Neoliberalismo pós-crise | Aula 1 | Gérard Duménil

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  • Опубликовано: 12 сен 2024
  • Primeira aula do minicurso ministrado pelo economista Gérard Duménil na FFLCH-USP, em outubro de 2018. Ele é autor, em conjunto com Dominique Lévy, de "A crise do neoliberalismo" (bit.ly/2Kifex5). O curso esboça uma interpretação da conjuntura econômica e política contemporânea pretendendo fornecer elementos para compreender as razões do recrudescimento de determinadas políticas do neoliberalismo nos países de capitalismo avançado ou depende desde a crise 2008.
    Ao se debruçar sobre as transformações do capitalismo neoliberal na contemporaneidade, o autor constata que a análise da história apresentada por Marx há mais de um século e meio exige uma revisão profunda sobre um ponto crucial: a dinâmica das relações de produção contemporâneas não traça o caminho esperado em direção a uma sociedade sem classes, mas a transição para um novo modo de produção, um "gerencialismo" onde a classe dominante é a aquela dos quadros gerenciais. Há um hibridismo das relações de produção. As consequências políticas desta revisão das teses marxianas são muito extensas.
    Aula ministrada no dia 08/10/2018.

Комментарии • 108

  • @SMennde
    @SMennde 5 лет назад +49

    A Boitempo tem sido essencial na qualificação do conteúdo disponibilizado em redes como o RUclips, caracterizado pela superficialidade. Parabéns pela qualidade, profissionalismo e continuem com o trabalho excepcional.

  • @JoaoPaulo-bc1dq
    @JoaoPaulo-bc1dq 5 лет назад +17

    Ainda bem que ele fala português e ainda bem que será mais de uma aula -- profundidade é tudo!

  • @Elysio
    @Elysio 3 года назад +7

    O câmera comprometeu esse conteúdo excelente por um detalhe essencial: não mostrar os gráficos.

  • @ricsouza5011
    @ricsouza5011 4 года назад +11

    A questão é simples: o aumento da desigualdade atual, segundo o professor, é a transferencia de renda dos trabalhadores de classes mais baixas para os altos executivos - que não necessariamente serão os donos das empresas. costuma-se dizer que a administração dos EUA é mais técnica do que a brasileira (que possui muitas empresas administradas por familias), talvez daí a dificuldade dos ouvintes de visualizar a distinção entre executivos e donos.

    • @ricsouza5011
      @ricsouza5011 4 года назад +2

      Porém eu discordo bastante de algumas terminologias que ele usa

  • @carolinaparrode4301
    @carolinaparrode4301 Год назад +4

    Ru8im demais nao conseguirmos ver nada do quadro que ele está mostrando. A aula inteira é sobre as estatisticas.. Porem, nao dá para ver em momento algum. Uma pena!

  • @BlackViniRx
    @BlackViniRx 5 лет назад +37

    Vocês já pensaram na opção de colocar conteúdos longos como este em formato podcast?

    • @TVBoitempo
      @TVBoitempo  5 лет назад +15

      Já sim, Augusto! Em fevereiro estrearemos o podcast da Boitempo

  • @privattinatalia
    @privattinatalia 5 лет назад +6

    As perguntas foram perfeitas! Deveriam ser incluídas no programa da aula

  • @PedroSouza-iu5zu
    @PedroSouza-iu5zu Год назад +3

    meio q todo o conteúdo da boitempo, principalmente os minicursos poderiam ser editados e recolocados em podcasts... pq conteúdo foda tem

  • @Marcioroj1
    @Marcioroj1 5 лет назад +12

    A apresentação e os gráficos não serão disponibilizados????

  •  3 года назад +5

    Cadê os gráficos?

  • @RafaelCunhaRego1
    @RafaelCunhaRego1 2 года назад +3

    POXA VC NÃO MOSTRARAM OS GRÁFICOS AO LADO DELE!

  • @suelemferreira6263
    @suelemferreira6263 5 лет назад +3

    Adorei aulas . Parabéns boitempo

  • @JoaoPaulo-bc1dq
    @JoaoPaulo-bc1dq 5 лет назад +4

    Uma hipótese é ler o capital como Marx falando de uma constelação de classes: operários, classe dos administradores Etc. Talvez possamos considerar dentro das categorias mais abrangentes.

  • @rogeriosantos-vx2qv
    @rogeriosantos-vx2qv Год назад +1

    TODOS OS MUSICOS QUE ESTUDO AUI EM MEU QUARTO MORREM INCLUSIVE O VOCALISTA DO ROUPA NOVA MORREU...

  • @antoniorodolpho6835
    @antoniorodolpho6835 4 года назад +2

    Brilhante!!!!!

  • @marcogonsales7313
    @marcogonsales7313 5 лет назад +8

    Boitempo, não consigo encontrar o vídeo da aula 02. Já foi postado? Se não foi, por favor! Amo trabalho de vcs. Segue a luta.

    • @TVBoitempo
      @TVBoitempo  5 лет назад +4

      Olá, Marco. Valeu, camarada! A segunda aula foi postada, sim. Aí vai o link, pra facilitar: ruclips.net/video/5sdrGBSN650/видео.html

  • @RafaelCunhaRego1
    @RafaelCunhaRego1 2 года назад +2

    SEM os painéis sobre os quais ele está explanando fica difícil

  • @mariovieira4575
    @mariovieira4575 Год назад +2

    Bom, é claro que verei a segunda aula agora, mas até o momento a crítica e a aula do professor não pareceu pertinente. As tendências apontadas por esse "novo modo de produção" latentes nos dados apontados na Inglaterra e no EUA não abalou o modo de produção capitalista e nem o modo de apropriação do excedente pela burguesia. O que aparece é que essa classe está se organizando de uma certa maneira criando uma guarda pretoriana. E outra coisa: essa "aristocracia proletária" foi falada há muitos e muitos anos.
    Qual é o ponto, afinal?

    • @tcampos1
      @tcampos1 Год назад

      Ótimo apontamento. O capitalismo é, para muito antes de um sistema econômico, um sistema societário que veio sendo construído ao longo a história humana e que culmina na sua formatação atual, e seus desdobramentos, no século XIX. Portanto, para o fim desse sistema, seriam necessárias transformações profundas em seus pilares. O gerencialismos pode até existir, mas existe como desdobramento do próprio capitalismo, específico a determinada sociedade. As suas bases éticas, filósificas e estéticas mantêm-se as mesmas.

  • @andresimoes3710
    @andresimoes3710 5 лет назад +6

    Olha, a análise do pensador parte de um recorte muito específico, para justificar a sua teoria. Analisar a renda salarial por pessoa física, logicamente as rendas salariais serão mais preponderantes. Por isso o debate sobre grandes fortunas deve ser deslocado para lucros e dividendos , pois o segundo incide majoritáriamente sobre Pessoas Juridicas, enquanto a primeira está embasada na pessoa física. Estamos na era dos CEO's, como ele pontua, os gerentes. na própria fala dele descreve que se circunscreve a 6 milhões de famílias norte americanas, em um universo de 150 milhões de famílias. Isso equivale a 0,04 % das famílias. Ou seja, há uma intensão na palestra de extrapolar esse fenômeno pontual como se fosse um fenômeno universal.
    A origem do dinheiro que paga os altos salários dos CEO's , vem dos lucros do capital financeiro das empresas. Sem capital financeiro predominando sobre a sociedade não há como pagar os salários dos CEO's

    • @ricsouza5011
      @ricsouza5011 4 года назад +2

      uma pequena correção: 6 milhões não é 0,04% de 150 milhões, mas sim 4%. ele fala diversas vezes q as familias da classe gerencial comporem em torno de 5% da população

  • @Kwamekwanzaa
    @Kwamekwanzaa 5 лет назад +4

    Cadê o vídeo do segundo dia do curso?

    • @TVBoitempo
      @TVBoitempo  5 лет назад +4

      Olá, @Rafa Rafa. Aí vai o link do segundo dia: ruclips.net/video/5sdrGBSN650/видео.html

    • @Kwamekwanzaa
      @Kwamekwanzaa 5 лет назад +2

      @@TVBoitempo eu vi depois. Valeu

  • @CTR2985
    @CTR2985 Год назад

    Vou deixar no giro ...

  • @dakkar66
    @dakkar66 5 лет назад +4

    Ganhou o meu respeito! Admitiu o completo fracasso do marxismo em explicar o Capitalismo contemporâneo.

    • @tigusantelementary1646
      @tigusantelementary1646 5 лет назад +7

      Pelo contrário, ele só desenvolveu a pesquisa e chegou a essas conclusões por causa do método marxista.

    • @dakkar66
      @dakkar66 5 лет назад +1

      Tigusant elementary Oi, o método não é marxista, é econométrico. Ele utilizou um modelo marxista de divisão da sociedade em classes econômicas angônicas: capitalista vs proletariado. Mas o modelo marxista não explica pq parte do proletariado ( o gerencial) consegue se apropriar do excedente de produção em detrimento dos capitalistas.
      Se ele utilizasse um modelo baseado em escolaridade transversal, verificaria que essa parte da classe proletária é a com maior educação, se conseguíssemos inserir empreendedorismo, verificaríamos que tb se sobrepõe, ou seja, aqueles de maior educação e mais empreendedores ficam com a maior parte do excedente.

    • @tigusantelementary1646
      @tigusantelementary1646 5 лет назад +6

      @@dakkar66 dakkar66 dakkar66 O método marxista está justamente no fato de que ele foi capaz de perceber contradições que surgiram no desenvolvimento capitalista, as quais colocavam em evidência novas sínteses na concepção de uma totalidade concreta. O concreto pensado, ou seja, as conclusões a que ele chega depois de estudar as determinações econômicas que submetem esta era do capitalismo a novas formas de criação e reprodução do capital e da vida social não são resultado apenas de uma leitura econômetrica - embora esta seja parte integrante fundamental do avanço do estudo - mas da própria aplicação de uma postura material dialética que parte, em princípio, da leitura do movimento real da transformação real do objeto (real), neste caso, o capitalismo contemporâneo. Isso é marxismo, como método. Marx recorreu a centenas de matrizes, econômicas, políticas e filosóficas pra escrever sobre a sociedade do capital e nem por isso a sua teoria geral deixou de ser a expressão particular do seu próprio método. Outra erro é dizer que o "modelo marxista" não explica isso ou aquilo, partindo do pressuposto de que o que Marx escreveu sobre o capitalismo que o precedeu e que ele conheceu em seu desenvolvimento guarde equivalência COM SEU MÉTODO. Se fosse pra chegar às mesmas explicações e conclusões que Marx chegou no século XIX não se poderia falar de método, e o marxismo é o método essencial de leitura da transformação da realidade.. Isso quer dizer que o que valeu antes pode deixar de valer agora porque as condições determinantes do fenômeno/objeto se modificaram. O método marxista é, em seu fundamento, a busca incessante pela explicação da realidade, o que não prescinde da utilização de instrumentos metodológicos que auxiliem na leitura do real.

    • @dakkar66
      @dakkar66 5 лет назад +1

      @@tigusantelementary1646 Oi, há duas aulas do José de Paulo Netto aqui no RUclips (ruclips.net/video/2WndNoqRiq8/видео.html) nas quais ele discorre sobre o Método de Marx e, pelo que me lembro, vc é coerente com a exposição dele. Parabéns, és um marxista.
      Entretanto, o meu interesse é entender o fenômeno junto à realidade, ou seja, aplicando um método um pouco mais prosaico, socrático por assim dizer, chegar ao conhecimento. Se temos a tese abstrata - o capitalismo se apropria do excedente e o proletariado recebe apenas a subsistência - e a confrontamos com a antítese empírica - o proletariado, parte, se apropria do excedente e o capitalismo não - verificando que o "procedimento' econométrico não apresenta nenhum viés, seja nos dados ou nos cálculos, concluo com a síntese de que a tese original é furada, pelo menos nas economias centrais capitalistas. Uma dialética socrática, mas eficaz.
      O que eu acredito, e há muitos historiadores que reavaliaram os dados de Marx (fee.org/articles/some-mistakes-of-marx/) e a própria menção à ideia de uma sociedade matriarcal de L. Morgan, que Marx e Engels adotaram, mostrou-se uma falácia (educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/matriarcado3.htm): "Pesquisas antropológicas feitas com mais rigor no século XX concluíram que jamais houve uma sociedade matriarcal".
      Assim, o que proponho é que no limitado universo de dados de Pikety, analisados pelo prof. Duménil, junto às economias centrais (USA e UK), o proletariado pode apropriar-se do excedente e o capitalista aceitar, dado que deve haver algum ganho não mensurável. Talvez uma externalidade.
      Aí, a essa externalidade, acolho o teoria da sociedade dos conhecimento, na qual o conhecimento dos indivíduos suplanta as inversões do capital em rentabilidade.(www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/artigo-sociedade-do-conhecimento-caracter%C3%ADsticas-demandas-e-requisitos)
      Feliz Ano Novo.

    • @SMennde
      @SMennde 5 лет назад +5

      Até porque Marx analisa o capitalismo do século XIX, não o capitalismo contemporâneo! (sic) Seu método é histórico e dialético, ou seja, as condições do capital estão em permanente transformação e devem necessariamente ser constantemente reavaliadas...

  • @carlosperim1950
    @carlosperim1950 5 лет назад +2

    Bla bla bla, Precisa entender Henry Lefebvre....ou Enrique Dussel....ou Frans Hinckelamert....ou .....

  • @dakkar66
    @dakkar66 5 лет назад +3

    Mais uma vez o capitalismo mostrou a sua capacidade de adaptação e de gerar riqueza. Criou uma classe, ou melhor, hipertrofiou a classe de intelectuais operacionais e elevou a inovação a níveis nunca imaginados. A esquerda vai ter que ficar mesmo com os grupos periféricos, marginalizados e não produtivos: os estudantes.

  • @johnlennon7865
    @johnlennon7865 5 лет назад +2

    Depois de Bolsonaro, Sergio Moro e Luis Phillipe de Orleans Presidente.