Orquestra Típica Portuguesa (Belo Marques) - Marcha Ribatejana (António Gavino)

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  • Опубликовано: 5 авг 2018
  • Esta gravação data de 1954, foi efectuada em Lisboa, e pertence à Face B do disco de 78 R.P.M. editado pela “Estoril” com a referência “D 18527”, em que a Orquestra Típica Portuguesa, sob a regência do maestro e compositor José Belo Marques, e com a identificação de “Orquestra Tipica Estoril O.T.P.”, interpreta dois números musicais portugueses, que são “Cantares do Pastor” e “Marcha Ribatejana”, a marcha que escutamos agora.
    Esta “Marcha Ribatejana” é a obra-prima do compositor e maestro António Gavino, de seu nome completo António Máximo Gavino Simões do Couto.
    nascido em 18 de Abril de 1923 na Golegã, autodidacta musical, predestinado para o fabrico melodioso desde sempre, faz parte do Orfeão Scalabitano no ano de 1941, onde se constitui um Quarteto Vocal composto por ele, António Alfaiate, Casimiro Silva e Mário Clemente, este último que cantava para a Emissora Nacional.
    Começa a escrever música para algumas letras que lhe apresentavam, e dirige o conjunto “Os Rambóias”, para o qual também compunha, e que em 1944 ganhou o 1º Prémio de “Artistas Ligeiros” da Emissora Nacional.
    António Gavino dedicou totalmente a sua predilecção musical à música popular portuguesa, a quem prestou grande contributo, e onde foi extremamente dinâmico e empreendedor.
    Em 1946, é responsável pela fundação da Orquestra Típica Ribatejana, integrada um ano depois no Orfeão Scalabitano, e renomeada nos anos 60 como “Orquestra Típica Scalabitana”.
    Com esta marcha, António Gavino imprimiu à orquestra o seu cunho pessoal, a filosofia de um estilo, tendo conseguido a continuidade da música popular e regional do Ribatejo, a par do Rancho de Almeirim ou dos grupos de dança regional de Celestino Graça.
    Nesta 1ª gravação oficial da “Marcha Ribatejana”, é anunciada no disco como sendo da autoria do fadista Gabino Ferreira (“G. Ferreira”), que na verdade, segundo informações recentes, só foi responsável pela estilização da marcha em questão para a Orq. Tip. Portuguesa.
    Em 1955, a Orquestra Ligeira deu-lhe a seguinte instrumentação: 1º Clarinete / 1º Oboé / 1º Saxofone contralto / 1º Trombeta / 1º Trombone / 2º Saxofone Contralto / 2º Saxofone Tenor / 2º Trombeta / 3º Trombeta / 4º Saxofone Tenor / Acordeon / Bateria de jazz / Contrabaixo / Flautim / Guitarra / Partitura / Piano / Viola baixo.
    Em 1963, foi estilizado para Rock pela banda "Os Titãs" e depois em 1967, foi gravado pelo acordeonista Filipe de Brito na "Decca".
    Em 1982, foi regravada pela Orq. Tip. Scalabitana na mesma marca, com letra interpretada pelo seu Coral, e em 1993, no álbum “Marcha Ribatejana” em formato instrumental, que em nada fugiu à estilização de Gabino Ferreira, tirando a qualidade sonora dos instrumentos ser visivelmente diferente dos instrumentos da Orq. Tip. Ribatejana.
    O compositor desta marcha continuou em actividade franca, fundando em 1955 a Orquestra Típica de Rio Maior, e um ano depois, com Belo Marques, fundou a Orquestra Típica e Coral de Alcobaça, dos quais foi regente até 1961, ano em que parte para Moçambique, para dirigir a Orquestra Típica do Rádio Clube.
    Em 1965 foi considerado o Melhor Compositor do Festival de Imprensa de Lourenço Marques, em Moçambique, e no âmbito da independência de Moçambique, Gavino regressa a Portugal, e volta a dirigir a Orquestra Típica Scalabitana, e em 1981 já se encontra a trabalhar na Coral e Orquestra Típica de Rio Maior.
    Em 1983, a Orquestra Típica Scalabitana, sob a sua direcção, actua pela 1ª vez na RTP, no programa “A Vez e a Voz”, acompanhando Tonicha na execução do “Vira da Rapioca”, e executando como tema de genérico inicial a “Marcha Ribatejana”, “Olha o Velho” e “Do Lado de Cá do Tejo” no final.
    Em 1992 e 1993, grava para a “Movieplay” dois CD’s com a Orq. Tip. Scal., que ainda se encontram à venda nos mercados habituais.
    Em 1997, entrega a gerência da Scalabitana ao maestro Jorge Costa Pinto, e dedica-se totalmente à Coral e Orq. Tip. Rio Maior, que passa a dirigir até ao seu falecimento, ocorrido aos 82 anos a 21 de Junho de 2005.
    Além desta Marcha e “Do Lado de Cá do Tejo”, também providenciou as obras musicais “Senhora do Sameiro” em 1947 para Maria de Lourdes Resende, “Futuro” em 1952 para Maria Fernanda Soares, “Borda d`Água”, “Quando havia milho-rei” e “Lezíria Verde” em 1985, “Derriço de Campino” e “Baile da Adiafa” em 1991.
    Esta gravação original da “Marcha Ribatejana” foi reeditada em vinil no 5º disco da série de 45 R.P.M. da “Estoril”, juntamente com as canções “Há Festa na Mouraria” de Tristão da Silva, “Variações em Mi Menor” por Casimiro Ramos, e “Maria Morena” por Tristão e o Coro Feminino da E.N., e depois na compilação “Minha Aldeia (Orquestra Típica)” da marca “Estoril”, lançada em 1992 pela Discoteca Amália, em formato CD, já desaparecida do mercado, e que consegui ter acesso graças ao meu querido amigo Cesário.
    Espero que gostem.

Комментарии • 8

  • @humbertomartins7811
    @humbertomartins7811 2 года назад +4

    É o nosso Ribatejo lindo nós morremos mas está marcha é interna

  • @fernandopires5155
    @fernandopires5155 5 лет назад +6

    Magnífico. Obrigado por fazer recordar esta maravilha da música portuguesa.

  • @folkibero
    @folkibero 6 лет назад +7

    Trata-se simplesmente de uma das marchas mais belas que conheço. Sinto tanto prazer em escutá-la como quando escuto a Marcha Turca de Mozart ou a Marcha de Radetzky de Strauss só para citar duas das marchas mais populares do mundo. Afirmo-o por gosto exclusivamente musical e não por qualquer tipo de provincianismo apesar de ter nascido no Ribatejo.
    Bem haja o Miguel Catarino por divulgar esta marcha e a minha homenagem ao grande maestro António Gavino pela sua vasta obra coroada, creio que indiscutivelmente, por esta maravilha musical.

    • @RDZ-RadioDifusaoZonofone
      @RDZ-RadioDifusaoZonofone  6 лет назад

      Concordo contigo, plenamente. Não é provincianismo nenhum nem aficion exagerada do Ribatejo. É realmente por gosto musical, pois nessa matéria, esta marcha tem a mesma categoria de outras marchas, como as citadas, as de Lisboa, as de Alcácer do Sal ou as do Porto.
      Bem haja a ti também, pelo excelente comentário enviado. Um bem-haja a António Gavino.

  • @rodriguesyvonne7122
    @rodriguesyvonne7122 6 лет назад +3

    Maravilhoso....🍃👏🍃👏🍃Muito.. Obrigado... Felicidades 🍃🌹🍃🍀