Pedro Doria admiro a sua coragem em colocar para discussão um assunto tão difícil e vejo seridade nas suas ponderações. Sou mulata, idosa e por vezes correndo o risco de ser mal interpretada tento fazer as mesmas reflexões.
Eu, como exemplo de miscigenação (judeu, negro, indígena, português), recentemente me senti mal por causa da minha mestiçagem. Nesse contexto importado, onde todos devem, ou deveriam, estar estanques e isolados em seus fenótipos e origens (muitas vezes fantasiosas), ser mestiço, sentir-se mestiço e não se encaixar nos estereótipos raciais causa um mal-estar. Um mal-estar de não pertencimento, de estar à margem, de não ter voz na discussão. Obrigado por trazer de volta a voz de Darcy Ribeiro e sua exaltação à mestiçagem. Isso me deu ânimo e a perspectiva de que o caráter de ser brasileiro é ser mestiço, não só nas origens, mas nas ideias, com acolhimento e amor. Valeu, Dória, valeu, Meio.
Eu sou negra retinta, já me integrei bastante à atividades do movimento negro, porém reconheci há alguns anos já que o movimento negro estava se radicalizando muito e se baseando em muito ressentimento para se comunicar com as pessoas. Inclusive eu deixei de seguir muitos canais negros por isto. O racismo é algo que infelizmente fez e faz parte da minha vida e eu percebia que muito das falas de ícones do movimento negro gerava em mim ainda mais recentimento e resolvi me emancipar disto tudo. Precisamos realmente falar sobre isto porque o rumo que esta temática está tomando não é saudável para ninguém.
Pedro, adorei o vídeo, sou psicólogo, e o termo que você quis dizer como bad vibes ou energia, pode ser chamado de influência ambiental, ou influência do meio, poisé, do meio. É uma influência psicológica externa e que tem efeito desde o útero. Espero ter contribuído, obrigado por mais um vídeo excelente.
Pedro, gosto das tuas ponderações. Você é um ser humano de tremendo caráter. Tuas reflexões e dúvidas expostas de forma crua e pública te aproxima bastante das pessoas comuns que cansaram de escutar expoentes muito cheios de certezas por fora e com pouco conteúdo por dentro.
A esquerda e a direita atuais são mais americanas que Coca-Cola e McDonald's. As discussões são americanas, as referências culturais são americanas, a bibliografia é americana, as obsessões são tipicamente americanas...
Pois é eu penso mt isso. Se os americanos são o mal das coisas, os imperialistas, capitalistas, pq nessas horas essa lógica não se aplica? Digo no caso da esquerda
Sem dúvida alguma, este é o melhor canal de comentários e análises sobre questões políticas e sociais. Os vídeos do Pedro são sempre verdadeiras aulas sobre democracia, republicanismo e política. Um trabalho que prima pela ponderação da análise, pela análise cuidadosa dos fatos e pelo diálogo com os diversos olhares sobre os fenômenos políticos e sociais. Por isso tudo, este canal merece ser mais e mais divulgado.
Adoro: todo mundo junto e misturado. Um neném vai nescer em nossa família e a gente não sabe a cor que ele vai ter. E independentemente da cor ele vai ser amado. Se for mais “alvo”, vai ser chamado de louro ou galego. Se for mais escurinho, de nêgo. Não quero perder esse acolhimento jamais.
Pedro, fico feliz que meu comentário gerou reflexão e sua resposta. Estou tentando escrever um doutorado sobre branquitude na psicologia clínica/psicanálise, fruto de uma experiência pessoal de reconhecimento e elaboração do preconceito em mim. Minha graduação foi em comunicação/publicidade, então esse imbricamentodas das duas áreas é especialmente interessante pra mim. Eu quis apontar novas coisas que você falou aqui, mas acho que a mais importante é a de que é muito difícil reconhecer o racismo estrutural (que pode ser concreto, mas também simbólico, cultural), às vezes involuntário em nós. Como consequência, é muito difícil comunicar a alguém que está sendo racista. E é muito fácil darmos bola fora. Concordei com vários comentários aqui que seguiram essa linha, e acho que muitos aqui gostariam de ver você entrevistar psicanalistas negros/as que pesquisam o tema.
Acho que um dos objetos do seu estudo poderia ser o que ele apontou: por que não está funcionando? Por que causa mais antipatia as pessoas do que atração de pessoas a causa. Por que a sociedade está se alinhando mais as pautas da direita do que as da esquerda. É de se pensar e analisar.
@@micarlamedeiros1381eu, você, o Pedro, todos nós podemos ficar constrangidos com a exteriorização de aspectos racistas involuntarios em nós. Acontece o tempo todo, mas é só prestando atenção que nos daremos conta de nosso racismo e teremos vontade de mudar. Seria realmente muito mais confortável não mexer nisso, como temos feito há séculos. Mas há quem queira se transformar.
@@raphaelarisco o tema de minha pesquisa é justamente o aspecto defensivo, escondido, da branquitude, e a dificuldade que temos de reconhecê-la em nós. É esse aspecto que talvez nos faça preferir falar do 'racismo (fictício, em minha opinião) contra brancos' e sugerir que por conta de miscigenação somos todos integrados. É preciso tb conhecer mais a fundo a ideia do 'palmitar', suas origens, e implicações na perspectiva do movimento negro, entre outras coisas.
Quando se precisa pisar em ovos nesse nível para ter um debate tão importante, precisamos questionar que tipo de progressismo estamos construindo. Não é apenas no tema do racismo que o debate está sendo tratado como se pertencente apenas a uma parcela da população, todos os temas sensíveis estão se tornando monopólio de uma "elite" da regulamentação do discurso. É gebte que se promove com a pauta, escala hierarquia social como guardião da representação de uma minoria ou grupo. Essa é uma podridão que está se alastrando no cerne do progressismo e das esquerdas.
Me parece óbvio tudo o que o Pedro disse sobre o racismo, mas já discuti o suficiente dentro da esquerda para saber a importância de ele explicar isso passo a passo, construindo o argumento. Impecável.
Em minha família há também mistura de cores, como num jardim. Meu pai branco e minha mãe negra tiveram 5 filhos. Apenas eu negro. Casei com uma mulher branca e tive dois filhos brancos. E sei que meus filhos jamais serão racistas. Mas, o que mais ensino a eles é que não há ninguém melhor que ninguém. Parabéns Pedro, você contribui para unir os diferentes.
Como lá não tem comentários, venho aqui elogiar o primeiro Ponto de Partida - Série. Simplesmente sensacional!!! Boa edição, mais longo e profundo e, sobretudo, um texto maravilhoso. Também menciono a qualidade 4K. Aguardo versão do app para TV LG. Minha TV tem suporte AirPlay, consegui assistir dessa forma - como já faço com a sala secreta do Meio. Estava pensando em cancelar, mas resolvi aguardar o lançamento do premium e estou satisfeito. A única coisa que imploro é chamar pessoas que tenham um ponto vista diferente. Sou da direita liberal (não sou trumpista, nem bolsonarista e muito menos marçalista) e sinto falta disso. Não é tão difícil. O Meio sempre cai pra esquerda, mas não vou desistir de vcs porque o conteúdo me enriquece, admiro muito o Pedro, a Cora e a Mariliz. Longa vida ao Meio!
Penso igual a vc. O bolsonarismo hoje no Brasil acaba infelizmente jogando todo mundo que n é bolsonarista para a centro-esquerda. infelizmente, a direita liberal não tem muitos votos..
38:15 - sim Pedro, achei fundamental (mesmo) esse ponto do amor, e ligando com o fluxo de pensamento de um momento anterior das suas colocações, vejo um exemplo super conhecido por todos como um traço característico do brasileiro e que é uma decorrência da tendência de mistura que você colocou de portugueses e índios: basta olhar a forma calorosa como recebemos turistas em geral na sociedade. É decorrência prática desse amor à mistura.
Месяц назад+14
Muita gente tem a mesma linha de raciocínio seu, mas poucos têm coragem de falar porque serão perseguidos pela mídia e judiciário militante. Até eu que sou negro, acho que tem um exagero extremista quando assunto é movimento negro !!
Pedro, parabéns pela abordagem racional do tema, baseada em fatos e não em ideologia!! A questão da miscigenação, da cultura portuguesa, etc. muito bem abordada!
Pedro, excelente discussão! Ouvi atenta do início ao fim! Aproveitando que você falou que "misturar" é típico de ser brasileiro, deixo aqui a sugestão para que você ouça a música Mestiçagem, de Antônio Nóbrega, e veja como é rica a letra, que termina assim: "Cada vez mais misturados. Cada vez mais brasileiros".
@@raulvmb talvez esteja ocorrendo uma barreira geográfica aqui. No Rio, quando a pessoa tá muito chateada, a gente fala que "fulano está injuriado". Foi uma espécie de piada. rs
É preconceituoso, eu acho que é perda de tempo falar em racismo de negro contra branco, ou o termo “racismo reverso”, pq deixa de se discutir esse tipo de preconceito e passa a se discutir o sentido das palavras, ficar forçando a reconhecerem isso como racismo faz algumas pessoas pensa que queremos negar o racismo estrutural, então é mais prático dizer que é injúria racial, aí não deixa margem para desviar a discussão do preconceito que aconteceu.
@@evandros6454 Cara...uff, observe que você jogou um monte de coisa na mesma conversa, o que torna muito dificil dialogar com você. Eu vou focar 1o na resposta ao questionamente, "preconceituoso" é raso, não diz muita coisa por si só, vou assumir que você quis dizer "preconceito racial", rs. o que leva a gente de volta para Racismo. Pronto. Agora, sobre o sentindo das palavras e a mudança de rumo da conversa, discordo 100% de você, eu vejo como o exato oposto, a introdução de todos esses termos não servem de nada alem de mudar o rumo da conversa, racismo existe, significa classificar pessoas de acordo com criterio racial, a ideia de raça já caiu por terra (quando se trata de humanos) e logo qualquer "valor" que a ideia tenha é falsa e deve parar de acontecer. Sobre racismo estrutural, como Pedro Doria falou no video, isso não é consenso nem entre os intelectuais de fato do brasil, então não sei poque você apresentou como uma certeza que não pode ser questionada, eu não sou advogado meu conhecimento sobre leis no brasil se limita a minha profissão (arquiteto) então eu não sei dizer quais são as partes da "estrutura" que hoje é racista, na minha ignorancia o que me parece que existe no brasil é um "classicismo estrutural" mais ligado a condições economicas das pessoas, eu vejo isso por exemplo quando a pessoa tenta garantir um emprestimo você basicamente precisa ter a grana que esta pedindo, lol. E como a iniciativa privada ficou livre para tirar proveito dos programas do estado, o que se observa é que as pessoas só tem condição de comprar casinhas em terreno 5x20, com 3m de quintal, adquirindo uma divida de 30 anos.
O melhor exemplo sobre a aplicação do termo LUGAR DE FALA. O Pedro pode falar sobre racismo. Deve! Afinal, é a sua ancestralidade quem construiu a cultura. Agora, quem deu procuração pra ele falar sobre movimento negro? Qual a vivência, que tipo de dor ele sentiu pra tomar o protagonismo desse assunto, e ainda trazer pra conversa um debate imaginário entre dois pensadores pretos? Fica muito difícil assim. Muita coisa pra se falar sobre o pacto da branquitude, sobre privilégios, sobre precarização do trabalho, sobre sistema jurídico e político. Mas não. Ele quer tomar de nós a pauta
Poxa, não vi dessa forma. Acho que ele quer mesmo é ampliar o debate. Concordo com você, que o Meio deve trazer mais pessoas pretas pro debate. Hei @pedrodoria74 chame o @juizedinaldocesar pra trocar uma ideia!
“Lugar de fala” nada mais é do que uma variação da velha falácia ad hominem, quando, ao invés de se atacar (no sentido de contra-argumentar) o argumento, se ataca (no sentido de desqualificar) o argumentador. O Pedro (nem ninguém) não precisa de “procuração” (dada por quem?) para falar sobre racismo e sobre movimento negro (ou qualquer outra temática), já que as liberdades de pensamento e de expressão (nobres valores, aliás, inventados por brancos europeus, não por negros africanos), incorporadas em nossa ordem constitucional, lhe facultam isso. Os argumentos dele (e de qualquer um) têm que ser avaliados por si mesmos - se condizem com a realidade e se encadeiam numa sequência lógica de modo a explicar esta realidade. Se o argumentador é preto ou branco é completamente IRRELEVANTE para a validade dos argumentos. Se você discorda, basta lembrar de quem esteve à frente da Fundação Palmares no governo passado: um preto retinto que achava que a escravidão fora “boa”, num certo sentido, para os escravizados. Sem dúvida, ele tinha o tal “lugar de fala”; e só falava asneiras preconceituosas a partir deste lugar.
Victor, estou sempre junto na luta contra o racismo, mas vejo que os únicos nesse país que tem pacto são as elites, inclusive seus membros oriundos de famílias visivelmente miscigenadas. Eles sim, são bastante unidos e se ajudam sempre. Nós, os subalternos de todas as cores, gêneros, orientação sexual e idade é que somos a "festa pobre" que monta um telekatch entre si para eles assistirem tomando um veuve clicquot. Cada vez mais meu lema é "Paz entre nós e guerra aos senhores".
Pedro , sua análise nestes dois vídeos beira a perfeição, principalmente se considerarmos que você é um homem branco. Falta a sua reflexão uma conversa com pessoas negras para entender o sentimento por trás destas reações. Creio na sua sinceridade e empatia. Mas se você não se aprofundar em tentar entender o sentimento dos negros adoecidos pelo racismo. Você acabará sendo injusto. Talvez você esteja se prendendo muito a origem etimológica da palavra. Quando o mais importante neste caso é a origem das dores dos negros brasileiros e de como isso se volta INJUSTAMENTE contra a Iza. Uma negra brasileira.
Assisti ao primeiro episódio do ponto de partida a série e achei que ficou muito bom. É legal ver um tema tão complexo sendo analisado detalhadamente. E o episódio não ficou maçante, menos de 30 min, saiu um ótimo trabalho, parabéns. Sobre o vídeo de agora: Acho que, em certa medida, todos concordam que houve ali um ataque racista, por que o mesmo não foi descrito como ataque racista? Esses cancelamentos de internet tem que ser discutido a fundo.
Pedro, é bem simples de entender o q vc disse, a questão é que as pessoas compram todo discurso de suas bolhas sem reflexão nenhuma. E falo pq já fiz isso, estamos polarizados ao ponto de achar q todas as pautas do outro lado estão erradas ( no meu caso a aversão ao bolsonarismo). Mas amadureci, pois passei a ouvir mais. Hj já me vejo como uma pessoa mais de centro direita, pq me identifiquei com aquilo que antes discordava.
É exatamente esse o problema atual no Brasil: desconhecer aquilo que se critica. O chamado bolsonarismo não é só um monte de gente que é contra vacinas e apoia o Bolsonaro. O pessoal era contra uma vacina específica, mas sempre têm piadinhas de que o "gado é contra a ciência". As pessoas não conversam racionalmente. Você tenta conversar e a outra pessoa começa a insultar baseada numa falsa noção que está do lado certo. É difícil.
Acho que tudo é uma questão de contexto. Existe racismo estrutural, sim. Existe racismo fora dessa estrutura, ou seja, racismo no sentido literal da palavra? Também! Muito simples, uma coisa não exclui a outra e muitas vezes é colocado no mesmo balaio por conveniência.
A estrutura oficial do Estado brasileiro não é racista, a Constituição Federal retrata isto e praticamente toda a legislação infraconstitucional. Então o racismo não é estrutural, tanto que os mais altos cargos no Brasil já foram e são exercidos por pessoas negras. Há simplesmente pessoas racistas no Brasil e no mundo. Penso que isto é que temos que combater, mas não com identitarismo doente e ineficaz.
@@roberta8894 Pode ate não haver na estrutura legislativa do Estado brasileiro, entretanto, e estrutural no sentido de estrutura social, ou seja, como a sociedade se comporta, consciente e inconscientemente, e os mecanismos adotados na manutenção do status quo. Quanto ao "tanto que os mais altos cargos no Brasil já foram e são exercidos por pessoas negras", basta avaliar as proporções, ou seja, são exceções.
Sou o próprio exemplo. Sou branco e finalmente me dei conta que estas noções racistas (preconceito racial = racismo) permeiam toda nossa existência e nos faz guardar no inconsciente a percepção negativa [os estereótipos]. Todos nós, brancos e negros, carregamos dentro de nós tais visões. O que irá variar é o grau deste preconceito entre os brancos. Costuma-se, equivocadamente, classificar como racismo o "grau 10" (um supremacista branco), mas mesmo o grau 1 é preconceito racial = racismo. Existe uma distinção social que habita nosso ser social branco que sempre se compara e se posiciona com superioridade, como "lugar de direito e privilégio". Devemos assumir que temos visões discriminatórias ocultas (para muitos, escancaradas) e enfrentá-las. Para mim é claríssimo o racismo estrutural: há cristalização social da noção de superioridade/inferioridade no âmbito inconsciente da população brasileira e isto dita todas as relações sociais.
O mal do Brasil foi importar uma pauta dos Estados Unidos para o Brasil, sendo que aqui é outro país e esse Sílvio Almeida que escreveu aquele livro e ficou todo mundo babando ele sendo que no final ele era um abusador.
Silvio Almeida e a Djamila Ribeiro são o que no States eles chamam de "Race Hustlers", malandros raciais. São pessoas que usam a pauta de raça e racismo (ironicamente reforçando o mesmo) para subirem na vida e se dar bem, em especial em cargos de liderança em empresas ou governo. Djamila tá lá, casada com um branco e passeando na Europa com sua bolsa Prada.
"Mistura pra ver como é / Mistura pra ver se dá pé" - Valença. Eu sou uma mulher branca casada há 43 anos com um homem negro. E, para nós, o nome disso sempre foi amor.
Simples e didático, racismo nos termos do dicionário., O grande problema é que, tendo sido criado um crime de racismo , tem um grupo que não quer cair no tipo penal.
'' Hoje só se pode perseguir em nome do combate à perseguição. Só se pode perseguir perseguidores. É necessário provar que seu oponente é um perseguidor a fim de justificar seu próprio desejo de perseguir'' - René Girard. (Pág:276 - Obra: Evolução e Conversão, Diálogos sobre a origem da cultura).
A famosa frase de Paulo Freire sobre educação libertadora faz todo o sentido nesse contexto. Lembrei do escândalo envolvendo as denúncias da ministra Anielle Franco contra o ministro Silvio de Almeida. O perfil do Instagram do Instituto Luiz Gama fez sérias acusações contra o trabalho da ministra, alegando que ela estaria envolvida em uma conspiração racista para tirar o ministro do cargo. As críticas focam em sua postura conciliadora, que, segundo o movimento negro, demonstra displicência em questões importantes.
Até importarem essas bobagens da Esquerda Americana, não existia o termo Casamento Interracial no Brasil pelo menos não na Classe Média pra baixo, nas Classes ricas eu não sei. Minha mãe é branca e meu pai negro, por mais que minha pele seja clara, meus fenotipos são de um negro, já meu irmão o contrário
Hoje a minha mãe te criticou, ela disse que vc enrola demais para falar. fiquei tão feliz que ela tocou no seu nome sem ser estimulada, pensei na hora, "Que da hora que ela esta ouvindo o Pedro Dória! nele, eu não preciso me preocupar com fake news".
Celebremos a mestiçagem! Historicamente, ela se deu nas capoeiras, campos, vielas, becos, cortiços, bordeis, aldeias e vilas. Quase sempre fruto do afeto e do amor. Celebremos o poder e a capacidade de amar e sentir afeto para além do fenótipo. O brasileiro é capaz de enxergar a essência e deixar que ela oriente o desejo. Oxalá o movimento identitário tenha a capacidade de celebrar o que de mais valor há em ser brasileiro
Ótima analise. Já presenciei, em um quilombo, lideranças negras fazendo referências preconceituosas e discriminatórias em relação a pessoas brancas para uma plateia com pessoas brancas. Se fosse hoje em dia eu teria me manifestado.
19:40 sou do Ceará. Fui fazer a maratona donrio , vi de perto o racismo estrutural por lá. O que eu vi? Os negros trabalhando em serviços com salários menores: atendimento do McDonald's ou vendedor de praia. Aqui no Ceará tem poucos negros, talvez por ter tido menso escravizados
Eu acho que problema é colocar a palavra reverso. Quando essa palavra vem na sequência de racismo coloca em pé de igualdade o racismo que por exemplo a filha da Iza vêm sofrendo com toda a história por trás dos 300 anos de racismo negro. Acho que podemos dizer apenas racismo.
Pedro, o ressentimento constrói esse caminho infeliz. Não usaria a expressão "racismo reverso" entendo-a como um espantalho. Prefiro simplesmente dizer racismo. O ser humano desde sempre se distingue entre "nós e os outros", "civilizados e bárbaros" e agora "pretos e brancos". Gregos, romanos, japoneses, ingleses e franceses sempre que se apresentaram como culturas e povos "melhores" justificando assim a dominação sobre os povos "primitivos". Ao fim e ao cabo isso só produziu ressentimento. E este é o fruto que estamos colhendo em sociedade. Incapazes de ver o outro como um igual, sujeito de direitos e deveres, um como nós que é outro na sua singularidade e que enriquece a comunidade humana com diversidade. Abraço, Pedro. Seguiremos com coragem!
Pedro, como vai? Eu concordo com você que existe a linguagem da academia e existe a linguagem do povo e que nem sempre elas vão se encontrar. Concordo também que, para convencer precisamos falar a linguagem do povo porque, afinal, é o que eles entendem. Saindo do campo do racismo e voltando pra um tema que você fala muito, inclusive tem um curso sobre: Liberalismo. Você usa o que eu creio ser a linguagem da academia pra defender o liberalismo, enquanto que, pro povo que condena o liberalismo, ser liberal é o mesmo que ser entreguista, de direita, conservador etc. Dúvida: Por que, quando você fala de liberalismo, você usa a linguagem da academia e quando fala de racismo, usa a linguagem do povo, para validar seus argumentos? É uma dúvida legítima, não um ataque. Ps.: Imagino que você não vá responder porque não tem o costume de responder comentários feitos no video de sexta (apenas os durante a semana, mas quem sabe... rs)
Vejo a questão do termo racismo reverso como um problema de comunicação. Penso que o que precisa ser esclarecido é que racismo reverso, como uma questão estrutural e sistemática realmente não existe, mas pode existir de forma episódica, quer dizer, em situações específicas. Penso que é esse tipo de clareza que às vezes falta.
Eu realmente gostaria de entender como o Pedro consegue falar com todo orgulho do mundo que é um liveral americano e apontar que adora os EUA, nem uma palavra sobre o genocidio em gaza, sinceramente fica dificil defender e olha que eu tento
Discordo parcialmente da parte no minuto 5:30 - O conceito de comercializar escravos na Africa não surgiu por conta da cor da pele, e sim por que as nações dominantes de lá faturavam dinheiro, polvora e armamentos ao venderem o povo de tribos rivais que foram capturados e subjulgados Com tanto tempo de comércio, os escravos se tornaram um novo normal nas colonias e aí sim, começou a crescer o pensamento de que cor de pele significa que são escravos inferiores que não merecem os mesmos direitos, Gerações nasceram e cresceram assistindo aquele sistema em funcionamento, e então normalizaram a visão de escravidão na sociedade,
A questão fundamental é a desigualdade economica. Ela aumentou entre negros e brancos. Mas, tem aumentado entre os negros a percepção falsa de que, não, não há desigualdade, mas falta de foco e dedicação. Isto é um problema de educação dos negros. Porque também aqui a desigualdade é assustadora. Temos quantos negros cursando medicina no Brasil hoje? Isto é estrutural!
Prezado Pedro, Em primeiro lugar, sou um profundo admirador de seu trabalho apesar de algumas vezes discordar de algumas de suas opiniões. Para começar, sou um homem negro de 50 anos e tenho dúvidas se existe racismo reverso no Brasil. Mas, não tenho dúvidas da existência do racismo estrutural no Brasil (Poderia apresentar inúmeros argumentos para esta afirmação). Vou tentar expressar o que de fato acontece com pessoas negras quando se comportam desta forma como no caso da Iza. Creio que todas as pessoas negras no nosso país têm em alguma medida problemas psicológicos que são fruto dos traumas que esta sociedade estruturada sobre o racismo nos impõe. A Iza é uma excelente cantora e sem dúvidas tem muitos méritos artísticos para o seu sucesso. Porém, muito do seu engajamento e consequentemente do seu sucesso vem do fato de ela ser uma mulher negra, retinta, inteligente, com ensino superior, com um comportamento fora dos estereótipos e com um discurso poderoso sobre Raça. Olhávamos para ela com exemplo de orgulho e representatividade. Quando ela aparece com um homem de pele clara, ela de alguma maneira gera uma profunda decepção para a maioria dos negros que vinham nela uma referência dificilmente encontrada em pessoa negras que alcançam o sucesso (Pessoas negras adoecidas e tomadas por um auto ódio, quando prosperam quase sempre procuram pessoas brancas para se relacionar), e o que vem a seguir é a resposta quase que insana e cruel a esta decepção. Algo muito parecido com o que ocorre com torcidas de futebol em seu relacionamento com seu clube ou jogador favorito. Nenhum negro neste país acha realmente que é superior a qualquer branco por sua etnia. Nenhum negro odeia a Iza ou a filha da Iza. Trata-se tão somente de uma manifestação de tristeza. O mesmo sentimento que empoderou e até enriqueceu a Iza, se volta na mesma proporção contra ela. Este mesmo fenômeno transforma o casal Lazaro Ramos e Tais Araujo em um sucesso de publicidade e se um dia um deles trocar o seu cônjuge por um homem ou mulher branca receberão o mesmo retorno que a Iza recebe neste momento. Talvez você não entenda este sentimento querido Pedro. Mas, com certeza a própria Iza entende. Não se trata em momento algum de racismo e sim de alguma outra manifestação ou sentimento que não sei precisar. Mas, com certeza é tudo fruto do Racismo estrutural do qual todos os brasileiros são parte e que todos os negros brasileiros são vítimas.
Isso aí é só projeção sua sobre ela. Ela não tem obrigação nenhuma de servir de "modelo" para vocês nem para ninguém. Não tem que corresponder à sua projeção idealista. É melhor cada um cuidar da sua vida, ao invés de ficar se metendo na dos outros.
Esse é o mundo ideal@@no_more_spamplease5121. Mas, como disse no início do texto. Creio que pessoas negras foram adoecidas pelo racismo. Se você não é negro dificilmente entenderá este sentimento. Mas, tenho certeza que a própria Iza entende. Não concordo de forma alguma com estas agressões e sou solidário a Iza. Mas, estou tentando explicar as origens destas agressões e a origem não está nos negros está em quem criou o racismo. OS BRANCOS.
@@andrealveslisboa4878Meteu essa? Cada um é culpado de suas próprias atitudes. Um negro não pode sair xingando uma negra que nem o conhece pessoalmente e depois alegar que a atitude dele é culpa dos brancos.
André, um dos psiquiatras mais reconhecidos que trataram sobre as mazelas psíquicas do colonialismo e especificamente sobre os negros, com trabalhos muito bons é Franz Fanon, um homem negro casado com uma branca. O real antiracismo será no dia em que pessoas de cores diferentes casarem e esse fato ser tão trivial que nem notaremos.
Falou sobre o japonês, estou aqui hehehe. Como bem dito, japonês não vai com a cara dos coreanos e chineses. Mas isso é bem interessante, pois a lingua japonesa é de origem chinesa, a alimentação também tem forte influência, e tem monte de cultura de origem chinesa. Até a religião, já que o budismo japonês é de origem chinesa. Uma vez estive assistindo um documentário japonês sobre a coreia do norte, e achei bem interessante o que o jornalista chinês disse. “Os japoneses tem dificuldade em aceitar modos diferentes de um povo que tem a mesma aparência do deles, pois se for em relação aos ocidentais, vocês aceitam”. Achei interessante esse ponto de vista. O racismo é a não aceitação ou compreensão contra uma pessoa que tem a mesma aparência sua. O japonês olha para um chinês, e inconscientemente ele quer que a pessoa se comporte como um japonês. Quando isso não ocorre, o japonês sente um desconforto. Tudo porque ambos tem a mesma aparência. Já contra um ocidental, por ter aparência claramente diferente, se resume a “ah mas são diferentes da gente, por isso pensam diferente”. Exemplo, um ocidental come coisa diferente, reação do japonês “nossa que chique, estou curioso”. Se for em relação ao chinês “eca, que bizarro, tinha que ser chinês”. Se ocidental faz palhaçada “hahaha que senso de humor”, se for chines “é um palhaço mesmo” Vídeos cacetadas, se for ocidental “foi corajoso, mandou bem”. Se for um chinês “nossa mas como é burro”. Portanto, por os chineses terem a mesma aparência dos japoneses, os japoneses não entendem ou não querem aceitar que são povos diferentes. Ocidental faz cagada no japao “ah tadinho, culturas diferentes né”. Chines faz cagada no japao “eita povo mal educado”. Sobre cotas, eu sou contra. Entendo e compreendo o ponto de vista do Pedro, mas eu penso diferente. Quando acabou a segunda guerra mundial, existia apenas TRES mulheres japonesas nas universidades do japao. Bora criar cota para as mulheres? Quando você cria uma cota para alguém em detrimento da sua origem, genero ou aparência, você está retirando os direitos do outro. O lema do japao é todos tem que ter os mesmos direitos e previlégio. Por esse motivo que japao é considerado um país socialista que deu certo. Eu não podia nem levar biscoito na escola, pois “talvez” outros não tem condições para tal. Os shows no japao é preço único. Quem quer sentar lá na frente, que compre o quanto antes. E não esse negocio de titanic, onde quem tem mais dinheiro tem o direito de ter acesso a mordomia. Um deficiente fisico, esse pode “furar a fila”. Um negro com cota, esse também pode? Sei que é um exemplo bizarro, mas é assim que vejo. Tratar um negro como um deficiente, indiretamente você está rebaixando ele, está sendo racista. Um gringo tem dificuldade em entrar numa boa escola do japao, vamos abrir cotas? Outro dia eu estava batendo papo no wechat, e os chineses estavam me falando que os africanos tem bolsa de estudos na china num valor de quase 1 milhao de reais (conversão burra) por cabeça. “Alem de estudarem de graça, recebem um bolsa estudo pomposo, e ainda comem as nossas chinesas”. me disseram kkkkk Eu penso igual japones, tem que melhorar as condições para que TODOS tenham acesso aos estudos, todos tenham os mesmos direitos de igualdade. Invés de ficar criando cotas, que tal abrir novas universidades e investir nos professores. “ah mas Brasil é um país pobre”. Sei sei, orçamento do governo federal do Brasil é 50% superior ao do orçamento do governo japones. Ohhhhh!!!!! Quanto a baixa existência de negros na politica brasileira, claro que tem fator racista, e até cultural. Não vejo os negros votando em negros. Da mesma forma que a baixíssima existência de mulheres na politica japonesa, se deve ao fato que as japonesas não votam em mulheres. Esse sim, deveria abrir cotas, igual alguns países europeus fazem. Aliás as poucas que tinha, ou eram incompententes, ou corruptas. E isso acaba com a ja baixa reputação. Isso me faz lembrar do Celso Pitta, ele meio que acabou com os negros. Opa mulher na presidência, agora vai, a Dilma só fez ajudar a nascer o aborto que é o bozo machista.
Ainda bem que sou pernambucano, conterrâneo de Gilberto Freyre, nosso Darcy Ribeiro de direita. Relacionamento entre brancos, negros ou inter-raciais, é uma não-questão.
Nada mais certo do que a afirmar de que no mundo não falta amor. Acredito que amor é tao abundante no mundo quanto empatia. O que nao há, ou há de forma muio escassa, é o amor como mandamento, aquele amor biblico que é pura compaixão. Uma vez eu vi esse amor e por isso imagino que deva ter mais por aí. Mas em quase 70 anos somente essa única vez eu vi.
Racismo deixou de ter uma definição científica para virar um xingamento, assim como fascismo e comunismo, e qualquer uso que se faça dele vai ser quase sempre subjetivo.
24:17 o que a moça falou é que a intenção de quem xingou estava Miranda na mãe Isa e não na menina Nala, obviamente a criança scaba sendo mais afetada do que a genitora porém a intenção de quem fez as ofensas era outra.
Um exemplo direito de ofensa diretamente direcionada a criança era a filha da VI tube que claramente nasceu com mais peso do que é o comum para idade dela e as ofensas eram muito direcionadas ao peso dela.
Não é uma contradição. Fazer uma lei que combate o racismo, não significa que ele não se expressa em diversos aspectos da nossa sociedade e inclusive de políticas do Estado. Basta ver que apesar de haver leis contra o racismo, pretos e pardos ainda são as maiores vítimas de violência policial e que mesmo com políticas de acesso, podem encontrar diversas dificuldades para realizá-lo, como localização, condições de moradia, necessidades imediatas que impedem tais acessos e etc. Existem brancos pobres, a vida é muito dura para eles, e existem negros pobres, geralmente a vida é ainda mais dura para eles. Ambos precisam de atenção do Estado, e ainda assim não há nenhuma contradição em se afirmar que há na sociedade estruturas racistas que penalizam principalmente pretos no Brasil.
@@TonysArte Novamente, está confundindo o racismo com ele ser estrutural, o que não é verdade, se fosse estrutural a própria estrutura não iria permitir um presidente negro, um Ministro negro, um Ministro do supremo negro etc. Nada disso que vc citou é estrutural, é apenas o racismo no social. A estrutura, desde Marx, é independente das ações das pessoas.
Infelizmente, faltou aos leitores de livros sobre racismo estrutural e que saem por aí destilando seu racismo contra os não negros, uma aula com o Pedro Doria. Racismo é racismo, contra qualquer cor ou etnia. Ponto! Vai precisar desenhar? Precisamos extirpar o racismo de dentro de todos nós, brancos, negros, amarelos, azuis, vermelhos, etc Salve, professor Pedro!
O racismo é estrutural no Brasil porque os mecanismos de exclusão do mercado de trabalho tem reservado aos negros apenas as ocupações subalternas. Este quadro é histórico, estrutural histórico
A policia militar se comporta diferente caso esteja lidando com um negro ou com um branco. Isto é estrutural, ainda que não exista legiislação dando suporte a tal comportamento. O que é pior do que o apartheid, ao meu ver
Em relação à questão da "comunicação", a lógica do Pedro está perfeita, mas ela esbarra na realidade, muito bem apresentada pela moça que fez o comentário do início do vídeo. É absolutamente execrável destilar ódio em direção a uma criança (e por tabela à mãe negra dela) que nasceu com a "cor errada". Só que tem um probleminha em se tentar normalizar o termo "racismo reverso" em 2024: ao fazer isso, todas as conquistas do movimento negro, toda a luta anti-racista travada até agora, terá sido em vão. Racismo é racismo, não importa a "direção" dele. Porém, ainda estamos num momento da História em que dizer que uma criança "branca" (entre aspas, afinal, ela é filha de pais de etnias diferentes) sofre racismo é extremamente irresponsável, mesmo que seja intelectualmente legítimo e justificável, como quer o Pedro. Eu sou homem, branco, de classe média, e gostaria muito que já tivéssemos chegado a esse momento. Mas ainda estamos longe disso. Muito longe.
O movimento negro brasileiro importou daqui dos EUA essa questão de racismo do jeito que fazem hj e tudo piorou. As condições não são as mesmas. Aqui realmente há uma separação racial, bairros de negros, cultura negra, etc. no Brasil somos todos misturados. Eu mesma tenho a pele branca, mas 2 dos meus avós eram brancos, uma mulata e outro indígena. Importar pautas de países que são sofreram a mesma miscigenação é idiotice. Claro que existe racismo no Brasil mas não é o mesmo daqui dos EUA.
Várias partes da sua fala são bem problemáticas, pra dizer o mínimo, principalmente quando você faz tantas generalizações pra justificar suas certezas. Debater consigo mesmo é fácil ter tanta confiança pra tocar nesses termos. Se essa discussão estivesse acontecendo com uma pessoa do movimento negro, acredito que o resultado seria mais rico no geral e pros seus vieses.
Não concordo com a política de cota pra concurso público de nível superior. Pra acesso à educação sou a favor, mas em concurso já existe uma equiparação de nível entre os concursados
A questão é essa, nenhum movimento negro diz que os brancos são inferiores. O nível do preconceito tem a ver justamente por conta do contexto histórico. O movimento negro coloca parte dos brancos como inimigos, especialmente quando se trata de brancos que nascem nas classes mais abastadas. Então é preciso pontuar, o que existe neste caso é preconceito, um outro nível de preconceito mas não creio que tenha a ver com racismo porque não coloca o outro como inferior
Certo, então parece-me que o problema de chamar de "racismo reverso" é que faz um falsa equivalência. O racismo não é reverso porque não é proporcional. É a carga que a palavra carrega. E agora? Como a gente resolve isso?
Creio que o problema resida no termo "reverso", pois racismo e racismo. Talvez seja porque historicamente os negros tenham sido as vitimas frequentes do racismo e "reverso" seja a contramão desse tipo de preconceito.
É simples. Dependendo do nome que você dá, passa a ser mais ou menos certo? Não é melhor simplesmente condenar ao invés de querer discutir o nome dado?
Estrutural não diz respeito apenas as regras normativas, leis e a constituição, mas as formas concretas de como as pessoas se inserem no mercado. Este ponto é de Marx e eu diria que é dogma, tanto quanto o de Newton sobre a termodinâmica!
Racismo é e sempre foi grave, no entanto, se perguntarmos para os negros, principalmente os mais pobres, acho que eles não vão dizer que o pior problema deles é o racismo, mas sim a desigualdade, ponto ignorado na maioria das vezes por este canal.
@@pedrodoria74 ah! Tens toda razão, são 27 minutos. Minha internet travou e não estava conseguindo rodar o vídeo, e interpretei mal. Obrigado, vou assistir agora!
@@pedrodoria74 Uau! Que produção incrível, queria poder comentar lá. Me fez pensar muito sobre uma das pessoas que mais amo, muito próxima e que temos tido divergências. Pensamos parecido, somos do mesmo espectro político mas um de nós, não interessa quem, se fechou mais em sua bolha. Apesar de ainda sermos muito parecidos, hoje vivemos distantes fisicamente e a comunicação é mais presente em redes de WhatsApp familiares, já segregadas dos parentes que pensam diferente. E nossas pequenas diferenças de repente se tornaram grandes o suficiente para romper nossa proximidade. E esse episódio me fez querer abraçar essa pessoa, jogar todas essas diferenças minúsculas fora e resgatar nossas memórias e vidas compartilhadas. Obrigado por me lembrar disso, que bom que assino o Premium.
Pedro, concordo plenamente que a vida de um negro no Brasil é mais difícil que a de um branco e que o racismo ainda é uma realidade forte. No entanto, você responde a primeira pergunta no vídeo citando Robin DiAngelo, conhecida por explorar o movimento “anti-racista” de forma oportunista. DiAngelo e Ibram X. Kendi são exemplos de discursos contraproducentes nessa área, evitando debater seus críticos. Acreditar que o racismo passado justifica o racismo atual, como DiAngelo defende, não é a sociedade que almejo. Essa autora promove uma dinâmica social baseada em ressentimento e preconceito. Com tantos pensadores negros relevantes, como Glenn Loury, John McWhorter, Coleman Hughes, Roland Fryer e até mesmo Thomas Sowell (mais alinhado à direita), é essencial focarmos no futuro e deixarmos para trás ciclos de vingança e preconceito.
Não acredito que a inteligenzia brasileira - jornalistas, artistas e acadêmicos - já tenham ouvido falar de Glenn Loury, John McWhorter,, Coleman Hughes ou mesmo de Thomas Sowell. É uma pena. Se trocassem a leitura ressentida de Silvio de Almeida, ou a leitura cheia de culpa branca da Robin diAngelo por um desses excelentes pensadores, já seria um bom começo para saírem da caixinha do identitarismo e se abrirem para ideias mais construtivas. Ainda guardo a esperança de ver esse dia chegar.
Pedro Doria admiro a sua coragem em colocar para discussão um assunto tão difícil e vejo seridade nas suas ponderações. Sou mulata, idosa e por vezes correndo o risco de ser mal interpretada tento fazer as mesmas reflexões.
No mundo de hoje, você pode ser muito criticada por usar a expressão "mulata", mesmo sendo na primeira pessoa. A doutrinação excluiu esse termo.
Pedro esta corajoso mesmo, mas ele sempre foi assim.
Eu, como exemplo de miscigenação (judeu, negro, indígena, português), recentemente me senti mal por causa da minha mestiçagem. Nesse contexto importado, onde todos devem, ou deveriam, estar estanques e isolados em seus fenótipos e origens (muitas vezes fantasiosas), ser mestiço, sentir-se mestiço e não se encaixar nos estereótipos raciais causa um mal-estar. Um mal-estar de não pertencimento, de estar à margem, de não ter voz na discussão.
Obrigado por trazer de volta a voz de Darcy Ribeiro e sua exaltação à mestiçagem. Isso me deu ânimo e a perspectiva de que o caráter de ser brasileiro é ser mestiço, não só nas origens, mas nas ideias, com acolhimento e amor. Valeu, Dória, valeu, Meio.
Eu sou negra retinta, já me integrei bastante à atividades do movimento negro, porém reconheci há alguns anos já que o movimento negro estava se radicalizando muito e se baseando em muito ressentimento para se comunicar com as pessoas. Inclusive eu deixei de seguir muitos canais negros por isto. O racismo é algo que infelizmente fez e faz parte da minha vida e eu percebia que muito das falas de ícones do movimento negro gerava em mim ainda mais recentimento e resolvi me emancipar disto tudo. Precisamos realmente falar sobre isto porque o rumo que esta temática está tomando não é saudável para ninguém.
Depoimento muito interessante, Livia. Sinto muito pelo que você passou e ainda passa. O futuro há de ser diferente.
Pedro, adorei o vídeo, sou psicólogo, e o termo que você quis dizer como bad vibes ou energia, pode ser chamado de influência ambiental, ou influência do meio, poisé, do meio. É uma influência psicológica externa e que tem efeito desde o útero. Espero ter contribuído, obrigado por mais um vídeo excelente.
Pedro, gosto das tuas ponderações. Você é um ser humano de tremendo caráter. Tuas reflexões e dúvidas expostas de forma crua e pública te aproxima bastante das pessoas comuns que cansaram de escutar expoentes muito cheios de certezas por fora e com pouco conteúdo por dentro.
A esquerda e a direita atuais são mais americanas que Coca-Cola e McDonald's.
As discussões são americanas, as referências culturais são americanas, a bibliografia é americana, as obsessões são tipicamente americanas...
Bingo!
Pois é eu penso mt isso. Se os americanos são o mal das coisas, os imperialistas, capitalistas, pq nessas horas essa lógica não se aplica? Digo no caso da esquerda
E o "Meio" é absurdamente estadunidense tbm...
@@Diego_Cherobinomas pelo menos eles admitem
@@Diego_Cherobino o Meio não, o Pedro assumidamente sim
Sem dúvida alguma, este é o melhor canal de comentários e análises sobre questões políticas e sociais. Os vídeos do Pedro são sempre verdadeiras aulas sobre democracia, republicanismo e política. Um trabalho que prima pela ponderação da análise, pela análise cuidadosa dos fatos e pelo diálogo com os diversos olhares sobre os fenômenos políticos e sociais. Por isso tudo, este canal merece ser mais e mais divulgado.
Só groselha.
Adoro: todo mundo junto e misturado. Um neném vai nescer em nossa família e a gente não sabe a cor que ele vai ter. E independentemente da cor ele vai ser amado. Se for mais “alvo”, vai ser chamado de louro ou galego. Se for mais escurinho, de nêgo. Não quero perder esse acolhimento jamais.
"Pq misturar é ser brasileiro"
Perfeito demais Pedro!
Amo suas reflexões ❤ me identifico muito. Muito obrigada por compartilhar conosco 😊
Pedro, fico feliz que meu comentário gerou reflexão e sua resposta. Estou tentando escrever um doutorado sobre branquitude na psicologia clínica/psicanálise, fruto de uma experiência pessoal de reconhecimento e elaboração do preconceito em mim. Minha graduação foi em comunicação/publicidade, então esse imbricamentodas das duas áreas é especialmente interessante pra mim. Eu quis apontar novas coisas que você falou aqui, mas acho que a mais importante é a de que é muito difícil reconhecer o racismo estrutural (que pode ser concreto, mas também simbólico, cultural), às vezes involuntário em nós. Como consequência, é muito difícil comunicar a alguém que está sendo racista. E é muito fácil darmos bola fora. Concordei com vários comentários aqui que seguiram essa linha, e acho que muitos aqui gostariam de ver você entrevistar psicanalistas negros/as que pesquisam o tema.
Acho que um dos objetos do seu estudo poderia ser o que ele apontou: por que não está funcionando? Por que causa mais antipatia as pessoas do que atração de pessoas a causa. Por que a sociedade está se alinhando mais as pautas da direita do que as da esquerda. É de se pensar e analisar.
Vc tem grade chance de falar coisas comprometedoras. Fique longe disso para seu próprio bem
@@micarlamedeiros1381eu, você, o Pedro, todos nós podemos ficar constrangidos com a exteriorização de aspectos racistas involuntarios em nós. Acontece o tempo todo, mas é só prestando atenção que nos daremos conta de nosso racismo e teremos vontade de mudar. Seria realmente muito mais confortável não mexer nisso, como temos feito há séculos. Mas há quem queira se transformar.
@@raphaelarisco o tema de minha pesquisa é justamente o aspecto defensivo, escondido, da branquitude, e a dificuldade que temos de reconhecê-la em nós. É esse aspecto que talvez nos faça preferir falar do 'racismo (fictício, em minha opinião) contra brancos' e sugerir que por conta de miscigenação somos todos integrados. É preciso tb conhecer mais a fundo a ideia do 'palmitar', suas origens, e implicações na perspectiva do movimento negro, entre outras coisas.
Quando se precisa pisar em ovos nesse nível para ter um debate tão importante, precisamos questionar que tipo de progressismo estamos construindo. Não é apenas no tema do racismo que o debate está sendo tratado como se pertencente apenas a uma parcela da população, todos os temas sensíveis estão se tornando monopólio de uma "elite" da regulamentação do discurso. É gebte que se promove com a pauta, escala hierarquia social como guardião da representação de uma minoria ou grupo. Essa é uma podridão que está se alastrando no cerne do progressismo e das esquerdas.
Me parece óbvio tudo o que o Pedro disse sobre o racismo, mas já discuti o suficiente dentro da esquerda para saber a importância de ele explicar isso passo a passo, construindo o argumento. Impecável.
Em minha família há também mistura de cores, como num jardim. Meu pai branco e minha mãe negra tiveram 5 filhos. Apenas eu negro. Casei com uma mulher branca e tive dois filhos brancos. E sei que meus filhos jamais serão racistas. Mas, o que mais ensino a eles é que não há ninguém melhor que ninguém. Parabéns Pedro, você contribui para unir os diferentes.
Pedro, vi o primeiro episodio do ponto de partida a série, da pra ver o valor de producao é gigante, MUITO bem editado! PARABENS, pretendo acompanhar.
Como lá não tem comentários, venho aqui elogiar o primeiro Ponto de Partida - Série. Simplesmente sensacional!!! Boa edição, mais longo e profundo e, sobretudo, um texto maravilhoso. Também menciono a qualidade 4K. Aguardo versão do app para TV LG. Minha TV tem suporte AirPlay, consegui assistir dessa forma - como já faço com a sala secreta do Meio. Estava pensando em cancelar, mas resolvi aguardar o lançamento do premium e estou satisfeito. A única coisa que imploro é chamar pessoas que tenham um ponto vista diferente. Sou da direita liberal (não sou trumpista, nem bolsonarista e muito menos marçalista) e sinto falta disso. Não é tão difícil. O Meio sempre cai pra esquerda, mas não vou desistir de vcs porque o conteúdo me enriquece, admiro muito o Pedro, a Cora e a Mariliz. Longa vida ao Meio!
Penso igual a vc. O bolsonarismo hoje no Brasil acaba infelizmente jogando todo mundo que n é bolsonarista para a centro-esquerda. infelizmente, a direita liberal não tem muitos votos..
38:15 - sim Pedro, achei fundamental (mesmo) esse ponto do amor, e ligando com o fluxo de pensamento de um momento anterior das suas colocações, vejo um exemplo super conhecido por todos como um traço característico do brasileiro e que é uma decorrência da tendência de mistura que você colocou de portugueses e índios: basta olhar a forma calorosa como recebemos turistas em geral na sociedade. É decorrência prática desse amor à mistura.
Muita gente tem a mesma linha de raciocínio seu, mas poucos têm coragem de falar porque serão perseguidos pela mídia e judiciário militante. Até eu que sou negro, acho que tem um exagero extremista quando assunto é movimento negro !!
Pedro, parabéns pela abordagem racional do tema, baseada em fatos e não em ideologia!! A questão da miscigenação, da cultura portuguesa, etc. muito bem abordada!
Pedro, excelente discussão! Ouvi atenta do início ao fim! Aproveitando que você falou que "misturar" é típico de ser brasileiro, deixo aqui a sugestão para que você ouça a música Mestiçagem, de Antônio Nóbrega, e veja como é rica a letra, que termina assim: "Cada vez mais misturados. Cada vez mais brasileiros".
Quem acha que não existe o problema é porque AINDA não foi agredido gratuitamente. Isso tem sim que ser discutido e exposto.
Pedro, boa noite! Te acompanho semanal há 8 meses, e é a primeira vez quw concordo com vc totalmente!
Eu adoro esse argumento "isso não é racismo, é injuria racial"...quem comete injuria racial é o que?
Injuriado?! Rs
@@thiagomartins4814 quem comete injuria é injuriado? Você quis dizer injuriador?!
@@raulvmb talvez esteja ocorrendo uma barreira geográfica aqui. No Rio, quando a pessoa tá muito chateada, a gente fala que "fulano está injuriado".
Foi uma espécie de piada. rs
É preconceituoso, eu acho que é perda de tempo falar em racismo de negro contra branco, ou o termo “racismo reverso”, pq deixa de se discutir esse tipo de preconceito e passa a se discutir o sentido das palavras, ficar forçando a reconhecerem isso como racismo faz algumas pessoas pensa que queremos negar o racismo estrutural, então é mais prático dizer que é injúria racial, aí não deixa margem para desviar a discussão do preconceito que aconteceu.
@@evandros6454 Cara...uff, observe que você jogou um monte de coisa na mesma conversa, o que torna muito dificil dialogar com você. Eu vou focar 1o na resposta ao questionamente, "preconceituoso" é raso, não diz muita coisa por si só, vou assumir que você quis dizer "preconceito racial", rs. o que leva a gente de volta para Racismo. Pronto. Agora, sobre o sentindo das palavras e a mudança de rumo da conversa, discordo 100% de você, eu vejo como o exato oposto, a introdução de todos esses termos não servem de nada alem de mudar o rumo da conversa, racismo existe, significa classificar pessoas de acordo com criterio racial, a ideia de raça já caiu por terra (quando se trata de humanos) e logo qualquer "valor" que a ideia tenha é falsa e deve parar de acontecer. Sobre racismo estrutural, como Pedro Doria falou no video, isso não é consenso nem entre os intelectuais de fato do brasil, então não sei poque você apresentou como uma certeza que não pode ser questionada, eu não sou advogado meu conhecimento sobre leis no brasil se limita a minha profissão (arquiteto) então eu não sei dizer quais são as partes da "estrutura" que hoje é racista, na minha ignorancia o que me parece que existe no brasil é um "classicismo estrutural" mais ligado a condições economicas das pessoas, eu vejo isso por exemplo quando a pessoa tenta garantir um emprestimo você basicamente precisa ter a grana que esta pedindo, lol. E como a iniciativa privada ficou livre para tirar proveito dos programas do estado, o que se observa é que as pessoas só tem condição de comprar casinhas em terreno 5x20, com 3m de quintal, adquirindo uma divida de 30 anos.
O melhor exemplo sobre a aplicação do termo LUGAR DE FALA. O Pedro pode falar sobre racismo. Deve! Afinal, é a sua ancestralidade quem construiu a cultura. Agora, quem deu procuração pra ele falar sobre movimento negro? Qual a vivência, que tipo de dor ele sentiu pra tomar o protagonismo desse assunto, e ainda trazer pra conversa um debate imaginário entre dois pensadores pretos?
Fica muito difícil assim.
Muita coisa pra se falar sobre o pacto da branquitude, sobre privilégios, sobre precarização do trabalho, sobre sistema jurídico e político.
Mas não.
Ele quer tomar de nós a pauta
Poxa, não vi dessa forma. Acho que ele quer mesmo é ampliar o debate. Concordo com você, que o Meio deve trazer mais pessoas pretas pro debate. Hei @pedrodoria74 chame o @juizedinaldocesar pra trocar uma ideia!
“Lugar de fala” nada mais é do que uma variação da velha falácia ad hominem, quando, ao invés de se atacar (no sentido de contra-argumentar) o argumento, se ataca (no sentido de desqualificar) o argumentador.
O Pedro (nem ninguém) não precisa de “procuração” (dada por quem?) para falar sobre racismo e sobre movimento negro (ou qualquer outra temática), já que as liberdades de pensamento e de expressão (nobres valores, aliás, inventados por brancos europeus, não por negros africanos), incorporadas em nossa ordem constitucional, lhe facultam isso.
Os argumentos dele (e de qualquer um) têm que ser avaliados por si mesmos - se condizem com a realidade e se encadeiam numa sequência lógica de modo a explicar esta realidade. Se o argumentador é preto ou branco é completamente IRRELEVANTE para a validade dos argumentos.
Se você discorda, basta lembrar de quem esteve à frente da Fundação Palmares no governo passado: um preto retinto que achava que a escravidão fora “boa”, num certo sentido, para os escravizados. Sem dúvida, ele tinha o tal “lugar de fala”; e só falava asneiras preconceituosas a partir deste lugar.
Victor, estou sempre junto na luta contra o racismo, mas vejo que os únicos nesse país que tem pacto são as elites, inclusive seus membros oriundos de famílias visivelmente miscigenadas.
Eles sim, são bastante unidos e se ajudam sempre. Nós, os subalternos de todas as cores, gêneros, orientação sexual e idade é que somos a "festa pobre" que monta um telekatch entre si para eles assistirem tomando um veuve clicquot.
Cada vez mais meu lema é "Paz entre nós e guerra aos senhores".
Pedro , sua análise nestes dois vídeos beira a perfeição, principalmente se considerarmos que você é um homem branco. Falta a sua reflexão uma conversa com pessoas negras para entender o sentimento por trás destas reações. Creio na sua sinceridade e empatia. Mas se você não se aprofundar em tentar entender o sentimento dos negros adoecidos pelo racismo. Você acabará sendo injusto.
Talvez você esteja se prendendo muito a origem etimológica da palavra. Quando o mais importante neste caso é a origem das dores dos negros brasileiros e de como isso se volta INJUSTAMENTE contra a Iza. Uma negra brasileira.
Já fui discriminado 3 vezes por pessoas do movimento negro, apenas pelo fato de me declarar pardo
Exato Pedro! A leitora assume como VERDADE o conceito usado, e a TEORIA!
Assisti ao primeiro episódio do ponto de partida a série e achei que ficou muito bom. É legal ver um tema tão complexo sendo analisado detalhadamente. E o episódio não ficou maçante, menos de 30 min, saiu um ótimo trabalho, parabéns.
Sobre o vídeo de agora: Acho que, em certa medida, todos concordam que houve ali um ataque racista, por que o mesmo não foi descrito como ataque racista? Esses cancelamentos de internet tem que ser discutido a fundo.
"Não adianta o oprimido virar opressor. Inverter a sociedade não vai acabar com a sua dor. Afinal somos todos irmãos..." (Ponto de Equilíbrio)
Pedro, é bem simples de entender o q vc disse, a questão é que as pessoas compram todo discurso de suas bolhas sem reflexão nenhuma. E falo pq já fiz isso, estamos polarizados ao ponto de achar q todas as pautas do outro lado estão erradas ( no meu caso a aversão ao bolsonarismo). Mas amadureci, pois passei a ouvir mais. Hj já me vejo como uma pessoa mais de centro direita, pq me identifiquei com aquilo que antes discordava.
É exatamente esse o problema atual no Brasil: desconhecer aquilo que se critica.
O chamado bolsonarismo não é só um monte de gente que é contra vacinas e apoia o Bolsonaro. O pessoal era contra uma vacina específica, mas sempre têm piadinhas de que o "gado é contra a ciência".
As pessoas não conversam racionalmente. Você tenta conversar e a outra pessoa começa a insultar baseada numa falsa noção que está do lado certo. É difícil.
Acho que tudo é uma questão de contexto.
Existe racismo estrutural, sim.
Existe racismo fora dessa estrutura, ou seja, racismo no sentido literal da palavra? Também!
Muito simples, uma coisa não exclui a outra e muitas vezes é colocado no mesmo balaio por conveniência.
A estrutura oficial do Estado brasileiro não é racista, a Constituição Federal retrata isto e praticamente toda a legislação infraconstitucional. Então o racismo não é estrutural, tanto que os mais altos cargos no Brasil já foram e são exercidos por pessoas negras.
Há simplesmente pessoas racistas no Brasil e no mundo. Penso que isto é que temos que combater, mas não com identitarismo doente e ineficaz.
@@roberta8894 Exatamente isso.
@@roberta8894 Pode ate não haver na estrutura legislativa do Estado brasileiro, entretanto, e estrutural no sentido de estrutura social, ou seja, como a sociedade se comporta, consciente e inconscientemente, e os mecanismos adotados na manutenção do status quo. Quanto ao "tanto que os mais altos cargos no Brasil já foram e são exercidos por pessoas negras", basta avaliar as proporções, ou seja, são exceções.
Sou o próprio exemplo. Sou branco e finalmente me dei conta que estas noções racistas (preconceito racial = racismo) permeiam toda nossa existência e nos faz guardar no inconsciente a percepção negativa [os estereótipos]. Todos nós, brancos e negros, carregamos dentro de nós tais visões. O que irá variar é o grau deste preconceito entre os brancos. Costuma-se, equivocadamente, classificar como racismo o "grau 10" (um supremacista branco), mas mesmo o grau 1 é preconceito racial = racismo. Existe uma distinção social que habita nosso ser social branco que sempre se compara e se posiciona com superioridade, como "lugar de direito e privilégio". Devemos assumir que temos visões discriminatórias ocultas (para muitos, escancaradas) e enfrentá-las. Para mim é claríssimo o racismo estrutural: há cristalização social da noção de superioridade/inferioridade no âmbito inconsciente da população brasileira e isto dita todas as relações sociais.
O mal do Brasil foi importar uma pauta dos Estados Unidos para o Brasil, sendo que aqui é outro país e esse Sílvio Almeida que escreveu aquele livro e ficou todo mundo babando ele sendo que no final ele era um abusador.
Silvio Almeida e a Djamila Ribeiro são o que no States eles chamam de "Race Hustlers", malandros raciais. São pessoas que usam a pauta de raça e racismo (ironicamente reforçando o mesmo) para subirem na vida e se dar bem, em especial em cargos de liderança em empresas ou governo. Djamila tá lá, casada com um branco e passeando na Europa com sua bolsa Prada.
"Mistura pra ver como é / Mistura pra ver se dá pé" - Valença. Eu sou uma mulher branca casada há 43 anos com um homem negro. E, para nós, o nome disso sempre foi amor.
Simples e didático, racismo nos termos do dicionário., O grande problema é que, tendo sido criado um crime de racismo , tem um grupo que não quer cair no tipo penal.
'' Hoje só se pode perseguir em nome do combate à perseguição. Só se pode perseguir perseguidores. É necessário provar que seu oponente é um perseguidor a fim de justificar seu próprio desejo de perseguir'' - René Girard. (Pág:276 - Obra: Evolução e Conversão, Diálogos sobre a origem da cultura).
Assustadoramente preciso
“A língua não é aquilo que pertence a academia […]; a língua é aquilo que pertence a nós”
A famosa frase de Paulo Freire sobre educação libertadora faz todo o sentido nesse contexto. Lembrei do escândalo envolvendo as denúncias da ministra Anielle Franco contra o ministro Silvio de Almeida. O perfil do Instagram do Instituto Luiz Gama fez sérias acusações contra o trabalho da ministra, alegando que ela estaria envolvida em uma conspiração racista para tirar o ministro do cargo. As críticas focam em sua postura conciliadora, que, segundo o movimento negro, demonstra displicência em questões importantes.
Até importarem essas bobagens da Esquerda Americana, não existia o termo Casamento Interracial no Brasil pelo menos não na Classe Média pra baixo, nas Classes ricas eu não sei. Minha mãe é branca e meu pai negro, por mais que minha pele seja clara, meus fenotipos são de um negro, já meu irmão o contrário
Hoje a minha mãe te criticou, ela disse que vc enrola demais para falar. fiquei tão feliz que ela tocou no seu nome sem ser estimulada, pensei na hora, "Que da hora que ela esta ouvindo o Pedro Dória! nele, eu não preciso me preocupar com fake news".
Caríssimo Pedro, MUITO OBRIGADO.
Celebremos a mestiçagem! Historicamente, ela se deu nas capoeiras, campos, vielas, becos, cortiços, bordeis, aldeias e vilas. Quase sempre fruto do afeto e do amor. Celebremos o poder e a capacidade de amar e sentir afeto para além do fenótipo. O brasileiro é capaz de enxergar a essência e deixar que ela oriente o desejo. Oxalá o movimento identitário tenha a capacidade de celebrar o que de mais valor há em ser brasileiro
Ignorante.
Muito sensível Pedro, tô contigo!
Ótima analise.
Já presenciei, em um quilombo, lideranças negras fazendo referências preconceituosas e discriminatórias em relação a pessoas brancas para uma plateia com pessoas brancas. Se fosse hoje em dia eu teria me manifestado.
19:40 sou do Ceará. Fui fazer a maratona donrio , vi de perto o racismo estrutural por lá. O que eu vi? Os negros trabalhando em serviços com salários menores: atendimento do McDonald's ou vendedor de praia. Aqui no Ceará tem poucos negros, talvez por ter tido menso escravizados
Eu acho que problema é colocar a palavra reverso. Quando essa palavra vem na sequência de racismo coloca em pé de igualdade o racismo que por exemplo a filha da Iza vêm sofrendo com toda a história por trás dos 300 anos de racismo negro. Acho que podemos dizer apenas racismo.
Pedro, o ressentimento constrói esse caminho infeliz. Não usaria a expressão "racismo reverso" entendo-a como um espantalho. Prefiro simplesmente dizer racismo. O ser humano desde sempre se distingue entre "nós e os outros", "civilizados e bárbaros" e agora "pretos e brancos". Gregos, romanos, japoneses, ingleses e franceses sempre que se apresentaram como culturas e povos "melhores" justificando assim a dominação sobre os povos "primitivos". Ao fim e ao cabo isso só produziu ressentimento. E este é o fruto que estamos colhendo em sociedade. Incapazes de ver o outro como um igual, sujeito de direitos e deveres, um como nós que é outro na sua singularidade e que enriquece a comunidade humana com diversidade.
Abraço, Pedro.
Seguiremos com coragem!
Pedro, como vai?
Eu concordo com você que existe a linguagem da academia e existe a linguagem do povo e que nem sempre elas vão se encontrar.
Concordo também que, para convencer precisamos falar a linguagem do povo porque, afinal, é o que eles entendem.
Saindo do campo do racismo e voltando pra um tema que você fala muito, inclusive tem um curso sobre: Liberalismo.
Você usa o que eu creio ser a linguagem da academia pra defender o liberalismo, enquanto que, pro povo que condena o liberalismo, ser liberal é o mesmo que ser entreguista, de direita, conservador etc.
Dúvida: Por que, quando você fala de liberalismo, você usa a linguagem da academia e quando fala de racismo, usa a linguagem do povo, para validar seus argumentos?
É uma dúvida legítima, não um ataque.
Ps.: Imagino que você não vá responder porque não tem o costume de responder comentários feitos no video de sexta (apenas os durante a semana, mas quem sabe... rs)
Vejo a questão do termo racismo reverso como um problema de comunicação. Penso que o que precisa ser esclarecido é que racismo reverso, como uma questão estrutural e sistemática realmente não existe, mas pode existir de forma episódica, quer dizer, em situações específicas.
Penso que é esse tipo de clareza que às vezes falta.
Eu realmente gostaria de entender como o Pedro consegue falar com todo orgulho do mundo que é um liveral americano e apontar que adora os EUA, nem uma palavra sobre o genocidio em gaza, sinceramente fica dificil defender e olha que eu tento
Discordo parcialmente da parte no minuto 5:30 - O conceito de comercializar escravos na Africa não surgiu por conta da cor da pele, e sim por que as nações dominantes de lá faturavam dinheiro, polvora e armamentos ao venderem o povo de tribos rivais que foram capturados e subjulgados
Com tanto tempo de comércio, os escravos se tornaram um novo normal nas colonias e aí sim, começou a crescer o pensamento de que cor de pele significa que são escravos inferiores que não merecem os mesmos direitos,
Gerações nasceram e cresceram assistindo aquele sistema em funcionamento, e então normalizaram a visão de escravidão na sociedade,
A questão fundamental é a desigualdade economica. Ela aumentou entre negros e brancos. Mas, tem aumentado entre os negros a percepção falsa de que, não, não há desigualdade, mas falta de foco e dedicação. Isto é um problema de educação dos negros. Porque também aqui a desigualdade é assustadora. Temos quantos negros cursando medicina no Brasil hoje? Isto é estrutural!
Grande Vídeo Pedrão. Abraços.
Pedro, faz logo a parceria com a Manual. Pare de resistir.
Manual é empresa de não ficar careca?
Manual?
Pedro, ela está falando que você está ficando calvo com entradas. A manual é uma empresa que vende remédios contra a calvície.
Caraca, ri alto aqui 🤣🤣🤣
Apoio
Prezado Pedro,
Em primeiro lugar, sou um profundo admirador de seu trabalho apesar de algumas vezes discordar de algumas de suas opiniões. Para começar, sou um homem negro de 50 anos e tenho dúvidas se existe racismo reverso no Brasil. Mas, não tenho dúvidas da existência do racismo estrutural no Brasil (Poderia apresentar inúmeros argumentos para esta afirmação). Vou tentar expressar o que de fato acontece com pessoas negras quando se comportam desta forma como no caso da Iza.
Creio que todas as pessoas negras no nosso país têm em alguma medida problemas psicológicos que são fruto dos traumas que esta sociedade estruturada sobre o racismo nos impõe. A Iza é uma excelente cantora e sem dúvidas tem muitos méritos artísticos para o seu sucesso. Porém, muito do seu engajamento e consequentemente do seu sucesso vem do fato de ela ser uma mulher negra, retinta, inteligente, com ensino superior, com um comportamento fora dos estereótipos e com um discurso poderoso sobre Raça. Olhávamos para ela com exemplo de orgulho e representatividade. Quando ela aparece com um homem de pele clara, ela de alguma maneira gera uma profunda decepção para a maioria dos negros que vinham nela uma referência dificilmente encontrada em pessoa negras que alcançam o sucesso (Pessoas negras adoecidas e tomadas por um auto ódio, quando prosperam quase sempre procuram pessoas brancas para se relacionar), e o que vem a seguir é a resposta quase que insana e cruel a esta decepção. Algo muito parecido com o que ocorre com torcidas de futebol em seu relacionamento com seu clube ou jogador favorito. Nenhum negro neste país acha realmente que é superior a qualquer branco por sua etnia. Nenhum negro odeia a Iza ou a filha da Iza. Trata-se tão somente de uma manifestação de tristeza. O mesmo sentimento que empoderou e até enriqueceu a Iza, se volta na mesma proporção contra ela. Este mesmo fenômeno transforma o casal Lazaro Ramos e Tais Araujo em um sucesso de publicidade e se um dia um deles trocar o seu cônjuge por um homem ou mulher branca receberão o mesmo retorno que a Iza recebe neste momento. Talvez você não entenda este sentimento querido Pedro. Mas, com certeza a própria Iza entende. Não se trata em momento algum de racismo e sim de alguma outra manifestação ou sentimento que não sei precisar. Mas, com certeza é tudo fruto do Racismo estrutural do qual todos os brasileiros são parte e que todos os negros brasileiros são vítimas.
@@andrealveslisboa4878 parabéns concordei com até às vírgulas do seu comentário!!
Isso aí é só projeção sua sobre ela. Ela não tem obrigação nenhuma de servir de "modelo" para vocês nem para ninguém. Não tem que corresponder à sua projeção idealista. É melhor cada um cuidar da sua vida, ao invés de ficar se metendo na dos outros.
Esse é o mundo ideal@@no_more_spamplease5121. Mas, como disse no início do texto. Creio que pessoas negras foram adoecidas pelo racismo. Se você não é negro dificilmente entenderá este sentimento. Mas, tenho certeza que a própria Iza entende. Não concordo de forma alguma com estas agressões e sou solidário a Iza. Mas, estou tentando explicar as origens destas agressões e a origem não está nos negros está em quem criou o racismo. OS BRANCOS.
@@andrealveslisboa4878Meteu essa? Cada um é culpado de suas próprias atitudes. Um negro não pode sair xingando uma negra que nem o conhece pessoalmente e depois alegar que a atitude dele é culpa dos brancos.
André, um dos psiquiatras mais reconhecidos que trataram sobre as mazelas psíquicas do colonialismo e especificamente sobre os negros, com trabalhos muito bons é Franz Fanon, um homem negro casado com uma branca. O real antiracismo será no dia em que pessoas de cores diferentes casarem e esse fato ser tão trivial que nem notaremos.
Mal terminei de ver o vídeo e já estou compartilhando...
Sugiro à moça que leia também o livro do professor John McWhorter: RACISMO WOKE - Como a militância traiu o movimento antirracista.
Muniz Sodré fala que se fosse estrutural, era mais fácil de combater.
Falou sobre o japonês, estou aqui hehehe. Como bem dito, japonês não vai com a cara dos coreanos e chineses. Mas isso é bem interessante, pois a lingua japonesa é de origem chinesa, a alimentação também tem forte influência, e tem monte de cultura de origem chinesa. Até a religião, já que o budismo japonês é de origem chinesa.
Uma vez estive assistindo um documentário japonês sobre a coreia do norte, e achei bem interessante o que o jornalista chinês disse. “Os japoneses tem dificuldade em aceitar modos diferentes de um povo que tem a mesma aparência do deles, pois se for em relação aos ocidentais, vocês aceitam”.
Achei interessante esse ponto de vista. O racismo é a não aceitação ou compreensão contra uma pessoa que tem a mesma aparência sua. O japonês olha para um chinês, e inconscientemente ele quer que a pessoa se comporte como um japonês. Quando isso não ocorre, o japonês sente um desconforto. Tudo porque ambos tem a mesma aparência.
Já contra um ocidental, por ter aparência claramente diferente, se resume a “ah mas são diferentes da gente, por isso pensam diferente”.
Exemplo, um ocidental come coisa diferente, reação do japonês “nossa que chique, estou curioso”. Se for em relação ao chinês “eca, que bizarro, tinha que ser chinês”.
Se ocidental faz palhaçada “hahaha que senso de humor”, se for chines “é um palhaço mesmo”
Vídeos cacetadas, se for ocidental “foi corajoso, mandou bem”. Se for um chinês “nossa mas como é burro”.
Portanto, por os chineses terem a mesma aparência dos japoneses, os japoneses não entendem ou não querem aceitar que são povos diferentes. Ocidental faz cagada no japao “ah tadinho, culturas diferentes né”. Chines faz cagada no japao “eita povo mal educado”.
Sobre cotas, eu sou contra. Entendo e compreendo o ponto de vista do Pedro, mas eu penso diferente. Quando acabou a segunda guerra mundial, existia apenas TRES mulheres japonesas nas universidades do japao. Bora criar cota para as mulheres? Quando você cria uma cota para alguém em detrimento da sua origem, genero ou aparência, você está retirando os direitos do outro. O lema do japao é todos tem que ter os mesmos direitos e previlégio. Por esse motivo que japao é considerado um país socialista que deu certo. Eu não podia nem levar biscoito na escola, pois “talvez” outros não tem condições para tal. Os shows no japao é preço único. Quem quer sentar lá na frente, que compre o quanto antes. E não esse negocio de titanic, onde quem tem mais dinheiro tem o direito de ter acesso a mordomia.
Um deficiente fisico, esse pode “furar a fila”. Um negro com cota, esse também pode? Sei que é um exemplo bizarro, mas é assim que vejo. Tratar um negro como um deficiente, indiretamente você está rebaixando ele, está sendo racista. Um gringo tem dificuldade em entrar numa boa escola do japao, vamos abrir cotas? Outro dia eu estava batendo papo no wechat, e os chineses estavam me falando que os africanos tem bolsa de estudos na china num valor de quase 1 milhao de reais (conversão burra) por cabeça. “Alem de estudarem de graça, recebem um bolsa estudo pomposo, e ainda comem as nossas chinesas”. me disseram kkkkk
Eu penso igual japones, tem que melhorar as condições para que TODOS tenham acesso aos estudos, todos tenham os mesmos direitos de igualdade. Invés de ficar criando cotas, que tal abrir novas universidades e investir nos professores. “ah mas Brasil é um país pobre”. Sei sei, orçamento do governo federal do Brasil é 50% superior ao do orçamento do governo japones. Ohhhhh!!!!!
Quanto a baixa existência de negros na politica brasileira, claro que tem fator racista, e até cultural. Não vejo os negros votando em negros. Da mesma forma que a baixíssima existência de mulheres na politica japonesa, se deve ao fato que as japonesas não votam em mulheres. Esse sim, deveria abrir cotas, igual alguns países europeus fazem. Aliás as poucas que tinha, ou eram incompententes, ou corruptas. E isso acaba com a ja baixa reputação. Isso me faz lembrar do Celso Pitta, ele meio que acabou com os negros. Opa mulher na presidência, agora vai, a Dilma só fez ajudar a nascer o aborto que é o bozo machista.
Ainda bem que sou pernambucano, conterrâneo de Gilberto Freyre, nosso Darcy Ribeiro de direita. Relacionamento entre brancos, negros ou inter-raciais, é uma não-questão.
Uma opinião lucida e resplandecente nesse mar de trevas ideológicas da internet, muito bom
Adorei esse vídeo. Muito corajoso! Só fiquei com pena do Pedro com esse sol do meio dia na cabeça.😅
Sucesso! 👍
Novo visual muito maneiro!! Amei!!
Nada mais certo do que a afirmar de que no mundo não falta amor. Acredito que amor é tao abundante no mundo quanto empatia. O que nao há, ou há de forma muio escassa, é o amor como mandamento, aquele amor biblico que é pura compaixão. Uma vez eu vi esse amor e por isso imagino que deva ter mais por aí. Mas em quase 70 anos somente essa única vez eu vi.
Racismo deixou de ter uma definição científica para virar um xingamento, assim como fascismo e comunismo, e qualquer uso que se faça dele vai ser quase sempre subjetivo.
Boa professor
24:17 o que a moça falou é que a intenção de quem xingou estava Miranda na mãe Isa e não na menina Nala, obviamente a criança scaba sendo mais afetada do que a genitora porém a intenção de quem fez as ofensas era outra.
Um exemplo direito de ofensa diretamente direcionada a criança era a filha da VI tube que claramente nasceu com mais peso do que é o comum para idade dela e as ofensas eram muito direcionadas ao peso dela.
Se no Brasil o racismo fosse estrutural, não haveria leis contra o racismo nem negros como Ministros de Estado etc... Portanto, é uma contradição.
Não é uma contradição. Fazer uma lei que combate o racismo, não significa que ele não se expressa em diversos aspectos da nossa sociedade e inclusive de políticas do Estado. Basta ver que apesar de haver leis contra o racismo, pretos e pardos ainda são as maiores vítimas de violência policial e que mesmo com políticas de acesso, podem encontrar diversas dificuldades para realizá-lo, como localização, condições de moradia, necessidades imediatas que impedem tais acessos e etc. Existem brancos pobres, a vida é muito dura para eles, e existem negros pobres, geralmente a vida é ainda mais dura para eles. Ambos precisam de atenção do Estado, e ainda assim não há nenhuma contradição em se afirmar que há na sociedade estruturas racistas que penalizam principalmente pretos no Brasil.
@@TonysArte Novamente, está confundindo o racismo com ele ser estrutural, o que não é verdade, se fosse estrutural a própria estrutura não iria permitir um presidente negro, um Ministro negro, um Ministro do supremo negro etc. Nada disso que vc citou é estrutural, é apenas o racismo no social. A estrutura, desde Marx, é independente das ações das pessoas.
@@andremaldini9152perfeito
@@TonysArte EM 2017 SAIU UMA ESTATISTICA DE QUE MORRIAM MAIS NEGROS,POREM ELES ERAM OS QUE MAIS MATAVAM😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
uma juíza do SC condenou um rapaz em razão da sua raça e não há racismo estrutural? tá bom mona.
Infelizmente, faltou aos leitores de livros sobre racismo estrutural e que saem por aí destilando seu racismo contra os não negros, uma aula com o Pedro Doria. Racismo é racismo, contra qualquer cor ou etnia. Ponto! Vai precisar desenhar?
Precisamos extirpar o racismo de dentro de todos nós, brancos, negros, amarelos, azuis, vermelhos, etc
Salve, professor Pedro!
O racismo é estrutural no Brasil porque os mecanismos de exclusão do mercado de trabalho tem reservado aos negros apenas as ocupações subalternas. Este quadro é histórico, estrutural histórico
Muito bom!!!
Valeu
Maravilhoso.
A policia militar se comporta diferente caso esteja lidando com um negro ou com um branco. Isto é estrutural, ainda que não exista legiislação dando suporte a tal comportamento. O que é pior do que o apartheid, ao meu ver
A maior parte do movimento negro desistiu da luta pela igualdade e aderiu à luta pela vingança
Ótimo vídeo, Pedro.
O áudio está com um pouco de eco no estúdio novo.
Perfeito
Nossa... me perdeu.
Bravo!
Em relação à questão da "comunicação", a lógica do Pedro está perfeita, mas ela esbarra na realidade, muito bem apresentada pela moça que fez o comentário do início do vídeo. É absolutamente execrável destilar ódio em direção a uma criança (e por tabela à mãe negra dela) que nasceu com a "cor errada". Só que tem um probleminha em se tentar normalizar o termo "racismo reverso" em 2024: ao fazer isso, todas as conquistas do movimento negro, toda a luta anti-racista travada até agora, terá sido em vão. Racismo é racismo, não importa a "direção" dele. Porém, ainda estamos num momento da História em que dizer que uma criança "branca" (entre aspas, afinal, ela é filha de pais de etnias diferentes) sofre racismo é extremamente irresponsável, mesmo que seja intelectualmente legítimo e justificável, como quer o Pedro. Eu sou homem, branco, de classe média, e gostaria muito que já tivéssemos chegado a esse momento. Mas ainda estamos longe disso. Muito longe.
O movimento negro brasileiro importou daqui dos EUA essa questão de racismo do jeito que fazem hj e tudo piorou. As condições não são as mesmas. Aqui realmente há uma separação racial, bairros de negros, cultura negra, etc. no Brasil somos todos misturados. Eu mesma tenho a pele branca, mas 2 dos meus avós eram brancos, uma mulata e outro indígena. Importar pautas de países que são sofreram a mesma miscigenação é idiotice. Claro que existe racismo no Brasil mas não é o mesmo daqui dos EUA.
Robin Deangelo é um dos nomes mais racistas da atualidade
Várias partes da sua fala são bem problemáticas, pra dizer o mínimo, principalmente quando você faz tantas generalizações pra justificar suas certezas. Debater consigo mesmo é fácil ter tanta confiança pra tocar nesses termos. Se essa discussão estivesse acontecendo com uma pessoa do movimento negro, acredito que o resultado seria mais rico no geral e pros seus vieses.
Não concordo com a política de cota pra concurso público de nível superior. Pra acesso à educação sou a favor, mas em concurso já existe uma equiparação de nível entre os concursados
A questão é essa, nenhum movimento negro diz que os brancos são inferiores. O nível do preconceito tem a ver justamente por conta do contexto histórico. O movimento negro coloca parte dos brancos como inimigos, especialmente quando se trata de brancos que nascem nas classes mais abastadas. Então é preciso pontuar, o que existe neste caso é preconceito, um outro nível de preconceito mas não creio que tenha a ver com racismo porque não coloca o outro como inferior
Certo, então parece-me que o problema de chamar de "racismo reverso" é que faz um falsa equivalência. O racismo não é reverso porque não é proporcional. É a carga que a palavra carrega. E agora? Como a gente resolve isso?
Creio que o problema resida no termo "reverso", pois racismo e racismo. Talvez seja porque historicamente os negros tenham sido as vitimas frequentes do racismo e "reverso" seja a contramão desse tipo de preconceito.
É simples. Dependendo do nome que você dá, passa a ser mais ou menos certo? Não é melhor simplesmente condenar ao invés de querer discutir o nome dado?
Estrutural não diz respeito apenas as regras normativas, leis e a constituição, mas as formas concretas de como as pessoas se inserem no mercado. Este ponto é de Marx e eu diria que é dogma, tanto quanto o de Newton sobre a termodinâmica!
Racismo é e sempre foi grave, no entanto, se perguntarmos para os negros, principalmente os mais pobres, acho que eles não vão dizer que o pior problema deles é o racismo, mas sim a desigualdade, ponto ignorado na maioria das vezes por este canal.
É a primeira vez q vejo alguém contrapondo o "não existe racismo reverso" concordo... Mas vai dar merda kkkk. Dizer q o rei está nú pega muito mal...
6:46 e mesmo se existisse alguma
diferença não seria aceitável e justificável a escravidão ou o preconceito
Pedro, no Meio Premium eu pensei que hoje teríamos o primeiro episódio, no entanto só tem a vinheta de 27 segundos, a mesma que termina esse vídeo.
Não. Está lá o primeiro episódio:
@@pedrodoria74 ah! Tens toda razão, são 27 minutos. Minha internet travou e não estava conseguindo rodar o vídeo, e interpretei mal. Obrigado, vou assistir agora!
@@pedrodoria74 Uau! Que produção incrível, queria poder comentar lá. Me fez pensar muito sobre uma das pessoas que mais amo, muito próxima e que temos tido divergências. Pensamos parecido, somos do mesmo espectro político mas um de nós, não interessa quem, se fechou mais em sua bolha. Apesar de ainda sermos muito parecidos, hoje vivemos distantes fisicamente e a comunicação é mais presente em redes de WhatsApp familiares, já segregadas dos parentes que pensam diferente. E nossas pequenas diferenças de repente se tornaram grandes o suficiente para romper nossa proximidade. E esse episódio me fez querer abraçar essa pessoa, jogar todas essas diferenças minúsculas fora e resgatar nossas memórias e vidas compartilhadas. Obrigado por me lembrar disso, que bom que assino o Premium.
Estava indo tudo bem, com brilhantismo aliás, até a fala sobre o qto o episódio da Iza afetou a bebê...
Pedro, concordo plenamente que a vida de um negro no Brasil é mais difícil que a de um branco e que o racismo ainda é uma realidade forte. No entanto, você responde a primeira pergunta no vídeo citando Robin DiAngelo, conhecida por explorar o movimento “anti-racista” de forma oportunista. DiAngelo e Ibram X. Kendi são exemplos de discursos contraproducentes nessa área, evitando debater seus críticos. Acreditar que o racismo passado justifica o racismo atual, como DiAngelo defende, não é a sociedade que almejo. Essa autora promove uma dinâmica social baseada em ressentimento e preconceito. Com tantos pensadores negros relevantes, como Glenn Loury, John McWhorter, Coleman Hughes, Roland Fryer e até mesmo Thomas Sowell (mais alinhado à direita), é essencial focarmos no futuro e deixarmos para trás ciclos de vingança e preconceito.
Não foi o Pedro que citou DiAngelo, foi a pessoa do comentário. No mais, concordo com o que você falou.
Não acredito que a inteligenzia brasileira - jornalistas, artistas e acadêmicos - já tenham ouvido falar de Glenn Loury, John McWhorter,, Coleman Hughes ou mesmo de Thomas Sowell. É uma pena. Se trocassem a leitura ressentida de Silvio de Almeida, ou a leitura cheia de culpa branca da Robin diAngelo por um desses excelentes pensadores, já seria um bom começo para saírem da caixinha do identitarismo e se abrirem para ideias mais construtivas. Ainda guardo a esperança de ver esse dia chegar.
@@thaismendes9977 Sim, verdade. Mas a escolha do comentário legitima DiAngelo numa discussão que não deveria.
Imagina uma depressão por conta desses ataques?
Perfeito e cirúrgico 👏👏👏
Nãããoooo, brother
Parece que cada vez mais estamos fomentando o nós contra eles