Tenho algumas conclusões que tirei sobre a area de embarcados durante todos esses anos sendo desenvolvedor de sistemas embarcados. *OPINIÕES TOTALMENTE DUVIDOSAS E APENAS BASEADA NA MIHNA VIVÊNCIA* A primeira delas é : não se fruste procurando vagas de emprego na internet (Linkedin, Indeed e etc) se você for * INICIANTE* , essas vagas estão dispostas apenas para um pequeno e seleto grupo de pessoas que tem uma experiencia absurda com grandes projetos e também as vezes com bastante diplomas de pós e mestrado ( principalmente se esse emprego for remoto). A unica forma atualmente de iniciar na área está reclusa dentro das univerisades ( em sua maioria nas publicas e algumas boas particulares) em laboratórios e em parcerias de empresas com as universidades, infelizmente é esse o cenário atual muito dado pelo que o cara do vídeo falou sobre desindustralização e também por muitas (das poucas) oportunidades para *INICIANTES* estarem atreladas à Lei de informatica e/ ou a incentivo da Zona franca de manaus. Isso é apenas um resumo da minha percepção e do que passei no inicio e que vejo atualmente. Dito isso, o dev embarcado ou de baixo nivel infelizmente não pode ficar preso a se perguntar em que momento da tua trajetoria esse teu conhecimento vai te dar dinheiro ou então ficar toda hora ir la nos sites de empregos ficar procurando vagas pra baixo nivel e se frustrar com * 0 vagas encontradas no momento *. Ou tu engole seco e foca em aprender o maximo que der e a resolver problemas com embarcados, ou então sai fora, essa área vai te frustar muito em termos financeiros no inicio. E sim, mesmo que tu foque e aprenda tudo que existe em embarcados isso também não vai te garantir trabalho, até pq como falei as vagas estão meio que em um unico local atualmente (para o iniciante). Fora a questão de tu ter que aprender as vezes 10x mais que um dev de outra area (javascript / java entre outras ferramentas) e ganhar parelho com eles, isso é frustrante kkkkkk mas é a realidade. A segunda conclusão: 99.9999999% das empresas que tentam investir em sistemas dedicados ( principalmente aquelas que nunca fizeram algo com isso antes) percebe que é muito mais barato e rápdio construir uma aplicação como uma aplicação de alto nivel do que criar todo um sistema embarcado do zero, contratar uma mão de obra super especializada (um dev de firmware, de hardware e etc). Isso pode ser percebido em sistemas de token de estacionamento / fastfood rodando um linux ou windows de forma porca e insegura com uma aplicação do seu produto rodando em primeiro plano. Mesmo com todo a insegurança que esse tipo de cenário gera eles entendem que é muito mais barato manter assim, pois o custo e risco é bem mais em conta do que ter que fazer tudo do zero com um sistema dedicado para aquela situação. Essa mentalidade não vai mudar tão cedo pois a concorrencia que muitas dessas empresas tem é zero e as que tem geralmente usam as mesmas ferramentas e os mesmos jeito de construir aplicações kkkkkk.Enfim, quem sou eu pra criticar, se eu tivesse uma empresa também iria pelo menor custo possível. A terceira conclusão: A maioria das vagas boas para dev embarcados no Brasil estão em grandes polos de industria, alguns no sul / sudeste e manaus. E alguns resquicios no nordeste e centro oeste. A maioria delas é para o agronegocio, que sim tem uma gama mt boa pra dev embarcado ,seja de hardware ou firmware, linux embarcado, android embarcado, kernel, device drivers e o ceu é o limite, porem são vagas que uma vez preenchida raramente são anunciadas. Mas também temos muitas coisas na area de energias e automobilismo e também na academia (pos, mestrado e doutorado) ~pra quem gosta de pesquisa~ A quarta e ultima : Ultimamente tenho focado em resolver problemas e ignorar essas minuancias de especialidade de saber todos os detalhes do kernel, dos drivers, dos registradores.Galera, eu vejo startup que os cara simplesmente usam tudo no Arduino framework com esp32 e tao abocanhando mercado com soluções que resolvem o problema, por mais porco que seja o software dos caras. Eu parei de me frustar com o mundo de baixo nivel e agora to resolvendo problema e isso aí é tudo ferramenta pra mim. E é aqui que queria chegar, acho que atualmente você tentar fazer algo pra você muito mais vantajoso pra quem quer iniciar na area ou quem quer seguir na area. Enfim desabafos kkkk é isso meus queridos. Os riscos são altos demais principalmente num país que é inimigo do empreendedor. Porem, acho que o tempo gasto aprendendo essas coisas complexas você gastaria o mesmo esforço abrindo algo pra você com amigos da faculdade e etc. Dia desses, fui convencer um amigo meu a entrar num projeto que tive ideia muito legal ( ele também é dev embarcado) e o cara me solta simplesmente: " Cara se eu abrir um ponto de açaí vou ter menos esforço, dor de cabeça e ter praticamente o mesmo lucro que isso", confesso que passei 15min rindo disso porem de fato ele tinha total razão, em termos de lucro aquela minha ideia geraria retorno financeiro relativamente baixo comparados a um negocio em açaí. Mas acho que daí vem aquela frase de pelo menos eu to fazendo o que eu gosto e o que eu entendo e tenho base para opinar e modificar da forma que eu achar melhor.
A ideia do açaí é um soco no estômago 😅, infelizmente a péssima economia no Brasil gera um poucas empresas ( clientes) ... E menos ainda empresas fornecedoras. Então abrir negócios aleatórios , o açaí no caso, parece ser mais viável. Tenho empresa a mais de 10 anos na área de SaaS para escolas. E e difícil vender ... E gosto da área de embarcados, IoT, etc... E acompanho esse mercado a um bom tempo. Temos um projeto que usa RFID para controle dos alunos. E sempre gostaria de desenvolver um hardware próprio, mas é meio inviável... Porque meio que não se paga.
Trabalhei por 2 anos com embarcados numa fábrica de balanças de cubagem (automação logística). Foram os 2 anos mais felizes da minha vida profissional... mas infelizmente tive que sair e ir pro alto nível no setor bancário, pois enquanto eu ganhava R$ 2500,00 no baixo nível (com fila de gente querendo minha vaga), setor bancário tava pagando 10k pra fazer app de banco. As vezes a gente tem que abrir mão de trabalhar com o que gosta para pagar as contas...
Isso é mt verdade também, muitas vezes pessoal do baixo nível não tem uma remuneração a altura. Acho que isso vai muito de competitividade e margem dos mercados tmb, entre serviços e indústria.
@@Michel-rt1rz É o que foi dito no vídeo, tem pouca oferta de vagas e muita demanda de profissional querendo ir pra essa área, isso faz o salário ser menor que áreas que tem falta de profissional.
Cara, é muito importante ter gente da nossa área de computação falando de política, desenvolvimento e soberania. Infelizmente, nossa área ainda não entendeu que a saída pros problemas de computação e engenharia no Brasil é politica e focada na soberania nacional do nosso país. Espero que mais pessoas como o Waine possam surgir para mudar o atual cenario do debate que é feito hoje
Muito obrigado, meu querido. Temos que falar sobre esses tema e ter mais gente divulgando e discutindo mesmo, ainda mais pra uma área tão crítica como a nossa que sem investimento só vai diminuindo.
É uma batalha inglória discutir desenvolvimento e soberania neste país. Enquanto os EUA e a China brigam com unhas e dentes na "guerra dos chips" aqui seguimos a ver navios
Cara, recentemente fiz uma pesquisa banal sobre embarcados e baixo nível em vários desses sites pra vaga de emprego. Não encontrei nada! Mas fiquei me perguntando sobre o porquê. Seu vídeo é profundamente pertinente!! Concordo com você totalmente! E, aliás, é bem triste que você esteja certo...
Fixei o comentário de um amigo falando sobre isso, vagas em embarcados, divulgação e como entrar. E eu queria mt estar errado sobre esse tema, infelizmente...
Claro mano, engenharia da computação é bem a grosso modo uma engenharia eletrônica com ênfase em computadores, é um curso orientado para criadores de chips e placas. Intel da vida desenvolve processador em Israel, AMD faz isso nos EUA. Aqui no BR a gente não desenvolve porra nenhuma, compramos tudo pronto e somos mão de obra de montagem. O único tipo de curso que ainda dá emprego aqui no país são vagas na área de Sistema de Informação que pelo menos dão noções de programação e de regras de negócio de forma geral como adm e economia/contabilidade (ADS cai nesse grupo). Ciências da computação é orientado para aquele cara que vai dar aula e/ou quer ficar preso na academia, mas novamente, como já disse, BR não desenvolve porra nenhuma. O mais perto disso foi criar a linguagem LUA pela PUC-RIO e olha lá, não ganhamos um tostão com ela.
@@pk654 Exato. Perda de tempo. Tu tem que estudar muito mais teoria que vc não usar nada, vai perder mais um ano na faculdade, vão meter em vc um TCC do cacete muito mais foda que num curso de tecnólogo por exemplo e vc ainda por cima vai ter quase nada de programação A única contrapartida é que algumas das teorias vistas em ciências como por exemplo como funciona um computador te ajudam a usar de forma mais racional e eficiente os recursos do computador na hora de programar. Tá cheio de programador aí fazendo merda no sistema e comendo recurso que nem um retardado pq não sabe como o computador funciona. MAS essas coisas vc pode estudar por fora, numa Udemy da vida, depois de ter feito um curso de tecnólogo de 3 anos e conseguido um emprego.
@@pk654 qualquer facu, é tudo a mesma coisa, isso se for em uma publica pq nas ead, nem as bases de matematicas a pessoa pegar, de resto tu vai ter que aprender sozinho mesmo por fora, porém vc precisar do diploma para apresentar na entrevista
Perfeito, a relação é direta, quanto mais industria, mais vagas terão para desenvolvimento em baixo nivel. Com a popularização das redes 5G, eletrificação dos veiculos tem puxado novas demandas de programadores de baixo nivel. Outro ponto inportante é o tempo de formação desse tipo de dev, é geralmente mais demorado por ser mais especializado, além de saber a linguagem tem que saber sobre a plataforma (SOC) e coisas especificas como protocolo CAN em automovies, ModBus na industria, LoRa no Agro...
isso mesmo.. não é curso de ReactJS / HTML / CSS ou até mesmo java não.. aonde tu aprende ali na esquina.. esses ai é embaçado é um nivel aonde a maioria desiste não vai achar videos de influenciadores explicando como fazer.. kkk
Ponto perfeito, o tempo de formação e conhecimento necessário tende a ser bem maior do que pra entrar pra web. Ainda mais pela criticidade que esses sistemas costumam ter (um bug num site é diferente de um bug em um sistema de carro)
O que mais tem é rede iot com tecnologia proprietária. O cara conecta na rede e a rede entrega o dado na nuvem. Já os carros, não sei se vai fazer diferença, pois os modelos são todos gringos
@@fabioa8059 mas q eu saiba vc entrando numa multinacional vai trabalhar pros gringos.. mas conforme disse isso não é vaga pra pra qualquer "Zé ruela" não é o engenheiro de verdade.. e não de mentirinha como todos ai falam q são "engenheiro de dados" e ai o cara sabe Python e JS.. virou até piada isso.
@@waine_jr sem falar na desigualdade de salario, o mercado paga mais para um dev back/front ou fullstack do que para um Dev Embarcado, ou seja, vc tem que estudar e aprender mais para no fim ganhar menos :/
Como que foca nisso no Brasil? A nossa mídia passa o tempo todo falando que o governo tá gastando demais, não pode investir em infraestrutura e capital humano, além disso temos as taxas de juros mais altas do mundo, maior que países em guerra, qual a empresa que vai querer pegar crédito pra fazer investimentos de longo prazo se pode simplesmente deixar esse valor rendendo. A real é que esse país tá sequestrado e sendo sugado por esses parasitas financeiros que tão recebendo uma fortuna com títulos da dívida pública.
@@JoseDaviCorreiaPassos Cara.... falta empresa no brasil, falta negocio e o governo em si SOMENTE atrapalha. Nao falta pesquisador, nao falta cientista, falta emprego.
@@masterdoxbox Falta coisa aí, mas ele tá certo: juros altos atrapalham investimentos. E o problema de não gastar é que tudo que o governo atual tem, recebe dos governos passados, assim como o governo futuro irá herdar. Mas não é só isso. A agricultura no Brasil é forte e é a maior parte do PIB, se não me engano. Tem muitas coisas pra se.levar em consideração, mas a principal delas, são os governantes daqui. Não é só presidente, é deputado, é prefeito, vereador. A cultura do país em si também é um influenciador nisso
Meu primeiro contato com baixo nível foi na disciplina de microcontroladores, onde ainda programei o lendário 8051 em Assembly. Infelizmente acabei me afastando da área de embarcados devida a dificuldade de poder concretizar algum projeto visto que a maioria do hardware vem de fora do país, mas ainda desejo concretizar uns projetos IoT que eu tenho. Agora, trocando experiência com profissionais e alguns colegas que estão na área de embarcados eu posso admitir que infelizmente a indústria brasileira desvaloriza muito os bons profissionais que tem, a ponto de fazer muitos desistirem da área. Então acredito que o melhor caminho é se especializar e virar prestador de serviço, mesmo sabendo de toda a dificuldade que é trabalhar com embarcados no brasil.
Todos os colegas que conheço que trabalham com embarcados e baixo nível são autônomos, é o jeito pra conseguir entrar na área. Fazer seu próprio hardware e vender serviço ou produto pras empresas interessadas.
Acho que esse não é um problema exclusivo do Brasil. Mundialmente, houve uma migração das "indústrias" de boa parte do mundo pro leste asiático desde o fim dos 70. Não sei se vc tem interesse no assunto, mas existem alguns videos de um economista chamado André Roncaglia que argumentam a favor de uma reindustrialização brasileira.
@@waine_jr Q legal receber uma resposta sua! Eu acompanho seus videos pq trampei algum tempo com HPC/Cuda na academia e agora trampo com IA na Arm. Gosto das suas seleções de tópicos e de ouvir suas opiniões, continue com o bom trabalho! 😁 Eu, por motivos meio óbvios, gostaria muito q o BR retomasse sua industrialização nessa nova janela d oportunidades q parece estar se abrindo com as mudanças no panorama geopolítico e a crise climática. Abraços!
@@pboechat Que interessante, cara! Trabalhou com qual aplicação em HPC/CUDA? O único meio que consegui de continuar foi com a empresa, pq se fosse em mercado de trabalho acho que precisaria de uma pós e nem sei se no Brasil ia rolar. As empresas concorrentes nossa são todas europeias ou americanas, ia ter que vender a força de trabalho pros caras kkkkkkk
@@waine_jr foi exatamente numa pos fora do BR q trampei com CUDA... O q eu fiz foi basicamente implementar um caso de uso bem especifico (modelagem procedural em tempo-real) prum agendador d tarefas pra cargas dinamicas e irregulares, q era o q meu grupo tava desenvolvendo. Isso foi em 2013, entao o ferramental pra desenv em CUDA ainda tava meio imaturo (na minha opiniao). Legal vc ter conseguido achar um negocio q envolvesse HPC e q fosse viavel! Parabens, cara! A sua empresa foi "incubada" por alguma universidade?
O vídeo é ótimo. A gente ta tendo agora algumas iniciativas para fortalecer a indústria de micro eletrônica que pode ser algo que a gente só colha frutos em alguns anos, sendo puxado pela Softex com faculdades federais e com grana injetada pelo MCTI, para termos a indústria menos commodity e mais produto e por consequência termos mais vagas de baixo nível eu acho que a gente vai ter que ter ainda mais iniciativas desse tipo, é grana, tempo e politica... Agora só para polemizar um pouco: Como avançar a industrialização no Brasil se o "nosso" burguês está cada vez mais rentista e menos industrial?
Esse tipo de investimento só se paga ao longo do tempo mesmo, e tem que ser plano de Estado, não de governo. Além de ressaltar que investimento privado não move país nenhum, os monopólios e inovações são feitas por meio de muito dinheiro e subsídio estatal, além do planejamento. Mas como dá pra fazer isso com a política de arrocho e teto de gastos né. Enfim, enquanto a política econômica neoliberal tiver aí não acredito em nenhuma mudança substancial na nossa situação não. O mais triste é que isso se mantem desde os anos 90 ao menos...
Olha o segmento de embarcados acabou sendo absorvido pela área de automação industrial e pela mecatrônica, justamente pq a complexidade deles acabou sendo muito reduzida ao longo dos tempos. Outra coisa muito comum na nossa área de TI é que 30% das vagas são ocupadas por pessoas sem formação na área e normalmente vindas de outras áreas. Então essas pessoas acabam pegando as poucas vagas "baixo nível" que existem.
Com os CLPs open source, IIoT e controladores que utilizam linguagens tradicionais de computação, eventualmente a indústria se encontrará defasada se não pensar para além daquelas linguagens IEC para CLP... A visão de curto prazo e inaptidão técnica dos gestores de negócios representa um grande perigo de que esse cenário se concretize.
Sou estudante de AdS e já técnico atuante em automação e mecatrônica. Pelo que vejo a indústria hoje está muito presa ao CLP e suas plataformas proprietárias caríssimas como os serviços da Siemens. Eu comtinuo estudando baixo nível pois eventualmente a indústria precisará ver além para não ficar defasada. Então estamos falando em desenvolvimento IIoT embarcado mesmo a nível de controle de processo. Hoje se fala muito em CLP open source também, alguns como o NextPLC da phoenix contact, que pode ser programado em C++.
Você tem completa razão. Além de tudo que você disse, muitos grandes empresários são cabeça dura e não pensam em desenvolvimento próprio, terceirizando alta tecnologia para Amazon, Microsoft e etc, ficando totalmente dependente de rede de computadores com estes serviços alugados, por exemplo: Maquinas de diagnostico medico automáticos que não geram relatórios quando cai a internet; Relutância de pequenas mineradoras em abraçar tecnologia; Preferencia de grandes empresas em contratar mão de obra "barata" e não qualificada ficando assim muito dependente de serviços terceirizados como citado acima.
Vejo muito isso na resistência em adoção de uma infra local, provisionada. Muitas empresas e devs buscam a AWS, Azure, GCP pra todo tipo de problema, nem considerando fazer uma infraestrutura local ou ao menos híbrida, e são totalmente avessos a qualquer sugestão nesse sentido (mesmo com a economia gigante que isso trás). Aqui no Brasil a gente tem a SERPRO (estatal que presta serviços de dados e provisiona infra) que o governo poderia investir muito mais. Eu mesmo nunca tinha ouvido falar até que um colega fez um projeto com eles. Uma alternativa nacional ao menos, que pelo menos evitamos o risco de ficar sem nada se os EUA resolve cortar o fio que liga nossa net a deles kkkkkkkk
A indústria é, de fato, um belo impulsionador para o mercado de "embarcados", mas não é o único, nem é o principal. A indústria de microeletronica não sobrevive sem demandas estatais e(somadas) a um projeto/planejamento nacional de longo prazo. Pensar que ter indústria forte nos daria muitos empregos na área é complicado, até mesmo pq automação industrial, que é maior demanda industrial dentre os embarcados, já é bem modularizada. Então, mesmo para uma indústria, é complicado fazer encomendas nacionais que vão custar muito mais caro do que os sistemas(hardware/software) que já existem e estão bem consolidados. Hoje o mercado é uma "bagunça" sem rumo, só buscando ganhos(claro) e sem planejamento nenhum além do PADIS, que é mais usado para fortalecer multinacionais do que para desenvolver tecnologia nacional. Claro que outros fatores como péssimos salários, necessidade de formar profissionais especializados, capacidade nacional de produção, etc, estão sendo ignorados nesse comentário. O importante é: planejamento estatal. Abraço!!
Acabar com a diferenciação de empresa estrangeira e empresa nacional é um dos maiores crimes do FHC, junto com a lei de patentes (que é regente até hoje). Perfeito o que disse, e se formos entrar nessa área vamos ter que "brigar" com as multinacionais que já tem domínio e monopólio em suas respectivas áreas. Mas a alternativa a isso é continuar transferindo renda e capital pros países centrais né. Temos que entrar nesse tipo de mercado antes tarde do que nunca.
Você quer trabalhar com baixo nível genuíno no Brasil ? Então você tem que focar em áreas críticas, Embraer, o acelerador de luz síncroton Sirius, WEG, Siemens do Brasil, apesar que o forte deles é elétrica de potência.
Outra área que poucos lembram e que tem crescido bastante é a Robótica. Eu sou estudante de engenharia da computação e percebo que são poucos da área que se interessam, e acaba que as vagas são ocupadas por engenheiros eletricistas, que ao meu ver possuem menos experiência com hardware e programação em geral. Aqui no Brasil as vagas também são escassas, mas eu e meus colegas com frequência recebemos propostas para trabalhar fora, algumas até dos Emirados Árabes, que possuem dinheiro de sobra para investir em tecnologia. Estou esperando apenas o curso acabar para sair daqui, infelizmente Brasil é o famoso "grande à toa". Muito potencial desperdiçado por maus governantes que no fundo são um reflexo da mentalidade do próprio povo. Preferem um retorno menor e volátil em curto prazo do que um retorno imenso e permanente no longo prazo.
Sinceramente se a pessoa quer ganhar dinheiro com sistemas embarcados ela vai ter que ter um mestrado em engenharia aeroespacial e entrar na Embraer, até a onde eu sei ela é a única empresa que se preocupa com isso e inclusive ela tem um programa de mestrado profissional para recém formados para dar capacitação na área mas para isso o candidato tem que ser engenheiro.
O Pirate Software tem umas falar que concordo nesse sentido. Que fazer engine do zero é muito bom 1. Se você quer aprender 2. Se nenhuma engine supre suas necessidades (como Noita, ou FEZ) 3. Não lembro Pra empresas que querem lançar o jogo e fazer dinheiro, mt provavelmente é bem melhor só usar uma engine disponível. Mas não precisa ser Unity tmb
Eu só tive a oportunidade de trabalhar com embarcados em um instituto de pesquisa, e que ainda, tinha dinheiro estatal via editais. Sabe o pior de tudo isso? Era para desenvolver projetos de empresas da gringa. D:
Pois é, afinal se o Brasil não tem indústria, outros países tem e necessitam de mão de obra qualificada e serviços de suporte. Baita oportunidade desperdiçada no nosso país
11:15 A área militar, aviônica por exemplo, a Embraer provavelmente constroi seus próprios softwares e projetam os hardwares, o hardware não é fabricado no Brasil, a pcb e as peças (SOC, microcontroladores, capacitores, etc) são importados e montados por alguma empresa brasileira em parceria com a Embraer.
0:31 Exato, você foi direto ao ponto, ou como dizem "tocou na ferida", a programação de baixo nível é direcionada a um nicho específico de mercado, como por exemplo, embarcados, SOC (System On a Chip), microcontroladores para pcbs industriais baseados em FPGAs e ASIC, eu não sou dessa área, apenas curioso pelo assunto, então não posso afirmar com certeza, mas dada a situação da desindustrialização no Brasil, encontrar uma vaga pra trabalhar com baixo nível deve ser bem difícil viu, especialmente para iniciantes, é por isso que a maioria das pessoas que se formam em Engenharia da Computação e Ciência da Computação normalmente trabalham em áreas totalmente diferente da formação, vão trabalhar em bancos, mexer com desenvolvimento web ou estudam pra concurso pra exercer suporte de TI.
Infelizmente o Brasil vem perdendo muito a sua indústria e isso impacta na produção de tecnologia própria. Porém acredito que existem algumas opções de projetos de baixo nível principalmente quando algumas empresas investem em tecnologia própria. Parabéns pelo vídeo Wayne 👏🏻
Muito obrigado, Rony! É esse o caminho que a gente segue na minha empresa mesmo, desenvolvimento de tecnologia própria e nacional. A parte difícil é que o investimento e tempo necessário tende a ser bem alto, então nem todas conseguem fazer isso.
@@maicosalbrecht gringa digo qualquer lugar fora da América do Sul. Estados Unidos, Europa e Ásia. As próprias linguagens e ferramentas open source vem de lá
6:16 Vc se esqueceu da virtualização, não estou me referindo ao usuário, mas o desenvolvimento baseado em virtualização, a exemplo do Hypervisor, máquinas virtuais (VMM), VMware ESXi e Xen
Dados usa baixo nível também. Polars por exemplo é usado para o desenvolvimento de block chain e é escrito em Rust e Pandas é escrito em C (muito usado pra tratamento de dados)
Acho que dados é semelhante a IA nesse sentido. As frameworks são feitas em baixo nível, mas os operadores geralmente usam uma linguagem tipo Python pra operar com elas (vide TensorFlow, Keras, Pandas, etc.)
@@waine_jr sim, faz sentido. Mesmo pra otimização a galera só faz quando para de rodar. O Polars é diferente, mas é pouco usado no Brasil, a galera acaba jogando tudo pra um clister enorme fazer e larga a alta performance
Depois que as máquinas se tornaram mais poderosas e as aplicações foram migrando para web, baixo nível que era o padrão nos anos 80~90 se tornou algo de nicho, pois hoje se prioriza mais velocidade de implementação do que otimização no consumo de recursos, e esses nichos praticamente inexistem no Brasil. E sim, a industria aqui é péssima de pequena, mas nem foi por diminuição, acredito, pois o que aconteceu na verdade foi que o agro cresceu absurdamente no Brasil ao longo das décadas e a industria estagnou o que faz parecer que nós nos desindustrializamos mas na verdade nunca fomos industrializados, por sorte o agro deu um respiro a economia do país, se não fosse ele o Brasil seria inexpressivo globalmente.
Tem uma outra coisa que (pode) usar baixo nível, que são programar estratégias de compra e venda de ações pq precisa de processamento rápido, mas acabam fazendo em java normalmente pq é banco né...
Eu já conversei com pessoal que mexe com ações e os bots pra isso, e eles já migraram o processamento pra ASIC (um hardware customizado e especializado) pra acelerar o trading. É um mercado que rola muita grana e quem entra tá com a vida feita eu imagino kkkkkkk
Quase todos os países vem perdendo participação da indústria no PIB, é o natural pra economias modernas. Acho que tem a ver com outras questões, como o protecionismo, que inviabiliza muitos negócios. Pensa a dificuldade e o custo que tem aqui pra comprar um Raspberry Pi. Quem seria corajoso de fazer uma empresa de embedded aqui?
Todos os países menos a China, com 38% do GDP na indústria e 30% dos empregos no setor. www.statista.com/statistics/1124008/china-composition-of-gdp-by-industry/ en.wikipedia.org/wiki/Economy_of_China Não é a toa que vários países europeus e os EUA estão voltando com políticas protecionistas e de trazer fábricas do sudeste asiático de volta para o país. De natural isso não tem nada, puro movimento por poder político e econômico kkkkkk
@@waine_jr tem definitivamente um fator de geopolítica aí, depender completamente de Taiwan pode ser um problema grave se a China resolver invadir. Eu não sou contra política industrial por princípio, acho inclusive que o Brasil, se os políticos não tivessem a cabeça presa nos anos 60, poderia se aproveitar bastante dessa onda. Nós temos uma indústria química bastante razoável, poderíamos participar na cadeia de produção de chips, tem muita coisa em volta da produção de wafers. Infelizmente a gente prefere continuar insistindo em não participar de cadeias globais, fazer protecionismo que só serve pra limitar nosso acesso a bens de produção (confere depois o nível de protecionismo pelo mundo, o Brasil é campeão!) e subsidiar "indústrias" de montagem. O tipo de política industrial que a gente insiste em fazer cheira a mofo. E é bizarro, porque a gente tem experiências muito boas aqui mesmo que poderíamos usar de exemplo... Embrapa, Embraer... Mas o movimento de aumento da participação de serviço no PIB é bem natural sim, conforme as sociedades se automatizam e enriquecem, é natural que menos pessoas trabalhem em agro e indústria e demandem cada vez mais serviços. Isso necessariamente leva a uma redução da participação da indústria no PIB, o que não é ruim por si só. Políticas industriais não vão levar a aumento relevante de participação de indústria no PIB, se tiverem sucesso. Agora, se tiver uma guera mundial...
@@waine_jr fui conferir os dados e até a China! Eram 44% em 2013, já perdeu 6 pontos. E olha que a indústria lá segue crescendo forte, olha a BYD por exemplo. Ótimo exemplo de como é natural em economias modernas serviços comer espaço da indústria, proporcionalmente!
Não é minha área, talvez eu comece a mexer IA embarcada em dispositivos de IoT no fim do mês, mas fica a dica que a toledo para muito bem para baixo nível. 3k em média, para estagiário. Fontes: Amigos meus que trabalham lá.
Linguagens de programação em geral e ferramentas de desenvolvimento avançaram o suficiente para suprir a demanda e os requisitos de performance e eficiência da grande maioria das aplicações - haja visto o fato de que aplicativos para Android não serem escritos em linguagens que compilem diretamente para código de máquina, e programação de baixo nível ficou segregado ao desenvolvimento de hardware (drivers, sistemas embarcados, etc), que é uma indústria que praticamente não existe no Brasil.
Opções: 1) Aceitar o estado atual e viver do jeito que dá, pegando o que aparece para ganhar alguma grana, geralmente usando plataformas estrangeiras de trabalho precarizado 2) Pensar em mudanças políticas que transformem nosso país a algo além de simples exportador de matéria prima. Primeiro ponto seria abolir a lei Kandir e taxar matéria prima exportada para investir em indústria de transformação nacional.
Toda vez que eu lembro que exportação de produtos primários a taxação é ZERO eu tenho um mini AVC... Mas no fim é só mais um dos diversos crimes do FHC na sua presidência
HPC não é baixo nível. A gente usa Python, CUDA, tensorflow e outras bibliotecas já prontas para lidar com esse tipo de computação sem ter que conhecer muito do hardware E diga-se de passagem que C/C++ são linguagens de alto nível, no máximo, poderiam ser reclassificadas como médio.
Não disse que HPC é baixo nível, disse que baixo nível é utilizado em HPC. E esse anacronismo de chamar C/C++ de "médio" ou "alto" nível eu não compro, os tempos mudam.
@@waine_jr Paradoxalmente vc está fazendo uma análise anacrônica ao baixar o nível do C/C++ aos olhos de hoje, sendo que ele era considerado alto nível no seu lançamento. Qq infra é feita em C/C++. As bibliotecas de Python e CUDA são feitas nessas linguagens, não quer dizer que o programador médio vá usar C/C++ para HPC. Se vc quer usar HPC com C/C++ vc tá pensando em termos de nVidia. As grandes não fazem NENHUM desenvolvimento aqui no país. No caso da Petrobrás vc também tá enganado, pq cai exatamente no caso que eu comentei: quem tá usando essas aplicações com linguagens de mais baixo nível são os 30% dos profissionais que não são da área, mesmo pq não faz nenhum sentido usar essas linguagens para computação de alta performance, visto que o desempenho real está em CUDA, que é orientado a GPU e o software fica difícil de dar manutenção se feito em C/C++. Quem quer que esteja mexendo nesse tipo de sistema claramente não é dev, não tem formação na área.
8:12 Ai é que tá, vou mandar a real, hoje, 90% desses cargos estão concentrados na ásia, 5% nos EUA e 5% na Europa, estou arredondando aqui pra facilitar, o Brasil infelizmente participaria desse processo nas casas decimais tipo 0,000001% pra falar a verdade, com exceção dos EUA e Canadá, tudo pra baixo (América Central e Sul) é zero alguma coisa.
mas é normal amigo.. igual produtos oriundos da china.. tu acha q vai conseguir produzir tudo localmente??? rs... o computador que vc tem ai, celular é tudo de fora.. ou então compra Positivo.. kkk q é uma merda.. e mesmo assim eles importam um monte de peças.
Impostos altíssimos tanto para quem produz, quem trabalha e para quem compra, faz o Brasil ser um país caro para se ter uma indústria. Melhor mandar produzir tudo na China.
vale lembrar os incentivos fiscais que esses países dão pra indústrias. Semicondutores mesmo é estimado um subsídio de 15%-30% no valor final. Além dos subsídios de infraestrutura, a Alemanha e UE mesmo fizeram um acordo de 10Bi com a Intel pra construção de uma fábrica de semicondutores na Alemanha (e o acordo total é de 50Bi se não me engano)
@@waine_jrno caso dos semicondutores a questão passa pela geopolítica. Provavelmente alguma coisa parecida com a terceira guerra mundial vem aí. Não se pode confiar no suprimento de Chips do oriente. Isso inclusive é um baita problema. Indústria forte garante um esforço de guerra eficiente. Sem indústria, fica complicado
@@waine_jrmas o Brasil também dá isenção pra indústria. A nível federal a zona franca de Manaus teve 20 bi de incentivos em 2022, o problema é que é no meio do nada e não tem logística eficiente pro centro do país
🤣Trabalho com C++ no Brasil e me arrependo todos os dias de ter aprendido essa linguagem🤣. Queria trabalhar com data science ou data engineering, mas sempre tem um projeto legado ou mal feito em C++ nas empresas que acabo sendo puxado por que sou "o cara do C++". Da vontande de esconder C++ do curriculo pra poder ter experiências em outra coisas invês de ficar debugando CMakeLists.txt rsrsrsrsrs Não é pra destimular ninguém a aprender C++, só fiquem atentos que ela tem uns nichos no mercado bem chatos.
Eu queria trabalhar com c++, pena que o mercado é pequeno e não há vagas para iniciantes. No meu primeiro trabalho eu mexi com c++, mas hoje mexo com python em uma área mais próxima a engenharia de dados
@@waine_jr Não sabia do Zig como build system, vou procurar sobre ele! Mas o lance da fragmentação do C++ em diferentes build systems, compiladores, estilos e gerenciadores de dependências, faz com que os times onde eu trabalho prefiram usar o modo de programação que já conhecem. Ainda mais aqui quando os times são de especialistas num dominio especifico que usa C++, e não especialistas em C++ por sí. Ai fica dificil trocar por coisas mais modernas. Se for pensar que muitas empresas nem usam integração continua, então desenvolver projetos longos em C++ é já chegar jogando no ultra-hard.
@@lucasrodrigues9766 Acho que data engineering agrega muito valor para as organizações e é uma área que paga bem, tanto aqui quanto fora do Brasil. Como você disse, o mercado é pequeno, mas o importante é ser proficiente em uma das áreas mencionadas no vídeo. É tipo ser um programador Java sem saber SQL ou Spring. Código só se torna uma tecnologia de fato quando consegue modelar um problema de forma a dar uma vantagem competitiva para as organizações.
O maior problema é gente querendo trabalhar pros outros sendo q deveriam abrir uma empresa. A ASML começou como uma startup de 20 pessoas, hoje em dia a gente vê o governo se gabando pq investiu 2 milhões em semicondutores. Vergonhoso, pq seria muito mais fácil criar um ecossistema próprio à inovação. Mais fácil do que disputar com uma empresa que provavelmente gera mais dinheiro que o PIB do Brasil inteiro. Reconhecer que perdeu a corrida e aprender a começar a corrida pelo começo, não depois que tomou 180 voltas de vantagem, ou seja, dá pra investir em grafeno, computadores quânticos pq essa corrida está no início. Vi uma estatística recente de que a indústria de hardware é quase 50 por cento no BR, Mas houve uma queda de 11 por cento nos últimos dois anos, acredito q taxação excessiva, queira ou nao dependemos da china, amanhã volto aqui e esceevo o resto, teclado de celular é osso...
Eu conheço essa expressão "linguagem de baixo nível" como sendo relacionado a linguagem de máquina e ao assembly. Pelo jeito hoje o "baixo nível" é mais nutella. A linguagem C/C++ é bem mais fácil.
Se for seguindo essa lógica, quem escreve assembly é Nutella. Programador de verdade faz tudo com portas NAND. 😅 Você programa para ganhar dinheiro e entregar as coisas para o cliente dentro do prazo, não pra mostrar que é fodao e só escreve assembly. Cliente não está nem aí se você usa linguagem x ou y.
Dependendo da restrição do projeto é só assembly mesmo, o C++ e Rust fazem o binario ficar muito grande para caber em alguma microcontroladores mais limitados, eu diria que programação Bare-metal para microcoltroladores hoje é ASM, C e Zig
@@philmts128 o seu problema é que você não consegue compreender textos. Praticamente ninguém escreve programas em assembly hoje em dia. São poucos. As pessoas hoje em dia tem muitas facilidades, plugins, IDEs. E tem o tal do vscode. Você quando chega num serviço, já tem as ferramentas ali na mão, facinho, facinho, porque o empregador sabe que tempo é dinheiro, e facilita para seus empregados. E se você trabalha por conta, você vai atrás do método que te agiliza. Mas antigamente, as pessoas não tinham esses recursos. Hoje até o compilador é feito na mesma linguagem que os devs usam. Só que pra mim C/C++ não é linguagem de baixo nível, pra mim é código binário ou assembly. É esse o ponto, nada além disso.
@@maicosalbrecht sim, ainda vejo projetos sendo feitos em ASM. Mas também muitos casos, é possível substituir por um Ardiuno com código em C. Ou até o MicroPython no pico. Acho que até no ESP32, mas não fiz isso ainda.
Sobre a queda de uso penso eu que é mundial. Boa parte das tecnologias modernas de grande performance são escritas usando baixo nível, tornando desnecessário gastar um tempo absurdo desenvolvendo elas do zero. Os jogos antigos eram feitos em assembly, hoje em dia são feitos usando a unreal. Pra fazer alguma solução de dados antigamente se perdia meses desenvolvendo do zero a solução usando C, hoje em dia se consegue entregar a solução usando meia duzia de componentes open source. Apenas em algumas soluções de alta demanda se justifica escrever do zero a solução, fora que desenvolvedor sênior é caríssimo
Acho que esse é um fator sim, mas também vejo que muitas áreas que usavam baixo nível continuam utilizando, como embarcados, segurança, sistemas operacionais, alto desempenho, etc. O OpenSource acho que é um fator maior, mas boa parte das soluções você ainda precisa "grudar" os componentes, e em baixo nível isso não é tão fácil quanto num Python da vida. Por exemplo, você pode ter o driver de uma placa já feito, mas o trabalho de integrar ele com seu embarcado não é trivial.
Vejo que o problema é que o Brasil não produz nada mais demandante de processamento ou que seja miniaturizado. Mesmo iot a galera conecta os sensores em uma infra proprietária que já faz o tratamento dos dados e joga eles pra nuvem
@@waine_jr sim, costuma ser muito mais caro que desenvolver on premises. Mas grande parte do mercado de ti brasileiro é de consultoria de quinta. Acaba que só querem entregar rapidamente e o custo de manutenção da infra eles deixam pra lá
Eu particulamente, n curto linguagens de "alto nivel" vide javascript e companhia. Eu trabalho na área de jogos, nomeadamente unreal engine com C++ e realmente n existe profissional de C++ no brasil, é mesmo muito poucos profissionais, fui procurar um tempo atras profissionais pra entrar no meu time com conhecimentos de c++ e realmente é triste.
É difícil achar mesmo, o caminho mais viável que imagino é "formar" pessoal na empresa pra trabalhar com essas coisas, começar com estágio ou IC e ir treinando a pessoa por um bom tempo. Achar alguém pronto é difícil e bem caro.
Queria possivelmente contribuir com um ponto: Acredito q exista tb um recorte geografico, dentro do Brasil, na distribuicao das parcas vagas d desenvolvimento baixo nivel. Sou natural do Rio e trampei boa parte da minha vida profissional por la (9 dos 21 anos q tenho d xp). Acho q o Rio tem mta vaga em servicos (financeiro, transporte, varejo, midia, etc) e algumas na academia, mas quase nenhuma na industria (qlqr, pesada/ transformacao, tecnologia, etc). As vagas em servicos sao quase sempre d desenv altissimo nivel. Imagino que SP (fora da capital) e RS sejam ligeiramente diferentes. Alguem aqui tem algo q corrobore ou contrarie esse ponto?
RS sei que tem a Ceitec e algumas outras indústrias associadas a academia que são fortes. Seria interessante ter opinião de alguém do RS e de SP mesmo, pra ver como é a realidade e oportunidades depois da formação (eu acho que essas vagas geralmente são associadas mt a faculdade, as empresas puxam bastante). Quem se formou comigo, alguns foram trabalhar na Volvo com processamento de dados dos caminhões, uma área super interessante.
Meu mano, qual serie um roadmap de baixo nivel? Sem citer linguagens como C/C++, Rust, Zig (mesmo C/C++ provavelmente sendo conhecimentos obrigatorios) oque seria uma linha a seguir? Tipo começa com logica e algoritmos, depois arquiteura de computadorws, dps protocolos etc
Acho que tudo começa pela linguagem, estrutura de dados e algoritmos. Depois disso vc pega as áreas que te interessam. No curso que fiz foram - Sistemas operacionais - Arquitetura e organização de computadores - Microcontroladores - Sistemas embarcados - Lógica reprogramavel Essas matérias envolvem conhecimentos de outras áreas tmb, que pode ir aprendendo no caminho. E nisso depende da area que quer seguir, por exemplo, se quiser ir pra desempenho vai ver computação paralela e sistemas distribuídos provavelmente
Muito bom irmão, infelizmente muitas pessoas da nossa área tem uma visão neoliberalóide de que o "livre mercado" vai criar uma indústria de ponta no Brasil, é importante ter comunicadores da área que deem contraponto à esse absurdo. Sem indústria vamos continuar cadelinhas dos EUA..., mas sinceramente sem uma revolução socialista não teremos o investimento estatal nem as condições políticas necessárias para criar cadeias industriais robustas de alto nível, com o novo teto de gastos por exemplo isso é impossível. Recomendo um vídeo chamado "Industria 4.0 e soberania nacional: entre a ilusão e a Revolução Brasileira" do Jones Manoel.
Curto mt os vídeos do Jones, acho mt massa ele trazer esse debate pra vários setores (principalmente o da saúde ultimamente), de como é um grande desperdício e absurdo a falta de indústria nacional, e como é difícil fazer isso sem uma "ruptura institucional".
Sim pow, o Brasil é socialista! Um país tomado de assalto por rentistas parasitas e especuladores é bastante socialista. Por sinal igual a china e vietnam.
O Brasil está se desindustrializando justamente para suprir os interesses capitalistas internacionais. Se o Brasil fosse socialista a gente teria uma indústria mais forte com mais investimentos
@@masterdoxbox ??? socialista.. kkk.. salários tudo igual.. eu médico estou ganhando igual ao carinha ali que faz manutenção na rede eletrica..kk por isso todo mundo foge de CUBA.. pq eu tenho q trabalhar pra sustentar parasitas aonde se o mesmo faz o minimo esforço vai ganhar igual eu médico q tenho q estudar muito e ainda estou cuidando da vida da pessoa.
Tenho algumas conclusões que tirei sobre a area de embarcados durante todos esses anos sendo desenvolvedor de sistemas embarcados.
*OPINIÕES TOTALMENTE DUVIDOSAS E APENAS BASEADA NA MIHNA VIVÊNCIA*
A primeira delas é : não se fruste procurando vagas de emprego na internet (Linkedin, Indeed e etc) se você for * INICIANTE* , essas vagas estão dispostas apenas para um pequeno e seleto grupo de pessoas que tem uma experiencia absurda com grandes projetos e também as vezes com bastante diplomas de pós e mestrado ( principalmente se esse emprego for remoto). A unica forma atualmente de iniciar na área está reclusa dentro das univerisades ( em sua maioria nas publicas e algumas boas particulares) em laboratórios e em parcerias de empresas com as universidades, infelizmente é esse o cenário atual muito dado pelo que o cara do vídeo falou sobre desindustralização e também por muitas (das poucas) oportunidades para *INICIANTES* estarem atreladas à Lei de informatica e/ ou a incentivo da Zona franca de manaus. Isso é apenas um resumo da minha percepção e do que passei no inicio e que vejo atualmente.
Dito isso, o dev embarcado ou de baixo nivel infelizmente não pode ficar preso a se perguntar em que momento da tua trajetoria esse teu conhecimento vai te dar dinheiro ou então ficar toda hora ir la nos sites de empregos ficar procurando vagas pra baixo nivel e se frustrar com * 0 vagas encontradas no momento *. Ou tu engole seco e foca em aprender o maximo que der e a resolver problemas com embarcados, ou então sai fora, essa área vai te frustar muito em termos financeiros no inicio. E sim, mesmo que tu foque e aprenda tudo que existe em embarcados isso também não vai te garantir trabalho, até pq como falei as vagas estão meio que em um unico local atualmente (para o iniciante). Fora a questão de tu ter que aprender as vezes 10x mais que um dev de outra area (javascript / java entre outras ferramentas) e ganhar parelho com eles, isso é frustrante kkkkkk mas é a realidade.
A segunda conclusão: 99.9999999% das empresas que tentam investir em sistemas dedicados ( principalmente aquelas que nunca fizeram algo com isso antes) percebe que é muito mais barato e rápdio construir uma aplicação como uma aplicação de alto nivel do que criar todo um sistema embarcado do zero, contratar uma mão de obra super especializada (um dev de firmware, de hardware e etc). Isso pode ser percebido em sistemas de token de estacionamento / fastfood rodando um linux ou windows de forma porca e insegura com uma aplicação do seu produto rodando em primeiro plano. Mesmo com todo a insegurança que esse tipo de cenário gera eles entendem que é muito mais barato manter assim, pois o custo e risco é bem mais em conta do que ter que fazer tudo do zero com um sistema dedicado para aquela situação. Essa mentalidade não vai mudar tão cedo pois a concorrencia que muitas dessas empresas tem é zero e as que tem geralmente usam as mesmas ferramentas e os mesmos jeito de construir aplicações kkkkkk.Enfim, quem sou eu pra criticar, se eu tivesse uma empresa também iria pelo menor custo possível.
A terceira conclusão: A maioria das vagas boas para dev embarcados no Brasil estão em grandes polos de industria, alguns no sul / sudeste e manaus. E alguns resquicios no nordeste e centro oeste. A maioria delas é para o agronegocio, que sim tem uma gama mt boa pra dev embarcado ,seja de hardware ou firmware, linux embarcado, android embarcado, kernel, device drivers e o ceu é o limite, porem são vagas que uma vez preenchida raramente são anunciadas. Mas também temos muitas coisas na area de energias e automobilismo e também na academia (pos, mestrado e doutorado) ~pra quem gosta de pesquisa~
A quarta e ultima : Ultimamente tenho focado em resolver problemas e ignorar essas minuancias de especialidade de saber todos os detalhes do kernel, dos drivers, dos registradores.Galera, eu vejo startup que os cara simplesmente usam tudo no Arduino framework com esp32 e tao abocanhando mercado com soluções que resolvem o problema, por mais porco que seja o software dos caras. Eu parei de me frustar com o mundo de baixo nivel e agora to resolvendo problema e isso aí é tudo ferramenta pra mim. E é aqui que queria chegar, acho que atualmente você tentar fazer algo pra você muito mais vantajoso pra quem quer iniciar na area ou quem quer seguir na area.
Enfim desabafos kkkk é isso meus queridos. Os riscos são altos demais principalmente num país que é inimigo do empreendedor. Porem, acho que o tempo gasto aprendendo essas coisas complexas você gastaria o mesmo esforço abrindo algo pra você com amigos da faculdade e etc. Dia desses, fui convencer um amigo meu a entrar num projeto que tive ideia muito legal ( ele também é dev embarcado) e o cara me solta simplesmente: " Cara se eu abrir um ponto de açaí vou ter menos esforço, dor de cabeça e ter praticamente o mesmo lucro que isso", confesso que passei 15min rindo disso porem de fato ele tinha total razão, em termos de lucro aquela minha ideia geraria retorno financeiro relativamente baixo comparados a um negocio em açaí. Mas acho que daí vem aquela frase de pelo menos eu to fazendo o que eu gosto e o que eu entendo e tenho base para opinar e modificar da forma que eu achar melhor.
Muito obrigado pelo comentário e contribuição, vai ajudar demais quem quer entrar nessa área a saber a realidade e que nem tudo são flores
A ideia do açaí é um soco no estômago 😅, infelizmente a péssima economia no Brasil gera um poucas empresas ( clientes) ... E menos ainda empresas fornecedoras. Então abrir negócios aleatórios , o açaí no caso, parece ser mais viável.
Tenho empresa a mais de 10 anos na área de SaaS para escolas. E e difícil vender ...
E gosto da área de embarcados, IoT, etc... E acompanho esse mercado a um bom tempo. Temos um projeto que usa RFID para controle dos alunos. E sempre gostaria de desenvolver um hardware próprio, mas é meio inviável... Porque meio que não se paga.
Jonatan tu so fala merda cala a boca
saudades
Trabalhei por 2 anos com embarcados numa fábrica de balanças de cubagem (automação logística). Foram os 2 anos mais felizes da minha vida profissional... mas infelizmente tive que sair e ir pro alto nível no setor bancário, pois enquanto eu ganhava R$ 2500,00 no baixo nível (com fila de gente querendo minha vaga), setor bancário tava pagando 10k pra fazer app de banco. As vezes a gente tem que abrir mão de trabalhar com o que gosta para pagar as contas...
Isso é mt verdade também, muitas vezes pessoal do baixo nível não tem uma remuneração a altura. Acho que isso vai muito de competitividade e margem dos mercados tmb, entre serviços e indústria.
Vixi sério? Pela lógica, era pra baixo nível pagar mais!
@@Michel-rt1rz É o que foi dito no vídeo, tem pouca oferta de vagas e muita demanda de profissional querendo ir pra essa área, isso faz o salário ser menor que áreas que tem falta de profissional.
@@Michel-rt1rzessa logica se aplica a China, EUA, Finlândia, Singapura, Coréia do Sul e Taiwan. No Brasil não. E maior parte do mundo.
A toledo paga muito bem, 3k para estagiario
Cara, é muito importante ter gente da nossa área de computação falando de política, desenvolvimento e soberania. Infelizmente, nossa área ainda não entendeu que a saída pros problemas de computação e engenharia no Brasil é politica e focada na soberania nacional do nosso país. Espero que mais pessoas como o Waine possam surgir para mudar o atual cenario do debate que é feito hoje
Muito obrigado, meu querido. Temos que falar sobre esses tema e ter mais gente divulgando e discutindo mesmo, ainda mais pra uma área tão crítica como a nossa que sem investimento só vai diminuindo.
É uma batalha inglória discutir desenvolvimento e soberania neste país. Enquanto os EUA e a China brigam com unhas e dentes na "guerra dos chips" aqui seguimos a ver navios
Cara, recentemente fiz uma pesquisa banal sobre embarcados e baixo nível em vários desses sites pra vaga de emprego. Não encontrei nada! Mas fiquei me perguntando sobre o porquê.
Seu vídeo é profundamente pertinente!! Concordo com você totalmente!
E, aliás, é bem triste que você esteja certo...
Fixei o comentário de um amigo falando sobre isso, vagas em embarcados, divulgação e como entrar. E eu queria mt estar errado sobre esse tema, infelizmente...
Sou aluno de engenharia da computação e nunca achei nenhuma mísera vaga na minha área.
Já tô investindo no meu inglês pra abandonar essa joça de país.
Claro mano, engenharia da computação é bem a grosso modo uma engenharia eletrônica com ênfase em computadores, é um curso orientado para criadores de chips e placas. Intel da vida desenvolve processador em Israel, AMD faz isso nos EUA. Aqui no BR a gente não desenvolve porra nenhuma, compramos tudo pronto e somos mão de obra de montagem.
O único tipo de curso que ainda dá emprego aqui no país são vagas na área de Sistema de Informação que pelo menos dão noções de programação e de regras de negócio de forma geral como adm e economia/contabilidade (ADS cai nesse grupo). Ciências da computação é orientado para aquele cara que vai dar aula e/ou quer ficar preso na academia, mas novamente, como já disse, BR não desenvolve porra nenhuma. O mais perto disso foi criar a linguagem LUA pela PUC-RIO e olha lá, não ganhamos um tostão com ela.
Verdade, compramos tudo pronto, geralmente da China, apenas traduzimos o sistema operacional.
@@AlexeiDimitri Ciencia da Computação pra quem quer ser dev é furada então?
@@pk654 Exato. Perda de tempo. Tu tem que estudar muito mais teoria que vc não usar nada, vai perder mais um ano na faculdade, vão meter em vc um TCC do cacete muito mais foda que num curso de tecnólogo por exemplo e vc ainda por cima vai ter quase nada de programação
A única contrapartida é que algumas das teorias vistas em ciências como por exemplo como funciona um computador te ajudam a usar de forma mais racional e eficiente os recursos do computador na hora de programar. Tá cheio de programador aí fazendo merda no sistema e comendo recurso que nem um retardado pq não sabe como o computador funciona. MAS essas coisas vc pode estudar por fora, numa Udemy da vida, depois de ter feito um curso de tecnólogo de 3 anos e conseguido um emprego.
@@pk654 qualquer facu, é tudo a mesma coisa, isso se for em uma publica pq nas ead, nem as bases de matematicas a pessoa pegar, de resto tu vai ter que aprender sozinho mesmo por fora, porém vc precisar do diploma para apresentar na entrevista
Perfeito, a relação é direta, quanto mais industria, mais vagas terão para desenvolvimento em baixo nivel.
Com a popularização das redes 5G, eletrificação dos veiculos tem puxado novas demandas de programadores de baixo nivel.
Outro ponto inportante é o tempo de formação desse tipo de dev, é geralmente mais demorado por ser mais especializado, além de saber a linguagem tem que saber sobre a plataforma (SOC) e coisas especificas como protocolo CAN em automovies, ModBus na industria, LoRa no Agro...
isso mesmo.. não é curso de ReactJS / HTML / CSS ou até mesmo java não.. aonde tu aprende ali na esquina.. esses ai é embaçado é um nivel aonde a maioria desiste não vai achar videos de influenciadores explicando como fazer.. kkk
Ponto perfeito, o tempo de formação e conhecimento necessário tende a ser bem maior do que pra entrar pra web. Ainda mais pela criticidade que esses sistemas costumam ter (um bug num site é diferente de um bug em um sistema de carro)
O que mais tem é rede iot com tecnologia proprietária. O cara conecta na rede e a rede entrega o dado na nuvem.
Já os carros, não sei se vai fazer diferença, pois os modelos são todos gringos
@@fabioa8059 mas q eu saiba vc entrando numa multinacional vai trabalhar pros gringos.. mas conforme disse isso não é vaga pra pra qualquer "Zé ruela" não é o engenheiro de verdade.. e não de mentirinha como todos ai falam q são "engenheiro de dados" e ai o cara sabe Python e JS.. virou até piada isso.
@@waine_jr sem falar na desigualdade de salario, o mercado paga mais para um dev back/front ou fullstack do que para um Dev Embarcado, ou seja, vc tem que estudar e aprender mais para no fim ganhar menos :/
Pelo mesmo motivo de ter muitos físico, engenheiros, pesquisadores em geral, desempregados. Brasil nao foca em ciência e desenvolvimento!
Por isso o Brasil sempre será um país medíocre.
Como que foca nisso no Brasil? A nossa mídia passa o tempo todo falando que o governo tá gastando demais, não pode investir em infraestrutura e capital humano, além disso temos as taxas de juros mais altas do mundo, maior que países em guerra, qual a empresa que vai querer pegar crédito pra fazer investimentos de longo prazo se pode simplesmente deixar esse valor rendendo. A real é que esse país tá sequestrado e sendo sugado por esses parasitas financeiros que tão recebendo uma fortuna com títulos da dívida pública.
@@JoseDaviCorreiaPassos vc está a cuspir fatos meu mano
@@JoseDaviCorreiaPassos Cara.... falta empresa no brasil, falta negocio e o governo em si SOMENTE atrapalha.
Nao falta pesquisador, nao falta cientista, falta emprego.
@@masterdoxbox Falta coisa aí, mas ele tá certo: juros altos atrapalham investimentos. E o problema de não gastar é que tudo que o governo atual tem, recebe dos governos passados, assim como o governo futuro irá herdar. Mas não é só isso. A agricultura no Brasil é forte e é a maior parte do PIB, se não me engano. Tem muitas coisas pra se.levar em consideração, mas a principal delas, são os governantes daqui. Não é só presidente, é deputado, é prefeito, vereador. A cultura do país em si também é um influenciador nisso
Meu primeiro contato com baixo nível foi na disciplina de microcontroladores, onde ainda programei o lendário 8051 em Assembly. Infelizmente acabei me afastando da área de embarcados devida a dificuldade de poder concretizar algum projeto visto que a maioria do hardware vem de fora do país, mas ainda desejo concretizar uns projetos IoT que eu tenho. Agora, trocando experiência com profissionais e alguns colegas que estão na área de embarcados eu posso admitir que infelizmente a indústria brasileira desvaloriza muito os bons profissionais que tem, a ponto de fazer muitos desistirem da área. Então acredito que o melhor caminho é se especializar e virar prestador de serviço, mesmo sabendo de toda a dificuldade que é trabalhar com embarcados no brasil.
Todos os colegas que conheço que trabalham com embarcados e baixo nível são autônomos, é o jeito pra conseguir entrar na área. Fazer seu próprio hardware e vender serviço ou produto pras empresas interessadas.
Acho que esse não é um problema exclusivo do Brasil. Mundialmente, houve uma migração das "indústrias" de boa parte do mundo pro leste asiático desde o fim dos 70.
Não sei se vc tem interesse no assunto, mas existem alguns videos de um economista chamado André Roncaglia que argumentam a favor de uma reindustrialização brasileira.
Curto mt o André sim. E agora boa parte dos países tão com esse movimento de "volta" das indústrias, como EUA e os países da União Europeia.
@@waine_jr Q legal receber uma resposta sua!
Eu acompanho seus videos pq trampei algum tempo com HPC/Cuda na academia e agora trampo com IA na Arm.
Gosto das suas seleções de tópicos e de ouvir suas opiniões, continue com o bom trabalho! 😁
Eu, por motivos meio óbvios, gostaria muito q o BR retomasse sua industrialização nessa nova janela d oportunidades q parece estar se abrindo com as mudanças no panorama geopolítico e a crise climática.
Abraços!
@@pboechat Que interessante, cara! Trabalhou com qual aplicação em HPC/CUDA? O único meio que consegui de continuar foi com a empresa, pq se fosse em mercado de trabalho acho que precisaria de uma pós e nem sei se no Brasil ia rolar. As empresas concorrentes nossa são todas europeias ou americanas, ia ter que vender a força de trabalho pros caras kkkkkkk
@@waine_jr foi exatamente numa pos fora do BR q trampei com CUDA... O q eu fiz foi basicamente implementar um caso de uso bem especifico (modelagem procedural em tempo-real) prum agendador d tarefas pra cargas dinamicas e irregulares, q era o q meu grupo tava desenvolvendo. Isso foi em 2013, entao o ferramental pra desenv em CUDA ainda tava meio imaturo (na minha opiniao).
Legal vc ter conseguido achar um negocio q envolvesse HPC e q fosse viavel! Parabens, cara!
A sua empresa foi "incubada" por alguma universidade?
Parabéns pela análise, poucas pessoas da área dev levam em consideração a desindustrialização brasileira.
O vídeo é ótimo. A gente ta tendo agora algumas iniciativas para fortalecer a indústria de micro eletrônica que pode ser algo que a gente só colha frutos em alguns anos, sendo puxado pela Softex com faculdades federais e com grana injetada pelo MCTI, para termos a indústria menos commodity e mais produto e por consequência termos mais vagas de baixo nível eu acho que a gente vai ter que ter ainda mais iniciativas desse tipo, é grana, tempo e politica... Agora só para polemizar um pouco: Como avançar a industrialização no Brasil se o "nosso" burguês está cada vez mais rentista e menos industrial?
Esse tipo de investimento só se paga ao longo do tempo mesmo, e tem que ser plano de Estado, não de governo. Além de ressaltar que investimento privado não move país nenhum, os monopólios e inovações são feitas por meio de muito dinheiro e subsídio estatal, além do planejamento.
Mas como dá pra fazer isso com a política de arrocho e teto de gastos né. Enfim, enquanto a política econômica neoliberal tiver aí não acredito em nenhuma mudança substancial na nossa situação não. O mais triste é que isso se mantem desde os anos 90 ao menos...
Olha o segmento de embarcados acabou sendo absorvido pela área de automação industrial e pela mecatrônica, justamente pq a complexidade deles acabou sendo muito reduzida ao longo dos tempos.
Outra coisa muito comum na nossa área de TI é que 30% das vagas são ocupadas por pessoas sem formação na área e normalmente vindas de outras áreas. Então essas pessoas acabam pegando as poucas vagas "baixo nível" que existem.
Com os CLPs open source, IIoT e controladores que utilizam linguagens tradicionais de computação, eventualmente a indústria se encontrará defasada se não pensar para além daquelas linguagens IEC para CLP...
A visão de curto prazo e inaptidão técnica dos gestores de negócios representa um grande perigo de que esse cenário se concretize.
Duvido que a maioria sem formação está em vagas de baixo nível.
Sou estudante de AdS e já técnico atuante em automação e mecatrônica.
Pelo que vejo a indústria hoje está muito presa ao CLP e suas plataformas proprietárias caríssimas como os serviços da Siemens.
Eu comtinuo estudando baixo nível pois eventualmente a indústria precisará ver além para não ficar defasada.
Então estamos falando em desenvolvimento IIoT embarcado mesmo a nível de controle de processo.
Hoje se fala muito em CLP open source também, alguns como o NextPLC da phoenix contact, que pode ser programado em C++.
Você tem completa razão. Além de tudo que você disse, muitos grandes empresários são cabeça dura e não pensam em desenvolvimento próprio, terceirizando alta tecnologia para Amazon, Microsoft e etc, ficando totalmente dependente de rede de computadores com estes serviços alugados, por exemplo: Maquinas de diagnostico medico automáticos que não geram relatórios quando cai a internet; Relutância de pequenas mineradoras em abraçar tecnologia; Preferencia de grandes empresas em contratar mão de obra "barata" e não qualificada ficando assim muito dependente de serviços terceirizados como citado acima.
Vejo muito isso na resistência em adoção de uma infra local, provisionada. Muitas empresas e devs buscam a AWS, Azure, GCP pra todo tipo de problema, nem considerando fazer uma infraestrutura local ou ao menos híbrida, e são totalmente avessos a qualquer sugestão nesse sentido (mesmo com a economia gigante que isso trás).
Aqui no Brasil a gente tem a SERPRO (estatal que presta serviços de dados e provisiona infra) que o governo poderia investir muito mais. Eu mesmo nunca tinha ouvido falar até que um colega fez um projeto com eles. Uma alternativa nacional ao menos, que pelo menos evitamos o risco de ficar sem nada se os EUA resolve cortar o fio que liga nossa net a deles kkkkkkkk
A indústria é, de fato, um belo impulsionador para o mercado de "embarcados", mas não é o único, nem é o principal. A indústria de microeletronica não sobrevive sem demandas estatais e(somadas) a um projeto/planejamento nacional de longo prazo. Pensar que ter indústria forte nos daria muitos empregos na área é complicado, até mesmo pq automação industrial, que é maior demanda industrial dentre os embarcados, já é bem modularizada. Então, mesmo para uma indústria, é complicado fazer encomendas nacionais que vão custar muito mais caro do que os sistemas(hardware/software) que já existem e estão bem consolidados. Hoje o mercado é uma "bagunça" sem rumo, só buscando ganhos(claro) e sem planejamento nenhum além do PADIS, que é mais usado para fortalecer multinacionais do que para desenvolver tecnologia nacional. Claro que outros fatores como péssimos salários, necessidade de formar profissionais especializados, capacidade nacional de produção, etc, estão sendo ignorados nesse comentário. O importante é: planejamento estatal. Abraço!!
Acabar com a diferenciação de empresa estrangeira e empresa nacional é um dos maiores crimes do FHC, junto com a lei de patentes (que é regente até hoje).
Perfeito o que disse, e se formos entrar nessa área vamos ter que "brigar" com as multinacionais que já tem domínio e monopólio em suas respectivas áreas. Mas a alternativa a isso é continuar transferindo renda e capital pros países centrais né. Temos que entrar nesse tipo de mercado antes tarde do que nunca.
Você quer trabalhar com baixo nível genuíno no Brasil ? Então você tem que focar em áreas críticas, Embraer, o acelerador de luz síncroton Sirius, WEG, Siemens do Brasil, apesar que o forte deles é elétrica de potência.
A verdade é que a maior parte do mercado não é "engenharia de foguetes", são sempre problemas não tão complexos e comuns de cada ramo de uma empresa.
Outra área que poucos lembram e que tem crescido bastante é a Robótica. Eu sou estudante de engenharia da computação e percebo que são poucos da área que se interessam, e acaba que as vagas são ocupadas por engenheiros eletricistas, que ao meu ver possuem menos experiência com hardware e programação em geral. Aqui no Brasil as vagas também são escassas, mas eu e meus colegas com frequência recebemos propostas para trabalhar fora, algumas até dos Emirados Árabes, que possuem dinheiro de sobra para investir em tecnologia. Estou esperando apenas o curso acabar para sair daqui, infelizmente Brasil é o famoso "grande à toa". Muito potencial desperdiçado por maus governantes que no fundo são um reflexo da mentalidade do próprio povo. Preferem um retorno menor e volátil em curto prazo do que um retorno imenso e permanente no longo prazo.
Sou iniciante em Ciências da Computação, como consegue receber vagas? Um bom LinkedIn? Agradeço se puder me orientar.
Sinceramente se a pessoa quer ganhar dinheiro com sistemas embarcados ela vai ter que ter um mestrado em engenharia aeroespacial e entrar na Embraer, até a onde eu sei ela é a única empresa que se preocupa com isso e inclusive ela tem um programa de mestrado profissional para recém formados para dar capacitação na área mas para isso o candidato tem que ser engenheiro.
Jogo. Infelizmente a bosta da panelinha da unity e C# reinam aqui.
Aí de vc se vc faz as coisas sem engine.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O Pirate Software tem umas falar que concordo nesse sentido. Que fazer engine do zero é muito bom
1. Se você quer aprender
2. Se nenhuma engine supre suas necessidades (como Noita, ou FEZ)
3. Não lembro
Pra empresas que querem lançar o jogo e fazer dinheiro, mt provavelmente é bem melhor só usar uma engine disponível. Mas não precisa ser Unity tmb
Eu só tive a oportunidade de trabalhar com embarcados em um instituto de pesquisa, e que ainda, tinha dinheiro estatal via editais. Sabe o pior de tudo isso? Era para desenvolver projetos de empresas da gringa. D:
Pois é, afinal se o Brasil não tem indústria, outros países tem e necessitam de mão de obra qualificada e serviços de suporte. Baita oportunidade desperdiçada no nosso país
11:15 A área militar, aviônica por exemplo, a Embraer provavelmente constroi seus próprios softwares e projetam os hardwares, o hardware não é fabricado no Brasil, a pcb e as peças (SOC, microcontroladores, capacitores, etc) são importados e montados por alguma empresa brasileira em parceria com a Embraer.
0:31 Exato, você foi direto ao ponto, ou como dizem "tocou na ferida", a programação de baixo nível é direcionada a um nicho específico de mercado, como por exemplo, embarcados, SOC (System On a Chip), microcontroladores para pcbs industriais baseados em FPGAs e ASIC, eu não sou dessa área, apenas curioso pelo assunto, então não posso afirmar com certeza, mas dada a situação da desindustrialização no Brasil, encontrar uma vaga pra trabalhar com baixo nível deve ser bem difícil viu, especialmente para iniciantes, é por isso que a maioria das pessoas que se formam em Engenharia da Computação e Ciência da Computação normalmente trabalham em áreas totalmente diferente da formação, vão trabalhar em bancos, mexer com desenvolvimento web ou estudam pra concurso pra exercer suporte de TI.
Infelizmente o Brasil vem perdendo muito a sua indústria e isso impacta na produção de tecnologia própria. Porém acredito que existem algumas opções de projetos de baixo nível principalmente quando algumas empresas investem em tecnologia própria. Parabéns pelo vídeo Wayne 👏🏻
Muito obrigado, Rony! É esse o caminho que a gente segue na minha empresa mesmo, desenvolvimento de tecnologia própria e nacional. A parte difícil é que o investimento e tempo necessário tende a ser bem alto, então nem todas conseguem fazer isso.
Baixo nível no Brasil só vai achar em banco, porque a tecnologia não pode ser estrangeira. O mais comum é a galera contratar tecnologia pronta gringa
@@fabioa8059 da gringa vc dis China né ? praticamente todos os produtos nacionais OEM o firmware é chinês apenas traduzido para PT-Br na interface
@@maicosalbrecht gringa digo qualquer lugar fora da América do Sul. Estados Unidos, Europa e Ásia.
As próprias linguagens e ferramentas open source vem de lá
Mas eu ainda acredito que este cenário mude, pois estamos vendo um crescimento muito forte do setor de IoT atualmente.
Porra de baixo nível. Toda vez que escuto alguém falando baixo nível, só penso o cara programando em ASM. Fora ASM tudo pra mim é alto nível.
kkkkkkkkkkkkkkkkk errado não tá
Ótimo vídeo, mais um inscrito.
4:58 Cara, mas High Performance Computer é extremamente nichado, geralmente as vagas são disponibilizadas para doutorandos de universidades.
6:16 Vc se esqueceu da virtualização, não estou me referindo ao usuário, mas o desenvolvimento baseado em virtualização, a exemplo do Hypervisor, máquinas virtuais (VMM), VMware ESXi e Xen
Se for desenvolver firmware para sistemas embarcados , drivers e port de Kernel,.sim vai trabalhar com baixo nível.
Dados usa baixo nível também.
Polars por exemplo é usado para o desenvolvimento de block chain e é escrito em Rust e Pandas é escrito em C (muito usado pra tratamento de dados)
Acho que dados é semelhante a IA nesse sentido. As frameworks são feitas em baixo nível, mas os operadores geralmente usam uma linguagem tipo Python pra operar com elas (vide TensorFlow, Keras, Pandas, etc.)
@@waine_jr sim, faz sentido. Mesmo pra otimização a galera só faz quando para de rodar.
O Polars é diferente, mas é pouco usado no Brasil, a galera acaba jogando tudo pra um clister enorme fazer e larga a alta performance
Depois que as máquinas se tornaram mais poderosas e as aplicações foram migrando para web, baixo nível que era o padrão nos anos 80~90 se tornou algo de nicho, pois hoje se prioriza mais velocidade de implementação do que otimização no consumo de recursos, e esses nichos praticamente inexistem no Brasil. E sim, a industria aqui é péssima de pequena, mas nem foi por diminuição, acredito, pois o que aconteceu na verdade foi que o agro cresceu absurdamente no Brasil ao longo das décadas e a industria estagnou o que faz parecer que nós nos desindustrializamos mas na verdade nunca fomos industrializados, por sorte o agro deu um respiro a economia do país, se não fosse ele o Brasil seria inexpressivo globalmente.
Tem uma outra coisa que (pode) usar baixo nível, que são programar estratégias de compra e venda de ações pq precisa de processamento rápido, mas acabam fazendo em java normalmente pq é banco né...
Eu já conversei com pessoal que mexe com ações e os bots pra isso, e eles já migraram o processamento pra ASIC (um hardware customizado e especializado) pra acelerar o trading. É um mercado que rola muita grana e quem entra tá com a vida feita eu imagino kkkkkkk
Quase todos os países vem perdendo participação da indústria no PIB, é o natural pra economias modernas. Acho que tem a ver com outras questões, como o protecionismo, que inviabiliza muitos negócios. Pensa a dificuldade e o custo que tem aqui pra comprar um Raspberry Pi. Quem seria corajoso de fazer uma empresa de embedded aqui?
Todos os países menos a China, com 38% do GDP na indústria e 30% dos empregos no setor.
www.statista.com/statistics/1124008/china-composition-of-gdp-by-industry/
en.wikipedia.org/wiki/Economy_of_China
Não é a toa que vários países europeus e os EUA estão voltando com políticas protecionistas e de trazer fábricas do sudeste asiático de volta para o país. De natural isso não tem nada, puro movimento por poder político e econômico kkkkkk
@@waine_jr tem definitivamente um fator de geopolítica aí, depender completamente de Taiwan pode ser um problema grave se a China resolver invadir. Eu não sou contra política industrial por princípio, acho inclusive que o Brasil, se os políticos não tivessem a cabeça presa nos anos 60, poderia se aproveitar bastante dessa onda. Nós temos uma indústria química bastante razoável, poderíamos participar na cadeia de produção de chips, tem muita coisa em volta da produção de wafers.
Infelizmente a gente prefere continuar insistindo em não participar de cadeias globais, fazer protecionismo que só serve pra limitar nosso acesso a bens de produção (confere depois o nível de protecionismo pelo mundo, o Brasil é campeão!) e subsidiar "indústrias" de montagem. O tipo de política industrial que a gente insiste em fazer cheira a mofo. E é bizarro, porque a gente tem experiências muito boas aqui mesmo que poderíamos usar de exemplo... Embrapa, Embraer...
Mas o movimento de aumento da participação de serviço no PIB é bem natural sim, conforme as sociedades se automatizam e enriquecem, é natural que menos pessoas trabalhem em agro e indústria e demandem cada vez mais serviços. Isso necessariamente leva a uma redução da participação da indústria no PIB, o que não é ruim por si só. Políticas industriais não vão levar a aumento relevante de participação de indústria no PIB, se tiverem sucesso. Agora, se tiver uma guera mundial...
@@waine_jr fui conferir os dados e até a China! Eram 44% em 2013, já perdeu 6 pontos. E olha que a indústria lá segue crescendo forte, olha a BYD por exemplo. Ótimo exemplo de como é natural em economias modernas serviços comer espaço da indústria, proporcionalmente!
Não é minha área, talvez eu comece a mexer IA embarcada em dispositivos de IoT no fim do mês, mas fica a dica que a toledo para muito bem para baixo nível. 3k em média, para estagiário.
Fontes: Amigos meus que trabalham lá.
Linguagens de programação em geral e ferramentas de desenvolvimento avançaram o suficiente para suprir a demanda e os requisitos de performance e eficiência da grande maioria das aplicações - haja visto o fato de que aplicativos para Android não serem escritos em linguagens que compilem diretamente para código de máquina, e programação de baixo nível ficou segregado ao desenvolvimento de hardware (drivers, sistemas embarcados, etc), que é uma indústria que praticamente não existe no Brasil.
Opções:
1) Aceitar o estado atual e viver do jeito que dá, pegando o que aparece para ganhar alguma grana, geralmente usando plataformas estrangeiras de trabalho precarizado
2) Pensar em mudanças políticas que transformem nosso país a algo além de simples exportador de matéria prima. Primeiro ponto seria abolir a lei Kandir e taxar matéria prima exportada para investir em indústria de transformação nacional.
Toda vez que eu lembro que exportação de produtos primários a taxação é ZERO eu tenho um mini AVC... Mas no fim é só mais um dos diversos crimes do FHC na sua presidência
HPC não é baixo nível. A gente usa Python, CUDA, tensorflow e outras bibliotecas já prontas para lidar com esse tipo de computação sem ter que conhecer muito do hardware
E diga-se de passagem que C/C++ são linguagens de alto nível, no máximo, poderiam ser reclassificadas como médio.
Não disse que HPC é baixo nível, disse que baixo nível é utilizado em HPC. E esse anacronismo de chamar C/C++ de "médio" ou "alto" nível eu não compro, os tempos mudam.
@@waine_jr Paradoxalmente vc está fazendo uma análise anacrônica ao baixar o nível do C/C++ aos olhos de hoje, sendo que ele era considerado alto nível no seu lançamento.
Qq infra é feita em C/C++. As bibliotecas de Python e CUDA são feitas nessas linguagens, não quer dizer que o programador médio vá usar C/C++ para HPC.
Se vc quer usar HPC com C/C++ vc tá pensando em termos de nVidia. As grandes não fazem NENHUM desenvolvimento aqui no país.
No caso da Petrobrás vc também tá enganado, pq cai exatamente no caso que eu comentei: quem tá usando essas aplicações com linguagens de mais baixo nível são os 30% dos profissionais que não são da área, mesmo pq não faz nenhum sentido usar essas linguagens para computação de alta performance, visto que o desempenho real está em CUDA, que é orientado a GPU e o software fica difícil de dar manutenção se feito em C/C++. Quem quer que esteja mexendo nesse tipo de sistema claramente não é dev, não tem formação na área.
8:12 Ai é que tá, vou mandar a real, hoje, 90% desses cargos estão concentrados na ásia, 5% nos EUA e 5% na Europa, estou arredondando aqui pra facilitar, o Brasil infelizmente participaria desse processo nas casas decimais tipo 0,000001% pra falar a verdade, com exceção dos EUA e Canadá, tudo pra baixo (América Central e Sul) é zero alguma coisa.
Nao vale a pena ter industria no Brasil, é mais barato produzir na Alemanha e vender para o Brasil.... seis tem noçao do quanto isso é absurdo 😅
mas é normal amigo.. igual produtos oriundos da china.. tu acha q vai conseguir produzir tudo localmente??? rs... o computador que vc tem ai, celular é tudo de fora.. ou então compra Positivo.. kkk q é uma merda.. e mesmo assim eles importam um monte de peças.
Impostos altíssimos tanto para quem produz, quem trabalha e para quem compra, faz o Brasil ser um país caro para se ter uma indústria. Melhor mandar produzir tudo na China.
vale lembrar os incentivos fiscais que esses países dão pra indústrias. Semicondutores mesmo é estimado um subsídio de 15%-30% no valor final. Além dos subsídios de infraestrutura, a Alemanha e UE mesmo fizeram um acordo de 10Bi com a Intel pra construção de uma fábrica de semicondutores na Alemanha (e o acordo total é de 50Bi se não me engano)
@@waine_jrno caso dos semicondutores a questão passa pela geopolítica. Provavelmente alguma coisa parecida com a terceira guerra mundial vem aí. Não se pode confiar no suprimento de Chips do oriente.
Isso inclusive é um baita problema. Indústria forte garante um esforço de guerra eficiente. Sem indústria, fica complicado
@@waine_jrmas o Brasil também dá isenção pra indústria. A nível federal a zona franca de Manaus teve 20 bi de incentivos em 2022, o problema é que é no meio do nada e não tem logística eficiente pro centro do país
🤣Trabalho com C++ no Brasil e me arrependo todos os dias de ter aprendido essa linguagem🤣. Queria trabalhar com data science ou data engineering, mas sempre tem um projeto legado ou mal feito em C++ nas empresas que acabo sendo puxado por que sou "o cara do C++". Da vontande de esconder C++ do curriculo pra poder ter experiências em outra coisas invês de ficar debugando CMakeLists.txt rsrsrsrsrs Não é pra destimular ninguém a aprender C++, só fiquem atentos que ela tem uns nichos no mercado bem chatos.
kkkkkkkkkkkkkkkk debugar CMakeList.txt me pegou. Bora fazer a transição desse build system pra Zig meu querido kkkkkk
Eu queria trabalhar com c++, pena que o mercado é pequeno e não há vagas para iniciantes. No meu primeiro trabalho eu mexi com c++, mas hoje mexo com python em uma área mais próxima a engenharia de dados
@@waine_jr Não sabia do Zig como build system, vou procurar sobre ele! Mas o lance da fragmentação do C++ em diferentes build systems, compiladores, estilos e gerenciadores de dependências, faz com que os times onde eu trabalho prefiram usar o modo de programação que já conhecem. Ainda mais aqui quando os times são de especialistas num dominio especifico que usa C++, e não especialistas em C++ por sí. Ai fica dificil trocar por coisas mais modernas.
Se for pensar que muitas empresas nem usam integração continua, então desenvolver projetos longos em C++ é já chegar jogando no ultra-hard.
@@lucasrodrigues9766 Acho que data engineering agrega muito valor para as organizações e é uma área que paga bem, tanto aqui quanto fora do Brasil. Como você disse, o mercado é pequeno, mas o importante é ser proficiente em uma das áreas mencionadas no vídeo. É tipo ser um programador Java sem saber SQL ou Spring. Código só se torna uma tecnologia de fato quando consegue modelar um problema de forma a dar uma vantagem competitiva para as organizações.
O maior problema é gente querendo trabalhar pros outros sendo q deveriam abrir uma empresa. A ASML começou como uma startup de 20 pessoas, hoje em dia a gente vê o governo se gabando pq investiu 2 milhões em semicondutores. Vergonhoso, pq seria muito mais fácil criar um ecossistema próprio à inovação. Mais fácil do que disputar com uma empresa que provavelmente gera mais dinheiro que o PIB do Brasil inteiro. Reconhecer que perdeu a corrida e aprender a começar a corrida pelo começo, não depois que tomou 180 voltas de vantagem, ou seja, dá pra investir em grafeno, computadores quânticos pq essa corrida está no início. Vi uma estatística recente de que a indústria de hardware é quase 50 por cento no BR, Mas houve uma queda de 11 por cento nos últimos dois anos, acredito q taxação excessiva, queira ou nao dependemos da china, amanhã volto aqui e esceevo o resto, teclado de celular é osso...
Eu conheço essa expressão "linguagem de baixo nível" como sendo relacionado a linguagem de máquina e ao assembly. Pelo jeito hoje o "baixo nível" é mais nutella. A linguagem C/C++ é bem mais fácil.
kkkkkkkkkkkkkkkkk os tempos mudam
Se for seguindo essa lógica, quem escreve assembly é Nutella. Programador de verdade faz tudo com portas NAND. 😅
Você programa para ganhar dinheiro e entregar as coisas para o cliente dentro do prazo, não pra mostrar que é fodao e só escreve assembly.
Cliente não está nem aí se você usa linguagem x ou y.
Dependendo da restrição do projeto é só assembly mesmo, o C++ e Rust fazem o binario ficar muito grande para caber em alguma microcontroladores mais limitados, eu diria que programação Bare-metal para microcoltroladores hoje é ASM, C e Zig
@@philmts128 o seu problema é que você não consegue compreender textos. Praticamente ninguém escreve programas em assembly hoje em dia. São poucos. As pessoas hoje em dia tem muitas facilidades, plugins, IDEs. E tem o tal do vscode. Você quando chega num serviço, já tem as ferramentas ali na mão, facinho, facinho, porque o empregador sabe que tempo é dinheiro, e facilita para seus empregados. E se você trabalha por conta, você vai atrás do método que te agiliza. Mas antigamente, as pessoas não tinham esses recursos. Hoje até o compilador é feito na mesma linguagem que os devs usam. Só que pra mim C/C++ não é linguagem de baixo nível, pra mim é código binário ou assembly. É esse o ponto, nada além disso.
@@maicosalbrecht sim, ainda vejo projetos sendo feitos em ASM. Mas também muitos casos, é possível substituir por um Ardiuno com código em C. Ou até o MicroPython no pico. Acho que até no ESP32, mas não fiz isso ainda.
Sobre a queda de uso penso eu que é mundial. Boa parte das tecnologias modernas de grande performance são escritas usando baixo nível, tornando desnecessário gastar um tempo absurdo desenvolvendo elas do zero.
Os jogos antigos eram feitos em assembly, hoje em dia são feitos usando a unreal.
Pra fazer alguma solução de dados antigamente se perdia meses desenvolvendo do zero a solução usando C, hoje em dia se consegue entregar a solução usando meia duzia de componentes open source.
Apenas em algumas soluções de alta demanda se justifica escrever do zero a solução, fora que desenvolvedor sênior é caríssimo
Acho que esse é um fator sim, mas também vejo que muitas áreas que usavam baixo nível continuam utilizando, como embarcados, segurança, sistemas operacionais, alto desempenho, etc. O OpenSource acho que é um fator maior, mas boa parte das soluções você ainda precisa "grudar" os componentes, e em baixo nível isso não é tão fácil quanto num Python da vida. Por exemplo, você pode ter o driver de uma placa já feito, mas o trabalho de integrar ele com seu embarcado não é trivial.
Vejo que o problema é que o Brasil não produz nada mais demandante de processamento ou que seja miniaturizado.
Mesmo iot a galera conecta os sensores em uma infra proprietária que já faz o tratamento dos dados e joga eles pra nuvem
Essa dependência de nuvem pra tudo é uma coisa que me incomoda, quero trazer esse debate em algum vídeo.
@@waine_jr sim, costuma ser muito mais caro que desenvolver on premises.
Mas grande parte do mercado de ti brasileiro é de consultoria de quinta. Acaba que só querem entregar rapidamente e o custo de manutenção da infra eles deixam pra lá
No Bostil tem sim muito campo em baixo nível: presidente, senado etc
Seguindo essa lógica, como deve ser as vagas em países que se industrializaram como a China?
Pois é, aí tenho que chamar um chinês pra perguntar, mas imagino que bem melhor que no Brasil
Eu particulamente, n curto linguagens de "alto nivel" vide javascript e companhia. Eu trabalho na área de jogos, nomeadamente unreal engine com C++ e realmente n existe profissional de C++ no brasil, é mesmo muito poucos profissionais, fui procurar um tempo atras profissionais pra entrar no meu time com conhecimentos de c++ e realmente é triste.
É difícil achar mesmo, o caminho mais viável que imagino é "formar" pessoal na empresa pra trabalhar com essas coisas, começar com estágio ou IC e ir treinando a pessoa por um bom tempo. Achar alguém pronto é difícil e bem caro.
Queria possivelmente contribuir com um ponto:
Acredito q exista tb um recorte geografico, dentro do Brasil, na distribuicao das parcas vagas d desenvolvimento baixo nivel.
Sou natural do Rio e trampei boa parte da minha vida profissional por la (9 dos 21 anos q tenho d xp). Acho q o Rio tem mta vaga em servicos (financeiro, transporte, varejo, midia, etc) e algumas na academia, mas quase nenhuma na industria (qlqr, pesada/ transformacao, tecnologia, etc). As vagas em servicos sao quase sempre d desenv altissimo nivel.
Imagino que SP (fora da capital) e RS sejam ligeiramente diferentes.
Alguem aqui tem algo q corrobore ou contrarie esse ponto?
RS sei que tem a Ceitec e algumas outras indústrias associadas a academia que são fortes. Seria interessante ter opinião de alguém do RS e de SP mesmo, pra ver como é a realidade e oportunidades depois da formação (eu acho que essas vagas geralmente são associadas mt a faculdade, as empresas puxam bastante). Quem se formou comigo, alguns foram trabalhar na Volvo com processamento de dados dos caminhões, uma área super interessante.
E o vídeo de onde começar a estudadar baixo nível?
Kkkkkkkkkk tá na fila de produção
Na internet mesmo ué, roadmap etc, da seus pulos
Brasil é uma vergonha no quesito indústrial , por isso
Não tem vagas em linguagem de baixo nível.
Moro na Europa e vc vê muita vaga.
infelizmente não moro na Europa, vou ficar devendo essa análise kkkkkkk
Meu mano, qual serie um roadmap de baixo nivel? Sem citer linguagens como C/C++, Rust, Zig (mesmo C/C++ provavelmente sendo conhecimentos obrigatorios) oque seria uma linha a seguir? Tipo começa com logica e algoritmos, depois arquiteura de computadorws, dps protocolos etc
Acho que tudo começa pela linguagem, estrutura de dados e algoritmos. Depois disso vc pega as áreas que te interessam. No curso que fiz foram
- Sistemas operacionais
- Arquitetura e organização de computadores
- Microcontroladores
- Sistemas embarcados
- Lógica reprogramavel
Essas matérias envolvem conhecimentos de outras áreas tmb, que pode ir aprendendo no caminho. E nisso depende da area que quer seguir, por exemplo, se quiser ir pra desempenho vai ver computação paralela e sistemas distribuídos provavelmente
tem que migrar tudo pra javascript e esquecer essas paradas de acesso ao hardware, ele ta lá e funciona. já é forte o suficiente.
(sarcasmo)
O pior é que existem pessoas que pensam realmente assim...
Kkk tem gente aqui acha isso mesmo
É, e quando der um problema no drive ou precisar de cada gota de desempenho eles vão resolver tudo com Java script.
@@SAMUELLHENRIQUE "é só colocar mais ram e processador mais forte"
Já ouvi isso, e não foi só uma vez
Vc está mal informado.
e como ser um dev alto nível em experiência??
R: Pq tudo aqui é uma baixaria.
Pq o Brasil só ensinam web. Sai linguagem maís fácil. , e o mercado de ti no Brasil é 100% web
Muito bom irmão, infelizmente muitas pessoas da nossa área tem uma visão neoliberalóide de que o "livre mercado" vai criar uma indústria de ponta no Brasil, é importante ter comunicadores da área que deem contraponto à esse absurdo. Sem indústria vamos continuar cadelinhas dos EUA..., mas sinceramente sem uma revolução socialista não teremos o investimento estatal nem as condições políticas necessárias para criar cadeias industriais robustas de alto nível, com o novo teto de gastos por exemplo isso é impossível. Recomendo um vídeo chamado "Industria 4.0 e soberania nacional: entre a ilusão e a Revolução Brasileira" do Jones Manoel.
Curto mt os vídeos do Jones, acho mt massa ele trazer esse debate pra vários setores (principalmente o da saúde ultimamente), de como é um grande desperdício e absurdo a falta de indústria nacional, e como é difícil fazer isso sem uma "ruptura institucional".
Seu cabelo parece um 🍍, dito isso ótimo vídeo!
kkkkkkkkkkkkkk muito obrigado, estilo é pra poucos
Você tem toda razão, nossa industria é uma merd4.
Brasil e socialista igual aqui em Portugal, industria de Eletronicos fraca..
Sim pow, o Brasil é socialista! Um país tomado de assalto por rentistas parasitas e especuladores é bastante socialista. Por sinal igual a china e vietnam.
O Brasil está se desindustrializando justamente para suprir os interesses capitalistas internacionais. Se o Brasil fosse socialista a gente teria uma indústria mais forte com mais investimentos
@@masterdoxboxcirúrgico 👏👏👏
pior q é.. e fora se tu ganha mais por competência e a maioria não gosta e não acha justo vc ganhar mais.. kkk
@@masterdoxbox ??? socialista.. kkk.. salários tudo igual.. eu médico estou ganhando igual ao carinha ali que faz manutenção na rede eletrica..kk por isso todo mundo foge de CUBA.. pq eu tenho q trabalhar pra sustentar parasitas aonde se o mesmo faz o minimo esforço vai ganhar igual eu médico q tenho q estudar muito e ainda estou cuidando da vida da pessoa.