"como pode alguém que está numa fase de transição na vida - ainda se formando como sujeito - ter perspectiva (de seu crescimento pessoal) em um mundo que celebra uma ideia delirante de sucesso"
Concordo. Percebo que o jovem hoje sofre muito e, por vezes lhe é negado dizer desse sofrimento, pois afinal "estamos em um mundo de facilidades, tecnologias...", então como pode o jovem sofrer diante disso tudo??? Mas sofre, e de alguma maneira vai expressar esse sofrimento. Creio que vivemos a era mais fantasiosa de nossa história, objetivos inalcançáveis, felicidades "na palma da mão"... tudo muito contraditório e falso. Desesperança, depressão, medicalizacao... fácil fácil. Temos um árduo caminho pela frente, temos que ajudar e pedir ajuda aos jovens nesse caminho, do contrário, todos sofreremos.
Difícil para um jovem não estar ansioso ou deprimido vivendo a insegurança causada pelo capitalismo de serviço num mundo onde 'ser' está diretamente relacionado a 'ter'. As relações de trabalho foram fragilizadas e tudo foi transformado em serviço. Ao mesmo tempo que você tem poucas garantias que vai continuar tendo uma fonte de renda no próximo mês, você não consegue obter nada mais concreto enquanto tem tal fonte de renda, pois tudo se tornou serviço. Ninguém compra casa, aluga eternamente. Ninguém compra carro e já estão surgindo iniciativas de aluguel de veículos por um ano. Ninguém compra o software que usa, os filmes que assiste, os livros que lê nem as músicas que ouve, mas assina um serviço. Se sua fonte de renda acabar, de um mês para outro você deixa de 'ter' e, portanto, passa a não 'ser'. Há a todo momento a ameaça de deixar de 'ser' perante a sociedade.
Não digo que a juventude é a fase mais difícil da vida , porque todas tem suas dificuldades. Mas hoje em dia esse grupo está mais "perdido" do que a minha geração ( geração X), em todos os aspectos , principalmente na área do mercado de trabalho. Tenho dois filhos adolescentes ( 16 e 15 anos) e percebo isso. Procuro orientar, ouvir, mas deixo muito pra eles se encontrarem como pessoas, como indivíduos. Gostei muito da aula, dicas e orientações.
@Gabriel Merces lamentável. E pior que no quesito mercado de trabalho, é tudo tão incerto, estamos num momento de transição onde muitas profissões estão se tornando obsoletas e talvez até desapareçam. É necessário muita visão e jogo de cintura, coisa que pela imaturidade deles ,eles ainda precisam desenvolver.
Àquela ideia, a realidade não é tão imutável assim, e há uma nova forma de desqualificação, que é usar da psicologia para discriminar "desequilibrados", você nasce um pé de plantação, vc cresce um pé de plantação. Que as pessoas fossem humanas antes de homem e mulher, antes de engenheiro ou ''alguém na vida'', o que eu por sinal sou, assim que eu nasço, quer eu queira ou não. Aquele que é neto, filho, sobrinho, primo apenas por nascer de sua mãe.
Escutar, partilhar experiências e orientar. Percebo que umas das maiores necessidades dos adolescentes e jovens é simplesmente serem ouvidos e principalmente pelas pessoas que cuidam deles. Vivemos dentro de uma realidade onde estamos absurdamente conectados no ambiente digital e no mundo real não temos tanto paciência para escutar as necessidades dos outros. Em uma fase de tantas inseguranças e incertezas, um espaço ou momento de partilha de experiências nos dá brechas para entender os anseios e medos deles e a partir disso, orientá-los da melhor forma possível a ponto de conseguirem tomar suas próprias decisões para suas vidas.
Pessoal, pelo amor de Deus, me ajudem!, por favor!!! Estava fazendo o curso de inteligência artificial, assisti até o episódio 6 depois tudo ficou indisponível. E eu sou assinante pago. Socorro!!!!!!
Quando eu crescer quero ser jogador de futebol. De preferência, bem burro. Só tendo mesmo a habilidade de falar idiomas. Sou Professora de Língua Portuguesa , trabalhei 40 anos , e hoje não tenho dinheiro para pagar à vista um bom dentista.
"como pode alguém que está numa fase de transição na vida - ainda se formando como sujeito - ter perspectiva (de seu crescimento pessoal) em um mundo que celebra uma ideia delirante de sucesso"
Concordo. Percebo que o jovem hoje sofre muito e, por vezes lhe é negado dizer desse sofrimento, pois afinal "estamos em um mundo de facilidades, tecnologias...", então como pode o jovem sofrer diante disso tudo??? Mas sofre, e de alguma maneira vai expressar esse sofrimento. Creio que vivemos a era mais fantasiosa de nossa história, objetivos inalcançáveis, felicidades "na palma da mão"... tudo muito contraditório e falso. Desesperança, depressão, medicalizacao... fácil fácil. Temos um árduo caminho pela frente, temos que ajudar e pedir ajuda aos jovens nesse caminho, do contrário, todos sofreremos.
Difícil para um jovem não estar ansioso ou deprimido vivendo a insegurança causada pelo capitalismo de serviço num mundo onde 'ser' está diretamente relacionado a 'ter'.
As relações de trabalho foram fragilizadas e tudo foi transformado em serviço. Ao mesmo tempo que você tem poucas garantias que vai continuar tendo uma fonte de renda no próximo mês, você não consegue obter nada mais concreto enquanto tem tal fonte de renda, pois tudo se tornou serviço. Ninguém compra casa, aluga eternamente. Ninguém compra carro e já estão surgindo iniciativas de aluguel de veículos por um ano. Ninguém compra o software que usa, os filmes que assiste, os livros que lê nem as músicas que ouve, mas assina um serviço.
Se sua fonte de renda acabar, de um mês para outro você deixa de 'ter' e, portanto, passa a não 'ser'. Há a todo momento a ameaça de deixar de 'ser' perante a sociedade.
Não digo que a juventude é a fase mais difícil da vida , porque todas tem suas dificuldades. Mas hoje em dia esse grupo está mais "perdido" do que a minha geração ( geração X), em todos os aspectos , principalmente na área do mercado de trabalho. Tenho dois filhos adolescentes ( 16 e 15 anos) e percebo isso. Procuro orientar, ouvir, mas deixo muito pra eles se encontrarem como pessoas, como indivíduos. Gostei muito da aula, dicas e orientações.
@Gabriel Merces lamentável. E pior que no quesito mercado de trabalho, é tudo tão incerto, estamos num momento de transição onde muitas profissões estão se tornando obsoletas e talvez até desapareçam. É necessário muita visão e jogo de cintura, coisa que pela imaturidade deles ,eles ainda precisam desenvolver.
Quem fala em ser alguém na Vida tá tentando recalcar a incógnita humana que se é.
O problema é se torna adulto nesse pais de desgraça.....
Àquela ideia, a realidade não é tão imutável assim, e há uma nova forma de desqualificação, que é usar da psicologia para discriminar "desequilibrados", você nasce um pé de plantação, vc cresce um pé de plantação. Que as pessoas fossem humanas antes de homem e mulher, antes de engenheiro ou ''alguém na vida'', o que eu por sinal sou, assim que eu nasço, quer eu queira ou não. Aquele que é neto, filho, sobrinho, primo apenas por nascer de sua mãe.
Sensacional Professor Rodrigo. Saudade do convívio, sempre tenho orgulho das explicações que a sociologia nos oferece dos fenômenos sociais
Escutar, partilhar experiências e orientar.
Percebo que umas das maiores necessidades dos adolescentes e jovens é simplesmente serem ouvidos e principalmente pelas pessoas que cuidam deles. Vivemos dentro de uma realidade onde estamos absurdamente conectados no ambiente digital e no mundo real não temos tanto paciência para escutar as necessidades dos outros.
Em uma fase de tantas inseguranças e incertezas, um espaço ou momento de partilha de experiências nos dá brechas para entender os anseios e medos deles e a partir disso, orientá-los da melhor forma possível a ponto de conseguirem tomar suas próprias decisões para suas vidas.
Quando eu crescer vou. ser alto.
Muuuito bom, completo, bem expressado, gostei!
Pessoal, pelo amor de Deus, me ajudem!, por favor!!!
Estava fazendo o curso de inteligência artificial, assisti até o episódio 6 depois tudo ficou indisponível. E eu sou assinante pago. Socorro!!!!!!
Quando eu crescer quero ser jogador de futebol. De preferência, bem burro. Só tendo mesmo a habilidade de falar idiomas. Sou Professora de Língua Portuguesa , trabalhei 40 anos , e hoje não tenho dinheiro para pagar à vista um bom dentista.