Depois de ter recebido o diagnóstico, entendi o motivo de alguns fatores na minha vida - muitos bastante problemáticos. Por exemplo: não consigo sair sem óculos de Sol, independentemente se o dia está nublado ou não, ou seja, uma sensibilidade extrema a luz, e se esqueço os óculos, fico com dores nos olhos. Lugares barulhentos, principalmente barulhos em tons mais agudos, é uma tortura pra mim - como ir a feira, onde preciso ir de fones de ouvido ouvindo música, porque os gritos dos feirantes cortam meus tímpanos. Minha energia se esgota facilmente, preciso comer regradamente de 3 em 3 horas, pois, como minha cabeça está sempre em um ritmo muito acelerado, mesmo que eu não esteja realizando tarefas de esforço físico, fico esgotado. Se eu não me alimento, fico sem energia nenhuma, com uma irritabilidade fora do normal, um incômodo ao redor dos olhos, olheiras, olhos fundos... Tem também a questão olfativa e do paladar. Por exemplo: as carnes de hoje dia, que viajam pelo país dentro de centros logísticos, levando muito mais tempos que antigamente pra chegar à mesa, justamente por produções centralizadas e geridas por poucas e grandes empresas do agronegócio. Quando a carne chega à mesa, ela já está meio passada, ainda que sutilmente possa se perceber. E eu falo para as pessoas que está com cheiro e gosto horrível, mas ninguém sente. Na minha percepção, é gritante que a carne está passada. Enfim... tem lados bons, mas os lados negativos são bem chatinhos.
Também percebo gosto na carne, um dos problemas que existem é que os animais são tratados com trangênicos (milho e soja) e antibióticos. A carne fica péssima. O melhor é carne orgânica, para quem tem a possibilidade. O sabor e a qualidade são outros.
Quando eu era criança, nos anos 1990, meus pais perceberam que eu não me encaixava bem na escola. Aprendi a ler sozinho, antes da idade escolar, e por isso eu não tinha interesse nas aulas de português. Quando fui estudar em um colégio particular, os professores perceberam que eu era o aluno mais quieto da turma, não interagia e sempre tirava as melhores notas, sem sequer estudar em casa. Sempre tive a habilidade de ouvir as aulas e memorizar os conteúdos sem precisar revisar. Quando fiz 8 ou 9 anos, fui várias vezes à psicóloga e ela disse que eu era SD (antigamente não se falava muito em Altas Habilidades). Fui colocado na turma mais avançada do meu ano letivo e ainda assim me destacava. Isso criou uma insatisfação nos outros alunos, pq muitos deles tinham melhor poder aquisitivo e eram filhos de “autoridades”, então eles me viam como uma ameaça. Sofri bullying por anos. Eu não tinha força pra revidar contra 5 pessoas maiores que eu. Quem pratica o bullying nunca está sozinho. Porém, ironicamente, só me libertei desse círculo quando segui o conselho do meu pai: “quando a boiada estoura, vai sempre um boi na frente. Se você parar esse boi, o resto para junto”. Um dia, quando eu estava ap4nhando, aprendi a identificar o líder do bando dos meninos que me batiam e o desmaiei com um s0co na boca. Saí correndo e me escondi em uma oficina de eletrônica enquanto meu pai ia me buscar. Nesse dia, conquistei uma espécie de “respeito”, até entrar no ensino médio, quando mudei de escola e consegui me esconder na multidão. Meus pais nunca entenderam, achavam que o meu s0frimento era culpa minha, pq eu não revidava as agr3ssões ou não procurava ajuda. Eu só queria que tudo aquilo acabasse, mas só acabou de fato depois que me mudei pra Brasília pra estudar na UnB. Hoje em dia, não gosto nem de dizer o nome da “minha” cidade. Sou brasiliense adotado.
Tive diagnóstico de AH/SD aos 11 anos. Desde os 6 anos, eu escrevia peças teatrais para todas as turmas da pré-escola. Atuava, cantava, tocava, desenhava, pintava, escrevia poemas e compunha músicas também nessa idade. Mas como eu era muito reservada, e minha família era toda de músicos e artistas, falavam que era só um traço genético. Isso até os 11 anos, quando a escola contratou uma psicóloga para medir o QI e acompanhar alguns alunos "problemáticos", entre eles, eu, que só gostava desses campos do conhecimento e tirava notas baixas em matemática. 😂 Embora hoje eu ria, sofri muito pra me encaixar, coisa que eu nem queria! Formei-me em Belas Artes pela UFMG, tive 6 livros premiados e publicados, um deles vencedor do Prêmio Saraiva de Literatura (Trocadilho é o título dele) e hoje faço Direito na Universidade Federal de Viçosa. Fui professora de teatro também! ❤ Ah! E sou TEA
Interessante. Descobri AH+TDAH, continuo fechando o laudo com médico agora, mas sempre fui envolvida com arte: Toco violino, canto, já fiz teatro na escola e participei de grupo de teatro na igreja, sou boa com vozes (pensei em fazer curso de dublagem, mas preferi focar na música). Não pinto, mas sou muito atraída por Artes plásticas, estudando Monet, Picasso, Leonardo da Vinci... enfim, sou apaixonada por artes, inclusive artesanato. E desde criança.
No último dia de um retiro de igreja, puseram-me num grupo e a gente tinha que encenar. Não sei por que cargas d'água, eu imitei o Pedro Miau do Casseta & Planeta (sim, eu sou do século passado.) E acabei improvisando, dizendo que os mosquitos da chácara teriam que mudar de dieta, já que era o nosso último dia do evento... galera caiu na gargalhada, mas o bispo deu um pito depois.
@@lygia.pereira não te apresse, quando possível pega um lapela sem fio, custo meio elevado mas facilita a vida e te leva mais longe, RUclips gratifica conteúdo que atinge as espectativas técnicas áudio/visual
Depois de ter recebido o diagnóstico, entendi o motivo de alguns fatores na minha vida - muitos bastante problemáticos. Por exemplo: não consigo sair sem óculos de Sol, independentemente se o dia está nublado ou não, ou seja, uma sensibilidade extrema a luz, e se esqueço os óculos, fico com dores nos olhos. Lugares barulhentos, principalmente barulhos em tons mais agudos, é uma tortura pra mim - como ir a feira, onde preciso ir de fones de ouvido ouvindo música, porque os gritos dos feirantes cortam meus tímpanos. Minha energia se esgota facilmente, preciso comer regradamente de 3 em 3 horas, pois, como minha cabeça está sempre em um ritmo muito acelerado, mesmo que eu não esteja realizando tarefas de esforço físico, fico esgotado. Se eu não me alimento, fico sem energia nenhuma, com uma irritabilidade fora do normal, um incômodo ao redor dos olhos, olheiras, olhos fundos... Tem também a questão olfativa e do paladar. Por exemplo: as carnes de hoje dia, que viajam pelo país dentro de centros logísticos, levando muito mais tempos que antigamente pra chegar à mesa, justamente por produções centralizadas e geridas por poucas e grandes empresas do agronegócio. Quando a carne chega à mesa, ela já está meio passada, ainda que sutilmente possa se perceber. E eu falo para as pessoas que está com cheiro e gosto horrível, mas ninguém sente. Na minha percepção, é gritante que a carne está passada. Enfim... tem lados bons, mas os lados negativos são bem chatinhos.
Nossa !! Tenho as mesmas sensações! Ao invés de óculos escuros uso boné pq os óculos me incomodam
Também percebo gosto na carne, um dos problemas que existem é que os animais são tratados com trangênicos (milho e soja) e antibióticos. A carne fica péssima. O melhor é carne orgânica, para quem tem a possibilidade. O sabor e a qualidade são outros.
Quando eu era criança, nos anos 1990, meus pais perceberam que eu não me encaixava bem na escola. Aprendi a ler sozinho, antes da idade escolar, e por isso eu não tinha interesse nas aulas de português. Quando fui estudar em um colégio particular, os professores perceberam que eu era o aluno mais quieto da turma, não interagia e sempre tirava as melhores notas, sem sequer estudar em casa. Sempre tive a habilidade de ouvir as aulas e memorizar os conteúdos sem precisar revisar. Quando fiz 8 ou 9 anos, fui várias vezes à psicóloga e ela disse que eu era SD (antigamente não se falava muito em Altas Habilidades). Fui colocado na turma mais avançada do meu ano letivo e ainda assim me destacava. Isso criou uma insatisfação nos outros alunos, pq muitos deles tinham melhor poder aquisitivo e eram filhos de “autoridades”, então eles me viam como uma ameaça. Sofri bullying por anos. Eu não tinha força pra revidar contra 5 pessoas maiores que eu. Quem pratica o bullying nunca está sozinho. Porém, ironicamente, só me libertei desse círculo quando segui o conselho do meu pai: “quando a boiada estoura, vai sempre um boi na frente. Se você parar esse boi, o resto para junto”. Um dia, quando eu estava ap4nhando, aprendi a identificar o líder do bando dos meninos que me batiam e o desmaiei com um s0co na boca. Saí correndo e me escondi em uma oficina de eletrônica enquanto meu pai ia me buscar. Nesse dia, conquistei uma espécie de “respeito”, até entrar no ensino médio, quando mudei de escola e consegui me esconder na multidão. Meus pais nunca entenderam, achavam que o meu s0frimento era culpa minha, pq eu não revidava as agr3ssões ou não procurava ajuda. Eu só queria que tudo aquilo acabasse, mas só acabou de fato depois que me mudei pra Brasília pra estudar na UnB. Hoje em dia, não gosto nem de dizer o nome da “minha” cidade. Sou brasiliense adotado.
Adoro as roupas da Lydia. Um charme.
Muito obrigada pela adorável mensagem, @panpanllon3895! 🦋
Tive diagnóstico de AH/SD aos 11 anos. Desde os 6 anos, eu escrevia peças teatrais para todas as turmas da pré-escola. Atuava, cantava, tocava, desenhava, pintava, escrevia poemas e compunha músicas também nessa idade. Mas como eu era muito reservada, e minha família era toda de músicos e artistas, falavam que era só um traço genético. Isso até os 11 anos, quando a escola contratou uma psicóloga para medir o QI e acompanhar alguns alunos "problemáticos", entre eles, eu, que só gostava desses campos do conhecimento e tirava notas baixas em matemática. 😂 Embora hoje eu ria, sofri muito pra me encaixar, coisa que eu nem queria! Formei-me em Belas Artes pela UFMG, tive 6 livros premiados e publicados, um deles vencedor do Prêmio Saraiva de Literatura (Trocadilho é o título dele) e hoje faço Direito na Universidade Federal de Viçosa. Fui professora de teatro também! ❤ Ah! E sou TEA
Oiiii, que legal. Sou da ufv tbm, faço engenharia elétrica!
Ah, no meu caso descobri o toc aos 20 anos
@@VitoriaFernandesdosSantos-m1f❤ Oi, Vitória! Precisamos fazer um encontro dos neurodivergentes da UFV! Minha filha tbm se chama Victoria! 😊
Interessante. Descobri AH+TDAH, continuo fechando o laudo com médico agora, mas sempre fui envolvida com arte: Toco violino, canto, já fiz teatro na escola e participei de grupo de teatro na igreja, sou boa com vozes (pensei em fazer curso de dublagem, mas preferi focar na música). Não pinto, mas sou muito atraída por Artes plásticas, estudando Monet, Picasso, Leonardo da Vinci... enfim, sou apaixonada por artes, inclusive artesanato. E desde criança.
Minha filha de 2 anos e 6 meses é exatamente desse jeito que você descreve!
Excelente aula , sempre!!!
Divulgado e compartilhado 👍🏻 👍🏻 👍🏻
Opa youtube ta notificando upload de vídeo de uma forma diferente agora, ne?
Realmente 😢😢😢
Obrigado por existir ❤
De nada, mas não olhe muito se não vou começar a cobrar.
10:31 não importa, no meu coração a história da Débora é verdade.
Muito obrigado pelo vídeo e explicações 🙏 👍🏻 💙
Que bom que você gostou, @leonardogomes7165!
Excelente vídeo!
Obrigada pela presença, @amelia.demarque! 😊
No último dia de um retiro de igreja, puseram-me num grupo e a gente tinha que encenar. Não sei por que cargas d'água, eu imitei o Pedro Miau do Casseta & Planeta (sim, eu sou do século passado.) E acabei improvisando, dizendo que os mosquitos da chácara teriam que mudar de dieta, já que era o nosso último dia do evento... galera caiu na gargalhada, mas o bispo deu um pito depois.
😂😂
Sugestão, gravar com áudio mais alto.
Uma av neuropsicológica pd levar,msm q indiretamente,ao reconhecimento da condição?
Sim, uma avaliação neuropsicológica pode auxiliar na identificação dos sinais de superdotação mesmo quando a hipótese inicial é outra.
Doutora, o áudio fica baixo no celular
Desculpe, @bomdia-bomdia! Vou melhorar no próximo! 🌻
Obrigada pela mensagem!
@@lygia.pereira não te apresse, quando possível pega um lapela sem fio, custo meio elevado mas facilita a vida e te leva mais longe, RUclips gratifica conteúdo que atinge as espectativas técnicas áudio/visual
As vezes os videos da Lydia ficam muito baixo.
Obrigada pelo aviso, @panpanllon3895! Vou ajustar o volume nos próximos vídeos. 🌻
Forst😅😅😅
forrest corra, CORRA forrest gump SEU DESGR4Ç4D0
Corra forrest, CORRA.
CORRA forrest gump SEU D3SGR4Ç4D*
Hipocrisia!!"não "Super dotação" no meu Entender!!
Q?
@@paulyephih2438Ela deve estar falando da maneira da Débora Secco contar suas histórias criativas demais.