Vc me faz falta, porque te amo. Penso em ti todos os dias do ano, inclusuve quatro de agosto, dia do seu aniversário. Vou no vácuo da vida ardente e bem vivida, contigo no meu coração.
Gostaria de tê-lo conhecido. Muita humildade, sinceridade, frieza e lucidez. Tudo compilado e mais umas coisas, naquele que um dia esteve embaixo do mesmo Sol que eu, que viu a mesma Lua que eu, e que agora (e para sempre) faz particípio integral do todo. Seja de mim, da Terra, ou do que quer que seja, que já não é como antes.
"De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas a que chamamos o mundo?" Sensacional!! Tudo o que importa está dentro de nós, entretanto, não nos esquecemos de compartilhar essa beleza interior. Cada um morrerá apenas consigo mesmo, e não há coisa mais bela!
Me diminuo conscientemente cada vez mais quando escuto/leio Fernando Pessoa, mas é aquele diminuir de saber que não se sabe nada, que precisa cada vez mais buscar um conhecimento que é inacessível, que é opaco, divino e ao mesmo tempo irrisório, que me quebra a alma e a conserta com suas palavras, me coloca no meu lugar, no meu insignificante lugar, porém, meu lugar.❤
Espantoso poema, espantoso Pessoa, quanta lucidez. Este poema é um convite ao não suicídio. Ademais, o poema é hilariante pela forma como coloca a nu as debilidades e fúteis incongruências do ser humano.
Magnifica declamação! Infelizmente por minha experiência propria...nem duas vêzes por ano vão si lembrar di nós...repousa em paz Pessoa...porque ninguém jamais vai ti esquecer...voce é imortal...os teus versos vivem por ti...obrigada Pessoa por ter existido ...e por tanta beleza que nos deixaste!!! ❤ Saudades Antonio❤
Um dia, sim, também será esquecido, pela notoriedade de outros que virāo, pela imbecilidade que será a gestora do mundo ou pq tudo se esquece um dia, mesmo. Como um grego notório que teria vivido há milênios, notável na sua época, e que teve suas obras destruídas por um cataclismo e que foi esquecido da mesma forma que nada sabemos dos bisavós dos nossos bisavós. Só vale aquilo de que se lembra, e isso é efêmero. Por que esse apego a algo de que nos lembraremos somente daqui a setenta anos, se tivermos sorte?
Maravilhoso. Uma ode à vida. "És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo. E o próprio universo e os outros Satélites da tua subjetividade objetiva. És importante para ti porque só tu és importante para ti. E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?"
Se tequeres matar, porque não te queres matar? Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, Se ousasse matar-me, também me mataria... Ah, se ousares, ousa! De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas A que chamamos o mundo? A cinematografia das horas representadas Por actores de convenções e poses determinadas, O circo policromo do nosso dinamismo sem fim? De que te serve o teu mundo interior que desconheces? Talvez, matando-te, o conheças finalmente... Talvez, acabando, comeces... E de qualquer forma, se te cansa seres, Ah, cansa-te nobremente, E não cantes, como eu, a vida por bebedeira, Não saúdes como eu a morte em literatura! Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente! Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém... Sem ti correrá tudo sem ti. Talvez seja pior para outros existires que matares-te... Talvez peses mais durando, que deixando de durar... A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado De que te chorem? Descansa: pouco te chorarão... O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco, Quando não são de coisas nossas, Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte, Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros... Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda Do mistério e da falta da tua vida falada... Depois o horror do caixão visível e material, E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali. Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas, Lamentando a pena de teres morrido, E tu mera causa ocasional daquela carpidação, Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas... Muito mais morto aqui que calculas, Mesmo que estejas muito mais vivo além... Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova, E depois o princípio da morte da tua memória. Há primeiro em todos um alívio Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido... Depois a conversa aligeira-se quotidianamente, E a vida de todos os dias retoma o seu dia... Depois, lentamente esqueceste. Só és lembrado em duas datas, aniversariamente: Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste; Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada. Duas vezes no ano pensam em ti. Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram, E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti. Encara-te a frio, e encara a frio o que somos... Se queres matar-te, mata-te... Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!... Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida? Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera As seivas, e a circulação do sangue, e o amor? Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida? Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem, Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma? És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo, E o próprio universo e os outros Satélites da tua subjectividade objectiva. És importante para ti porque só tu és importante para ti. E se és assim, ó mito, não serão os outros assim? Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido? Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces, Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial? Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: Torna-te parte carnal da terra e das coisas! Dispersa-te, sistema físico-químico De células nocturnamente conscientes Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos, Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências, Pela relva e a erva da proliferação dos seres, Pela névoa atómica das coisas, Pelas paredes turbilhonantes Do vácuo dinâmico do mundo... 26-4-1926
Fernando Pessoa, o maior poeta, não somente da língua portuguesa, mas de todos os idiomas, de todo o mundo e toda a vida. E estes versos ditos por Paulo Autran? Um dos maiores e mais consagrados atores do Brasil! Encontro sublime e magnífico de gênios das artes! Obrigado, Tiago Silveira, por tê-lo publicado!
Sei que fizestes este comentário tocado pela estúpida insensatez de um deslumbrado admirador , pela louca imprudência de um apaixonado,mas meu amigo não exageres!
A maravilhosa poética de Pessoa e a excepcional declamação de Paulo Autran dão-nos a dimensão da língua portuguesa, das mais belas dentre as neolatinas.
Eu escuto esse poema a anos, pra afastar meus pensamentos suicidas e tentar lembrar que vivo por mim, Mas não importa o que eu faça parece que vou está sempre voltando sempre pensando no suicídio, a gente tenta tanto que cansa também e daí a vida já parece ter mais tanta importância.
Fico na dúvida se esse poema é ou não perigo aos ouvidos suicidas. Eu, particularmente, como luto a uma vida contra esse impulso, me veio isso como resposta: Se eu me matasse, não seria pra afetar ninguém. Seria pra afetar a mim mesmo, uma última vez. Para que eu nunca mais seja novamente afetado. O que os outros faram depois da minha morte, não importa. Pois, não estarei aqui para me importar. E foi, precisamente, por isso que o fiz. Porque mais eu o faria, senão, por isso?
POR ISSO ESCREVE FERNANDO PESSOA: [...] "sobretudo a morte, Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros..." Depois que tá morto não tem mais como se importar...
Vc está se importando com o não está mais aqui, depois que morreu já era, por isso observe sempre a vida pois vc já é um cadáver adiado, só está esperando
Mil personalidades atormentadas. Quanto mais leio sobre Pessoa e das sua obras mais me convenço que ninguem ainda conseguiu perceber ou compreender a Pessoa Nascemos atormentados ou tornamo-nos atormentados?
"Se te queres matar, por que não te queres matar?" - Eis a questão. Fernando Pessoa foi menos sutil do que Shakespeare aqui. E escreveu implacável como a vida.
“Ser ou não ser - eis a questão. Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz, ou pegar em armas contra o mar de angústias - e combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir; só isso. E com o sono - dizem - extinguir dores do coração e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita; eis uma consumação ardentemente desejável. Morrer. Dormir. Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!”
Esse poema com palavras tão penetrante no vácuo da alma , quebrantou o meu ser ; tornou meus sentimentos amedrontado pelo sentidos da porta que um dia eu de passar ! Que pena que palavras , por onde esteve o seu pensamento "poeta " pra esse poema com essas palavras .
Sim o Nit RS O povo se fascina quando lê alguém é nem mesmo o entende. Não precisamos de comparações...Fernando fala pra todos e todos temos algo de Fernando dentro de nós .
Recitei muito em estado maníaco... Ritmo pós- cardíaco, o suicídio é algo que se gasta, é como salgo e nunca convida: E dessalgo no mar da vida que se arrasta...Sabeis, não existe apologia!... É só espelho de algesia!
Thiago, talvez você sequer veja isto, mas obrigada por compartilhar o vídeo, sobretudo a cultura presente no mesmo. Seu conteúdo sustenta meu vício em filosofia brasileira, haha! ❤
Uma lucidez absurda! Mas... "Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: Torna-te parte carnal da terra e das coisas!"
Vim consultar o médico das angústias sobre a conveniência de deixar esse mundo da maneira mais livre que essa prisão chamada realidade me permite. O suicídio é impossível ao homem que enxerga o âmago da natureza humana e não fica enojado.
Ah! ah! ah! Supreendente mente, Pessoa revela, sem temer o ritual pós morte. "...És importante para ti; apenas para ti..." Aos outros ficam a disputa de inventariar os patrimônios, disputados a "ferro e fogo". Daí, logo serás esquecido... Quem sabe lembrado poucas vezes ao ano. "...És tudo para ti; apenas para ti. Não temes ao desconhecido..." Afinal, o que é conhecido para ti? Desapegue-se!
Se pensarmos que o mestre de Pessoa - aquele que ele e todos os seus outros heterónimos querem alcançar - é Caeiro, percebemos que Pessoa sofre por ter consciência da sua existência e por pensar... demasiado. Neste caso, Campos, homem do tecnológico, mais racional e metódico, atravessa uma fase mais depressiva, mas quer ser como Caeiro, simples, inocente, feliz. Inicia um discurso melancólico para logo passar a uma certa ironia, uma forma de sentir a morte como algo natural que faz parte da vida e da natureza, para a poder entender e tolerar melhor, retirando-lhe o sentido trágico: "Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: Torna-te parte carnal da terra e das coisas! Dispersa-te, sistema físico-químico de células nocturnamente conscientes." É uma ode à vida! Não à morte.
Apreciável sensibilidade, Daniela! Tenho certo apreço por Campos, um tanto mais que por Caeiro, por causa da sua condição mais erudita e debochada, enquanto tenta superar tudo isso pela simplicidade que não pode alcançar talvez justamente por se valer dessa erudição para cantar o que percebe. É como um míope que ama enxergar a realidade, mas detesta o fato de que vê as coisas meio distorcidas, muito embora (aqui está a ironia de que gosto), metaforicamente, Caeiro talvez fosse cego e jamais se preocupasse com essas bobagens, porque vive além das vistas. Nesse caso, me identifico mais com Campos, por causa da vaidade intelectual insuperável. Caeiro vive de boa, chupando laranjas na sombra de um casebre.
@@lincolndeoliveira1929 Infelizmente (talvez!), também me identifico mais com Campos e entendo o seu "tormento". A maioria da sua escrita se centra na morte. Outro exemplo é o poema Anniversário, "No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. (...) No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma". E creio que por isso, não só Campos mas, todos nós por vezes desejamos poder voltar ao Caeiro que trazemos em nós quando crianças.
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos, Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências, Pela relva e a erva da proliferação dos seres, Pela névoa atómica das coisas, Pelas paredes turbilhonantes Do vácuo dinâmico do mundo...
AMIGO(A) QUE PENSA EM SUICÍDIO: *Não confunda a existência com a vida.* A vida é maravilhosa, apesar das tristezas da existência. Continuemos na luta contra o impulso antiVida! Força!!! Um forte abraço.
@@jacksons.c6023 Você está certo filosoficamente, porque a vida é boa ou ruim de acordo com a nossa interpretação. Mas a minha manifestação pró-vida foi poética lol se baseando na *contemplação do belo.* Abs
Não tire a própria vida! Os outros sofrerão pelo seu fim, sofra você no lugar deles, afinal, qual sofrimento é maior o seu que é real ou o deles que é hipotético? Aliás, é possível mensurar tamanho de sentimentos, pra concluir o que seria pior? É possível olhar para um casal e dizer quem dos dois ama mais dentro da realização? É possível dizer se uma pessoa tem ou não baixa saúde mental? Não, sentimentos não são mensuráveis, mesmo que alguém dentro de uma relação demostre menos seu amor não significa que ame menos, mesmo que uma pessoa não demostre seu sofrimento não significa que não sofra. E quando julgarem seu sofrimento, no fundo não saberão as histórias por trás de suas ações, porque nem mesmo quem julga e nem mesmo quem sofre é capaz saber da história por todos os ângulos, quem conhece parte da sua história por terceiros, conhece você melhor do que se conhecesse por você? Você conhece melhor a sua vida, do que quem observa em terceira pessoa e te julga? À experiência em primeira pessoa é carregada de sentimentos, a de quem observa de fora é carregada de convicção, o que os levam ao julgamento, todo julgamento é uma hipótese levantada. Sentimentos e julgamentos só deturpam a realidade, que no final não sabemos o que é.
A morte é uma bendita dádiva Encerrar a própria vida é compreender Que de nada vale estar vivo sem deveras viver Que a velhice é uma condenação ao degredo Que a solidão dos alpinistas é inatingível Que após escalares a montanha da vida Nada mais resta a não ser precipitar-se Que um bom descanso vale tanto ou mais que mil ais.
Nem pense nisso! A vida é boa, e cada um tem e vive a sua, não somos e nem seremos iguais, Mais a verdade é que não existe ninguém igual, nem mesmos os gêmeos univitelino, Mesmo nascendo da mesma mãe , cada um tem o seu próprio DNA e tem característica e comportamento diferentes. A vida tem dor, tem amor, tem sofrimento... O bom da vida é superar as dificuldades pra depois ri delas!
Na verdade ele nao te da uma razao para nao se matar, pelo contrario, te da mais razoes para se matar. Ele simplesmente te alerta que seu suicidio nao vai mudar nada aqui, e se voce realmente busca o suicidio voce nao pensaria em "causar" nada aqui.
Fernando Pessoa é demais "talvez acabando comeces"🌹
Amooooo
Por Pessoa y Saramago aprenderé portugués brasileiro, un saludo desde México hermanos iberoamericanos.
O México é predominante do norte e fica um pouco na central, mas boa sorte a você e paciência com alguns idiotas que vivem aqui.
Pessoa e saramago são portugueses,não brasileiros.
Vc me faz falta, porque te amo. Penso em ti todos os dias do ano, inclusuve quatro de agosto, dia do seu aniversário. Vou no vácuo da vida ardente e bem vivida, contigo no meu coração.
Sinto muito pela sua perda..
Gostaria de tê-lo conhecido. Muita humildade, sinceridade, frieza e lucidez. Tudo compilado e mais umas coisas, naquele que um dia esteve embaixo do mesmo Sol que eu, que viu a mesma Lua que eu, e que agora (e para sempre) faz particípio integral do todo. Seja de mim, da Terra, ou do que quer que seja, que já não é como antes.
Não tenho lucidez suficiente para me matar; tenho-me a loucura de ainda existir comigo mesmo.
Literatura Portuguesa e Brasileira, um presente de Deus.
Portuguesa
Pessoa é português kk
@@samuelnunes2688 caramba acho que ninguém sabia vc e brabo mesmo em
@@tiagonunesdacosta899 obrigado!
Não, um presente dos autores.
Que hermoso que suena este idioma . No entiendo todo pero es hermoso .
portugués brasileño
@@Kelsin5190 Português*
O poeta é Português não Brasileiro. A lingua é chamada Português, apenas o sotaque é de Brasil.
Que divina declamação do Paulo Autran! Um espetáculo!
"De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas a que chamamos o mundo?"
Sensacional!! Tudo o que importa está dentro de nós, entretanto, não nos esquecemos de compartilhar essa beleza interior. Cada um morrerá apenas consigo mesmo, e não há coisa mais bela!
Me diminuo conscientemente cada vez mais quando escuto/leio Fernando Pessoa, mas é aquele diminuir de saber que não se sabe nada, que precisa cada vez mais buscar um conhecimento que é inacessível, que é opaco, divino e ao mesmo tempo irrisório, que me quebra a alma e a conserta com suas palavras, me coloca no meu lugar, no meu insignificante lugar, porém, meu lugar.❤
Espantoso poema, espantoso Pessoa, quanta lucidez. Este poema é um convite ao não suicídio. Ademais, o poema é hilariante pela forma como coloca a nu as debilidades e fúteis incongruências do ser humano.
O Paulo Autran conseguiu captar com maestria essa veia cômica do poema.
Por que?
Eu é que não explico a piada, isso aí deveria ser crime!
Magnifica declamação! Infelizmente por minha experiência propria...nem duas vêzes por ano vão si lembrar di nós...repousa em paz Pessoa...porque ninguém jamais vai ti esquecer...voce é imortal...os teus versos vivem por ti...obrigada Pessoa por ter existido ...e por tanta beleza que nos deixaste!!! ❤ Saudades Antonio❤
Um dia, sim, também será esquecido, pela notoriedade de outros que virāo, pela imbecilidade que será a gestora do mundo ou pq tudo se esquece um dia, mesmo. Como um grego notório que teria vivido há milênios, notável na sua época, e que teve suas obras destruídas por um cataclismo e que foi esquecido da mesma forma que nada sabemos dos bisavós dos nossos bisavós. Só vale aquilo de que se lembra, e isso é efêmero. Por que esse apego a algo de que nos lembraremos somente daqui a setenta anos, se tivermos sorte?
Maravilhoso.
Uma ode à vida.
"És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo.
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?"
Queria curtir um milhão de vezes, ele sempre arrasou nos seus textos!
é de fato um gênio, eu deliro sempre que leio ou ouço
Lindo!
Se tequeres matar, porque não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por actores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fim?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem,
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente:
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células nocturnamente conscientes
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
26-4-1926
Sim! Uma possivel impossÍbilionadade,,, Pelas paredes
Turbilhonates... Do vácuo dinámico do mund0...
Bonito.
Graciassssssss!!!!
O poema que já salvou tantas vidas de um só corpo..
amada morte que iguala a todos em um único ponto. O fim. 🖤
Fernando Pessoa, o maior poeta, não somente da língua portuguesa, mas de todos os idiomas, de todo o mundo e toda a vida. E estes versos ditos por Paulo Autran? Um dos maiores e mais consagrados atores do Brasil! Encontro sublime e magnífico de gênios das artes! Obrigado, Tiago Silveira, por tê-lo publicado!
Isso mesmo, Paulo Autran.
Ao pensar em Macahado de Assis... discordo de que Fernando Pessoa seja maior porta de todos os idiomas...
Poeta
Sei que fizestes este comentário tocado pela estúpida insensatez de um deslumbrado admirador , pela louca imprudência de um apaixonado,mas meu amigo não exageres!
A maravilhosa poética de Pessoa e a excepcional declamação de Paulo Autran dão-nos a dimensão da língua portuguesa, das mais belas dentre as neolatinas.
Realmente o saudoso Paulo Autran era um exímio orador, eu adoro ouvir ele declamando Fernando pessoa.
Realmente é incrível.
Quando principia em mim o desconsolo e a inseguranca venho beber deste.cha de lucidez do Pessoa.
Eu escuto esse poema a anos, pra afastar meus pensamentos suicidas e tentar lembrar que vivo por mim, Mas não importa o que eu faça parece que vou está sempre voltando sempre pensando no suicídio, a gente tenta tanto que cansa também e daí a vida já parece ter mais tanta importância.
Espero que você esteja bem.
Sinto da mesma forma. Parece que no fundo este poema desanima a gente do suicídio, mas sempre retorna, com você bem descreveu
@@airtonlopes1801 Desanimar? Esse poema me serve de encorajo kkk
Agradecido , poesia é paz ao espírito...❤🎉
Fico na dúvida se esse poema é ou não perigo aos ouvidos suicidas. Eu, particularmente, como luto a uma vida contra esse impulso, me veio isso como resposta:
Se eu me matasse, não seria pra afetar ninguém.
Seria pra afetar a mim mesmo, uma última vez.
Para que eu nunca mais seja novamente afetado.
O que os outros faram depois da minha morte, não importa.
Pois, não estarei aqui para me importar.
E foi, precisamente, por isso que o fiz.
Porque mais eu o faria, senão, por isso?
*Não confunda a existência com a vida.* A vida é maravilhosa, apesar das tristezas da existência. Continuemos na luta contra o impulso antiVida! Abs
Interessante, também já pensei dessa forma...
POR ISSO ESCREVE FERNANDO PESSOA:
[...] "sobretudo a morte,
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros..."
Depois que tá morto não tem mais como se importar...
Vc está se importando com o não está mais aqui, depois que morreu já era, por isso observe sempre a vida pois vc já é um cadáver adiado, só está esperando
Pessoa, fica em paz. Bilhões de corações pensam em você a cada segundo, todos os dias.
Sim Reinaldo, porque ele amava a Morte. Diferente da "pobre gente" que tem medo dela.
À luz da minha própria insignificância me torno livre para SER insignificante, enquanto o destino me conceder tal direito.
Vou passar um bom tempo ouvindo isso e refletindo, como realmente dever se comtemplada obra de tal magnificência.
Verdade amigo.
A via do monstro Paulo Autran, incrível. Perfeito
"Mas antes...eu ouso"
>
Pierre Villeurbanne
Uau, que perfeito.
Verdade , não fazemos falta para ninguém .
@Lifetime só não se mate se você ainda tiver amor ;) vai machucar o mozao mt
Profundo e esplêndido!
"Oh! sombra fútil chamada gente..."
Pra gente não se levar muito a sério!!!
Mil personalidades atormentadas. Quanto mais leio sobre Pessoa e das sua obras mais me convenço que ninguem ainda conseguiu perceber ou compreender a Pessoa
Nascemos atormentados ou tornamo-nos atormentados?
Torna-se num apelo á vida!
"Se te queres matar, por que não te queres matar?" - Eis a questão.
Fernando Pessoa foi menos sutil do que Shakespeare aqui.
E escreveu implacável como a vida.
Assustador!
Muito forte.
“Ser ou não ser - eis a questão. Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz, ou pegar em armas contra o mar de angústias - e combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir; só isso. E com o sono - dizem - extinguir dores do coração e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita; eis uma consumação ardentemente desejável.
Morrer. Dormir. Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!”
Esse poema com palavras tão penetrante no vácuo da alma , quebrantou o meu ser ; tornou meus sentimentos amedrontado pelo sentidos da porta que um dia eu de passar ! Que pena que palavras , por onde esteve o seu pensamento "poeta " pra esse poema com essas palavras .
Sim o Nit RS
O povo se fascina quando lê alguém é nem mesmo o entende. Não precisamos de comparações...Fernando fala pra todos e todos temos algo de Fernando dentro de nós .
Visceral, perfurante, agudo.
Um dia todos nós seremos apenas um retrato na prateleira de alguem. E depois, nem isso.
Excelente declamação 🇵🇹❤️🇧🇷
Não quero porque a minha já está marcada por Deus 🙏 amém !
Paulo Autran e Fernando Pessoa, basta informar isso... Magníficos
Recitei muito em estado maníaco... Ritmo pós- cardíaco, o suicídio é algo que se gasta, é como salgo e nunca convida:
E dessalgo no mar da vida que se arrasta...Sabeis, não existe apologia!...
É só espelho de algesia!
Que pedrada tá maluco
Que coisa linda.
Penso nas entidades queridas por
Mim que eu amava tanto, mas a morbidez da vida chega pra todos
Grande poeta só dizia a verdade
Básico tapa na cara de tds nós
Alto nível Fernando Pessoa sempre a frente do seu tempo.
Comecei a gostar de poema por causa dele.
Thiago, talvez você sequer veja isto, mas obrigada por compartilhar o vídeo, sobretudo a cultura presente no mesmo. Seu conteúdo sustenta meu vício em filosofia brasileira, haha! ❤
Se queres matar-te, não toques a trombeta.. Não deixe pistas.. para que sejas bem sucedido em seu propósito funesto e triste
Olá, tudo bem?
Uma lucidez absurda! Mas... "Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: Torna-te parte carnal da terra e das coisas!"
Sujeito que pensa em suicídio , ouvi esse poema ele vai pensar melhor 😂😂😂
A ironia com qual ele fala q vc é um nada n tem preço kkkkkkkk
Né kkkkkkkkkkkkk. Palavras profundas
Pesado, pesado.
Morrer apenas o estritamente necessário, sem ultrapassar a medida. Renascer o tanto preciso a partir do resto que se preservou.
Vim consultar o médico das angústias sobre a conveniência de deixar esse mundo da maneira mais livre que essa prisão chamada realidade me permite. O suicídio é impossível ao homem que enxerga o âmago da natureza humana e não fica enojado.
Isto é realidade demais...sem ti
correrá tudo sem ti.
Ah! ah! ah! Supreendente
mente, Pessoa revela, sem temer o ritual pós morte.
"...És importante para ti; apenas para ti..."
Aos outros ficam a disputa de inventariar os patrimônios, disputados a "ferro e fogo". Daí, logo serás esquecido...
Quem sabe lembrado poucas vezes ao ano.
"...És tudo para ti; apenas para ti.
Não temes ao desconhecido..." Afinal, o que é conhecido para ti?
Desapegue-se!
Tens como Hamelet o pavor do desconhecido? Mas o que é conhecido?...
São grandes 💎que a almas fantásticas na literatura mas mega do nectas emoções em palavras que rabisca de luz,gernimada nas pessoas...
A vida não tem escrúpulos
Se pensarmos que o mestre de Pessoa - aquele que ele e todos os seus outros heterónimos querem alcançar - é Caeiro, percebemos que Pessoa sofre por ter consciência da sua existência e por pensar... demasiado. Neste caso, Campos, homem do tecnológico, mais racional e metódico, atravessa uma fase mais depressiva, mas quer ser como Caeiro, simples, inocente, feliz.
Inicia um discurso melancólico para logo passar a uma certa ironia, uma forma de sentir a morte como algo natural que faz parte da vida e da natureza, para a poder entender e tolerar melhor, retirando-lhe o sentido trágico:
"Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: Torna-te parte carnal da terra e das coisas! Dispersa-te, sistema físico-químico de células nocturnamente conscientes."
É uma ode à vida! Não à morte.
Apreciável sensibilidade, Daniela!
Tenho certo apreço por Campos, um tanto mais que por Caeiro, por causa da sua condição mais erudita e debochada, enquanto tenta superar tudo isso pela simplicidade que não pode alcançar talvez justamente por se valer dessa erudição para cantar o que percebe. É como um míope que ama enxergar a realidade, mas detesta o fato de que vê as coisas meio distorcidas, muito embora (aqui está a ironia de que gosto), metaforicamente, Caeiro talvez fosse cego e jamais se preocupasse com essas bobagens, porque vive além das vistas.
Nesse caso, me identifico mais com Campos, por causa da vaidade intelectual insuperável. Caeiro vive de boa, chupando laranjas na sombra de um casebre.
@@lincolndeoliveira1929 Infelizmente (talvez!), também me identifico mais com Campos e entendo o seu "tormento". A maioria da sua escrita se centra na morte. Outro exemplo é o poema Anniversário, "No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto. (...) No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma". E creio que por isso, não só Campos mas, todos nós por vezes desejamos poder voltar ao Caeiro que trazemos em nós quando crianças.
Perfeito.
Ele sempre muito cruel com ele próprio, mas, ainda assim, tão belo.
Oh que lindo ❤️❤️❤️❤️
Um dia seremos apenas um retrato na estante de alguém ... Depois nem isso e fim
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
Obrigado. Muito obrigado.
Que lindo ❤️
O último inimigo a ser reduzido a Nada ,Será a morte
AMIGO(A) QUE PENSA EM SUICÍDIO: *Não confunda a existência com a vida.* A vida é maravilhosa, apesar das tristezas da existência. Continuemos na luta contra o impulso antiVida! Força!!! Um forte abraço.
Discordo , excelente manifestação pró-vida 👏👏
@@jacksons.c6023 Olá! Você poderia me dizer o ponto que vc discorda?
@@pedronunes2857 olá ! A vida na verdade seria neutra , certos momentos ela se torna maravilhosa e outros horríveis , bos tarde
@@jacksons.c6023 Você está certo filosoficamente, porque a vida é boa ou ruim de acordo com a nossa interpretação. Mas a minha manifestação pró-vida foi poética lol se baseando na *contemplação do belo.* Abs
@@pedronunes2857 o belo é autamente subjetivo , por esse motivo ambos tem razão pela subjetividade
Não tire a própria vida! Os outros sofrerão pelo seu fim, sofra você no lugar deles, afinal, qual sofrimento é maior o seu que é real ou o deles que é hipotético? Aliás, é possível mensurar tamanho de sentimentos, pra concluir o que seria pior? É possível olhar para um casal e dizer quem dos dois ama mais dentro da realização? É possível dizer se uma pessoa tem ou não baixa saúde mental? Não, sentimentos não são mensuráveis, mesmo que alguém dentro de uma relação demostre menos seu amor não significa que ame menos, mesmo que uma pessoa não demostre seu sofrimento não significa que não sofra. E quando julgarem seu sofrimento, no fundo não saberão as histórias por trás de suas ações, porque nem mesmo quem julga e nem mesmo quem sofre é capaz saber da história por todos os ângulos, quem conhece parte da sua história por terceiros, conhece você melhor do que se conhecesse por você? Você conhece melhor a sua vida, do que quem observa em terceira pessoa e te julga? À experiência em primeira pessoa é carregada de sentimentos, a de quem observa de fora é carregada de convicção, o que os levam ao julgamento, todo julgamento é uma hipótese levantada. Sentimentos e julgamentos só deturpam a realidade, que no final não sabemos o que é.
Nossa! esse texto colocou em palavras o que eu estava há tempos tentando expressar, sabe se é de algum autor, ou foi você que escreveu?
@@Miguel-gd9ud eu escrevi.
Estupendo 👏👏
A realidade feito poesia.
Esplêndido!
Gênio! ❤
Extremamente lindo
Oloookoó o cara! Thelemita nato
A morte é uma bendita dádiva
Encerrar a própria vida é compreender
Que de nada vale estar vivo sem deveras viver
Que a velhice é uma condenação ao degredo
Que a solidão dos alpinistas é inatingível
Que após escalares a montanha da vida
Nada mais resta a não ser precipitar-se
Que um bom descanso vale tanto ou mais que mil ais.
Bravíssimo 👏👏👏👏
Que poema Fernando
Realista
A respeito me mato por falta de amor esse amor próprio eu revivo e sofro despois me arrependo sou grato pela vida...
O motivo pelo meu não suicídio!
Nem pense nisso!
A vida é boa, e cada um tem e vive a sua,
não somos e nem seremos iguais,
Mais a verdade é que não existe ninguém igual,
nem mesmos os gêmeos univitelino,
Mesmo nascendo da mesma mãe ,
cada um tem o seu próprio DNA e
tem característica e comportamento diferentes.
A vida tem dor, tem amor, tem sofrimento...
O bom da vida é superar as dificuldades pra depois ri delas!
Na verdade ele nao te da uma razao para nao se matar, pelo contrario, te da mais razoes para se matar. Ele simplesmente te alerta que seu suicidio nao vai mudar nada aqui, e se voce realmente busca o suicidio voce nao pensaria em "causar" nada aqui.
Apenas força e q apareça motivos de vida pra ti
Natalia Souza. Entendi perfeitamente o seu comentário, eu também vi um convite ao não suicidar! Não vou aqui me estender sobre o óbvio apresentado.
@@jaokowski que isso man não deixa seu ego ser maior que vc seja humilde!!!
Maravilhosa dicção
Nossa quem tem um amigo desse não precisa de inimigo!!
Pq?
Ironicamente, esse poema desde o ensino médio me dá ânimo a vida.
Alguém, hoje, ler Fernando Pessoa no Ensino Médio, e se ler, entende?
@@fatimafranca5 Fiz o EM em 2017, e sim, fui lecionado a respeito de Fernando Pessoa e a literatura portuguesa. Escola pública! :)
Que perfeito!!
Um eterno retorno mais realista
Amei suas "declamações"! Parabéns!
simplesmente genial
Extraordinário 👍A faca tem dois gumes!😃
Impressionante...
Obrigada ❤️
Sempre achei que a voz era do Walmor Chagas. Ouvi esse poema também com ele, não sei quando nem onde.
Perfeito