Isso limita a descoberta de mais elementos químicos? Pois se cada camada mostra a somatória máxima de elétrons isso pode limitar a um número máximo de prótons no núcleo. No caso 118 (2+8+18+32+32+18+8)? O último elemento da tabela periódica é o Oganessônio (Og) que tem 118 prótons, além dele pode vir a ser descoberto algum outro elemento, com 119 prótons?
3 года назад+9
Essa é uma boa pergunta. Olha, no papel é impossível, pois a distribuição vai até ao orbital f, mas isso não indica que em um futuro próximo possam ser descobertos orbitais diferentes. Essa que é a graça da ciência, ela é exata dentro de um modelo específico, mas conforme o modelo se altera, surgem novas possibilidades. O exemplo de modelo atômico é o que faz com que todo cientista deixe de ser arrogante. Eu acredito que até possa existir alguma forma de se sintetizar por alguns milésimos de segundo algo além de 118, mas nesse caso, seria algo que necessitaria de um monte de variáveis e uma quantidade absurda de energia. Ou seja, algo que só seria possível na natureza, dentro de um buraco negro ou algo do tipo.
@ vídeo muito bom. e essa explicação sua é tipo aquela coisa de já terem feito outros modelos de exposição dos elementos pré tabela periódica, tipo o tal parafuso telúrico, né. a ciência sempre há algum espaço para evoluir, pois não se trata apenas de sempre crer de forma fixa ou irredutível no que é proposto, apesar de haver o método cientifico de validação das hipóteses/elaboração de teorias. e que bom que é assim, não é isso. heheee
3 года назад+5
Exatamente. Eu estudo um filosofo que trabalhou muito a epistemologia histórica. No caso Bachelard. Ele sempre criticava quem se prendia a um modelo engessado de ciências. Um realista não aceita uma visão abstrata de mundo e um positivista não aceita uma mudança no modelo considerado como verdadeiro. A ciência é racionalista e o racionlismo sempre observa o todo. Um exemplo foi o Bohr, que não gostou nada quando alteraram o modelo proposto. No ano passado um paleontólogo descobriu novas vértebras de um Spinossauro e concluiu que o animal tinha uma rabo em forma de leme. E que sim era um animal semi-aquático. Essa mudança gerou uma grande briga, fora do meio científico, as pessoas não aceitaram que o bicho parecia mais um jacaré do que um dinossauro bípede. E é ai que está a graça, querendo ou não querendo, seja cientista, seja uma pessoa se fora do ambiente científico, tem que aceitar que tudo que a ciência mostra são indícios, pois tudo é baseado em um modelo interpretativo. Não sei de já ouviu falar da Navalha de Okhan, essa ideia explica que um fato tem sua descrição sempre pela ideia mais simples. Para modelos atômicos é muito mais simples explicar por meio de funções de onda e densindade de probabilidade do que pela ideia de um pudim de passas. E realmente faz mais sentido.
Opa! Seu vídeo é sensacional. Estou apenas com uma dúvida: o livro que estou usando de referência mostra a camada Q como comportando apenas o orbital "s". Houve alguma mudança nesse entendimento ao longo dos anos?
7 месяцев назад+1
Não, a camada Q é a mais externa, no caso ainda não existem elementos que tenham uma distribuição eletrônica tão grande que ultrapasse o "s" mais externo. Contudo, essas camadas não limitam a possibilidade de outros orbitais existirem, eles só não são preenchidos. Por exemplo, um elemento que no terceiro período tem sua distribuição terminando em 3s2, isso não quer ficar que na camada não existam orbitais 3p, somente não estão preenchidos. Existe também o efeito da contratação de orbitais. Ou seja, mesmo um orbital s sendo mais simples em uma distribuição pode ocorrer de acontecer uma melhor estabilização em um orbital p ou d de um nível anterior, pois o orbital fica semi preenchido em vez de vazio. Elementos que alcançam os níveis mais altos de distribuição são mais raros, dessa forma a distribuição de elétrons fica mais complexa, com elétrons muitas vezes passando de um nível para outro, simplesmente para deixar orbitais semi preenchidos.
Estou em dúvida com uma coisa. Os subníveis seriam mini camadas que formam os níveis? tipo um nivel é como se fosse uma órbita, o subnível seria como uma órbita q forma uma órbita maior?
5 месяцев назад+1
Entenda o nível como uma faixa de energia em que são aglutinados os subníveis. Fica mais fácil olhando para a tabela periódica. Cada linha é um nível energético ou camada, em cada linha temos um número específico de elementos. Os átomos desses elementos vão crescendo em número de prótons e, dessa forma, o número de elétrons. Sendo assim, cresce o número de orbitais para acomodar esses elétrons. Em resumo, os níveis caracterizam a energia de elétrons que se encontram em orbitais específicos. A distribuição de elétrons aumenta com o aumento de energia dos níveis.
Então, os níveis são apenas meio que marcadores de energia que um elétron precisa chegar para estar mais próximo do núcleo ou mais distante do núcleo e quantas orbitais um átomo vai ter, já os orbitais seriam como caixinhas que guardam uma quantidade fixa de elétrons e determinam como eles vão orbitar ao redor do núcleo. Meu pensamento está certo?
5 месяцев назад+1
@@josuefilipe5219 sim, está certo, as camadas ou níveis de energia acabam limitando a quantidade de orbitais e consequentemente a quantidade de elétrons que você conseguir encontrar com uma dada energia em um átomo específico. No caso, você pode ver que na tabela periódica existem 7 linhas, ou seja, 7 níveis de energia. Para cada nível temos uma camada. Em cada camada uma quantidade específica de orbitais. E em cada orbital, no máximo, 2 elétrons, um com Spin UP e outro com Spin Down, para que não tenham os mesmos números quânticos, pois são férmions.
Muito obrigado mesmo, eu estou a 2 dias tentando entender isso. Seu canal me ajudou bastante a aprender sobre química geral e partículas subatômicas, sinceramente para mim seu canal é o melhor canal de química Br.
Estou muito perdida pq eu sou do 1° ano do En. Médio e é Técnico Integral ainda, exige muito mais, a professora explica muito pouco e as vezes nem explica.....Mas acho q entendi um pouco
To meio confuso Por exemplo com o níquel com 28 eletrons… segundo a tabela, o obital da camada de valencia dele deveria ser D Mas pela distribuição eletrônica, ela termina termina em 3D(8) Mas a camada de valência (mais distante) é 4S(2).
2 года назад+1
Não é confuso, na real, faz sentido. Existem 3 coisas que vc tem que levar em consideração: 1) Todos os metais de transição tem como orbital mais externo o D. Por isso a camada de valência finaliza no orbital D para o Ni. 2) Na distribuição de Pauling vc tem a inversão entre os orbitais s e d, apesar do nível energético do orbital s ser maior nesse caso, há a inversão, pois a camada de valência é mais estável em um orbital de mais baixa energia. É só vc fazer a distribuição de Pauling e seguir as setas, vc vai ver que há o preenchimento primeiro do orbiral 4s e só depois do 3d. Distribuição de Pauling: 1s2, 2s2 2p6, 3s2 3p6, 4s2, 3d8. 3) Você precisa considerar a regra de Hund. Nessa regra vc tem a necessidade de semi-preencher orbitais. Então vc vai passando de orbital em orbiral e o preenche com um único elétron, possuindo spin up ou spin down. E por que isso? Energeticamente, um orbital estabiliza um grupo de orbitais do mesmo tipo (nesse caso os 5 orbitais d) estando semi-preenchidos, do que havendo somente 1 ou 2 preenchidos totalmente. Regra de Hund (semi-preenchimento): 1s1, 2s1 2p3, 3s1 3p3, 4s1, 3p5. Então vc retorna preenchendo o resto com mais 14 eletrons. 1s1+1, 2s1+1 2p3+3, 3s1+1 3p3+3, 4s1+1, 3d5+3. Ou seja, 2 orbitais 3d ficarão semi-preenchidos pois energeticamente o orbital 4s é inferior, então ele precisa ser preencido primeiro, apesar de estar no nível 4 e os orbitais d no nível 3.
Seu trabalho é incrível! Muito obrigado pelo vídeo.
Agradeço as palavras ☺️
Eu acho que vc não tem noção do quanto me ajudou, monstrooo👏👏👏
Fico muito feliz por isso 😃
Explicação top demais!!
@@elizangelamonteverde7300 fico muito feliz por vc ter gostado 😉⚗️☢️⚛️🧪
Ótima explicação 👏🏻
😉🧪⚗️⚛️
Que canal incrível, explicação muito clara, obrigada!🤩🤩😍
Muito obrigado pelo elogio. Me dá mais ímpeto pra continuar a gerar conteúdo científico. ;)
@ de nada 😍😍
Muito bom o vídeo explicação ótima.
Ótima explicação!!!
parabéns pelo conteúdo de qualidade!
Muito obrigado
Muito bom!!
top
obg, prof!!!
Isso limita a descoberta de mais elementos químicos? Pois se cada camada mostra a somatória máxima de elétrons isso pode limitar a um número máximo de prótons no núcleo. No caso 118 (2+8+18+32+32+18+8)? O último elemento da tabela periódica é o Oganessônio (Og) que tem 118 prótons, além dele pode vir a ser descoberto algum outro elemento, com 119 prótons?
Essa é uma boa pergunta. Olha, no papel é impossível, pois a distribuição vai até ao orbital f, mas isso não indica que em um futuro próximo possam ser descobertos orbitais diferentes. Essa que é a graça da ciência, ela é exata dentro de um modelo específico, mas conforme o modelo se altera, surgem novas possibilidades. O exemplo de modelo atômico é o que faz com que todo cientista deixe de ser arrogante. Eu acredito que até possa existir alguma forma de se sintetizar por alguns milésimos de segundo algo além de 118, mas nesse caso, seria algo que necessitaria de um monte de variáveis e uma quantidade absurda de energia. Ou seja, algo que só seria possível na natureza, dentro de um buraco negro ou algo do tipo.
@ vídeo muito bom. e essa explicação sua é tipo aquela coisa de já terem feito outros modelos de exposição dos elementos pré tabela periódica, tipo o tal parafuso telúrico, né.
a ciência sempre há algum espaço para evoluir, pois não se trata apenas de sempre crer de forma fixa ou irredutível no que é proposto, apesar de haver o método cientifico de validação das hipóteses/elaboração de teorias. e que bom que é assim, não é isso. heheee
Exatamente. Eu estudo um filosofo que trabalhou muito a epistemologia histórica. No caso Bachelard. Ele sempre criticava quem se prendia a um modelo engessado de ciências. Um realista não aceita uma visão abstrata de mundo e um positivista não aceita uma mudança no modelo considerado como verdadeiro. A ciência é racionalista e o racionlismo sempre observa o todo. Um exemplo foi o Bohr, que não gostou nada quando alteraram o modelo proposto. No ano passado um paleontólogo descobriu novas vértebras de um Spinossauro e concluiu que o animal tinha uma rabo em forma de leme. E que sim era um animal semi-aquático. Essa mudança gerou uma grande briga, fora do meio científico, as pessoas não aceitaram que o bicho parecia mais um jacaré do que um dinossauro bípede. E é ai que está a graça, querendo ou não querendo, seja cientista, seja uma pessoa se fora do ambiente científico, tem que aceitar que tudo que a ciência mostra são indícios, pois tudo é baseado em um modelo interpretativo. Não sei de já ouviu falar da Navalha de Okhan, essa ideia explica que um fato tem sua descrição sempre pela ideia mais simples. Para modelos atômicos é muito mais simples explicar por meio de funções de onda e densindade de probabilidade do que pela ideia de um pudim de passas. E realmente faz mais sentido.
@ .
Uma corrente de 1 ampére advinda de uma fonte de 10volts tem elétrons 10x mais energizados que uma igual de 1volt?
Opa! Seu vídeo é sensacional.
Estou apenas com uma dúvida: o livro que estou usando de referência mostra a camada Q como comportando apenas o orbital "s". Houve alguma mudança nesse entendimento ao longo dos anos?
Não, a camada Q é a mais externa, no caso ainda não existem elementos que tenham uma distribuição eletrônica tão grande que ultrapasse o "s" mais externo. Contudo, essas camadas não limitam a possibilidade de outros orbitais existirem, eles só não são preenchidos. Por exemplo, um elemento que no terceiro período tem sua distribuição terminando em 3s2, isso não quer ficar que na camada não existam orbitais 3p, somente não estão preenchidos. Existe também o efeito da contratação de orbitais. Ou seja, mesmo um orbital s sendo mais simples em uma distribuição pode ocorrer de acontecer uma melhor estabilização em um orbital p ou d de um nível anterior, pois o orbital fica semi preenchido em vez de vazio. Elementos que alcançam os níveis mais altos de distribuição são mais raros, dessa forma a distribuição de elétrons fica mais complexa, com elétrons muitas vezes passando de um nível para outro, simplesmente para deixar orbitais semi preenchidos.
Muito bom isso , os átomos são microcosmos e a matéria está sempre orbitando ao redor do núcleo.
São mesmo!
Estou em dúvida com uma coisa.
Os subníveis seriam mini camadas que formam os níveis? tipo um nivel é como se fosse uma órbita, o subnível seria como uma órbita q forma uma órbita maior?
Entenda o nível como uma faixa de energia em que são aglutinados os subníveis. Fica mais fácil olhando para a tabela periódica. Cada linha é um nível energético ou camada, em cada linha temos um número específico de elementos. Os átomos desses elementos vão crescendo em número de prótons e, dessa forma, o número de elétrons. Sendo assim, cresce o número de orbitais para acomodar esses elétrons. Em resumo, os níveis caracterizam a energia de elétrons que se encontram em orbitais específicos. A distribuição de elétrons aumenta com o aumento de energia dos níveis.
Entendi🦔 MT obrigado.
Então, os níveis são apenas meio que marcadores de energia que um elétron precisa chegar para estar mais próximo do núcleo ou mais distante do núcleo e quantas orbitais um átomo vai ter, já os orbitais seriam como caixinhas que guardam uma quantidade fixa de elétrons e determinam como eles vão orbitar ao redor do núcleo.
Meu pensamento está certo?
@@josuefilipe5219 sim, está certo, as camadas ou níveis de energia acabam limitando a quantidade de orbitais e consequentemente a quantidade de elétrons que você conseguir encontrar com uma dada energia em um átomo específico. No caso, você pode ver que na tabela periódica existem 7 linhas, ou seja, 7 níveis de energia. Para cada nível temos uma camada. Em cada camada uma quantidade específica de orbitais. E em cada orbital, no máximo, 2 elétrons, um com Spin UP e outro com Spin Down, para que não tenham os mesmos números quânticos, pois são férmions.
Muito obrigado mesmo, eu estou a 2 dias tentando entender isso.
Seu canal me ajudou bastante a aprender sobre química geral e partículas subatômicas, sinceramente para mim seu canal é o melhor canal de química Br.
🗝💎
Enfim... estou reprovado 🥲🥲
estamos*
mas porque é sempre sobre os elétrons, pq eles sempre estão em movimento e não tem como localiza-los?
Estou muito perdida pq eu sou do 1° ano do En. Médio e é Técnico Integral ainda, exige muito mais, a professora explica muito pouco e as vezes nem explica.....Mas acho q entendi um pouco
@Leicam é bem chato né
@Leicam kkkkk péssimo e inclusive tô na escola agr, e n tou gostando não, sem almoço
@Leicam kjkjkjkjkjkj boa sorte pra vc
To meio confuso
Por exemplo com o níquel com 28 eletrons… segundo a tabela, o obital da camada de valencia dele deveria ser D
Mas pela distribuição eletrônica, ela termina termina em 3D(8)
Mas a camada de valência (mais distante) é 4S(2).
Não é confuso, na real, faz sentido. Existem 3 coisas que vc tem que levar em consideração:
1) Todos os metais de transição tem como orbital mais externo o D. Por isso a camada de valência finaliza no orbital D para o Ni.
2) Na distribuição de Pauling vc tem a inversão entre os orbitais s e d, apesar do nível energético do orbital s ser maior nesse caso, há a inversão, pois a camada de valência é mais estável em um orbital de mais baixa energia. É só vc fazer a distribuição de Pauling e seguir as setas, vc vai ver que há o preenchimento primeiro do orbiral 4s e só depois do 3d.
Distribuição de Pauling: 1s2, 2s2 2p6, 3s2 3p6, 4s2, 3d8.
3) Você precisa considerar a regra de Hund. Nessa regra vc tem a necessidade de semi-preencher orbitais. Então vc vai passando de orbital em orbiral e o preenche com um único elétron, possuindo spin up ou spin down. E por que isso? Energeticamente, um orbital estabiliza um grupo de orbitais do mesmo tipo (nesse caso os 5 orbitais d) estando semi-preenchidos, do que havendo somente 1 ou 2 preenchidos totalmente.
Regra de Hund (semi-preenchimento): 1s1, 2s1 2p3, 3s1 3p3, 4s1, 3p5. Então vc retorna preenchendo o resto com mais 14 eletrons. 1s1+1, 2s1+1 2p3+3, 3s1+1 3p3+3, 4s1+1, 3d5+3. Ou seja, 2 orbitais 3d ficarão semi-preenchidos pois energeticamente o orbital 4s é inferior, então ele precisa ser preencido primeiro, apesar de estar no nível 4 e os orbitais d no nível 3.