Estudo japonês. Em português falamos: Eu estou cansado Em japonês se fala: Meu corpo está cansado É apenas uma das muitas sutilezas da cultura. Eles falam do corpo em terceira pessoa e separam completamente da mente. Por exemplo, eles dizem: eu quero correr mais mas meu corpo está cansado. Em portugues, corpo e mente são a mesma coisa, logo se diz: estou cansado
Não exatamente, precisa de mais fukushu kkkk, eu sou residente do arquipélago há mais de 20 anos e ambas frases supracitadas existem, o que não existe em japonês são múltiplos tempos verbais que temos em português, os tempos verbais resumem-se em presente e passado simples e todos os futuros que se tornam locuções adverbiais, o mais terrível são os pronomes honoríficos de resto as regras são bastante simples, o que diria que é bem difícil de aprender é a escrita com suas respectivas formas de ler como exemplo o kanji de "上" - acima que dependendo de onde aplicado deverá ser lido como "uê", "jou" ou "kami", ex: 上野 - Ueno, 上手 - Jouzu, 上三川 - Kaminokawa. Watashi wa tsukareta - Eu estou cansado - os pronomes comumente são omitidos e é preferível usar o nome se o referencial for a segunda ou terceira pessoa ex: "Anata" wa tsukareta desu ka? - Você está cansada? - o que não seria desrespeitoso, porém, soa estranho para nativos. Aline-san wa tsukareta desu ka? - Você está cansada, Aline? - é a forma comum e corriqueira e com um pouco de formalidade. Na frase "eu quero correr mais mas meu corpo está cansado." - Motto hashiritai kedo karada ga tsukaremashita - partindo do mesmo contexto em português e japonês significam o mesmo, já, se disser apenas "tsukareta" ou "tsukaremashita" sem contexto é ambivalente tanto corpo quanto mente. Ah! E antes que me esqueça, culturalmente falando as metáforas daqui não tem quase nada parecido com que temos proveniente da África e Europa, todavia bons estudos!!!!
@@fern_as pelo contrario, além da informação da Aline estar errada (é possível falar "estou cansado" em japonês), quem faz a separação de corpo e alma são as religiões cristãs, para as filosofias orientais é mais comum se ter a ideia de um todo integrado.
Um linguista, aqui. Alguém aqui já viu o filme "a chegada"? O mote é a tese de sapir-whorf, que diz que a língua molda nosso pensamento (no filme, aprender um idioma alienígena ajuda "reprogramar" o cérebro a ponto de conseguirmos "lembrar" do futuro!). A questão é que essa hipótese foi descartada tem tempo. O sistema cognitivo humano tem limitações, e não pode extrapolar esses limites. O título desse video diz que a linguagem molda como pensamos. Mas os exemplos apresentados mostram como A CULTURA molda a linguagem, junto com nosso modo de pensar. Já cheguei a me interessar pelas ideias de Everett, o pai. Mas a verdade é que não se sustenta. Acho que todo linguista adoraria achar uma prova de que a língua é a base do pensamento, e que controlando ou fazendo alguma engenharia linguística a gente conseguiria transformar as sociedades... Mas não é tão simples - que bom! Ao invés de estudar as línguas indígenas como ratos de laboratório e discutir sobre elas em ambientes acadêmicos europeus... Precisamos estabelecer outra relação COM A SOCIEDADE INDÍGENA para que sua cultura e sua forma de ver o mundo tenha algum impacto em nós.
Aproveitando que és linguista e citou um dos meus filmes preferidos da vida, quero tirar uma dúvida, se possivel hahah No filme, tem uma parte em que a personagem principal, está dando uma palestra e ela é interrompida no meio de uma frase que me criou essa duvida, no caso, ela fala que "o português é diferente das demais linguas latinas por... ". E ai ela foi interrompinda e nunca soube esse motivo kkkkkkkk' Você saberia?
@@pedrooliveira9695 hahahahaha Não tenho ideia! Cada língua latina tem várias especificidades que as faz únicas... O francês, por exemplo, é a mais distante do latim por ser misturado muito fortemente com línguas germânicas e celtas. Tem que ver se a aula dela era sobre fonologia, morfologia, sintaxe, sobre a história da lingua, sobre geopolítica... Pode ser, por exemplo, o fato de que o português é a única língua romântica aceita como oficial em algum distrito da china...... Pode ser muita coisa
Lembrei do meu professor de hebraico no bacharelado dizendo: "você não apenas fala português, mas pensa em português. Se quiser aprender hebraico, terá que aprender a cosmovisão judaica." Isso mudou minha relação com a língua e ajudou muito!
Mas isso não é a mesma coisa que o Everett prega. Isso é sociolinguística básica. Everett acredita que a língua molda a mente. Isso é pseudociência. Eu falo a mesma coisa que o seu professor para os meus alunos de hebraico.
@eliasleq desculpa o preconceito mas fonéticamente hebraico tem o som gutural , e culturalmente os árabes são mais universais, italiano tá de boa todo mundo ama , e depois você automáticamente vai falar CASTELIANO
@@ArielNarhmanCunha Oi! desculpa, não entendi. O que você aponta como pseudociência, o pensar coscomologicamente um idioma ou a pesquisa do Everett? É que, segundo o dicionário Oxford, ciência é um "corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente." Ou seja, a pesquisa do Everett atende a todos os critérios de ciência, inclusive sob a epistemologia. Logo, não é pseudociência. Porém, todo conhecimento científico é passível de contestação, refutação e revisão mediante novas evidências. E todo estudo científico tem limitações. É o caso de muitas teorias da linguagem aceitas hoje, que têm seus viéses eurocentristas. Não por "mal", mas porque era o modelo dominante vigente (e ainda é). O que a pesquisa do Everett tem feito é o básico da ciência: ir além, questionar, repensar modelos. Sou cientista. Primeiro senso crítico prático que desenvolvemos é pensar: não é porque está aí, publicado, que está total ou, muitas vezes, nem parcialmente correto.
Língua se fosse filosofia , todos seríamos filósofos e todos filósofos seriam sábios . Conheço pessoas que mal sabem ler e tem sabedoria , e tbm conheço filósofos que só tem fama de sábios , mas que na vdd , são espertos e oportunistas que viviam às custas de alguma pessoa rica como por exemplo : amigos , esposa rica , rei ou governante para viver sem trabalhar , só "Filosofando" . E seus livros eram uma compilação dos livros de outros filósofos.
Não comerás pão nem beberás água; o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais. E sucedeu que, depois que comeu pão, e depois que bebeu, albardou ele o jumento para o profeta que fizera voltar. Este, pois, se foi, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; e o seu cadáver ficou estendido no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e também o leão estava junto ao cadáver. E eis que alguns homens passaram, e viram o corpo lançado no caminho, como também o leão, que estava junto ao corpo; e foram, e o disseram na cidade onde o velho profeta habitava. E, ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à ordem do Senhor; por isso o Senhor o entregou ao leão, que o
Sou autista. Descobri há pouco tempo, na vida adulta. Comecei a trabalhar como professora de inglês ainda estudando Letras. Hoje entendo que o idioma me ajudou a criar uma máscara social, o que escondeu a minha condição até hoje. Quando viajo pra outro país, consigo me comunicar com outras pessoas facilmente em inglês, até mesmo espanhol e francês. Porém, tenho muita dificuldade de socializar e expressar o que sinto na minha língua materna. Sempre me achei estranha. Hoje entendo por quê.
Eu também sou autista, sempre tive aptidão a matemática e computação, aliás já programava computadores desde os 11 anos no primeiro PC sucata/frankenstein que meu irmão mais velho conseguiu montar com o "lixo" adquirido da empresa que ele trabalhou, mas por infortúnios do destino vim parar no Japão onde fiz a minha nova casa, no entanto, meu autismo faz com que não consiga ter amigos e próximos e nem manter os familiares próximos também, todos meio que orbitam tão distantes quanto Plutão para a Terra e não faço a menor ideia de como lidar com isso, mas a vida é assim, algumas coisas jamais teremos as respostas.😁
@edwinfoss eu acredito que um dia reconhecerão o nosso valor, nossa maneira de lidar com o mundo. Quem sabe no futuro entendam que fazer as coisas, uma de cada vez, foco nos detalhes, na contemplação, estar junto sem precisar muita interação e demais características que só nós temos e entendemos. Acredito que há um propósito para termos nascido assim. Boa sorte e que você encontre seu caminho!
eu to morando faz 14 anos no Reino Unido e so falo em inglês porque moro no interior e praticamente não tenho contato com brasileiros no dia a dia. Percebo que quando falo e penso em inglês sou muito mais pragmático na vida do que quando morava no Brasil falando e pensando em português. Várias coisas que faço aqui normalmente são ditadas pela maneira que o idioma inglês que me influencia , quando estou no Brasil demora uns dias pra reverter isso.
Muito linguístas dizem que até a sua personalidade muda quando você muda sua língua. Agora imagina o inglês, uma língua sem criatividade. Você é jogado para ser diligente e rápido. Imagina agora alguém que sempre falou inglês a vida toda.
Sorry for asking you, Sir, but which one do you use the most, trousers or pants? Lift or elevator? Jack off or wank? Do you usually drink a cup of english tea at 5:00 p.m, british man?
Eu falando alemão sou muito mais formal. Minha esposa disse que a minha personalidade sofre uma leve mudança. É incrível como o idioma tem influencia nas nossas vidas
Os sentidos - como o tato - vc não precisa interpretar. Tente interpretar durante 5 segundos enquanto sua mão está no interior de uma vasilha com óleo fervendo.
O propósito da língua é para se comunicar , se expressar em palavras o que ela pensa, sente e como a pessoa vê o mundo , pq cada um vê de uma forma diferente ,tbm transmitir e adquirir conhecimento . Mas , já estão tirando a opinião subjetiva do ser humano e nivelando o pensamento. No futuro o ser humano será progr4mado.
despedaçou e matou, segundo a palavra que o Senhor lhe dissera. Então disse a seus filhos: Albardai-me o jumento. Eles o albardaram. Então foi, e achou o cadáver estendido no caminho, e o jumento e o leão, que estavam parados junto ao cadáver; e o leão não tinha devorado o corpo, nem tinha despedaçado o jumento. Então o profeta levantou o cadáver do homem de Deus, e pô-lo em cima do jumento levando-o consigo; assim veio o velho profeta à cidade, para o chorar e enterrar. E colocou o cadáver no seu próprio sepulcro; e prantearam-no, dizendo: Ah, irmão meu! E sucedeu que, depois de o haver sepultado, disse a seus filhos: Morrendo eu, sepultai-me no sepulcro em que o homem de Deus está sepultado; ponde os meus ossos junto aos ossos dele. Porque certamente se cumprirá o que pela palavra do Senhor exclamou contra o altar que está em Betel, como também contra todas as casas dos altos que estão nas cidades de Samaria. Nem depois destas coisas deixou Jeroboão o seu mau caminho; antes, de todo o povo, tornou a constituir sacerdotes dos lugares altos; e a qualquer que queria consagrava sacerdote dos lugares altos. E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da terra.
Naquele tempo adoeceu Abias, filho de Jeroboão. E disse Jeroboão à sua mulher: Levanta-te agora, e disfarça-te, para que não conheçam que és mulher de Jeroboão; e vai a Siló. Eis que lá está o profeta Aías, o qual falou de mim, que eu seria rei sobre este povo. E leva contigo dez pães, e bolos, e uma botija de mel, e vai a ele; ele te declarará o que há de suceder a este menino. E a mulher de Jeroboão assim fez, e se levantou, e foi a Siló, e entrou na casa de Aías; e já Aías não podia ver, porque os seus olhos estavam já escurecidos por causa da sua velhice. Porém o Senhor disse a Aías: Eis que a mulher de Jeroboão vem consultar-te sobre seu filho, porque está doente; assim e assim lhe falarás; porque há de ser que, entrando ela, fingirá ser outra. E sucedeu que, ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse-lhe ele: Entra, mulher de Jeroboão; por que te disfarças assim? Pois eu sou enviado a ti com duras novas. Vai, dize a Jeroboão: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Porquanto te levantei do
Certa vez eu vi um artigo numa revista onde o escritor discutia que asiaticos tem facilidade com exatas pq eles tem uma variedade maior de números e caracteres usados para os números o que expande o desenvolvimento e consequentemente, a compreensão das ciências exatas. Discutindo esse assunto com uma amiga Filipina, ela me disse que nas Filipinas Matemática e algumas outras grades curriculares são ensinadas em inglês nas escolas e isso reduz a performance dos estudantes quando comparados com estudantes de outros países. Super super super interessante!
Aprender uma variedade de caracteres é uma modalidade escrita , não a fala, que é o que adquirimos espontaneamente. Aprender caracteres é o mesmo que aprender a escrever, ou aprender numeros . pode parecer real mas não tem respaldo cientifico, tanto isto que voce mencionou, quanto o video da BBC. O fato de que japão e china se darem melhor com matematica tem a ver com o proprio ensino de matemática, não uma questão linguistica. Afinal as linguas asiaticas são muito diferentes e variadas. A lingua NÃO molda o pensamento, como o video tende a supor.
Maior variedade de números? Os números são os mesmos: Naturais, Inteiros, Racionais, entre outros e todos em um universo infinito, onde alguns infinitos tem maior maneiras de de escrever o número.
@@Lonelock rapaz, claro que a lingua tem diferenças em cada sociedade e é possivel se imaginar que molde a cultura, de modo radical. Mas a versão forte dessa hipotese já é descartada no meio academico atual.
@@guilhermeborges9644se trata mais de uma questão cultural. China e Japão incentivam o esforço, e não o talento como boa parte dos países ocidentais... O esforço, então, se transforma em gene culturalmente modificado, o que aumenta as chances de nascer um talento matemático. Só pegar os povos Bajau de exemplo. Eles usavam tanto o baço pra respirar debaixo d'água, que as próximas gerações passaram a ter uma capacidade pulmonar maior. Cerca de 13x vezes maior que a média mundial.
Uma vez tava assistindo a um podcast sobre a Reforma Protestante e o entrevistado abordou isso: a Reforma foi bem sucedida em países de língua germanica/saxônica enquanto os países de língua latina continuaram católicos. A cosmovisão de uma língua influencia muito no nosso pensamento
Isso até os evangélicos que na minha visão não são protestantes, acredito que o formalismo e ausência de fenômenos místicos favoreceu a visão deles, enquanto o emocionalismo dos evangélicos fez crescer no Brasil e outros países da América Latina, no caso dos católicos foi por causa da colonização.
Que reportagem interessante. Estudo alemão e moro atualmente na Alemanha, observo exatamente isso que o idioma está ligado a expressão geral dos seres humanos, não somente na fala em si... Amei essa matéria e fico curiosa para mais matérias desse tipo!
Me parece que se estudassemos grego ou latim para aprender a ler corretamente a Bíblia, ainda estaríamos lendo com o viés original da língua portuguesa que nos permitiu aprender grego ou latim, no final a mensagem original ainda estaria um pouco distorcida
É impressionante como após aprender uma nova língua tu começa pensar em tal cultura. Eu aprendi português e hoje a língua quê mais falo é português. Más mesmo assim quando eu falo com as pessoas quê falam outras línguas meu pensamento muda sobre os conceitos deles. O examplo de tempo não achei algo menos comum, em muitas línguas antigas o tempo em horas é inserido recém, conheci alguns parentes meus quê eles não entendiam horas e nome dos meses. Para eles horas eram de acordo com sol durante dia e os meses eram de acordo com a estação de plantação.
O japonês tem palavras diferentes para arroz cru e arroz cozido, tb diferentes numeros pra contar objetos segundo a forma, consistencia ou natureza, por exemplo papel ou cilindro ou pessoas etc
@@FLAFLO75 E no entanto, em essência o pensamento é o mesmo. Não existe nenhuma ideia humana que seja incompreensível para quem não fala a língua na qual ela foi primeiro expressa; toda ideia, seja científica, artística ou religiosa, pode sempre ser traduzida para várias línguas. Pode ser que haja perdas ou distorções quando se faz uma tradução, mas a essência vai estar lá, sinal que o pensamento molda a linguagem, e não o contrário.
E em lugar deles fez o rei Roboão escudos de cobre, e os entregou nas mãos dos chefes da guarda que guardavam a porta da casa do rei. E todas as vezes que o rei entrava na casa do Senhor, os da guarda os levavam, e depois os tornavam à câmara da guarda. Quanto ao mais dos atos de Roboão, e a tudo quanto fez, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá? E houve guerra entre Roboão e Jeroboão todos os seus dias. E Roboão dormiu com seus pais, e foi sepultado com seus pais na cidade de Davi; e era o nome de sua mãe Naamá, amonita; e Abias, seu filho, reinou em seu lugar.
Amei essa mudança na vida deles. É um massacre impor o cristianismo como forma de dominação. Muitos o fazem sem compreender a tragédia por trás de suas ações. A religião cega a mente. A mudança gerou esse estudo magnífico.
Na verdade, o mais triste disso é que ele se perdeu no caminho. O cristianismo não é imposto, mas divulgado para que todos tenham oportunidade de conhecer o Pai criador de tudo e entender o quão justo Ele é.
@ isso também nos leva a considerar que muitos preceitos escritos não são reflexões devidas e apropriada. Por exemplo, Levítico 18:22 e 20:13. Usam isso para condenar, mas não sabem que está incorreto. O pecado não é a homossexualidade.
Essa ideia de termos o passado a nossa frente e o futuro atrás é tão mais honesta que a forma ocidental de compreensão do passado e do futuro, coloca em cheque toda e qualquer possibilidade de planejamento.
Meu professor falou sobre isso uma vez. A gente se preocupa tanto em preservar a diversidade animal (e não há nenhum erro nisso), mas não nos preocupamos de modo enfático com a preservação da diversidade linguística. Milhares de línguas já foram extintas, e outras tantas serão, mas não há muita discussão a respeito disso. O problema é que, como o vídeo apontou, não se trata apenas de uma língua, mas de uma cultura como um todo, de um modo de pensar, de viver e de agir. É realmente triste.
Tem muita diferença entre o português e espanhol também. Eu sou boliviano y morei no Brasil 2 anos. Acho que minha forma de pensar mudou bastante depois desse tempo, mais essa mudança foi boa pra mim.
Eu percebo bem isso quando leio um mesmo livro em dois idiomas, parece até que a história muda. Parece que o relevo das coisas se alteram, em um idioma é mais plano, em outro é mais montanhoso. Você fica admirado com aquela maneira diferente de se pensar e montar o pensamento. Parece que cada idioma tem seu timbre, como um instrumento musical. Algumas coisas ficam mais bonitas em um do que em outro.
Nossa, isso faz total sentido qiando pensamos sobre esquecermos uma palavra e a falta de conhecimento popular sobre os sinônimos. Nós "coisificamos" tudo. "A coisa ali", "o negócio aqui". Pros mais jovens, "aquele 'rolê' lá ". Nosso idioma permite muita falta de esclarecimento. Pelo menos, do meu ponto de vista.
Lembro que conheci um senhor que teve a oportunidade de viajar o mundo e conhecer varias culturas; ele me contou que uma comunidade que ele visou a noção de tempo era totalmente diferente da nossa, o dia nao começava as 00:00 mas sim quando o sol nascia, então o que nós chamamos de 6:00 da manha pra eles era hora 00:00... Quando ele me contou isso eu fiquei 🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯
O jeito que eu me expresso e faço piadas em portugues nunca será equiparado a como eu falo em ingles, isso automaticamente molda uma personalidade distinta, e nem é questão de ter vocabulário ou não, nós temos muitas nuâncias no pt que não existem no ingles por ex:, e isso faz sermos pessoas mais sérias, por consequencia molda o nosso jeito de pensar.
Meu professor do ensino técnico médio já me tinha falado disso. Ele dizia In English View... Querendo transmitir a essência do pensamento da cultura inglesa ao dizer algo nas palavras que usa para tal. Ou seja, é muito mais do que uma mensagem, é uma forma de pensar e encarar as coisas. Dizia o meu professor de inglês em 2006.
Certa vez vi um video de um gringo que aprendeu Portugues falando sobre um livro que leu que contava a historia do amor entre uma cerejeira e um carvalho, fazendo uma metafora com sentimentos humanos. Ele dizia que nao conseguiria contar essa historia para um nativo de lingua inglesa, simplesmente porque isso nao faria sentido para eles, uma vez que os objetos nao possuem genero em Ingles. A conclusao dele foi que sim, a nossa lingua materna influencia como pensamos, e sequer percebemos.
Verdade. Quando estudo as escrituras penso em hebraico, penso em grego. Muito bom pensar e falar em hebraico. Todas as línguas são interessantes de serem faladas. Esse vídeo elucidou meu autoconhecimento. Simplesmente sabia desse fato, mas não havia encontrado quem o explicasse.
Que história incrível! O pai dele foi de missionário pra ateu e estudioso dos costumes nativos. Esse assunto já é pesquisado na Linguística há muitos anos. Bom saber desse estudo.
Nem precisa ir muito longe. No inglês a ideia de ser e estar são a mesma coisa e tem o mesmo verbo, enquanto no português e espanhol são ideias separadas.
Muito interessante. Sempre pensei como seria o cérebro de uma pessoa em termos de desenvolvimento de fala para diferentes línguas. Pensei que poderia surgir um teste onde uma pessoa de um país com uma língua, deveria responder como descrever uma imagem, enquanto outra de outro país e língua faria o mesmo
Tem um livro do já falecido neurologista Oliver Sacks que ele fala de uma ilha na região da Oceania na qual as pessoas possuiam daltonismo. "A Ilha dos Daltônicos" (The Island of the Colorblind), de Oliver Sacks. Publicado em 1997, esse livro narra a expedição de Sacks a uma pequena ilha na Micronésia, chamada Pingelap, onde existe uma alta incidência de acromatopsia, uma condição hereditária rara que causa cegueira completa para cores, fazendo com que as pessoas enxerguem o mundo em tons de preto, branco e cinza. Sacks explora não apenas a biologia da condição, mas também como essa diferença perceptual influencia a cultura e a linguagem dos habitantes da ilha, afetando a maneira como eles descrevem e interpretam o mundo ao seu redor. Ele reflete sobre como a percepção de cor está profundamente ligada à linguagem e à experiência pessoal, e como a cultura dos habitantes de Pingelap adaptou-se a um mundo em preto e branco, desenvolvendo formas de comunicação e expressão que transcendem a ausência de cores.
As nossas línguas maternas condicionam até o modo como ouvimos os sons da natureza e dos animais. Um brasileiro ouve o latido como au-au, um falante do inglês, como wow-wow, um falante do alemão, como wau-wau, onde W se pronuncia como V. Um falante do japonês jamais conseguirá ouvir um quack saindo de um pato, porque eles não tem sons equivalentes em sua língua. Até o toc-toc é ouvido diferentemente por usuários de diferentes línguas. Ouvimos os sons das línguas estrangeiras assimilando-os aos da nossa, o que torna muito difícil a pronúncia de palavras estrangeiras. Se, ao nível mais básico, o da percepção sensível, somos condicionados pela língua materna, imagine o que se passa no nível mais elevado, o nível conceitual.
eu que fui criada bilinque, holandes e portugues brasileiro, concordo completamente. eu penso diferente em cada lingua. eu tbm sou professora das duas linguas, e vejo tanto mais como que a lingua e as estruturas gramaticais, as raizes das palavras, construiram os pensamentos.
Tem um filme muito bom Que tem muito a ver com essa teoria, e um de alienigenas Que vem a terra e falam obviamente outro idioma e esse idioma da tipo Uma habilidade de ver o futuro, ou ver as possibilidades do seu proprio futuro, e quando um humano aprende essa lingua obteve o mesmo dom.
O Brasil é multilíngue, embora. oficialmente, só fale e pensa na língua do colonizador. Eu estudo isso: Cultura, Ciência e linguagem na floresta e na fronteira amazônica. Sou paranaense, e durante 10 anos estudei um povo de fronteira simbólica no Paraná, com sua língua em processo de vitalização. Aqui no Amazonas, já tive 8 línguas diferentes numa sala de aula multingue, onde eu, a professora, só falava o português.
Muito interessante e importante. Não temos nem ideia de como nosso cérebro interpreta o que recebe. Não sabemos se o outro enxerga as cores da mesma maneira que cada um...
Como dizia o Prof. Pierluigi Piazzi: Você não fala porque pensa, você pensa porque fala. Quem fala português, pensa em português. Quem fala italiano, pensa em italiano.
Concordo em número e grau.. Eu falo inglês japonês e espanhol.. e percebi nestes idiomas as diferentes formas de pensaste de acordo com o idioma.. por isso línguas me encantam!
Faz muito sentido que o modo como pensamos e nos relacionamos com o mundo tem base na nossa relação com a língua que falamos e coseguinte com as suas referências, parâmetros, métricas... por mais que o cérebro humano tenha a capacidade de se desenvolver e aprender qualquer idioma (neuroplasticidade explica, não sou especialista em neuro mas adoro) e por mais que a nossa mente possa elaborar correlações diversas - essas dependem do repertório de vocabulário que possuímos. Isso é desenhado pela língua e a cultura se desenvolve a partir disso envolvendo os seres que compõem esse ecossistema particular.
Na verdade 😊 e como a linguagem molda o pensamento e a habilidade, e como uma abordagem mais científica e prática favorece a alta capacidade como espécie. Esse roteiro também vai ajudar a esclarecer a diferença entre termos e expressões que muitas vezes são usados de forma imprecisa. Vou estruturar isso de forma clara, como uma descrição de canal, mantendo um tom formal e informativo. Vamos lá: A importância da linguagem para o desenvolvimento humano A linguagem que utilizamos vai muito além das palavras; ela molda nossa visão de mundo e influencia nossa capacidade de agir e transformar. Não se trata apenas de comunicar ideias, mas de como a estrutura e o sentido das palavras definem nosso entendimento sobre a realidade e sobre nossa própria habilidade como seres humanos. Quando uma pessoa adota uma linguagem mais mística ou ambígua, seu pensamento tende a se afastar da prática e da precisão. Isso reflete diretamente em sua capacidade de agir no mundo, especialmente em habilidades que exigem destreza, foco e entendimento prático. Por exemplo, alguém que possui um pensamento mais científico e objetivo entende que, para realizar uma tarefa como extrair um dente, é preciso técnica, precisão e conhecimento dos métodos adequados. Esse tipo de visão é resultado de uma linguagem que valoriza clareza e precisão 😊
eu adorei o vídeo. comecei a estudar mandarim. e, com isso, estou lendo um livro sobre a história da china. faz muito sentido aprender a cultura (inclusive gastronomica, as danças, músicas, filosofia...) enquanto aprende um novo idioma
Isso já era bem conhecido desde Ferdinand de Saussure e mesmo Edward Sapir, não só a língua está ligada ao pensamento como seu significado só é entendido na cultura que lhe dá sentido.
Recentemente comecei a estudar japonês, e sinto muito isso. Todas as vezes que eu traduzo por partes, sinto que o que queria fala, não é totalmente possível. Consigo me aproximar muito, mas não é a mesma coisa.
Se muito não me engano no documentário The Mission da Natgeo aparece a história do missionário que se tornou ateu após convívio fom os indígenas. É muito bom esse documentário.
O que o vídeo mostrou foi que a cultura influencia a língua muito mais do que o contrário - que de fato acontece. Os mundurucus e os pirahãs não TINHAM (agora tem) palavras pra números grandes pq a cultira tradicional deles nao tinha necessidade pra isso
Eu elogiei esse vídeo, mas voltei atrás. Esse vídeo é bonito, mas enganou. Disse que esse pesquisador foi criticado, como se fosse um coitado que foi incompreendido pela academia. Mas é a tese dele que não tem fundamento. Ou tem fundamento todo falacioso. Pelo que entendi, se um idioma não tem tempos verbais, então não existiria depressão nem ansiedade. Mas todos os idiomas do mundo tem como descrever objetos, tempo e outras coisas. Do jeito que ele descreveu a mente depende do idioma e mudando o idioma você muda a mente. Em outras palavras, mudando o idioma você mudaria a sua forma de interpretar tudo. É claro que existem diferenças como pronomes femininos, masculinos e neutros. Em português "casa" é feminino não sei porque. Em inglês e alemão não tem gênero. Mas o que isso tem a ver com sexismo, feminismo e machismo? Nada. Do jeito que descreveram aí que idioma indígena não tem tempo verbal, na hora eu pensei "existe depressão sem tempo verbal na língua?". Mas o que tem a ver depressão com o idioma falado? Depressão existe em qualquer país e não depende do idioma. Se uma pessoa com depressão mudar de país. Não tem nada a ver mudar o idioma com tratamento mental que foi o que cheguei a pensar quando assisti pela primeira vez o vídeo e acreditei. Pensando melhor. Acho que ele misturou o que é social com o que é mental. Em português céu é tanto literal quanto religioso. Em inglês tem duas palavras diferentes. Agora o que isso tem a ver com religião e sociedade? Nada. É a história do português e a história do inglês. Senão eu vou concluir o que? Que no inglês por ter as palavras "sky" e "heaven" então os falantes de inglês dão mais importância a isso do que em português? Isso faz algum sentido???
Você não entendeu só a forma que a tribo tem de pensar futuro e passado muda tudo . Há muitos comentários que as pessoas dizem que aprender outro idioma , mudou suas formas de pensar
Caraí nasci em Porto Velho, sei falar inglês e estou estudando hebraico desde julho. fato é que é fundamental pensar na língua que fala para evoluir e não gastar tanta energia interagindo
Agora é facil entender como a torre de babel pode realmente ter sido uma maldição. Percebi, por exemplo, que pessoas são diferentes em diferentes idiomas. Por exemplo, eu me sinto mais sucinto falando em inglês e mais informal, diferente de mim em portugues. Eu a acredito bastante nessa ideia do Sapir-whort.
Amo linguística e meu hobby é aprender idiomas. Isso é real! A língua molda seu pensamento e sua personalidade. Quando tô aprendendo um idioma, assim que possível paro com traduções e tento usar ao máximo a lógica daquela língua, vc precisa começar a pensar na língua que quer falar. Agora tô aprendendo ucraniano e não tem verbo ser/estar no presente e no gerúndio (até onde estudei pelo menos). No começo achava estranho, hoje já acho que nem tem tanta necessidade ou importância já que eles conseguem se comunicar mesmo sem esses verbos. Apenas temos que aceitar e tentar pensar como os nativos do idioma.
Se o homem é o produto do meio, a língua é o meio transformador, seguido pelo clima e cultura. Todo nosso pensamento sem dúvida é moldado pelo aspecto responsivo no ambiente que seria condição fundamental para nossa sobrevivência. Mas tudo indicar que vamos convergir em uma única língua em 200 anos.
Ser humano "pensa" igual em todo lado. O que varia são aspectos culturais, geográficos, educacionais, religiosos, sociais. A forma de expressar um sentimento pode variar mas o sentimento é o mesmo.
Não tenho doutorado, mas percebi isso também a bastante tempo, digamos desde minha juventude, tanto na língua brasileira em relação a língua portuguesa como hoje que vivo na Itália e é comum aos italianos não usarem o "eu". Exemplo: Eu falo brasileiro. O italiano jamais falaria o , "Io Parlo italiano" ele fala somente, "Parlo italiano" e assim também ocorre com várias outras situações no falar deles.
perdao, isso o que vc falou n tem nada a ver com o vídeo. inclusive, é a mesma coisa italiano, portugues e espanhol - todos flexionam o gênero. ingles, ao contrário, pois n tem concordância entre o verbo e o sujeito, vc tem que usar o pronome para entender "I speak" . eles não falam o "eu" porque o "eu" já é implícito, não porque o "eu" não existe. o que o vídeo propoe é que pela concepção de mundo radicalmente diferente dos indígenas em relação ao ocidental/europeu, certas coisas tidas como "universais" não necessariamente existem - por exemplo, ideia de tempo discreto, com passado/presente/futuro (algumas tribos indígenas tem uma concepcao de tempo mais próxima com a física quântica, por exemplo, na qual a hierarquia das coisas desaparece). ou por exemplo, não usar verbos. e por aí vai.
@jorgefrbelo254 ignorância a sua que não sabe da lei que tramita no senado, exatamente por não sermos mais lufonos a 200 anos. A língua brasileira é rica em palavras africanas, inglesas, francesas, indígenas o que a torna bem diferente do português de portugal. Se visse um carioca falando é bem provável que não entendas por ser português, assim como grande parte de brasileiros não entendem o português de portugal pela sua fonética e por seus conceitos nominativos que em nada tem a ver com a língua brasileira. Existem vários exemplos na própria internet basta ter vontade e procurar para se instruir melhor antes de falar besteiras de graça a pessoa que nem sabe quem é.
@@joseterepins6520 Mas não disse em momento algum que não existia, de onde tirou isso? Falei apenas que eles suprem, não usam nas falas. Outra não é só os nossos indígenas que tem essa visão se estudar um pouco verá que os Bantu também o tinham e tantos outros povos mais. Querer comparar tudo a visão européia é algo de cabresto o que já não temos a mais de 200 anos. A lei já tramita no senado federal para mudar isso e colocar nossa língua como língua brasileira por sua riqueza inigualável com a de portugal. Quanto a visão indígena do Cosmo e da vida é óbvio que é algo totalmente diferente ao ponto de não existirem palavras para nomear, e são muitas coisas já que eles permaneceram selvagem e parte dos outros macacos evoluíram criando barcos, avião, vaso sanitário, celular, foguete para levar novos macacos para Marte, 🤣🤣🤣
No Enem desse ano caiu uma questão, onde uma professora estava utilizando um programa para conseguir catalogar fonemas, e passar um jogo de tabuleiro de uma língua indígena para o português, e esse programa estava ajudando ela a fazer algo que ela demoraria semanas ou até meses para conseguir traduzir o que ela queria, sendo que resolveu esse problema em minutos.
A bela complexidade sintática das línguas indo-européias tem origem nos casos gramaticais e nas suas subsequentes declinações criadas pelo genial e belíssimo povo yamnaya que habitou originalmente o sul da Rússia e o leste da Ucrânia.
Isso não é uma novidade. Roberto DaMatta em sua pesquisa com os Apinayé já apontava o tempo como não linear, sendo o passado e o futuro sempre presente. Ele descreveu isso em sua tese de doutorado "Apinayé social structure" defendida em Harvard e seu livro "Um mundo dividido: A estrutura social dos índios Apinayé" (1976) se tornou um clássico da antropologia brasileira.
Vygotsky considerava a linguagem, não só a lingua falada, como um instrumento fundamental para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças e dos seres humanos. Para ele, a linguagem é o principal meio de representação simbólica e de comunicação, e está diretamente ligada ao pensamento.
Heidegger, antes dele, falava que a linguagem é a casa/morada do Ser. Somos pela linguagem. A linguagem é o fundamento do real e nos constitui enquanto seres existenciais.
A intuição dos filósofos já dizia isso muito antes da linguística se estabelecer como ciencia. Mas o Trabalho do vigostky sobre linguagem e pensamento é uma coisa linda... uma obra inigualável.
@@newton4010 é difícil explicar, é uma sensação esquisita e engraçada, por exemplo Você está conversando em português sobre um assunto engraçado e automáticamente seus pensamentos ficam naquele humor mas se ao mesmo momento você tentar transferir para outro idioma totalmente diferente você vai ter que inventar uma outra estória parecida que se pareça mais ou menos que traduza mas nunca fica perfeito, além do humor todas relações interpessoais mudam, a sua visão de mundo também muda, mas assim que você troca de idioma no seu cérebro você volta a ser aquele brazuca esperto brincalhão na velocidade da luz eu particularmente gosto mais da minha persona em inglês pois sou mais feliz e simpático em inglês, é uma experiência individual e espiritual, o interessante é que em cada língua você tem uma personalidade diferente e você pode escolher quem e como você vai ser, existe um ditado que diz " quem fala mais de um idioma tem várias almas"
@TOMTOM-zj5xj Ahh, entendi teu pensamento. Também acho que com o inglês (eu pelo menos) me porto de forma mais cordial, e até mais reflexiva. O bom é que essas facetas acabam transbordando para as outras, e pode haver um período em que você é muito diferente do que era antes. Agradeço.
Eu sempre pensei dessa forma. Pra mim é exatamente isso, a língua molda a cultura de cada povo. Pra mim até mesmo a própria melodia das palavras podem tornar algo mais ou menos agressivo e assim fazer uma frase parecer terrível pra nós mas pra outra cultura nem tanto e assim por diante... Isso tudo vai moldando o pensamento e a cultura de cada povo. Mas claro, que no fim somos todos os mesmos seres humanos. Se pegar um recêm nascido aborigene da Austrália e fazer ele ser criado no Brasil, vai ser exatamente como um brasileiro.
Não ter tempos verbais não significa que o falante tem uma ideia de tempo diferente da nossa, se fosse assim os chineses não saberiam o que é passado e futuro
Estudo japonês.
Em português falamos: Eu estou cansado
Em japonês se fala: Meu corpo está cansado
É apenas uma das muitas sutilezas da cultura. Eles falam do corpo em terceira pessoa e separam completamente da mente. Por exemplo, eles dizem: eu quero correr mais mas meu corpo está cansado. Em portugues, corpo e mente são a mesma coisa, logo se diz: estou cansado
Muito interessante, provavelmente deve refletir o budismo ou o shintoísmo de certa forma já que é tão influente quanto o cristianismo no Brasil
Não exatamente, precisa de mais fukushu kkkk, eu sou residente do arquipélago há mais de 20 anos e ambas frases supracitadas existem, o que não existe em japonês são múltiplos tempos verbais que temos em português, os tempos verbais resumem-se em presente e passado simples e todos os futuros que se tornam locuções adverbiais, o mais terrível são os pronomes honoríficos de resto as regras são bastante simples, o que diria que é bem difícil de aprender é a escrita com suas respectivas formas de ler como exemplo o kanji de "上" - acima que dependendo de onde aplicado deverá ser lido como "uê", "jou" ou "kami", ex: 上野 - Ueno, 上手 - Jouzu, 上三川 - Kaminokawa.
Watashi wa tsukareta - Eu estou cansado - os pronomes comumente são omitidos e é preferível usar o nome se o referencial for a segunda ou terceira pessoa ex:
"Anata" wa tsukareta desu ka? - Você está cansada? - o que não seria desrespeitoso, porém, soa estranho para nativos.
Aline-san wa tsukareta desu ka? - Você está cansada, Aline? - é a forma comum e corriqueira e com um pouco de formalidade.
Na frase "eu quero correr mais mas meu corpo está cansado." - Motto hashiritai kedo karada ga tsukaremashita - partindo do mesmo contexto em português e japonês significam o mesmo, já, se disser apenas "tsukareta" ou "tsukaremashita" sem contexto é ambivalente tanto corpo quanto mente.
Ah! E antes que me esqueça, culturalmente falando as metáforas daqui não tem quase nada parecido com que temos proveniente da África e Europa, todavia bons estudos!!!!
@@edwinfoss estudo japones e concordo 100% com voce, em japones existe a frase "estou cansado". Não sei de onde a aline tirou essa informação...
@@fern_as pelo contrario, além da informação da Aline estar errada (é possível falar "estou cansado" em japonês), quem faz a separação de corpo e alma são as religiões cristãs, para as filosofias orientais é mais comum se ter a ideia de um todo integrado.
@@CaellaenaTambém falo japonês e achei estranho o que ela comentou😅
Um linguista, aqui.
Alguém aqui já viu o filme "a chegada"?
O mote é a tese de sapir-whorf, que diz que a língua molda nosso pensamento (no filme, aprender um idioma alienígena ajuda "reprogramar" o cérebro a ponto de conseguirmos "lembrar" do futuro!).
A questão é que essa hipótese foi descartada tem tempo. O sistema cognitivo humano tem limitações, e não pode extrapolar esses limites.
O título desse video diz que a linguagem molda como pensamos. Mas os exemplos apresentados mostram como A CULTURA molda a linguagem, junto com nosso modo de pensar.
Já cheguei a me interessar pelas ideias de Everett, o pai. Mas a verdade é que não se sustenta. Acho que todo linguista adoraria achar uma prova de que a língua é a base do pensamento, e que controlando ou fazendo alguma engenharia linguística a gente conseguiria transformar as sociedades...
Mas não é tão simples - que bom! Ao invés de estudar as línguas indígenas como ratos de laboratório e discutir sobre elas em ambientes acadêmicos europeus... Precisamos estabelecer outra relação COM A SOCIEDADE INDÍGENA para que sua cultura e sua forma de ver o mundo tenha algum impacto em nós.
Aproveitando que és linguista e citou um dos meus filmes preferidos da vida, quero tirar uma dúvida, se possivel hahah
No filme, tem uma parte em que a personagem principal, está dando uma palestra e ela é interrompida no meio de uma frase que me criou essa duvida, no caso, ela fala que "o português é diferente das demais linguas latinas por... ". E ai ela foi interrompinda e nunca soube esse motivo kkkkkkkk' Você saberia?
@@pedrooliveira9695Comentar aqui pra ver a resposta tmb
Responde o maluco sobre o português pfv, tbm quero saber kkkk
Excelente! Obrigado.
@@pedrooliveira9695 hahahahaha
Não tenho ideia!
Cada língua latina tem várias especificidades que as faz únicas... O francês, por exemplo, é a mais distante do latim por ser misturado muito fortemente com línguas germânicas e celtas.
Tem que ver se a aula dela era sobre fonologia, morfologia, sintaxe, sobre a história da lingua, sobre geopolítica... Pode ser, por exemplo, o fato de que o português é a única língua romântica aceita como oficial em algum distrito da china...... Pode ser muita coisa
Lembrei do meu professor de hebraico no bacharelado dizendo: "você não apenas fala português, mas pensa em português. Se quiser aprender hebraico, terá que aprender a cosmovisão judaica." Isso mudou minha relação com a língua e ajudou muito!
Mas isso não é a mesma coisa que o Everett prega. Isso é sociolinguística básica. Everett acredita que a língua molda a mente. Isso é pseudociência. Eu falo a mesma coisa que o seu professor para os meus alunos de hebraico.
Pensar em hebraico não está muito popular ultimamente
@@TOMTOM-zj5xj, eu penso : ainda bem que mudei meu curso de hebraico pra italiano na UFRJ. Não tinha nada a ver comigo o idioma.
@eliasleq desculpa o preconceito mas fonéticamente hebraico tem o som gutural , e culturalmente os árabes são mais universais, italiano tá de boa todo mundo ama , e depois você automáticamente vai falar CASTELIANO
@@ArielNarhmanCunha Oi! desculpa, não entendi. O que você aponta como pseudociência, o pensar coscomologicamente um idioma ou a pesquisa do Everett? É que, segundo o dicionário Oxford, ciência é um "corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente."
Ou seja, a pesquisa do Everett atende a todos os critérios de ciência, inclusive sob a epistemologia. Logo, não é pseudociência. Porém, todo conhecimento científico é passível de contestação, refutação e revisão mediante novas evidências. E todo estudo científico tem limitações. É o caso de muitas teorias da linguagem aceitas hoje, que têm seus viéses eurocentristas. Não por "mal", mas porque era o modelo dominante vigente (e ainda é). O que a pesquisa do Everett tem feito é o básico da ciência: ir além, questionar, repensar modelos.
Sou cientista. Primeiro senso crítico prático que desenvolvemos é pensar: não é porque está aí, publicado, que está total ou, muitas vezes, nem parcialmente correto.
Realmente, uma língua é uma filosofia. É uma forma de ver a vida.
Língua se fosse filosofia , todos seríamos filósofos e todos filósofos seriam sábios . Conheço pessoas que mal sabem ler e tem sabedoria , e tbm conheço filósofos que só tem fama de sábios , mas que na vdd , são espertos e oportunistas que viviam às custas de alguma pessoa rica como por exemplo : amigos , esposa rica , rei ou governante para viver sem trabalhar , só "Filosofando" . E seus livros eram uma compilação dos livros de outros filósofos.
Não comerás pão nem beberás água; o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus
pais.
E sucedeu que, depois que comeu pão, e depois que bebeu, albardou ele o jumento
para o profeta que fizera voltar.
Este, pois, se foi, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; e o seu cadáver
ficou estendido no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e também o leão
estava junto ao cadáver.
E eis que alguns homens passaram, e viram o corpo lançado no caminho, como
também o leão, que estava junto ao corpo; e foram, e o disseram na cidade onde o
velho profeta habitava.
E, ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus,
que foi rebelde à ordem do Senhor; por isso o Senhor o entregou ao leão, que o
Sou autista. Descobri há pouco tempo, na vida adulta. Comecei a trabalhar como professora de inglês ainda estudando Letras. Hoje entendo que o idioma me ajudou a criar uma máscara social, o que escondeu a minha condição até hoje. Quando viajo pra outro país, consigo me comunicar com outras pessoas facilmente em inglês, até mesmo espanhol e francês. Porém, tenho muita dificuldade de socializar e expressar o que sinto na minha língua materna. Sempre me achei estranha. Hoje entendo por quê.
Invez de se esconder e ter vergonha da sua condição, deveria falar dela para normalizarem mais ainda atitudes de autista.
Eu também sou autista, sempre tive aptidão a matemática e computação, aliás já programava computadores desde os 11 anos no primeiro PC sucata/frankenstein que meu irmão mais velho conseguiu montar com o "lixo" adquirido da empresa que ele trabalhou, mas por infortúnios do destino vim parar no Japão onde fiz a minha nova casa, no entanto, meu autismo faz com que não consiga ter amigos e próximos e nem manter os familiares próximos também, todos meio que orbitam tão distantes quanto Plutão para a Terra e não faço a menor ideia de como lidar com isso, mas a vida é assim, algumas coisas jamais teremos as respostas.😁
@edwinfoss eu acredito que um dia reconhecerão o nosso valor, nossa maneira de lidar com o mundo. Quem sabe no futuro entendam que fazer as coisas, uma de cada vez, foco nos detalhes, na contemplação, estar junto sem precisar muita interação e demais características que só nós temos e entendemos. Acredito que há um propósito para termos nascido assim. Boa sorte e que você encontre seu caminho!
@@edwinfossalém de autista você é SD/AH ?
eu to morando faz 14 anos no Reino Unido e so falo em inglês porque moro no interior e praticamente não tenho contato com brasileiros no dia a dia. Percebo que quando falo e penso em inglês sou muito mais pragmático na vida do que quando morava no Brasil falando e pensando em português. Várias coisas que faço aqui normalmente são ditadas pela maneira que o idioma inglês que me influencia , quando estou no Brasil demora uns dias pra reverter isso.
Muito linguístas dizem que até a sua personalidade muda quando você muda sua língua. Agora imagina o inglês, uma língua sem criatividade. Você é jogado para ser diligente e rápido. Imagina agora alguém que sempre falou inglês a vida toda.
Sorry for asking you, Sir, but which one do you use the most, trousers or pants? Lift or elevator? Jack off or wank?
Do you usually drink a cup of english tea at 5:00 p.m, british man?
Exatamente eu tive a mesma experiência, em inglês e também em espanhol
Os Ingleses são o povo mais inteligente da Europa@@thiagodaponte8156
Inglês virou a língua para coisas práticas do cotidiano, português ficou para percepções mais profundas.
Eu falando alemão sou muito mais formal. Minha esposa disse que a minha personalidade sofre uma leve mudança. É incrível como o idioma tem influencia nas nossas vidas
Eu creio que quando se fala outro idioma, até o tom de voz se torna outro...
Não só como pensamos, mas eu acredito que também como nós interpretamos os sentidos, como vemos o mundo, e nos comportamos nele .
Acho que a intenção é exatamente essa... Dizer como a língua reflete os costumes e perspectivas de mundo.
Os sentidos - como o tato - vc não precisa interpretar. Tente interpretar durante 5 segundos enquanto sua mão está no interior de uma vasilha com óleo fervendo.
sim
O propósito da língua é para se comunicar , se expressar em palavras o que ela pensa, sente e como a pessoa vê o mundo , pq cada um vê de uma forma diferente ,tbm transmitir e adquirir conhecimento . Mas , já estão tirando a opinião subjetiva do ser humano e nivelando o pensamento. No futuro o ser humano será progr4mado.
despedaçou e matou, segundo a palavra que o Senhor lhe dissera.
Então disse a seus filhos: Albardai-me o jumento. Eles o albardaram.
Então foi, e achou o cadáver estendido no caminho, e o jumento e o leão, que
estavam parados junto ao cadáver; e o leão não tinha devorado o corpo, nem tinha
despedaçado o jumento.
Então o profeta levantou o cadáver do homem de Deus, e pô-lo em cima do
jumento levando-o consigo; assim veio o velho profeta à cidade, para o chorar e
enterrar.
E colocou o cadáver no seu próprio sepulcro; e prantearam-no, dizendo: Ah,
irmão meu!
E sucedeu que, depois de o haver sepultado, disse a seus filhos: Morrendo eu,
sepultai-me no sepulcro em que o homem de Deus está sepultado; ponde os meus
ossos junto aos ossos dele.
Porque certamente se cumprirá o que pela palavra do Senhor exclamou contra o
altar que está em Betel, como também contra todas as casas dos altos que estão nas
cidades de Samaria.
Nem depois destas coisas deixou Jeroboão o seu mau caminho; antes, de todo o
povo, tornou a constituir sacerdotes dos lugares altos; e a qualquer que queria
consagrava sacerdote dos lugares altos.
E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da
terra.
essa matéria é tão criativa e surpreendente como conseguiram algo novo dentro de tanta coisa que já foi falado sobre linguas, parabéns!
Bom documentário. É muito triste quando um idioma é extinto, pois perde-se toda uma cultura e forma de ver e interpretar o mundo que um povo teve.
Ótima observação.
Naquele tempo adoeceu Abias, filho de Jeroboão.
E disse Jeroboão à sua mulher: Levanta-te agora, e disfarça-te, para que não
conheçam que és mulher de Jeroboão; e vai a Siló. Eis que lá está o profeta Aías, o
qual falou de mim, que eu seria rei sobre este povo.
E leva contigo dez pães, e bolos, e uma botija de mel, e vai a ele; ele te declarará o
que há de suceder a este menino.
E a mulher de Jeroboão assim fez, e se levantou, e foi a Siló, e entrou na casa de
Aías; e já Aías não podia ver, porque os seus olhos estavam já escurecidos por causa
da sua velhice.
Porém o Senhor disse a Aías: Eis que a mulher de Jeroboão vem consultar-te sobre
seu filho, porque está doente; assim e assim lhe falarás; porque há de ser que,
entrando ela, fingirá ser outra.
E sucedeu que, ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse-lhe
ele: Entra, mulher de Jeroboão; por que te disfarças assim? Pois eu sou enviado a ti
com duras novas.
Vai, dize a Jeroboão: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Porquanto te levantei do
Gosto muito do tema de linguística e fico feliz quando um desses aparece aqui, pois sei da seriedade do trabalho da BBC. Espero poder ver mais!
Eu também!!!! Amei demais
Certa vez eu vi um artigo numa revista onde o escritor discutia que asiaticos tem facilidade com exatas pq eles tem uma variedade maior de números e caracteres usados para os números o que expande o desenvolvimento e consequentemente, a compreensão das ciências exatas. Discutindo esse assunto com uma amiga Filipina, ela me disse que nas Filipinas Matemática e algumas outras grades curriculares são ensinadas em inglês nas escolas e isso reduz a performance dos estudantes quando comparados com estudantes de outros países. Super super super interessante!
Aprender uma variedade de caracteres é uma modalidade escrita , não a fala, que é o que adquirimos espontaneamente. Aprender caracteres é o mesmo que aprender a escrever, ou aprender numeros .
pode parecer real mas não tem respaldo cientifico, tanto isto que voce mencionou, quanto o video da BBC. O fato de que japão e china se darem melhor com matematica tem a ver com o proprio ensino de matemática, não uma questão linguistica. Afinal as linguas asiaticas são muito diferentes e variadas. A lingua NÃO molda o pensamento, como o video tende a supor.
@@guilhermeborges9644 Eu acredito que influencia sim...
Maior variedade de números? Os números são os mesmos: Naturais, Inteiros, Racionais, entre outros e todos em um universo infinito, onde alguns infinitos tem maior maneiras de de escrever o número.
@@Lonelock rapaz, claro que a lingua tem diferenças em cada sociedade e é possivel se imaginar que molde a cultura, de modo radical. Mas a versão forte dessa hipotese já é descartada no meio academico atual.
@@guilhermeborges9644se trata mais de uma questão cultural. China e Japão incentivam o esforço, e não o talento como boa parte dos países ocidentais...
O esforço, então, se transforma em gene culturalmente modificado, o que aumenta as chances de nascer um talento matemático.
Só pegar os povos Bajau de exemplo. Eles usavam tanto o baço pra respirar debaixo d'água, que as próximas gerações passaram a ter uma capacidade pulmonar maior. Cerca de 13x vezes maior que a média mundial.
Uma vez tava assistindo a um podcast sobre a Reforma Protestante e o entrevistado abordou isso: a Reforma foi bem sucedida em países de língua germanica/saxônica enquanto os países de língua latina continuaram católicos. A cosmovisão de uma língua influencia muito no nosso pensamento
Isso teve mais que ver com cultura e geografia do que com a língua.
@jorgefrbelo254 então, a língua é um reflexo dessa diferença cultural. Talvez ela seja até um dos motivos, é o que diz o vídeo
Isso até os evangélicos que na minha visão não são protestantes, acredito que o formalismo e ausência de fenômenos místicos favoreceu a visão deles, enquanto o emocionalismo dos evangélicos fez crescer no Brasil e outros países da América Latina, no caso dos católicos foi por causa da colonização.
.
Não existe diferenças substâncias entre as línguas romance e germânicas, logo esse argumento cai por terra
Que reportagem interessante. Estudo alemão e moro atualmente na Alemanha, observo exatamente isso que o idioma está ligado a expressão geral dos seres humanos, não somente na fala em si... Amei essa matéria e fico curiosa para mais matérias desse tipo!
Isso é a prova de que as millares de edições da Bíblia mudou todo contexto com as traduções e vai continuar mudando com o tempo
Também sempre penso nisso.
sim, por isso o certo é aprender latim ou grego e estudar por conta propria.
Me parece que se estudassemos grego ou latim para aprender a ler corretamente a Bíblia, ainda estaríamos lendo com o viés original da língua portuguesa que nos permitiu aprender grego ou latim, no final a mensagem original ainda estaria um pouco distorcida
.
povo tem que parar de ligar pra bíblia, tratar ela como uma ficção e produto de seu tempo, só assim a sociedade avança
Papo off: adoro quando a BBC dubla vídeos de entrevistas com gringos. Isso facilita muito a vida de quem consome RUclips como podcast!
É impressionante como após aprender uma nova língua tu começa pensar em tal cultura. Eu aprendi português e hoje a língua quê mais falo é português. Más mesmo assim quando eu falo com as pessoas quê falam outras línguas meu pensamento muda sobre os conceitos deles. O examplo de tempo não achei algo menos comum, em muitas línguas antigas o tempo em horas é inserido recém, conheci alguns parentes meus quê eles não entendiam horas e nome dos meses. Para eles horas eram de acordo com sol durante dia e os meses eram de acordo com a estação de plantação.
que legal! de onde você é?
Mas, afinal, qual língua você falava originalmente?
O japonês tem palavras diferentes para arroz cru e arroz cozido, tb diferentes numeros pra contar objetos segundo a forma, consistencia ou natureza, por exemplo papel ou cilindro ou pessoas etc
@@FLAFLO75 E no entanto, em essência o pensamento é o mesmo. Não existe nenhuma ideia humana que seja incompreensível para quem não fala a língua na qual ela foi primeiro expressa; toda ideia, seja científica, artística ou religiosa, pode sempre ser traduzida para várias línguas. Pode ser que haja perdas ou distorções quando se faz uma tradução, mas a essência vai estar lá, sinal que o pensamento molda a linguagem, e não o contrário.
E em lugar deles fez o rei Roboão escudos de cobre, e os entregou nas mãos dos
chefes da guarda que guardavam a porta da casa do rei.
E todas as vezes que o rei entrava na casa do Senhor, os da guarda os levavam, e
depois os tornavam à câmara da guarda.
Quanto ao mais dos atos de Roboão, e a tudo quanto fez, porventura não está
escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?
E houve guerra entre Roboão e Jeroboão todos os seus dias.
E Roboão dormiu com seus pais, e foi sepultado com seus pais na cidade de Davi;
e era o nome de sua mãe Naamá, amonita; e Abias, seu filho, reinou em seu lugar.
1:26 O pai foi "salvar" a tribo, a tribo é que salvou o moço.
A parte mais bonita da história
Amei essa mudança na vida deles. É um massacre impor o cristianismo como forma de dominação. Muitos o fazem sem compreender a tragédia por trás de suas ações. A religião cega a mente. A mudança gerou esse estudo magnífico.
Não. Na fraqueza se perdeu.
Na verdade, o mais triste disso é que ele se perdeu no caminho.
O cristianismo não é imposto, mas divulgado para que todos tenham oportunidade de conhecer o Pai criador de tudo e entender o quão justo Ele é.
@ isso também nos leva a considerar que muitos preceitos escritos não são reflexões devidas e apropriada. Por exemplo, Levítico 18:22 e 20:13. Usam isso para condenar, mas não sabem que está incorreto. O pecado não é a homossexualidade.
Sensacional!!! Verdade absoluta que pode trazer muita linda luz nesse mundo doente.
Essa ideia de termos o passado a nossa frente e o futuro atrás é tão mais honesta que a forma ocidental de compreensão do passado e do futuro, coloca em cheque toda e qualquer possibilidade de planejamento.
no hebraico (bíblico) também funciona assim,
Interessante.
Nunca pensei nisso.
Achei super.
😊
Meu professor falou sobre isso uma vez. A gente se preocupa tanto em preservar a diversidade animal (e não há nenhum erro nisso), mas não nos preocupamos de modo enfático com a preservação da diversidade linguística. Milhares de línguas já foram extintas, e outras tantas serão, mas não há muita discussão a respeito disso. O problema é que, como o vídeo apontou, não se trata apenas de uma língua, mas de uma cultura como um todo, de um modo de pensar, de viver e de agir. É realmente triste.
Tem muita diferença entre o português e espanhol também. Eu sou boliviano y morei no Brasil 2 anos. Acho que minha forma de pensar mudou bastante depois desse tempo, mais essa mudança foi boa pra mim.
Eu estudo Kimbundo (língua africana falada em Angola e na RDC), é bastante poética, porque ao invés de ser falado, ela é cantada.
Adorei as informações do vídeo. Saber mais sobre nós mesmo é essencial. Muito obrigada e mais vídeos com essa qualidade.
"Mude como eles falam e controle suas mentes"
Agora entendi por que meus professores universitários falam "todes".😂😂😂😂
Exatamente! Muito bem colocado kkkk
Eu percebo bem isso quando leio um mesmo livro em dois idiomas, parece até que a história muda. Parece que o relevo das coisas se alteram, em um idioma é mais plano, em outro é mais montanhoso. Você fica admirado com aquela maneira diferente de se pensar e montar o pensamento. Parece que cada idioma tem seu timbre, como um instrumento musical. Algumas coisas ficam mais bonitas em um do que em outro.
Nossa, isso faz total sentido qiando pensamos sobre esquecermos uma palavra e a falta de conhecimento popular sobre os sinônimos. Nós "coisificamos" tudo. "A coisa ali", "o negócio aqui". Pros mais jovens, "aquele 'rolê' lá ". Nosso idioma permite muita falta de esclarecimento. Pelo menos, do meu ponto de vista.
Lembro que conheci um senhor que teve a oportunidade de viajar o mundo e conhecer varias culturas; ele me contou que uma comunidade que ele visou a noção de tempo era totalmente diferente da nossa, o dia nao começava as 00:00 mas sim quando o sol nascia, então o que nós chamamos de 6:00 da manha pra eles era hora 00:00... Quando ele me contou isso eu fiquei 🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯
O mesmo se passa com o início do ano.
O jeito que eu me expresso e faço piadas em portugues nunca será equiparado a como eu falo em ingles, isso automaticamente molda uma personalidade distinta, e nem é questão de ter vocabulário ou não, nós temos muitas nuâncias no pt que não existem no ingles por ex:, e isso faz sermos pessoas mais sérias, por consequencia molda o nosso jeito de pensar.
Meu professor do ensino técnico médio já me tinha falado disso. Ele dizia In English View... Querendo transmitir a essência do pensamento da cultura inglesa ao dizer algo nas palavras que usa para tal. Ou seja, é muito mais do que uma mensagem, é uma forma de pensar e encarar as coisas. Dizia o meu professor de inglês em 2006.
Certa vez vi um video de um gringo que aprendeu Portugues falando sobre um livro que leu que contava a historia do amor entre uma cerejeira e um carvalho, fazendo uma metafora com sentimentos humanos. Ele dizia que nao conseguiria contar essa historia para um nativo de lingua inglesa, simplesmente porque isso nao faria sentido para eles, uma vez que os objetos nao possuem genero em Ingles. A conclusao dele foi que sim, a nossa lingua materna influencia como pensamos, e sequer percebemos.
Verdade. Quando estudo as escrituras penso em hebraico, penso em grego. Muito bom pensar e falar em hebraico. Todas as línguas são interessantes de serem faladas. Esse vídeo elucidou meu autoconhecimento. Simplesmente sabia desse fato, mas não havia encontrado quem o explicasse.
Que história incrível! O pai dele foi de missionário pra ateu e estudioso dos costumes nativos. Esse assunto já é pesquisado na Linguística há muitos anos. Bom saber desse estudo.
Eu ja vi milhares casos ao contrário, mas de missionário a ateu é a primeira vez q vejo.
@@gostodemaisdaroca4052 Primeira vez que vi tbm
A BBC vive falando da obra dessa cara. Rsrs tanto que até comprei o livro. ❤️🔥❤️🔥
Nem precisa ir muito longe. No inglês a ideia de ser e estar são a mesma coisa e tem o mesmo verbo, enquanto no português e espanhol são ideias separadas.
Muito interessante. Sempre pensei como seria o cérebro de uma pessoa em termos de desenvolvimento de fala para diferentes línguas. Pensei que poderia surgir um teste onde uma pessoa de um país com uma língua, deveria responder como descrever uma imagem, enquanto outra de outro país e língua faria o mesmo
quando vivia idiomas senti isso diversas vezes. É um conceito antigo, que bom que enfim há autores escrevendo a respeito
Tem um livro do já falecido neurologista Oliver Sacks que ele fala de uma ilha na região da Oceania na qual as pessoas possuiam daltonismo. "A Ilha dos Daltônicos" (The Island of the Colorblind), de Oliver Sacks. Publicado em 1997, esse livro narra a expedição de Sacks a uma pequena ilha na Micronésia, chamada Pingelap, onde existe uma alta incidência de acromatopsia, uma condição hereditária rara que causa cegueira completa para cores, fazendo com que as pessoas enxerguem o mundo em tons de preto, branco e cinza.
Sacks explora não apenas a biologia da condição, mas também como essa diferença perceptual influencia a cultura e a linguagem dos habitantes da ilha, afetando a maneira como eles descrevem e interpretam o mundo ao seu redor. Ele reflete sobre como a percepção de cor está profundamente ligada à linguagem e à experiência pessoal, e como a cultura dos habitantes de Pingelap adaptou-se a um mundo em preto e branco, desenvolvendo formas de comunicação e expressão que transcendem a ausência de cores.
amei o vídeo❤ parabéns bbc🎉 sou fluente em inglês e agora estudo mandarim e percebo isto.
As nossas línguas maternas condicionam até o modo como ouvimos os sons da natureza e dos animais. Um brasileiro ouve o latido como au-au, um falante do inglês, como wow-wow, um falante do alemão, como wau-wau, onde W se pronuncia como V. Um falante do japonês jamais conseguirá ouvir um quack saindo de um pato, porque eles não tem sons equivalentes em sua língua. Até o toc-toc é ouvido diferentemente por usuários de diferentes línguas. Ouvimos os sons das línguas estrangeiras assimilando-os aos da nossa, o que torna muito difícil a pronúncia de palavras estrangeiras. Se, ao nível mais básico, o da percepção sensível, somos condicionados pela língua materna, imagine o que se passa no nível mais elevado, o nível conceitual.
eu que fui criada bilinque, holandes e portugues brasileiro, concordo completamente. eu penso diferente em cada lingua. eu tbm sou professora das duas linguas, e vejo tanto mais como que a lingua e as estruturas gramaticais, as raizes das palavras, construiram os pensamentos.
Tem um filme muito bom Que tem muito a ver com essa teoria, e um de alienigenas Que vem a terra e falam obviamente outro idioma e esse idioma da tipo Uma habilidade de ver o futuro, ou ver as possibilidades do seu proprio futuro, e quando um humano aprende essa lingua obteve o mesmo dom.
Nome do filme: A chegada.
@@DanielVynkler eu nao lembrei por isso nao escrevi o nome, é esse mesmo
O Brasil é multilíngue, embora. oficialmente, só fale e pensa na língua do colonizador. Eu estudo isso: Cultura, Ciência e linguagem na floresta e na fronteira amazônica. Sou paranaense, e durante 10 anos estudei um povo de fronteira simbólica no Paraná, com sua língua em processo de vitalização. Aqui no Amazonas, já tive 8 línguas diferentes numa sala de aula multingue, onde eu, a professora, só falava o português.
Uauu!! Que importante seu comentário, expandiu ainda mais e enriqueceu o tema.
Não existia uma nação única chamada Brasil antes da chegada dos portugueses.
Muito interessante e importante. Não temos nem ideia de como nosso cérebro interpreta o que recebe. Não sabemos se o outro enxerga as cores da mesma maneira que cada um...
O lance do passado estar à vista e o futuro estar fora do campo de visão realmente explodiu minha mente.
Como dizia o Prof. Pierluigi Piazzi: Você não fala porque pensa, você pensa porque fala. Quem fala português, pensa em português. Quem fala italiano, pensa em italiano.
Isso mesmo a minha namorada é chinesa pensa em mandarim 😂
Abraços de Portugal 🇵🇹
Concordo em número e grau..
Eu falo inglês japonês e espanhol.. e percebi nestes idiomas as diferentes formas de pensaste de acordo com o idioma.. por isso línguas me encantam!
O video é excelente, mas os comentarios superam. Difícil ver pessoas debatendo sem se agredirem na internet.
Faz muito sentido que o modo como pensamos e nos relacionamos com o mundo tem base na nossa relação com a língua que falamos e coseguinte com as suas referências, parâmetros, métricas... por mais que o cérebro humano tenha a capacidade de se desenvolver e aprender qualquer idioma (neuroplasticidade explica, não sou especialista em neuro mas adoro) e por mais que a nossa mente possa elaborar correlações diversas - essas dependem do repertório de vocabulário que possuímos. Isso é desenhado pela língua e a cultura se desenvolve a partir disso envolvendo os seres que compõem esse ecossistema particular.
Essa constatação é antiga: o filósofo Wittgenstein já dizia: "os limites da minha linguagem são o limite do meu mundo".
Na verdade 😊 e como a linguagem molda o pensamento e a habilidade, e como uma abordagem mais científica e prática favorece a alta capacidade como espécie. Esse roteiro também vai ajudar a esclarecer a diferença entre termos e expressões que muitas vezes são usados de forma imprecisa. Vou estruturar isso de forma clara, como uma descrição de canal, mantendo um tom formal e informativo. Vamos lá:
A importância da linguagem para o desenvolvimento humano
A linguagem que utilizamos vai muito além das palavras; ela molda nossa visão de mundo e influencia nossa capacidade de agir e transformar. Não se trata apenas de comunicar ideias, mas de como a estrutura e o sentido das palavras definem nosso entendimento sobre a realidade e sobre nossa própria habilidade como seres humanos.
Quando uma pessoa adota uma linguagem mais mística ou ambígua, seu pensamento tende a se afastar da prática e da precisão. Isso reflete diretamente em sua capacidade de agir no mundo, especialmente em habilidades que exigem destreza, foco e entendimento prático. Por exemplo, alguém que possui um pensamento mais científico e objetivo entende que, para realizar uma tarefa como extrair um dente, é preciso técnica, precisão e conhecimento dos métodos adequados. Esse tipo de visão é resultado de uma linguagem que valoriza clareza e precisão 😊
7.400 línguas diferentes 😮 que incrível, a evolução é realmente magnífica!
A língua estrutura o pensamento. Reportagem interessantíssima, parabéns!
eu adorei o vídeo. comecei a estudar mandarim. e, com isso, estou lendo um livro sobre a história da china. faz muito sentido aprender a cultura (inclusive gastronomica, as danças, músicas, filosofia...) enquanto aprende um novo idioma
Isso já era bem conhecido desde Ferdinand de Saussure e mesmo Edward Sapir, não só a língua está ligada ao pensamento como seu significado só é entendido na cultura que lhe dá sentido.
Recentemente comecei a estudar japonês, e sinto muito isso. Todas as vezes que eu traduzo por partes, sinto que o que queria fala, não é totalmente possível. Consigo me aproximar muito, mas não é a mesma coisa.
Igual no mandarim, abraços de Portugal 🇵🇹
Vídeo extremamente interessante! Parabéns pela iniciativa e esperando mais como este
Excelente reportagem! Parabéns!
Merecia um video de maior. Adorei
Interessante. Deve ser muito gostoso viver sem a preocupação do tempo e o conceito de que tempo é dinheiro. Simplesmente ser e viver
Essas línguas são assim porque são primitivas!
Eu sempre pensei nisso. Sempre imaginei que a maneira como falamos e pensamos determina uma diferenciação cerebral
Se muito não me engano no documentário The Mission da Natgeo aparece a história do missionário que se tornou ateu após convívio fom os indígenas. É muito bom esse documentário.
O que o vídeo mostrou foi que a cultura influencia a língua muito mais do que o contrário - que de fato acontece. Os mundurucus e os pirahãs não TINHAM (agora tem) palavras pra números grandes pq a cultira tradicional deles nao tinha necessidade pra isso
Eu elogiei esse vídeo, mas voltei atrás. Esse vídeo é bonito, mas enganou. Disse que esse pesquisador foi criticado, como se fosse um coitado que foi incompreendido pela academia. Mas é a tese dele que não tem fundamento. Ou tem fundamento todo falacioso. Pelo que entendi, se um idioma não tem tempos verbais, então não existiria depressão nem ansiedade. Mas todos os idiomas do mundo tem como descrever objetos, tempo e outras coisas. Do jeito que ele descreveu a mente depende do idioma e mudando o idioma você muda a mente. Em outras palavras, mudando o idioma você mudaria a sua forma de interpretar tudo. É claro que existem diferenças como pronomes femininos, masculinos e neutros. Em português "casa" é feminino não sei porque. Em inglês e alemão não tem gênero. Mas o que isso tem a ver com sexismo, feminismo e machismo? Nada. Do jeito que descreveram aí que idioma indígena não tem tempo verbal, na hora eu pensei "existe depressão sem tempo verbal na língua?". Mas o que tem a ver depressão com o idioma falado? Depressão existe em qualquer país e não depende do idioma.
Se uma pessoa com depressão mudar de país. Não tem nada a ver mudar o idioma com tratamento mental que foi o que cheguei a pensar quando assisti pela primeira vez o vídeo e acreditei. Pensando melhor. Acho que ele misturou o que é social com o que é mental. Em português céu é tanto literal quanto religioso. Em inglês tem duas palavras diferentes. Agora o que isso tem a ver com religião e sociedade? Nada. É a história do português e a história do inglês. Senão eu vou concluir o que? Que no inglês por ter as palavras "sky" e "heaven" então os falantes de inglês dão mais importância a isso do que em português? Isso faz algum sentido???
Você não entendeu só a forma que a tribo tem de pensar futuro e passado muda tudo .
Há muitos comentários que as pessoas dizem que aprender outro idioma , mudou suas formas de pensar
Eles percebem sim o tempo apenas não deram palavras específicas
@Araujo-xq7rr não , eles falam do passado , não do Futuro
Pelo fato de preservar a vida destas pessoas que falam outros indiomas é que estes estudos são importantes
Caraí nasci em Porto Velho, sei falar inglês e estou estudando hebraico desde julho. fato é que é fundamental pensar na língua que fala para evoluir e não gastar tanta energia interagindo
Incrível. Parabéns pela condução do vídeo 👏🏼
Antes de assistir já vou deixando meu like 👍.
Se não conseguem perceber que há um um grupo é civilizado e outro nao, se impressionar com isso me deixa chocado.
aff
?
Agora é facil entender como a torre de babel pode realmente ter sido uma maldição.
Percebi, por exemplo, que pessoas são diferentes em diferentes idiomas. Por exemplo, eu me sinto mais sucinto falando em inglês e mais informal, diferente de mim em portugues. Eu a acredito bastante nessa ideia do Sapir-whort.
Sucinto acredito, porque o inglês é limitado, mas informal não acredito.
Primeiro, a forma de pensar criou o idioma e, posteriormente, o idioma moldou a forma de pensar.
Amo linguística e meu hobby é aprender idiomas. Isso é real! A língua molda seu pensamento e sua personalidade. Quando tô aprendendo um idioma, assim que possível paro com traduções e tento usar ao máximo a lógica daquela língua, vc precisa começar a pensar na língua que quer falar. Agora tô aprendendo ucraniano e não tem verbo ser/estar no presente e no gerúndio (até onde estudei pelo menos). No começo achava estranho, hoje já acho que nem tem tanta necessidade ou importância já que eles conseguem se comunicar mesmo sem esses verbos. Apenas temos que aceitar e tentar pensar como os nativos do idioma.
@@jkcoutinho é verdade! Estudo japonês e alemão e é perceptível que cada um tem uma forma de pensar e assimilar as informações.
Se o homem é o produto do meio, a língua é o meio transformador, seguido pelo clima e cultura. Todo nosso pensamento sem dúvida é moldado pelo aspecto responsivo no ambiente que seria condição fundamental para nossa sobrevivência. Mas tudo indicar que vamos convergir em uma única língua em 200 anos.
Ser humano "pensa" igual em todo lado. O que varia são aspectos culturais, geográficos, educacionais, religiosos, sociais. A forma de expressar um sentimento pode variar mas o sentimento é o mesmo.
Adorei o vídeo, obrigada por tantas informações científicas.
Muito bom
Me fez lembrar do filme "A chegada" que nos faz pensar sobre o poder da língua.
Não tenho doutorado, mas percebi isso também a bastante tempo, digamos desde minha juventude, tanto na língua brasileira em relação a língua portuguesa como hoje que vivo na Itália e é comum aos italianos não usarem o "eu".
Exemplo:
Eu falo brasileiro.
O italiano jamais falaria o , "Io Parlo italiano" ele fala somente, "Parlo italiano" e assim também ocorre com várias outras situações no falar deles.
perdao, isso o que vc falou n tem nada a ver com o vídeo. inclusive, é a mesma coisa italiano, portugues e espanhol - todos flexionam o gênero. ingles, ao contrário, pois n tem concordância entre o verbo e o sujeito, vc tem que usar o pronome para entender "I speak" . eles não falam o "eu" porque o "eu" já é implícito, não porque o "eu" não existe.
o que o vídeo propoe é que pela concepção de mundo radicalmente diferente dos indígenas em relação ao ocidental/europeu, certas coisas tidas como "universais" não necessariamente existem - por exemplo, ideia de tempo discreto, com passado/presente/futuro (algumas tribos indígenas tem uma concepcao de tempo mais próxima com a física quântica, por exemplo, na qual a hierarquia das coisas desaparece). ou por exemplo, não usar verbos. e por aí vai.
Falas brasileiro mas escreves em português, interessante. Santa ignorância.
@jorgefrbelo254 ignorância a sua que não sabe da lei que tramita no senado, exatamente por não sermos mais lufonos a 200 anos.
A língua brasileira é rica em palavras africanas, inglesas, francesas, indígenas o que a torna bem diferente do português de portugal.
Se visse um carioca falando é bem provável que não entendas por ser português, assim como grande parte de brasileiros não entendem o português de portugal pela sua fonética e por seus conceitos nominativos que em nada tem a ver com a língua brasileira. Existem vários exemplos na própria internet basta ter vontade e procurar para se instruir melhor antes de falar besteiras de graça a pessoa que nem sabe quem é.
@@joseterepins6520 Mas não disse em momento algum que não existia, de onde tirou isso? Falei apenas que eles suprem, não usam nas falas.
Outra não é só os nossos indígenas que tem essa visão se estudar um pouco verá que os Bantu também o tinham e tantos outros povos mais.
Querer comparar tudo a visão européia é algo de cabresto o que já não temos a mais de 200 anos. A lei já tramita no senado federal para mudar isso e colocar nossa língua como língua brasileira por sua riqueza inigualável com a de portugal.
Quanto a visão indígena do Cosmo e da vida é óbvio que é algo totalmente diferente ao ponto de não existirem palavras para nomear, e são muitas coisas já que eles permaneceram selvagem e parte dos outros macacos evoluíram criando barcos, avião, vaso sanitário, celular, foguete para levar novos macacos para Marte, 🤣🤣🤣
No Enem desse ano caiu uma questão, onde uma professora estava utilizando um programa para conseguir catalogar fonemas, e passar um jogo de tabuleiro de uma língua indígena para o português, e esse programa estava ajudando ela a fazer algo que ela demoraria semanas ou até meses para conseguir traduzir o que ela queria, sendo que resolveu esse problema em minutos.
A bela complexidade sintática das línguas indo-européias tem origem nos casos gramaticais e nas suas subsequentes declinações criadas pelo genial e belíssimo povo yamnaya que habitou originalmente o sul da Rússia e o leste da Ucrânia.
Isso não é uma novidade. Roberto DaMatta em sua pesquisa com os Apinayé já apontava o tempo como não linear, sendo o passado e o futuro sempre presente. Ele descreveu isso em sua tese de doutorado "Apinayé social structure" defendida em Harvard e seu livro "Um mundo dividido: A estrutura social dos índios Apinayé" (1976) se tornou um clássico da antropologia brasileira.
Vygotsky considerava a linguagem, não só a lingua falada, como um instrumento fundamental para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças e dos seres humanos. Para ele, a linguagem é o principal meio de representação simbólica e de comunicação, e está diretamente ligada ao pensamento.
Heidegger, antes dele, falava que a linguagem é a casa/morada do Ser. Somos pela linguagem. A linguagem é o fundamento do real e nos constitui enquanto seres existenciais.
A intuição dos filósofos já dizia isso muito antes da linguística se estabelecer como ciencia. Mas o Trabalho do vigostky sobre linguagem e pensamento é uma coisa linda... uma obra inigualável.
Muito obrigado pelo estudo👏👏👏
Um bom exemplo disso é a forma como dizemos nossa idade, em anos vividos, ao contrário da língua inglesa, em anos "envelhecidos".
No português se fala "Eu sou feliz" no inglês se fala " I am happy" eu estou feliz.
Seria muito bom termos esse livro disponível para compra aqui no Brasil.
Me interesso muito sobre esse tema. Adoraria aprender mais sobre essas linguas em extinção!
Determinar é muito forte. Sugere, inspira mas não determina.
Desde que eu conhecei a cultura russa e idioma, percebi que minha personalidade mudou também.
Você vira outra pessoa 😅
Poderia explicar um pouco como?
@@newton4010 é difícil explicar, é uma sensação esquisita e engraçada, por exemplo
Você está conversando em português sobre um assunto engraçado e automáticamente seus pensamentos ficam naquele humor mas se ao mesmo momento você tentar transferir para outro idioma totalmente diferente você vai ter que inventar uma outra estória parecida que se pareça mais ou menos que traduza mas nunca fica perfeito, além do humor todas relações interpessoais mudam, a sua visão de mundo também muda, mas assim que você troca de idioma no seu cérebro você volta a ser aquele brazuca esperto brincalhão na velocidade da luz eu particularmente gosto mais da minha persona em inglês pois sou mais feliz e simpático em inglês, é uma experiência individual e espiritual, o interessante é que em cada língua você tem uma personalidade diferente e você pode escolher quem e como você vai ser, existe um ditado que diz " quem fala mais de um idioma tem várias almas"
@TOMTOM-zj5xj Ahh, entendi teu pensamento. Também acho que com o inglês (eu pelo menos) me porto de forma mais cordial, e até mais reflexiva. O bom é que essas facetas acabam transbordando para as outras, e pode haver um período em que você é muito diferente do que era antes.
Agradeço.
Interessante ponto de vista 👍🏼@@TOMTOM-zj5xj
Matéria excelente. Grata.
Brilhante. Poderiam fazer um documentário mais completo sobre o assunto.
Eu sempre pensei dessa forma. Pra mim é exatamente isso, a língua molda a cultura de cada povo. Pra mim até mesmo a própria melodia das palavras podem tornar algo mais ou menos agressivo e assim fazer uma frase parecer terrível pra nós mas pra outra cultura nem tanto e assim por diante... Isso tudo vai moldando o pensamento e a cultura de cada povo. Mas claro, que no fim somos todos os mesmos seres humanos. Se pegar um recêm nascido aborigene da Austrália e fazer ele ser criado no Brasil, vai ser exatamente como um brasileiro.
A parte que mais gostei nesse vídeo foi saber que Everett (pai) desistiu de impor o cristianismo aos indígenas.
Esse linguista é incrível. Espalhando uma discordância absolutamente necessária à linguística dogmática, fundamentalista, quase religiosa do Chomsky.
Muito interessante a abordagem, penso que faz muito sentido estas reflexões.
Não ter tempos verbais não significa que o falante tem uma ideia de tempo diferente da nossa, se fosse assim os chineses não saberiam o que é passado e futuro
Em muitas línguas geralmente asiáticas não existem tempos verbais
Excelente vídeo! Contribuiu muito.
Excelente reportagem
Muito interessante. Faz muito sentido essa perspectiva.