ESTRESSE - Razão de ser do estresse // GESTÃO ADEQUADA DE CONFLITOS

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  • Опубликовано: 6 фев 2025
  • ESTRESSE
    Razão de ser do estresse
    Numa investigação realizada por Selye, no ano de 1948, foi aplicado o termo estresse como a pressão exercida sobre o indivíduo em forma de carga de energia superior à sua capacidade de resistência emocional, que produz distúrbio de conduta.
    Desse modo, qualquer tipo de carga, pressão ou força que se vivência, passou a ser considerada como passível de natureza estressante.
    Essa carga não tem uma característica isolada, mas pode ser considerada como a soma de fenômenos e ocorrências não específicas, que se pode manifestar como prejuízo ou defesa.
    Apresenta-se em localização especial, quando se trata de um problema orgânico, ou de maneira geral, em forma de síndrome, resultado de diversas coerções que não são liberadas.
    Numa sociedade competitiva e angustiada como a atual, o fenômeno do estresse generaliza-se em razão do volume de compromissos, da escassez de tempo para os atender, da busca desesperada por melhores salários e comodidades, de divertimentos e de prazeres, dando lugar à ansiedade, produzindo culpa e desarmonizando a estrutura emocional.
    Essas ocorrências produzem neurastenia, cansaço exagerado, sucessão de problemas trágicos e perturbadores, que deságuam no comportamento que se desorganiza, gerando transtornos e distúrbios neuróticos mais graves.
    Por outro lado, quando se experimenta uma grande tensão para livrar-se do estresse, inevitavelmente o indivíduo torna-se-lhe vítima, porque essa também é uma forma de pressão, muitas vezes superior à capacidade de resistência emocional.
    Nesse caso, podem-se contabilizar as fugas dessas constrições, o distanciamento de qualquer tipo de ameaça, a negação para identificar o perigo, a luta contra o medo de acontecimentos danosos, gerando sobrecarga emocional que termina expressando-se como uma forma de estresse.
    Assim sendo, as atividades psicológicas positivas e desejadas, quando conseguidas, podem também transformar-se em fatores geradores de estresse, portanto, porta aberta a situações cansativas e desmotivadoras.
    A mãe que se afeiçoa ao filho e, na viuvez ou não, se lhe dedica com aferrado sentimento de amor-posse, que se completa emocionalmente através das realizações que ele lobriga, quando o vê crescido, avançando para a independência, para a ruptura do cordão umbilical, passa a estressar-se, a mergulhar no poço da existência sem sentido, porque todas as suas aspirações foram direcionadas para aquele mecanismo de autorrealização, de egotismo exacerbado.
    Mais terrível apresenta-se a questão, quando o filho - masculino ou feminino - procura a realização emocional e social através do casamento.
    Para essa mãe, a perda constitui um sofrimento estressante e devastador, que enfurece ou deprime, vendo, na pessoa que lhe arrebatou o motivo existencial, um inimigo que deve ser destruído ou, pelo menos, vencido, a fim de recuperar a sua segurança emocional.
    O funcionário que se entrega à empresa e, lentamente, passa a vivê-la com intensidade, acreditando-se indispensável, e vê-se, de um para outro momento, descartado, substituído por outrem mais bem-preparado, com novos recursos para aplicação, é tomado pelo estresse da amargura e tomba no fosso do desespero. Tem a impressão de que a sua existência perdeu a razão de ser vivida, porque centrou no trabalho a que se afeiçoou todos os interesses e motivações pessoais.
    Quando, porém, a morte arrebata o ser querido, sem que tenha havido uma preparação psicológica para o fenômeno do falecimento dos órgãos, é inevitável o transtorno gerado pelo estresse da pressão interna do sofrimento, que parece impossível de ser suportado.
    A existência humana apresenta-se portadora de um elenco de quase infinitas possibilidades que devem ser experimentadas, a fim de tornar-se digna e merecedora de ser vivida saudavelmente. O ego, no entanto, estabelece os seus parâmetros e assoberba-se de ilusões e de posses mentirosas que a realidade se incumbe de desfazer, porque sem estruturas legítimas, fundamentadas em quimeras, em perturbações e sonhos infantis não superados pela idade adulta.
    O aprofundamento da identificação da autoconsciência faculta a valorização do Si-próprio (Self), ampliando a esfera de aspirações e de metas que devem ser realizadas.
    As experiências sociais e humanas, os desafios e dificuldades, as lutas e desacertos não deveriam constituir força estressante, porque têm por objetivo amadurecer a capacidade emocional, fortalecendo-a para embates mais vigorosos que devem ser travados até o momento da completude.
    Cada experiência existencial converte-se em valor emocional que se soma aos anteriores, propiciando crescimento pessoal e realização interior.
    Ninguém alcança patamares de equilíbrio sem passar pelos testes de lutas edificantes.

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