Que maravilha de tema! Adorei... Nós sabemos bem o que são estas pessoas que ouvem vozes! Infelizmente temos que "camuflar" o tema. A esquizofrenia não é resposta para tudo e não se pode colocar tudo no mesmo saco. Há pessoas que ouvem vozes e que são devidamente identificadas, estas têm uma vida normal e muitas vezes são pessoas que ajudam outras. Na minha aldeia existiam pessoas que ouviam vozes e efetivamente não foram aos psiquiatras. Estas têm muitas histórias para contar 😊
Gratidão por mais esta partilha! Parabéns Raminhos!! 👏🏻👏🏻👏🏻 Para quem tiver interesse sobre essa reforma na saúde mental no Brasil citada pela convidada, procure o documentário "Holocausto brasileiro".
ah não sou única. O meu pai foi "embora" há 1 ano e cerca de 2 meses depois, ouvi o meu pai dizer uma expressão tipica dele , mesmo ao meu lado, ao ponto de eu me virar de imediato, pronta para continuar a conversa. E fiquei parada a olhar para a parede porque afinal o meu pai não estava ali e ainda passei pela sensação de "mas onde é que ele está?" . Ainda hoje me lembro disso, mais tarde achei que ele me queria dizer alguma coisa e fiquei ansiosa à espera que ele voltasse a "falar comigo" , mas já não voltei a ouvi-lo
Bom dia Raminhos Sou profissional de Saúde na área da Psiquiatria e amei este podcast ❤ Muito Grata por dares voz a Seres maravilhosos como a Celina Vilas Boas ❤ Lá está como a Celina partilha, a necessidade do profissional de Saúde com Humanidade, em transformar e transmutar a energia de tristeza, revolta, frustração em força para continuar a cuidar dos doentes de acordo com a necessidade de cada um. Força aí 💪 Bjk 😘
Quero contribuir de uma forma mais ativa para cuidar de Seres com questões na área da Psiquiatria e também ajudar os próprios profissionais de saúde na área da Saúde Mental. Pois também eles, no fundo nós todos, estamos doentes.... Todos temos um cérebro e como tal todos somos Seres mentais, uns que a sociedade considera "normais" e esses são aceites e têm lugar na sociedade. E outros considerados "não normais" que não são aceites, integrados, acolhidos nas sociedade com as suas particularidades.
Os profissionais de Saúde Mental e Psiquiátrica que estereotipam, padronizam, estigmatizam os Seres que cuidam e a quem prestam cuidados estão gravemente doentes. Então, temos profissionais doentes, que se dividem em dois grupos: os profissionais que compreendem e aceitam os doentes mentais muito bem, alguns deles também doentes mentais e os profissionais de saúde que acreditam numa só teoria independentemente do doente que têm á frente e que nada mais vêem ou aceitam. E estes últimos contribuem de forma indireta e inconsciente para o agravamento do estado de saúde dos doentes e dos colegas que sentem ou já sentiram na pele a doença psiquiátrica. E sabem que aquela não é de todo a melhor abordagem.
Adorei o tema e o que a Celina mencionou no podcast e é assustador passar por uma experiência de ouvir vozes de forma regular e a única alternativa possível é a medicação/internamento. Continuo surpreendida que a visão da medicina convencional seja só moldada para a mesma direção da suposta evidência científica e continuar a defender grandes interesses económicos como o farmacêutico. Para tudo há comprimidos... Acho que com o desencadear deste episódio terá de vir mesmo um sobre mediunidade 🙂
Mais uma ótima conversa, obrigada a ti Raminhos e à Celina por partilhar o seu conhecimento. Raminhos, acho que seria muito interessante trazeres alguém especializado ou com o diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade. É um assunto muito interessante, mas vejo poucas pessoas a falarem sobre isso em Portugal. Um abraço de maluco para maluco🤍
Inicialmente, achei a ideia global de "ouvidores" de vozes muito interessante. A atitude de disponibilidade para ouvir parece-me muito positiva; no entanto, em termos mais profundos, o conceito que aqui se apresenta parece-me perigoso para a saúde mental. Perigosa parece-me também está contraposição à Psiquiatria e a ideia de que, na Psiquiatria, só se medica e não se faz um caminho com a pessoa e ela não tem espaço de liberdade. Concluindo - pareceu-me uma abordagem demasiado simplista; - era bom que houvesse uma conversa entre um ouvidor de vozes e um psiquiatra para termos o contraditório e, sobretudo, uma reflexão conjunta.
Adoro o podcast e já aprendi muito com ele. E alguns/ muitos deixam me a pensar. Achei este episódio, confuso e até periogoso. Colocar doentes com esquizofrenia e pessoas que podem ter poderes mediunicos no mesmo saco, nao acho correto
Compreendo o que são os ouvidores de vozes, há quem veja também, quem sinta e não só… achei este podcast um pouco vago. Raminhos senti-te um pouco reticente quando mencionaste que gostavas de reiki e chakras e afins. Sem medos! Sugiro um podcast sobre terapias holisticas na saúde mental e física. O reiki é maravilhoso, a acupunctura também, a meditação idem, yoga etc etc etc, as terapias holisticas podem não curar mas ajudam imenso a acalmar e equilibrar a ansiedade e stress e no geral saúde mental! Deixo a sugestão 😉
Olá, Rui! Ainda assim, é bem-vindo a participar no nosso grupo, se quiser! O Movimento surgiu com o foco nas experiências auditivas (daí o nome), mas rapidamente se percebeu que, frequentemente, há sobreposição com outras experiências sensoriais e, por isso, estamos abertos a quem se identificar :)
Então e a telepatia e a hipnose? Se o cérebro tem muitas valências que ainda não estão desenvolvidas e os psis e outros não têm muitas vezes capacidades para analisar as coisas que não sabem e então... Há muitas variedades de vozes ai tem de haver a capacidade para analisar quem e que vozes são. É complicado ser só dois mais dois.
Olá, Catarina. Permita-me complementar a informação da Celina: Estas experiências são chamadas de alucinações hipnagógicas (ao adormecer) ou hipnopômpicas (ao acordar). Podem ser visuais, auditivas ou sensoriais. A investigação aponta valores díspares (12% a 70% da população) na sua frequência, e parecem ser mais comuns em pessoas com problemas de insónias. As pessoas que têm estas experiências não necessariamente as voltam a ter, nem necessariamente ouvem vozes durante o dia. O próprio Freud relata uma experiência de alucinação hipnopômpica numa altura em que vivia sozinho, em que ouviu alguém chamar o seu nome. Este exemplo é bastante simples e comum, mas podem ser coisas mais elaboradas também. Espero que tenha ajudado :)
Eu não gostei deste episódio. Achei até um discurso perigoso e gostava de ouvir um psiquiatra sobre este episódio e esta psicóloga em específico. Eu conheço uma pessoa com problemas mentais que durante surtos já fez mal a outras pessoas. Acho até que esta entrevistada diz coisas muito polêmicas e discutíveis.
Sobretudo, acho que é um discurso de contraposição, mas também redutor. Por um lado, opõe "ouvidores de vozes" e Psiquiatria, por outro, reduz a Psiquiatria à tomada de medicamentos, como se não houvesse psicoterapia, terapia de grupo, espaço para as pessoas falarem sem medos e como se o percurso com o psiquiatra fosse orientado e não tivesse no centro a própria pessoa. Muito simplista.
Olá, Margarida. As estatísticas demonstram que as pessoas com diagnósticos têm maior probabilidade de sofrer violência que de ser perpetradoras e que as manifestações de violência não são mais elevadas nesta população que na população geral. A violência existe na sociedade e não é algo exclusivo de pessoas que ouvem vozes/têm surtos psicóticos. A violência doméstica é o crime mais comum em Portugal e não é por isso que medicamos, internamos ou orientamos para terapia todos os homens (maioria dos perpetradores). Há uma dimensão de (des)respeito pelos Direitos Humanos importante neste tema (apontada em documentos da ONU e da OMS) e que as disciplinas psis têm perpetuado escudadas pelo fantasma da suposta ameaça que estas pessoas constituem. Mas saber que estas experiências são uma resposta potencial do corpo a situações adversas (luto, isolamento, privação sensorial...) e saber que é possível trabalhar a relação com as vozes e a forma como a pessoa se relaciona com elas, tem de nos fazer questionar se as medidas que colocamos em prática são realmente uma resposta adequada ou sintoma de um sistema de cuidado e suporte deficitário.
Muito obrigado pelo trabalho que tens desenvolvido Raminhos, é preciso ter coragem para falar sobre estes temas com tanta naturalidade neste país.
Ar puro e muito fresco foi o que a Celina nos trouxe
Que maravilha de tema! Adorei... Nós sabemos bem o que são estas pessoas que ouvem vozes! Infelizmente temos que "camuflar" o tema. A esquizofrenia não é resposta para tudo e não se pode colocar tudo no mesmo saco. Há pessoas que ouvem vozes e que são devidamente identificadas, estas têm uma vida normal e muitas vezes são pessoas que ajudam outras.
Na minha aldeia existiam pessoas que ouviam vozes e efetivamente não foram aos psiquiatras. Estas têm muitas histórias para contar 😊
Excelente, revelador e tranquilizador! Agradecida Raminhos. Agradecida Celina pela abordagem do tema de forma tão inclusiva e prática.
Gratidão por mais esta partilha!
Parabéns Raminhos!! 👏🏻👏🏻👏🏻
Para quem tiver interesse sobre essa reforma na saúde mental no Brasil citada pela convidada, procure o documentário "Holocausto brasileiro".
Raminhos, Viva!
Estas a fazer um trabalho fantastico!
Boa continuação!
Excelente conversa!!! Tão serena e que mostra o que realmente importa... Aceitação... Obrigada
ah não sou única. O meu pai foi "embora" há 1 ano e cerca de 2 meses depois, ouvi o meu pai dizer uma expressão tipica dele , mesmo ao meu lado, ao ponto de eu me virar de imediato, pronta para continuar a conversa. E fiquei parada a olhar para a parede porque afinal o meu pai não estava ali e ainda passei pela sensação de "mas onde é que ele está?" . Ainda hoje me lembro disso, mais tarde achei que ele me queria dizer alguma coisa e fiquei ansiosa à espera que ele voltasse a "falar comigo" , mas já não voltei a ouvi-lo
Raminhos depois deste podcast sera muito interessante convidar um Médium.🙏
Totalmente de acordo
Mais um bom tema, Raminhos. Obrigada.
Não seria super interessante o Dr. Gustavo "reagir" a este vídeo? Gostei muito, acho muito valioso mostrar que não há só o tratamento com medicação
Adorava ouvir o feedback do Dr. Gustavo Jesus a tudo o que a Dra. Celina aqui falou
Bom dia Raminhos
Sou profissional de Saúde na área da Psiquiatria e amei este podcast ❤
Muito Grata por dares voz a Seres maravilhosos como a Celina Vilas Boas ❤
Lá está como a Celina partilha, a necessidade do profissional de Saúde com Humanidade, em transformar e transmutar a energia de tristeza, revolta, frustração em força para continuar a cuidar dos doentes de acordo com a necessidade de cada um.
Força aí 💪
Bjk 😘
Quero contribuir de uma forma mais ativa para cuidar de Seres com questões na área da Psiquiatria e também ajudar os próprios profissionais de saúde na área da Saúde Mental. Pois também eles, no fundo nós todos, estamos doentes.... Todos temos um cérebro e como tal todos somos Seres mentais, uns que a sociedade considera "normais" e esses são aceites e têm lugar na sociedade. E outros considerados "não normais" que não são aceites, integrados, acolhidos nas sociedade com as suas particularidades.
Os profissionais de Saúde Mental e Psiquiátrica que estereotipam, padronizam, estigmatizam os Seres que cuidam e a quem prestam cuidados estão gravemente doentes. Então, temos profissionais doentes, que se dividem em dois grupos: os profissionais que compreendem e aceitam os doentes mentais muito bem, alguns deles também doentes mentais e os profissionais de saúde que acreditam numa só teoria independentemente do doente que têm á frente e que nada mais vêem ou aceitam. E estes últimos contribuem de forma indireta e inconsciente para o agravamento do estado de saúde dos doentes e dos colegas que sentem ou já sentiram na pele a doença psiquiátrica. E sabem que aquela não é de todo a melhor abordagem.
Grande entrevista, parabéns.
Adorei. Muito interessante esta temática! 💖
Adorei espetacular 😊
Adorei o tema e o que a Celina mencionou no podcast e é assustador passar por uma experiência de ouvir vozes de forma regular e a única alternativa possível é a medicação/internamento. Continuo surpreendida que a visão da medicina convencional seja só moldada para a mesma direção da suposta evidência científica e continuar a defender grandes interesses económicos como o farmacêutico. Para tudo há comprimidos... Acho que com o desencadear deste episódio terá de vir mesmo um sobre mediunidade 🙂
Mais uma ótima conversa, obrigada a ti Raminhos e à Celina por partilhar o seu conhecimento.
Raminhos, acho que seria muito interessante trazeres alguém especializado ou com o diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade. É um assunto muito interessante, mas vejo poucas pessoas a falarem sobre isso em Portugal.
Um abraço de maluco para maluco🤍
As vozes dizem me para subscrever o patreon do raminhos😮
adorei a conversa... raminho continuo na minha senda de te pedir um mestre de reiki =)
Inicialmente, achei a ideia global de "ouvidores" de vozes muito interessante.
A atitude de disponibilidade para ouvir parece-me muito positiva; no entanto, em termos mais profundos, o conceito que aqui se apresenta parece-me perigoso para a saúde mental.
Perigosa parece-me também está contraposição à Psiquiatria e a ideia de que, na Psiquiatria, só se medica e não se faz um caminho com a pessoa e ela não tem espaço de liberdade.
Concluindo
- pareceu-me uma abordagem demasiado simplista;
- era bom que houvesse uma conversa entre um ouvidor de vozes e um psiquiatra para termos o contraditório e, sobretudo, uma reflexão conjunta.
Adoro o podcast e já aprendi muito com ele. E alguns/ muitos deixam me a pensar. Achei este episódio, confuso e
até periogoso. Colocar
doentes com esquizofrenia e pessoas que podem ter poderes mediunicos no mesmo saco, nao acho correto
Mais uma conversa excelente.
Muito bom!
Muito bom
Compreendo o que são os ouvidores de vozes, há quem veja também, quem sinta e não só… achei este podcast um pouco vago.
Raminhos senti-te um pouco reticente quando mencionaste que gostavas de reiki e chakras e afins. Sem medos! Sugiro um podcast sobre terapias holisticas na saúde mental e física. O reiki é maravilhoso, a acupunctura também, a meditação idem, yoga etc etc etc, as terapias holisticas podem não curar mas ajudam imenso a acalmar e equilibrar a ansiedade e stress e no geral saúde mental! Deixo a sugestão 😉
Eu sou esquizofrénico mas não ouço vozes
Olá, Rui! Ainda assim, é bem-vindo a participar no nosso grupo, se quiser! O Movimento surgiu com o foco nas experiências auditivas (daí o nome), mas rapidamente se percebeu que, frequentemente, há sobreposição com outras experiências sensoriais e, por isso, estamos abertos a quem se identificar :)
Então e a telepatia e a hipnose? Se o cérebro tem muitas valências que ainda não estão desenvolvidas e os psis e outros não têm muitas vezes capacidades para analisar as coisas que não sabem e então... Há muitas variedades de vozes ai tem de haver a capacidade para analisar quem e que vozes são. É complicado ser só dois mais dois.
Celina não percebi o final da explicação de ouvirmos falarem connosco ao acordar ou adormecer.
Olá, Catarina. Permita-me complementar a informação da Celina:
Estas experiências são chamadas de alucinações hipnagógicas (ao adormecer) ou hipnopômpicas (ao acordar). Podem ser visuais, auditivas ou sensoriais. A investigação aponta valores díspares (12% a 70% da população) na sua frequência, e parecem ser mais comuns em pessoas com problemas de insónias. As pessoas que têm estas experiências não necessariamente as voltam a ter, nem necessariamente ouvem vozes durante o dia. O próprio Freud relata uma experiência de alucinação hipnopômpica numa altura em que vivia sozinho, em que ouviu alguém chamar o seu nome. Este exemplo é bastante simples e comum, mas podem ser coisas mais elaboradas também. Espero que tenha ajudado :)
Chama-se mediunidade!
Eu não gostei deste episódio. Achei até um discurso perigoso e gostava de ouvir um psiquiatra sobre este episódio e esta psicóloga em específico. Eu conheço uma pessoa com problemas mentais que durante surtos já fez mal a outras pessoas. Acho até que esta entrevistada diz coisas muito polêmicas e discutíveis.
Medo...
Sobretudo, acho que é um discurso de contraposição, mas também redutor.
Por um lado, opõe "ouvidores de vozes" e Psiquiatria, por outro, reduz a Psiquiatria à tomada de medicamentos, como se não houvesse psicoterapia, terapia de grupo, espaço para as pessoas falarem sem medos e como se o percurso com o psiquiatra fosse orientado e não tivesse no centro a própria pessoa.
Muito simplista.
Olá, Margarida. As estatísticas demonstram que as pessoas com diagnósticos têm maior probabilidade de sofrer violência que de ser perpetradoras e que as manifestações de violência não são mais elevadas nesta população que na população geral. A violência existe na sociedade e não é algo exclusivo de pessoas que ouvem vozes/têm surtos psicóticos. A violência doméstica é o crime mais comum em Portugal e não é por isso que medicamos, internamos ou orientamos para terapia todos os homens (maioria dos perpetradores). Há uma dimensão de (des)respeito pelos Direitos Humanos importante neste tema (apontada em documentos da ONU e da OMS) e que as disciplinas psis têm perpetuado escudadas pelo fantasma da suposta ameaça que estas pessoas constituem. Mas saber que estas experiências são uma resposta potencial do corpo a situações adversas (luto, isolamento, privação sensorial...) e saber que é possível trabalhar a relação com as vozes e a forma como a pessoa se relaciona com elas, tem de nos fazer questionar se as medidas que colocamos em prática são realmente uma resposta adequada ou sintoma de um sistema de cuidado e suporte deficitário.