Prof Rafael, eu tive a mesma percepção que o Senhor sobre a camada 8. Estudei sobre Szondi e cheguei no mesmo ponto que o Senhor descreveu no video. Obrigada por compartilhar esse vídeo, trouxe luz para algumas reflexões. Deus te abençoe. Obrigada.
Eu nunca ouvi o professor Olavo dizer que seus alunos precisavam concordar com ele. Ele só dizia que eles fizessem a experiência. O professor @faraelfalcon fez a experiência e concluiu diferente, disse o ponto, explicou. Tudo de forma muito respeitosa. Eu penso que era isso que professor Olavo queria ensinar.
Autoconsciência histórica, saber aonde estamos, quem somos e o que aconteceu verdadeira para trazernos ate aqui e agora. E com isso saber aonde podemos chegar como pessoa.
Bom, assistindo este trecho e após passar por alguma experiência recente de quase morte, consigo compreender o que quis passar. A camada 8 é complexa, é uma junção de muitas coisas. Percebo que o "Eu" se compõe de muitas e extensas variáveis, somos um pouco dos nossos antepassados, mas também somos nossas escolhas (boas ou más), também somos um pouco daquilo que não escolhemos e que já veio pronto para nós de origem (família, país, características genéticas, temperamento, etc). Vejo que o drama da camada 8 é integrar intelectualmente e interiormente tudo isso e ditar de forma consciente "com qual pessoa morta eu quero parecer?", mas eu percebi em mim que esta pergunta brotou com mais força após a experiência literal da morte, e nela entendi que há um ser divino que decide meu momento derradeiro e Ele espera que eu o escolha. Vejo a camada 8 como esse ponto de resposta há este Ser. Esta camada me parece ter um aspecto de chamado transcendente, se a pessoa ao chegar nela e não se tocar disso provavelmente ficará perdida, confusa e sem sentido na vida. Na minha percepção, a camada 8 é uma resposta que deve ser dada. Bom vídeo, professor, parabéns.
Fiz todos os cursos do professor Rafael. Futuramente assinarei o projeto animus e a Academia Trivium. No momento, não tenho condições para tal feitos. Porém, as aulas do professor Rafael são espetáculares.
Camada 8 - "O que fiz com a minha vida até agora?" "Minha vida teve um sentido?" - O "Eu biográfico". "O que devo fazer para encher a minha vida de sentido?" Perguntas típicas dessa camada. Estou certo?
Mas a palavra “morte” é precisamente a que o Professor Olavo usa para descrever a camada 8 em seu curso sobre a formação da personalidade, talvez já em uma abordagem mais madura de sua teoria.
5:20 Prof Rafael, seria mais adequado dizer talvez uma psicologia da tendência? Se há um chamado por parte do Szondi para a luta ou aceitação da sua tendência, evidentemente que não se pode dizer que é completamente uma psicologia do destino, mas uma tendência que está aberta à consciência de quem viu para que haja uma mudança ou não por parte do indivíduo. Portanto, de fato, uma parte dele está morta, caso decida sacrificar sua tendência. Dai, precisará afinar o instinto moral para decidir qual morto escolher. É que nem o Kant dizia: "o filósofo não se coloca diante da realidade como um observador, mas como um juiz de instrução".
Creio eu que os danos cognitivos do relativismo e do positivismo se tornam especialmente nítidos nessa camada, na camada 7 o sujeito busca se ver pelos olhos dos outros, já a crise da camada 8 evoca uma "objetividade-subjetiva" como parâmetro de julgamento, que por fim culmina na camada 9 que é propriamente o universal. Me parece que nessa camada se a pessoa não compreende bem os níveis de linguagem com os quais ela se descreve, acaba "empacando" ali, como quem não descobriu ainda o sintagma de uma palavra e não vê as possibilidades de sentidos diferentes no contexto concreto , quer se "cristalizar num passado que nunca existiu".
A pergunta que fica é: pode tanta fleuma e sabedoria realmente existir em um jovem burguês que outro dia desses assistia pokemon? Como pode quem ainda não foi afirmar tanto sobre uma estrada conhecida apenas pelos que já voltaram? Pose ou prodígio!?
@@ZekM0nk Deve ser pose. Inclusive, estava um dia desses jogando “Pokémon: Let’s go, Pikachu!”. É bem legal, e nostálgico para quem jogou os jogos antigos de Game Boy.
Professor, não seria mais proveitoso o indivíduo não ser 'bombardeado' por essas questões de personalidade, mas "apenas" ser ensinado nas virtudes, para aplicá-las nas circunstâncias em que se coloca em sua vida - que, em última análise, é o verdadeiro desafio-? Às vezes penso que toda essa análise de personalidade pode mais atrapalhar e obstinar pessoas desacompanhadas do que de fato trazer frutos verdadeiros. Como já dizia nosso querido Chaves: "o homem deve ser feio, forte e formal"; taí a fórmula.
@@almir.santos longe de mim dizer que todo mundo deve aprender essas coisas. Mas querer proibi-las como se elas “complicassem” a aquisição das virtudes é o mesmo que proibir o estudo do cálculo avançado porque “complica” a matemática - tem até um pessoal que (dizem) ficou doido de tanto estudar matemática. Embora não seja necessário que todo mundo estude psicologia, algumas pessoas estudam para ajudar o próximo, e outras simplesmente porque desejam entender melhor o objeto. Ora, ninguém pede a proibição da biologia ou da medicina porque “não dão frutos” em matéria de virtude - mas a psicologia precisa gerar santos, sob pena de ser banida? Se for usada para melhorar um pouquinho a vida dos outros, ou apenas para contemplar a mente humana, não basta?
@@RafaelFalcon Perfeito, professor. A redação do meu comentário não foi muito feliz, dando a entender que o senhor dedicar-se aos estudos das camadas seria infrutífero. Reformulo: a utilização de ferramentas tão complexas deve sempre ocorrer com algum acompanhamento de um professor, como é o caso do senhor; e, de maneira geral, pra quem está num mato sem cachorro, o melhor seria simplesmente buscar uma vida virtuosa, com muito exame de consciência e humildade, ou pode acabar obstinado e vaidoso. Obrigado pela resposta! Deus abençoe o senhor e a sua família, professor!
Em um vídeo em que tu falas sobre ler pouco, percebi que tu diverges do professor Olavo em muitos pontos. Agora só confirmei mais ainda. Antes achavas que tu havia sido aluno dele.
@@fabriciofcosta4373 “não estudem a filosofia de Eric Voegelin - estudem a realidade”. Ele sempre repetia isso. Contanto que consiga entender por que ele dizia determinada coisa, e não contradiga ou desrespeite suas percepções fundamentais, você não é mau discípulo por discordar. A discordância pontual não é muito importante. É uma tentativa de se aproximar mais daquilo que ele mesmo estava buscando.
Eu reescutei recentemente um Animus no qual o Falcon trata especificamente sobre a leitura, a leitura de romances, e com muitas ressalvas, mas incentiva vivamente a leitura de épicos, por exemplo, que são de fato imensamente superiores em linguagem, tema e estilo. O romance já foi uma queda imensa, pós escolástica, renascentista, em relação à poesia épica. Que Dom Quixote seja considerado um dos primeiros, quando não o primeiro, dos romances como hoje entendemos e, ainda assim, seja considerado o melhor, fala que até mesmo internamente nesse gênero, seminalmente decaído, só houve ainda mais depauperação com o tempo. Nesse ponto, se eu entendi bem o falcon, eu concordo plenamente. E agora, digo eu, Virgílio, Camões e Homero habitam outro planeta em relação a Dostoievski, Balzac ou Stendhal. É comparar, um pouco provocativamente, música clássica com funk. E digo isto gostando, e sendo leitor, destes três, mas os visitando consciente desse abismo. A noção Comteana, e progressista em geral, evolucionista, de que o homem, tal qual na simples tecnologia, também teria progredido intelectual, espiritual e culturalmente, não encontra guarida nem mesmo no uso da linguagem, que só decai com o tempo.
![Conselhos para passar de Camada [Camadas da Personalidade]](http://i.ytimg.com/vi/Y6cKYCL_65s/mqdefault.jpg)
Prof Rafael, eu tive a mesma percepção que o Senhor sobre a camada 8. Estudei sobre Szondi e cheguei no mesmo ponto que o Senhor descreveu no video. Obrigada por compartilhar esse vídeo, trouxe luz para algumas reflexões. Deus te abençoe. Obrigada.
Eu nunca ouvi o professor Olavo dizer que seus alunos precisavam concordar com ele. Ele só dizia que eles fizessem a experiência. O professor @faraelfalcon fez a experiência e concluiu diferente, disse o ponto, explicou. Tudo de forma muito respeitosa. Eu penso que era isso que professor Olavo queria ensinar.
Autoconsciência histórica, saber aonde estamos, quem somos e o que aconteceu verdadeira para trazernos ate aqui e agora. E com isso saber aonde podemos chegar como pessoa.
Bom, assistindo este trecho e após passar por alguma experiência recente de quase morte, consigo compreender o que quis passar. A camada 8 é complexa, é uma junção de muitas coisas. Percebo que o "Eu" se compõe de muitas e extensas variáveis, somos um pouco dos nossos antepassados, mas também somos nossas escolhas (boas ou más), também somos um pouco daquilo que não escolhemos e que já veio pronto para nós de origem (família, país, características genéticas, temperamento, etc). Vejo que o drama da camada 8 é integrar intelectualmente e interiormente tudo isso e ditar de forma consciente "com qual pessoa morta eu quero parecer?", mas eu percebi em mim que esta pergunta brotou com mais força após a experiência literal da morte, e nela entendi que há um ser divino que decide meu momento derradeiro e Ele espera que eu o escolha. Vejo a camada 8 como esse ponto de resposta há este Ser. Esta camada me parece ter um aspecto de chamado transcendente, se a pessoa ao chegar nela e não se tocar disso provavelmente ficará perdida, confusa e sem sentido na vida. Na minha percepção, a camada 8 é uma resposta que deve ser dada. Bom vídeo, professor, parabéns.
Fiz todos os cursos do professor Rafael. Futuramente assinarei o projeto animus e a Academia Trivium. No momento, não tenho condições para tal feitos. Porém, as aulas do professor Rafael são espetáculares.
Camada 8 então seria o exercício do necrológio…bate bem como preparação para o COF, sendo a camada 9 a da vida intelectual…
Camada 8 - "O que fiz com a minha vida até agora?" "Minha vida teve um sentido?" - O "Eu biográfico". "O que devo fazer para encher a minha vida de sentido?" Perguntas típicas dessa camada. Estou certo?
Mas a palavra “morte” é precisamente a que o Professor Olavo usa para descrever a camada 8 em seu curso sobre a formação da personalidade, talvez já em uma abordagem mais madura de sua teoria.
5:20 Prof Rafael, seria mais adequado dizer talvez uma psicologia da tendência? Se há um chamado por parte do Szondi para a luta ou aceitação da sua tendência, evidentemente que não se pode dizer que é completamente uma psicologia do destino, mas uma tendência que está aberta à consciência de quem viu para que haja uma mudança ou não por parte do indivíduo. Portanto, de fato, uma parte dele está morta, caso decida sacrificar sua tendência. Dai, precisará afinar o instinto moral para decidir qual morto escolher. É que nem o Kant dizia: "o filósofo não se coloca diante da realidade como um observador, mas como um juiz de instrução".
Que papo é esse camada e etc? Caí de paraquedas aqui
Procure o artigo "As doze camadas da personalidade humana e as formas próprias de sofrimento", por Olavo de Carvalho.
Creio eu que os danos cognitivos do relativismo e do positivismo se tornam especialmente nítidos nessa camada, na camada 7 o sujeito busca se ver pelos olhos dos outros, já a crise da camada 8 evoca uma "objetividade-subjetiva" como parâmetro de julgamento, que por fim culmina na camada 9 que é propriamente o universal.
Me parece que nessa camada se a pessoa não compreende bem os níveis de linguagem com os quais ela se descreve, acaba "empacando" ali, como quem não descobriu ainda o sintagma de uma palavra e não vê as possibilidades de sentidos diferentes no contexto concreto , quer se "cristalizar num passado que nunca existiu".
Me fez lembrar até aquela frase que o professor Olavo usava nas aulas, "O brasileiro já nasce velho com saudades do próprio passado".
A pergunta que fica é: pode tanta fleuma e sabedoria realmente existir em um jovem burguês que outro dia desses assistia pokemon? Como pode quem ainda não foi afirmar tanto sobre uma estrada conhecida apenas pelos que já voltaram? Pose ou prodígio!?
@@ZekM0nk Deve ser pose. Inclusive, estava um dia desses jogando “Pokémon: Let’s go, Pikachu!”. É bem legal, e nostálgico para quem jogou os jogos antigos de Game Boy.
Professor, não seria mais proveitoso o indivíduo não ser 'bombardeado' por essas questões de personalidade, mas "apenas" ser ensinado nas virtudes, para aplicá-las nas circunstâncias em que se coloca em sua vida - que, em última análise, é o verdadeiro desafio-? Às vezes penso que toda essa análise de personalidade pode mais atrapalhar e obstinar pessoas desacompanhadas do que de fato trazer frutos verdadeiros. Como já dizia nosso querido Chaves: "o homem deve ser feio, forte e formal"; taí a fórmula.
@@almir.santos longe de mim dizer que todo mundo deve aprender essas coisas. Mas querer proibi-las como se elas “complicassem” a aquisição das virtudes é o mesmo que proibir o estudo do cálculo avançado porque “complica” a matemática - tem até um pessoal que (dizem) ficou doido de tanto estudar matemática. Embora não seja necessário que todo mundo estude psicologia, algumas pessoas estudam para ajudar o próximo, e outras simplesmente porque desejam entender melhor o objeto. Ora, ninguém pede a proibição da biologia ou da medicina porque “não dão frutos” em matéria de virtude - mas a psicologia precisa gerar santos, sob pena de ser banida? Se for usada para melhorar um pouquinho a vida dos outros, ou apenas para contemplar a mente humana, não basta?
@@RafaelFalcon Perfeito, professor. A redação do meu comentário não foi muito feliz, dando a entender que o senhor dedicar-se aos estudos das camadas seria infrutífero. Reformulo: a utilização de ferramentas tão complexas deve sempre ocorrer com algum acompanhamento de um professor, como é o caso do senhor; e, de maneira geral, pra quem está num mato sem cachorro, o melhor seria simplesmente buscar uma vida virtuosa, com muito exame de consciência e humildade, ou pode acabar obstinado e vaidoso. Obrigado pela resposta! Deus abençoe o senhor e a sua família, professor!
❤
Professor, o senhor é INFP?
@@lailabokw acertô!
Em um vídeo em que tu falas sobre ler pouco, percebi que tu diverges do professor Olavo em muitos pontos. Agora só confirmei mais ainda. Antes achavas que tu havia sido aluno dele.
Um aluno deve somente repetir o que o mestre lhe ensinou?
@@fabriciofcosta4373 “não estudem a filosofia de Eric Voegelin - estudem a realidade”. Ele sempre repetia isso. Contanto que consiga entender por que ele dizia determinada coisa, e não contradiga ou desrespeite suas percepções fundamentais, você não é mau discípulo por discordar. A discordância pontual não é muito importante. É uma tentativa de se aproximar mais daquilo que ele mesmo estava buscando.
@@brunohenrique9648 Com certeza não. Existiria Aristóteles se ele tivesse concordo com tudo o que seu mestre pensara? Acho que não.
@@RafaelFalcon Concordo.
Eu reescutei recentemente um Animus no qual o Falcon trata especificamente sobre a leitura, a leitura de romances, e com muitas ressalvas, mas incentiva vivamente a leitura de épicos, por exemplo, que são de fato imensamente superiores em linguagem, tema e estilo. O romance já foi uma queda imensa, pós escolástica, renascentista, em relação à poesia épica. Que Dom Quixote seja considerado um dos primeiros, quando não o primeiro, dos romances como hoje entendemos e, ainda assim, seja considerado o melhor, fala que até mesmo internamente nesse gênero, seminalmente decaído, só houve ainda mais depauperação com o tempo. Nesse ponto, se eu entendi bem o falcon, eu concordo plenamente. E agora, digo eu, Virgílio, Camões e Homero habitam outro planeta em relação a Dostoievski, Balzac ou Stendhal. É comparar, um pouco provocativamente, música clássica com funk. E digo isto gostando, e sendo leitor, destes três, mas os visitando consciente desse abismo.
A noção Comteana, e progressista em geral, evolucionista, de que o homem, tal qual na simples tecnologia, também teria progredido intelectual, espiritual e culturalmente, não encontra guarida nem mesmo no uso da linguagem, que só decai com o tempo.