Segue tradução completa: (I) Tarde verei amigos em Tolosa E tarde verei Pueg e Monrial, Que permaneço ao lado de Barral, Meu bel Reinier, de honra fin'e lustrosa. E Loba, dama, quando não vos miro, As lágrimas choro e de cor suspiro, Quando lembro vosso corp'atraente E doce falar e a cara ridente. (II) Por voss'apreço rico e soberano, Por inveja muitas querem-vos mal! Mi'a bela dama doce, à guisa tal Qu'a todas podei dizer: chiu, milhano!' Que melhor sabeis honrar e acolher, Home' assim deseja ouvir-vos e ver, Qu'em Jovens procede vossa beldade E doce falar, senso e nobridade. (III) Raimbauda, dama, vou-me por afano Qu'eu manterei em Biolh o meu casal! E se vos apraz amor imperial Pela montanh'olvidarei o plano, Bela dama, d'amor meu e querer, Que não pod'rei jamais sem vós sofrer! Que vos guarde mercê apiedante, Pois em vós mora meu cor e talante. (IV) Dama, bem tiv'albergue em São Juliano, Quando convosco estiv'em rico hostal! Jamais fizera Deus tão bel jornal, Como aquele que formou vosso mando. Maravilha-me que sabeis guarnir Mas as armas tais me fazem languir. Mas certo qu'é muito rica e valente, Matando-me, honrado sou e prazente.
Belíssima trova, é possível sentir a dolência do distanciamento pelo ritmo e pelos versos. Como de costume, os mestres trovadores fazendo seu trabalho e nos encantar com suas melodias, e é claro, a Cantos Cruzados também!
Segue tradução completa:
(I)
Tarde verei amigos em Tolosa
E tarde verei Pueg e Monrial,
Que permaneço ao lado de Barral,
Meu bel Reinier, de honra fin'e lustrosa.
E Loba, dama, quando não vos miro,
As lágrimas choro e de cor suspiro,
Quando lembro vosso corp'atraente
E doce falar e a cara ridente.
(II)
Por voss'apreço rico e soberano,
Por inveja muitas querem-vos mal!
Mi'a bela dama doce, à guisa tal
Qu'a todas podei dizer: chiu, milhano!'
Que melhor sabeis honrar e acolher,
Home' assim deseja ouvir-vos e ver,
Qu'em Jovens procede vossa beldade
E doce falar, senso e nobridade.
(III)
Raimbauda, dama, vou-me por afano
Qu'eu manterei em Biolh o meu casal!
E se vos apraz amor imperial
Pela montanh'olvidarei o plano,
Bela dama, d'amor meu e querer,
Que não pod'rei jamais sem vós sofrer!
Que vos guarde mercê apiedante,
Pois em vós mora meu cor e talante.
(IV)
Dama, bem tiv'albergue em São Juliano,
Quando convosco estiv'em rico hostal!
Jamais fizera Deus tão bel jornal,
Como aquele que formou vosso mando.
Maravilha-me que sabeis guarnir
Mas as armas tais me fazem languir.
Mas certo qu'é muito rica e valente,
Matando-me, honrado sou e prazente.
Grande Peire Vidal!!! Um dos melhores trovadores!!!
Trabalho maravilhoso! 🤩
Se vê um flamenco primitivo. E uma tradução que consiga respeitar métrica e rima é impressionante, parabéns.
Parece mesmo, caríssimo. Muito obrigado pela gentileza e pelas congratulações, meu bom. :)
Mais uma do mestre Peire Vidal, impossível não ser fã dele! Claro que o Peire da Alvérnia não aprovaria esse comentário kkkkkkk
Pois é, meu caro. Kkkkkkk
Vídeo fantástico! Canção muito interessante. Mais uma vez citando a Dama Loba. Muito bom ouvir e acompanhar mais uma obra do bom Peire Vidal.
Belíssima trova, é possível sentir a dolência do distanciamento pelo ritmo e pelos versos. Como de costume, os mestres trovadores fazendo seu trabalho e nos encantar com suas melodias, e é claro, a Cantos Cruzados também!
Muito obrigado, caríssimo. :)
Parabéns pelos 11k de inscritos, cantos Cruzados👏👏👏👏
Muito obrigado, caríssimo. Sempre muito gentil.