolo após outro...argamassa e rigidez e estrutura difícil de desconstruir depois. Tecer lembra mais algo mais orgânico, vivo.
Adoro a revolta legítima da Flor.
Adorei essa ideia de tecer 😍
Um aguentando o outro por diversos motivos. Pela família, pela grana, pela acomodação, pela carência
@@indaleciaaparecidapaimdeso642 não meu bem! Vc nunca vai saber o que é sentar a mesa junto com sua família e se sentir acalentada,amada e plenamente realizada por construir algo tão sólido como uma família do mesmo sangue,onde uns podem contar com os outros,é um laço que preenche! Sinto muito que pra vcs nada é sólido, seguro,vcs batem cabeça e sempre estão recomeçando,deve ser uma sensação de nunca chegar a lugar nenhum no fim da vida...triste!
Eu amo os dramas do Manu! Só que na vida eu sou a Flor!
Acho que as mulheres talvez tenham desenvolvida melhor em sua subjetividade a capacidade de reavivar o interesse pelo ou pela parceiro ou parceira. Para muitos homens, o que há de interessante na parceira ou parceiro, é ameaça. Ao não poder lidar com a ameaça, muitos homens procuram um(a) parceiro que pareça capaz de adorá-lo com devoção (materna?) ou eternizar a importância que os homens, por causa das culturas, precisam manter.
Comentario perfeito
uau
Carvalho... na cara nao pra não estragar o enterro
Num geral que eu observo, quem consegue "construir" relações boas e compreensivas com os amigos, consegue também ter esse tipo de comportamento na relação sexo afetiva, principalmente se a pessoa com quem elas se relacionam também é assim. Acho que a dificuldade é encontrar pessoas que conseguem se relacionar saudalvemente e que gostam de crescer e construir relações.
Principalmente no gênero masculino, é o que eu sinto kkk
cis masculino heteronormativo* principalmente
Concordo muito
Sou socióloga e tenho conversado com um amigo filósofo sobre a substituição do termo amor líquido, criado por Bauman, por amor etéreo, que é muito mais volátil e semelhante aos que vivenciamos hoje, com as redes sociais e apps de relacionamento. Tenho até pensado em escrever um livro sobre esse tema.
Oi gente, tudo bem ? Primeiramente ao o canal e vocês. Queria um vídeo sobre, as mudanças que sofremos nas relações. As questões sobre , o porque temos um tipo de relação no primeiro ano de namoro , amizade etc. E logo no segundo ano já temos outro tipo de relação . Acho muito legal essas mudancas, mas acho que nem todo mundo aceita o fato disso
Acho que a questão maior é: como podemos viver sem essa necessidade de construir alguma coisa...! Vendo as redes sociais com fotos de casais 10/10, sobrevivendo ao capitalismo dizendo que voce precisa de um namorado ou namorada pra comprar um presente de dias dos namorados, vendo os filmes românticos. Como podemos entender que essa construção nao é obrigatória? Como podemos utilizar o autoconhecimento pra diluir a carência, gostar de estar com nós mesmos. Como engolir o fato de querer ter uma relação num mundo onde isso esta mudando toda hora e as pessoas nao querem mais pq da trabalho, pq nao conseguem lidar com elas mesmas e nem com o outro ao mesmo tempo
Discordo. Construir é maravilhoso, não é pra gente não querer construir! ahahaha
Quando você está numa relação " profunda" no sentido de se entregar pra aquilo de fato, se entender, entender o outro e os dois, acontece um amadurecimento, crescimento incrível. Deveríamos querer mais isso, não ir pro outro lado...
Muito complicado isso de " usar o autoconhecimento pra diluir a nossa carência" pq acho que não se trata disso, como o Manu mesmo disse, cada pessoa lida com suas carências e necessidade de um outro de um jeito, uns mais, outros menos. Eu acredito que seja impossível diluir nossas carências, pois todos temos em vários aspectos e em vários níveis diferentes. E mesmo se tivesse, acho que não é por ai... Autoconhecimento não é sobre isso. E gostar de estar sozinho consigo mesmo ( que é um processo difícil pra muitos) não é diretamente relacionado com a diluição das carências...
@@amandasilvamarangoni boa!
Amanda sim, nao disse que é algo ruim, quis dizer que no mundo de hj queremos mt isso, como se dependêssemos disso pra sermos felizes. Mas sim, ter algo é mt bonito
@@brunorodriguessilva7486 dois sensatos hahahha amo esse canal
Acho que o Manu quis dizer foi: a ideia de construir algo te leva a pensar que ao final haverá algo pronto (construído). O que numa relação não é possível, pois nunca termina 😊
Nos perdemos no percurso relacional então!!! Kkkkk O duradouro nem sempre é sólido, passei 15 anos construindo uma estrutura frágil afetivamente. Obrigada por esse diálogo de hj 💞
O Manu todo engraçadinho nesse vídeo hahaha.
Adoro vocês
Eu amo vocês e parte da construção pessoal que estou fazendo em relação aos meus relacionamentos afetivos devo aos dois.. muito obrigado casalzão ♥️
Sobre ficar sozinho, um tio avô meu que já é falecido, morava em uma fazendo no interior do Pará, ele aparecia na cidade só para comprar sal, café e açúcar. Fomos saber que ele tinha morrido depois de uns 6 meses da sua última visita a cidade. O apelido dele era Chico sozinho. Eu vi ele apenas uma vez.
"construção de um processo relacional" foi a última frase do Manu, provando que construção talvez seja mesmo a palavra. Não chegaram em lugar nenhum com esse vídeo, e isso foi bom, faz a galera refletir, todo mundo quer respostas prontas
Pois é, passei 30 anos com a mesma pessoa, tive filho, comprei "as paradas", tínhamos muitas afinidades, debatíamos ideias sobre "quem somos nós, de onde viemos e para onde vamos" e... acabou.
Por quê?
Vcs são maravilhosos. Tenho conseguido olhar pra mim mesmo com muito mais atenção depois que comecei a assistir os vídeos. Sempre achava que tinha que dar um nome para as coisas. Por exemplo, definir que era gay, monogâmico, que estava numa relação "séria" me dava a ideia de que teria segurança, embora tudo isso me enchia de inseguranças.
Faço terapia e nunca tinha compreendido tanto o próprio processo da terapia como agora, e meus avanços têm sido incríveis nas últimas semanas.
Flor e Manu, obrigado! Compartilho os vídeos de vcs com uma amiga e estamos amando demais, sempre com o trocadilho "o Flor e a Manu" e "a Flor e o Manu" hahhahaha
Grande beijo a vcs!
Eu acho que a questão do tempo na relação "sexoafetiva" tem a ver com a "obrigação" da convivência. Amizade não tem obrigação de convivência, você não avisa que quer dar um tempo, apenas da uma "sumida" e volta e o amigo não está ali no seu pé pra te cobrar dos motivos que te fizeram sumir, porque você não tem um "contrato" com ele nesse sentido. Já a relação "sexoafetiva" pressupõe uma série de coisas que "sobrecarregam" a relação. Concordo que a falta de dedicação ocasionada pela falta de tempo é a razão do término de muitas relações. Acredito também que a relação como casal passa pela pela construção de patrimônio em comum sim (sou capricorniana 🤣). Mas hoje em dia as pessoas querem se realizar em todos as áreas e estão "atrasadas/ devendo" sempre em alguma área, que traz frustração e etc ...
Comentário confuso...hahaha
Adoro vocês 🥰
Acho que o problema das relações é exatamente essa pré-suposição, as pessoas não entram em relações pensando no que serão capazes de produzir com aquela pessoa, elas já entram com todos os seus ideais de relacionamento na mente e acabam se perdendo no meio do que é idealizado/sonhado e o que é real.
Sendo uma pessoa hétero e na minha vivência, percebo que a partir do momento que um casal se forma, muito se espera desse casal e isso também acaba sendo um peso.
Este video es un claro ejemplo de como la construcción de los vínculos, sean del tipo que sea, están en total crisis. Ese sentimiento de "no llegue a ningún lugar" al intentar entender como se construyen las relaciones hoy en dia es un poco lo que sentimos todes. Sus videos dejan muchas dudas, si. Y creo que eso es lo más interesante de verlos.
Tema para vídeo : comunicação não violenta no relacionamento amoroso /e sobre o acúmulo para si de palavras que o outro proferiu ao longo do relacionamento!
Aceitar a frustração do desejo acredito que seja uma das maiores frustrações das relações (num geral mesmo)
Legal ter outra pessoa, nós, seres humanos precisamos do outro, mas não necessariamente precisam ser relações afetivo-sexuais, né, Flor? Somos seres que realizam múltiplas relações.
Acho que as relações sexo-afetivas terminam mais rápido que as relações de amizade porque dentro de muita gente, e me incluo nisso, tem dois pesos e duas medidas essa história. Na amizade não tem um consenso de que é a relação que tu vai dividir a vida, conviver bastante. São relações completamente diferentes. Principalmente no campo monogâmico pq a relação com um amigo de longa data não envolve só ele, a gente não tem só ele como amigo, nem convive tanto assim. Não tem muito sentido comparar tais relações, pelo menos na minha opinião.
"construção não, você use o seu linguajar aí" kkkkkkkkkkkkkkkkkk as falas da Flor são as melhores
Tão legal ver como a relação de vcs mudou desde os primeiros vídeos até esse aqui. É uma parceria q admiro muito e q gostaria de ter um dia ❤️
Sobre construção e percurso, acho q ambos os termos me causam ansiedade no sentido de esperar que resultem em algo ou a algum lugar. Só queria me desprender da cobrança do tempo e viver o relacionamento sem esperar nada. Aceitando q ele é o q é no momento. Teria nome pra isso? Brisei?
Concordo demais!Muitas vezes me frustro por querer mais, experienciar o outro e muitas vezes não rola. Acho que os “combinados”/ “contratos” devem surgir de forma natural, o que muitas vezes não rola pq o “timing” / desejo nem sempre se conciliam.
Sem contar a bagagem que cada um trás
A flor falando de construção da relação trabalhada num vermelhão vivo é a minha religião! Te amo, Flor!
Importante buscar a construção de si, para aí então poder construir uma relação com o outro em sua plenitude.
O desafio é encontrar essa abertura que vocês, Flor e Manu, tem nos diálogos desenvolvidos em que ambos questionam e ajudam na construção do outro e assim da relação.
Acho eu.
Amei que leram meu comentário ♥
queria dizer que "onde vc chegou?" do Manu 14:44, nos rendeu na sequência os melhores momentos do vídeo. adoro quando a Flor fala verdades, esse momento dela "pronto, falei!": "tu não tá construindo nada, tu só comprou umas paradas." rsrs
Sinto muito uma pressa nesse percurso/construção de ter que ACERTAR. E falo de mim tbm. Preciso que esse seja o GRANDE PERCURSO AMOROSO da minha vida e aceitar que ele tbm não é e que talvez a gente tenha que partir pra outra construção fica difícil. Identifico muito essa frustração em mim e nas pessoas ao meu redor. Percursos que precisam ser eternos. Mas só pq o percurso teve um fim não quer dizer que ele valeu a pena ou tu não aprendeu um caralhada de coisa pra colocar na construção da tua relação contigo e com o outro... COMPLEXO
É, essa pressa em ver a obra pronta é complexa... É a nossa idealização que, inclusive, vamos transferindo de pessoa pra pessoa.... E como disse o Manu, quanto mais idealização, quanto mais descompasso, mais frustração no percurso. Mas, cá pra mim, o percurso é a relação.
Meu Deus, vocês são uma das melhores coisas no meu domingo e estão definitivamente aliviando o fardo dessa quarentena. Obrigada por existirem. ❤️
Flor!!! É sempre essencial lembrar da não monogamia machistada!! Maravilhosaa!!!
Amo os vídeos confusos de vocês, porque eles acompanham minha linha de raciocínio! 😌
Manu:"Pq sou gentil" Flor:" ah fala sério" 😂😂😂😂😂😂
Hahahahhahahahaha
muito bom
Estou a quase três anos divorciado, tô curtindo demais está acompanhado por mim.
Não sei se algum dia terei de novo energia pra viver um relacionamento amoroso.
Tô curtindo o amor das amizades!
“Você é uma pessoa difícil mesmo”. Kkkkkkkkkk
Hoje vcs estão ácidos um com o outro! Kkkkkkk... coincidentemente eu e meu marido estamos assim hoje tbm. 🤣
1:15 - Um momento de perfeito alinhamento entre vocês dois.
só eu achei que o vídeo me deu muitas questões interessantes mas não falou sobre o que acontece com a construção da relação? o que é ter um percurso relacional afinal? e como saber se você tá percorrendo algo sozinhe? como lidar com as frustrações dos desejos? como enxergar o outro, respeitar que o desejo é diferente e como saber lidar com isso em relação aos nossos limites? como saber que o que você tá aceitando é o outro com as suas particularidades ou apenas cedendo pra manter algo que você idealizou? como saber o que é o outro e não a idealização do outro? e nesse entendimento do seu próprio desejo e vontade, como respeitar esse entendimento sem sentir que está correndo atrás de uma ilusão e desperdiçando relações que podem ser boas e proveitosas ainda que não te ofereçam o que precisa e quer?
alguém ajuda?
oi, Mila. 2 anos depois li seu comentário e achei excelentes seus questionamentos. Talvez a resposta que surgiu na minha cabeça, conforme fui lendo as perguntas, é a de que a relação é quem vai te dar essas respostas. Não tem uma fórmula de como as coisas vão acontecer e como você vai fazer caso X seja Y. Enquanto você se relaciona, você vai saber se está ou não se relacionando sozinhe, vai aprender a lidar ou não com as frustrações dos desejos, e assim por diante. Isso tudo vem como consequência da relação em si, que acontece paralelamente. Deu pra entender? Espero que sim. Eu também me questionava as mesmas coisas até encontrar as respostas enquanto estou me relacionando. E aí vão surgindo outras questões também, e a gente vai se situando junto com o outro. Sempre junto com o outro, afinal, é de relação que estamos falando. :)
Uma das minhas hipóteses, nesse percurso relacional muitas das vezes construímos intimidade e não a convivência diária entre as relações e eventualmente seus problemas. Após a quarentena eu percebi como eu construí uma idealização de cada pessoa que convive comigo na mesma casa. E como a real convivência abalou muito a todos. Apesar de agora está tudo bem, kkkkkk.
Voto no termo "amor hiperlink" 🖤
Tenho pensado muito nisso, sobre o quanto a gente (não querendo totalizar, mas generalizando) cria a ideia de um amor pra vida, aquele com quem vamos construir a relação ou patrimônio e afins. Percebo que, se nos meus relacionamentos sexo-afetivos, eu tivesse insistido nesse amor pra vida, teria perdido a oportunidade de aprender com os outros relacionamentos. Digo, a única relação realmente permanente em nossas vidas é a de si consigo mesmo. Ela é a na qual podemos efetivamente aprofundar e o Outro, nesse caso, vem como co-participante, estímulo, ferramenta (não no sentido de pessoa = objeto e sim sujeito - ferramenta). Acho que o "amor hiperlink" é aquele no qual vc vai construindo a relação consigo mesmo ao longo da vida com suas parcerias, esses "arquivos"/links que expandem, ensinam, agregam, saem, dão voltas, e todas as outras possibilidades que compõem e dão sentido à rede complexa da vida.
O tipo de entrega, troca, convivência, conflitos, cobrança e expectativas, são completamente diferentes em uma amizade e em um relacionamento afetivo romântico. Não tem como comparar.
As relações nascem, crescem e acabam. Isso é uma construção durante o percurso.
Manu muito espirituoso... Ótimo!
Tô com a Flor, esquece esse negócio de percurso relacional... Kkkkkkk vai de construção mesmo. ❤️
Eu acho que as relações que são sexo afetivas acabam bem mais rápido do que relações que não são, pq quando elas batem de frente com as questões, diferenças e crises do outro, o choque de perceber que a pessoa nao é o que vc esperava ou queria cega as pessoas a ponto de acabarem e irem atras de alguém que supra tudo o que a pessoa quer ou espera. Como o manu falou: idealização do outro.
Ninguém mais quer ouvir, entender, compreender e ceder pelas relações! Poucas pessoas procuram CONSTRUIR a relação, e creio que a escuta ciente e a fala sejam a chave das relações (todas elas e nao so sexo afetivas)
Manu vc tem toda razão : não é todo mundo que está numa relação que quer construir coisas, e digo isso com muita dor. Construir pressupõe milhões de coisas neste cruzamento de existências. Escuta, abertura de convicções, ceder, rever-se, reorientar sonhos e planos, ajustar expectativas.... o que por sua vez implica necessidade de revisão constante de si mesmo e disposição pra isso!!! e infelizmente não é fácil encontrar alguém com estas disposições... e quando um quer e o outro não é muito dolorido. No caso, seria na verdade um flerte com o autoritarismo. E também o fim da relação eu acho. Porque senão estaremos falando de um uma relação em um lugar de subordinação do desejo porque em geral ocorre de modo unilateral: se um não quer construir e o outro quer, não faria sentido para este que quer manter- se nesta relação. Mas nem sempre conseguimos sair. Daí pulamos para outros vídeos do tipo: o o que vc está fazendo aí? E tantos outros. Obrigada. Beijos carinho para vocês. 🌹
Sempre que o Manu complefixica as relações afetivas com o sistema de produção, o capitalismo, eu só consigo pensar que eu quero muito ler o livro recém escrito
Gostei do percurso relacional.
“To achando bonito o que vc tá falando” hahahah amo essa flor 🌷🥰
Estou maratonando esse canal como quem tá engolindo o mundo...
Maria flor é massa !!!
Eu amei esse vídeo! Vou assistir ele de novo depois (até pq meu lindo nome foi citado). Kkk mas tbm porque acredito nisso e entender sobre isso me ajuda até tirar o peso da pressa de se relacionar, do ter que dar certo, etc.
Muita coisa pra pensar. Acho que as relações tem cada um sua complexidade mas o que tem em todas elas são pessoas e se a gente não for capaz de aceitar ou procurar entender o outro, não teremos nunca um percurso relacional ou uma construção a dois.
Tenho um desejo há alguns anos de construir um percurso relacional (para contemplar aos dois) onde possamos viver intensamente a relação e as individualidades. Experienciei algumas tentativas disso. Acredito que a não-monogamia foi uma resposta interessante para a minha forma de estabelecer relações. Sinto dificuldade em encontrar pessoas que queiram ter como base os mesmos princípios que eu. Como a Flor colocou algumas vezes em outros vídeos, a não-monogamia é um pouco muito assustadora hehe
A primeira vista é muito interessante e atrativa uma proposta de experienciar a vida juntas de uma forma que diverge da norma, inclusive por acreditar que as pessoas estão cansadas ou sufocadas pela norma. Apresentar essa possibilidade a elas é como jogar uma tábua de salvação. Mas dá medo. A gente já tá conhecedora do formato padrão, sabe como reagir a ele (e nem sempre!), não precisa investir tempo e esforço real pensando novas estruturas... É só seguir a onda, esperar a próxima grande insatisfação e mudar de objeto relacional.
A minha inquietude mora na seguinte questão: onde fica o sujeito? Onde as subjetividades se encontram? onde os desejos se completam ou de anulam?
Para mim a ideia de família e relação pautada no material, casa, carro, cachorro, filhos, férias pra não sei aonde, cruzeiro para lidar com a crise... Não funciona. Porém, entendo que parte do processo de estar junto é pensar futuro. Se não houver valorização dos tempos, passado, presente e futuro, com a pessoa ou as pessoas não faz sentido estar. Planejar, sonhar, prospectar faz parte na mesma medida que viver cotidiano. Quero dividir minha existência com pessoas que sonhem, por elas e junto comigo. Não entendo isso como utópico, pois isso se dá tanto no campo afetivo de relações amorosas, quanto das familiares, das amizades, até mesmo em algumas relações virtuais com pessoas totalmente estranhas a nós - às vezes leio comentários ou postagens de pessoas sobre seus sonhos e quereres e vibro junto para que se realizem. Faz parte do estar nessa sociedade, para mim. Ingênua? Não sei. Não sei muita coisa. Não sei nem aonde essa comentário vai dar hahahaa
O fato é que acabo experimentando muito a solidão também por não estar vinculada mais a esse molde de família ou relacionamento padrão. Quase chego a querer desistir e entrar de novo no espaço que estaria destinado a mim nessa grande colmeia. Esperar minha tampa de panela, fazer nossas panelinhas, montar nosso paneleiro, sair fora quando no me couber mais lá ou estar infindavelmente dentro desse armário. Quase...
O mais interessante desses novos formatos de se pensar as relações está vinculada a possibilidade de não se encerrar em nada, de ser flexível aos cenários, de pensar encaixes. Pensar a não-monogamia ou a bissexualidade (que é o meu caso tbm) não me limita a não viver um relacionamento hétero bastante normativo. Mas o oposto, porque viver esse relacionamento por um tempo ou pela vida toda não me mudará, será apenas o rótulo pelo qual nossa relação será lida. Eu seguirei não-monogâmica e bi. O mesmo se eu estiver com um mulher de agora para o resto da vida. Ou se for um trisal ou se for um poliamor... Qualquer que seja a relação, a família, a vida. Eu seguirei sendo eu. Mas eu só sou na relação com outres. Assim entendo.
Mas "respondendo" ao vídeo e encerrando essas divagações aqui... Acredito que relações se constroem, que o conceito de família influencia muito, que o sexo é um fator determinante do querer estar junto e que pode atrapalhar alguma relações inclusive por isso, que as pessoas tem estabelecido outras medidas de tempo e o imediatismo tem desestruturado relações e que o meu narcisismo me faz acreditar que eu sou capaz de fazer diferente e viver um percurso mais saudável, prazeroso e cuidadoso.
Obrigada pelos mergulhos desse domingo! Beijos
Percurso...gostei! Construção faz pensar em começo, meio e fim. Percurso é o trajeto que pode ou nao terminar , ou terminar e recomeçar...IMPERMANÊNCIA! Que é real, e muitas vezes bem vinda.
Ótima ideia essa do video sobre como as estruturas familiares hegemônicas produzem os conflitos no mundo ... Produzem tb a forma como organizamos nossas moradias, como vamos desejar ...
Mano eu amo esse casal perfeição de vídeo, perfeição de assunto. Agora parando parei pra pensar se estou tentando "construindo" um relacionamento, ou estou em percurso?
Depois do vídeo anterior, em que vcs falaram se o termo "construção" era apropriado, fiquei pensando que é, sim. Não vi do jeito do Manu, como se fosse uma coisa exterior. (vou dar uma viajada, tá? rsrs) Pensei na música que diz "tá vendo aquele edifício, moço...", do Zé ramalho, em que o operário não consegue desfrutar do resultado do próprio trabalho... no caso da relação, a "construção" seria uma coisa bem justa porque é experienciada por quem constrói, antes, durante, depois... sei lá, tô só elucubrando rsrs
interessante seu ponto de vista, faz sentido, mas me parece ( pelo meu ponto de vista) que construção dá um sentido de que no fim algo será terminado, sólido e concluído. A relação entre pessoas pode ser infinita, não existe uma linha de chegada em que tudo se conclui e se acaba. É assim que penso...
Acho incrível como vcs fazem a ligação entre o sistema econômico vigente e as relações de afeto, sexual ou não. Penso q tem tudo a ver.
Estou vendendo os vídeos de vcs dois e do Manu só agora, e não consigo parar, são ótimos e me fazem refletir, minha quarentena fica mais interessante com vcs ❤️
Eu gosto de ficar sozinho e em silêncio, mas tem hora que a gente precisa do outro. Eu acho que gostar de estar só é uma forma de fugir do sofrimento. De fugir das complicações da vida. Nem ficar sozinho é uma coisa simples. Mas confesso que está sendo bem mais fácil pra mim ficar isolado nesta quarentena.
Não tenho capacidade para discutir os assuntos dos vídeos, que a proposito, são muito pertinentes... PORÉM, não posso deixar de ressaltar que a dinâmica de vocês nos vídeos é sensacional.
esse é, definitivamente, o vídeo + importante da história desse canal!
Família é muito mais do que o convencional. Pode ser bem amplo mesmo. Acredito que pode ser 3/4/5 pessoas criando uma criança ou qualquer outra coisa.
O vídeo pra mim me pega no minuto 27m15s. A fala do Manu é perfeita. As relações no início chega nessa encruzilhada e muitas vezes não sabemos lidar.
Eu estive em um relacionamento homo por 7 anos. Vivi muitas coisas maravilhosas e percebi que no ultimo ano houve perda do interesse por mim. Estou sofrendo muito com o termino mas com este vídeo pude entender mais .
Acredito que só vamos chegar a alguma solução para esses e outros problemas com respeito nas relações(pensando em relações não sexo afetivas), acredito que a internet contribuiu ainda mais para percebermos que vivemos em rede e cada relação te ajuda a aproveitar melhor o seu tempo, que é aquilo de mais precioso que temos, vivemos de maneira interdependente, de modo que não podemos ser bons em tudo e dependemos de outras pessoas para que possamos ser bons naquilo que podemos ser. Acredito que o sexo seja o ápice da comunicação e escolher uma pessoa para estar junto, é escolher a melhor pessoa para lidar com os seus defeitos, mas não existe uma pessoa pronta, a relação é um aprendizado e cada um melhora com o tempo. Enquanto o sexo for um exercício de prazer e não de empatia tem tudo para dar errado.
A diferença entre a "durabilidade" de uma relação de amizade e de uma relação afetivo-sexual está na demanda de investimento de tempo e emocional. Uma amizade, por maior que seja, pressupõe uma individualidade muito maior, o que permite a superação dos reveses mais facilmente. Na relação afetivo-sexual, há questões que são insuperáveis quando se coloca na balança o tanto de nós exigido ali. É quando se conclui que não vale a pena.
Não acho que a não-monogamia seria necessariamente uma solução, mas o princípio que está por trás dela talvez: o reconhecimento mais pontuado da individualidade, nossa e do outro, no sentido que não sermos tão sugados por aquela relação. Mais leveza, creio.
Acho que um bom tema de vídeo seria essa relação entre relação, companhia ( de si mesmo e/ou do outro), redes sociais e loucura. Acho que o que define nossa sensação de loucura (e não a loucura efetivamente) é justamente a proximidade do outro e não o número de horas que se permanece só ou o número de likes que se dá ou se deixa de dar. No passado havia famílias numerosas, mas não necessariamente relações de qualidade (se é que podemos avaliar a qualidade de uma relação a não ser quando ela consegue o feito de fugir do sadomasoquismo em sentido amplo). Os momentos consigo mesmo são preciosos. Estou descobrindo isso nos 39 do primeiro tempo (se a COVID for camarada) e experimentando um pouco da sensação de não me sentir obrigado a me relacionar com os outros para fugir da companhia de mim mesmo. Tocar a si próprio é um exercício muito bom para que os cinco sentidos façam mais sentido na relação com o outro. Com relação aos likes, acho que, no futuro, vai-se perceber que dar likes é uma forma de incentivar, de alavancar os projetos dos outros. É algo análogo ao que acontecia no surgimento dos livros impressos em que as pessoas imprimiam um livro e mandavam com correspondência para outras pessoas pra ajudar o pensamento de um escritor a se projetar. Apesar de o mundo ser cão, existe muito dessa gentileza gratuita, anônima e diluída no solo desértico da "realidade".
A cara da flor bebendo o chá é ótimo..... Papo aberto desses dois....amoo
O Manu estava muito "crica", chatildinho no começo... e a Flor quebrou o Manu hj. Foi mto bom o vídeo
As reações da flor me fazer rir tanto, nunca me tão parecido com alguém desse jeito. A identificação bate forte aqui viu....
Adoro meu percurso relacional com vocês! Me fazem pensar muitas coisas. Meu canal preferido ❤
A mútua troca de olhares de aprovacao e reprovacao do que se é dito reflete bem o tema proposto da construcao do percurso relacional 💛
"Nada é justificativa pra tudo." É isso aí!
sobre o novo amor, ainda sem nome, acho que (apesar de muitas possíveis linhas de pensamento e, por que não, de amores) um deles me chama atenção e resulta da soma entre: a já característica "natural" humana de, no fundo, acreditar que seus desejos deverão ser sempre satisfeitos; e a atual supervalorização da ideia (completamente distorcida e descontextualizada) de amor-próprio. Ou seja, a não compreensão real do que é o se dar amor (a disposição em se entender caótico e buscar meios e ajustes pra se sentir menos desconfortável em quem se é, e até ver graça nisso) somada à característica já "natural" e egoísta de acreditarmos que temos que ser, pelo outro, satisfeitos, e à nossa maneira, acredito que é essa soma que gera hoje um "amor-singular" - não no sentido lírico, mas no que independe do outro, do plural, pra acontecer, "a outra pessoa que se vire se quiser me acompanhar". E assim não é possível dar vida a qualquer percurso relacional.
"Eu vim pra confundir. Eu não vim pra me explicar. " Flor ou Charlie Brown JR?
Hahahahah
Uma coisa que eu queria ouvir vocês falando é sobre feridas dos relacionamentos passados e como conviver com isso dentro dos novos relacionamentos. Tipo, quando a gente foi muito magoado em um relacionamento e aí tem aquela sombra nos novos relacionamentos, "fulano me magoou e agia exatamente assim, será que eu to indo pelo mesmo caminho? será que esse outro vai fazer igual?", é quase como um trauma, querendo evitar a repetição daquele sofrimento e acho que isso estraga um pouco as novas relações, mesmo tendo entendimento de que são pessoas e relações diferentes.
Eu acho super importante ter um repertório comum na relação.
Eu AMO essas banalidades que a flor fala algumas vezes, tipo coisas que n tem a ver com o vídeo mas que mostram um pouquinho mais de quem vcs são ou conta alguma vivência de vcs! Me sinto mais próxima kkkkk ❤️
Maravilhosos! O mundo precisa refletir sobre isso.
Adorei o ponto de vista da Flor sobre a questão de estar em relação, eu acho que sim, pois as relações permitem através do convívio, não necessariamente diário, a possibilidade de troca de afeto e por consequência o amadurecimento afetivo. Através do convívio, eu consigo me enxergar e enxergar o outro.
Achei lindinho ele querendo criar a teoria dele sobre as relações humanas!
claro q tem respostas pra tudo, meditar por exemplo e uma delas, arte, enfim, tem muitas boas... achoo so, bj
Adoro quando são vídeos mais longos! :D
Tão bom que vou assistir muitas vezes para absorver todo o conhecimento
Eu acho que pode ser normativa, quando as duas pessoas envolvidas buscam e se entende bem dentro das normas. Porém acredito que com cada pessoa construímos uma relação, se conseguirmos quebrar a casca da projeção/idealização e aceitar o outro como ele é, sem tentar mudá-lo. Vejo muito que as relações se pautam em querem mudar o outro.
E é justamente o que a Flor falou de construir a relação sendo e vendo a vulnerabilidade em si e no outro, para que juntos podemos ser nosso potencial e não menos do que éramos quando solteiros! Claro que uma relação não é para um ser terapeuta do outros, mas que possamos tirar o véu e permitir que o outro nos veja e primeiro nos aceite, e depois inclusive nos ajude a ver coisas em nós que nem mesmo vemos. Inclusive isso pode acontecer em todas as relações: amorosas, de amizade, de trabalho, familiar, etc.,
Mas como conhecemos muito pouco de nós mesmos, inteligência emocional, CNV (e qualquer outra ferramenta/técnica de autoconhecimento e para relacionar-se), e quase impossível ver o outro de fato! É mais fácil ficar nas projeções/idealizações.
Agora uma coisa que eu também percebo é que se espera que tenhamos tudo satisfeito de uma única pessoa (relacionamentos afetivos) que o seu namorado, boy, marido whatever tem que te preencher em todos os sentidos: ser seu amigo, conversar sobre tudo, gostar das mesmas coisas, querer as mesmas coisas.... ou vice-versa, a questão é que alguém vai ter que se anular para atender o outro! A grande questão que cheguei é que 1º devemos saber o que queremos, depois verificar quais relações que já temos que nos nutrem nesse lugar, e então, ao buscar um relacionamento afetivo, focar no que ainda te falta! Será esse um caminho?
"Pq eu sou gentil" que homem mds 😍
Eu precisei parar de ver aos 21:45 min, para não esquecer do que pensei durante as falas de vocês sobre "construção". Então, caso eu pareça óbvia ou repetitiva, é porque talvez vocês já tenham dito sobre no restante do vídeo. (Só saberei depois de escrever rs).
Então, eu vou tentar primeiro desenhar o que pensei e depois explicar.
Imaginem dois muros sendo construídos. Em dois terrenos distintos, porém vizinhos. Cada um nasceu de uma família. Eu sou um muro, o outro é outro muro.
A base, de ambos os muros, foi feita por um pedreiro muito amigo de suas respectivas famílias, que fez o melhor que pôde diante das condições que a família apresentou naquele período.
Mas aí a família se mudou e o tempo foi moldando os dois muros. Chuvas, pixações, desenhos, ventos, sol.Enfim, vários fatores moldaram os dois. E aí um belo dia, eles se notam, percebem um ao outro, as imperfeições, as qualidades, a beleza, e resolvem estarem juntos, somando força, apoiando o outro ao lado, e crescendo juntos. Cada qual na sua individualidade, cedendo um tijolinho aqui, um cimento ali, às vezes até uma "escora" que não submeta o outro muro a queda, e aí crescem juntos. Um do lado do outro. Compartilharam uma vida juntos, sem "abusos relacionais" (e aqui temos um termo que eu criei agora) e o único fator que poderia destruir a ambos ou derrubar (sentido de morte ou ausência) seria o TEMPO. Se um cair, o outro sentirá sua falta. Mas sua essência enquanto muro, permanecia ali. O que construiu junto, tá ali. Nele. Sozinho. Na sua individualidade. Ele amava o outro. Mas estava de pé. Foi uma relação sadia, ficou a saudade sem dor. Boas lembranças.
Agora imaginem dois muros não paralelos como esses dois, mas lineares. Construídos lado a lado. Cada qual de um lado, um iniciado á direita, outro á esquerda, e em algum momento, eles se encontraram, e aí construíram juntos, unidos. O tijolo que pertence a mim, pertence a ele também e agora somos um só. Sol e chuva juntos, ali felizes. Mas aí, de repente, o outro tem um buraco ali que precisa ser consertado porque o pedreiro da família deixou faltando e agora ele quer que o outro muro dê um jeito de tirar um tijolinho só de si pra tapar esse buraco. E aí, tudo bem pra ele, ele ama , cede. Mas esse buraco parece que ficou maior. Parecia pequeno daqui, agora meu tijolo já não cabe na abertura que tinha. Não temos o mesmo tipo de tijolo. Somos diferentes. E aí a gente descobriu junto, olhando mais de perto, que o buraco existe apenas porque eu tentei tapar um muro com o meu tipo de tijolo e as medidas não batem. Só daria certo se eu tivesse usado o mesmo tipo de tijolo.
Resumindo: o outro é um companheiro (não gosto deste termo) no percurso relacional, um apoio, um provocador de consciência, alguém que é diferente de mim, mas se eu tiver amor próprio, se eu me construí com o que tenho de melhor de mim mesmo, eu não cobro do outro, eu não espero pelo outro. Eu respeito a mim, respeito o outro, a forma como ele foi construído e como ele quer se construir ainda. Eu respeito a individualidade dele. Eu o admiro do jeito dele. E mesmo achando que, talvez, a tinta azul não lhe caia bem, ou pode danificar sua estrutura, eu entendo a sua escolha, respeito mesmo sem entender e se, por ventura, ele vier a cair, eu estarei do lado. Serei apoio, mas não precisarei cair. Ele vai se reconstruir. O meu amor é suficiente. Porque ambos se respeitam.
Sabemos que não é perfeito na prática. Mas se entendemos, já fica mais fácil buscar.
A construção do relacionamento ela pode sim ser conjunta, mas precisamos lembrar que, na verdade, na nossa vida, estamos sempre construindo a nós mesmos.
Desculpem se ficou confuso. Não sou pedreira, nem engenheira, nem nada do tipo. Sou alguém que está aprendendo a notar a si, os meus tijolos, para construir a mim mesma da melhor forma que posso. E se não cheguei a lugar algum com esse texto é porque sou como a Flor, não é pra chegar mesmo.
Obrigada pela paciência e pela atenção em ler tudo isso.
Abraço.
Nao sei gente... sobre relacoes nao sexoafetivas... quantas pessoas passam pela nossa vida e quantos amigos ficam? Quantos colegas de escola a gente teve e só um amigo sobrou para 20/30 anos de amizade? No aspecto nao sexual, nós interagimos com muito mais gente e, proporcionalmente, fracassamos imensamente porque sao poucos os amigos (amizades reais) que ficam. Será que nao estamos supervalorizando a necessidade das relacoes serem longas? Temos 500 colegas de escola do primeiro ao oitavo ano do ensino fundamental e sobram qnts para a vida futura? Acho que o percurso relacional tem os mesmos conflitos nas relacoes sexoafetivas, afetivas ou só sexuais. O que muda é que nas sexoafetivas estamos mais vulneraveis e pela proximidade os conflitos sao mais intensos. Contudo, nao dói igualmente divorciar de um amigo? Traição de amigo não dói muito mais? Nao sei se toda essa necessidade de falar sobre as relacoes socioafetivas nao venha tambem da imposicao social de que todos precisamos casar, ter filhos e o sucesso só existe quando voce está num envolvimento amoroso. Nao é possível ser uma pessoa bem sucedida, solteira e ter amigos? Enfim... acho que precisamos parar de focar na necessidade de ser um casal (de qualquer genero).
Amo o canal de vocês, estou crescendo muito e errando também e se eu errar está tudo bem!!! Flor desde quando vi você numa novela , achei você com uma luz e um brilho em cena incrível, estudo Teatro é falta apenas um ano para me formar espero ter a ooportunidade de atuar ao seu lado.Manu adoraria tomar um café e conversar horas com você. Vocês formam um casal incrível é muito mais muito real beijos. Prazer Mauricio Velit