Valeria um adendo na descrição(ou até um vídeo a parte) deixando claro se o próprio RUclips censurou o conteúdo e você teve que reeditar o vídeo ou se você se impôs isso pra evirar esse tipo de problema. Acho esse adendo muito pertinente a própria discussão, e mostra como é delicado se quer tentar expor as contradições e criticar materiais problemáticos.
Só pra constar, este canal não é independente, ele é vassalo das diretrizes do RUclips que determinam quanto, quando e como tudo deve ser publicado. Talvez vc nem perceba as concessões que faz em troca da vitrine que recebe aqui. Mais honesto seria dizer tao independente quanto possível.
Sou professor de Literatura e essa é uma questão essencial. Um exemplo: vejo muita gente dando aula de modernismo e falando de Futurismo como algo super legal, sem contextualizar o fato de que Marinetti foi o recheio do fascismo na Itália. Sem falar dos simpatizantes brasileiros que fizeram parte da nossa história literária. Não dá. Tem que tocar na ferida, sim.
Mas também não se pode incorrer no erro de generalizar e tomar parte por todo, por mais que o futurismo italiano tenha surgido no seu burguês, portanto reacionário, e tido laços com o fascismo, o futurismo é mais amplo que isso como quando se pensa no futurismo russo e no que Trotsky escreveu sobre o futurismo que não seria a arte por excelência da revolução russa, mas uma forma de educar e orientar o povo.
Um trechinho do texto "O Futurismo" do Trotsky: "O futurismo russo nasceu numa sociedade que ainda cursava a escola preparatória da luta contra Rasputin e se aprestava para a revolução democrática de fevereiro de 1917. Isso trouxe vantagens ao nosso futurismo. Ele assimilou ritmos de movimentos, de ação, de ataques e de destruição ainda imprecisos. Conduziu a luta por um lugar ao sol com mais dureza, resolução e barulho do que todas as escolas precedentes, o que se conciliava com o atavismo dos seus rumores e dos seus pontos de vista. O jovem futurista, de certo, não ia às fábricas, mas fazia muito ruído nos cafés, derrubava estantes de música, enfiava a blusa amarela, pintava suas faces e, vagamente, ameaçava com o punho."
Também não acho que essas obras devam ser alteradas em nenhum contexto da maneira como estão pretendendo. Na minha opinião, nem mesmo no caso dos que são voltados para crianças, como o vídeo sugere. Esses materiais simplesmente não servem mais para elas, e ponto. Não funciona como literatura de base nos moldes sociais atuais. Conteúdos problemáticos devem ser voltados para públicos mais maduros, estudiosos e afins. A situação toma uma natureza etária. Uma simples questão de contexto. Porém, para fins de manter certos conteúdos relevantes e atualizados para públicos de menor idade, acho que uma solução seria criar uma versão inteiramente nova. Não no sentido de reescrever para maquiar tudo de uma vez e fingir que não aconteceu, mas de entregar aquele conteúdo na mão de um novo autor, devidamente creditado pela nova obra, para que um conteúdo funcional em sua proposta, que pode até talvez ser pensado para desconstruir esteriótipos passados, chegue até as crianças. Acredito que isso poderia gerar um impacto mais real em todos os sentidos, pois, além de não higienizar o passado, que deve ser mantido em perspectiva, também não o faz na figura do autor original, que também não pode ter sua biografia revisada historicamente. Com mudanças nos moldes que o vídeo apresentou, os responsáveis por essas grandes propriedades só querem uma revisão histórica bem lucrativa.
Só para contribuir com um testemunho real dessas mudanças que as editoras têm feito: no encadernado de número 19 da "Saga do Superman" da Panini, publicado recentemente, mais precisamente no final do segundo capítulo (Action Comics 643), o Superman volta a Metrópolis depois de um período ausente, e um telejornal anuncia esse retorno. Até aí tudo bem, porém a âncora do jornal lembra de uma conversa que teve com o herói no passado em que, em determinado momento, ele diz seu lema famoso (truth, justice and american way). Na tradução, porém, a frase está como "verdade, justiça e um amanhã melhor". Para quem não sabe, esse é o lema moderno que a editora adotou para o personagem se distanciar de um patriotismo esquisito para os dias de hoje. O X da questão está no fato de, na mensal original, o "american way" estar lá. Eu mesmo fui atrás. É um quadrinho do finalzinho dos anos 80. O lema dele era simplesmente esse, pois não havia uma preocupação com a mensagem que isso transmitia para além da terra do Tio Sam. Logo, meu palpite é que isso não é uma questão/erro de tradução, mas, sim, uma decisão editorial da DC, que deve ter alterado essa fala já na versão americana do encadernado que compila essa fase. Caso pensado de revisão. Ironicamente, no começo dessa mesma história, assim que o Superman chega à Terra, ele pousa em um prédio em Metrópolis, com uma bela bandeira americana tremulando atrás dele, e pensa no quanto aquele mundo, aquela cidade, aquela terra é maravilhosa apesar dos pesares. Como tudo que ele estava vendo, todo aquele progresso era incrível apesar da poluição etc. Sim, o quadrinho começa com essa babação e termina com a DC tentando fazer vc engolir que o personagem sempre teve esse discurso "positivo" em seu lema, não um patriotismo exacerbado que hoje gera frutos tão complicados. É um revisionismo da marca que chega a ser nojento...
Perfeito! “Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.” Não podemos esquecer a história, nem deixar de contá-la. Precisamos saber que isso aconteceu/existiu e que hoje estamos fazendo um movimento em outra direção.
@@vinicius28730 mesmo Que tenha muitos problemas(racismo, homofobia e etc), faz parte da história, e deve ser lembrado exatamente pra ninguém repetir o erro (claro que com aquela mensagem de que é um fruto de sua época e tal)
@@vinicius28730 Mas o livro de história, por si só, não explicita como funciona o racismo. Tu pode ver em vários imagens de propagandas nazistas, mas pouquíssimos se aprofundam em como elas operavam, como foi a construção da imagem por trás delas e no que exatamente "se apoiavam". Essas obras são um registo histórico! Um registro não deve ser apagado/alterado porqur desagrada alguém. Inclusive, eu defendo a mesma coisa que o Qns: O livro pode ter seu conteúdo original na íntegra, desde que seja explicitado (por meio de notas de rodapé e mais) qual a problemática por trás deles.
Hoje durante a aula de Língua Portuguesa, meu professor mostrou um áudio de uma narração do conto "Negrinha" de Monteiro Lobato. De forma resumida, o conto conta a história de uma menina negra que sofre muito nas mãos de sua madrasta, sendo maltratada e em alguns casos, deixada com fome. Em uma parte desse conto, essa menina conhece as sobrinhas loiras da madrasta, que passam férias com ela. Elas trouxeram bonecas, nunca antes visto pela menina. O contato dessa menina com a boneca, fez ela sentir pela primeira vez, a sensação de felicidade. Porém, após o fim das férias, as sobrinhas foram embora, enquanto a menina passou os seus últimos momentos com muita infelicidade, até morrer de tristeza. Alguns colegas chegaram até a chorar ao ouvir essa história. Mas o que me chamou a atenção, foi o fato dessa história ter sido escrita pelo Monteiro Lobato. Quando o professor quis saber da opinião de cada estudante, eu falei justamente disso. Ele me elogiou e se aprofundou sobre a questão do Monteiro Loabto ter sido racista, seja como autor ou pessoa mesmo. Todavia, ele havia dito para nós que deveríamos ser mais compreensíveis em relação ao contexto da época, na qual Lobato vivia. Então, aproveitei o gancho para descrever na sala, o que você havia dito nesse e outros vídeos do canal. De forma resumida, falei que mesmo que certas obras tenham um conteúdo polêmico, não devemos banir ou cancelar as mesmas, pois elas fazem parte do estudo do período em que foram lançadas. Mas também, acrescentei que é importante reconhecer a problemática presente nessas obras, ou seja, reconhecer o racismo, machismo, homofobia e outros problemas nelas. Enfim, o texto ficou longo kkkkk.... no fim das contas, vim agradecer a você por ter falado no RUclips, essa opinião relevante nos dias de hoje. Ao falar disso, minha turma e meu professor, tivemos uma grande reflexão envolvendo obras do passado. Isso foi benéfico pro aprendizado. O que demonstra que o senhor não é somente um carismático criador de conteúdo na internet, mas também um ótimo professor que consegue muito bem trazer a tona várias questões importantes, as quais se tornam necessárias nas salas de aula. Você consegue cumprir aquilo que te motivou a criar o canal: incentivar o debate. Acredito que seus alunos devem se sentirem orgulhosos, ao terem um ótimo professor como você. Enfim (definitivamente kkkkk), OBRIGADO LINCK!!! 😊
Seu professor de Língua Portuguesa ficaria orgulhoso de ler esse comentário gerado pela aula que vocês tiveram. Muito bacana seu relato sobre o conto "Negrinha".
Na edição que eu li de " Admirável Mundo Novo", tinha no prefácio um comentário do autor falando que até pensou em editar e corrigir algumas coisas do livro, mas que tinha medo de que se ao tirar os defeitos também tirasse parte das virtudes do livro.
isso me lembra do filme Bacurau, logo no fim do filme, no qual uma mulher olha para as manchas de sangue no museu e fala para as que iam limpar "deixe as marcas na parede, infelizmente", porque essa era a forma daquela população nunca esquecer do que um dia aconteceu naquele povoado
Sou muito fã de Lovecraft, então para mim essa polemica não é nenhuma novidade haha. As duas edições da Darkside são um ótimo exemplo do que foi falado no vídeo. Lá temos textos de introdução e contextualização, notas de rodapé precisas e textos de apoio no final. Essas coisas adicionam profundidade às histórias, já que além do cosmicismo e niilismo muito presente nos contos do Locecraft podemos perceber que também são um reflexo do "medo" que ele sentiu quando a pequena cidade que ele vivia começou a receber muitos imigrantes por conta da guerra e ele percebeu que o mundo era muito maior e complexo do que ele havia imaginado. Dica para vídeo: análise do ciclo das Dreamlands do Lovecraft
Opa, também tenho estas exatas edições e muito mais do desgraçado do Lovecraft, justamente por amar esse conceito de horror além do humano, mas que obviamente sempre vai falar muito mais sobre quem escreveu e seu contexto. Exemplo; qualquer obra de ficção cientifica, americana, que trata de aliens vai ter o conceito de "monstros estrangeiros que querem invadir e conquistar," como em "Tropas Estelares." Já tiveram algumas edições que tentaram cortar, ou pior, inverter a mensagem do Howard, e graças a Azathoth, não vi ninguém aprovando a ideia, sendo praticamente unanime que era necessário manter o original para sempre lembrarmos do qual veio a surgir esse subgênero e como com o passar do tempo ele foi evoluindo e se desprendendo dessas bases, até não ter mais uma ligação direta com a obra do H.P. (ou melhor, como em Lovecraft Country que se propõe a subverter todo o racismo dos Mitos de Cthulhu e até da ficção cientifica como um todo)
@@rodolfomares1938 A "fandom" de Lovecraft, graças a Yog Sothoth, é bem conciente em reconhecer as qualidades e defeitos da obra e do autor. Por isso ele ainda se mantêm fora dessa bolha do cancelamento, os próprios fãs não iriam admitir isso. Parecido com o que aconteceu com Berserk, do qual sou fã também e fiquei de cara quando tentaram cancelar haha
Comenta sim sobre a saga do tio patinhas. É o negócio mais sensível que já vi um artista contratado pela Disney produzir. Chorei em alguns momentos confesso.
Eu li e reli a saga do Tio Patinhas diversas vezes e certamente há momentos que me deixou triste a ponto de pensar na minha vida para não cometer os mesmos erros que Patinhas, porém eu gosto bastante da Obra e sempre vou guarda-la com carinho.
A maioria dos influenciadores estão defendendo o politicamente correto para pagar de boa alma pro seu público. Parabéns pela coragem em dizer o que precisa ser dito, não é a toa que seu canal é um dos melhores.
Eu, como pessoa lgbtq+, compreendo bastante os pontos do Linck. O livro "Bom-Crioulo" é o primeiro exemplar brasileiro a falar sobre homoafetividade, mas tem seus problemas devido à época em que foi escrito e ao gênero literário que se caracteriza. Ou seja, tem seus deméritos, mas não perde seus méritos.
Tive que ler esse livro na faculdade e achei uma obra muito interessante exatamente por perceber os problemas, mas também a beleza do que foi feito ali. Fiquei muito surpreso quando vi vários colegas apenas condenando o livro como se nem devesse ser lido mais... mas bixo, ali era um curso superior! Exatamente o lugar mais ideal do mundo para ler de modo crítico as obras, respeitando o legado sem ocultar a história. Acho que o povo tá simplista demais das idéias
Também já li esse livro. É problemático, tanto por causa do racismo da época, q acreditava q o homem negro era violento e forte. Mas é uma das primeiras obras brasileiras sobre o homoerotismo. Tem obras mais recentes, como "O amor dos homens avulsos" de Victor Heranger q já não é racista. Acho q uma obra reflete muito o contexto histórico em q é escrita. Na época do "Bom-Crioulo" racismo nem era considerado como crime
Faz algum tempo entrei em uma polêmica no meu trabalho com a questão do Monteiro Lobato. Achei incompreensível que a maioria queria censurar toda a obra desse autor, devido ao racismo. Ponderei que não existe um especialista em literatura que não confirme a importância da obra, mas não fui ouvido inicialmente, então argumentei que era preciso entender a época de lançamento dos livros, evitando o anacronismo, inclusive era uma fornte rica de compreensão do período, mas fui novamente hostilizado, então partindo desse princípio, comecei a indicar que Platão deveria ser igualmente censurado, pois ele era contrário a democracia. Só depois disso as pessoas começaram a me dar razão. Estudamos Platão, entre outras coisas, também para para entender e valorizar a democracia, de forma crítica. Assim como devemos ler Lobato, para inclusive entender o período que sua obra foi feita. No fundo, a cultura é uma força mutante, assim sempre fico pensando como os leitores do futuro vão enxergar a nossa sociedade, ou seja, será que vão tentar entender como pensamos o mundo ou vão apenas ficar horrorizados com nossas crenças atuais, censurando toda a produção cultural atual.
Monteiro Lobato é a pqp e vc endossar racismo te faz racistam cuidado viu FALAR ISSO NA INTERNET É UMA COISA PESSOALMENTE É OUTRA. DEFENDER ESSE AUTOR RACISTA MAU CARATRR PESSOALMENTE PODE TE FAZER SER AGREDIDO. ESSE SEU JEITINHO SONSO NAO PASSA BATIDO
@@andromedaretro antes de mais nada. NÃO SOU SONSO! Não fico xingando as pessoas na Internet protegido atrás de uma tela, portanto, não aceito ser xingado. O que procuro fazer é argumentar, debater ideias, se você não consegue e procura agredir, então vai procurar sua turma. Agora se está aberto ao debate, então vamos lá. Não estou defendendo Lobato, estou defendendo que não deve existir censura a obra de Lobato, mesmo e principalmente devido ao seu racismo. Isso é bem diferente de defender o racismo, coisa que não faço. Obras racistas não devem ser censuradas, exatamente pela denúncia e para a aproximação da compreensão do universo mental da obra. Além disso, o próprio Linck já exemplificou o quanto é tacanho fazer levantamento moral de autores, ao invés de sairmos exigindo a "queima de livros" devemos ser "saqueadores" e retirar das obras o que nos convém. Heidegger era nazista e nem por isso os filósofos e estudantes de filosofia deixam de ler a sua obra, que também é muito importante, mas isso não significa defender o nazismo. Veja o vídeo do Linck novamente, se é que viu, e tente entender o argumento central de que não existe censura do bem.
Sobre apagar o problema e fingir que ele não existe, eu só penso nas inúmeras conversões étnicas que agora acontecem em HQ e animações Disneys. Sobre as princesas uma historiadora preta falou que não vê com bons olhos essa iniciativa, pois não abre espaço para estórias e contos de fadas da cultura afrodescendente, apenas empurram ainda mais para debaixo do tapete essas personagens.
Linck só mostrou o quanto a esquerda social-democrática hoje é burra e principalmente muito facistinha coisa que eu já via há muito tempo por ser de um lado mais revolucionário e radical da força vermelha
Cara vc abriu a minha mente kkkkkkkkk "aquele que não aprende com seus erros está fadado ao fracasso", é literalmente isso. Precisamos de saber como era no passado por meio dessaa obras pra vermos como era horrível, a exemplos de racismo, machismo e misoginia. Amo seu trabalho, não sei como não tem uns milhões de inscritos! Muito sucesso
Eu como estudante de História acho isso um absurdo. É basicamente apagar o passado em vez de abordá-lo com um olhar crítico. E tudo isso em nome do lucro. Penso que toda produção artística e fictícia, por mais abominável que seja, tem o direito de existir pra que possamos reagir a ela e tentar compreender o indivíduo e a sociedade da qual ele fez parte.
e como eu falo. nos estamos tratando a sociedade como se fosse uma criança, o problema e que as vezes parece que não conseguimos tratar de outra forma. Perdemos a maturidade e a complexidade e estamos nos afundando em medos e preconceitos que vão se já não estão nos levando ao fundo poço.
07:43 Me orgulho de dizer que ainda tenho sim essa obra... A tradução correta é A CANÇÃO DO SUL, e amo desde a infância tendo reassistido recentemente, inclusive... porque ao contrário do que se pensa, ao meu ver, ela na verdade faz uma reflexão sobre o racismo, pois coloca um senhor negro -- que no contexto em que se passa a história é um ex-escravizado -- como um contador de histórias conhecido em toda região como um homem sábio... Em resumo o roteiro conta a amizade de um garoto branco e de família rica com este contador de histórias e como todas as lições que ele aprendia com o senhor o inspiram e o ajudam a amadurecer e até a aprender como resolver muitos problemas de sua vida, chegando até a ajudá-lo já no final do filme quando ele adoece... O racismo contido na obra é porque a mãe do garoto obviamente não vê com bom olhos que ele brinque com as crianças filhos de ex-escravizados da região e nem que se junte à elas para ouvir tais histórias, então a história seria na verdade sobre MOSTRAR COMO ESTAS PESSOAS RACISTAS ESTÃO ERRADAS! O que gera incômodo também porque mulheres e homens negras e negros são mostrados sim como trabalhadores da fazenda -- mas isso de fato foi o que aconteceu no período pós escravidão e ainda perdura, então volto a repetir que o filme tem muito mais camadas e não mostrar estas cenas exclui a chance de que se possa debater sobre este período da história e sobre o que realmente o filme tem a dizer! Acho que mais da metade das pessoas que são a favor de deletar este filme da história sequer PARARAM PARA ASSISTI-LO INTEIRO!!!
...o que,veja só, é completamente diferente de Monteiro Lobato... Que chegava a chamar literalmente de MACACA uma mulher negra! Como se fosse o recurso "narrativo" mais "natural" do mundo... ¬¬
É muito triste que em pleno 2023 ainda se precise falar o óbvio, mas é ao mesmo tempo gratificante que ainda hajam vozes que se prestem a falar sobre. Ótimo conteúdo.
5:29 Eu tenho o encadernado com a saga completa, vale muito a pena você falar sobre ela para a galera perder esse preconceito com as histórias do Tio Patinhas 19:02 Vale ressaltar que o Nascimento de uma Nação foi o primeiro filme exibido na Casa Branca, pelo presidente Woodrow Wilson em 1915 ( Wilson por sinal era Doutor em História, professor universitário e já tinha sido até Diretor acadêmico)
Tentaram por diversas vezes censurar "O Nascimento de Uma Nação" e essa aura de proibido só fez transformar o filme em um objeto de culto dos racistas. Penso que podem existir maneiras mais inteligentes de lidar com isso.
Boa observação. Esse status de objeto de culto é o que acontece com livros integralistas como "A Quarta Humanidade" do Plínio Salgado, que é como um "Mein Kampf" de careca integralista e integralista. Uma vez tive a "honra" de ver e ouvir num boteco dois carecas debatendo "a quarta humanidade" como se fossem iniciados de alto grau numa seita de babacas.
Como professor de literatura, concordo contigo. As obras devem ser problematizadas e não "amenizadas". Como se não existisse preconceito na atualidade. O que acontece, ao me ver, é que grandes empresas querem fazer mais dinheiro vendendo "neutralidade" para se acomodar no terreno da cultura de massa. Quando tu falou de Benjamin, deu vontade de ir aí te dar um abraço! Valeu pelo vídeo!
@@rafaelvilas4230, É, essa lacração fica achando que o mundo deveria ser um paraíso pra eles, mas porra nenhuma, o mundo-real é o mundo-real, cheio de problemas onde a solução não é bem-vinda, mas sim proibida.
Sensato dms Colocar fogo no passado n vai fzr ele deixar de existir , só vai apagar as provas disso A história tem que existir pra que nos não repitamos ela
Excelente opinião!!!! Temos que lutar por isso, não dá mais para essas empresas ficarem apagando suas histórias, isso tem que ficar exposto, é um absurdo fazer isso
Ganhou meu like dessa vez, Linck. Uma reflexão: um dos motivos para essa reescritura do passado está em 1984, do Orwell, “Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente controla o passado”. Inclusive lembro de um trecho do livro que trata de uma da tarefas do Ministério da Verdade, que era reescrever tudo que existe em novilíngua. Dito isto, muita gente que quer reescrever o passado não quer ensinar o que é errado, e sim o que ela acha certo, suprimindo qualquer coisa que ela ache errada. Isso não seria Fascismo Cultural?
Pra quem acompanha o qns há algum tempo, não há novidades nesse vídeo, o Linck se posiciona assim já faz um tempo, ele só aglutinou isso em um vídeo só (tenho a impressão de que em alguma live do caos ele também discorreu sobre o assunto te forma mais aprofundada, mas pode ser falsa memória)
Na área da engenharia da computação rolou um debate sobre os termos "slave" e "master" de dispositivos I2C. Queriam trocar para "controller" e "responder" porque, nos termos deles, há muitos poucos negros se formando nessa área e o uso de termos como "master" impedia a entrada de pessoas negras. Isso entra muito no que você falou, isso não toca o problema estrutural mas é uma forma de varrer para baixo do tapete, e se quer trocar ambos os termos para esconder o problema real que está muito ligada à mercantilização da educação e da academia.
Li uma vez um livro sobre a história do Ruy Barbosa e da república (não me lembro do nome do livro nem do autor, só de que o encontrei no site do domínio público) e, em uma das passagens do livro que fala dos momentos finais da escravidão e do que aconteceu pós Lei Áurea, é dito que alguns grupos abolicionistas defendiam a queima de todo e qualquer arquivo que falasse ou fizesse alusão à esse período (escravidão), numa tentativa que beira ao infantil de tão rasa que foi de apagar esse passado sombrio do país e acabar com o preconceito racial que já era presente na época e que se intensificou com a abolição. Foi o clássico "fingir que nada aconteceu". Inclusive, foi nessa época que começaram a surgir os discursos de miscigenação, que eram uma forma de negar o racismo existente aqui nesse país. Imagine se isso tivesse acontecido, hoje a gente estaria numa discussão eterna se houve ou não escravidão no Brasil. Já consigo até imaginar o Brasil Paralelo fazendo vídeo sobre: "O mito da escravidão: como a esquerda te enganou a vida inteira". Hahahaha
Concordo plenamente! Caso exista preconceito, racismo num livro infantil, o importante é passar como era e que hj isso é ERRADO! Ao mudar um livro , alterar sua estória é somente para apagar o passado ! Fingir que nunca existiu !!! O certo é deixar como estar e , inclusive, comparar a realidade daquela época com a nossa! Assim a gente educa , sem enganar ou mentir!
Tô digitando com os pés, porque com as mãos, eu estou aplaudindo! Nunca tinha pensado por esse prisma e eu era super favorável a limitar acesso a obras que pudessem criar os próximos doidinhos de bairro. Inclusive, já vou compartilhar esse vídeo!
MANO, eu lembro de assistir esse ''SONG OF THE SOUTH'' (Som do sul) da disney, o filme passou tipo 2 vezes no SBT la nos anos 90, basicamente o filme e uma mistura de atores reais e personagens de desenho, na historia vemos umas crianças de uma fazenda perseguindo um coelho magico que e basicamente um estereotipo de um escravo que fugiu outro personagem e um homem negro que e basicamente um ex escravo, fora isso não lembro muito da historia do filme so que e um típico filme da disney la da epoca dos anos 60/70, um musical com algumas lições de moral, quando assisti eu era criança e não fazia a mínima ideia do contexto histórico do filme.
Na real, a Disney oculta esse filme porque no final a lição de moral não condena a escravidão. Coloca o personagem negro como um cara feliz servindo a família da fazenda. Eu me lembro desse filme porque gostava dele. Não por essa parte em específico... Mas enfim.... É errado esconder isso, porque é uma parte da história. As pessoas precisam aprender como o mundo era nessa época e o que era normalizado.
Eu assisti a Song of the South há alguns poucos anos no RUclips mesmo… já era escondido pela Disney… mas, ao mesmo tempo, é o filme que dá tema ao Splash Mountain, uma atração clássica do parque Magic Kingdom de Orlando e que ainda existe lá até hoje rs O filme é bem legalzinho e agradável de ver; é um musical com uma mistura de atores reais e desenhos animados. Mas também é um filme que retrata a escravidão de forma fantasiosa e bonitinha, além de usar o clichê do “negro mágico” que serve ao propósito de ajudar o menino branco com problemas rs (clichê que, aliás, está em tantos outros filmes até hoje)
@@Fcozer Até hoje, o coelho Quincas, Zé Grandão e João Honesto aparecem em histórias produzidas na Holanda, eu lembro de ver eles nos gibis e não saber de onde eram, até ver um trailler numa fita com o filme no modo Sing Along.
Eu adorava esse filme quando criança. Não entendia nada de escravidão, mas achava legal a história, personagens, filmagem etc. De repente vou assistir agora adulto pra ver quais serão minhas impressões.
Eu lembro da minha primeira aula de literatura, o primeiro capítulo do livro didático tinha um trecho de Fahrenheit 451 falando justamente sobre a importância da escrita como ferramenta de registro, expressão e alerta sobre erros do passado, bem como do perigo de descartar isso por qualquer motivo que seja. Gerou uma discussão muito interessante e que vale muito a pena ser revisitada
Na época que dava aula de História debate em sala de aula e cheguei na conclusão junto com os alunos que o melhor não era esconder mas fazer edições com comentários em obras problemáticas. Bom saber que tem uma edição assim na Alemanha
Parabéns pelo seu trabalho, sou professor no ensino médio de sociologia e seus comentários e visão macro da indústria cultural é muito benéfica no sentido de fomentar uma critica construtiva sobre nossa atualidade dicotômica entre "Esquerda / Direita". Muito do que vc profere faz parte do meu viés também. Tento sempre demonstrar para meus alunos todo o contexto de determinado assunto, pensando ainda que estamos no mundo do "cancelamento", é excelente para dar aquele chacoalhão no pensamento desses jovens e também dos veios. Obrigado e excelente trabalho. Parabéns.
Concordo em grande parte com o que falou, menos na parte das obras destinadas às crianças. Isso porque há toda uma tradição de versões simplificadas de obras consagradas que tentam "acessibilizar" obras consagradas para o público infantil, mas no fim reforçam a ideia de que as crianças devem ser constantemente tuteladas. Lembro que li muitas dessas obras durante o fundamental e elas contribuíram demais para que eu não gostasse de ler, afinal a obra era tão higienizada de complexidade que parecia se tornar uma listagem do argumento base, sem nenhum brilho, sem sabor. Como se ler alguma coisa fosse legal só para saber como termina a história.
Criança tem que ser tutelada e seu ponto fala como se complexidade de uma obra fosse definida pelo nível de preconceito que ela possui. São coisas diferentes. Uma obra não precisa tocar em nenhum dos problemas do vídeo para ser complexa.
Desde pequeno, nunca consegui ler essas versões. Não lembro com quem aprendi, mas se tinha "versão condensada" na contracapa eu nem lia, mesmo que fosse para ganhar nota
Tbem sempre odiei versão adaptada mas acho que o Lick quer dizer não fazer adaptação de livro adulto ou mesmo infantil cortando e retalhanto a história até ela ficar um pálido resumo incompreensível e com quase nenhuma relação com o original. Seria mais cortar ou substituir a linguagem ofensiva mantendo a integralidade de todo o resto do texto. Eu não tenho certeza se concordo pq dependendo da linguagem c precisa ter repertório pra perceber que é é ofensivo e esse repertório pode mudar de lugar pra lugar.. mas tbem se o texto entra em domínio publico cada um faz o que quer.
Parabéns pela eloquência no vídeo. Deve ser muito trabalhoso pesquisar esses fatos e levantar pontos importantes para a atualidade. Eu adoro releituras pelas diversas interpretações e reflexões que causam comparando com obras antigas. Mas como comparar quando essas obras antigas estão sendo apagadas? O problema desse apagamento é que daqui a pouco vão dizer que racismo, machismo e outras barbáries nunca existiram, que é invenção política, repetindo os mesmo erros, das mesmas ideologias, já que nunca ninguém tentou algo "diferente" (uma vez que não há registros para provar que o resultado de tais ideias não foram boas).
Um caso legal de fora dos quadrinhos, ligado à traduções é o do sherlock holmes onde são suprimidos a compulsão por substâncias e o uso de psicotrópicos.
Eu assino em baixo sobre o que foi exposto nesse vídeo. Eu também creio e já procurei defender esse mesmo ponto de vista em debates políticos na universidade. Mas tem uma galera que... Não consegue entender a proporia hipocrisia...
O que eu acho mais válido, pelo menos nos produtos que ainda são comercializados, série avisar antes. Em alguns streamings colocam um aviso antes e tals... mas mudar eu acho podre
Com relação ao Turma da monica que leio desde os anos 90, eu sinto falta das cenas onde o cebolinha apanhava... Hoje tá tão fresco o negócio, os personagens eram todos exagerados nos anos 90/2000 e até meados de 2010, depois disso foram perdendo mais e mais as caracteristicas... A monica tinha uma força tremenda, o cebolinha provocava ela em toda edição, no final SEMPRE apanhava, a magali comia de tudo e o tempo todo, o cascão não podia nem ver agua. Hoje o cebolinha raramente, muito raramente provoca a monica, a monica nunca bate nele, a magali não tem mais a gula, o cascão não odeia mais a agua...
Eu acho que uma nota de rodapé, ou uma página no início com um texto de um especialista já é o suficiente para a maioria das obras antigas com conteúdo recista etc..
concordo. a gente tem q acordar pra realidade de que a arte no brasil, se nao eh feita por quem tem dinheiro, eh feita pra quem tem dinheiro. esconder o que foi dito de podre nessas obras, nao se trata de "censura boa" mas sim de varrer pra debaixo do tapete uma podridão que nao foi resolvida, com fins de continuar vendendo. ate porque o que eh explicito se esconde, mas o que está implícito vai permanecer igual. eu só aplaudiria a remoção desses quadrinhos e filmes se houvesse também um devido processo legal em cima de tudo q foi dito. a responsabilidade nunca vem, temos torturadores do regime ditatorial do brasil aposentados vivendo livres por aí, temos nazistas, e por aí vai. nada de esconder. temos eh q ter denuncias!
É, tipo, falam que é crime, mas o que me diz da história do Bostil? Já houve justiça alguma vez por aqui? Um país onde o honesto e o justo é marcado como bandido e o escroto e o ímpio é idolatrado e tratado como rei ou inocentado de forma involuntária? O ser humano ganhou o livre arbítrio pra escolher o próprio destino, mas só Deus tem autoridade pra julgar a humanidade, pois, como diria Karl Marx, de boas intenções, o inferno está cheio.
Matou a pau. Trouxe muitas questões interessantissimas. Já vim aqui deixar comentários raivosos em outros videos que discordei da sua fala sobre o mesmo tipo de assunto e não me arrependo do que disse, no entanto, após esse video que voce fez fiquei contente de ver a conversa se aprofundando e não entrando do mimimi nem conservador e nem progressista. Realmente, vejo que não há só dois lados nessa e em outras questões atuais, é necessário sim aprofundar e abrir mais portas do que fecha-las para podermos evoluir como macro sociedade humana. Durante minha vida, o Futurismo por exemplo era muitas vezes referenciado como algo positivo por ser o caminho do progresso e de maneira muitas vezes ingenua ou irresponsavel por professores ou curadores de museus no Brasil. Apesar de não ser possivel nem desejável mudar o nome do movimento, agora que passamos dos anos 2000 (sempre muito referenciado como "os anos do futuro" em obras antigas) acho muito importante que a gente reflita sobre o significado da palavra futuro, e nossa responsabilidade para a construção dele. Parabens pelo vídeo.
A gente nunca pode esquecer que a leitura é sim um ato coletivo. Quando a gente lê, via de regra, comentamos com alguém. Então, no caso dos livros infantis, eu defendo que se mantenham as partes problemáticas e que os adultos responsáveis puxem uma conversa sobre.
Uma das máximas mais difundidas é "Aprender com o passado para não cometer os mesmos erros", mas, para isso temos que analisar o passado como ele foi, e não um passado reeditado.
NÃO se apaga o passado, o maior mérito dele é nos ensinar o que NÃO fazer mais. Esse tipo de censura só atrapalha, é uma colcha de retalhos falso-moralista e acaba se tornando munição pra oposição conservadora nos taxar de "Lacradores". Esse movimento de censura é CONTRA A HISTÓRIA da humanidade.
Pra mim são duas opções: - Mantém como está e adiciona notas de rodapé - Modifica e explica as modificações na nota de rodapé Mudar e fingir que sempre foi daquele jeito não dá! Com isso não estamos aprendendo com a história, estamos simplesmente fingindo que tudo é e sempre foi bom.
Me fez lembra da questão quando a obra Tintim no Congo tava pra ser proibida a venda por conta do conteúdo racista que a primeira versão (e a segunda) da obra possui.
Sobre a obra Príncipe Cativo, de C. S. Pacat, lendo o primeiro livro (vou pro segundo ainda), notei diversas situações problemáticas e comportamentos problemáticos no que diz respeito ao abuso sexual. No entanto, ao ficar chocado com algumas coisas logo de cara (e isso acontece quase em todo capítulo kkkk Sra Pacat não te deixa respirar), notei que para a sociedade descrita no livro, era tudo muito normal e essa visão é passada dentro dessa normalidade que as personagens tem com tudo o que está ocorrendo. O livro é ótimo (pra mim) e redondinho, no entanto eu não esperava a ausência da condenação de comportamentos abusivos e aqui a nota de roda pé ou o prefácio que o Linck fala seria de grande valor. Lógico que é uma obra pra maiores de 18 anos, mas em hoje em dia acho que é válido pegar na mão do leitor adulto e falar "olha, isso é estupro tá? Mesmo que seja normal na sociedade deles, não é na nossa, ta bom? Além disso, eles estão numa ficção" kkkkk Enfim, pode ser chatisse minha, mas como falei, você não vai ver uma fala do narrador que condene explicitamente certos atos, mas consegue perceber que ele está falando de outra sociedade uma vez que reforça muitas vezes "em tal lugar é assim" "em x lugar isso não acontece dessa forma" Enfim, recomendo muito, mas já adianto que é um conteúdo sensível nessa questão de abuso sexual, escravidão e escravidão sexual Eu sabia disso antes de comprar o livro? Sabia kkkkk mas fiquei um pouco "perplecto" ao ver os abusados e abusadores tratando tudo como uma terça feira
Entendo seu ponto, mas não concordo muito. Como você mesmo mencionou é uma obra sensual, para +18 onde a perspectiva mostrada é a do Damen, um personagem que nasceu em um reino fictício escravocrata, enviado como escravo a outro reino fictício e escravocrata e ele que ja conviveu com escravos esta agora sentindo na pele o que é ser um. Acho brutal o que foi demonstrado. Na minha opinião ficar explicando para o leitor é desnecessario por que a brutalidade é MOSTRADA e não FALADA , mesmo q em 3ª pessoa, de maneira intencional.. e depois de passar por essa experiência ele passa a ver a escravidão de maneira diferente ..
@@user-xf4hn1cc2p Opa, obrigado por responder, boa colocação! Mas sim, particularmente eu achei muito bom ser mostrado e não falado essa parte da brutalidade kkkk inclusive o Damen mudar o ponto de vista dele no final nem faria sentido já que não tem nenhum ponto de vista diferente pra ele refletir Mas eu sempre fico muito balançado nesses momentos, ao mesmo tempo que pra mim tudo o que você falou faz total sentido, eu tbm acho legal a notinha do editor no começo. Eu fico meio "não precisa, mas será que precisa? Será que é desnecessário ou seria um extra válido?" Kkkk é maluquice minha Todas as ficções que li, até as mais fantásticas acabam tendo um pesinho na nossa "moralidade" do que é certo ou errado, agora aqui eu me senti indo pra um mundo culturalmente diferente onde o que seria para a maioria das pessoas condenável aqui, lá é muito ok pra todos os envolvidos O capítulo onde eu comecei a notar esse detalhe da história foi num que o Damen ta no jardim e o Laurent fica mandando o Ancel fazer várias coisas. O Damen n pareceu preocupado com a situação mas em não querer que o Laurent conseguisse o que queria kkkk isso era um comportamento que eu não estava esperando mas que faz total sentido kkkk Mas é isso, obrigado pela sua colocação, acho que foi bom pra eu poder explicar melhor meus sentimentos conflitantes quanto a notinha do editor kkkk
O Filme a canção do Sul eu vi a minha infância inteira, tive uma trabalheira lazarenta pra conseguir baixar ele, e fico triste dele n estar disponível no Disney+ pq ele merece, é um filme lindinho
Faz tempo que penso que modificar obras é querer apagar a história. Só devemos colocar um aviso como alguns streamings fazem. Ou então obras para o público infantil até tudo bem criar uma versão alterada, mas sem acabar com as versões clássicas.
Tu é foda! Eu acho que estamos caminhando para uma "segregação do bem", onde nunca mais pode-se discutir as estruturas e foca-se muito nas feridas abertas.
Fazia tempo que não via um vídeo tão bom falando sobre cultura. Sou professora de artes e lido constantemente com essa linha higienista nas escolas, na internet e até na rotina do dia a dia. Está cada vez mais difícil explicar o quão nocivo é essa linha de pensamento, que estamos deturpando a realidade do que realmente é cultura. Tentar mostrar para certos grupos, por exemplo, o quanto apropriação cultural não possui sentido algum ou tentar compensar de tudo com reparação histórica, é tudo uma enorme loucura. Todo documento de cultura é um documento de barbárie
Eu não sei se você já terminou de ler a primeira parte de Chainsaw Man, mas isso que você falou nesse vídeo se encaixa como uma luva no plot Twist que o mangá trás no final. Seu vídeo me deu visão muito melhor da Makima, e agora ele se tornou uma vilã muito mais maligna para mim.
Cara, assisti recentemente um episódio do Pernalonga feito durante a segunda guerra onde ele imita Hitler e Stalin. E olha, nem é algo tão problemático assim, mas é bem interessante ver a forma que os dois são tratados no episódio. O episódio (que é até curto e bobinho) termina com Hitler abrindo um saco onde está o Pernalonga, e ao abrir ele dispara correndo pra longe. Aí o Pernalonga sai do saco mostrando está fantasiado de Stalin. Basicamente é um desenho importantíssimo nos EUA (e no resto do mundo) mostrando o Hitler como um vilão ridículo fugindo de medo ao ver Stalin. Stalin foi tecnicamente tratado como um herói, sendo poucos anos depois disso ele seria o "novo vilão" dos EUA.
Concordo com os pontos abordados no vídeo, assim como o estudo acadêmico de história, precisamos conhecer o passado por mais cruel e revoltante que seja para que possamos projetar um presente mais adequado para quem vive nele e para quem está por vir.
Que explicação sensacional! Eu como leitora de turma da Mônica até hoje fico revoltada com as alterações que eles fazem nas republicações dos almanaques. Tem uma que me recordo que é TÃO absurda que acabei concluindo que foi uma sátira dos editores para essa censura. É uma história em que o Cascão é confundido como líder de um grupo de mafiosos italianos, e esse grupo usa metralhadoras. O que a metralhadora virou na republicação? UMA LAGOSTA! Ficou completamente non sense na história, só pode ser zoeira dos editores, porque não é possível!
Entendo tudo isso como uma tentativa de se "jogar no lixo" coisas, frases e atitudes passadas que hoje seriam nada aceitas hoje em dia, mas como que de forma a apagar o passado, reescrever a história. Fingir que essas entidades que estão fazendo essa "limpeza" sempre agiram lindas e resplandecente, acima de qualquer erro humano. Penso ser um erro brutal, a gente no sabe pra onde vai se mal sabe de onde veio. E, assim, estamos fadados a cometer os mesmos erros de novo e de novo. Dureza 😥😥😥😥😥
Para que possamos desconstruir ideias precisamos conhecê-las. Utilizo obras racistas para explicar o que é RACISMO, por exemplo. Ótimo vídeo. Quero te levar em breve no Meteoro, no Empoderado e na Fórum. Abraços!
Eu concordo com você. Acho que suprimir todo um conteúdo problemático não vai ajudar. Até porque a história cultural tem que estar ali para ser estudado e nunca mais permitir que continue a existir preconceituos e extremistas. Quando você retira tudo isso da cultura, no caso quadrinhos mas pode ser em outras obras, em um contexto histórico você dá mais força para os nazifacistas do que ao povo que sofreu tais violências por tanto tempo. E, como você disse, não estão fazendo isso por ser "bonzinhos" e que se arrependeram de seu passado e sim para ganhar dinheiro de todos os públicos. Isso não estou incluindo a nudez do Chico Bento. É a única obra que eu até entendo. Cara, tem muita gente problemática por aí. Páginas, canais em redes sociais mesmo que sexualizam crianças. Eu vi com o intuito de denunciar. Tipo de coisa que eu queria desver. Então imagino que seja esse o motivo. É doentio ter que pensar que tem gente assim, mas existe infelizmente.
Em Porto Alegre, cancelaram (na base da pressão, de pessoas a favor e contra) o show da banda de Black metal Mayhem. Com a desculpa que a banda tinha membros neonazi. Enfim, tua fala no vídeo é perfeita e cabe pra música tb. Se quiser, comente. Vídeo necessário, valeu!
Lembro de um caso que quase lincharam integrantes de uma banda de metal cristão que quis tocar num evento de black metal. Mas faz muitos anos, e foi em Minas Gerais, se não me engano. No finado Orkut já cheguei a receber ameaças de metaleiros de BH só porque eu tinha uma comunidade fazendo piada com metaleiro que se levava a sério demais. É um submundo bem peculiar.
@Johnathan F. Stewardson fonte: vozes da sua cabeça. Gente que descobriu a banda semana passada querendo decretar o que os caras são ou não de forma totalmente arbitrária.
Inclusive tava acompanhando uma discussão sobre esse assunto, e talvez nem apagar isso pras crianças seja válido: um adulto ao ler os textos pra uma criança pode direcionar o pensamento ou até mesmo a criança pode perceber e discutir que o mundo não é tão bonzinho assim e já teve muitas falas violentas. Quando a gente tem contato com partes que nos incomodam, é uma oportunidade de discutir o quanto daquilo ainda continua de forma velada
Isso não é uma forma de tentar apagar o passado? É importante saber que o passado foi assim. É importante saber se progredimos em relação ao passado. E também é responsabilidade do leitor discernir o certo do errado.
Ótima contribuição pro debate, Linck! Toda obra possui um contexto histórico e sociocultural, e necessariamente irá reproduzi-lo de alguma forma, mesmo nas piores versões. Tentar mudar isso é querer apagar a História e impedir que o público veja inclusive o quão terríveis eram os preconceitos que essas obras propagavam ou reforçavam, e o quanto a sociedade evoluiu e progrediu desde então. Parece também existir uma noção de que toda obra é consumida sem nenhum senso crítico pelo público, algo que seria facilmente sanado com algum aviso, alerta ou algo do tipo. Fala mais sobre esse tema, queremos o vídeo da Saga do Tio Patinhas, abraço!
Assisti Pulp Fiction essa semana, que filme fenomenal, é muito bom pelo grandioso diretor Kentin Tarantino, e o motivo por eu estou abordando isso é porque seus filmes foram conhecidos por ter muita violência, nos anos 90 foi quando tivemos jogos como Doom e Mortal Kombat que fizeram pessoas discutirem muito sobre a violencia naquela epóca, Tarantino foi intrevistaram e perguntaram o porquê de tanta violência e Tarantino incomodado por está pergunta responde porque é divertido, melhor mostrar do que suprimir,assim como os Simpsons fizeram no passado.
Belo vídeo e reflexão....digo mais: mesmo do ponto de vista legal, é bastante questionável esse suposto direito dos detentores dos direitos autorais (patrimoniais) das obras de editá-las...especialmente considerando que os direitos morais do autor são inalienáveis, irrenunciáveis e compreendem, dentre outros, o direito de assegurar a integridade da obra e de, ele próprio, modificá-la..... Art. 24. São direitos morais do autor: IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra; V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada; §2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em domínio público. Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. No caso do Monteiro Lobato, por exemplo...o cara era racista/eugenista declarado....suavizar qualquer aspecto da obra dele nesse sentido iria contra o que o cara defendia, por mais errado que seja...o que não impede, como sugerido pelo cara do canal, de se fazer uma adaptação da obra original, com eventual supressão ou releitura de tais aspectos....mas republicar, como se fosse original, uma obra editada, é bem complicado mesmo...abs
Aqui no Brasil "Song of the South" saiu como "A Canção do Sul". Eu assisti várias vezes (lembro até da musiquinha), acho até que minha avó tinha gravado da TV esse filme. A situação do personagem negro é mais ou menos igual à da Tia Nastácia, no Pica-pau Amarelo: ele é um idoso que, apesar de não estar mais escravizado, fica na fazenda dos antigos senhores e conta historinhas pras crianças e parece super feliz em estar lá. Tipo "nossa, adoro ficar com esse povo que chicoteava todo mundo". 🙄
Parabéns pelo vídeo. Assino embaixo em tudo o que vc disse. É por isso que defendo a coexistência. Simplificando: deve ter sim versões adaptadas para crianças de obras do passado que possuem, mais por causa do contexto histórico em que elas foram produzidas do que qualquer coisa, conteúdos problemáticos, mas ao mesmo tempo versões com o conteúdo original, sem nenhuma alteração, mas com para textos, prefacio, introdução, posfácio, notas de rodapé e material de estudo explicando o pq de cada item problemático.
"...começar do zero". Sinistro pensar em quem atualmente se empenha tanto em degradar não somente a arte clássica (música, pintura, livros, etc), mas também quem as aprecia.
@@pedrodelacquila7648 não lembro onde li isso, mas era algo do tipo: em todo lugar, sempre haverá um idiota disposto a criticar alguém seja pelo que for XDD Creio que seja bem isso. O problema é que hoje em dia, idiotas querem ter razão e ainda silenciar toda e qualquer forma de contraditório :/
Acessibilidade responsável. Muito boa a sua proposta. Temos que lembrar que as obras são fruto de seu tempo e representam a mentalidade da época. São, portanto, uma forma de entendê-la.
Achei a reflexão muito interessante. E concordo que textos problemáticos devem ser acessíveis ao pensamento crítico. Eu gostaria de um esclarecimento sobre o humor, o pessoal do stand up defendem que o politicamente correto não cabe ao humor e eles podem falar o que quiserem, sem críticas. Não sei se cabe aqui uma reflexão sobre os limites seja do que for.
Acho que tem uns Humorista como o Pimenta e o Santineli que falam bastante sobre essa preguiça dos Humoristas de se reinventarem ou se considerarem intocáveis nos seus shows ou como se apoiam num discurso contra minorias. Aos poderosos eles São submissos
Stand-up comedy é tão arte quanto literatura, cinema, quadrinhos etc. e portanto deve gozar da mesmíssima liberdade. Se não gosta do teor do espetáculo, é só não ir. Caso dê uma chance e ainda sim não goste, basta publicar críticas negativas, por quaisquer meios (sem pedir censura, obviamente).
@@danilo.bittencourt A diferença é que nesse vídeo ele tá falando de obras já lançadas no passado. Um cartoon de Jim Crow ou propaganda nazista feito hoje deve ser derrubada pois se atribuem de contextos modernos. Então, nesse caso não tem o valor didático e apenas propaga essa ideologia. Não se deve apagar seu passado, mas deve os combater no presente. E como disse, o mesmo vale para o humor. Se é mais um grifter americano fazendo show minstrel, esbanjando misoginia redpill, incitando violência aos LGBT entre outros, devem ser criticados e combatidos sim, como qualquer arte que faça o mesmo hoje em dia. Humor negro e ácido não depende de ideologias do tipo, mas é fácil se apoiar com o preconceito dominante. Então não, não é "só não ver", esse pensamento é vazio.
@@danilo.bittencourt Tem um probleminha, desde Seinfield os shows não são restritos a um espetáculo num bar. Ganham mídia, tem programação na tv aberta, Canais badalados em redes sociais, elegem políticos etc
@@JhonataPactio e daí ? É só não dar audiência, desliga quando a TV quando aparecer, assim como eu desligo a TV quando começam a falar de "rac1sm0 estrutural", "feminicidio"
Gostei demais do vídeo, Alexandre! Concordo muito com a sua leitura: toda edição é, em alguma medida, o apagamento e a produção de novas e variadas violências, e, talvez, a maior delas seja o apagamento de rastros e a invenção de uma ficção legitimadora e estável sobre a realidade. Para acrescentar ao debate, eu sugiro um livro que não é exatamente oposto aos seus argumentos, mas consegue questionar e colocar o dedo na ferida sobre a literatura e o discurso hierarquizante de defesa à literatura, o que o faz tangenciar algumas questões que passam pela discussão dos livros problemáticos. Chama-se" A literatura como questão", do Marcos Natali. É um esforço bastante legítimo em pensar sobre temas espinhosos, e ainda que a princípio pareça ir um tanto contra à posição por você defendida, na verdade ele apenas nuança e complexifica ainda mais o debate. Vale a pena demais!
Falou tudo, Linck. Esse vídeo tinha q ser exibido e debatido nas escolas. O ocultamento de obras problemáticas só serve pra apagar da história as opressões, abusos e violências praticados por uma classe dominante q agora quer "limpar a próprio ficha", de modo q a sociedade esqueça q houve muita luta pra que pudéssemos superar esses problemas. É justamente esse apagamento histórico q permite o retorno dos mesmos processos opressivo no futuro. A gente precisa ter ciência do quão problemática foi e é a nossa sociedade e olhar isso de uma forma crítica para tentarmos evoluir.
A canção do Sul é um filme lindissimo, apagar da história da Disney é jogar fora o trabalho do elenco, dos animadores e de todos o resto. Vi com minha avó, (passou no SBT) e lembro da minha avó do lado me falar que o filme era na época da escravidão. O ENTRE PLANOS fez um vídeo incrivel mostrando toda a beleza do filme, e a Disney simplesmente limpar a mesinha dela pagando de que "nossa história sempre foi do bem" e privar a todos de um filme como esses é dose. Lembrei de um caso interessante, na edição de ouro da coleção TOM E JERRY, a Warner que a muito deletava e embranquiçava Mammy Two-Shoes, resolveu fazer uma intro no DVD, com a Whoopie Goldberg explicando a época, o contexto das animações e o gigante trabalho de dublagem de uma mulher negra que veio do rádio e se tornou dubladora e atriz. É isso que eu queria ver também em "a canção do Sul".
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Particularmente n concordo com td q ele disse, mas acho pertinente a discussão e essa cultura de cancelamento é ridícula.
Acho que seria uma boa falar do Machado de Assis e como varias de suas obras se aplicam hoje em dia.
Valeria um adendo na descrição(ou até um vídeo a parte) deixando claro se o próprio RUclips censurou o conteúdo e você teve que reeditar o vídeo ou se você se impôs isso pra evirar esse tipo de problema. Acho esse adendo muito pertinente a própria discussão, e mostra como é delicado se quer tentar expor as contradições e criticar materiais problemáticos.
Só pra constar, este canal não é independente, ele é vassalo das diretrizes do RUclips que determinam quanto, quando e como tudo deve ser publicado. Talvez vc nem perceba as concessões que faz em troca da vitrine que recebe aqui.
Mais honesto seria dizer tao independente quanto possível.
@@matheusemanueldossantos6759 ou seja, vc deseja censura.
Sou professor de Literatura e essa é uma questão essencial. Um exemplo: vejo muita gente dando aula de modernismo e falando de Futurismo como algo super legal, sem contextualizar o fato de que Marinetti foi o recheio do fascismo na Itália. Sem falar dos simpatizantes brasileiros que fizeram parte da nossa história literária. Não dá. Tem que tocar na ferida, sim.
Mas também não se pode incorrer no erro de generalizar e tomar parte por todo, por mais que o futurismo italiano tenha surgido no seu burguês, portanto reacionário, e tido laços com o fascismo, o futurismo é mais amplo que isso como quando se pensa no futurismo russo e no que Trotsky escreveu sobre o futurismo que não seria a arte por excelência da revolução russa, mas uma forma de educar e orientar o povo.
Um trechinho do texto "O Futurismo" do Trotsky:
"O futurismo russo nasceu numa sociedade que ainda cursava a escola preparatória da luta contra Rasputin e se aprestava para a revolução democrática de fevereiro de 1917.
Isso trouxe vantagens ao nosso
futurismo. Ele assimilou ritmos de movimentos, de ação, de ataques e de destruição ainda imprecisos.
Conduziu a luta por um lugar ao sol com mais dureza, resolução e barulho do que todas as escolas
precedentes, o que se conciliava com o atavismo dos seus rumores e dos seus pontos de vista. O jovem futurista, de certo, não ia às fábricas, mas fazia muito ruído nos cafés, derrubava estantes de música, enfiava a blusa amarela, pintava suas faces e, vagamente, ameaçava com o punho."
Ah bicho, perseguir livros é um passo classico DE QUALQUER DITADURA
Também não acho que essas obras devam ser alteradas em nenhum contexto da maneira como estão pretendendo. Na minha opinião, nem mesmo no caso dos que são voltados para crianças, como o vídeo sugere. Esses materiais simplesmente não servem mais para elas, e ponto. Não funciona como literatura de base nos moldes sociais atuais. Conteúdos problemáticos devem ser voltados para públicos mais maduros, estudiosos e afins. A situação toma uma natureza etária. Uma simples questão de contexto.
Porém, para fins de manter certos conteúdos relevantes e atualizados para públicos de menor idade, acho que uma solução seria criar uma versão inteiramente nova. Não no sentido de reescrever para maquiar tudo de uma vez e fingir que não aconteceu, mas de entregar aquele conteúdo na mão de um novo autor, devidamente creditado pela nova obra, para que um conteúdo funcional em sua proposta, que pode até talvez ser pensado para desconstruir esteriótipos passados, chegue até as crianças.
Acredito que isso poderia gerar um impacto mais real em todos os sentidos, pois, além de não higienizar o passado, que deve ser mantido em perspectiva, também não o faz na figura do autor original, que também não pode ter sua biografia revisada historicamente.
Com mudanças nos moldes que o vídeo apresentou, os responsáveis por essas grandes propriedades só querem uma revisão histórica bem lucrativa.
Só para contribuir com um testemunho real dessas mudanças que as editoras têm feito: no encadernado de número 19 da "Saga do Superman" da Panini, publicado recentemente, mais precisamente no final do segundo capítulo (Action Comics 643), o Superman volta a Metrópolis depois de um período ausente, e um telejornal anuncia esse retorno. Até aí tudo bem, porém a âncora do jornal lembra de uma conversa que teve com o herói no passado em que, em determinado momento, ele diz seu lema famoso (truth, justice and american way). Na tradução, porém, a frase está como "verdade, justiça e um amanhã melhor". Para quem não sabe, esse é o lema moderno que a editora adotou para o personagem se distanciar de um patriotismo esquisito para os dias de hoje.
O X da questão está no fato de, na mensal original, o "american way" estar lá. Eu mesmo fui atrás. É um quadrinho do finalzinho dos anos 80. O lema dele era simplesmente esse, pois não havia uma preocupação com a mensagem que isso transmitia para além da terra do Tio Sam.
Logo, meu palpite é que isso não é uma questão/erro de tradução, mas, sim, uma decisão editorial da DC, que deve ter alterado essa fala já na versão americana do encadernado que compila essa fase. Caso pensado de revisão.
Ironicamente, no começo dessa mesma história, assim que o Superman chega à Terra, ele pousa em um prédio em Metrópolis, com uma bela bandeira americana tremulando atrás dele, e pensa no quanto aquele mundo, aquela cidade, aquela terra é maravilhosa apesar dos pesares. Como tudo que ele estava vendo, todo aquele progresso era incrível apesar da poluição etc.
Sim, o quadrinho começa com essa babação e termina com a DC tentando fazer vc engolir que o personagem sempre teve esse discurso "positivo" em seu lema, não um patriotismo exacerbado que hoje gera frutos tão complicados.
É um revisionismo da marca que chega a ser nojento...
Perfeito! “Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.” Não podemos esquecer a história, nem deixar de contá-la. Precisamos saber que isso aconteceu/existiu e que hoje estamos fazendo um movimento em outra direção.
Exatamente!
É importante aprendermos com os erros do passado exatamente para que não se repita.
É pra isso que tem livro de história, não precisa ficar lendo livro racista
@@vinicius28730 mesmo
Que tenha muitos problemas(racismo, homofobia e etc), faz parte da história, e deve ser lembrado exatamente pra ninguém repetir o erro (claro que com aquela mensagem de que é um fruto de sua época e tal)
@@vinicius28730 Mas o livro de história, por si só, não explicita como funciona o racismo. Tu pode ver em vários imagens de propagandas nazistas, mas pouquíssimos se aprofundam em como elas operavam, como foi a construção da imagem por trás delas e no que exatamente "se apoiavam".
Essas obras são um registo histórico! Um registro não deve ser apagado/alterado porqur desagrada alguém.
Inclusive, eu defendo a mesma coisa que o Qns: O livro pode ter seu conteúdo original na íntegra, desde que seja explicitado (por meio de notas de rodapé e mais) qual a problemática por trás deles.
3:39 "Não dizer mais q ele é gordo, e sim imenso"
Quando a censura consegue ser mais ofensiva que a versão original KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
É igual já estão fazendo com a palavra "especial".
É uma alteração tão bocó que acredito que a real intenção é gerar marketing viral.
Ninguém melhor, que o saudoso jô soares, para ridicularizar isso.
Kkkkkkk
A censura bosta de militância urbana quer negar a realidade e dizer que uma pessoa gorda não é gorda aiaia
Hoje durante a aula de Língua Portuguesa, meu professor mostrou um áudio de uma narração do conto "Negrinha" de Monteiro Lobato.
De forma resumida, o conto conta a história de uma menina negra que sofre muito nas mãos de sua madrasta, sendo maltratada e em alguns casos, deixada com fome. Em uma parte desse conto, essa menina conhece as sobrinhas loiras da madrasta, que passam férias com ela. Elas trouxeram bonecas, nunca antes visto pela menina. O contato dessa menina com a boneca, fez ela sentir pela primeira vez, a sensação de felicidade. Porém, após o fim das férias, as sobrinhas foram embora, enquanto a menina passou os seus últimos momentos com muita infelicidade, até morrer de tristeza.
Alguns colegas chegaram até a chorar ao ouvir essa história. Mas o que me chamou a atenção, foi o fato dessa história ter sido escrita pelo Monteiro Lobato. Quando o professor quis saber da opinião de cada estudante, eu falei justamente disso. Ele me elogiou e se aprofundou sobre a questão do Monteiro Loabto ter sido racista, seja como autor ou pessoa mesmo. Todavia, ele havia dito para nós que deveríamos ser mais compreensíveis em relação ao contexto da época, na qual Lobato vivia. Então, aproveitei o gancho para descrever na sala, o que você havia dito nesse e outros vídeos do canal. De forma resumida, falei que mesmo que certas obras tenham um conteúdo polêmico, não devemos banir ou cancelar as mesmas, pois elas fazem parte do estudo do período em que foram lançadas. Mas também, acrescentei que é importante reconhecer a problemática presente nessas obras, ou seja, reconhecer o racismo, machismo, homofobia e outros problemas nelas.
Enfim, o texto ficou longo kkkkk.... no fim das contas, vim agradecer a você por ter falado no RUclips, essa opinião relevante nos dias de hoje. Ao falar disso, minha turma e meu professor, tivemos uma grande reflexão envolvendo obras do passado. Isso foi benéfico pro aprendizado. O que demonstra que o senhor não é somente um carismático criador de conteúdo na internet, mas também um ótimo professor que consegue muito bem trazer a tona várias questões importantes, as quais se tornam necessárias nas salas de aula. Você consegue cumprir aquilo que te motivou a criar o canal: incentivar o debate. Acredito que seus alunos devem se sentirem orgulhosos, ao terem um ótimo professor como você.
Enfim (definitivamente kkkkk), OBRIGADO LINCK!!! 😊
Seu professor de Língua Portuguesa ficaria orgulhoso de ler esse comentário gerado pela aula que vocês tiveram. Muito bacana seu relato sobre o conto "Negrinha".
Seu, seu bôbo! Como pode criticar pessoas e empresas que se empenham tanto em nome do nosso dinhei... digo, nossos direitos! XDD
Como é que TERCEIROS ousam criticar pessoas e empresas empenhadas a isso, na verdade.
Na edição que eu li de " Admirável Mundo Novo", tinha no prefácio um comentário do autor falando que até pensou em editar e corrigir algumas coisas do livro, mas que tinha medo de que se ao tirar os defeitos também tirasse parte das virtudes do livro.
Lá explica que toda ditadura persegue obras, como livros e filmes? O objetivo é re-PROGRAMAÇÃO MENTAL e panico moral.
isso me lembra do filme Bacurau, logo no fim do filme, no qual uma mulher olha para as manchas de sangue no museu e fala para as que iam limpar "deixe as marcas na parede, infelizmente", porque essa era a forma daquela população nunca esquecer do que um dia aconteceu naquele povoado
Sou muito fã de Lovecraft, então para mim essa polemica não é nenhuma novidade haha.
As duas edições da Darkside são um ótimo exemplo do que foi falado no vídeo. Lá temos textos de introdução e contextualização, notas de rodapé precisas e textos de apoio no final.
Essas coisas adicionam profundidade às histórias, já que além do cosmicismo e niilismo muito presente nos contos do Locecraft podemos perceber que também são um reflexo do "medo" que ele sentiu quando a pequena cidade que ele vivia começou a receber muitos imigrantes por conta da guerra e ele percebeu que o mundo era muito maior e complexo do que ele havia imaginado.
Dica para vídeo: análise do ciclo das Dreamlands do Lovecraft
Up
Opa, também tenho estas exatas edições e muito mais do desgraçado do Lovecraft, justamente por amar esse conceito de horror além do humano, mas que obviamente sempre vai falar muito mais sobre quem escreveu e seu contexto. Exemplo; qualquer obra de ficção cientifica, americana, que trata de aliens vai ter o conceito de "monstros estrangeiros que querem invadir e conquistar," como em "Tropas Estelares."
Já tiveram algumas edições que tentaram cortar, ou pior, inverter a mensagem do Howard, e graças a Azathoth, não vi ninguém aprovando a ideia, sendo praticamente unanime que era necessário manter o original para sempre lembrarmos do qual veio a surgir esse subgênero e como com o passar do tempo ele foi evoluindo e se desprendendo dessas bases, até não ter mais uma ligação direta com a obra do H.P. (ou melhor, como em Lovecraft Country que se propõe a subverter todo o racismo dos Mitos de Cthulhu e até da ficção cientifica como um todo)
polemica pra quem gosta de polemizar. É tudo TERROR MORAL ridiculo e forçado
@@rafaelvilas4230 Concordo, nunca levei muito a sério. Dá pra perceber que quem quer cancelar e censurar nunca leu nada dele.
@@rodolfomares1938 A "fandom" de Lovecraft, graças a Yog Sothoth, é bem conciente em reconhecer as qualidades e defeitos da obra e do autor. Por isso ele ainda se mantêm fora dessa bolha do cancelamento, os próprios fãs não iriam admitir isso.
Parecido com o que aconteceu com Berserk, do qual sou fã também e fiquei de cara quando tentaram cancelar haha
Comenta sim sobre a saga do tio patinhas. É o negócio mais sensível que já vi um artista contratado pela Disney produzir. Chorei em alguns momentos confesso.
Eu li e reli a saga do Tio Patinhas diversas vezes e certamente há momentos que me deixou triste a ponto de pensar na minha vida para não cometer os mesmos erros que Patinhas, porém eu gosto bastante da Obra e sempre vou guarda-la com carinho.
Saga do Tio Patinhas é foda! Merece muito um vídeo.
Época que a Disney era boa
Adorei aqueles três livros, muito muito bem escrito, um livro pra vida toda
Também quero!
A maioria dos influenciadores estão defendendo o politicamente correto para pagar de boa alma pro seu público. Parabéns pela coragem em dizer o que precisa ser dito, não é a toa que seu canal é um dos melhores.
Eu, como pessoa lgbtq+, compreendo bastante os pontos do Linck.
O livro "Bom-Crioulo" é o primeiro exemplar brasileiro a falar sobre homoafetividade, mas tem seus problemas devido à época em que foi escrito e ao gênero literário que se caracteriza.
Ou seja, tem seus deméritos, mas não perde seus méritos.
cara eu vi a minha professora falando sobre ele na aula de literatura, ele parece ser bem daora, me lembrou um pouco banana fish qnd ela falou sobre
Tive que ler esse livro na faculdade e achei uma obra muito interessante exatamente por perceber os problemas, mas também a beleza do que foi feito ali. Fiquei muito surpreso quando vi vários colegas apenas condenando o livro como se nem devesse ser lido mais... mas bixo, ali era um curso superior! Exatamente o lugar mais ideal do mundo para ler de modo crítico as obras, respeitando o legado sem ocultar a história.
Acho que o povo tá simplista demais das idéias
É um documento de sua época, a gente entende o pensamento do período através dele.
Também já li esse livro. É problemático, tanto por causa do racismo da época, q acreditava q o homem negro era violento e forte. Mas é uma das primeiras obras brasileiras sobre o homoerotismo. Tem obras mais recentes, como "O amor dos homens avulsos" de Victor Heranger q já não é racista. Acho q uma obra reflete muito o contexto histórico em q é escrita. Na época do "Bom-Crioulo" racismo nem era considerado como crime
Existe pessoa LGBTQXYZ?
Faz algum tempo entrei em uma polêmica no meu trabalho com a questão do Monteiro Lobato. Achei incompreensível que a maioria queria censurar toda a obra desse autor, devido ao racismo. Ponderei que não existe um especialista em literatura que não confirme a importância da obra, mas não fui ouvido inicialmente, então argumentei que era preciso entender a época de lançamento dos livros, evitando o anacronismo, inclusive era uma fornte rica de compreensão do período, mas fui novamente hostilizado, então partindo desse princípio, comecei a indicar que Platão deveria ser igualmente censurado, pois ele era contrário a democracia. Só depois disso as pessoas começaram a me dar razão. Estudamos Platão, entre outras coisas, também para para entender e valorizar a democracia, de forma crítica. Assim como devemos ler Lobato, para inclusive entender o período que sua obra foi feita. No fundo, a cultura é uma força mutante, assim sempre fico pensando como os leitores do futuro vão enxergar a nossa sociedade, ou seja, será que vão tentar entender como pensamos o mundo ou vão apenas ficar horrorizados com nossas crenças atuais, censurando toda a produção cultural atual.
Monteiro Lobato é a pqp e vc endossar racismo te faz racistam cuidado viu FALAR ISSO NA INTERNET É UMA COISA PESSOALMENTE É OUTRA. DEFENDER ESSE AUTOR RACISTA MAU CARATRR PESSOALMENTE PODE TE FAZER SER AGREDIDO. ESSE SEU JEITINHO SONSO NAO PASSA BATIDO
@@andromedaretro antes de mais nada. NÃO SOU SONSO! Não fico xingando as pessoas na Internet protegido atrás de uma tela, portanto, não aceito ser xingado. O que procuro fazer é argumentar, debater ideias, se você não consegue e procura agredir, então vai procurar sua turma. Agora se está aberto ao debate, então vamos lá.
Não estou defendendo Lobato, estou defendendo que não deve existir censura a obra de Lobato, mesmo e principalmente devido ao seu racismo. Isso é bem diferente de defender o racismo, coisa que não faço. Obras racistas não devem ser censuradas, exatamente pela denúncia e para a aproximação da compreensão do universo mental da obra. Além disso, o próprio Linck já exemplificou o quanto é tacanho fazer levantamento moral de autores, ao invés de sairmos exigindo a "queima de livros" devemos ser "saqueadores" e retirar das obras o que nos convém. Heidegger era nazista e nem por isso os filósofos e estudantes de filosofia deixam de ler a sua obra, que também é muito importante, mas isso não significa defender o nazismo.
Veja o vídeo do Linck novamente, se é que viu, e tente entender o argumento central de que não existe censura do bem.
@@eduardoreis7147 Acho q vc caiu em um bait.
@@andromedaretromeu ovo.
Primeira vez que vejo um vídeo tão qualificado sobre esse assunto polêmico. Parabéns!
Sobre apagar o problema e fingir que ele não existe, eu só penso nas inúmeras conversões étnicas que agora acontecem em HQ e animações Disneys. Sobre as princesas uma historiadora preta falou que não vê com bons olhos essa iniciativa, pois não abre espaço para estórias e contos de fadas da cultura afrodescendente, apenas empurram ainda mais para debaixo do tapete essas personagens.
exatamente mano, qq custa coletar contos africanos, que tem muitos e fazer filmes disso, bom que é coisa nova na industria
Gostei da ideia da acessibilidade responsável. Textos introdutórios e notas de roda pé são boas soluções
Exato!
Mas isso se faz há séculos já, nada de novo
@@yin_xing Ou seja a solucao já tem Inércia. É só continuar nesse rumo.
@@alexandredesouza3692 inércia? Não não. Notas de rodapé e "censura do bem", que é o que estão fazendo agora, já existe há muito tempo
@@yin_xing Texto introdutório não é censura.
"Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado."
- George Orwell
Tipo one piece
Quantos são dois mais dois, winston?
Daqui a pouco um fanático de twitter vem brigar com você "ai o Orwell era fascista, ele fez criticas a governos comunistas"
1984. fantastico
🤢🤮
O momento que definirá se o Linck será cancelado ou não
Linck só mostrou o quanto a esquerda social-democrática hoje é burra e principalmente muito facistinha coisa que eu já via há muito tempo por ser de um lado mais revolucionário e radical da força vermelha
Só há cancelamento na própria base, não de" estrangeiros". Todo o resto é publicidade. rs
nada, quanto mais vc fala isso, menos acontece. igual aquele povo que fala "vai virar meme, hein". nunca vira
Nem existe cancelamento na real. Os ditos cancelados só ganham é mais hype na propaganda gratuita.
Cancelinck
Cara vc abriu a minha mente kkkkkkkkk "aquele que não aprende com seus erros está fadado ao fracasso", é literalmente isso. Precisamos de saber como era no passado por meio dessaa obras pra vermos como era horrível, a exemplos de racismo, machismo e misoginia. Amo seu trabalho, não sei como não tem uns milhões de inscritos! Muito sucesso
Eu como estudante de História acho isso um absurdo. É basicamente apagar o passado em vez de abordá-lo com um olhar crítico. E tudo isso em nome do lucro. Penso que toda produção artística e fictícia, por mais abominável que seja, tem o direito de existir pra que possamos reagir a ela e tentar compreender o indivíduo e a sociedade da qual ele fez parte.
e como eu falo. nos estamos tratando a sociedade como se fosse uma criança, o problema e que as vezes parece que não conseguimos tratar de outra forma. Perdemos a maturidade e a complexidade e estamos nos afundando em medos e preconceitos que vão se já não estão nos levando ao fundo poço.
Por causa de uma parte da sociedade que não é madura, acabamos tratar a sociedade como um todo como algo imaturo
@@soladordepro, É, tão vendo muito filme da Disney, tá foda.
Concordo o certo não é proibir mas ter as notas de rodapé explicando e desmentindo tais obras.
Nota de rodapé é interessante.
''desmentindo'' kkkkk, muito narcisismo isso.
@@ale895 tu e chatao isso sim.
nada, cada um que use sua inteligencia. Panico moral FORÇADO
@@rafaelvilas4230classificação indicativa seria Pânico moral seguindo essa lógica. Um parágrafo de aviso não te impede de consumir essas obras.
07:43 Me orgulho de dizer que ainda tenho sim essa obra... A tradução correta é A CANÇÃO DO SUL, e amo desde a infância tendo reassistido recentemente, inclusive... porque ao contrário do que se pensa, ao meu ver, ela na verdade faz uma reflexão sobre o racismo, pois coloca um senhor negro -- que no contexto em que se passa a história é um ex-escravizado -- como um contador de histórias conhecido em toda região como um homem sábio... Em resumo o roteiro conta a amizade de um garoto branco e de família rica com este contador de histórias e como todas as lições que ele aprendia com o senhor o inspiram e o ajudam a amadurecer e até a aprender como resolver muitos problemas de sua vida, chegando até a ajudá-lo já no final do filme quando ele adoece... O racismo contido na obra é porque a mãe do garoto obviamente não vê com bom olhos que ele brinque com as crianças filhos de ex-escravizados da região e nem que se junte à elas para ouvir tais histórias, então a história seria na verdade sobre MOSTRAR COMO ESTAS PESSOAS RACISTAS ESTÃO ERRADAS! O que gera incômodo também porque mulheres e homens negras e negros são mostrados sim como trabalhadores da fazenda -- mas isso de fato foi o que aconteceu no período pós escravidão e ainda perdura, então volto a repetir que o filme tem muito mais camadas e não mostrar estas cenas exclui a chance de que se possa debater sobre este período da história e sobre o que realmente o filme tem a dizer! Acho que mais da metade das pessoas que são a favor de deletar este filme da história sequer PARARAM PARA ASSISTI-LO INTEIRO!!!
...o que,veja só, é completamente diferente de Monteiro Lobato... Que chegava a chamar literalmente de MACACA uma mulher negra! Como se fosse o recurso "narrativo" mais "natural" do mundo... ¬¬
Que trabalhão vocês deviam ter tido para driblar a censura do RUclips, ironicamente
É muito triste que em pleno 2023 ainda se precise falar o óbvio, mas é ao mesmo tempo gratificante que ainda hajam vozes que se prestem a falar sobre. Ótimo conteúdo.
5:29 Eu tenho o encadernado com a saga completa, vale muito a pena você falar sobre ela para a galera perder esse preconceito com as histórias do Tio Patinhas
19:02 Vale ressaltar que o Nascimento de uma Nação foi o primeiro filme exibido na Casa Branca, pelo presidente Woodrow Wilson em 1915 ( Wilson por sinal era Doutor em História, professor universitário e já tinha sido até Diretor acadêmico)
Tentaram por diversas vezes censurar "O Nascimento de Uma Nação" e essa aura de proibido só fez transformar o filme em um objeto de culto dos racistas. Penso que podem existir maneiras mais inteligentes de lidar com isso.
Boa observação. Esse status de objeto de culto é o que acontece com livros integralistas como "A Quarta Humanidade" do Plínio Salgado, que é como um "Mein Kampf" de careca integralista e integralista. Uma vez tive a "honra" de ver e ouvir num boteco dois carecas debatendo "a quarta humanidade" como se fossem iniciados de alto grau numa seita de babacas.
O "efeito Streisand"
Extremista já não gosta de um ocultismo né
Proibir a GENESI da Hollywood, a empresa mais racista da historia?
Então o Monark estava certo?
Como professor de literatura, concordo contigo. As obras devem ser problematizadas e não "amenizadas". Como se não existisse preconceito na atualidade. O que acontece, ao me ver, é que grandes empresas querem fazer mais dinheiro vendendo "neutralidade" para se acomodar no terreno da cultura de massa. Quando tu falou de Benjamin, deu vontade de ir aí te dar um abraço! Valeu pelo vídeo!
como se os USA não fosse o país mais racista das americas
@@rafaelvilas4230, É, essa lacração fica achando que o mundo deveria ser um paraíso pra eles, mas porra nenhuma, o mundo-real é o mundo-real, cheio de problemas onde a solução não é bem-vinda, mas sim proibida.
Sensato dms
Colocar fogo no passado n vai fzr ele deixar de existir , só vai apagar as provas disso
A história tem que existir pra que nos não repitamos ela
Excelente opinião!!!! Temos que lutar por isso, não dá mais para essas empresas ficarem apagando suas histórias, isso tem que ficar exposto, é um absurdo fazer isso
Ganhou meu like dessa vez, Linck. Uma reflexão: um dos motivos para essa reescritura do passado está em 1984, do Orwell, “Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente controla o passado”. Inclusive lembro de um trecho do livro que trata de uma da tarefas do Ministério da Verdade, que era reescrever tudo que existe em novilíngua. Dito isto, muita gente que quer reescrever o passado não quer ensinar o que é errado, e sim o que ela acha certo, suprimindo qualquer coisa que ela ache errada. Isso não seria Fascismo Cultural?
Pra quem acompanha o qns há algum tempo, não há novidades nesse vídeo, o Linck se posiciona assim já faz um tempo, ele só aglutinou isso em um vídeo só (tenho a impressão de que em alguma live do caos ele também discorreu sobre o assunto te forma mais aprofundada, mas pode ser falsa memória)
A de duas semanas atrás se bem me lembro
Na área da engenharia da computação rolou um debate sobre os termos "slave" e "master" de dispositivos I2C. Queriam trocar para "controller" e "responder" porque, nos termos deles, há muitos poucos negros se formando nessa área e o uso de termos como "master" impedia a entrada de pessoas negras. Isso entra muito no que você falou, isso não toca o problema estrutural mas é uma forma de varrer para baixo do tapete, e se quer trocar ambos os termos para esconder o problema real que está muito ligada à mercantilização da educação e da academia.
Ainda bem que existem pessoas com senso crítico como você que acredita na crítica e não na censura. Visão em profundidade, parabéns!
Li uma vez um livro sobre a história do Ruy Barbosa e da república (não me lembro do nome do livro nem do autor, só de que o encontrei no site do domínio público) e, em uma das passagens do livro que fala dos momentos finais da escravidão e do que aconteceu pós Lei Áurea, é dito que alguns grupos abolicionistas defendiam a queima de todo e qualquer arquivo que falasse ou fizesse alusão à esse período (escravidão), numa tentativa que beira ao infantil de tão rasa que foi de apagar esse passado sombrio do país e acabar com o preconceito racial que já era presente na época e que se intensificou com a abolição. Foi o clássico "fingir que nada aconteceu". Inclusive, foi nessa época que começaram a surgir os discursos de miscigenação, que eram uma forma de negar o racismo existente aqui nesse país. Imagine se isso tivesse acontecido, hoje a gente estaria numa discussão eterna se houve ou não escravidão no Brasil. Já consigo até imaginar o Brasil Paralelo fazendo vídeo sobre: "O mito da escravidão: como a esquerda te enganou a vida inteira". Hahahaha
Concordo plenamente! Caso exista preconceito, racismo num livro infantil, o importante é passar como era e que hj isso é ERRADO!
Ao mudar um livro , alterar sua estória é somente para apagar o passado ! Fingir que nunca existiu !!!
O certo é deixar como estar e , inclusive, comparar a realidade daquela época com a nossa!
Assim a gente educa , sem enganar ou mentir!
Tô digitando com os pés, porque com as mãos, eu estou aplaudindo! Nunca tinha pensado por esse prisma e eu era super favorável a limitar acesso a obras que pudessem criar os próximos doidinhos de bairro. Inclusive, já vou compartilhar esse vídeo!
MANO, eu lembro de assistir esse ''SONG OF THE SOUTH'' (Som do sul) da disney, o filme passou tipo 2 vezes no SBT la nos anos 90, basicamente o filme e uma mistura de atores reais e personagens de desenho, na historia vemos umas crianças de uma fazenda perseguindo um coelho magico que e basicamente um estereotipo de um escravo que fugiu outro personagem e um homem negro que e basicamente um ex escravo, fora isso não lembro muito da historia do filme so que e um típico filme da disney la da epoca dos anos 60/70, um musical com algumas lições de moral, quando assisti eu era criança e não fazia a mínima ideia do contexto histórico do filme.
Na real, a Disney oculta esse filme porque no final a lição de moral não condena a escravidão. Coloca o personagem negro como um cara feliz servindo a família da fazenda. Eu me lembro desse filme porque gostava dele. Não por essa parte em específico... Mas enfim.... É errado esconder isso, porque é uma parte da história. As pessoas precisam aprender como o mundo era nessa época e o que era normalizado.
Eu assisti a Song of the South há alguns poucos anos no RUclips mesmo… já era escondido pela Disney… mas, ao mesmo tempo, é o filme que dá tema ao Splash Mountain, uma atração clássica do parque Magic Kingdom de Orlando e que ainda existe lá até hoje rs
O filme é bem legalzinho e agradável de ver; é um musical com uma mistura de atores reais e desenhos animados. Mas também é um filme que retrata a escravidão de forma fantasiosa e bonitinha, além de usar o clichê do “negro mágico” que serve ao propósito de ajudar o menino branco com problemas rs (clichê que, aliás, está em tantos outros filmes até hoje)
traumatizou? Pensa que o certo é escravizar os outros? Isso é panico moral chefe, e é para criar CENSURA
@@Fcozer Até hoje, o coelho Quincas, Zé Grandão e João Honesto aparecem em histórias produzidas na Holanda, eu lembro de ver eles nos gibis e não saber de onde eram, até ver um trailler numa fita com o filme no modo Sing Along.
Eu adorava esse filme quando criança. Não entendia nada de escravidão, mas achava legal a história, personagens, filmagem etc. De repente vou assistir agora adulto pra ver quais serão minhas impressões.
Eu lembro da minha primeira aula de literatura, o primeiro capítulo do livro didático tinha um trecho de Fahrenheit 451 falando justamente sobre a importância da escrita como ferramenta de registro, expressão e alerta sobre erros do passado, bem como do perigo de descartar isso por qualquer motivo que seja. Gerou uma discussão muito interessante e que vale muito a pena ser revisitada
Na época que dava aula de História debate em sala de aula e cheguei na conclusão junto com os alunos que o melhor não era esconder mas fazer edições com comentários em obras problemáticas. Bom saber que tem uma edição assim na Alemanha
Parabéns pelo seu trabalho, sou professor no ensino médio de sociologia e seus comentários e visão macro da indústria cultural é muito benéfica no sentido de fomentar uma critica construtiva sobre nossa atualidade dicotômica entre "Esquerda / Direita". Muito do que vc profere faz parte do meu viés também. Tento sempre demonstrar para meus alunos todo o contexto de determinado assunto, pensando ainda que estamos no mundo do "cancelamento", é excelente para dar aquele chacoalhão no pensamento desses jovens e também dos veios. Obrigado e excelente trabalho. Parabéns.
Concordo em grande parte com o que falou, menos na parte das obras destinadas às crianças. Isso porque há toda uma tradição de versões simplificadas de obras consagradas que tentam "acessibilizar" obras consagradas para o público infantil, mas no fim reforçam a ideia de que as crianças devem ser constantemente tuteladas. Lembro que li muitas dessas obras durante o fundamental e elas contribuíram demais para que eu não gostasse de ler, afinal a obra era tão higienizada de complexidade que parecia se tornar uma listagem do argumento base, sem nenhum brilho, sem sabor. Como se ler alguma coisa fosse legal só para saber como termina a história.
Criança tem que ser tutelada e seu ponto fala como se complexidade de uma obra fosse definida pelo nível de preconceito que ela possui. São coisas diferentes. Uma obra não precisa tocar em nenhum dos problemas do vídeo para ser complexa.
Desde pequeno, nunca consegui ler essas versões. Não lembro com quem aprendi, mas se tinha "versão condensada" na contracapa eu nem lia, mesmo que fosse para ganhar nota
mas crianças devem ser constantemente tuteladas. vc tá mirando na censura e acertando no liberalismo
Tbem sempre odiei versão adaptada mas acho que o Lick quer dizer não fazer adaptação de livro adulto ou mesmo infantil cortando e retalhanto a história até ela ficar um pálido resumo incompreensível e com quase nenhuma relação com o original. Seria mais cortar ou substituir a linguagem ofensiva mantendo a integralidade de todo o resto do texto. Eu não tenho certeza se concordo pq dependendo da linguagem c precisa ter repertório pra perceber que é é ofensivo e esse repertório pode mudar de lugar pra lugar.. mas tbem se o texto entra em domínio publico cada um faz o que quer.
Parabéns pela eloquência no vídeo. Deve ser muito trabalhoso pesquisar esses fatos e levantar pontos importantes para a atualidade. Eu adoro releituras pelas diversas interpretações e reflexões que causam comparando com obras antigas. Mas como comparar quando essas obras antigas estão sendo apagadas? O problema desse apagamento é que daqui a pouco vão dizer que racismo, machismo e outras barbáries nunca existiram, que é invenção política, repetindo os mesmo erros, das mesmas ideologias, já que nunca ninguém tentou algo "diferente" (uma vez que não há registros para provar que o resultado de tais ideias não foram boas).
Um caso legal de fora dos quadrinhos, ligado à traduções é o do sherlock holmes onde são suprimidos a compulsão por substâncias e o uso de psicotrópicos.
Eu assino em baixo sobre o que foi exposto nesse vídeo. Eu também creio e já procurei defender esse mesmo ponto de vista em debates políticos na universidade. Mas tem uma galera que... Não consegue entender a proporia hipocrisia...
2:13 muito triste ver quadrinhos na sarjeta de dentro do quarto de motel.
O que eu acho mais válido, pelo menos nos produtos que ainda são comercializados, série avisar antes. Em alguns streamings colocam um aviso antes e tals... mas mudar eu acho podre
Com relação ao Turma da monica que leio desde os anos 90, eu sinto falta das cenas onde o cebolinha apanhava...
Hoje tá tão fresco o negócio, os personagens eram todos exagerados nos anos 90/2000 e até meados de 2010, depois disso foram perdendo mais e mais as caracteristicas...
A monica tinha uma força tremenda, o cebolinha provocava ela em toda edição, no final SEMPRE apanhava, a magali comia de tudo e o tempo todo, o cascão não podia nem ver agua.
Hoje o cebolinha raramente, muito raramente provoca a monica, a monica nunca bate nele, a magali não tem mais a gula, o cascão não odeia mais a agua...
Eu acho que uma nota de rodapé, ou uma página no início com um texto de um especialista já é o suficiente para a maioria das obras antigas com conteúdo recista etc..
concordo. a gente tem q acordar pra realidade de que a arte no brasil, se nao eh feita por quem tem dinheiro, eh feita pra quem tem dinheiro. esconder o que foi dito de podre nessas obras, nao se trata de "censura boa" mas sim de varrer pra debaixo do tapete uma podridão que nao foi resolvida, com fins de continuar vendendo. ate porque o que eh explicito se esconde, mas o que está implícito vai permanecer igual. eu só aplaudiria a remoção desses quadrinhos e filmes se houvesse também um devido processo legal em cima de tudo q foi dito. a responsabilidade nunca vem, temos torturadores do regime ditatorial do brasil aposentados vivendo livres por aí, temos nazistas, e por aí vai. nada de esconder. temos eh q ter denuncias!
E também temo um monte de dondocas v... por aí.
É, tipo, falam que é crime, mas o que me diz da história do Bostil? Já houve justiça alguma vez por aqui? Um país onde o honesto e o justo é marcado como bandido e o escroto e o ímpio é idolatrado e tratado como rei ou inocentado de forma involuntária? O ser humano ganhou o livre arbítrio pra escolher o próprio destino, mas só Deus tem autoridade pra julgar a humanidade, pois, como diria Karl Marx, de boas intenções, o inferno está cheio.
Matou a pau. Trouxe muitas questões interessantissimas.
Já vim aqui deixar comentários raivosos em outros videos que discordei da sua fala sobre o mesmo tipo de assunto e não me arrependo do que disse, no entanto, após esse video que voce fez fiquei contente de ver a conversa se aprofundando e não entrando do mimimi nem conservador e nem progressista.
Realmente, vejo que não há só dois lados nessa e em outras questões atuais, é necessário sim aprofundar e abrir mais portas do que fecha-las para podermos evoluir como macro sociedade humana.
Durante minha vida, o Futurismo por exemplo era muitas vezes referenciado como algo positivo por ser o caminho do progresso e de maneira muitas vezes ingenua ou irresponsavel por professores ou curadores de museus no Brasil. Apesar de não ser possivel nem desejável mudar o nome do movimento, agora que passamos dos anos 2000 (sempre muito referenciado como "os anos do futuro" em obras antigas) acho muito importante que a gente reflita sobre o significado da palavra futuro, e nossa responsabilidade para a construção dele.
Parabens pelo vídeo.
A gente nunca pode esquecer que a leitura é sim um ato coletivo. Quando a gente lê, via de regra, comentamos com alguém. Então, no caso dos livros infantis, eu defendo que se mantenham as partes problemáticas e que os adultos responsáveis puxem uma conversa sobre.
Uma das máximas mais difundidas é "Aprender com o passado para não cometer os mesmos erros", mas, para isso temos que analisar o passado como ele foi, e não um passado reeditado.
Rapaz do céu, vvc tem uma habilidade incomparável de irritar todo mundo né kkkkk adorei o video, parabéns pela trabalho
Nossa mn, que pena que nada das coisas que tão acontecendo vão mudar...
Não precisamos de regulamentação, se precisamos de algo é de qualidade na educação. Capacitar as pessoas à interpretação e à crítica.
Os dois também servem.
NÃO se apaga o passado, o maior mérito dele é nos ensinar o que NÃO fazer mais. Esse tipo de censura só atrapalha, é uma colcha de retalhos falso-moralista e acaba se tornando munição pra oposição conservadora nos taxar de "Lacradores". Esse movimento de censura é CONTRA A HISTÓRIA da humanidade.
Kkkkkk
Pra mim são duas opções:
- Mantém como está e adiciona notas de rodapé
- Modifica e explica as modificações na nota de rodapé
Mudar e fingir que sempre foi daquele jeito não dá! Com isso não estamos aprendendo com a história, estamos simplesmente fingindo que tudo é e sempre foi bom.
Me fez lembra da questão quando a obra Tintim no Congo tava pra ser proibida a venda por conta do conteúdo racista que a primeira versão (e a segunda) da obra possui.
Sobre a obra Príncipe Cativo, de C. S. Pacat, lendo o primeiro livro (vou pro segundo ainda), notei diversas situações problemáticas e comportamentos problemáticos no que diz respeito ao abuso sexual. No entanto, ao ficar chocado com algumas coisas logo de cara (e isso acontece quase em todo capítulo kkkk Sra Pacat não te deixa respirar), notei que para a sociedade descrita no livro, era tudo muito normal e essa visão é passada dentro dessa normalidade que as personagens tem com tudo o que está ocorrendo.
O livro é ótimo (pra mim) e redondinho, no entanto eu não esperava a ausência da condenação de comportamentos abusivos e aqui a nota de roda pé ou o prefácio que o Linck fala seria de grande valor. Lógico que é uma obra pra maiores de 18 anos, mas em hoje em dia acho que é válido pegar na mão do leitor adulto e falar "olha, isso é estupro tá? Mesmo que seja normal na sociedade deles, não é na nossa, ta bom? Além disso, eles estão numa ficção" kkkkk
Enfim, pode ser chatisse minha, mas como falei, você não vai ver uma fala do narrador que condene explicitamente certos atos, mas consegue perceber que ele está falando de outra sociedade uma vez que reforça muitas vezes "em tal lugar é assim" "em x lugar isso não acontece dessa forma"
Enfim, recomendo muito, mas já adianto que é um conteúdo sensível nessa questão de abuso sexual, escravidão e escravidão sexual
Eu sabia disso antes de comprar o livro? Sabia kkkkk mas fiquei um pouco "perplecto" ao ver os abusados e abusadores tratando tudo como uma terça feira
Entendo seu ponto, mas não concordo muito. Como você mesmo mencionou é uma obra sensual, para +18 onde a perspectiva mostrada é a do Damen, um personagem que nasceu em um reino fictício escravocrata, enviado como escravo a outro reino fictício e escravocrata e ele que ja conviveu com escravos esta agora sentindo na pele o que é ser um. Acho brutal o que foi demonstrado. Na minha opinião ficar explicando para o leitor é desnecessario por que a brutalidade é MOSTRADA e não FALADA , mesmo q em 3ª pessoa, de maneira intencional.. e depois de passar por essa experiência ele passa a ver a escravidão de maneira diferente ..
@@user-xf4hn1cc2p
Opa, obrigado por responder, boa colocação!
Mas sim, particularmente eu achei muito bom ser mostrado e não falado essa parte da brutalidade kkkk inclusive o Damen mudar o ponto de vista dele no final nem faria sentido já que não tem nenhum ponto de vista diferente pra ele refletir
Mas eu sempre fico muito balançado nesses momentos, ao mesmo tempo que pra mim tudo o que você falou faz total sentido, eu tbm acho legal a notinha do editor no começo. Eu fico meio "não precisa, mas será que precisa? Será que é desnecessário ou seria um extra válido?" Kkkk é maluquice minha
Todas as ficções que li, até as mais fantásticas acabam tendo um pesinho na nossa "moralidade" do que é certo ou errado, agora aqui eu me senti indo pra um mundo culturalmente diferente onde o que seria para a maioria das pessoas condenável aqui, lá é muito ok pra todos os envolvidos
O capítulo onde eu comecei a notar esse detalhe da história foi num que o Damen ta no jardim e o Laurent fica mandando o Ancel fazer várias coisas. O Damen n pareceu preocupado com a situação mas em não querer que o Laurent conseguisse o que queria kkkk isso era um comportamento que eu não estava esperando mas que faz total sentido kkkk
Mas é isso, obrigado pela sua colocação, acho que foi bom pra eu poder explicar melhor meus sentimentos conflitantes quanto a notinha do editor kkkk
O Filme a canção do Sul eu vi a minha infância inteira, tive uma trabalheira lazarenta pra conseguir baixar ele, e fico triste dele n estar disponível no Disney+ pq ele merece, é um filme lindinho
Estou fazendo meu TCC sobre cinema e violência e a parte final desse vídeo me deu umas ótimas ideias. Muito obrigado por esse conteudinho.
Esse também é o meu entendimento, como professor, de que essas obras possam sim ser acessadas.
"Absurdo é justamente querer esconder elas" Disse tudo nesta frase
Faz tempo que penso que modificar obras é querer apagar a história.
Só devemos colocar um aviso como alguns streamings fazem. Ou então obras para o público infantil até tudo bem criar uma versão alterada, mas sem acabar com as versões clássicas.
Tu é foda! Eu acho que estamos caminhando para uma "segregação do bem", onde nunca mais pode-se discutir as estruturas e foca-se muito nas feridas abertas.
"segregação"?
@@Chirashin Tipo de só acadêmicos e escritores terem acesso a obras históricas hoje consideradas como racistas.
Fazia tempo que não via um vídeo tão bom falando sobre cultura. Sou professora de artes e lido constantemente com essa linha higienista nas escolas, na internet e até na rotina do dia a dia. Está cada vez mais difícil explicar o quão nocivo é essa linha de pensamento, que estamos deturpando a realidade do que realmente é cultura. Tentar mostrar para certos grupos, por exemplo, o quanto apropriação cultural não possui sentido algum ou tentar compensar de tudo com reparação histórica, é tudo uma enorme loucura. Todo documento de cultura é um documento de barbárie
Eu não sei se você já terminou de ler a primeira parte de Chainsaw Man, mas isso que você falou nesse vídeo se encaixa como uma luva no plot Twist que o mangá trás no final. Seu vídeo me deu visão muito melhor da Makima, e agora ele se tornou uma vilã muito mais maligna para mim.
A verdade é importante não importa o quão detestável, monstruosa e grotesca seja.
Cara, assisti recentemente um episódio do Pernalonga feito durante a segunda guerra onde ele imita Hitler e Stalin. E olha, nem é algo tão problemático assim, mas é bem interessante ver a forma que os dois são tratados no episódio.
O episódio (que é até curto e bobinho) termina com Hitler abrindo um saco onde está o Pernalonga, e ao abrir ele dispara correndo pra longe. Aí o Pernalonga sai do saco mostrando está fantasiado de Stalin.
Basicamente é um desenho importantíssimo nos EUA (e no resto do mundo) mostrando o Hitler como um vilão ridículo fugindo de medo ao ver Stalin.
Stalin foi tecnicamente tratado como um herói, sendo poucos anos depois disso ele seria o "novo vilão" dos EUA.
Isso me lembra o 1984 de George Orwell: "Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado."
Concordo! Obras literárias são reflexo de um período histórico. Excelente oportunidade de aprendizagem e não deve ser alterado por uma ideologia.
09:07 - PCO botando pra quebrar em cima dos "reaça" 😂😂😂😂
Concordo com os pontos abordados no vídeo, assim como o estudo acadêmico de história, precisamos conhecer o passado por mais cruel e revoltante que seja para que possamos projetar um presente mais adequado para quem vive nele e para quem está por vir.
Que explicação sensacional!
Eu como leitora de turma da Mônica até hoje fico revoltada com as alterações que eles fazem nas republicações dos almanaques.
Tem uma que me recordo que é TÃO absurda que acabei concluindo que foi uma sátira dos editores para essa censura. É uma história em que o Cascão é confundido como líder de um grupo de mafiosos italianos, e esse grupo usa metralhadoras. O que a metralhadora virou na republicação? UMA LAGOSTA! Ficou completamente non sense na história, só pode ser zoeira dos editores, porque não é possível!
Entendo tudo isso como uma tentativa de se "jogar no lixo" coisas, frases e atitudes passadas que hoje seriam nada aceitas hoje em dia, mas como que de forma a apagar o passado, reescrever a história. Fingir que essas entidades que estão fazendo essa "limpeza" sempre agiram lindas e resplandecente, acima de qualquer erro humano.
Penso ser um erro brutal, a gente no sabe pra onde vai se mal sabe de onde veio. E, assim, estamos fadados a cometer os mesmos erros de novo e de novo.
Dureza 😥😥😥😥😥
Faz parte de um contexto histórico, um momento, e nada reoresenta hoje.
Para que possamos desconstruir ideias precisamos conhecê-las. Utilizo obras racistas para explicar o que é RACISMO, por exemplo. Ótimo vídeo. Quero te levar em breve no Meteoro, no Empoderado e na Fórum. Abraços!
pensei nele fazendo participação no Meteoro na hora!! faz mto sentido! sucesso pra vocês
Eu concordo com você. Acho que suprimir todo um conteúdo problemático não vai ajudar. Até porque a história cultural tem que estar ali para ser estudado e nunca mais permitir que continue a existir preconceituos e extremistas. Quando você retira tudo isso da cultura, no caso quadrinhos mas pode ser em outras obras, em um contexto histórico você dá mais força para os nazifacistas do que ao povo que sofreu tais violências por tanto tempo. E, como você disse, não estão fazendo isso por ser "bonzinhos" e que se arrependeram de seu passado e sim para ganhar dinheiro de todos os públicos. Isso não estou incluindo a nudez do Chico Bento. É a única obra que eu até entendo. Cara, tem muita gente problemática por aí. Páginas, canais em redes sociais mesmo que sexualizam crianças. Eu vi com o intuito de denunciar. Tipo de coisa que eu queria desver. Então imagino que seja esse o motivo. É doentio ter que pensar que tem gente assim, mas existe infelizmente.
Em Porto Alegre, cancelaram (na base da pressão, de pessoas a favor e contra) o show da banda de Black metal Mayhem. Com a desculpa que a banda tinha membros neonazi. Enfim, tua fala no vídeo é perfeita e cabe pra música tb. Se quiser, comente. Vídeo necessário, valeu!
Lembro de um caso que quase lincharam integrantes de uma banda de metal cristão que quis tocar num evento de black metal. Mas faz muitos anos, e foi em Minas Gerais, se não me engano. No finado Orkut já cheguei a receber ameaças de metaleiros de BH só porque eu tinha uma comunidade fazendo piada com metaleiro que se levava a sério demais. É um submundo bem peculiar.
@Johnathan F. Stewardson fonte: vozes da sua cabeça. Gente que descobriu a banda semana passada querendo decretar o que os caras são ou não de forma totalmente arbitrária.
Inclusive tava acompanhando uma discussão sobre esse assunto, e talvez nem apagar isso pras crianças seja válido: um adulto ao ler os textos pra uma criança pode direcionar o pensamento ou até mesmo a criança pode perceber e discutir que o mundo não é tão bonzinho assim e já teve muitas falas violentas. Quando a gente tem contato com partes que nos incomodam, é uma oportunidade de discutir o quanto daquilo ainda continua de forma velada
Me faltam adjetivos no meu vocabulário pra dizer o quanto eu amei esse vídeo. Obrigado.
Só espero q seja pelos motivos certos.
Acho um cúmulo esse video só ter 121 mil visualizações e o React do Luba desse video ter mais de 300 mil. Realmente parece um parasitismo de conteúdo
Isso não é uma forma de tentar apagar o passado?
É importante saber que o passado foi assim. É importante saber se progredimos em relação ao passado.
E também é responsabilidade do leitor discernir o certo do errado.
Mas o leitor não tem a bola de cristal e todo o conhecimento do mundo
Exato quem apaga passado para construir um novo é facista
Ótima contribuição pro debate, Linck!
Toda obra possui um contexto histórico e sociocultural, e necessariamente irá reproduzi-lo de alguma forma, mesmo nas piores versões.
Tentar mudar isso é querer apagar a História e impedir que o público veja inclusive o quão terríveis eram os preconceitos que essas obras propagavam ou reforçavam, e o quanto a sociedade evoluiu e progrediu desde então.
Parece também existir uma noção de que toda obra é consumida sem nenhum senso crítico pelo público, algo que seria facilmente sanado com algum aviso, alerta ou algo do tipo.
Fala mais sobre esse tema, queremos o vídeo da Saga do Tio Patinhas, abraço!
Assisti Pulp Fiction essa semana, que filme fenomenal, é muito bom pelo grandioso diretor Kentin Tarantino, e o motivo por eu estou abordando isso é porque seus filmes foram conhecidos por ter muita violência, nos anos 90 foi quando tivemos jogos como Doom e Mortal Kombat que fizeram pessoas discutirem muito sobre a violencia naquela epóca, Tarantino foi intrevistaram e perguntaram o porquê de tanta violência e Tarantino incomodado por está pergunta responde porque é divertido, melhor mostrar do que suprimir,assim como os Simpsons fizeram no passado.
Belo vídeo e reflexão....digo mais: mesmo do ponto de vista legal, é bastante questionável esse suposto direito dos detentores dos direitos autorais (patrimoniais) das obras de editá-las...especialmente considerando que os direitos morais do autor são inalienáveis, irrenunciáveis e compreendem, dentre outros, o direito de assegurar a integridade da obra e de, ele próprio, modificá-la.....
Art. 24. São direitos morais do autor:
IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra;
V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;
§2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em domínio público.
Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.
No caso do Monteiro Lobato, por exemplo...o cara era racista/eugenista declarado....suavizar qualquer aspecto da obra dele nesse sentido iria contra o que o cara defendia, por mais errado que seja...o que não impede, como sugerido pelo cara do canal, de se fazer uma adaptação da obra original, com eventual supressão ou releitura de tais aspectos....mas republicar, como se fosse original, uma obra editada, é bem complicado mesmo...abs
Me fazendo pensar e entender o mundo de forma melhor, valeu Link
Cara esse é simplesmente teu melhor vídeo. Acessibilidade responsável desses materiais é o ideal. Parabéns!
Simplesmente, quem não estuda a história A REPETE
Aqui no Brasil "Song of the South" saiu como "A Canção do Sul". Eu assisti várias vezes (lembro até da musiquinha), acho até que minha avó tinha gravado da TV esse filme. A situação do personagem negro é mais ou menos igual à da Tia Nastácia, no Pica-pau Amarelo: ele é um idoso que, apesar de não estar mais escravizado, fica na fazenda dos antigos senhores e conta historinhas pras crianças e parece super feliz em estar lá. Tipo "nossa, adoro ficar com esse povo que chicoteava todo mundo". 🙄
05:30 Queremos muuuuito, sim!!! Nostalgia pura! Saudades imensas da MAGA PATALÓGICA!! Quem lembra???^^
Parabéns pelo vídeo. Assino embaixo em tudo o que vc disse. É por isso que defendo a coexistência. Simplificando: deve ter sim versões adaptadas para crianças de obras do passado que possuem, mais por causa do contexto histórico em que elas foram produzidas do que qualquer coisa, conteúdos problemáticos, mas ao mesmo tempo versões com o conteúdo original, sem nenhuma alteração, mas com para textos, prefacio, introdução, posfácio, notas de rodapé e material de estudo explicando o pq de cada item problemático.
"...começar do zero". Sinistro pensar em quem atualmente se empenha tanto em degradar não somente a arte clássica (música, pintura, livros, etc), mas também quem as aprecia.
"Você é o que você come", e nessas tem sempre a chance de te chamarem de X,y,z por ter consumido ou deixado de consumir mídia
@@pedrodelacquila7648 não lembro onde li isso, mas era algo do tipo: em todo lugar, sempre haverá um idiota disposto a criticar alguém seja pelo que for XDD Creio que seja bem isso. O problema é que hoje em dia, idiotas querem ter razão e ainda silenciar toda e qualquer forma de contraditório :/
Acessibilidade responsável. Muito boa a sua proposta. Temos que lembrar que as obras são fruto de seu tempo e representam a mentalidade da época. São, portanto, uma forma de entendê-la.
Achei a reflexão muito interessante. E concordo que textos problemáticos devem ser acessíveis ao pensamento crítico. Eu gostaria de um esclarecimento sobre o humor, o pessoal do stand up defendem que o politicamente correto não cabe ao humor e eles podem falar o que quiserem, sem críticas. Não sei se cabe aqui uma reflexão sobre os limites seja do que for.
Acho que tem uns Humorista como o Pimenta e o Santineli que falam bastante sobre essa preguiça dos Humoristas de se reinventarem ou se considerarem intocáveis nos seus shows ou como se apoiam num discurso contra minorias. Aos poderosos eles São submissos
Stand-up comedy é tão arte quanto literatura, cinema, quadrinhos etc. e portanto deve gozar da mesmíssima liberdade. Se não gosta do teor do espetáculo, é só não ir. Caso dê uma chance e ainda sim não goste, basta publicar críticas negativas, por quaisquer meios (sem pedir censura, obviamente).
@@danilo.bittencourt A diferença é que nesse vídeo ele tá falando de obras já lançadas no passado. Um cartoon de Jim Crow ou propaganda nazista feito hoje deve ser derrubada pois se atribuem de contextos modernos. Então, nesse caso não tem o valor didático e apenas propaga essa ideologia. Não se deve apagar seu passado, mas deve os combater no presente.
E como disse, o mesmo vale para o humor. Se é mais um grifter americano fazendo show minstrel, esbanjando misoginia redpill, incitando violência aos LGBT entre outros, devem ser criticados e combatidos sim, como qualquer arte que faça o mesmo hoje em dia.
Humor negro e ácido não depende de ideologias do tipo, mas é fácil se apoiar com o preconceito dominante. Então não, não é "só não ver", esse pensamento é vazio.
@@danilo.bittencourt Tem um probleminha, desde Seinfield os shows não são restritos a um espetáculo num bar. Ganham mídia, tem programação na tv aberta, Canais badalados em redes sociais, elegem políticos etc
@@JhonataPactio e daí ? É só não dar audiência, desliga quando a TV quando aparecer, assim como eu desligo a TV quando começam a falar de "rac1sm0 estrutural", "feminicidio"
Gostei demais do vídeo, Alexandre! Concordo muito com a sua leitura: toda edição é, em alguma medida, o apagamento e a produção de novas e variadas violências, e, talvez, a maior delas seja o apagamento de rastros e a invenção de uma ficção legitimadora e estável sobre a realidade.
Para acrescentar ao debate, eu sugiro um livro que não é exatamente oposto aos seus argumentos, mas consegue questionar e colocar o dedo na ferida sobre a literatura e o discurso hierarquizante de defesa à literatura, o que o faz tangenciar algumas questões que passam pela discussão dos livros problemáticos. Chama-se" A literatura como questão", do Marcos Natali. É um esforço bastante legítimo em pensar sobre temas espinhosos, e ainda que a princípio pareça ir um tanto contra à posição por você defendida, na verdade ele apenas nuança e complexifica ainda mais o debate. Vale a pena demais!
Tremendo vídeo, Linck. Mas eu sou o cínico que acha que as corporações vão sair dessa deboas, com apoio gratiluz do Twitter. Sai muito mais barato.
Falou tudo, Linck. Esse vídeo tinha q ser exibido e debatido nas escolas. O ocultamento de obras problemáticas só serve pra apagar da história as opressões, abusos e violências praticados por uma classe dominante q agora quer "limpar a próprio ficha", de modo q a sociedade esqueça q houve muita luta pra que pudéssemos superar esses problemas. É justamente esse apagamento histórico q permite o retorno dos mesmos processos opressivo no futuro. A gente precisa ter ciência do quão problemática foi e é a nossa sociedade e olhar isso de uma forma crítica para tentarmos evoluir.
A canção do Sul é um filme lindissimo, apagar da história da Disney é jogar fora o trabalho do elenco, dos animadores e de todos o resto. Vi com minha avó, (passou no SBT) e lembro da minha avó do lado me falar que o filme era na época da escravidão. O ENTRE PLANOS fez um vídeo incrivel mostrando toda a beleza do filme, e a Disney simplesmente limpar a mesinha dela pagando de que "nossa história sempre foi do bem" e privar a todos de um filme como esses é dose. Lembrei de um caso interessante, na edição de ouro da coleção TOM E JERRY, a Warner que a muito deletava e embranquiçava Mammy Two-Shoes, resolveu fazer uma intro no DVD, com a Whoopie Goldberg explicando a época, o contexto das animações e o gigante trabalho de dublagem de uma mulher negra que veio do rádio e se tornou dubladora e atriz. É isso que eu queria ver também em "a canção do Sul".