Dúvida: Suponhamos o seguinte caso: Uma mulher ferve de ódio, perde a cabeça, pega uma pistola e vai atrás da amante do marido, com a vontade e a intenção de matá-la. Quando aponta a arma para a vítima, a arma dispara acidentalmente, por causa de um defeito que o própria dona da arma desconhecia. A amante morre com tiro no peito. Eis a questão: homicídio culposo ou doloso? Dolo eventual ou culpa consciente? Vejamos agora alguns detalhes: A mulher estava chorando de raiva, fazendo perguntas para a adversária e, durante a conversa, que virou uma troca de gritos, ela saca a arma e na hora a mesma dispara acidentalmente. Há duas outras dúvidas a serem consideradas: Como sabemos que foi de fato tentativa de homicídio? Como sabemos que a mulher não poderia ter desistido de matar, ou de perder a vontade de matar? E se ela quisesse primeiro assustar a inimiga, só atirando no chão ou nas coisas dela, ou mesmo na perna da mulher? Como é que podemos ter certeza de que a mulher não desistiria da ideia de matar a inimiga? E se, depois disso tudo, a perícia comprovasse que a arma do crime de fato é defeituosa? Acho bem interessante esse exemplo, pois lembra por que não raramente nossos julgamentos são falhos, ou como que um equívoco é quase impossível de reconhecer. Acho que a coisa mais complicada que tem em matéria de direito é julgar a consciência alheia. Nunca sabemos se temos a total certeza sobre o que se passou dentro doutra pessoa. De fato, uma pessoa que enfurecemos pode nos apontar uma arma e, para nossa sorte, ela desistir de nos matar, tal como já cansamos de ver em filmes de drama. Por causa da nossa vaidade, preferimos limitar a realidade do ser humano porque assim tudo fica mais fácil. Todos os dias há quase-assassinatos acontecendo, desistidos na última hora, e sem intervenção de terceiros. imprudência: a merda ocorre por causa da impulsividade da pessoa, por falta de cautela, age às pressas; negligência: a merda ocorre por causa da inércia da pessoa, é não agir como se é esperado para a situação. Correto?
Essa explicação em 3 palavras: simples, objetiva e fácil. Gostei muito, parabéns.
Explicação correta, direta e resumida. Ótimo vídeo!
Obrigado Dr, ajudou bastante.
Adorei a explicação. Ganhou mais uma inscrita! Abs (O exemplo do Dane-se e Danou-se é um excelente minemônico....amei!!!)
Simplesmente perfeito, impossível confundir a partir de hoje!
Valeu mestre!
Adorei, foi bem resumido, falando o que precisa, parabéns!!
Parabéns, excelente explicação Professor. Muito Obrigado.
Excelente explicação! objetiva,bem direta.
Grande mestre, aulas muito boas como sempre, parabéns!
prof, posta uma aula sobre os crimes contra a ADM pública e a previdência. Por favor! ;-)
Excelente explicação !!
muito bom kkk agora não esqueço
Muito bom!!!
Dúvida:
Suponhamos o seguinte caso: Uma mulher ferve de ódio, perde a cabeça, pega uma pistola e vai atrás da amante do marido, com a vontade e a intenção de matá-la. Quando aponta a arma para a vítima, a arma dispara acidentalmente, por causa de um defeito que o própria dona da arma desconhecia. A amante morre com tiro no peito. Eis a questão: homicídio culposo ou doloso? Dolo eventual ou culpa consciente? Vejamos agora alguns detalhes: A mulher estava chorando de raiva, fazendo perguntas para a adversária e, durante a conversa, que virou uma troca de gritos, ela saca a arma e na hora a mesma dispara acidentalmente. Há duas outras dúvidas a serem consideradas: Como sabemos que foi de fato tentativa de homicídio? Como sabemos que a mulher não poderia ter desistido de matar, ou de perder a vontade de matar? E se ela quisesse primeiro assustar a inimiga, só atirando no chão ou nas coisas dela, ou mesmo na perna da mulher? Como é que podemos ter certeza de que a mulher não desistiria da ideia de matar a inimiga? E se, depois disso tudo, a perícia comprovasse que a arma do crime de fato é defeituosa?
Acho bem interessante esse exemplo, pois lembra por que não raramente nossos julgamentos são falhos, ou como que um equívoco é quase impossível de reconhecer.
Acho que a coisa mais complicada que tem em matéria de direito é julgar a consciência alheia. Nunca sabemos se temos a total certeza sobre o que se passou dentro doutra pessoa. De fato, uma pessoa que enfurecemos pode nos apontar uma arma e, para nossa sorte, ela desistir de nos matar, tal como já cansamos de ver em filmes de drama. Por causa da nossa vaidade, preferimos limitar a realidade do ser humano porque assim tudo fica mais fácil. Todos os dias há quase-assassinatos acontecendo, desistidos na última hora, e sem intervenção de terceiros.
imprudência: a merda ocorre por causa da impulsividade da pessoa, por falta de cautela, age às pressas;
negligência: a merda ocorre por causa da inércia da pessoa, é não agir como se é esperado para a situação.
Correto?
Muito boa explicação
muito bom