Já que o vídeo repercutiu bastante, vamos lá: 1. não promovi o cancelamento de ninguém. Inclusive continuo bem feliz com Marvels e Reino do Amanhã aqui. Quem sempre comenta "agora que vou ler e assistir" tá viajando. Por que eu falaria de artistas caso eu quisesse que nós não falássemos deles??? 2. já disse no vídeo, mas reitero. Não chamei Ross nem Snyder de fascistas. Disse que seus trabalhos bebem dessa estética. Algo bem diferente. 3. Em momento algum disse que o leitor e espectador desses artistas são todos fascistas enrustidos. Apontei uma tendência pela direção contrária (que os comentários estão comprovando): entre os mais autoritários, anti-intelectualistas e violentos, esses artistas são muito queridos. No mais, fica o convite: APOIE-NOS no Catarse, ajude a Sarjeta a continuar independente, conheça as recompensas! www.catarse.me/quadrinhosnasarjeta
Respondendo aà resposta 2, Veja o vídeo à partir do 0:23 e veja se vc não afirma que eles são os artistas expoentes do facismo. Aí vc pode reafirmar que não disse o que disse. Se não, seu vídeo foi pura eisegese sofisticada.
são os Snyderfags q assistiram sem o audio do video ligado kkkkk, reiterei varias vezes esse ponto no TT, quando falamos em "estética fascista" isso não diz necessariamente que a pessoa em si seja fascista, essa estética já é algo esteriotipada na industria como vc mesmo disse( eu ainda preciso me aprofundar mais no assunto) .Por mais q eu ache o conceito ruim, não dá pra associá-lo a um mero reflexo de uma suposta hegemonia estilística publicitária hoje em dia. Bom, de uma forma ou de outra os filmes do Snyder ainda são ruins
@@QuadrinhosNaSarjeta Vamos lá: 0:00 - "Esse vídeo que SERÀ sobre heroísmo, triunfo, patriotismo, MAS TAMBÈM sobre estética NAZI-FACISTA, cafonice do Alex Ross e a falta de idéias do Zack Snyder..." 0:09 "Já faz algum tempo em que estão me pedindo para falar sobre estética nazi-fascista, OU MELHOR, estética totalitária. O termo está um tanto em DESUSO, mas serve de guarda-chuva e que nos ajuda à entender melhor o que foi todo u processo histórico aí e que afeta uma série de produções da cultura pop". 0:23 - "Muitos artistas hoje em dia, SÂO GRANDES EXPOENTES dessa estética totalitária, ENTRE ELES figuras COMO Alex Ross, Zack Snyder e outros..." 1:14 - "... quando ele (Alex Ross) precisa vilanizar alguém, quando ele precisa pensar num inimigo, ele evoca o imaginário do comunismo. E bicho, essa capa é igual àquelas propagandas NAZI-FAcISTA do "fantasma do comunismo". Bom, essa foi a introdução do tema e sobre o que seria dito, ou seja, segundo suas próprias palavras, O TERMO ESTÈTICA TOTALITÀRIA NÂO SE USA MAIS, mas define-se que a produção dos artistas sejam todas nazi-fascistas. E daí vai adiante falando que tudo o que fazem são nazi-fascistas. Não me leve à mal. Sou hermeneuta e o vídeo não é meu. Melhore as apresentações que faz, inclusive com as as consoantes, vogais e pausas da dicção. Gosto dos vídeos, acho que vc tem um bom trabalho, trás boas reflexões, mas nesse caso em específico, fez uma eisegese mal feita à ouvidos um pouco mais treinados.
@@Jyudah Sim, depois falo especificamente da estética nazifascista. Por causa disso chamei eles de facho por acaso? Por curiosidade, com quais autores e linhas teóricas da hermenêutica vc trabalha?
Eu acho que bate bem essa arte grandiosa para os heróis da DC por que diferente dos personagens da Marvel, os medalhões da DC são essencialmente deuses/lendas vivas. Mas nunca tinha parado pra fazer essa associação com a arte do Alex Ross (minha referência de trabalho dele é o Reino do Amanhã que eu gosto muito e não tinha visto essa capa tosca da guerra). Uma curiosidade sobre as estátuas e esculturas gregas e romanas é que elas eram todas coloridas, mas perderam a tinta com o tempo, então ficou essa impressão de que o mármore "puro" refletia o ideal estético (de cor branca, claro). Convenientemente esquecendo que gregos e romanos da antiguidade não eram "brancos" europeus no sentido entendido hoje.
Curto MUITO o trabalho do Alex Ross e enquanto desenhista eu me identifico as vezes com esse culto ao clássico. Vídeo muito interessante, realmente coloca as coisas em perspectiva, parabéns pela leitura, estou me inscrevendo! 🙃
Te entendo perfeitamente, é gritante esse culto ao clássico. Eu tô em um grupo de desenhos no WhatsApp (mais tô quase saindo) os desenhos seguem esse padrão:homens musculoso e mulheres com corpo cheio de curva.
@@alvarolopes4456 são vícios né brother? A gente quer demonstrar destreza e habilidade e acaba revivendo essa estética idealizada hahaha é complicado evoluir
Putz, ia me esquecendo! A nossa visão da Antiguidade greco-romana é tão sem-noção que só muito recentemente os círculos cultos (inclusive os especialistas!) deram o braço a torcer e as estátuas greco-romanas começam a ser vistas como foram produzidas: POLICROMADAS, e não naquele branquinho imaculado que vem sendo impingido faz séculos.
calma lá: a policromia é conhecida pelo menos desde o século 18 - inclusive essa descoberta (bem como a difusão da descoberta) foi um dos fatores que levaram à constituição de um neoclassicismo ainda mais idealizado (que se pretendia melhor que as próprias expressões clássicas da antiguidade, mais fiel à forma ideal que se considerava perfeita)
Eu gosto de arte totalitária em HQs. E adoro as artes de Alex Ross. Essa estética me apraz, independentemente do seu(s) sentido(s) histórico(s). Não compreendo como alguém pode negar o prazer visual estético, que deverasmente sente, por ela conter uma representatividade política e ideológica. Quase ninguém fala... “mesmo que tal linha artística possua tal e tal historicidade ou significado, eu gosto da estética”. Prazer estético não é racional. Vc vê e gosta, ou desgosta. A racionalização ideológica vem depois independentemente da sua reação emocional e espontânea quanto à estética. Arte totalitária está nas HQs do gênero “super-heróis” desde seus primórdios. Alex Ross simplesmente mimetiza o que era usado em demasia nos clássicos.
sim e é o que foi dito. nao é sobre gostar ou nao e sim perceber que todo o imaginario do heroi de onde bebem os hqs de herois tem conceitos moralistas e virtuosos, conceitos iguais aos que fascistas beberam. percebe? uma coisa é achar que o video tenha chamados estes autores de nazistas, outra é perceber que o que foi dito é: "alguns autores e artistas maximizam os mesmos conceitos que fascistas beberam" e é so isso. nada foi dito como "ei vc que le ross vc é um racista".
@Adam Christian Muito comum, corriqueiro e replicado desde a origem dos quadrinhos de Supers. E mesmo antes disso, nas artes das capas da literatura pulp heróis já eram representados dessa forma.
2 года назад+13
Mais ou menos. Isso tem efeitos colaterais. A mente humana não tem acesso à realidade como ela é porque nosso cérebro é limitado (não conseguimos ver átomos ou acontecimentos em galáxias distantes, por exemplo). Por isso o cérebro usa filtros e nos diz que esses filtros são a realidade em si. E desses filtros nascem as opiniões, gostos, valores etc. E os filtros são produzidos exatamente pelas culturas, ou seja, pelo seu acervo imediato de idéias: os livros que vc lê, os filmes que vê, as músicas que ouve etc. A cultura produz as pessoas. Se vc tem uma estética cultural fascista, é difícil imaginar que há comportamentos fascistas como subproduto dela? Um bom exemplo disso é esse moralismo de cartório que impera hoje em todo lugar. Outro exemplo bem visível: padrões de beleza corporal, que contribuem pra exclusão de pessoas e lotam as clínicas de estética com jovens e até adolescentes de famílias endinheiradas. Então veja que a estética não é algo tão inocente assim, ela produz um tipo de filtro sobre a realidade que leva as pessoas a julgarem as coisas segundo os interesses de sabe-se lá quem. A esse respeito, sugiro a leitura de Quem Pagou a Conta: a CIA na Guerra Fria da Cultura, de Frances Stonor Saunders.
@ vc esta 100% correto, mas é ineficaz. Pessoas com esse viés sao endurecidas e cegas. Negam principalmente q este seja um fato.
2 года назад+5
@@RMarchiori Sim, infelizmente. Sou professor e constato esse fenômeno em sala de aula quase todos os dias. No entanto, acredito que mesmo esse endurecimento é subproduto de um viés que foi adquirido em algum momento, pela mídia de massa, pelas igrejas evangélicas, por essa estética fascista etc etc. O que nos cabe é continuar lutando.
Já havia assistido sua análise/ vídeo correlacionando a crítica de Jack Kirby ao fascismo em The Fourth World que considero excelente e compartilhei. Vou continuar assistindo. Parabéns pelo seu conhecimento e abordagem. Se houver disponível, vou acompanhar outros conteúdos semelhantes. Desejo sucesso para vc e para o canal!
Os nazistas não inventaram uma estética, se apropriaram da estética modernista, juntaram com a neoclássica anterior, e saíram coisas como os prédios do Albert Speer e os filmes da Riefesthal. Alex Ross faz algo muito parecido com as pinturas do período romântico, que bebe da mesma fonte que o neoclassisismo, a Antiguidade. O elo é esse, não "hur dur, Ross copiou os nazis".
Tem um pouco da arte produzida e reproduzida por regimes totalitários sim na arte de Alex Ross. Olhando a obra como um todo você percebe que existe elementos que se repetem, há uma idealização e enaltecimento de valores apontados no vídeo. Concordo que existem outras referências que não são citadas neste vídeo mas ignorar características particulares de um artista é desonestidade.
15:47 mas nesse caso o Lex Luthor também tem uma pegada meio autoritária Ele é um grande admirador da arte e da filosofia, ele está sempre usando um discurso cativante e carismático, além de pregar um desprezo pelas instituições democráticas e usar da violência contra os diferentes
cara wtf, o seu canal fala de quadrinhos e mangá pelo que andei assistindo, coisa que eu nem acompanho, procuro mais sobre as demais formas de arte e mídias de entretenimento por aí, mas seu canal é, de qualquer forma, uma obra prima política e social falando sobre mídias de entretenimento e arte no geral. Sinceramente eu gostaria de ter conhecido antes!
Faço das suas as minhas palavras. Eu descobri ele no twitter pq os INCELS/Hetero TOPS surtaram com esse vídeo aí kkkkkkk foi o melhor canal q me inscrevi em 2022.
eu tbm! nem conheço muito de quadrinhos, cai aqui por causa de um video de Kamen Rider Black Sun (esse sim, curto muito) e achei a abordagem FODA! muito seria, muito rigorosa, muito divertida
Referências Bibliográficas: 19:09 - Berardi, Franco, and Regina Silva. Depois do futuro. Ubu Editora LTDA-ME, 2019. 19:15 - Groys, Boris. Art power. MIT press, 2008. 19:20 - Documentário: Arquitetura da Destruição, Peter Cohen 19:30 - BUCK-MORSS, Susan. "Mundo de sonho e catástrofe: o desaparecimento da utopia de massas na União Soviética e nos Estados Unidos." Florianópolis: UFSC (2018).
Seu canal foi um achado pra mim esse ano. Não sei bem como vim parar aqui, já que não costumo consumir HQs, talvez seja pq estava buscando sobre a história da arte(?). Mas, fico feliz que seu canal transcende o universo do entretenimento com facilidade e excelência, su abordagem e tão inteligente e coerente e honesta que, mesmo discordando em um ponto ou outro, fico feliz por ter sido apresentado a um ponto de vista tão interessante. E mesmo que não me faça mudar de opinião trás muitas reflexões válidas e com certeza me tornam um homem melhor. O interessante é que a comunidade em volta do canal me parece tmb interessantíssima, o que é muito raro neste ambiente, enfim, só tenho a agradecer pelo trabalho excelente! E, claro, me inscrever rs..
Um tanto quanto curioso a espumação raivosa dos comentários aqui (e que acompanhei até no twitter é até pior) pela endeusamento até da figura autoral (no caso Alex e Snyder) como se eles compreendesse e fosse amigos íntimos que devem ser defendidos com unhas e dentes, sendo até que o ponto aqui não é apontar exatamente que esses artistas são ou deixam de ser algo e sim levar uma reflexão do que suas obras podem transparecer, e é uma leitura bem válida, sou formado em Design e ainda me recordo da complexidade da aula de semiótica e como esses princípios visuais fascistas reflete culturalmente de forma omissa e as pessoas não percebem e são fascinadas por isso, é algo intrínseco que está inserido em várias esferas fazendo muitos artistas/consumidores que o fazem/apreciam dificilmente perceber os ideais que estão representando e admirando. Gostaria de ver refutações mais sólidas e maduras aqui nos comentários, pressupondo menos que é "impossível" ter essa leitura ou até um idealismo apolítico do negócio, mas é pedir demais de fanboy de um diretor com nem lhe conhece ou tem uma carreira digna de grandes elogios narrativamente. É o meme de sempre do Alan Moore nos simpsons, as pessoas focam e adoram a ação e parte COOL, são diluídas por essa estética, mas ler e refletir sobre os balões e o texto? Ae não pode, você vira paranoico querendo atenção... Por isso eu entendo quando caras como Alan Moore reclama tanto dessa indústria e até a burrice e infantilização de seu público que aprecia coisas que não deveria nesses heróis e cria um sentimento de negação crônica de lidar com a realidade a sua frente.
IRMÃO, as histórias são sobre um cara que voa de cueca por cima da calça, um cara vestido de morcego batendo em palhaço e os krl, ver vocês sambando em cima disso supondo fascismo e nazismo na estética só porque o autor BOOMER de um quadrinho chamou o Putin de comunista é simplesmente, ridículo.
@@yoluvisking E? Só pq são figuras ridículas você acha que são um entretenimento oco? Obras são reflexos sociais/históricos, feito por indivíduos, a arte nos influência e vice versa. Quer vir com papo apolítico? Só demostra sua ignorância do que eu já comentei, você estão preocupado com as figuras legais e não com seus diálogos, não tem senso crítico do seu consumismo, típico fã e anime usando fotinha de FMAB que neh é mega político.
@@narutosenninflash Admite cara, quadrinho e filme de super-herói é um puta entretenimento oco, com excessões tipo Watchmen. FMAB pelo menos tem uma visão madura de política, assim como outros animes tipo Gundam, não tem bem ou mal, não tem só opressor contra oprimido, não é o vilão nazista do mal que quer dominar o mundo e o herói bonzinho que representa os EUA vai lá e derrota ele de forma épica, que é a maioria desses filmes e quadrinhos de herói, nada dá mais vergonha alheia que aquela capa do Capitão América socando o Hitler convenhamos, aquilo é quase infantil.
@@yoluvisking Cômico discordar de mim enquanto referência justamente meu ponto que essas obras não são ocas e apolíticas, ainda mais falando de uma indústria japonesa onde você consome obras que referencia e contextualiza a cultura japonesa e quer me mandar uma de "é vazio, não tem nada nisso".. faça me o favor. Não quer ter um senso crítico sobre oq tu consome ae é ignorância e problema seu.
@@narutosenninflash Meu ponto é que filme e quadrinho de herói em sua maioria é fútil e maniqueísta, é herói vs vilão, bem contra o mal coisa que qualquer macaco sabe fazer, anime foge mais disso.
Entendi a parte de que a arte clássica foi desvirtuada e que no século XX já não mantinha mais vínculos com seu significado original. Mas me surge a dúvida: De que outra forma um artista poderia representar a grandiosidade ou a força? Toda representação de grandiosidade e força e de coisas belas em geral depois do século XX necessariamente é atrelada ao fascismo? Tentei interpretar da melhor maneira possível, mas foi exatamente isso que me pareceu ter sido dito no vídeo. O vídeo inteiro traça paralelo entre as coisas mais elevadas e o autoritarismo, de forma que, se um fascista assistisse esse vídeo ele poderia encarar tudo o que foi dito como um elogio involuntário por parte do Alexandre. Sou bem leigo e só consumo arte como entretenimento, poucas vezes me aprofundei na obra de autor "x" ou "y". Mas, de forma geral, me parece que a esquerda moderna tem fobia de poder, fobia de tudo o que é grande (reflexo disso é o anti-stalinismo acrítico que sempre tenta pintar a URSS como se tivesse sido o inferno na terra). Uma parte da esquerda moderna parece chegar até mesmo a algum tipo de "culto à fraqueza" ou à sujeira, um bom exemplo disso é a estética black bloc/ANTIFA e o movimento punk com o uso da pichação e a apologia ao vandalismo sem propósito. Disgurp se falei merda, mas essa foi minha impressão mais honesta possível do vídeo.
Acho que não se trata de culto a fraqueza, mas de crítica a classificação do mundo nos termos apolineos (forte x fraco). Quando se crítica a representação estética da força como beleza clássica, talvez seja interessante lembrar que os mesmos autores fazem questão de apresentar a fraqueza e a feiura como representações daquilo que faz a vilania. A crítica que me interessa, é aquela que pergunta: Porque devo representar a força É a fraqueza como tema de discurso? O mundo também é feito de: Felicidade x infelicidade Camaradagem × egoísmo Fome x abundância Gentileza x grosseria Há tantas outras abordagens possíveis, inclusive muitas que nem seriam pensáveis em termos dicotômicos. Representar a força serve pra quem é pra quê? Não falo sobre representar a força como crítica da opressão ou como retrato fiel daquilo que a força sempre faz. Falo da força, quando representada como ideal a ser alcançado. Por que alguém quer ser forte?
Mesmo se a arte ela é ligada com origens terríveis, ainda sim deve ser utilizada. Como a arte é uma ferramenta a linguagem também, existe gostos e gostos mas não podemos dizer que as artes do A. Ross são feias ou até mesmo, ofensivas pelo menos para o publico geral.
@@richardmorais9233 As coisas mudam de significado ao longo do tempo, embora tenha se originado de outra forma, está atualmente mais associada ao nazismo. Do mesmo modo que os nazistas se apropriaram da suástica, que era originalmente um símbolo hindu.
@@VictorHugo-Al 07:20 aqui acho que ele se passou, a resposta objetiva da pergunta que ele fez é não, não é porque um artista usa traços classicistas que ele é totalitário, a resposta é um sonoro não, mas ele fala que é mais complexo do que isso e dá uma explicação que não explica o ponto citado anteriormente.
Acho que um bom complemento deste bom vídeo seja o célebre ensaio da grande autora Susan Sontag, "O fascinante fascismo", além do ensaio comparativo que Luiz Nazario faz entre Expressionismo (uma vanguarda essencialmente judaica e que teve força tremenda na Alemanha e na Europa Central) e o nazismo enquanto estética, artigo que saiu na coletânea "O Expressionismo" da Perspectiva, organizada pelo saudoso e já falecido Jacó Guinsburg. O que Sontag (e um pouco Nazario) percebem e que o vídeo também indica é o fato do fascismo estético ultrapassar as barreiras ideológicas, de modo que Sontag inclui na estética fascista "2001" de Kubrick e "O porteiro da noite" de Liliana Cavani (quem viu e conhece bem esses filmes, se pensar em suas estruturas visual-narrativas, vai perceber que a categorização de Sontag faz bastante sentido). Pois existe, de fato, uma adesão modernizante na estética nazi-fascista e stalinista (para além do futurismo, o design alemão produzido por aderentes do regime, como o fundador da Porsche, expresso em tanques, aviões e mesmo foguetes) que ultrapassa os efeitos mais evidentes do culto ao neoclassicismo cafona e brega. Algo como a catedral de luz projetada por Albert Speer no Zeppelinfeld, em que imensos holofotes foram usados para projetar na escuridão da noite as "paredes" de uma catedral gótica imanente e feérica, ou o cinema de Leni Riefenstahl e os melodramas de Douglas Sirk (que fez carreira no início do nazismo com seu nome de nascimento, Dettlef Sierk) são coisa que nitidamente inspirou muito mais artistas, mesmo os aparentemente "de esquerda".
@@Jyudah leia o artigo mencionado, meu amigo: é a visão da autora, mas deixe de lado o fetiche neoclássico, que nem sempre existe nas composições estéticas fascistas, como o prova o futurismo italiano, que celebrava o caos e a ordem totalizante que esse caos exigia. Veja se não existe um repertório de formas, em “2001”, relacionadas à ordem e caos, ao remanso de uma ordenação do mundo sugerida pelo progresso dos tempos e pela inexorável ordenação cósmica. Isso é fascismo, mas isso não quer dizer que Kubrick o fosse; apenas que, por vezes, a estética segue caminhos bem estranhos e que cartilha política só vale para fins de propaganda eleitoral…
De fato, o trecho todo do texto diz o seguinte (e coloca outros filmes nessa definição possível de “Fascinados pelo Fascismo”, inclusive alguns que admiro, como um de Busby Berkeley): “emejante arte no se confina a las obras tildadas de fascistas o producidas por gobiernos fascistas (citemos tan solo unas películas: Fantasía, de Walt Disney, The Gang's All Here, de Busby Berkeley, y 2001, de Kubrick, también ejemplifican de manera notable ciertas estructuras formales y temas del arte fascista).”
@@alcebiadesdiniz "definição possível" é uma suposição, correto? Do 2001, sempre ví ele como minimalista e insólito, do que supremacista, unidor de povos e olha como sou forte.
Curioso observar certos traços da arquitetura fascista presentes nos vídeos de mockumentary/found footage que ilustram a lenda urbana dos Backrooms. Pra quem nunca ouviu falar, explico: as Backrooms são lendas/creepypastas onde a pessoa se vê perdida numa dimensão paralela feita de labirintos de salas de escritório infinitas, corredores sem fim, salões e prédios absolutamente vazios gerados aleatoriamente - e muito do estilo arquitetônico desses lugares fictícios remetem à características da arquitetura totalitária: formas brutas, cores frias, ausência de adornos, construções quadradas ou retangulares, repetição de padrões, etc. Talvez o fenômeno recente das Backrooms seja, dentre outras coisas, mais uma forma do inconsciente coletivo exteriorizar o nosso medo/aversão primal perante ao fascismo e suas ideias de morte e de vazio
eu diria que tem mais a ver com fascínio/desconforto/tensão envolvendo espaços liminares e a solidão que tais ambientes evocam. Só ver que o Backrooms começou com a ideia de se perder naquela imensidão drástica de salas de escritorio com tapetes e papeis de parede amarelos e mofados. Daí depois foram adicionando monstros, seres e facções de humanos perdidos que vivem nos diferentes andares de Backrooms
Uma reclamação dos nerdolas reaças do último batman e a falta do triunfalismo do protagonista, da violência estar associada a uma vida desgraçada e rançosa, cuja busca de vingança contribuiu para destruir a cidade fazendo o personagem amadurecer diante da realidade.
Mas o Batman do Zack Snyder/David Goyer também não teve triunfalismo, ele foi mostrado como um criminoso e assassino em Batman v Superman, e ao final do filme ele percebeu o que havia se tornado e decide mudar seus atos, iniciando uma jornada de redenção que culmina na fundação da Liga da Justiça. Fico abismado como tem gente que não conseguiu entender o arco do personagem e simplificam ele apenas ao "Batman que mata". Isso vindo de nerds que se acham os intelectuais dos quadrinhos kkkkk. Quanta limitação!
@@f_lopes181 Mas isso se deve justamente pela estética do Snyder, você quer trabalhar uma redenção do Batman no final de BvS e conclui com ele continuando agindo como sempre fez, salvando a martha esporrando e matando os bandidos com a maior brutalidade possível até mesmo quando um larga a arma e desiste de confrontar e no fim ainda vai na cadeia pra tentar marcar e ameaçar o luthor com o maior sangue nos olhos, tudo isso pra criar uma cena cool então eu não chamaria isto de rendenção contra o batman violento que ele era durante o começo do filme (o filme de Matt agora este sim faz isso), é mesma coisa da mulher maravilha explodindo sem motivos um bandido pq sim em liga da justiça... A narrativa pode até ter uma motivação durante seus atos mas sua direção atrapalha e MUITO, é a mesma coisa pra watchmen que se na HQ fica bem evidente a brutalidade e o erro dos feitos daqueles heróis no filme é simplesmente algo vangloriado e entonando em pró das figuras e não como crítica.
@@narutosenninflash no final do filme ele não marca o Luthor. Inclusive há uma rima visual EXPLÍCITA entre a primeira e a última cena do Batman no filme, na primeira cena ele está marcando um criminoso e na última ele soca a parede e vai embora ao invés de marcar o Lex Luthor, simbolizando que o personagem do final não é mais o mesmo do início do filme. Eu não disse que ele se redimiu ao final desse filme específico e sim que ELE INCIOU UMA JORNADA DE REDENÇÃO. Sua real redenção só acontece no filme da Liga da Justiça, que mostra um Batman muito menos violento e vingativo, com um senso de justiça restaurado. Quanto a violência das cenas de ação, não faz sentido nenhum reclamar disso. Absolutamente todos os filmes do Batman fazem isso, inclusive os filmes do Nolan e o recente filme The Batman. O Batman do Matt Reeves é tão violento quanto o do Affleck, no final do filme ele quase esmaga o rosto de um dos criminosos. Só não matou o cara porquê o Gordon interviu. Você tem certeza que assistiu os filmes? Porquê parece que não. Tô tendo que explicar o óbvio para uma galera que quer bancar os "intelectuais da nona arte" kkkk.
Em "O Reino do Amanhã", li em uma Wizard que o Alex Ross estava orgulhoso por representar os super-heróis com imperfeições, como calvície, cabelos brancos e etc. O que acha disso, meu xará Alexandre?!
Cabelos brancos não é imperfeição , é sinal de sabedoria , Deus , que é perfeito , é retratado com Cabelos brancos por Davinci e outros artistas clássicos.
E como costumava dizer um velho amigo: "Um ponto de vista é apenas a vista de um ponto." Eu gosto dessa estética! Acho bonito, mas não tenho nada disso na minha vida. Não exalto políticos como se fossem heróis, por mim eles não existiriam, nem o estado e as fronteiras artificiais que nos separam enquanto humanidade. Mas aí eu já estou idealizando demais! A Primeira Ordem em Star Wars tem uma estética nazi fascista também, ou é impressão minha?
O apresentador do vídeo fica preocupado com opinião política de autor boomer de quadrinho (existe coisa mais boomer que chamar o Putin de comunista?), esquece, nem adianta se justificar ou querer discutir, é só ignorar.
Não sei se você está ironizando na parte de Star wars, mas a primeira ordem com certeza tem uma estética facista, tanto a primeira ordem quanto o império foram claramente feitos para representar um regime facista
Então ele até fala disso que existe nos dois lados, que existe uma cooptação de culturas com viés supremacista, também falou não diretamente, mas bem rápido tb, que quem curte essa estética pode não ser supremacista e tal, na vdd ele jogou pra galera, mas eu acredito que a discussão não devia ir pra essa linha, hoje vale mais uma discussão fenomenológica existencial do que Kantiana, vai muito pelo sujeito e subjetividade, fenômeno do que binarismos. No meu comentário eu coloquei lá que a maioria aqui também sabe da tendência burguesa da propaganda, das lacunas, mas assim neurotizar o olhar é dizer mais do mesmo, ou seja que existe a forma supremacista, nacionalista todo mundo sabe; que o nazismo cooptou, o stalinismo cooptou, o liberalismo cooptou de outras culturas pretéritas, todoundo sabe, mas o que podemos pensar para além disso? Como cada um experiência isso? Fugir disso é uma solução ou uma auto punição dos desejos? Sei lá, mais por este viés eu pensaria.
Analisando seu vídeo, percebi algumas semelhanças do desenhista Clay Mann (Heróis em Crise) com a arte de Alex Ross. Qual seria o parâmetro de diferenciação entre artista que retoma o "clássico totalitário" do que valoriza a corpolatria?
Pra começar, conservadorismo e fascismo não são sinônimos. Tudo bem? Podemos concordar nisso? Depois, os estados totalitários se apropriaram dos ideais clássicos para estabelecerem os ideais de seu regime. Importante pros governos que a grandeza, o poder e a força lhes pertençam e não aos indivíduos que buscam liberdade longe de seu controle. Zack Snyder demonstrou ser objetivista, tanto que estava trabalhando na produção de uma adaptação de uma obra da filósofa Ayn Rand. "No âmbito estético, a principal preocupação objetivista é o papel da arte na vida humana, Rand defendeu que o papel da arte consiste em transpor ideias metafísicas em uma forma compreensível, a qual se pode reagir emocionalmente." (Infoescola) Tudo o que é arte, seja ela expressa por meio da música, da pintura, do cinema, da escrita (etc) se trata do resultante da exploração da capacidade do indivíduo - de sua força e de sua racionalidade. O papel do estado totalitário é enfraquecer esses atributos ou se apropriar deles - de forma que crie uma relação de dependência e submissão sobre a sociedade.
Exatamente. Movimentos revolucionários são oposição, antagônicos, ao conservadorismo e ao tradicionalismo (monarquismo). Os movimentos revolucionários são vanguardistas, ideais abstratos motivadas por um imperativo moral progressista (modernista), a fim de destruir o presente para reconstruir com uma nova ordem com elementos ideológicos (teorias de gabinete). Os movimentos revolucionários são totalitários por visar tal reconstrução a partir de uma força central e autoritária, de cima para baixo, visando um padrão coletivo, sob fundamento autoprobante de um futuro idealizado e autoprrogavel. O conservadorismo respeita a ordem natural das coisas, as regras e medidas estabelecidas, e tem uma cosmovisão indutiva e lógica subsidiária, em que o poder está nas mãos do indivíduo, da família e das bases históricas de uma sociedade.
Uma galera vai te xingar, no meu caso eu gostei da sua colocação. Embora acho que tinha sim estátuas com esse objetivo opressor, mas também teve estátuas que mostravam outro pensamento porém foram distorcidas pela máquina fria e sem expressão do fascismo.
Alexandre, uma hora dessas faz um vídeo sobre Steve Ditko e o objetivismo nas HQs (e as críticas ao mesmo). Eu mandei essa sugestão (além de agradecimentos) pro email na descrição do canal.
Vi o Arquitetura da destruição, agora, é correr atrás do Depois do Futuro e, em especial, o Art power do Boris Groys. Parabéns pelo vídeo e valeu pela indicação das referências.
Arquitetura da destruição eu vi na universidade, na disciplina de História Antiga I, e lembrei exatamente dele enquanto via o vídeo. Parabéns, Alexandre!
o grandiosismo, a ideia de ter heróis não é uma ideia de origem no fascismo, a propria arte grega tem os seus heróis classicos, e icones sagrados biblicos também são usados com heroísmo. Associar patriotismo com fascismo pode ser enganoso, já que existem versões bastante pró-capitalismo e anti-estado de patriotismo. Importante também não negar que doa a quem doer - inclusive a mim que sou gordinho - o corpo mais estéticamente belo é simbolo indissociavel com saúde e portanto com valor, com qualidade. Não importa se os fascistas também pensaram isso porque afinal de contas hitler era vegetariano mas ser vegetariano não te faz um fascista. Iconografia heroica é algo simplesmente fundamentado no classicos, e deveria ser assim. A busca de pessoas de virtude, pessoas heróicas também é uma meta desejavel para qualquer sociedade que se preze que sempre buscará se espelhar em bons exemplos. Chamar isso tudo de fascismo é ofender a busca por ideal ao associa-lo com violencia estatal
Cuidado beber leite é fascista e nazista, engraçado, ví um vídeo do mamãe fazendo um malabarismo narrativo pra explicar, o engraçado que ele já tinha feito um vídeo falando que chamar bozo de nazista só dava força pra ele,
O Superman do Alex Ross pra mim é a perfeição. O artista retrata um Superman veterano, mais experiente, mais velho. Isso pra mim é o Super-Homem. Quanto ao Snyder o que ganha são os efeitos visuais de qualidade e também a masculinidade.
Não é bem que "sejam pessoas complexas"...mas é que a arte tem um apelo emocional. É perfeitamente possível consumi-la num nível puramente superficial, sem fazer sua leitura plena. Como vemos na versão Snyder de "Watchmen" (ele adorou a Minissérie APENAS em seu aspecto superficial, sem ponderar sobre seu significado).
Ih caiu no mesmo erro de Wertham ao confundir a figura do herói com o fascismo. Snyder e Alex Ross apenas representam o herói como ele deveria ser, um ser além do homem, que constrange e inspira a humanidade com sua grandeza, se regimes totalitários são gamados na idéia o Ubermensch é uma coisa, mas não é por ser forte, imponente, masculino que se torna fascista automaticamente, tanto que os heróis sempre combateram esses regimes. Agora sobre o vilão "afeminado" (e não necessariamente homossexual), isso não é nenhuma novidade em ficção, um personagem lunar, magricelo, afiado, que não enfrenta diretamente mas faz maquinações e traições, é simplesmente o antagonista natural do herói solar. R.Society Peixes não portam armas.
Voce nao esta errado, tirando a parte em que esse virtuosismo solar é sempre do masculinizado, sempre do hetero e etc. Na verdade isso esta ligado (e é isso que o vid mostra) que qnossa sociedade esta fundada em valores conservadores morais, onde o simbolismo do "mal" sempre sera de valores que o conservadorismo classico combate (gays, estrangeiros e todo o diferente, visto como doente ou maligno). estes pilares nao signifam que quem le hqs seja fascista e sim que muitos dos pilares que criaram o fascismo esta aqui, debaixo dos nossos narizes o tempo todo, muito presentes em hqs, porem, muitos nao percebem ou fingem ignorar. o video nao disse que fãs de ross sao nazistas e sim que muitos fãs de hqs ou da mentalidade de se construir hqs de herois bebem das fontes questionaveis de nossa sociedade que fazem coisas como fascismo continuarem a surgir pois sao vistas como aceitaveis e parte do normal, sendo que nao sao.
@@RMarchiori aonde no universo que a arte clássica são fontes questionáveis???? São questionáveis para pós modernidade que relativiza tudo a ponto de nem saber oque e certo e errado,tudo é colocado em cheque ,aonde virtudes são coisas retrógradas ,e ser escravos de todo tipo de desejos sexuais é sinônimo de liberdade .
O que esperar de uma ideologia que pretende destruir a masculinidade? Coisa boa não vem daí... Eles definem qualquer qualidade masculina (músculos, força, virilidade) como fascismo, para incentivar seus asseclas a cultuarem a fraqueza física e por consequência moral.
@@RMarchiori Mano o ponto é justamente que essas virtudes solares são características instrínsecas masculinas, os vilões com traços afiados como de raposas,serpentes, animais astutos, fala suave, calculada, e comportamento anômalo indicam que não se deve botar confiança neles, scar, loki,jafar, a lista é longa, não é algo que tem a ver necessariamente com homossexualidade, embora possa se dizer que tem a ver com o feminino, o princípio lunar, por mais escandaloso que pareça, e o homossexual hj em dia é pintado como muito feminino, então por isso a confusão. Esse tipo de vilão tem a ver com a fraqueza que leva a usar métodos traiçoeiros enqt que o herói solar tem a ver com a força e a clareza para enfrentar os desafios de frente, goste ou não existem arquétipos específicos para expressar essas ideias.
Muito bom falar sobre isso. Discordo em muita coisa, e concordo em algumas colocações. Mas não vou fazer a sua vontade de criar confusão aqui, já que o seu jeito autoritário e cheio de razão de falar nesse vídeo em específico me lembra um certo político, rsrs. Me pareceu que a sua vontade nesse vídeo não foi informar, mas sim provocar, e tudo que eu escrever aqui será refutado de forma a exibir sua superioridade de fala, coisa que eu, como artista, pesquisador e pessoa mais introvertida e reclusa, não tenho. Pesquisei muito a obra do Ross (do Snider não conheço) e dá pra dizer que o buraco é beeem mais embaixo que compará-lo ao Delacroix ou a dizer "ué, por que ele não apoiou o Trump?". Mas respeito muito a sua opinião (a oportunidade de estudo superior que você teve permitiu muito tempo e material para criar suas teorias) e é ótimo conhecer e ouvir opiniões divergentes, mesmo que pronunciadas de forma até certo ponto infantis (talvez eu não devesse deixar seus vídeos na velocidade 1,5, a exacerbação fica latente demais nesse formato), mas não conseguiria assistir inteiro em um domingo se não fosse assim. Até o próximo vídeo e parabéns pelo conteúdo.
@@nick7259 não, esse tipo de conversa é interessante em dois ambientes: em uma mesa de bar ou em um livro específico. Em rede social vira uma rinha de galo para discutir quem tem os melhores argumentos, rodeado pela torcida de quem tem mais amigos. Invadi o terreno do Alexandre para discordar de forma amigável justamente porque admiro demais o trabalho dele, senão simplesmente ignoraria, deixaria de seguir e ficaria ressentido. RUclips é aprendizado, vida é aprendizado, ninguém daqui tem todas as respostas, concorda?
@@emersonpenerari Olha, se vc tem pontos que vc discorda seria bem mais interessante vc mostra-los, afinal justamente por estamos na internet, não existe obrigação nenhuma de vc continuar uma discussão caso não queira. Falo isso pq acharia bem melhor ver seu ponto de vista sobre o assunto.
Esse vídeo expandiu meu mundo de um jeito que eu não imaginava. Eu tenho a queles formatões do Alex Ross, tipo Superman Paz na Terra que eu tenho desde os 15 anos até onde eu me lembro eu sempre gostei. Achava a arte dele bem fod@. Mas agora senti um gosto amargo sabendo de onde são essas referências. Agora vou ver minha coleção de outra forma. Obrigado!
Os dez primeiros minutos contextualizando todo o tema são muito bons, parabéns pelo trabalho. Mas daí em diante a crítica se perde pelo apelo passional, principalmente em relação ao Zack Snyder, vou pontuar algumas coisas. Ao mencionar o apelo estético dos artistas realmente dá pra entendermos que eles utilizam uma estética que remete a "A Arte Fascista", mas isso não é algo especificamente particular de ambos, isso tá inserido na cultura americana de produções cinematográficas desde SEMPRE, a indústria americana tá produzindo há 50 anos filme de bombados sem camisa filmado de baixo pra cima, tentando trazer conceitos idealizados que se perderam ao passar do anos, isso vai de Rambo até agora em Reacher. E falar sobre criatividade dentro de um contexto da indústria audiovisual ocidental é muito complicado, Scorsese replica obras o tempo inteiro, Tarantino idem, esse é um processo muito natural da arte, que se retroalimenta. Acho totalmente natural você não gostar do artista x ou y pelos motivos que for, e é totalmente aceitável, mas colocar esse peso de "Arte Fascista" apenas no diretor que tu não gosta, e esquecer todo o contexto em volta só pra validar teu argumento é extremamente raso. Tem gente que gosta de coisas que você não gosta e o inverso, e tá tudo bem. Não precisa realizar ataques com uma problematização que simplesmente não tem sentido, só pra poder exaltar um ódio interno e ganhar alguns likes. Pelo jeito não é só o Superman que sangra...
Também percebi isso, parece que algo o afetou, no caso, essas artes do Ross, então ele decidiu fazer um vídeo de forma de juntar o útil ao agradável: juntar quem ele não gosta no meio artístico com o discurso batido do "fascismo". Essa correlação que ele faz, soa desonesto.
Mas o vídeo e sobre o facismo como inserido na própria sociedade americana , então qual seria a justificativa do cinema? Jhon Wayne matando índios, Rambo matando vietcongs, os EUA não são facista pra vc então? Os super heróis n seriam propagandas norte americanas.
Vc tá atacando INDIVIDUALMENTE o Alexandre só pq ele tá criticando (pARa dE RItiCAr mEUs sUPer-HErOIs) UM ASPECTO TOTALITÁRIO/EUGÊNIC0 DA SOCIEDADE q consequentemente é representado na arte. Te pergunto: Qual a diferença racial e física entre o Capitão América (que lutava contra o naz1sm0) e os homens escolhidos por HITL3R para o programa eugênic0 de reprodução da SS chamado LEBESBORN??! Só Homens brancos arianos, musculosos e altos eram aceitos (pois estes eram considerados SUPERIORES)... Ué, acho q o Capitão América se enquadra nos pré-requisitos... O Thor tbm passaria, o Superman tbm, o Batman tbm, etc. Sabe quem não passaria?? O Coringa, o Lex Luthor. Quem são os vilões mesmo????
@@bispo5671 "atacando" kkkk leia meu texto 30 vezes e não vai encontrar um ataque, pontuo só algumas questões, o video é extremamente enviesado, tentar sair pela tangente não vai diminuir isso, critica feita de forma passional e desconsiderando contexto é rasa, pra não falar mais coisas, então saibamos separar as coisas e não fique ofendidinho pois escancarei uma verdade incômoda, cresça e entenda que existem pessoas que gostam de coisas que vocês não gostam, pluralidade de ideias é essencial, ataques são baixos e pobres.
Foi uma grata surpresa encontrar seu canal por essas águas RUclipsanas. Obrigado por apresentar tantos conceitos e informações transformadoras. Quisera um dia bater um papo contigo sobre as Lendas Brasileiras, que são meu foco de estudo. Abraços Curupirianos
Acho engraçado como até nessa estética do Alex Ross nesse desenho que ele fez em relação a Rússia e Ucrânia, essa visão meio "clássica e meio nazfacis", acabou que é o estilo dele padrão. Repara que o artista retrata justamente o "Golias Rússia" tem uma barriguinha gorda (obeso pelo padrão dele), enquanto o "David Ucrânia" é todo proporcional e fortinho. E ainda me pareceu a ideia que o Golias seria um adulto mais velho (tipo uns 39), enquanto o David seria aquele jovem adulto (uns 25). Isso também influencia o público no geral achar "uma luta injusta", quando um cara mais velho fortão (tipo gordo) briga com um jovem com corpo atlético (esguio modelo). O feio é praticamente o mal (ou um bem "menos poderoso"), o belo é bondoso e justo. Até os vilões "com alguma razão" (ou que podem vir a ser bondosos ocasionalmente) são identificados pelo nível de beleza... Quanto mais belo e escultural, maior as chances dele ser um anti-heroi, ou descobrirmos que esse vilão estava certo (ou quase). Kkkkkkkkkkk
Vídeo muito bom, lembra os dois documentários do Peter Cohen: Arquitetura da Destruição e o Homo Sapiens 1900. Eles trabalham muito bem essa noção da estética nazista e da eugenia no começo do século XX.
16:37 Mas o Uxas =/= Darkseid, o Uxas foi feito pra ser um cara que pula direto na batalha de peito aberto, ele era um bárbaro mesmo. O Darkseid já é descrito como "stateman", uma figura mais estrategista e mais sábio, e com uma mão de ferro, não é atoa que ele transformou o símbolo do Superman em uma pseudo suástica no knightmare. E o palácio do Darkseid é uma catedral, as vidraças são o rosto dele, o símbolo religioso de Apokolipse é o omega, o Desaad é o papa, o Steppenwolf é um "cavaleiro santo". A image do Darkseid é essencialmente uma figura Deus absoluta, tanto é que o Steppenwolf foi expulso por uma ideologia oposta ao do Darkseid.
Esse youtuber odeia o Zack Snyder, nenhuma crítica que ele fez ao Snyder faz sentido, e todas as tentativas de argumentação dele vem junto com um ponto final e não com uma construção de ideia. Ele disse que o Darkseid do Snyder estava coberto de mitologias, quando na verdade só existia a mitologia dele lá e a procura do mesmo pela equação anti-vida, tendo a Vovó Bondade, Lobo da Estepe e até o Desaad. Todos sendo da mitologia da DC Comics sobre o Darkseid. O Zack Snyder apenas adicionou à trama que os Atlantes, Amazonas, e humanos tinha escondido as três caixas maternas para que a mantivessem em segurança e não caísse nas mãos do Darkseid. Engraçado ele falar que o Zack Snyder não tem criatividade, e que somente faz adaptações dando a entender que ele apenas copia o quadrinho para o filme, quando na verdade ele utiliza o material base a adapta, sendo que em o Homem de Aço ha várias partes que foram inseridas na visão do Zack sem que aquilo existisse nos quadrinhos,como os Kryptonianos não tendo uma relação carnal para conceber filhos, a motivação do Jonnathan Kent escoder os poderes do Clark, a disputa do Batman vs Superman (que é diferente da versão do Frank Miller), a criação do Apocalipse, e por fim a história do Darkseid que ele já havia invadido a terra antes. Zack Snyder utilizou a essência dos quadrinhos e adaptou, que é o que todo ótimo diretor a se faz, assim como o Bryan Singer dos X-men, Sam Raime e Marc Web fizeram com o Spiderman e o mesmo que o Nolan fez com o Batman. Nenhum desses criou tudo do zero e eles criaram os filmes utilizando algum quadrinho como referência. Qualquer diretor que se afasta de muito do conteúdo original tira a identidade da adaptação como aconteceu com os dois péssimos filmes do Spiderman no MCU, que tiraram toda a essência, responsabilidade e senser aranha do Spiderman.
@@caducadu6676 O objetivismo randiano tem tudo a ver com a leitura torta do ubermensch nietszchiano, que é uma fonte de inspiração gigantesca do fascismo. Os paralelos só não estão claros pra quem começou hoje.
@@herrerasauro7429 ou é só você buscando pelo em ovo O que uma inspiração tem a ver com algum outro inspirado? O fascismo de Mussolini era muito inspirado no império romano, logo, qualquer governo inspirado no império romano é automaticamente fascista por ter a mesma inspiração? Vamos averiguar bem o que esse canal está passando, aprendeu essas besteiras aqui dentro? A bem da verdade, que muitos não querem falar, é que só chamam ela de fascista por conseguir escapar daquela união sovietica nojenta e delatar todos os crimes do comunismo 👀
Ah seu safadeeenho que curtiu meu vídeo do Satíricon kkkkkk Senti falta da emblemática escultura da Vera Mukhina, mas, porém, contudo, ótimo vídeo ^^ \m/
Adoro suas reflexões. Qualifica o debate de fato. Sugiro um tema: Pq Snyder gera tanto assunto. Pq apesar de suas deficiências como diretor, ele é capaz de criar clássicos cults (no sentido de ter um número relevantes de cultistas). São questionamentos que me faço. Aliás, gosto de vários filmes dele, apesar de reconhecer suas deficiências narrativas. Abraço
Se o fascismo fosse um fenômeno exclusivista, não seria fascismo: ele tenta sempre cooptar o maior número de pessoas, então não surpreende que haja tantos "cultistas" para esse tipo de coisa.
Maniqueísmo..... Pintam "fascismo" como o verdadeiro diabo da realidade.... As pessoas são complexas e contraditórias.... Não podemos valorar as coisas só pelo ponto de vista político, é idiotice...
Eu acho que é pq ele mostra os heróis como seres quase divinos e overpowers, a estética fica muito boa nesses personagens e ele sabe dosar o desenvolvimento de personagens e o massaveio de que eu tanto gosto.
Sou desenhista a quatro anos e nossa... Eu me sinto mal(sei que não foi intenção do canal nem nada só queria compartilhar) que eu me identifico muito na arte e da visão de belo do Ross e principalmente do Snyder de apelar pro espetacular, pro grandioso e eu mesmo já percebi que acabo não dando tanto bola, as vezes até desprezando, formas mais simples. Felizmente sou consciente disso e não sou o chatão que classifica isso como bom ou ruim em relação a desenhos, sei separar meu gosto dos demais, principalmente agr que estou mais maduro nas minhas influências (não só incrível e imponente, mas tbm artes mais orgânicas e soltas como Kim, Hayao, Karlkorpink, Lautrec, Chris, Guilherme De Freitas enfim vários kkkk). Mas me sinto ao menos incomodado pq eu realmente acho bonito a estética fascista, oq me perturba muito e esse vídeo reafirma mais ainda. (Antes que venha algum militante: não sou hetero, sou de esquerda, pro comuna, pipipi popopo não encham o saco só pq acho bonito algo, agradecido)
Não é por gostar da estética que isso te torna imediatamente a coisa. Ser de esquerda e sentir esse incomodo é na verdade muito bom, pois mesmo que você goste dessa estética, não vai olhar para ela de modo inocente, ou replicar certas armadilhas sem perceber. Na real isso pode ser enriquecedor pra sua arte
Só pra constar, Justiça é desenhada pelo Doug Braithwaite e arte-finalizada e pintada pelo Alex Ross. Obs.: Sou de esquerda e gosto da arte do Ross e do Snyder.
Se vc lê HQ e não consegue ver referências políticas, tá lendo errado... É importante entender o processo até para se aprofundar nas histórias. No final do vídeo ele fala sobre não ter certeza do posicionamento político dos artistas, mas suas referências.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK QUE FELICIDADE ENCONTRAR BONS CANAIS DE COMÉDIA
2 года назад
Ótimo vídeo. E vc tá certo cientificamente falando. A mente humana não tem acesso à realidade como ela é porque nosso cérebro é limitado (não conseguimos ver átomos ou acontecimentos em galáxias distantes, por exemplo). Por isso o cérebro usa filtros e nos diz que esses filtros são a realidade em si. E desses filtros nascem as opiniões, gostos, valores etc. E os filtros são produzidos exatamente pelas culturas, ou seja, pelo seu acervo imediato de idéias: os livros que vc lê, os filmes que vê, as músicas que ouve etc. A cultura produz as pessoas. Se vc tem uma estética cultural fascista, é difícil imaginar que há comportamentos fascistas como subproduto dela? Um bom exemplo disso é esse moralismo de cartório que impera hoje em todo lugar. Outro exemplo bem visível: padrões de beleza corporal, que contribuem pra exclusão de pessoas e lotam as clínicas de estética com jovens e até adolescentes de famílias endinheiradas. Então veja que a estética não é algo tão inocente assim, ela produz um tipo de filtro sobre a realidade que leva as pessoas a julgarem as coisas segundo os interesses de sabe-se lá quem. A esse respeito, sugiro a leitura de Quem Pagou a Conta: a CIA na Guerra Fria da Cultura, de Frances Stonor Saunders.
10:06 o maior exemplo da nostalgia que o Alex Ross faz é na hq Reino do Amanhã, onde no caso tem um debate onde os antigos heróis se formam com grandes valores que hoje se perdem e não deseja mais ser o símbolo de heroísmo e tal.
Eu diriam que isso é uma estética que teve notoriedade na Grécia, sendo humanista e usada até como ato transgressor na renascença, oque foi desvirtuado por fascistas que São intolerantes a esses valores
Sim, é óbvio que a estátua da thumb tem características do renascentismo, já que não é a arte que está sendo criticada. O Mishima deixa claro que o fascista deve copiar e não criar, ser o menos original possível e ser fiel a um modelo ancestral.
Essa caracterização andrógina dos vilões tem um lastro histórico na criação do código de conduta de Hollywood. Na Hollywood pré código, Personagens andróginos eram figuras constantes e bem recebidas, não brancos tinham algum espaço e as mocinhas não eram tão mocinhas assim.
No "Como desenhar..." de Lee e Buscema, ensina-se que os vilões devem ter rostos mais estreitos, narizes pontudos e sobrancelhas finas e arqueadas (que remetem à feminilização). Heróis, por outro lado, não fossem as fantasias (chamadas erroneamente de "uniformes), não saberíamos quem é quem, pois têm todos os mesmos traços.
@@bispo5671 Acho que "eugenia" é uma palavra muito forte, por que ela pressupõe uma visão muito deturpada do mundo e uma representação "ativa" de ideais grotescos. Eu acho que a indústria de quadrinhos estava antes de tudo reproduzindo um conceito de "belo" decorrente do racismo estrutural, um conceito massificado principalmente pela indústria da propaganda. Kirby, Buscema e tantos outros tinham expressão nos quadrinhos, mas antes deles Andrew Loomis, que serviu de referência para gerações de desenhistas, já reproduzia aqueles mesmos conceitos que interessavam ao mercado, conceitos que também excluem o feio, o gordo o careca, o velho, mas, sem dúvida alguma, a questão racial é o aspecto mais evidente e desumano dessa exclusão.
"não brancos" KKKKKKKK, Me diz aí quem controla Hollywood ? Me diz aí a porcentagem do "povo escolhido" no partido bolchevique-comunista o mesmo partido terrorista que criou a antifa original ? E o mesmos que mataram 20 milhões de cristãos.
Confesso que eu sou novo no canal e que estou vendo recentemente alguns vídeos seus. Mas o que mais me chamou atenção é um modo que você fala o jeito que você explica as coisas como exemplo esse vídeo. Você explicando os estereótipos do Herói de uma maneira fascista que Visa ver um herói de uma maneira alta forte inteligente enquanto um vilão detem uma força mais mental e um corpo fraco. E representando o lado "do bem" de uma maneira eroica. E comentários finais um ótimo vídeo
Já gostei e admirei a arte de Alex Ross... nos anos 90, mas depois de um pouco de desenvolvimento de visão crítica e um curso de artes visuais, deu para entender e perceber que a estética usada é bem discutível. Parabéns pelo belo trabalho.
O cara não é nem um pouco mal-informado, mas ele comete o erro preguiçoso que na real é o ponto-fraco de metade das pessoas que falam de Batman v Superman que é partir do pressuposto que o Batman e o Superman do filme estão heroificados. Que não são ambos pessoas que perderam a sua conexão com o povo, e causam mais medo do que paz. Ao ponto de que ambos se informam sobre o outro por reputação e decidem que o outro é o vilão. Em BvS a figura do herói é uma figura que não existe até começar a batalha do apocalipse. Então olhar a primeira metade do filme e procurar a maneira como o Snyder retrata o heroismo, é o equivalente a procurar como que o George Lucas filma os dinossauros em Star Wars. E o cara vai lá, fala "Esse tipo de enquadramento não existe em Man of Steel nem em Liga da Justiça, mas não é porque esses dois fimes voltam a noções de heroismo que BvS omite, e sim porque em Liga da Justiça ele mudou de ideia, e em Man of Steel tinha o Nolan controlando" o que é uma passada de pano imensa pro Nolan que tem os mesmos defeitos do Snyder em especial por ter feito um Batman torturador, o que o brother marca aí como uma loucura do Snyder. Ele até fala que o Reino do Amanhã combina com a estética apontada, pois essa estética é boa para retratar heróis corrompidos e malignos, mas finge que em BvS o Batman e o Superman estão romantizados só pra forçar os dois argumentos a serem o mesmo, quando é o filme em que ambos estão em seu menos heróico. Enfim. Eu não acho que o Snyder é inocente da maioria das suas acusações. Tem merda ali, mais fora de BvS do que dentro. Mas acho que tem um problema aqui, e esse problema é do gênero Super-Herói, é um problema gravíssimo, e a galera quer muito não mandar a conta pro Brad Bird, por Nolan, pro Sam Raimi e pra turma do MCU, então eles acumulam todas essas contas e mandam pro Snyder pagar como se ele fosse o combo-breaker de um movimento progressista, quando ele é na verdade somente o cara menos carismático de um movimento de décadas de como o renascimento do cinema de herói e a reascenção da direita nos EUA não estivessem de mãos dadas desde o começo. O cinema de herói voltou pro mundo como mainstream no pós 11 de Setembro, e a direita mais problemática dos EUA também.
Boa. Nada digo sobre BvS, q para mim é uma perda total de tempo, mas sobre sua reflexão acerca do genero superherois. Falta mesmo uma dessacralização do gênero super heroi como um todo. E talvez isso nao vá ser feito jamais por pessoas q cresceram lendo esse gênero e, d alguma forma, construíram sua identidade pessoal/profissional em torno dele. A vez em q propus a ideia d q há algo intrinsecamente fascista no gênero fui apedrejado e recebi incompreensao dos fãs, q s sentiram pessoalmente ofendidos. Ou seja, ainda há uma relação infantil com esses materiais, e o modo como sao explorados comercialmente (construindo justamente uma "identidade" em torno de ler HQ d hominho, e agora ver filme d hominho) contribui ainda mais para isso. Talvez uma próxima geração, ou estudiosos provenientes d outras áreas (mesmo das HQs, só q nao necessariamente fãs d herois) tenham melhores condições d s distanciar e enxergar o q nos parece tao óbvio
O fascismo vive da mitologização e da criação de figuras heróicas para justificar a violência como fonte de verdade. Isso é fato. E a figura do super-herói é perfeita para ser utilizada nesse sentido, a própria imagem do herói sobre humano permite essa leitura que, nem chamaria de apropriação mas a utilização de elementos que já estão ali presentes para ser utilizados No entanto, eu confesso achar que o argumento de haver algo inerentemente fascista em histórias do gênero de super-heróis ser bastante.... reducionista. Posso dizer que li histórias do gênero de diferentes autores e eles passam uma diversidade bastante grande de mensagens, temas e ideologias usando a narrativa hiper exagerada do "super herói". Tem histórias do gênero que acho fantásticas e outras que reproduzem muito bem os piores aspectos da cultura que elas fazem parte. Ao mesmo tempo, aprendi na prática que pessoa que baseiam toda a sua identidade em torno dessas histórias (ou em ser um "gamer" ou um "otaku" ou um "cinéfilo") pode te levar para lugares bem sombrios e suprimir severamente sua capacidade crítica (ou mesmo sua conexão com a realidade, não é a toa que "comunidades online" viraram um veículo eficaz para recrutamento de grupos de extrema direita). Esse trabalho crítico se aplica para arte no geral e é difícil não cair na armadilha de construir toda a sua identidade em torno de determinadas mídias (especialmente dentro do âmbito capitalista que transforma tudo em produto e incentiva uma identificação íntima com o produto) se não exercitar esse senso crítico Francamente, acho que é muito mais uma questão de ser capaz de olhar de forma crítica para obras e trabalhos com o qual temos essa afinidade emocional (por que também a arte vai compor algum aspecto da nossa identidade a medida que interagimos com ela) do que se distanciar definitivamente deles. É uma discussão bastante necessária, principalmente no nosso contexto atual
@@antoniocarlosgoncalvesfilho perfeito. Eu bem sei q esse argumento acaba sendo reducionista. Percebo q há mais dimensões nas hq de supers, e há várias em q o elemento fascistoide nem aparece identificado com o heroi (posso citar d cabeça "all stars superman", para mim a melhor hq do personagem). O q quis evidenciar em comentários aqui é q esse aspecto fascista é algo inerente a esse gênero d narrativa, algo q nao s pode ignorar, portanto, e que cabe aos consumidores/apreciadores ter clareza a respeito, pois m parece q a comunidade "nerd/quadrinhófila" tem dificuldade para elaborar criticamente sua relação com esses conteúdos. Enfim, eu nao disse q todas as hq d supers sao fascistoides ou q é impossível escreverem histórias d herois superpoderosos nao-fascistas. O q disse foi q o fascismo está implícito no gênero. Ou seja, é muito fácil escorregar para esse lado.
@@antoniocarlosgoncalvesfilho acho até q o superheroi tem uma dimensao interessantíssima, como metáfora do trans/pós-humano, um pouco na linha do q grant morrison pensa. CConhço um livro q vale a pena, a esse respeito, "the posthuman body in superhero comics", d scott jeffrey. Sei q há várias abordagens nao-belicistas em torno do superheroi, e desejo q haja cada vez mais
@@nombre624 perfeito. Concordo que reconhecer esse conteúdo fascista é extremamente importante dentro do gênero, a aceitação não critica de histórias de super heróis sem sequer questionar a autoridade moral desses personagens é sim, um passo para se aceitar esse discurso na vida real. É extremamente importante se pensar o que se está extraindo de uma obra e que maneiras de pensar, escrever e ler super heróis podem incentivar leituras mais interessantes, plurais e inclusive as trans humanas que eu pessoalmente adoro nas histórias do Grant Morrison que você bem citou Por isso achei o termo "dessacralização" que você usou muito perfeito pois é assim que eu vejo como muitos fãs interagem com o gênero Eu já fiz partes de grupos de fãs e foi muito assustador ver como o amor acrítico a histórias de super heróis os tornou fanáticos. Ao mesmo tempo uma das pessoas mais inteligentes que tive o prazer de conhecer é um professor namorado de uma amiga minha que faz trabalhos fantásticos analisando o gênero de forma crítica, mas que aprecia muito várias histórias e autores de super heróis O amor a arte. O amor em geral, na verdade, tem que ser crítico. Senão ele se torna destrutivo
Tu não viu o vídeo né meu nobre.Em nenhum momento ele chama o Ross de fascista (na real quem acompanha o canal há algum tempo,sabe q o linck é até meio famboy das artes dele )a crítica dele é justamente na relação da apropriação da estética greco-romana (obviamente a inspiração do Alex Ross) pelos regimes fascistas
Mas são heróis! Os corpos e as poses imponentes remetem ao herói de fato. Fortes, imponentes e honrados. Você quer os caras magrelos, gordos ou fora de forma? Misturou muito filmes e HQ. As histórias em quadrinhos de heróis sempre trouxeram essa estética pq os personagens vão lutar!!!! Enfim, gosto dos seus vídeos, mas nem sempre concordo com o que diz. Abraço.
Não existe só imponência relacionada ao músculo. Essa imponência heroica tem sim influência da guerras, há diversas formas de transmitir superioridade do herói.
@@ray-co8wm São superiores porque disparam laser pelos olhos, tem força sobre humana e conseguem voar, não porque são a representação física de preceitos morais de uma ideologia morta do século XX.
Maninho, achei o vídeo excelente. Gostei muito do debate e ia pedir por material de leitura, fonte e tal, pra que eu mesmo possa me aprofundar. Mas vi que colocou bem no finalzinho do vídeo hahahaha (comecei a escrever o comentário no ultimo minuto de vídeo). Seria possível por também na descrição? Apenas pra facilitar na hora de procurar. Abraços
Tanto o objetivismo quanto o liberalismo clássico não exaltam figuras impotentes de poder, muito menos burocratas e estados, ambos exaltam o trabalho (o objetivismo o trabalho intelectual) e o liberalismo todo trabalho e produção sem influência estatal. Não entendi a relevância disso pro assunto, qualquer regime totalitário é o extremo oposto do que o liberalismo e o objetivismo pregam.
A grande verdade é que os democratas não são esquerda, somente estão à esquerda dos republicanos, no que tange algumas pautas conservadoras. Fabulosas ponderações a deste vídeo 👏👏
Opa Alexandre, esse foi o primeiro vídeo do seu canal q eu vi e gostaria de elencar alguns pontos aqui sobre sua analise, gostei de diversos pontos apresentados, mas vejo problema em possíveis conclusões q elas podem trazer. 1. Vc no final diz q n está fazendo uma análise biográfica das personalidades mostradas no vídeo, mas deixa no ar a possibilidade deles compartilharem das ideias reaçonarios, o Alex Ross n acampanho, mas seu cartaz em pró da Ucrânia mostra muito mais uma pessoa q cresceu no período da guerra fria e clara associação a Rússia aos comunismo desse período do q uma coisa resultada da propaganda facista, acho muito difícil um diretor como snayder ter esses ideias, pois n acho q uma pessoa desse tipo defenderia tanto rai Fisher e galdot(pesso perdão caso tenha escrito os nomes) como ocorreu na confusão da sua versão com a do Joss de 2017. 2. Sobre nosso fascínio pela estética desses heróis, acho q vincular ela as propagandas fascistas, é muito perigoso pois pode criar um julgamento a quem curte esse tipo de estética, pois a séculos muito antes desses ideias existirem essa estética já era usada e ela nos trás certos sentimentos, vc chega a mencionar isso no vídeo. 3. Sobre os pontos da questão de como a esses autores colocam seus vilões, pode ser colocados a toda mídia hollywoodiana n só esses autores. 4. Sobre o uso dessa estética, mesmo com seu uso para mal do nos anos 30 e 40, elas passam muitas vezes a mensagem q os autores querem para sua história de enalteceu seus personagens.
Já que o vídeo repercutiu bastante, vamos lá:
1. não promovi o cancelamento de ninguém. Inclusive continuo bem feliz com Marvels e Reino do Amanhã aqui. Quem sempre comenta "agora que vou ler e assistir" tá viajando. Por que eu falaria de artistas caso eu quisesse que nós não falássemos deles???
2. já disse no vídeo, mas reitero. Não chamei Ross nem Snyder de fascistas. Disse que seus trabalhos bebem dessa estética. Algo bem diferente.
3. Em momento algum disse que o leitor e espectador desses artistas são todos fascistas enrustidos. Apontei uma tendência pela direção contrária (que os comentários estão comprovando): entre os mais autoritários, anti-intelectualistas e violentos, esses artistas são muito queridos.
No mais, fica o convite: APOIE-NOS no Catarse, ajude a Sarjeta a continuar independente, conheça as recompensas!
www.catarse.me/quadrinhosnasarjeta
Respondendo aà resposta 2, Veja o vídeo à partir do 0:23 e veja se vc não afirma que eles são os artistas expoentes do facismo.
Aí vc pode reafirmar que não disse o que disse. Se não, seu vídeo foi pura eisegese sofisticada.
@@Jyudah "EXPOENTES DA ESTÉTICA TOTALITÁRIA". Cara, desculpe-me, mas isso é falta de interpretação básica.
são os Snyderfags q assistiram sem o audio do video ligado kkkkk, reiterei varias vezes esse ponto no TT, quando falamos em "estética fascista" isso não diz necessariamente que a pessoa em si seja fascista, essa estética já é algo esteriotipada na industria como vc mesmo disse( eu ainda preciso me aprofundar mais no assunto) .Por mais q eu ache o conceito ruim, não dá pra associá-lo a um mero reflexo de uma suposta hegemonia estilística publicitária hoje em dia.
Bom, de uma forma ou de outra os filmes do Snyder ainda são ruins
@@QuadrinhosNaSarjeta
Vamos lá:
0:00 - "Esse vídeo que SERÀ sobre heroísmo, triunfo, patriotismo, MAS TAMBÈM sobre estética NAZI-FACISTA, cafonice do Alex Ross e a falta de idéias do Zack Snyder..."
0:09 "Já faz algum tempo em que estão me pedindo para falar sobre estética nazi-fascista, OU MELHOR, estética totalitária. O termo está um tanto em DESUSO, mas serve de guarda-chuva e que nos ajuda à entender melhor o que foi todo u processo histórico aí e que afeta uma série de produções da cultura pop".
0:23 - "Muitos artistas hoje em dia, SÂO GRANDES EXPOENTES dessa estética totalitária, ENTRE ELES figuras COMO Alex Ross, Zack Snyder e outros..."
1:14 - "... quando ele (Alex Ross) precisa vilanizar alguém, quando ele precisa pensar num inimigo, ele evoca o imaginário do comunismo. E bicho, essa capa é igual àquelas propagandas NAZI-FAcISTA do "fantasma do comunismo".
Bom, essa foi a introdução do tema e sobre o que seria dito, ou seja, segundo suas próprias palavras, O TERMO ESTÈTICA TOTALITÀRIA NÂO SE USA MAIS, mas define-se que a produção dos artistas sejam todas nazi-fascistas.
E daí vai adiante falando que tudo o que fazem são nazi-fascistas.
Não me leve à mal. Sou hermeneuta e o vídeo não é meu.
Melhore as apresentações que faz, inclusive com as as consoantes, vogais e pausas da dicção.
Gosto dos vídeos, acho que vc tem um bom trabalho, trás boas reflexões, mas nesse caso em específico, fez uma eisegese mal feita à ouvidos um pouco mais treinados.
@@Jyudah Sim, depois falo especificamente da estética nazifascista. Por causa disso chamei eles de facho por acaso? Por curiosidade, com quais autores e linhas teóricas da hermenêutica vc trabalha?
Eu acho que bate bem essa arte grandiosa para os heróis da DC por que diferente dos personagens da Marvel, os medalhões da DC são essencialmente deuses/lendas vivas. Mas nunca tinha parado pra fazer essa associação com a arte do Alex Ross (minha referência de trabalho dele é o Reino do Amanhã que eu gosto muito e não tinha visto essa capa tosca da guerra). Uma curiosidade sobre as estátuas e esculturas gregas e romanas é que elas eram todas coloridas, mas perderam a tinta com o tempo, então ficou essa impressão de que o mármore "puro" refletia o ideal estético (de cor branca, claro). Convenientemente esquecendo que gregos e romanos da antiguidade não eram "brancos" europeus no sentido entendido hoje.
Sim. Eu acho legal a pegada 'grandiosa e exagerada!'
Curto MUITO o trabalho do Alex Ross e enquanto desenhista eu me identifico as vezes com esse culto ao clássico. Vídeo muito interessante, realmente coloca as coisas em perspectiva, parabéns pela leitura, estou me inscrevendo! 🙃
Te entendo perfeitamente, é gritante esse culto ao clássico. Eu tô em um grupo de desenhos no WhatsApp (mais tô quase saindo) os desenhos seguem esse padrão:homens musculoso e mulheres com corpo cheio de curva.
@@alvarolopes4456 são vícios né brother? A gente quer demonstrar destreza e habilidade e acaba revivendo essa estética idealizada hahaha é complicado evoluir
@@matheusnascimento1427 muito vício deles, tanto que até não posto mais nada nele
@@alvarolopes4456 quando a gente reduz a arte a desenho esse tipo de dinâmica rola, é um processo involuntário quase sempre :/
@@matheusnascimento1427 concordo
Putz, ia me esquecendo! A nossa visão da Antiguidade greco-romana é tão sem-noção que só muito recentemente os círculos cultos (inclusive os especialistas!) deram o braço a torcer e as estátuas greco-romanas começam a ser vistas como foram produzidas: POLICROMADAS, e não naquele branquinho imaculado que vem sendo impingido faz séculos.
calma lá: a policromia é conhecida pelo menos desde o século 18 - inclusive essa descoberta (bem como a difusão da descoberta) foi um dos fatores que levaram à constituição de um neoclassicismo ainda mais idealizado (que se pretendia melhor que as próprias expressões clássicas da antiguidade, mais fiel à forma ideal que se considerava perfeita)
@@gaftube obrigado pela sua ajuda.
Eram bregas. Muito bregas. Tipo os santos católicos(que substituíram elas por sinal).
Se vc for na ideia do desinformante aí, sim .
@@terencio08 você que é desinformado e babão de arte nazi fasci
Eu gosto de arte totalitária em HQs. E adoro as artes de Alex Ross.
Essa estética me apraz, independentemente do seu(s) sentido(s) histórico(s).
Não compreendo como alguém pode negar o prazer visual estético, que deverasmente sente, por ela conter uma representatividade política e ideológica.
Quase ninguém fala... “mesmo que tal linha artística possua tal e tal historicidade ou significado, eu gosto da estética”. Prazer estético não é racional. Vc vê e gosta, ou desgosta. A racionalização ideológica vem depois independentemente da sua reação emocional e espontânea quanto à estética.
Arte totalitária está nas HQs do gênero “super-heróis” desde seus primórdios. Alex Ross simplesmente mimetiza o que era usado em demasia nos clássicos.
sim e é o que foi dito.
nao é sobre gostar ou nao e sim perceber que todo o imaginario do heroi de onde bebem os hqs de herois tem conceitos moralistas e virtuosos, conceitos iguais aos que fascistas beberam.
percebe? uma coisa é achar que o video tenha chamados estes autores de nazistas, outra é perceber que o que foi dito é: "alguns autores e artistas maximizam os mesmos conceitos que fascistas beberam" e é so isso.
nada foi dito como "ei vc que le ross vc é um racista".
@Adam Christian Muito comum, corriqueiro e replicado desde a origem dos quadrinhos de Supers. E mesmo antes disso, nas artes das capas da literatura pulp heróis já eram representados dessa forma.
Mais ou menos. Isso tem efeitos colaterais. A mente humana não tem acesso à realidade como ela é porque nosso cérebro é limitado (não conseguimos ver átomos ou acontecimentos em galáxias distantes, por exemplo). Por isso o cérebro usa filtros e nos diz que esses filtros são a realidade em si. E desses filtros nascem as opiniões, gostos, valores etc. E os filtros são produzidos exatamente pelas culturas, ou seja, pelo seu acervo imediato de idéias: os livros que vc lê, os filmes que vê, as músicas que ouve etc. A cultura produz as pessoas. Se vc tem uma estética cultural fascista, é difícil imaginar que há comportamentos fascistas como subproduto dela? Um bom exemplo disso é esse moralismo de cartório que impera hoje em todo lugar. Outro exemplo bem visível: padrões de beleza corporal, que contribuem pra exclusão de pessoas e lotam as clínicas de estética com jovens e até adolescentes de famílias endinheiradas. Então veja que a estética não é algo tão inocente assim, ela produz um tipo de filtro sobre a realidade que leva as pessoas a julgarem as coisas segundo os interesses de sabe-se lá quem. A esse respeito, sugiro a leitura de Quem Pagou a Conta: a CIA na Guerra Fria da Cultura, de Frances Stonor Saunders.
@ vc esta 100% correto, mas é ineficaz. Pessoas com esse viés sao endurecidas e cegas. Negam principalmente q este seja um fato.
@@RMarchiori Sim, infelizmente. Sou professor e constato esse fenômeno em sala de aula quase todos os dias. No entanto, acredito que mesmo esse endurecimento é subproduto de um viés que foi adquirido em algum momento, pela mídia de massa, pelas igrejas evangélicas, por essa estética fascista etc etc. O que nos cabe é continuar lutando.
Já havia assistido sua análise/ vídeo correlacionando a crítica de Jack Kirby ao fascismo em The Fourth World que considero excelente e compartilhei. Vou continuar assistindo. Parabéns pelo seu conhecimento e abordagem. Se houver disponível, vou acompanhar outros conteúdos semelhantes. Desejo sucesso para vc e para o canal!
Senti o mesmo esforço e ginástica mental pra chegar nesse direcionamento aproximando os artistas ao fascismo.
Os nazistas não inventaram uma estética, se apropriaram da estética modernista, juntaram com a neoclássica anterior, e saíram coisas como os prédios do Albert Speer e os filmes da Riefesthal. Alex Ross faz algo muito parecido com as pinturas do período romântico, que bebe da mesma fonte que o neoclassisismo, a Antiguidade. O elo é esse, não "hur dur, Ross copiou os nazis".
pse, quem acha isso demonstra uma falta de conhecimento sobre história da arte, conhecimento esse q é necessário para comentar sobre arte...
Tem um pouco da arte produzida e reproduzida por regimes totalitários sim na arte de Alex Ross. Olhando a obra como um todo você percebe que existe elementos que se repetem, há uma idealização e enaltecimento de valores apontados no vídeo. Concordo que existem outras referências que não são citadas neste vídeo mas ignorar características particulares de um artista é desonestidade.
Vish...
O dono desse canal é burrão. Nem adianta tentar explicar isso pra ele, o burro não quer aprender.
Junto da ideia de perfeccionismo torto dos nazistas com as estatuas greco-romanas e ideias da Renascença sobre o homem e a criação
15:47 mas nesse caso o Lex Luthor também tem uma pegada meio autoritária
Ele é um grande admirador da arte e da filosofia, ele está sempre usando um discurso cativante e carismático, além de pregar um desprezo pelas instituições democráticas e usar da violência contra os diferentes
Desculpa, mas onde a filosofia entra nisso? (N pergunto por mal, é realmente uma dúvida minha, me desculpe qualquer coisa)
@@Docinho.de.Cereja ele não citou Epicuro em uma cena?
Meu Deus, eu n lembro akkakaka citou?
COMO RAIOS EU NÃO CONHECIA UM CANAL TÃO COMPLETO ASSIM ??? 😱😱💜 excelente mesmo
cara wtf, o seu canal fala de quadrinhos e mangá pelo que andei assistindo, coisa que eu nem acompanho, procuro mais sobre as demais formas de arte e mídias de entretenimento por aí, mas seu canal é, de qualquer forma, uma obra prima política e social falando sobre mídias de entretenimento e arte no geral. Sinceramente eu gostaria de ter conhecido antes!
Faço das suas as minhas palavras. Eu descobri ele no twitter pq os INCELS/Hetero TOPS surtaram com esse vídeo aí kkkkkkk foi o melhor canal q me inscrevi em 2022.
eu tbm! nem conheço muito de quadrinhos, cai aqui por causa de um video de Kamen Rider Black Sun (esse sim, curto muito) e achei a abordagem FODA! muito seria, muito rigorosa, muito divertida
Referências Bibliográficas:
19:09 - Berardi, Franco, and Regina Silva. Depois do futuro. Ubu Editora LTDA-ME, 2019.
19:15 - Groys, Boris. Art power. MIT press, 2008.
19:20 - Documentário: Arquitetura da Destruição, Peter Cohen
19:30 - BUCK-MORSS, Susan. "Mundo de sonho e catástrofe: o desaparecimento da utopia de massas na União Soviética e nos Estados Unidos." Florianópolis: UFSC (2018).
Muito origada!
Valeu! Editora UBU sempre com edições maravilhosas
Seu canal foi um achado pra mim esse ano. Não sei bem como vim parar aqui, já que não costumo consumir HQs, talvez seja pq estava buscando sobre a história da arte(?). Mas, fico feliz que seu canal transcende o universo do entretenimento com facilidade e excelência, su abordagem e tão inteligente e coerente e honesta que, mesmo discordando em um ponto ou outro, fico feliz por ter sido apresentado a um ponto de vista tão interessante. E mesmo que não me faça mudar de opinião trás muitas reflexões válidas e com certeza me tornam um homem melhor.
O interessante é que a comunidade em volta do canal me parece tmb interessantíssima, o que é muito raro neste ambiente, enfim, só tenho a agradecer pelo trabalho excelente! E, claro, me inscrever rs..
Um tanto quanto curioso a espumação raivosa dos comentários aqui (e que acompanhei até no twitter é até pior) pela endeusamento até da figura autoral (no caso Alex e Snyder) como se eles compreendesse e fosse amigos íntimos que devem ser defendidos com unhas e dentes, sendo até que o ponto aqui não é apontar exatamente que esses artistas são ou deixam de ser algo e sim levar uma reflexão do que suas obras podem transparecer, e é uma leitura bem válida, sou formado em Design e ainda me recordo da complexidade da aula de semiótica e como esses princípios visuais fascistas reflete culturalmente de forma omissa e as pessoas não percebem e são fascinadas por isso, é algo intrínseco que está inserido em várias esferas fazendo muitos artistas/consumidores que o fazem/apreciam dificilmente perceber os ideais que estão representando e admirando.
Gostaria de ver refutações mais sólidas e maduras aqui nos comentários, pressupondo menos que é "impossível" ter essa leitura ou até um idealismo apolítico do negócio, mas é pedir demais de fanboy de um diretor com nem lhe conhece ou tem uma carreira digna de grandes elogios narrativamente. É o meme de sempre do Alan Moore nos simpsons, as pessoas focam e adoram a ação e parte COOL, são diluídas por essa estética, mas ler e refletir sobre os balões e o texto? Ae não pode, você vira paranoico querendo atenção... Por isso eu entendo quando caras como Alan Moore reclama tanto dessa indústria e até a burrice e infantilização de seu público que aprecia coisas que não deveria nesses heróis e cria um sentimento de negação crônica de lidar com a realidade a sua frente.
IRMÃO, as histórias são sobre um cara que voa de cueca por cima da calça, um cara vestido de morcego batendo em palhaço e os krl, ver vocês sambando em cima disso supondo fascismo e nazismo na estética só porque o autor BOOMER de um quadrinho chamou o Putin de comunista é simplesmente, ridículo.
@@yoluvisking E? Só pq são figuras ridículas você acha que são um entretenimento oco? Obras são reflexos sociais/históricos, feito por indivíduos, a arte nos influência e vice versa.
Quer vir com papo apolítico? Só demostra sua ignorância do que eu já comentei, você estão preocupado com as figuras legais e não com seus diálogos, não tem senso crítico do seu consumismo, típico fã e anime usando fotinha de FMAB que neh é mega político.
@@narutosenninflash Admite cara, quadrinho e filme de super-herói é um puta entretenimento oco, com excessões tipo Watchmen.
FMAB pelo menos tem uma visão madura de política, assim como outros animes tipo Gundam, não tem bem ou mal, não tem só opressor contra oprimido, não é o vilão nazista do mal que quer dominar o mundo e o herói bonzinho que representa os EUA vai lá e derrota ele de forma épica, que é a maioria desses filmes e quadrinhos de herói, nada dá mais vergonha alheia que aquela capa do Capitão América socando o Hitler convenhamos, aquilo é quase infantil.
@@yoluvisking Cômico discordar de mim enquanto referência justamente meu ponto que essas obras não são ocas e apolíticas, ainda mais falando de uma indústria japonesa onde você consome obras que referencia e contextualiza a cultura japonesa e quer me mandar uma de "é vazio, não tem nada nisso".. faça me o favor. Não quer ter um senso crítico sobre oq tu consome ae é ignorância e problema seu.
@@narutosenninflash Meu ponto é que filme e quadrinho de herói em sua maioria é fútil e maniqueísta, é herói vs vilão, bem contra o mal coisa que qualquer macaco sabe fazer, anime foge mais disso.
Entendi a parte de que a arte clássica foi desvirtuada e que no século XX já não mantinha mais vínculos com seu significado original. Mas me surge a dúvida: De que outra forma um artista poderia representar a grandiosidade ou a força? Toda representação de grandiosidade e força e de coisas belas em geral depois do século XX necessariamente é atrelada ao fascismo? Tentei interpretar da melhor maneira possível, mas foi exatamente isso que me pareceu ter sido dito no vídeo. O vídeo inteiro traça paralelo entre as coisas mais elevadas e o autoritarismo, de forma que, se um fascista assistisse esse vídeo ele poderia encarar tudo o que foi dito como um elogio involuntário por parte do Alexandre.
Sou bem leigo e só consumo arte como entretenimento, poucas vezes me aprofundei na obra de autor "x" ou "y". Mas, de forma geral, me parece que a esquerda moderna tem fobia de poder, fobia de tudo o que é grande (reflexo disso é o anti-stalinismo acrítico que sempre tenta pintar a URSS como se tivesse sido o inferno na terra). Uma parte da esquerda moderna parece chegar até mesmo a algum tipo de "culto à fraqueza" ou à sujeira, um bom exemplo disso é a estética black bloc/ANTIFA e o movimento punk com o uso da pichação e a apologia ao vandalismo sem propósito.
Disgurp se falei merda, mas essa foi minha impressão mais honesta possível do vídeo.
Acho que não se trata de culto a fraqueza, mas de crítica a classificação do mundo nos termos apolineos (forte x fraco).
Quando se crítica a representação estética da força como beleza clássica, talvez seja interessante lembrar que os mesmos autores fazem questão de apresentar a fraqueza e a feiura como representações daquilo que faz a vilania.
A crítica que me interessa, é aquela que pergunta:
Porque devo representar a força É a fraqueza como tema de discurso?
O mundo também é feito de:
Felicidade x infelicidade
Camaradagem × egoísmo
Fome x abundância
Gentileza x grosseria
Há tantas outras abordagens possíveis, inclusive muitas que nem seriam pensáveis em termos dicotômicos.
Representar a força serve pra quem é pra quê?
Não falo sobre representar a força como crítica da opressão ou como retrato fiel daquilo que a força sempre faz. Falo da força, quando representada como ideal a ser alcançado.
Por que alguém quer ser forte?
Não entendi por que colocar Black Bloc e Antifa como se fossem iguais.
@@profciddavila São iguais. Instrumentos políticos da elite.
Isso não importa. Eles podem defender no ocidente o oposto do que fariam no oriente. Não espere coerência da Esquerda.
Ninguém chega em lugar nenhum sem força ou poder. Isso é puro choro de fracotes ressentidos.
Mesmo se a arte ela é ligada com origens terríveis, ainda sim deve ser utilizada. Como a arte é uma ferramenta a linguagem também, existe gostos e gostos mas não podemos dizer que as artes do A. Ross são feias ou até mesmo, ofensivas pelo menos para o publico geral.
de fato.
Em nenhum momento ele diz que não deve ser utilizada, nem mesmo admirada.
Só que não é ligada ao nazismo,os nazistas se apropriaram dessa estética
@@richardmorais9233 As coisas mudam de significado ao longo do tempo, embora tenha se originado de outra forma, está atualmente mais associada ao nazismo. Do mesmo modo que os nazistas se apropriaram da suástica, que era originalmente um símbolo hindu.
@@VictorHugo-Al 07:20 aqui acho que ele se passou, a resposta objetiva da pergunta que ele fez é não, não é porque um artista usa traços classicistas que ele é totalitário, a resposta é um sonoro não, mas ele fala que é mais complexo do que isso e dá uma explicação que não explica o ponto citado anteriormente.
Acho que um bom complemento deste bom vídeo seja o célebre ensaio da grande autora Susan Sontag, "O fascinante fascismo", além do ensaio comparativo que Luiz Nazario faz entre Expressionismo (uma vanguarda essencialmente judaica e que teve força tremenda na Alemanha e na Europa Central) e o nazismo enquanto estética, artigo que saiu na coletânea "O Expressionismo" da Perspectiva, organizada pelo saudoso e já falecido Jacó Guinsburg. O que Sontag (e um pouco Nazario) percebem e que o vídeo também indica é o fato do fascismo estético ultrapassar as barreiras ideológicas, de modo que Sontag inclui na estética fascista "2001" de Kubrick e "O porteiro da noite" de Liliana Cavani (quem viu e conhece bem esses filmes, se pensar em suas estruturas visual-narrativas, vai perceber que a categorização de Sontag faz bastante sentido). Pois existe, de fato, uma adesão modernizante na estética nazi-fascista e stalinista (para além do futurismo, o design alemão produzido por aderentes do regime, como o fundador da Porsche, expresso em tanques, aviões e mesmo foguetes) que ultrapassa os efeitos mais evidentes do culto ao neoclassicismo cafona e brega. Algo como a catedral de luz projetada por Albert Speer no Zeppelinfeld, em que imensos holofotes foram usados para projetar na escuridão da noite as "paredes" de uma catedral gótica imanente e feérica, ou o cinema de Leni Riefenstahl e os melodramas de Douglas Sirk (que fez carreira no início do nazismo com seu nome de nascimento, Dettlef Sierk) são coisa que nitidamente inspirou muito mais artistas, mesmo os aparentemente "de esquerda".
2001 fascista?!?
Uau! Agora foi longe, hein...
@@Jyudah leia o artigo mencionado, meu amigo: é a visão da autora, mas deixe de lado o fetiche neoclássico, que nem sempre existe nas composições estéticas fascistas, como o prova o futurismo italiano, que celebrava o caos e a ordem totalizante que esse caos exigia. Veja se não existe um repertório de formas, em “2001”, relacionadas à ordem e caos, ao remanso de uma ordenação do mundo sugerida pelo progresso dos tempos e pela inexorável ordenação cósmica. Isso é fascismo, mas isso não quer dizer que Kubrick o fosse; apenas que, por vezes, a estética segue caminhos bem estranhos e que cartilha política só vale para fins de propaganda eleitoral…
De fato, o trecho todo do texto diz o seguinte (e coloca outros filmes nessa definição possível de “Fascinados pelo Fascismo”, inclusive alguns que admiro, como um de Busby Berkeley):
“emejante arte no se confina a las obras tildadas de fascistas o producidas por gobiernos fascistas (citemos tan solo unas películas: Fantasía, de Walt Disney, The Gang's All Here, de Busby Berkeley, y 2001, de Kubrick, también ejemplifican de manera notable ciertas estructuras formales y temas del arte fascista).”
@@alcebiadesdiniz "definição possível" é uma suposição, correto?
Do 2001, sempre ví ele como minimalista e insólito, do que supremacista, unidor de povos e olha como sou forte.
Curioso observar certos traços da arquitetura fascista presentes nos vídeos de mockumentary/found footage que ilustram a lenda urbana dos Backrooms.
Pra quem nunca ouviu falar, explico: as Backrooms são lendas/creepypastas onde a pessoa se vê perdida numa dimensão paralela feita de labirintos de salas de escritório infinitas, corredores sem fim, salões e prédios absolutamente vazios gerados aleatoriamente - e muito do estilo arquitetônico desses lugares fictícios remetem à características da arquitetura totalitária: formas brutas, cores frias, ausência de adornos, construções quadradas ou retangulares, repetição de padrões, etc.
Talvez o fenômeno recente das Backrooms seja, dentre outras coisas, mais uma forma do inconsciente coletivo exteriorizar o nosso medo/aversão primal perante ao fascismo e suas ideias de morte e de vazio
eu diria que tem mais a ver com fascínio/desconforto/tensão envolvendo espaços liminares e a solidão que tais ambientes evocam. Só ver que o Backrooms começou com a ideia de se perder naquela imensidão drástica de salas de escritorio com tapetes e papeis de parede amarelos e mofados. Daí depois foram adicionando monstros, seres e facções de humanos perdidos que vivem nos diferentes andares de Backrooms
@@irinaiturri faz sentido tbm
Kkkkkk
Caralho, tu foi longe agora kkkkk
caralho, NADA a ver kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Uma reclamação dos nerdolas reaças do último batman e a falta do triunfalismo do protagonista, da violência estar associada a uma vida desgraçada e rançosa, cuja busca de vingança contribuiu para destruir a cidade fazendo o personagem amadurecer diante da realidade.
Mas o Batman do Zack Snyder/David Goyer também não teve triunfalismo, ele foi mostrado como um criminoso e assassino em Batman v Superman, e ao final do filme ele percebeu o que havia se tornado e decide mudar seus atos, iniciando uma jornada de redenção que culmina na fundação da Liga da Justiça. Fico abismado como tem gente que não conseguiu entender o arco do personagem e simplificam ele apenas ao "Batman que mata". Isso vindo de nerds que se acham os intelectuais dos quadrinhos kkkkk. Quanta limitação!
Não vi ninguém fazendo essa reclamação em lugar nenhum
@@f_lopes181 Mas isso se deve justamente pela estética do Snyder, você quer trabalhar uma redenção do Batman no final de BvS e conclui com ele continuando agindo como sempre fez, salvando a martha esporrando e matando os bandidos com a maior brutalidade possível até mesmo quando um larga a arma e desiste de confrontar e no fim ainda vai na cadeia pra tentar marcar e ameaçar o luthor com o maior sangue nos olhos, tudo isso pra criar uma cena cool então eu não chamaria isto de rendenção contra o batman violento que ele era durante o começo do filme (o filme de Matt agora este sim faz isso), é mesma coisa da mulher maravilha explodindo sem motivos um bandido pq sim em liga da justiça... A narrativa pode até ter uma motivação durante seus atos mas sua direção atrapalha e MUITO, é a mesma coisa pra watchmen que se na HQ fica bem evidente a brutalidade e o erro dos feitos daqueles heróis no filme é simplesmente algo vangloriado e entonando em pró das figuras e não como crítica.
@@f_lopes181 Verdade, mas ele parou de torturar a escumalha ou só está ocupado salvando o mundo de deuses alienígenas?
@@narutosenninflash no final do filme ele não marca o Luthor. Inclusive há uma rima visual EXPLÍCITA entre a primeira e a última cena do Batman no filme, na primeira cena ele está marcando um criminoso e na última ele soca a parede e vai embora ao invés de marcar o Lex Luthor, simbolizando que o personagem do final não é mais o mesmo do início do filme. Eu não disse que ele se redimiu ao final desse filme específico e sim que ELE INCIOU UMA JORNADA DE REDENÇÃO. Sua real redenção só acontece no filme da Liga da Justiça, que mostra um Batman muito menos violento e vingativo, com um senso de justiça restaurado.
Quanto a violência das cenas de ação, não faz sentido nenhum reclamar disso. Absolutamente todos os filmes do Batman fazem isso, inclusive os filmes do Nolan e o recente filme The Batman. O Batman do Matt Reeves é tão violento quanto o do Affleck, no final do filme ele quase esmaga o rosto de um dos criminosos. Só não matou o cara porquê o Gordon interviu.
Você tem certeza que assistiu os filmes? Porquê parece que não. Tô tendo que explicar o óbvio para uma galera que quer bancar os "intelectuais da nona arte" kkkk.
Para além da discussão da estética fascista eu achei essa arte do Alex engraçada pq parece que o gigante comunista tem uma jeba cintilante.
Kkkkkkk
É um ato falho onde ele coloca o objeto de desejo que por uma série de motivos não pode ter 🤣🤣🤣
@@MsValdenor o famoso ato fálhico* k
Kkkkkkk...experiência pessoal do Alex...kkkk ter familiares religiosos...sei!!!
nós temos, aksjdgasjdsajkdj
Bibliografia recomendada: Para uma crítica da categoria de Totalistarismo, do Domenico Losurdo.
me parece que o socialismo cresce
Em "O Reino do Amanhã", li em uma Wizard que o Alex Ross estava orgulhoso por representar os super-heróis com imperfeições, como calvície, cabelos brancos e etc. O que acha disso, meu xará Alexandre?!
É muito realismo em um só quadrinho.
Esquece. Isso não é uma análise...
Careca masculino não é imperfeição é testosterona
Cabelos brancos não é imperfeição , é sinal de sabedoria , Deus , que é perfeito , é retratado com Cabelos brancos por Davinci e outros artistas clássicos.
Cabelo branco e calvície são imperfeições desde quando?
E como costumava dizer um velho amigo: "Um ponto de vista é apenas a vista de um ponto." Eu gosto dessa estética! Acho bonito, mas não tenho nada disso na minha vida. Não exalto políticos como se fossem heróis, por mim eles não existiriam, nem o estado e as fronteiras artificiais que nos separam enquanto humanidade. Mas aí eu já estou idealizando demais! A Primeira Ordem em Star Wars tem uma estética nazi fascista também, ou é impressão minha?
O apresentador do vídeo fica preocupado com opinião política de autor boomer de quadrinho (existe coisa mais boomer que chamar o Putin de comunista?), esquece, nem adianta se justificar ou querer discutir, é só ignorar.
Não sei se você está ironizando na parte de Star wars, mas a primeira ordem com certeza tem uma estética facista, tanto a primeira ordem quanto o império foram claramente feitos para representar um regime facista
Então ele até fala disso que existe nos dois lados, que existe uma cooptação de culturas com viés supremacista, também falou não diretamente, mas bem rápido tb, que quem curte essa estética pode não ser supremacista e tal, na vdd ele jogou pra galera, mas eu acredito que a discussão não devia ir pra essa linha, hoje vale mais uma discussão fenomenológica existencial do que Kantiana, vai muito pelo sujeito e subjetividade, fenômeno do que binarismos.
No meu comentário eu coloquei lá que a maioria aqui também sabe da tendência burguesa da propaganda, das lacunas, mas assim neurotizar o olhar é dizer mais do mesmo, ou seja que existe a forma supremacista, nacionalista todo mundo sabe; que o nazismo cooptou, o stalinismo cooptou, o liberalismo cooptou de outras culturas pretéritas, todoundo sabe, mas o que podemos pensar para além disso? Como cada um experiência isso? Fugir disso é uma solução ou uma auto punição dos desejos? Sei lá, mais por este viés eu pensaria.
@@yoluvisking Sim, falar de "estética fascista"
@@felipeguedescampos851 Eis que você não sabe que era sobre regime militar otomano.
Analisando seu vídeo, percebi algumas semelhanças do desenhista Clay Mann (Heróis em Crise) com a arte de Alex Ross. Qual seria o parâmetro de diferenciação entre artista que retoma o "clássico totalitário" do que valoriza a corpolatria?
Você parar de ser um nerdola chato.
Pra começar, conservadorismo e fascismo não são sinônimos. Tudo bem? Podemos concordar nisso? Depois, os estados totalitários se apropriaram dos ideais clássicos para estabelecerem os ideais de seu regime. Importante pros governos que a grandeza, o poder e a força lhes pertençam e não aos indivíduos que buscam liberdade longe de seu controle.
Zack Snyder demonstrou ser objetivista, tanto que estava trabalhando na produção de uma adaptação de uma obra da filósofa Ayn Rand. "No âmbito estético, a principal preocupação objetivista é o papel da arte na vida humana, Rand defendeu que o papel da arte consiste em transpor ideias metafísicas em uma forma compreensível, a qual se pode reagir emocionalmente." (Infoescola)
Tudo o que é arte, seja ela expressa por meio da música, da pintura, do cinema, da escrita (etc) se trata do resultante da exploração da capacidade do indivíduo - de sua força e de sua racionalidade. O papel do estado totalitário é enfraquecer esses atributos ou se apropriar deles - de forma que crie uma relação de dependência e submissão sobre a sociedade.
@Ranier de Aquino um estado que tem ou busca controle sobre todos os aspectos da sociedade.
Exatamente. Movimentos revolucionários são oposição, antagônicos, ao conservadorismo e ao tradicionalismo (monarquismo). Os movimentos revolucionários são vanguardistas, ideais abstratos motivadas por um imperativo moral progressista (modernista), a fim de destruir o presente para reconstruir com uma nova ordem com elementos ideológicos (teorias de gabinete). Os movimentos revolucionários são totalitários por visar tal reconstrução a partir de uma força central e autoritária, de cima para baixo, visando um padrão coletivo, sob fundamento autoprobante de um futuro idealizado e autoprrogavel. O conservadorismo respeita a ordem natural das coisas, as regras e medidas estabelecidas, e tem uma cosmovisão indutiva e lógica subsidiária, em que o poder está nas mãos do indivíduo, da família e das bases históricas de uma sociedade.
Uma galera vai te xingar, no meu caso eu gostei da sua colocação.
Embora acho que tinha sim estátuas com esse objetivo opressor, mas também teve estátuas que mostravam outro pensamento porém foram distorcidas pela máquina fria e sem expressão do fascismo.
@@giulyanoviniciussanssilva2947 Se alguém vir com ofensas, apenas vai demonstrar que não tem relevância nenhuma na discussão proposta.
Comentário incrível!
Alexandre, uma hora dessas faz um vídeo sobre Steve Ditko e o objetivismo nas HQs (e as críticas ao mesmo). Eu mandei essa sugestão (além de agradecimentos) pro email na descrição do canal.
"você chora ? Vai chorar!" Me arrancou uma boa gargalhada aqui
Vi o Arquitetura da destruição, agora, é correr atrás do Depois do Futuro e, em especial, o Art power do Boris Groys. Parabéns pelo vídeo e valeu pela indicação das referências.
Arquitetura da destruição eu vi na universidade, na disciplina de História Antiga I, e lembrei exatamente dele enquanto via o vídeo. Parabéns, Alexandre!
Ótimo documentário!!!!
Eu amo como nos comentários os caras tentaram refutar o que ele falou, mas apenas reforçaram.
o grandiosismo, a ideia de ter heróis não é uma ideia de origem no fascismo, a propria arte grega tem os seus heróis classicos, e icones sagrados biblicos também são usados com heroísmo. Associar patriotismo com fascismo pode ser enganoso, já que existem versões bastante pró-capitalismo e anti-estado de patriotismo. Importante também não negar que doa a quem doer - inclusive a mim que sou gordinho - o corpo mais estéticamente belo é simbolo indissociavel com saúde e portanto com valor, com qualidade. Não importa se os fascistas também pensaram isso porque afinal de contas hitler era vegetariano mas ser vegetariano não te faz um fascista.
Iconografia heroica é algo simplesmente fundamentado no classicos, e deveria ser assim. A busca de pessoas de virtude, pessoas heróicas também é uma meta desejavel para qualquer sociedade que se preze que sempre buscará se espelhar em bons exemplos. Chamar isso tudo de fascismo é ofender a busca por ideal ao associa-lo com violencia estatal
Fidel Castro e o movimento comunista cubano tbm são de cunho nacionalista
Cuidado beber leite é fascista e nazista, engraçado, ví um vídeo do mamãe fazendo um malabarismo narrativo pra explicar, o engraçado que ele já tinha feito um vídeo falando que chamar bozo de nazista só dava força pra ele,
O Superman do Alex Ross pra mim é a perfeição. O artista retrata um Superman veterano, mais experiente, mais velho. Isso pra mim é o Super-Homem. Quanto ao Snyder o que ganha são os efeitos visuais de qualidade e também a masculinidade.
Não é bem que "sejam pessoas complexas"...mas é que a arte tem um apelo emocional. É perfeitamente possível consumi-la num nível puramente superficial, sem fazer sua leitura plena.
Como vemos na versão Snyder de "Watchmen" (ele adorou a Minissérie APENAS em seu aspecto superficial, sem ponderar sobre seu significado).
Ih caiu no mesmo erro de Wertham ao confundir a figura do herói com o fascismo. Snyder e Alex Ross apenas representam o herói como ele deveria ser, um ser além do homem, que constrange e inspira a humanidade com sua grandeza, se regimes totalitários são gamados na idéia o Ubermensch é uma coisa, mas não é por ser forte, imponente, masculino que se torna fascista automaticamente, tanto que os heróis sempre combateram esses regimes. Agora sobre o vilão "afeminado" (e não necessariamente homossexual), isso não é nenhuma novidade em ficção, um personagem lunar, magricelo, afiado, que não enfrenta diretamente mas faz maquinações e traições, é simplesmente o antagonista natural do herói solar.
R.Society
Peixes não portam armas.
Voce nao esta errado, tirando a parte em que esse virtuosismo solar é sempre do masculinizado, sempre do hetero e etc. Na verdade isso esta ligado (e é isso que o vid mostra) que qnossa sociedade esta fundada em valores conservadores morais, onde o simbolismo do "mal" sempre sera de valores que o conservadorismo classico combate (gays, estrangeiros e todo o diferente, visto como doente ou maligno).
estes pilares nao signifam que quem le hqs seja fascista e sim que muitos dos pilares que criaram o fascismo esta aqui, debaixo dos nossos narizes o tempo todo, muito presentes em hqs, porem, muitos nao percebem ou fingem ignorar.
o video nao disse que fãs de ross sao nazistas e sim que muitos fãs de hqs ou da mentalidade de se construir hqs de herois bebem das fontes questionaveis de nossa sociedade que fazem coisas como fascismo continuarem a surgir pois sao vistas como aceitaveis e parte do normal, sendo que nao sao.
Isso aí
@@RMarchiori aonde no universo que a arte clássica são fontes questionáveis????
São questionáveis para pós modernidade que relativiza tudo a ponto de nem saber oque e certo e errado,tudo é colocado em cheque ,aonde virtudes são coisas retrógradas ,e ser escravos de todo tipo de desejos sexuais é sinônimo de liberdade .
O que esperar de uma ideologia que pretende destruir a masculinidade? Coisa boa não vem daí... Eles definem qualquer qualidade masculina (músculos, força, virilidade) como fascismo, para incentivar seus asseclas a cultuarem a fraqueza física e por consequência moral.
@@RMarchiori Mano o ponto é justamente que essas virtudes solares são características instrínsecas masculinas, os vilões com traços afiados como de raposas,serpentes, animais astutos, fala suave, calculada, e comportamento anômalo indicam que não se deve botar confiança neles, scar, loki,jafar, a lista é longa, não é algo que tem a ver necessariamente com homossexualidade, embora possa se dizer que tem a ver com o feminino, o princípio lunar, por mais escandaloso que pareça, e o homossexual hj em dia é pintado como muito feminino, então por isso a confusão. Esse tipo de vilão tem a ver com a fraqueza que leva a usar métodos traiçoeiros enqt que o herói solar tem a ver com a força e a clareza para enfrentar os desafios de frente, goste ou não existem arquétipos específicos para expressar essas ideias.
Galera nos comentarios precisa da uma treinada na interpretação e deixar o fanatismo de lado pq ta foda.
Sim, quem não tem interpretação de texto cai fácil no papo do linck
Assisti o react da História Cabeluda e tive que vir até aqui para dar like no vídeo.
"Você chora?"
kkkkkkkkkk
Muito bom falar sobre isso. Discordo em muita coisa, e concordo em algumas colocações. Mas não vou fazer a sua vontade de criar confusão aqui, já que o seu jeito autoritário e cheio de razão de falar nesse vídeo em específico me lembra um certo político, rsrs. Me pareceu que a sua vontade nesse vídeo não foi informar, mas sim provocar, e tudo que eu escrever aqui será refutado de forma a exibir sua superioridade de fala, coisa que eu, como artista, pesquisador e pessoa mais introvertida e reclusa, não tenho. Pesquisei muito a obra do Ross (do Snider não conheço) e dá pra dizer que o buraco é beeem mais embaixo que compará-lo ao Delacroix ou a dizer "ué, por que ele não apoiou o Trump?". Mas respeito muito a sua opinião (a oportunidade de estudo superior que você teve permitiu muito tempo e material para criar suas teorias) e é ótimo conhecer e ouvir opiniões divergentes, mesmo que pronunciadas de forma até certo ponto infantis (talvez eu não devesse deixar seus vídeos na velocidade 1,5, a exacerbação fica latente demais nesse formato), mas não conseguiria assistir inteiro em um domingo se não fosse assim. Até o próximo vídeo e parabéns pelo conteúdo.
Tu não acharia mais produtivo simplesmente só falar os seus pontos de vista?
@@nick7259 não, esse tipo de conversa é interessante em dois ambientes: em uma mesa de bar ou em um livro específico. Em rede social vira uma rinha de galo para discutir quem tem os melhores argumentos, rodeado pela torcida de quem tem mais amigos. Invadi o terreno do Alexandre para discordar de forma amigável justamente porque admiro demais o trabalho dele, senão simplesmente ignoraria, deixaria de seguir e ficaria ressentido. RUclips é aprendizado, vida é aprendizado, ninguém daqui tem todas as respostas, concorda?
@@emersonpenerari Olha, se vc tem pontos que vc discorda seria bem mais interessante vc mostra-los, afinal justamente por estamos na internet, não existe obrigação nenhuma de vc continuar uma discussão caso não queira. Falo isso pq acharia bem melhor ver seu ponto de vista sobre o assunto.
Valeu cara!!! Agora eu sei porque eu curto mais o Lex Luthor de BvS do que o Batman e o Superman. kkkk
Exemplo de reducionismo acadêmico, quando o preconceito do observador nubla a capacidade de realmente avaliar o objeto. Parabéns!
vc é burro
Vim do história pública, seu vídeo é incrível
Esse vídeo expandiu meu mundo de um jeito que eu não imaginava. Eu tenho a queles formatões do Alex Ross, tipo Superman Paz na Terra que eu tenho desde os 15 anos até onde eu me lembro eu sempre gostei. Achava a arte dele bem fod@. Mas agora senti um gosto amargo sabendo de onde são essas referências. Agora vou ver minha coleção de outra forma. Obrigado!
Parabens, voce acaba de ser manipulado pelo professor esquerdopata, problematizador e calvo.
A única coisa que ele prova nesse vídeo é que a estética imponente europeia clássica é realmente a mais bonita e elevada.
"...a mais bonita e elevada, mas que pode trazer uma ideia facista e perigosa."*
Brilhante análise. Uma riqueza de informações e referências. Parabéns pelo trabalho de muita excelência.
"VOCE CHORA, VAI CHORAR"
GENIAL KKKKKKKK
Definitivamente, estou aqui por suas análises. Já tem um mês que assisto a seus vídeos todos os dias.
Esse vídeo me provocou uma explosão mental, porque me fez criar link entre várias coisas! Você é um monstro, cara!
Alex Ross sempre coloca a cara dele em todos os seus personagens kkkkkkk
Os dez primeiros minutos contextualizando todo o tema são muito bons, parabéns pelo trabalho. Mas daí em diante a crítica se perde pelo apelo passional, principalmente em relação ao Zack Snyder, vou pontuar algumas coisas.
Ao mencionar o apelo estético dos artistas realmente dá pra entendermos que eles utilizam uma estética que remete a "A Arte Fascista", mas isso não é algo especificamente particular de ambos, isso tá inserido na cultura americana de produções cinematográficas desde SEMPRE, a indústria americana tá produzindo há 50 anos filme de bombados sem camisa filmado de baixo pra cima, tentando trazer conceitos idealizados que se perderam ao passar do anos, isso vai de Rambo até agora em Reacher.
E falar sobre criatividade dentro de um contexto da indústria audiovisual ocidental é muito complicado, Scorsese replica obras o tempo inteiro, Tarantino idem, esse é um processo muito natural da arte, que se retroalimenta.
Acho totalmente natural você não gostar do artista x ou y pelos motivos que for, e é totalmente aceitável, mas colocar esse peso de "Arte Fascista" apenas no diretor que tu não gosta, e esquecer todo o contexto em volta só pra validar teu argumento é extremamente raso.
Tem gente que gosta de coisas que você não gosta e o inverso, e tá tudo bem. Não precisa realizar ataques com uma problematização que simplesmente não tem sentido, só pra poder exaltar um ódio interno e ganhar alguns likes.
Pelo jeito não é só o Superman que sangra...
Também percebi isso, parece que algo o afetou, no caso, essas artes do Ross, então ele decidiu fazer um vídeo de forma de juntar o útil ao agradável: juntar quem ele não gosta no meio artístico com o discurso batido do "fascismo". Essa correlação que ele faz, soa desonesto.
Mas o vídeo e sobre o facismo como inserido na própria sociedade americana , então qual seria a justificativa do cinema? Jhon Wayne matando índios, Rambo matando vietcongs, os EUA não são facista pra vc então? Os super heróis n seriam propagandas norte americanas.
Vc tá atacando INDIVIDUALMENTE o Alexandre só pq ele tá criticando (pARa dE RItiCAr mEUs sUPer-HErOIs) UM ASPECTO TOTALITÁRIO/EUGÊNIC0 DA SOCIEDADE q consequentemente é representado na arte. Te pergunto: Qual a diferença racial e física entre o Capitão América (que lutava contra o naz1sm0) e os homens escolhidos por HITL3R para o programa eugênic0 de reprodução da SS chamado LEBESBORN??! Só Homens brancos arianos, musculosos e altos eram aceitos (pois estes eram considerados SUPERIORES)... Ué, acho q o Capitão América se enquadra nos pré-requisitos... O Thor tbm passaria, o Superman tbm, o Batman tbm, etc. Sabe quem não passaria?? O Coringa, o Lex Luthor. Quem são os vilões mesmo????
@@bispo5671 "atacando" kkkk leia meu texto 30 vezes e não vai encontrar um ataque, pontuo só algumas questões, o video é extremamente enviesado, tentar sair pela tangente não vai diminuir isso, critica feita de forma passional e desconsiderando contexto é rasa, pra não falar mais coisas, então saibamos separar as coisas e não fique ofendidinho pois escancarei uma verdade incômoda, cresça e entenda que existem pessoas que gostam de coisas que vocês não gostam, pluralidade de ideias é essencial, ataques são baixos e pobres.
Vai chorar?
Foi uma grata surpresa encontrar seu canal por essas águas RUclipsanas. Obrigado por apresentar tantos conceitos e informações transformadoras. Quisera um dia bater um papo contigo sobre as Lendas Brasileiras, que são meu foco de estudo. Abraços Curupirianos
Acho engraçado como até nessa estética do Alex Ross nesse desenho que ele fez em relação a Rússia e Ucrânia, essa visão meio "clássica e meio nazfacis", acabou que é o estilo dele padrão.
Repara que o artista retrata justamente o "Golias Rússia" tem uma barriguinha gorda (obeso pelo padrão dele), enquanto o "David Ucrânia" é todo proporcional e fortinho.
E ainda me pareceu a ideia que o Golias seria um adulto mais velho (tipo uns 39), enquanto o David seria aquele jovem adulto (uns 25). Isso também influencia o público no geral achar "uma luta injusta", quando um cara mais velho fortão (tipo gordo) briga com um jovem com corpo atlético (esguio modelo).
O feio é praticamente o mal (ou um bem "menos poderoso"), o belo é bondoso e justo. Até os vilões "com alguma razão" (ou que podem vir a ser bondosos ocasionalmente) são identificados pelo nível de beleza... Quanto mais belo e escultural, maior as chances dele ser um anti-heroi, ou descobrirmos que esse vilão estava certo (ou quase). Kkkkkkkkkkk
Vídeo muito bom, lembra os dois documentários do Peter Cohen: Arquitetura da Destruição e o Homo Sapiens 1900. Eles trabalham muito bem essa noção da estética nazista e da eugenia no começo do século XX.
16:37 Mas o Uxas =/= Darkseid, o Uxas foi feito pra ser um cara que pula direto na batalha de peito aberto, ele era um bárbaro mesmo. O Darkseid já é descrito como "stateman", uma figura mais estrategista e mais sábio, e com uma mão de ferro, não é atoa que ele transformou o símbolo do Superman em uma pseudo suástica no knightmare.
E o palácio do Darkseid é uma catedral, as vidraças são o rosto dele, o símbolo religioso de Apokolipse é o omega, o Desaad é o papa, o Steppenwolf é um "cavaleiro santo". A image do Darkseid é essencialmente uma figura Deus absoluta, tanto é que o Steppenwolf foi expulso por uma ideologia oposta ao do Darkseid.
Esse youtuber odeia o Zack Snyder, nenhuma crítica que ele fez ao Snyder faz sentido, e todas as tentativas de argumentação dele vem junto com um ponto final e não com uma construção de ideia. Ele disse que o Darkseid do Snyder estava coberto de mitologias, quando na verdade só existia a mitologia dele lá e a procura do mesmo pela equação anti-vida, tendo a Vovó Bondade, Lobo da Estepe e até o Desaad. Todos sendo da mitologia da DC Comics sobre o Darkseid.
O Zack Snyder apenas adicionou à trama que os Atlantes, Amazonas, e humanos tinha escondido as três caixas maternas para que a mantivessem em segurança e não caísse nas mãos do Darkseid.
Engraçado ele falar que o Zack Snyder não tem criatividade, e que somente faz adaptações dando a entender que ele apenas copia o quadrinho para o filme, quando na verdade ele utiliza o material base a adapta, sendo que em o Homem de Aço ha várias partes que foram inseridas na visão do Zack sem que aquilo existisse nos quadrinhos,como os Kryptonianos não tendo uma relação carnal para conceber filhos, a motivação do Jonnathan Kent escoder os poderes do Clark, a disputa do Batman vs Superman (que é diferente da versão do Frank Miller), a criação do Apocalipse, e por fim a história do Darkseid que ele já havia invadido a terra antes.
Zack Snyder utilizou a essência dos quadrinhos e adaptou, que é o que todo ótimo diretor a se faz, assim como o Bryan Singer dos X-men, Sam Raime e Marc Web fizeram com o Spiderman e o mesmo que o Nolan fez com o Batman. Nenhum desses criou tudo do zero e eles criaram os filmes utilizando algum quadrinho como referência.
Qualquer diretor que se afasta de muito do conteúdo original tira a identidade da adaptação como aconteceu com os dois péssimos filmes do Spiderman no MCU, que tiraram toda a essência, responsabilidade e senser aranha do Spiderman.
Não é por acaso que o projeto dos sonhos do Snyder é adaptar Ayn Rand pro cinema
sim, ayn rand é fascista, ta sabendo legal
@@caducadu6676 O objetivismo randiano tem tudo a ver com a leitura torta do ubermensch nietszchiano, que é uma fonte de inspiração gigantesca do fascismo. Os paralelos só não estão claros pra quem começou hoje.
Ayn Rand é foda, ele faria isso muito bem que sua tonalidade fria e pesada.
@@herrerasauro7429 ou é só você buscando pelo em ovo
O que uma inspiração tem a ver com algum outro inspirado?
O fascismo de Mussolini era muito inspirado no império romano, logo, qualquer governo inspirado no império romano é automaticamente fascista por ter a mesma inspiração? Vamos averiguar bem o que esse canal está passando, aprendeu essas besteiras aqui dentro?
A bem da verdade, que muitos não querem falar, é que só chamam ela de fascista por conseguir escapar daquela união sovietica nojenta e delatar todos os crimes do comunismo 👀
Seria o filme mais monótono, desnecessariamente complicado, bizarro e ilógico da historia.
A obra da Ayn Rand é inteiramente assim.
Ah seu safadeeenho que curtiu meu vídeo do Satíricon kkkkkk
Senti falta da emblemática escultura da Vera Mukhina, mas, porém, contudo, ótimo vídeo ^^ \m/
São quase 20 minutos de vídeo e perdi quase 20 minutos da minha vida!
Sou esteticamente fascista.
Venha para o departamento based
@@ginke1996 aguardando a ligação 😎
@@balaclava7775 Também sou.
E ainda se orgulham de dizerem uma merda dessas
Adoro suas reflexões. Qualifica o debate de fato. Sugiro um tema: Pq Snyder gera tanto assunto. Pq apesar de suas deficiências como diretor, ele é capaz de criar clássicos cults (no sentido de ter um número relevantes de cultistas). São questionamentos que me faço.
Aliás, gosto de vários filmes dele, apesar de reconhecer suas deficiências narrativas.
Abraço
Se o fascismo fosse um fenômeno exclusivista, não seria fascismo: ele tenta sempre cooptar o maior número de pessoas, então não surpreende que haja tantos "cultistas" para esse tipo de coisa.
Maniqueísmo..... Pintam "fascismo" como o verdadeiro diabo da realidade.... As pessoas são complexas e contraditórias.... Não podemos valorar as coisas só pelo ponto de vista político, é idiotice...
@@Rocha-rc4vv Passando paninho pro fascismo ou entendi errado?
Eu acho que é pq ele mostra os heróis como seres quase divinos e overpowers, a estética fica muito boa nesses personagens e ele sabe dosar o desenvolvimento de personagens e o massaveio de que eu tanto gosto.
@@br273k Tá ai uma palavra que perdeu o sentido. Usam pra literalmente qualquer coisa que desagrada a turma do ódio do bem.
As mesmas pessoas iludidas acusando Zack Snyder de (de alguma forma) adorar fascismo estão aqui dando desculpas para fascistas REAIS.
ninguém está acusando ele de facismo. você não entendeu o video.
@@Ian-hj4yt E se for,idaí?
19:08 adoooro as recomendações de bibliografias e videografias do Linck, dá vontade de devorar tudo de uma vez
10 primeiros minutos de video muito bom
depois é só ladeira a baixo
parabéns pela distorção.
Sou desenhista a quatro anos e nossa... Eu me sinto mal(sei que não foi intenção do canal nem nada só queria compartilhar) que eu me identifico muito na arte e da visão de belo do Ross e principalmente do Snyder de apelar pro espetacular, pro grandioso e eu mesmo já percebi que acabo não dando tanto bola, as vezes até desprezando, formas mais simples. Felizmente sou consciente disso e não sou o chatão que classifica isso como bom ou ruim em relação a desenhos, sei separar meu gosto dos demais, principalmente agr que estou mais maduro nas minhas influências (não só incrível e imponente, mas tbm artes mais orgânicas e soltas como Kim, Hayao, Karlkorpink, Lautrec, Chris, Guilherme De Freitas enfim vários kkkk).
Mas me sinto ao menos incomodado pq eu realmente acho bonito a estética fascista, oq me perturba muito e esse vídeo reafirma mais ainda.
(Antes que venha algum militante: não sou hetero, sou de esquerda, pro comuna, pipipi popopo não encham o saco só pq acho bonito algo, agradecido)
Não é por gostar da estética que isso te torna imediatamente a coisa. Ser de esquerda e sentir esse incomodo é na verdade muito bom, pois mesmo que você goste dessa estética, não vai olhar para ela de modo inocente, ou replicar certas armadilhas sem perceber. Na real isso pode ser enriquecedor pra sua arte
"As pessoas são complexas ". Amei!
Eu sei que você veio aqui depois do vídeo do Gustavo
Só pra constar, Justiça é desenhada pelo Doug Braithwaite e arte-finalizada e pintada pelo Alex Ross. Obs.: Sou de esquerda e gosto da arte do Ross e do Snyder.
Né isso não tem nada haver com o lado ideológico da pessoa, é o mesmo que dizer que quem gosta de uma arte indígena é um índio
90% da mundiça aki é de esquerda...
Se vc lê HQ e não consegue ver referências políticas, tá lendo errado...
É importante entender o processo até para se aprofundar nas histórias.
No final do vídeo ele fala sobre não ter certeza do posicionamento político dos artistas, mas suas referências.
"Referência política", traduzindo: propagandinha iluminista pos moderna de viés identitário e neo marxista...
@@colecionadorrafao2064 vc não assistiu ao vídeo, né?
O fascismo é fascinante e deixa gente ignorante fascinada.
?
@@linkanjos3006 É um um trecho de uma música do Engenheiros do Hawaii, toda forma de poder.
@@wellington393 so podia ser
@@linkanjos3006 você não gosta de Engenheiros do Hawaii?
Não existe nada mais belo que a estética fascista.
Curto e no ponto! Valeu!!!! 😃
A mais bela arte!
bela 🤚🏻
vrdd ✌🏻👍🏻
Brasileiro fascista é tenso kkkkkkkkkkkk
cara, teus videos são fodas demais!!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK QUE FELICIDADE ENCONTRAR BONS CANAIS DE COMÉDIA
Ótimo vídeo. E vc tá certo cientificamente falando. A mente humana não tem acesso à realidade como ela é porque nosso cérebro é limitado (não conseguimos ver átomos ou acontecimentos em galáxias distantes, por exemplo). Por isso o cérebro usa filtros e nos diz que esses filtros são a realidade em si. E desses filtros nascem as opiniões, gostos, valores etc. E os filtros são produzidos exatamente pelas culturas, ou seja, pelo seu acervo imediato de idéias: os livros que vc lê, os filmes que vê, as músicas que ouve etc. A cultura produz as pessoas. Se vc tem uma estética cultural fascista, é difícil imaginar que há comportamentos fascistas como subproduto dela? Um bom exemplo disso é esse moralismo de cartório que impera hoje em todo lugar. Outro exemplo bem visível: padrões de beleza corporal, que contribuem pra exclusão de pessoas e lotam as clínicas de estética com jovens e até adolescentes de famílias endinheiradas. Então veja que a estética não é algo tão inocente assim, ela produz um tipo de filtro sobre a realidade que leva as pessoas a julgarem as coisas segundo os interesses de sabe-se lá quem. A esse respeito, sugiro a leitura de Quem Pagou a Conta: a CIA na Guerra Fria da Cultura, de Frances Stonor Saunders.
10:06 o maior exemplo da nostalgia que o Alex Ross faz é na hq Reino do Amanhã, onde no caso tem um debate onde os antigos heróis se formam com grandes valores que hoje se perdem e não deseja mais ser o símbolo de heroísmo e tal.
Descobri seu canal há mais ou menos uma semana. E estou apaixonado! Um dos melhores que conheço. Parabéns pelo trabalho!
Eu diriam que isso é uma estética que teve notoriedade na Grécia, sendo humanista e usada até como ato transgressor na renascença, oque foi desvirtuado por fascistas que São intolerantes a esses valores
Sim, é óbvio que a estátua da thumb tem características do renascentismo, já que não é a arte que está sendo criticada. O Mishima deixa claro que o fascista deve copiar e não criar, ser o menos original possível e ser fiel a um modelo ancestral.
Sim
Toda cultura de força usa isso, até na literatura do Brasil colonial.
@@vocetemrazao2239 Tem um outro comentário aí que merecia essa resposta também
Depois desse vídeo acabei gostando mais do Zack Snyder. Um filme de herói tem que ser épico e o herói um ser lendário.
Homoerotico
Verdade. Super-heróis não tem que ser "realista"
meu DEUUUUSSS, nunca tinha percebido nada disso. que vídeo SENSACIONAL
Mano, seu canal é muito foda, demais.
Esse é um vídeo polêmico e algo que me interessa, portanto, irei assistir enquanto almoço kkkk
Você é o professor que eu queria ter tido 👏🏾👏🏾👏🏾
Cacete, é o professor que eu queria ter sido!!!
Essa caracterização andrógina dos vilões tem um lastro histórico na criação do código de conduta de Hollywood. Na Hollywood pré código, Personagens andróginos eram figuras constantes e bem recebidas, não brancos tinham algum espaço e as mocinhas não eram tão mocinhas assim.
No "Como desenhar..." de Lee e Buscema, ensina-se que os vilões devem ter rostos mais estreitos, narizes pontudos e sobrancelhas finas e arqueadas (que remetem à feminilização). Heróis, por outro lado, não fossem as fantasias (chamadas erroneamente de "uniformes), não saberíamos quem é quem, pois têm todos os mesmos traços.
caracterização andrógena de vilão vem desde a Bíblia, na verdade, desde Lúcifer.
@@br273k resumindo EUGENIA
@@bispo5671 Acho que "eugenia" é uma palavra muito forte, por que ela pressupõe uma visão muito deturpada do mundo e uma representação "ativa" de ideais grotescos. Eu acho que a indústria de quadrinhos estava antes de tudo reproduzindo um conceito de "belo" decorrente do racismo estrutural, um conceito massificado principalmente pela indústria da propaganda. Kirby, Buscema e tantos outros tinham expressão nos quadrinhos, mas antes deles Andrew Loomis, que serviu de referência para gerações de desenhistas, já reproduzia aqueles mesmos conceitos que interessavam ao mercado, conceitos que também excluem o feio, o gordo o careca, o velho, mas, sem dúvida alguma, a questão racial é o aspecto mais evidente e desumano dessa exclusão.
"não brancos" KKKKKKKK, Me diz aí quem controla Hollywood ? Me diz aí a porcentagem do "povo escolhido" no partido bolchevique-comunista o mesmo partido terrorista que criou a antifa original ? E o mesmos que mataram 20 milhões de cristãos.
Confesso que eu sou novo no canal e que estou vendo recentemente alguns vídeos seus. Mas o que mais me chamou atenção é um modo que você fala o jeito que você explica as coisas como exemplo esse vídeo. Você explicando os estereótipos do Herói de uma maneira fascista que Visa ver um herói de uma maneira alta forte inteligente enquanto um vilão detem uma força mais mental e um corpo fraco. E representando o lado "do bem" de uma maneira eroica. E comentários finais um ótimo vídeo
Um dos melhores vídeos que já vi no canal e eu vejo quase todos!
Não é à toa que a Brasil Paralelo enaltece tanto a estética da arte clássica.
ué, enalteça o feio entao, kkkkkkkkk
@@fctyrtyrtyrty nossa q visao de mundo patetica kkkkkkk
Não enaltecem a arte clássica, enaltecem uma idealização dela
Já gostei e admirei a arte de Alex Ross... nos anos 90, mas depois de um pouco de desenvolvimento de visão crítica e um curso de artes visuais, deu para entender e perceber que a estética usada é bem discutível. Parabéns pelo belo trabalho.
Já vi Alex Ross fazendo a arte do super man bebendo água... sabe quem bebia água também?
isso foi uma critica?
@@fernandocaradefeijao será?
Kkkkk essa foi boa
@@fernandoarthurdesousaleite3905 Não entendi explica aí
Gênio da ironia
Admito q senti um pouco de peso na consciência por Jacques-Louis David ser meu pintor preferido...
Meu Deus que vídeo EXCELENTE! Vontade de emoldurar e pendurar na minha parede
O cara não é nem um pouco mal-informado, mas ele comete o erro preguiçoso que na real é o ponto-fraco de metade das pessoas que falam de Batman v Superman que é partir do pressuposto que o Batman e o Superman do filme estão heroificados.
Que não são ambos pessoas que perderam a sua conexão com o povo, e causam mais medo do que paz. Ao ponto de que ambos se informam sobre o outro por reputação e decidem que o outro é o vilão.
Em BvS a figura do herói é uma figura que não existe até começar a batalha do apocalipse. Então olhar a primeira metade do filme e procurar a maneira como o Snyder retrata o heroismo, é o equivalente a procurar como que o George Lucas filma os dinossauros em Star Wars.
E o cara vai lá, fala "Esse tipo de enquadramento não existe em Man of Steel nem em Liga da Justiça, mas não é porque esses dois fimes voltam a noções de heroismo que BvS omite, e sim porque em Liga da Justiça ele mudou de ideia, e em Man of Steel tinha o Nolan controlando" o que é uma passada de pano imensa pro Nolan que tem os mesmos defeitos do Snyder em especial por ter feito um Batman torturador, o que o brother marca aí como uma loucura do Snyder.
Ele até fala que o Reino do Amanhã combina com a estética apontada, pois essa estética é boa para retratar heróis corrompidos e malignos, mas finge que em BvS o Batman e o Superman estão romantizados só pra forçar os dois argumentos a serem o mesmo, quando é o filme em que ambos estão em seu menos heróico.
Enfim. Eu não acho que o Snyder é inocente da maioria das suas acusações. Tem merda ali, mais fora de BvS do que dentro. Mas acho que tem um problema aqui, e esse problema é do gênero Super-Herói, é um problema gravíssimo, e a galera quer muito não mandar a conta pro Brad Bird, por Nolan, pro Sam Raimi e pra turma do MCU, então eles acumulam todas essas contas e mandam pro Snyder pagar como se ele fosse o combo-breaker de um movimento progressista, quando ele é na verdade somente o cara menos carismático de um movimento de décadas de como o renascimento do cinema de herói e a reascenção da direita nos EUA não estivessem de mãos dadas desde o começo.
O cinema de herói voltou pro mundo como mainstream no pós 11 de Setembro, e a direita mais problemática dos EUA também.
Boa. Nada digo sobre BvS, q para mim é uma perda total de tempo, mas sobre sua reflexão acerca do genero superherois. Falta mesmo uma dessacralização do gênero super heroi como um todo. E talvez isso nao vá ser feito jamais por pessoas q cresceram lendo esse gênero e, d alguma forma, construíram sua identidade pessoal/profissional em torno dele. A vez em q propus a ideia d q há algo intrinsecamente fascista no gênero fui apedrejado e recebi incompreensao dos fãs, q s sentiram pessoalmente ofendidos. Ou seja, ainda há uma relação infantil com esses materiais, e o modo como sao explorados comercialmente (construindo justamente uma "identidade" em torno de ler HQ d hominho, e agora ver filme d hominho) contribui ainda mais para isso. Talvez uma próxima geração, ou estudiosos provenientes d outras áreas (mesmo das HQs, só q nao necessariamente fãs d herois) tenham melhores condições d s distanciar e enxergar o q nos parece tao óbvio
O fascismo vive da mitologização e da criação de figuras heróicas para justificar a violência como fonte de verdade. Isso é fato. E a figura do super-herói é perfeita para ser utilizada nesse sentido, a própria imagem do herói sobre humano permite essa leitura que, nem chamaria de apropriação mas a utilização de elementos que já estão ali presentes para ser utilizados
No entanto, eu confesso achar que o argumento de haver algo inerentemente fascista em histórias do gênero de super-heróis ser bastante.... reducionista. Posso dizer que li histórias do gênero de diferentes autores e eles passam uma diversidade bastante grande de mensagens, temas e ideologias usando a narrativa hiper exagerada do "super herói". Tem histórias do gênero que acho fantásticas e outras que reproduzem muito bem os piores aspectos da cultura que elas fazem parte. Ao mesmo tempo, aprendi na prática que pessoa que baseiam toda a sua identidade em torno dessas histórias (ou em ser um "gamer" ou um "otaku" ou um "cinéfilo") pode te levar para lugares bem sombrios e suprimir severamente sua capacidade crítica (ou mesmo sua conexão com a realidade, não é a toa que "comunidades online" viraram um veículo eficaz para recrutamento de grupos de extrema direita). Esse trabalho crítico se aplica para arte no geral e é difícil não cair na armadilha de construir toda a sua identidade em torno de determinadas mídias (especialmente dentro do âmbito capitalista que transforma tudo em produto e incentiva uma identificação íntima com o produto) se não exercitar esse senso crítico
Francamente, acho que é muito mais uma questão de ser capaz de olhar de forma crítica para obras e trabalhos com o qual temos essa afinidade emocional (por que também a arte vai compor algum aspecto da nossa identidade a medida que interagimos com ela) do que se distanciar definitivamente deles. É uma discussão bastante necessária, principalmente no nosso contexto atual
@@antoniocarlosgoncalvesfilho perfeito. Eu bem sei q esse argumento acaba sendo reducionista. Percebo q há mais dimensões nas hq de supers, e há várias em q o elemento fascistoide nem aparece identificado com o heroi (posso citar d cabeça "all stars superman", para mim a melhor hq do personagem). O q quis evidenciar em comentários aqui é q esse aspecto fascista é algo inerente a esse gênero d narrativa, algo q nao s pode ignorar, portanto, e que cabe aos consumidores/apreciadores ter clareza a respeito, pois m parece q a comunidade "nerd/quadrinhófila" tem dificuldade para elaborar criticamente sua relação com esses conteúdos. Enfim, eu nao disse q todas as hq d supers sao fascistoides ou q é impossível escreverem histórias d herois superpoderosos nao-fascistas. O q disse foi q o fascismo está implícito no gênero. Ou seja, é muito fácil escorregar para esse lado.
@@antoniocarlosgoncalvesfilho acho até q o superheroi tem uma dimensao interessantíssima, como metáfora do trans/pós-humano, um pouco na linha do q grant morrison pensa. CConhço um livro q vale a pena, a esse respeito, "the posthuman body in superhero comics", d scott jeffrey. Sei q há várias abordagens nao-belicistas em torno do superheroi, e desejo q haja cada vez mais
@@nombre624 perfeito. Concordo que reconhecer esse conteúdo fascista é extremamente importante dentro do gênero, a aceitação não critica de histórias de super heróis sem sequer questionar a autoridade moral desses personagens é sim, um passo para se aceitar esse discurso na vida real. É extremamente importante se pensar o que se está extraindo de uma obra e que maneiras de pensar, escrever e ler super heróis podem incentivar leituras mais interessantes, plurais e inclusive as trans humanas que eu pessoalmente adoro nas histórias do Grant Morrison que você bem citou
Por isso achei o termo "dessacralização" que você usou muito perfeito pois é assim que eu vejo como muitos fãs interagem com o gênero
Eu já fiz partes de grupos de fãs e foi muito assustador ver como o amor acrítico a histórias de super heróis os tornou fanáticos. Ao mesmo tempo uma das pessoas mais inteligentes que tive o prazer de conhecer é um professor namorado de uma amiga minha que faz trabalhos fantásticos analisando o gênero de forma crítica, mas que aprecia muito várias histórias e autores de super heróis
O amor a arte. O amor em geral, na verdade, tem que ser crítico. Senão ele se torna destrutivo
Então quer dizer que o sr. bebe água? Sabe quem mais bebia água? Isso mesmo, o adolfinho.
Tu não viu o vídeo né meu nobre.Em nenhum momento ele chama o Ross de fascista (na real quem acompanha o canal há algum tempo,sabe q o linck é até meio famboy das artes dele )a crítica dele é justamente na relação da apropriação da estética greco-romana (obviamente a inspiração do Alex Ross) pelos regimes fascistas
Conheci ha pouco tempo esse canal, mas ja é um dos meus favoritos. Incríveis análises, super informativas e cheias de bom senso.
6:20 poha mas ai tu colocar foto de meme falando q é arte em pró do fascismo quebrou todo a ótima argumentação q tu tinha feito kkkkkk
Muito obrigado pelo conteúdo. Sou muito seu fã!!
''sujeira espiritual" eu vejo em qualquer HQ meia boca... Por isso que O Alex é foda.. artista foda..
@@k3nnthj3zz sei não, vi potência na última HQ do Quarteto... Mas ele curte as pinturas...
Mas são heróis! Os corpos e as poses imponentes remetem ao herói de fato. Fortes, imponentes e honrados. Você quer os caras magrelos, gordos ou fora de forma? Misturou muito filmes e HQ. As histórias em quadrinhos de heróis sempre trouxeram essa estética pq os personagens vão lutar!!!! Enfim, gosto dos seus vídeos, mas nem sempre concordo com o que diz. Abraço.
a propria arte greco romana enfatiza isso
Kkkk maioria dos heróis de anime é normal 🤣 no máximo malhadinho.
Aliás, se o cara tem superpoderes, foda-se ao físico do corpo kkkkkk
@@harryhoudini2992 depende do gênero o shounem é quase tudo maromba kkkkk ou malhadinho ou aquele cara magro foda
Não existe só imponência relacionada ao músculo. Essa imponência heroica tem sim influência da guerras, há diversas formas de transmitir superioridade do herói.
@@ray-co8wm São superiores porque disparam laser pelos olhos, tem força sobre humana e conseguem voar, não porque são a representação física de preceitos morais de uma ideologia morta do século XX.
Fala mal do Zack, mas usa as frases de efeito dele, ah lá.... Kkkkkkk
Ótimo vídeo como sempre!!!
Dele, não. Do Chris Terrio.
Zacarias é ruim mesmo, superestimado. Não concordo com as ideologias do dono do canal mas na maioria das vezes ele sabe o que fala
Usa pra debochar ué
Maninho, achei o vídeo excelente. Gostei muito do debate e ia pedir por material de leitura, fonte e tal, pra que eu mesmo possa me aprofundar. Mas vi que colocou bem no finalzinho do vídeo hahahaha (comecei a escrever o comentário no ultimo minuto de vídeo). Seria possível por também na descrição? Apenas pra facilitar na hora de procurar. Abraços
"As peçoa são estranha" Linck, Alê ^^
Acho que está bem claro que Snyder não é um objetivista, ele parece se inclinar mais para o liberalismo clássico.
Olha, prefiro reduzir pro posto de um diretor ruim. Porém sem esquecer seu lado lambe botas de Ditador.
Para esses doentes, td da direita se resume em fascismo
@@lendoanona4688 é o que?
Tanto o objetivismo quanto o liberalismo clássico não exaltam figuras impotentes de poder, muito menos burocratas e estados, ambos exaltam o trabalho (o objetivismo o trabalho intelectual) e o liberalismo todo trabalho e produção sem influência estatal.
Não entendi a relevância disso pro assunto, qualquer regime totalitário é o extremo oposto do que o liberalismo e o objetivismo pregam.
@@sarudoman1993liberalismo é pura maquiagem para assentamento de regimes fascistas
A grande verdade é que os democratas não são esquerda, somente estão à esquerda dos republicanos, no que tange algumas pautas conservadoras.
Fabulosas ponderações a deste vídeo 👏👏
Como assim?
@@Docinho.de.Cereja a Simone Tebet não é de esquerda, e nunca será, mas ela está à esquerda do Bolsonaro.
O choro vem forte nos comentários hein hahaha
depois desse video irei me dedicar mais ainda na academia e parecer um belo fascista
Opa Alexandre, esse foi o primeiro vídeo do seu canal q eu vi e gostaria de elencar alguns pontos aqui sobre sua analise, gostei de diversos pontos apresentados, mas vejo problema em possíveis conclusões q elas podem trazer.
1. Vc no final diz q n está fazendo uma análise biográfica das personalidades mostradas no vídeo, mas deixa no ar a possibilidade deles compartilharem das ideias reaçonarios, o Alex Ross n acampanho, mas seu cartaz em pró da Ucrânia mostra muito mais uma pessoa q cresceu no período da guerra fria e clara associação a Rússia aos comunismo desse período do q uma coisa resultada da propaganda facista, acho muito difícil um diretor como snayder ter esses ideias, pois n acho q uma pessoa desse tipo defenderia tanto rai Fisher e galdot(pesso perdão caso tenha escrito os nomes) como ocorreu na confusão da sua versão com a do Joss de 2017.
2. Sobre nosso fascínio pela estética desses heróis, acho q vincular ela as propagandas fascistas, é muito perigoso pois pode criar um julgamento a quem curte esse tipo de estética, pois a séculos muito antes desses ideias existirem essa estética já era usada e ela nos trás certos sentimentos, vc chega a mencionar isso no vídeo.
3. Sobre os pontos da questão de como a esses autores colocam seus vilões, pode ser colocados a toda mídia hollywoodiana n só esses autores.
4. Sobre o uso dessa estética, mesmo com seu uso para mal do nos anos 30 e 40, elas passam muitas vezes a mensagem q os autores querem para sua história de enalteceu seus personagens.
Realidade: A
Alê: Fascismo!!!!
ai que ta. é!