Revi-me tanto nesta entrevista. Estou a terminar a licenciatura de psicologia e sempre quis seguir clinica e da saúde, no entanto, perceber que existe uma guerra entre profissionais congnitivo-comportamentais e psicanálise, deixou-me de pé a trás, até porque o que pode fazer sentido e efeito para umas pessoass, pode não fazer para outras. Sempre sofri de crises de ansiedade e desde há uns 20 anos, que sofro de ataques de pânico. Mas foi durante a minha licenciatura que descobri que descobri que o que eu tinha era Perturbação do Stress Pós Traumático. Para além das crises de ansiedade e ataques de pânico, tenho flashebacks, depressão.... Ou seja, uma panóplia de sintomas nada agradáveis. Entrei numa tristeza imensa, porque sentia que se eu estava naquele estado, como é que eu poderia ajudar alguém? Então, foi quando a minha psiquiatra, médica de família e a atual psicóloga me disseram, que os psicólogos tb adoecem, tb têm as suas fraquezas, tb precisam de ajuda... Isso animou-me mais, apesar de me deixar ainda de pé atrás, até pq do nada existem gatilhos, que me despoletam verdadeiras crises e tenho medo de transparecer isso para os outros. 😢 Tb passei por várias 6 psicólogas e 2 hipnoterapeutas. A primeira hipnoterapeuta foi para esquecer, nem me quero relembrar daquelas consultas. A segunda terapeuta, acredito que deu o seu melhor, mas percebi que ela não tinha ferramentas e conhecimento do que eu precisava e qdo começou com as abordagens de que aquilo que eu sofria, tinha a ver com vidas passadas... Pronto entornou o caldo. Depois tive 1 psicóloga, que era da área da psicanalise e aquilo não andava nem desandava, eu continuava na mesma. Depois tive outra psicóloga da em que fui a 4 consultas e a mulher deixou de me atender sem me dar uma justificação (foi aumentar o meu sentimento de abandono) e por isso levei quase 20 anos a procurar ajuda. Depois fui a 1 psicóloga que disse que eu não precisava de ajuda 😮, escusado será dizer que ainda foi aumentar o meu sentimento de que a psicologia era uma fraude. E desde há 3 anos, quando comecei a tirar psicologia (pq lia muitos livros da área e percebia que era por ali o caminho, mas tbm fui tirar o curso, para me tentar autoajudar). Se até ali, ninguém me tinha ajudado, então eu teria que ser a minha propria terapeuta 😂. Neste espaço de tempo, tive uma psicóloga que que além de me atender presencialmente, tb atendia outros utentes em plena consulta (via sms), ou seja, eu sentia que aquela terapeuta nem me estava a escutar, mas cubrava-me a consulta por inteiro. Nunca houve empatia da minha parte para com ela e em poucas sessões deixei de ir. Finalmente em Outubro de 2023, voltei a procurar ajuda, agora mais consciente que há solução para mim, pode até levar mais tempo, mas há e encontrei uma psicóloga que até agora, tem sido bastante atenciosa e profissional. Vamos ver se me fico por aqui, porque não é nada agradável não encontrar um profissional que nos ajude. E com tudo isto, estou em fse de escolha da área do mestrado em psicologia, e apesar de me tentarem convencer seguir organizacional, é mesmo clinica e saude que eu gosto (resta saber se é teimosia minha e se não me vou arrepender). Por isso, acho que a qualidade dos psicólogos, o seu empenho, a sua experiência, a sua humildade, profissionalismo, ética, empatia são deveras importantes quando se atendem clientes. Obrigado por esta partilha, pq foi deveras importante para mim.
O que se falou neste episódio espelha a realidade de muitas pessoas que vão a um psicólogo. Sou terapeuta com especialização em psicoterapia, mas diversas outras formações complementares que me munem de ferramentas que não são dadas na maioria dos cursos de psicologia. A minha busca e estudo deu se exatamente por ter tido crises de panico intensas logo aos 18 anos. Por muito que se tente descredibilizar profissionais que não tenham um canudo de psicologa, é importante ressaltar que tê-lo também n é garantia de profissonalismo. Como em tudo existem bons e maus profissionais. Tema muito relevante. Parabéns
Muitos parabéns por esta entrevista. Como pessoa que teve (tem, porque acho que nunca se deixa de ter?) TAG e assintomática há mais de 10 anos, acho que o papel de um bom psicólogo é essencial. Eu tinha um grande descrédito em psicólogos e um enorme estigma em relação a doenças mentais. Tive a sorte de ter uma amiga que me marcou uma consulta e me obrigou a ir, numa altura em que nem conseguia sair de casa (por ter TAG e ataques de pânico). A primeira coisa que eu disse ao psicólogo foi: "Não acredito em nada disto, não acredito na psicologia e não acredito que me possa ajudar. Mas quero dar o beneficio da dúvida à minha amiga que marcou a consulta". A resposta dele foi: "Ainda bem, são as minhas pessoas preferidas". Diagnosticou-me na 1ª consulta, disse-me exactamente o que eu tinha e disse-me também que era comum e que era possível lidar e ter uma vida normal. Houve outras coisas que me disse também nessa primeira consulta que me fizeram voltar quando tinha jurado que não o faria: ouviu a minha história, disse-me que eu era demasiado inteligente, mas emocionalmente muito burra. Não foi meigo, o que para mim foi essencial, mas deixou-me a pensar se não teria razão (e tinha e tem). A verdade é que me ajudou e muito e me deu ferramentas para lidar com o transtorno, que ainda hoje utilizo. Para quem sofre deste tipo de transtornos e, da minha experiencia, é fundamental não desistir de encontrar o psicólogo "ideal", assumir a "doença" e aprender a lidar. Mais tarde fiz o mesmo a amigos que senti que estavam a precisar e a uma das minhas filhas, em cujos comportamentos e ansiedades me revejo. Como pais, também acho que devemos estar atentos aos comportamentos dos filhos e, quanto mais cedo os ajudarmos, melhor eles vão aprender a lidar. Sinto que continua a ser um estigma levar crianças ao psicólogo - e acho que eu própria não levaria se não tivesse passado por isso - e que é um tema que precisa de ser desmitificado. Muito obrigada por esta e outras partilhas do podcast!
Seria muito interessante um episódio com a Dra Filipa a falar sobre TAG (o que é e como se intervém) enquanto especialista em Ansiedade e alguém que vive isso na pele... Gostei muito de ouvir, obrigado!!
Epá, o que ela diz aqui espelha imensas experiências falhadas que eu tive com psicólogos.. Já devem ter sido uns 10.. Havia sempre uma altura em que o tema se esgotava e os profissionais ficavam sem resposta.. Era sempre insuficiente, superficial, sem rumo.. Aquela sensação de pagar para ter uma convesa de café. Também ficava com uma sensação muito desagradável de "vergonha alheia" pelas limitações daqueles profissionais.. Finalmente, acho que encontrei uma boa profissional.
Formações complementares são essenciais. O curso dá-nos a estrutura/o esqueleto, mas engane-se quem pense que os estudos terminam por aqui (é apenas o começo). Fico um pouco triste, enquanto colega ispiana, pela forma como a Filipa falou do curso e faculdade. Sim, tem uma grande inspiração psicanalítica, mas não só. E obviamente que quem se fica pelos três anos de licenciatura e decide enveredar por Psicologia Social e das Organizações não vai aprender intervenção em Psicologia Clínica, parece-me óbvio...Ainda assim, mesmo na licenciatura, é claro que ouvimos falar das várias perturbações de ansiedade (belas cadeiras de Psicopatologia Geral I e II). E, a propósito, em Português de Portugal não usamos a palavra "transtorno", mas sim perturbação. É também importante referir que modelos teóricos podem ser mais ou menos relevantes consoante a pessoa em questão, as suas problemáticas, e as suas metas. Há quem procure respostas mais práticas e focadas "no agora", há quem procure algo diferente. Por isso não fica bem a uma profissional quase que desdenhar de certos modelos teóricos. E eu sou uma daquelas que, por momentos, também já rebentava psicodinâmica pelas costuras. Mas tudo tem o seu espaço, desde que com validade científica. Uma outra nota: modelos cognitivo-comportamentais têm, normalmente, mais hipóteses no que diz respeito a fundos para investigação científica (inclusive onde pratico Psicologia, em Inglaterra). Por isso, é normal que muitas das suas técnicas estejam "mais que estudadas e validadas". O que não significa que outros modelos não tenham também a sua validade e a sua relevância. O que se calhar teria feito mais sentido seria a Filipa construtivamente criticar profissionais que, apercebendo-se de que as pessoas que seguem precisam de algo diferente, não proporcionarem esse algo ou não encaminharem para o local correcto. Isso sim seria de louvar, porque há profissionais demasiado arrogantes para admitir que não vão conseguir estabelecer uma relação terapêutica com todas as pessoas que lhes aparecem à frente, ou que não têm capacidade de dar resposta a todas essas pessoas. Votos de sucesso para a Filipa.
Ui, o que me identifiquei com a convidada! Sou psicóloga licenciada pelo ISPA, com ansiedade generalizada, já tive ataques de pânico e fugi de psicologia clínica para educacional por não me identificar com as cadeiras de psicologia clínica (muito teórico, pouco adaptado aos tempos de hoje, por exemplo não falam do pânico), felizmente adoro ajudar crianças e adolescentes na área do ensino (apesar de as minhas competências por norma estarem ocupadas por psicólogos clínicos....).
Excelente podcast! Uma conversa bem descontraida e animada sobre assuntos sérios. É muito bom ver confiança, estrutura e fundamento em profissionais de saúde mental. Parabéns aos dois.
Goatei muito do episódio raminhos, mas assusta me a vossa leitura em relação à abordagem psicodinâmica. Já me chegaram a consultório muitas pessoas que estiveram em acompanhamento com Cog. Comportamentais afirmando que se sentiram robotizados e ratos de laboratório. É preciso cuidado em chamar a uma abordagem de "merda" pois o que nao serve para uns serve para outros e tirar credibilidade a abordagem psicodinâmica e psicanalitica pode ser perigoso para alguem que está em acompanhamento e ouve isto. E, na verdade há muita investigação científica na abordagem psicodinâmica, cada vez mais, dou a conhecer o prof. Pazo Pires. Um abraço e obrigada pelo serviço público
Mais um episódio maravilhoso! Adorei ouvir a psicóloga Filipa e o seu ponto de vista em relação à terapia, com o qual me identifico. Obrigada, Raminhos, por este serviço público.❤
A desistência passa também pelo custo financeiro. Porque são especialidades que normalmente nao estao cobertas por seguros e ha muitas pessoas que não têm € para manter ...
Sinceramente este episódio foi um bocadinho assustador.. não propriamente motivador p quem está na dúvida de ir ou não ao psicólogo. Eu tirei a licenciatura em Psicologia em Coimbra com os últimos 2 anos na na área do Trabalho e das Organizações e, apesar da minha área não ser clínica, estudei coisas q a Filipa diz nunca ter ouvido falar nos 3 primeiros anos gerais. Não sei se isso diz mais sobre as diferenças entre as faculdades ou sobre a Filipa, pq não conheço nem o ISPA nem a Filipa. Mas a Filipa diz ter escolhido a área de licenciatura sem saber bem p o q ía😅... Está claro q a Universidade não forma técnicos, a Universidade dá bases - uma maneira de pensar, analisar e construir o mundo. As técnicas devem tb aprender-se na Universidade, mas sobretudo em formação extra ao longo da carreira pq estão sp a melhorar. Sinceramente, como estudante de Psicologia achei este episódio um bocadinho redutor - mt crítico no geral qd na verdade é 1 vivência. Mas dps de ter lido alguns comentários, penso q talvez valha a pena falar sobre o assunto. Q tal convidar o bastonário da Ordem?
Gosto muito da abordagem dela. Tal como disseram, muita da terapia que fiz baseava-se em conversas que me faziam sentir bem após a consulta, mas na realidade não mudavam nada. A Filipa tem instagram?
Eu acredito na Psicologia. É a Psiquiatria me deixa muitas e sérias dúvidas. Aliás, estou en lista de espera para ter acompanhamento psicológico, que isto de ser pobre é todo um outro nível....🙃
Entendo, mas umas buscas na Internet tb ajuda a conhecer projectos com consultas mais baratas, como o Manicómio, que estiveram aqui no podcast a semana passada ou há duas. E as próprias freguesias têm muitas vezes gabinetes dedicados à saúde mental :)
@@raminhos, é precisamente da Junta de Freguesia, e há lista de espera. É a Assistente Social que está a tratar disso, espero que não demore muito... 🙏✌️❤️
Preciso perder o medo de tomar a medicação pois já experimentei vários antidepressivos e sem resultado só efeitos negativos 😢o medo cresce tenho ansiedade generalizada e muito mau , obrigada raminhos pelo excelente trabalho 🙏
@@raminhos porque é que a Filipa tem um sotaque tão semelhante ao do Gustavo? :D há frases em que se não fosse o tom mais feminino juraria que era o Gustavo a falar. Obrigado por mais um episódio interessante.
Revi-me tanto nesta entrevista. Estou a terminar a licenciatura de psicologia e sempre quis seguir clinica e da saúde, no entanto, perceber que existe uma guerra entre profissionais congnitivo-comportamentais e psicanálise, deixou-me de pé a trás, até porque o que pode fazer sentido e efeito para umas pessoass, pode não fazer para outras. Sempre sofri de crises de ansiedade e desde há uns 20 anos, que sofro de ataques de pânico. Mas foi durante a minha licenciatura que descobri que descobri que o que eu tinha era Perturbação do Stress Pós Traumático. Para além das crises de ansiedade e ataques de pânico, tenho flashebacks, depressão.... Ou seja, uma panóplia de sintomas nada agradáveis. Entrei numa tristeza imensa, porque sentia que se eu estava naquele estado, como é que eu poderia ajudar alguém? Então, foi quando a minha psiquiatra, médica de família e a atual psicóloga me disseram, que os psicólogos tb adoecem, tb têm as suas fraquezas, tb precisam de ajuda... Isso animou-me mais, apesar de me deixar ainda de pé atrás, até pq do nada existem gatilhos, que me despoletam verdadeiras crises e tenho medo de transparecer isso para os outros. 😢 Tb passei por várias 6 psicólogas e 2 hipnoterapeutas. A primeira hipnoterapeuta foi para esquecer, nem me quero relembrar daquelas consultas. A segunda terapeuta, acredito que deu o seu melhor, mas percebi que ela não tinha ferramentas e conhecimento do que eu precisava e qdo começou com as abordagens de que aquilo que eu sofria, tinha a ver com vidas passadas... Pronto entornou o caldo. Depois tive 1 psicóloga, que era da área da psicanalise e aquilo não andava nem desandava, eu continuava na mesma. Depois tive outra psicóloga da em que fui a 4 consultas e a mulher deixou de me atender sem me dar uma justificação (foi aumentar o meu sentimento de abandono) e por isso levei quase 20 anos a procurar ajuda. Depois fui a 1 psicóloga que disse que eu não precisava de ajuda 😮, escusado será dizer que ainda foi aumentar o meu sentimento de que a psicologia era uma fraude. E desde há 3 anos, quando comecei a tirar psicologia (pq lia muitos livros da área e percebia que era por ali o caminho, mas tbm fui tirar o curso, para me tentar autoajudar). Se até ali, ninguém me tinha ajudado, então eu teria que ser a minha propria terapeuta 😂. Neste espaço de tempo, tive uma psicóloga que que além de me atender presencialmente, tb atendia outros utentes em plena consulta (via sms), ou seja, eu sentia que aquela terapeuta nem me estava a escutar, mas cubrava-me a consulta por inteiro. Nunca houve empatia da minha parte para com ela e em poucas sessões deixei de ir. Finalmente em Outubro de 2023, voltei a procurar ajuda, agora mais consciente que há solução para mim, pode até levar mais tempo, mas há e encontrei uma psicóloga que até agora, tem sido bastante atenciosa e profissional. Vamos ver se me fico por aqui, porque não é nada agradável não encontrar um profissional que nos ajude. E com tudo isto, estou em fse de escolha da área do mestrado em psicologia, e apesar de me tentarem convencer seguir organizacional, é mesmo clinica e saude que eu gosto (resta saber se é teimosia minha e se não me vou arrepender). Por isso, acho que a qualidade dos psicólogos, o seu empenho, a sua experiência, a sua humildade, profissionalismo, ética, empatia são deveras importantes quando se atendem clientes. Obrigado por esta partilha, pq foi deveras importante para mim.
O que se falou neste episódio espelha a realidade de muitas pessoas que vão a um psicólogo. Sou terapeuta com especialização em psicoterapia, mas diversas outras formações complementares que me munem de ferramentas que não são dadas na maioria dos cursos de psicologia. A minha busca e estudo deu se exatamente por ter tido crises de panico intensas logo aos 18 anos. Por muito que se tente descredibilizar profissionais que não tenham um canudo de psicologa, é importante ressaltar que tê-lo também n é garantia de profissonalismo. Como em tudo existem bons e maus profissionais. Tema muito relevante. Parabéns
Muitos parabéns por esta entrevista. Como pessoa que teve (tem, porque acho que nunca se deixa de ter?) TAG e assintomática há mais de 10 anos, acho que o papel de um bom psicólogo é essencial. Eu tinha um grande descrédito em psicólogos e um enorme estigma em relação a doenças mentais. Tive a sorte de ter uma amiga que me marcou uma consulta e me obrigou a ir, numa altura em que nem conseguia sair de casa (por ter TAG e ataques de pânico). A primeira coisa que eu disse ao psicólogo foi: "Não acredito em nada disto, não acredito na psicologia e não acredito que me possa ajudar. Mas quero dar o beneficio da dúvida à minha amiga que marcou a consulta". A resposta dele foi: "Ainda bem, são as minhas pessoas preferidas". Diagnosticou-me na 1ª consulta, disse-me exactamente o que eu tinha e disse-me também que era comum e que era possível lidar e ter uma vida normal. Houve outras coisas que me disse também nessa primeira consulta que me fizeram voltar quando tinha jurado que não o faria: ouviu a minha história, disse-me que eu era demasiado inteligente, mas emocionalmente muito burra. Não foi meigo, o que para mim foi essencial, mas deixou-me a pensar se não teria razão (e tinha e tem).
A verdade é que me ajudou e muito e me deu ferramentas para lidar com o transtorno, que ainda hoje utilizo. Para quem sofre deste tipo de transtornos e, da minha experiencia, é fundamental não desistir de encontrar o psicólogo "ideal", assumir a "doença" e aprender a lidar. Mais tarde fiz o mesmo a amigos que senti que estavam a precisar e a uma das minhas filhas, em cujos comportamentos e ansiedades me revejo. Como pais, também acho que devemos estar atentos aos comportamentos dos filhos e, quanto mais cedo os ajudarmos, melhor eles vão aprender a lidar. Sinto que continua a ser um estigma levar crianças ao psicólogo - e acho que eu própria não levaria se não tivesse passado por isso - e que é um tema que precisa de ser desmitificado.
Muito obrigada por esta e outras partilhas do podcast!
Seria muito interessante um episódio com a Dra Filipa a falar sobre TAG (o que é e como se intervém) enquanto especialista em Ansiedade e alguém que vive isso na pele... Gostei muito de ouvir, obrigado!!
Epá, o que ela diz aqui espelha imensas experiências falhadas que eu tive com psicólogos.. Já devem ter sido uns 10.. Havia sempre uma altura em que o tema se esgotava e os profissionais ficavam sem resposta.. Era sempre insuficiente, superficial, sem rumo.. Aquela sensação de pagar para ter uma convesa de café. Também ficava com uma sensação muito desagradável de "vergonha alheia" pelas limitações daqueles profissionais..
Finalmente, acho que encontrei uma boa profissional.
Formações complementares são essenciais. O curso dá-nos a estrutura/o esqueleto, mas engane-se quem pense que os estudos terminam por aqui (é apenas o começo). Fico um pouco triste, enquanto colega ispiana, pela forma como a Filipa falou do curso e faculdade. Sim, tem uma grande inspiração psicanalítica, mas não só. E obviamente que quem se fica pelos três anos de licenciatura e decide enveredar por Psicologia Social e das Organizações não vai aprender intervenção em Psicologia Clínica, parece-me óbvio...Ainda assim, mesmo na licenciatura, é claro que ouvimos falar das várias perturbações de ansiedade (belas cadeiras de Psicopatologia Geral I e II). E, a propósito, em Português de Portugal não usamos a palavra "transtorno", mas sim perturbação. É também importante referir que modelos teóricos podem ser mais ou menos relevantes consoante a pessoa em questão, as suas problemáticas, e as suas metas. Há quem procure respostas mais práticas e focadas "no agora", há quem procure algo diferente. Por isso não fica bem a uma profissional quase que desdenhar de certos modelos teóricos. E eu sou uma daquelas que, por momentos, também já rebentava psicodinâmica pelas costuras. Mas tudo tem o seu espaço, desde que com validade científica. Uma outra nota: modelos cognitivo-comportamentais têm, normalmente, mais hipóteses no que diz respeito a fundos para investigação científica (inclusive onde pratico Psicologia, em Inglaterra). Por isso, é normal que muitas das suas técnicas estejam "mais que estudadas e validadas". O que não significa que outros modelos não tenham também a sua validade e a sua relevância. O que se calhar teria feito mais sentido seria a Filipa construtivamente criticar profissionais que, apercebendo-se de que as pessoas que seguem precisam de algo diferente, não proporcionarem esse algo ou não encaminharem para o local correcto. Isso sim seria de louvar, porque há profissionais demasiado arrogantes para admitir que não vão conseguir estabelecer uma relação terapêutica com todas as pessoas que lhes aparecem à frente, ou que não têm capacidade de dar resposta a todas essas pessoas. Votos de sucesso para a Filipa.
Ui, o que me identifiquei com a convidada! Sou psicóloga licenciada pelo ISPA, com ansiedade generalizada, já tive ataques de pânico e fugi de psicologia clínica para educacional por não me identificar com as cadeiras de psicologia clínica (muito teórico, pouco adaptado aos tempos de hoje, por exemplo não falam do pânico), felizmente adoro ajudar crianças e adolescentes na área do ensino (apesar de as minhas competências por norma estarem
ocupadas por psicólogos clínicos....).
Excelente podcast! Uma conversa bem descontraida e animada sobre assuntos sérios. É muito bom ver confiança, estrutura e fundamento em profissionais de saúde mental. Parabéns aos dois.
Goatei muito do episódio raminhos, mas assusta me a vossa leitura em relação à abordagem psicodinâmica. Já me chegaram a consultório muitas pessoas que estiveram em acompanhamento com Cog. Comportamentais afirmando que se sentiram robotizados e ratos de laboratório. É preciso cuidado em chamar a uma abordagem de "merda" pois o que nao serve para uns serve para outros e tirar credibilidade a abordagem psicodinâmica e psicanalitica pode ser perigoso para alguem que está em acompanhamento e ouve isto. E, na verdade há muita investigação científica na abordagem psicodinâmica, cada vez mais, dou a conhecer o prof. Pazo Pires.
Um abraço e obrigada pelo serviço público
Mais um episódio maravilhoso! Adorei ouvir a psicóloga Filipa e o seu ponto de vista em relação à terapia, com o qual me identifico.
Obrigada, Raminhos, por este serviço público.❤
Oh pah tão bom, amei. Obrigada mesmo. Raminhos és uma inspiração e Filipa gostei tanto da tua partilha obrigada aos dois
E adorei a entrevista! Top! ❤
A desistência passa também pelo custo financeiro. Porque são especialidades que normalmente nao estao cobertas por seguros e ha muitas pessoas que não têm € para manter ...
Que boa vibe ♥️ adorei
Atenção que esta não é a realidade de todos os cursos de psicologia... Eu aprendi sobre tudo o que a Filipa diz nem ter ouvido
Muito bom ❤
Sinceramente este episódio foi um bocadinho assustador.. não propriamente motivador p quem está na dúvida de ir ou não ao psicólogo. Eu tirei a licenciatura em Psicologia em Coimbra com os últimos 2 anos na na área do Trabalho e das Organizações e, apesar da minha área não ser clínica, estudei coisas q a Filipa diz nunca ter ouvido falar nos 3 primeiros anos gerais. Não sei se isso diz mais sobre as diferenças entre as faculdades ou sobre a Filipa, pq não conheço nem o ISPA nem a Filipa. Mas a Filipa diz ter escolhido a área de licenciatura sem saber bem p o q ía😅... Está claro q a Universidade não forma técnicos, a Universidade dá bases - uma maneira de pensar, analisar e construir o mundo. As técnicas devem tb aprender-se na Universidade, mas sobretudo em formação extra ao longo da carreira pq estão sp a melhorar. Sinceramente, como estudante de Psicologia achei este episódio um bocadinho redutor - mt crítico no geral qd na verdade é 1 vivência. Mas dps de ter lido alguns comentários, penso q talvez valha a pena falar sobre o assunto. Q tal convidar o bastonário da Ordem?
Se quiseres, eu sou a psicóloga deprimida (46 anos de idade , diagnosticada com depressão major aos 18 e medicada desde essa idade)!
Total 😊
😅
Gosto muito da abordagem dela. Tal como disseram, muita da terapia que fiz baseava-se em conversas que me faziam sentir bem após a consulta, mas na realidade não mudavam nada. A Filipa tem instagram?
Sim sim, basta procurar pelo nome :)
Eu acredito na Psicologia. É a Psiquiatria me deixa muitas e sérias dúvidas. Aliás, estou en lista de espera para ter acompanhamento psicológico, que isto de ser pobre é todo um outro nível....🙃
Entendo, mas umas buscas na Internet tb ajuda a conhecer projectos com consultas mais baratas, como o Manicómio, que estiveram aqui no podcast a semana passada ou há duas. E as próprias freguesias têm muitas vezes gabinetes dedicados à saúde mental :)
@@raminhos, é precisamente da Junta de Freguesia, e há lista de espera. É a Assistente Social que está a tratar disso, espero que não demore muito...
🙏✌️❤️
@@raminhos tenho consulta na Sexta!! Iupi, já estou a "panicar" por antecipação...😅😊
“Continuo numa busca” tal e qual
Qual o contato desta psicóloga ? Obrigada desde já
Pode procurar no instagram pelo nome ou no Google:)
Preciso perder o medo de tomar a medicação pois já experimentei vários antidepressivos e sem resultado só efeitos negativos 😢o medo cresce tenho ansiedade generalizada e muito mau , obrigada raminhos pelo excelente trabalho 🙏
@@cristinaferreira111força no caminho :)
Priminha linda ❤️
Gostei bastante.
2 alentejanos com pronúncia lisboeta...
O que falta mais na sua opinião? A entrevista ter sido gravada debaixo de um chaparro? Ou a mesa não ter os típicos enchidos?
@@goncalo8046 ahahah
Ahhahhhhh
@@raminhos porque é que a Filipa tem um sotaque tão semelhante ao do Gustavo? :D
há frases em que se não fosse o tom mais feminino juraria que era o Gustavo a falar.
Obrigado por mais um episódio interessante.
25:35