Esse vídeo não é um "Review" nem de Invincible, nem de The Boys, muito menos da Parábola do Semeador. Em análise midiática muitas vezes nós escolhemos um aspecto de uma ou mais obras pra construir uma "tese". Esse vídeo é uma análise do uso da violência em 3 obras diferentes de ficção (talvez 4, se considerarmos Watchmen). Só porque eu escolhi um aspecto para analisar uma obra, não quer dizer que estou reduzindo a obra a esse elemento dela. Com certeza existe muito mais em the boys e Invincible do que a violência, mas eu escolhi falar sobre como essas séries usam a violência em suas narrativas, foi o aspecto que decidi analisar, então óbvio que o foco do vídeo vai ser o aspecto que decidi analisar.
Mas eu acho violência nessas obras tem um papel importante na narrativa e meio que é tudo que as torna relevantes. The Boys e Invincible são basicamente sobre fascismo e dá pra citar uma porrada de obras que tratam destes tema criticamente, mas que acabam virando estandarte justamente para simpatizantes destas ideias. Mas ninguém vai dizer que talvez o Omni-man tenha razão (eu acho). Diferente do Thanos, a quantidade de gente que eu ouvi falando que ele era um vilão complexo e que as intenções dele faziam sentido. Imagine se no lugar de esvanecerem de forma indolor corpos explodissem graficamente ao estalar de dedos? Ignorando as crianças traumatizadas, talvez hoje houvesse mais resistência das pessoas a aceitarem o discurso do "vamos deixar uns milhares morrerem pelo bem da economia", por exemplo.
Não lembro onde vi uma análise falando como essa dessensibilização a violência tbm é grave, pq muitas vezes ela começa normalizando agressões contra minorias. E realmente, é incrível como em quase todo filme do Zeca Splinter - e da maioria dos homens que dirigem filme de herói - rola alguma cena em que a mulher/filha/mãe/qq mulher próxima do herói é violentada porque "isso vai fazer o mocinho sofrer mais do que se ele tivesse apanhado". Hmmmmmmmmm
E usam como desculpa que foi o Alan Moore qye começou isso com o piada mortal, sendo que ele ja disse (mais de uma vez) que se arrepende amargamente de ter escrito a cena com a Barbara Gordon.
A ideia de estarmos aumentando a frequência apenas para sentir alguma coisa me lembrou uma entrevista com uma atriz pornô que eu vi. Ela comentava a quantidade de filmes absurdos que existiam, com temáticas e práticas absurdas, apenas porque os espectadores estavam ficando insensíveis ao sexo "básico". E é algo que me deixa com medo. De repente por estarmos em um mundo com tantos estímulos visuais e tantas histórias, estamos buscando sempre uma droga mais forte. As histórias normais param de fazer sentido, as mensagens precisam ser passadas de maneira mais violenta senão a gente acha que é uma tentativa clichê... me dá bastante medo esse mundo de extremos para poder sentir mesmo.
Em south park tem um episódio que a internet do mundo some e todos ficam sem acesso a rede. Então o episódio rodeia um personagem que move céus e terra atrás de internet tudo pra ter acesso a pornografia mais "pesada". Inclusive, em um trecho, ele fala que com tudo que passamos a ter acesso na internet, é impossível se "saciar" apenas com uma revista playboy. Lembrei desse episódio com seu comentário
fiquei pensando o tempo todo num vídeo de outro thiago (o chavoso da usp) sobre aqueles programas de "entretenimento policial". acho que eles cumprem essa mesma função de dessensibilizar a gente pra violência, ainda mais quando o ponto alto da maioria é celebrar a morte de "marginais"
Sim, tem apresentador desses programas que falam que a mídia brasileira fica ganhando em cima das vítimas da covid, que só sabem falar em desgraça. Quando na verdade eles fazem o mesmo porém, com a violência das cidades principalmente a violência da periferia
@@beatrizalves5022 sim, e de uma forma muito pior na minha opinião, porque constrói no imaginário coletivo o que é um bandido, logo, o que não é um "cidadão de bem" Além de individualizar o problema social que é a violência, dentre tantas coisas
com toda sinceridade quando vc é assaltado ou alguém q vc conhece é assassinado e vc está envolvido nesses meios vc muda sua visão sobre esse tema, vira menos flores, menos idealista e mais realidade. Óbvio q tem q achar a solução do problema mas no final sua visão muda.
@@matheuscomuna5607 entendo oq quer dizer, mas avalição moral Não ajuda em nada, eu mesmo já fui assaltado, claro que fiquei chateado, mas a análise racional desse fenômeno não muda. A materialidade não muda porque sua percepção mudou, tlg ?
MegaMente é uma paródia e desconstrução muito melhor que as séries citadas e só uma a famosa violência cotidiana, criando uma narrativa boa e saudável para qualquer público.
One Punch Man dá uma descontruida em super herói também sem ser só violência. Ele tira a graça das lutas, tem poder “sem ter poder”, está mais preocupado em fazer compras e cuidar das plantas. Não tem lá toda essa profundidade, tem a sensação de ser uma piada só, repetida à exaustão, mas eu gosto bastante!
Curioso, que embora Onepunchman tenha sua dose de Gore, nunca mostrou um civil morrendo. Quando uma cidade é devastada, nós só sabemos o que aconteceu de ouvir falar. E a mensagem se mostra mais esperançosa e menos cínica.
Acho que ele segue uma linha avessa a dessa nova leva de herois "desconstruídos". Ele dá 2 passos pra trás e tenta desconstruir não o genero de super heroi, mas os padrões editoriais, os vícios que quadrinhos da Jump precisam seguir pra se manter no mainstream. É mais um comentário de um escritor de mangás que chegou lá(como o Saitama, virou o heroi mais forte do mundo) e viu que a gloria, e o status de ser publicado numa grande editora pode ser apenas tedioso. E tb como quase todos os autores(herois) não conseguem enxergar além desse repertório cafona que se consolidou nos anos 80 e continuam buscando as mesmas questões.
Mob Psycho 100 desconstrói isso de uma forma bem melhor IMO, e com menos momentos de luta que podem ser lidos como glorificação indireta da violência. O enredo faz a gente QUERER que os conflitos possam ser resolvidos na malandragem, sem conflito e tals.
Você tocou num assunto que ultimamente mais me da medo e ansiedade, principalmente dentro de um contexto de “pandemônio”: Essa apatia em relação a realidade quando ela se mostra tão violenta e desesperadora que se torna quase um mecanismo de autodefesa e preservação não “ligar” “tanto” pra coisas que claramente devem ser importantes. E precisando de uma dose cada vez maior de tudo pra sair dessa dormência e “sentir algo”; Sair dessa “não existência”. Entre me atear em fogo pra se sentir vivo, eu ainda prefiro viver só com o nosso fogo no rabo de todo dia kkkk
Kakka morri de rir com o fim do comentário, mas é real isso, o tanto de gente q ouvi falar sobre Jacarezinho como se fosse mais uma segunda de manhã... virou tema de discussão na aula de história e eu acabei me surpreendendo com o quão apáticos foram meus colegas. Entendo que para alguns é um mecanismo de defesa, mas oq a gente puder fazer para não normalizar a violência deve ser feito.
A apatia, em um certo nível, é bom pois faz parte da característica inerente da sociedade de adaptação. A resiliência humana permitiu sua colonização no mundo. Mas não discordo contigo que sai um pouco do limite quando somos bomberdeados de muitas informações de uma forma muito mais bizarra do que nossos avos e bisavos sofreram.
Muito obrigado por me dar a desculpa perfeita pra não assistir coisas extremamente violentas. Nunca mais direi “não tenho estômago pra isso”, mas sim “a repetida escalada da violência pode me dessensibilizar ao sofrimento alheio fazendo com que eu precise ver mais violência para sentir algo próximo de excitação”.
Isso me fez lembrar que muita gente ficou revoltada porque na série WandaVision, quando o Visão e o Visão branco se encontraram, não rolou violência, eles resolveram no diálogo. hahahahahah As pessoas queriam violência.
Me lembra também o fato das pessoas exigirem treta, barraco, fofoca e o pior das pessoas em *cof cof* certos reality shows. Daí quando a coisa fica muito pesada, elas não aguentam, dizem que vão parar de assistir, mas continuam procurando notícias ou até assistindo. Quando não xingando e destilando venenos e frustrações particulares no twitter (define-se como cancelamento).
Tem um livro da Susan Sontag que se chama Diante da dor dos outros e fala justamente desse bombardeamento de imagens de violência (ele se foca na fotografia jornalística) mas enfim fala de como isso anestesia a gente a ponto q as pessoas fiquem "ah ainda bem q nao é no meu pais" "ainda bem q não é na minha cidade" "ainda bem q não é minha família" e cada vez reduzindo mais o campo de pessoas pelas quais ela se importa. Me lembrou muito teu video
eu acho que as pessoas n iam fetichizar tanto violência se nos filmes em vez de um soco fazer "pow!", ele fazer "plé" igual na vida real mas sério agora, violência de filme e violência da vida real são coisas completamente diferentes. li em algum lugar a frase "quem gosta de violência, são aqueles que menos sofreram violência" e pra mim é muito isso
ALERTA DE SPOILER DE THE BOYS Cara, uma das coisas que mais me encomoda no quadrinho de The boys, é a violência desnecessária, tipo, eu li todo o quadrinho, mas sempre era tanta violência sempre, que quando chegava uma cena que era pra ser chocante pela violência, tipo a cena da morte da mulher do bruto, ela não tem nenhum impacto, porque você já viu coisas muito piores, oque tira o impacto da crna
Eu penso um pouco diferente, eu li os quadrinhos ano passado (ainda não vi a série) e consegui sentir o impacto da morte da Becky, tentei ver sob contextos diferentes, quando mostra o passado do Billy, o tom fica mais sério sem os exageros que foram mostrados antes, você se apega a ele com a Becky pra quando chegar na morte dela você sente o impacto. Mas eu entendo quem não conseguiu sentir o impacto, já que você é bombardeado por cenas chocantes ao longo da hq e perde um pouco da sensibilidade quanto aquele universo.
Hoje fiquei sabendo da morte de uma pessoa que era conhecida de conhecidos meus. Nada muito próximo, mas isso mexeu comigo de uma forma estranha. Fiquei mal humorada, com raiva e com medo do stress me matar, do futuro me matar, da vida me matar. Eu não queria chorar, tinha um grito no fundo da garganta. Um grito que nem faz sentido porque parece que eu vivo em mil realidades diferentes que ficam suprimindo uma a outra e eu nunca tô totalmente feliz nem triste. Só distraída e me esforçando pra me distrair e tirar o foco de tudo que me deixa nesse desconforto de raiva e nervosismo e desesperança. Ironicamente saber que ia ter vídeo novo seu foi o ponto alto do meu dia. E o final me fez dar de cara com esse sentimento de novo. Mas eu precisava racionalizar isso. E agora com aquele suspiro de "é, isso tá acontecendo" eu venho te agradecer pelo momento e pelo alívio de ser mais compreensiva comigo mesma quando esse sentimento voltar. Mas até lá eu vou me distrair de novo porque quem aguenta ter consciência nessa realidade *gif da xuxa dizendo PUTA QUE PARIU*
Queria dizer muita coisa sobre o tema, mas o Thiago realmente me colocou pra pensar sobre ciclos de violência...em todas a realidades. Por enquanto vou dizer que seu trabalho é incrível e de ótima qualidade.
"Quanto tempo falta até a gente começar a tocar fogo em nós mesmos? [...] Eu me preocupo com a chegada do dia em que esses números não choquem mais ninguém. Eu me preocupo se esse dia já chegou... pra mim." YEP INDEED ORINHA, INDEED
esse vídeo me pegou de surpresa... estava conversando hoje com minha psicóloga que eu estou exausta, mas não fisicamente... eu estou acostumada a resposta automática "está tudo dentro do possível". na realidade eu quero gritar a todo momento e estou mal pra caralho quase o tempo todo, porque as coisas estão uma merda e eu não consigo me alienar e o que eu adotei como tática é literalmente viver no automático. estou cansada...
Acho tão incrível sua forma de abordar temas tão complexos de uma forma bem humorada e simples. Gosto muito também sobre como você deixa em aberto a reflexão sobre os temas para seu público. Orinha arrasou muito neste vídeo, eu ouvi um amém?
Essa discussão sobre apatia chegou tarde pra mim, eu senti isso fortemente quase nesse período mas no ano passado. Lembro do estresse que a pandemia tava me causando, a ponto de brigar com familiares e sentir literalmente dores no peito. Era eu gritando pra todo canto que tinha pessoas morrendo, mas assim que cheguei ao meu ápice, eu vivi em um limbo (que acho que ainda tá aqui), nada me abalava, nada me atingia, nada acontecia.
Só estou aqui para comentar que amo este canal e dizer que as vezes fico pensando enquanto assisto: “Meu Deus, ele é muito inteligente! O que eu estou fazendo aqui? Eu só tenho 7 neurônios “. Obrigada pelo canal maravilhoso, Orinha.
sabe aquele incômodo que você sente sobre algo e depois entende o que era? eu sempre me senti muito incomodado com esse tipo de conteúdo (filme/série/etc), mas até ver esse vídeo do Thiago, eu não sabia o que me incomodava tanto... agora eu sei o que é. obrigado, amei 10/10
Já desconstruiram tanto os super heróis que só voltando pra era de prata, com roupas coloridas, cuecas por cima das calças, super pessoas idealizadas e gentis, para variar algo
Eu concordo demais. Eu já vejo tanta tragédia que uma hora acaba perdendo o impacto, eu perco a esperança e tudo de ruim se normaliza... E isso não devia acontecer.
Thiago, obrigado por esse vídeo. Eu tava com medo de tá perdendo alguma coisa deixando de ver essas duas séries (Invencible e The Boys) porque gosto de heróis, mas não gosto dessa violência exagerada e vazia. Ainda bem que você fez esse vídeo pra eu ficar tranquilo com a certeza que são só derivados de Watchmen com doses cavalares de violência gratuíta. Beijos!
Thiago, eu adoraria saber seu ponto de vista sobre The Handmaids Tale, seja livro ou série! Parabéns pelo vídeo, você abordou pontos muito relevantes que me fizeram reavaliar as obras, obrigado!
Eu conheci esse canal a pouquíssimo tempo, mas é assustador como cada vídeo tem um impacto enorme em mim. Saio de cada um deles inspirado e contente, por perceber que não sou eu que sou chato e reclama de tudo, mas sim as pessoas que perderam a sensibilidade sobre muitos temas que as vezes me deprime e prefiro evitar. Nunca vi The Boys mesmo com tantos elogiando, agora percebo que escolhi bem. Vou consumir os vídeos do canal lentamente pra fazer essa sensação boa durar o máximo possível! Seus roteiros e direção são incríveis.
@@aopa7739 eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eis que politica
Mortes nunca tiveram um peso real na vida alheia. Morrem pessoas todos os dias em cada canto do mundo, e ninguém dá a mínima, seja porque a notícia não chegou até elas ou simplesmente porque a pessoa era uma estranha, sem laços diretos para gerar empatia nas grandes massas. A história da nossa raça foi feita com sangue, então não é de agora que a violência está banalizada.
Que vídeo maravilhoso! Eu assisto the boys e durante essa segunda temp tava sentindo um certo incômodo que não sabia exatamente como explicar e que contrastava bastante com toda a aclamação que a série tava recebendo por aí Acho que teu vídeo conseguiu por em palavras como eu jamais conseguiria, muito obrigado
Ainda bem que nesse país existe o Orinha com toda a sua inteligência. Essa tema me deixou totalmente reflexiva, porque até então não havia observado o quanto a violência está sendo glorificada em todos os meios de produção. ORINHA VOCÊ É TUDO!
Me lembra também o livro Admirável mundo novo, (sem spoiler) em que as pessoas assistem cenas de violência ou de sexo aleatórias no cinema apenas como alimento para o vício de uma sensação de que nunca iam ter e com isso o governo lucrava
Uma das minhas favoritas representações de masculinidade: Daryl de TWD, que sofreu abuso na infancia, se descobrindo como uma pessoa boa, matando zumbi e carregando criança e o Rick criando bem umas 3 crianças na série, ensinando todas as mulheres do grupo a atirar pra proteger o grupo dos monstros. XD
pra mim, um dos filmes que mais desconstrói o gênero de filmes de super herói e ainda por cima desse aspecto ainda tem um ótimo roteiro, animação e mensagem é o filme Megamente, que desde que eu vi este se tornara meu filme favorito não só de super herói ou de animação, mas de todos os tempos.
Que ensaio maravilhoso. Confesso que fico mais incomodada com o excesso de cinismo das ficções contemporâneas do que com a violência gráfica, mas o cinismo também é um tipo de violência né? Eu amei os encadeamentos e estou defintivamente muito empolgada para ler Octavia Butler. Muito obrigada por compartilhar esses pensamentos com a gente!
MELHOR CANAL DESTE SITE!!! Eu senti isso quando acabei invencivel, claro que você fica chocada no momento que assiste (as vezes nem isso) mas eu estava exposta a tantas violências que meio que passou sabe, meio que não teve o impactado que deveria. A segunda temporada de the boys foi um processo pra mim e só terminei pq assisti com meu irmão, mas se você perguntar hoje, eu não lembro nada que rolou mesmo, é bizarro! É aquilo, qual o impacto de mortes de personagens ficticios quando morrem 2 mil pessoas todos os dias no Brasil? Eu sei que parece uma comparação esdruchula mas na minha cabeça faz sentido kkkkk!
O legal é que ultimamente eu tenho pensado em uma direção contraria, eu acho que o pudor e o cuidado estético com que a violência costuma ser tratada é que permite esta dessensibilização e eu penso que se utilizada de forma mais escancarada e crua, a violência poderia ser útil para abrir discussões, conscientizar e até educar a população. Eu penso no final de Tropa de Elite, quando o Padilha decide encerrar o filme com o policial apontando a arma para a câmera e encerra no momento do tiro e o publico entendeu isso como "violência policial é top". Eu imagino como seria se a câmera fosse posicionada do ponto de vista do policial e o filme encerrasse com a visão de um ser humano recebendo uma bala de grosso calibre na cabeça, com sangue e pedaços do cérebro espalhando pelo chão. Talvez assim este seria o filme humanista em que o Wagner Moura pensou que estava trabalhando.
Muito bom e me faz pensar sobre muitas coisas! É evidente que existe uma relação direta entre "hominhos" e violência, como esse cara hetero padrão (Snyder, Tarantino) não só usa, mas também está autorizado pela sociedade a usar a violência incontestável como forma máxima de expressão, dentro e fora das telas.
Nossa ele é muito booktuber, mesmo sem intenções. Acho que as referências que ele mostra são muito boas. Da primeira vez que ele falou de octavia butler eu fiquei muito curioso pra conhecer, aí fui atrás de ler Kindred e me impressionei. Depois li a Parábola do semeador e me apaixonei. Agora já eu to lendo o 4o livro dela e decidi até comprar os próximos pra apoiar a autora, quem sabe eu compre os primeiros pra ter a versão física tbm pra colecionar. Outra que tenho curiosidade de conhecer por causa do Ora é a Ursula K le guin. Enfim, rei do youtube
Que obra prima Orinha!!! Uma vez por semana preciso me beliscar, pq a cabeça vai normalizando a situação geral da nação, não posso me conformar jamaisssss.
Thi, eu gostei bastante de invincible como entretenimento mesmo, não olhei pra ele de forma crítica MAS GRAÇAS A SUA INTELIGENCIA agora estou refletindo. Quero ler esse livro depois :) vc é foda thi!
Essas quebras de paradigmas é uma ferramenta que existe desde quando o cinema foi inventado, Breakfast at tiffany... Mas a intençao é mais de resignificar algo que n vende mais e que sempre queremos ver algo novo com arestas antigas
Obrigado por esse vídeo!!! Tem anos já que eu tenho q mandar textão pros meus amigos q n entendem pq esse filme e série """""sérios e sombrios""""" não são pra mim e me enchem o saco (aliás, não só amigos, meu TIO de 59 anos, dois meses atrás, ficou revoltado pq eu n ligo pro Zack Snyder). Já tem tempo q n tenho paciência então agora só vo mandar o video e passar bem. Essa reflexão sobre a falta de sensibilidade que a hiper-exposição à violência vi algo do tipo num lugar um ex-policial (ótima fonte q nem sei citar direito) dizia como os filmes de ação deram uma percepção errônea e sem compaixão ou empatia da morte violenta. Ou os filmes banalizam a brutalidade e dores (fisicas e emocionais) ou vangloriam as ações violentas dos mocinhos independente das implicações éticas. Assim, muitas vezes quem assiste, que, provavelmente, nunca vai passar por nada parecido, apoia e regojiza em violência real como as dos filmes. Por isso que é tão fácil pro cidadão comum não ver humanidade em "bandido" seja ele um assassino, ou um abusador, ou um assaltante, ou um civil que por acaso mora onde o exercito do EUA tá invadindo, é tudo farinha do mesmo saco, tudo inimigo, tudo perecível e inútil. Sobre a exaustão de tanto ver desgraça eu me identifico em partes que ao mesmo tempo que certas notícias de recordes e recordes de tudo que é pior no mundo rolando nos últimos meses não me chocam, não teve um dia desse ano que eu não chorei antes de dormir exatamente pelas mazelas do mundo.
eu gostei de verdade da primeira temporada de the boys quando tava vendo, mas aí fui ver como falavam da série desencantei completamente. pessoal falando como se fosse completamente revolucionária e infinitamente superior a tudo que já foi feito anteriormente no gênero, como se eles que tivessem descoberto toda a simbologia, mensagens e problemas de todas as histórias de super-herói. uma vibe muito "we live in a society". nem vi a segunda temporada que eu tava animada pra lançar. mas gostosinho esse superman bigodudo de invincible
Ótima reflexão, Thiago! Vou começar a ler Watchmen depois de ter ouvido tantos elogios seus. Vi She-ra e comecei a assistir Buffy por sua causa também. Obrigada por seus vídeos e indicações. 💟
Acho que uma alternativa interessante ao ciclo da eterna violência são as soluções apresentadas pelo Steven Universe: Diálogo, compreensão e sensibilidade. Não porrada.
Steven universe e Avatar, ambos mostram personagens se conhecendo, a violência não é gratuita e o tempo todo fala sobre perdão ❤️🫶🏻 Assisti avatar quando criança e isso me impulsionou a aprender mais sobre mim, quando fiz 14 anos parei de comer carne, e 3 anos depois me entendi como budista ☺️
Respeito sua opinião mais, Nossa que coisa chata, particularmente prefiro ver os personagens se matando do que ficar com frescura de diálogos e compreensão... sla
Eu tenho pouca tolerância pra violência gráfica e me vejo muitas vezes "limitada" por não conseguir assistir coisas como Game of Thrones, The Boys, etc. Aí vejo obras ditas infantis lidando com assuntos sérios se apelar pro Uau, Violência, e fica parecendo que realmente é só apelação e pra poder dizer que "eu gosto disso, é muito Adulto(tm)" 🤷♂️
Pra quem quiser um breve momento de paz e plenitude em meio a esses hiperestímulos todos sugiro City of Ghosts, uma baita animação na Netflix. Esses dias a diretora da série comentou sobre essa visão de que a violência e cenas muito gráficas seriam as únicas formas de contar uma história "adulta", quando na real existem muito mais nuances e possibilidades. Dito isso, achei bem massa Invincible e aquela cena me chocou, mas acho que aí vai variar de pessoa pra pessoa msm.
Cara, fundamental essa discussão. Realmente, essas séries imitam e ainda esvaziam a proposta de Watchmen. A única que eu acho que foge a essa regra (pra mim, pelo menos, é claramente inspirada no Moore) é The Umbrella Academy. E também não dá pra pôr o Coringa do T.F. nesse saco...
Eu amei kindred mas fiquei "impressionado" e nem li nada por um bom tempo. Ela é uma autora incrível, porem foi um choque encarar a violência no mundo ficcional dela
Orinha, mais ou menos a ver com a pauta, mas tava outro dia falando sobre essa fetichização da violência e de coisas macabras. Citei como exemplo o podcast e agora série daquele Caso Evandro. Ainda fico chocado como as pessoas adoram essas coisas macabras, mas looooonge de mim criticar, apenas comentando.
Nossa eu sempre me incomodo com o jeito que as pessoas falam NOSSA EU AMO TRUE CRIME KKKKKK É ÓTIMOOOO. E eu acho que o Ivan Mizanzuk sempre tratou o caso com uma seriedade honrosa. Uma vez eu ouvi ele num podcast e fiquei com MUITA vergonha qdo ele teve que dar uma bronca com quem o estava entrevistando com um "gente, alou, essas pessoas são reais, não é uma série de ficção". Pessoas morreram, sofreram tortura, etc. E mta gente fica falando desses casos como se n fossem pessoas e dores reais. Me incomoda DEMAIS isso.
acho que em questão de crimes reais depende de quem vc tá consumindo, tem (muita) gente sensacionalista e sem noção mas tbm tem gente responsável e respeitosa que foca nos tópicos certos das historias eu só acho um pouco preocupante consumir como um entretenimento qualquer
eu tenho uma relação um pouco mista com isso, pq consumo alguns canais/podcasts que falam sobre true crime, pq esse tipo de assunto realmente me causa muita curiosidade mas particularmente os que tem descrições muito gráficas de violência não consigo consumir de jeito nenhum, e também fico bem assustada em como MUITAS pessoas banalizam essa violência e as pessoas envolvidas nesses casos, como se fosse algo divertido de ouvir mesmo ou sei lá, o ser humano é um bicho estranho demais
eu consumia muito true crime até perceber que bem " eu estou escutando sobre cabeças decepadas enquanto faço o almoço" e comecei a deixar mais de lado, mas acho dependendo do narrador do podcast vc vê o cuidado e respeito na obra (o praia dos ossos é perfeito nisso creio eu )
@@balderramices nossa, eu me lembro de ter visto uma entrevista com ele em que isso aconteceu mesmo. Alguém fez algo similar a uma piada, um trocadilho, e ele honrosamente muito sério repreendeu o comportamento. O Ivan consegue representar a seriedade necessária pra esse tipo de conteúdo, mas o público aparentemente não...
Eu demorei pra assistir Invincible justamente pq eu tava com pé atrás no perfil de pessoas que estavam gostando. No tiktok tinha um cara vibrando com a cena do primeiro episódio e eu só revirei os olhos. No fim a série é legal, a cena em vermelho do Omni man no planeta alienígena é bonita, mas tudo oq vc ponderou é perfeito, conseguiu explicar o que eu tava sentindo
Sua conclusão foi quase a conversa que tive na minha supervisão do tcc hoje kkk. Vou falar sobre luto nele e o papo que tive com as amigas e com a orientadora foi sobre os diversos lutos que não estamos conseguindo elaborar na pandemia, já que eles são tantos. Em resposta, acontece o que você disse: a gente vai criando um sentimento de apatia frente as tragédias porque a cada dia aparece uma pior enquanto a gente nem conseguiu pensar na que passou. A gente vai seguindo com a vida sem saber muito como e por quê (tá certo isso? Eu não sei usar os porquês). Vai cumprindo os prazos porque precisa, mas com um esvaziamento muito grande. Enfim. Obrigada pelos seus vídeos, sempre me fazem pensar muito! Aliás, o sobre a morte me fez perceber o quanto o tema do luto me convoca. Assisti midnight gospel e chorei que nem uma corna. Obrigada
Tem uma hq do Kieron Gillen chamada Peter Cannon Thunderbolt (é o personagem da Charlton que o Alan Moore ia usar em vez do Ozymandias) que eu achei sensacional e na minha opinião pega muito bem a ideia de usar a violência e as referências a watchmen pra criticar como foi um quadrinho excelente, mas já deu e tá na hora de alguém tentar algo diferente. (O autor pega a frase do Watchmen de "eu fiz isso há 35 minutos" e usa pra fazer o comentário de como os quadrinhos tão fazendo isso há 35 anos) (recomendo tudo que o kieron gillen escreve, particularmente the wicked + the divine)
acabei de terminar invincible, depois de muito relutar vi também a segunda temporada de the boys, ambos porque a TL toda tava falando e aí fui ver pq tava sem fazer nada mesmo. não detestei, mas é bem isso: uau, violência. a expressão "hominho" que tu usou tb define muito bem o motivo da preguiça: é o segundo dia seguido que ouço essa expressão, vou adotar.
Eu amo como você analisa e comunica bem as coisas fazendo com que eu mesma entenda meus pensamentos. As vezes assisto algo violento que, apesar de AMAR filmes de porrada etc, a violência que vi me deu uma sensação estranha. Eu curto algumas cenas e outras me deixam muito desconfortável. Parece que tão dizendo GOSTE DISSO AQUI PQ É PORRADA DE VERDADE!!! SOMOS MAIS CORAJOSOS QUE SEUS PRODUTORES DE BLOCKBUSTERS E VAMOS SER MUITO GRÁFICOS. ai eu não curtia mas sentia que talvez estivesse sendo muito ~~sensível não aceitando a inovação deles. Agora com esse meu desconforto muito bem expressado eu posso apenas linkar esse vídeo em qualquer discussão sobre o assunto !
me parece que o ápice desse niilismo " m i d i á t i c o " é rick and morty, aquilo lá é violência mais que gratuita. não acha, thiago? e massa o vídeo
Esse vídeo me trouxe uma diferente perspectiva,no começo eu estava receoso por me sentir ofendido por criticar um aspecto das séries que eu amo,mas vendo ele todo eu vejo que estava equivocado,obrigado por abrir minha mente mais um pouco 😎😎😎
Esse vídeo não é um "Review" nem de Invincible, nem de The Boys, muito menos da Parábola do Semeador. Em análise midiática muitas vezes nós escolhemos um aspecto de uma ou mais obras pra construir uma "tese". Esse vídeo é uma análise do uso da violência em 3 obras diferentes de ficção (talvez 4, se considerarmos Watchmen). Só porque eu escolhi um aspecto para analisar uma obra, não quer dizer que estou reduzindo a obra a esse elemento dela. Com certeza existe muito mais em the boys e Invincible do que a violência, mas eu escolhi falar sobre como essas séries usam a violência em suas narrativas, foi o aspecto que decidi analisar, então óbvio que o foco do vídeo vai ser o aspecto que decidi analisar.
Mas eu acho violência nessas obras tem um papel importante na narrativa e meio que é tudo que as torna relevantes. The Boys e Invincible são basicamente sobre fascismo e dá pra citar uma porrada de obras que tratam destes tema criticamente, mas que acabam virando estandarte justamente para simpatizantes destas ideias. Mas ninguém vai dizer que talvez o Omni-man tenha razão (eu acho). Diferente do Thanos, a quantidade de gente que eu ouvi falando que ele era um vilão complexo e que as intenções dele faziam sentido. Imagine se no lugar de esvanecerem de forma indolor corpos explodissem graficamente ao estalar de dedos? Ignorando as crianças traumatizadas, talvez hoje houvesse mais resistência das pessoas a aceitarem o discurso do "vamos deixar uns milhares morrerem pelo bem da economia", por exemplo.
@@Miguel_Silva_ falou bem, você acha. o Thiago no vídeo deu a opinião dele, não um review das séries. E TÁ TUDO BEM!!!
@@laraliberato9550 Sim, acho que ele deixa isso bem claro no vídeo e eu não discordo dele, só enxergo este outro aspecto.
Você conhece um canal chamado Overly Sarcastic?
Você fazer do por que muitas pessoas odeiam o superman
Não lembro onde vi uma análise falando como essa dessensibilização a violência tbm é grave, pq muitas vezes ela começa normalizando agressões contra minorias. E realmente, é incrível como em quase todo filme do Zeca Splinter - e da maioria dos homens que dirigem filme de herói - rola alguma cena em que a mulher/filha/mãe/qq mulher próxima do herói é violentada porque "isso vai fazer o mocinho sofrer mais do que se ele tivesse apanhado". Hmmmmmmmmm
É o tropo da "Mulher na geladeira"
A primeira vez que ouvi falar sobre Banalização da violência foi numa aula da faculdade, e esse tema faz muito sentido e é fácil de compreender.
E usam como desculpa que foi o Alan Moore qye começou isso com o piada mortal, sendo que ele ja disse (mais de uma vez) que se arrepende amargamente de ter escrito a cena com a Barbara Gordon.
amigo rindo que encontrei seu canal do youtube com um comntario no video do orathiago
PERA Shu, você por aqui? 🗣️
A ideia de estarmos aumentando a frequência apenas para sentir alguma coisa me lembrou uma entrevista com uma atriz pornô que eu vi. Ela comentava a quantidade de filmes absurdos que existiam, com temáticas e práticas absurdas, apenas porque os espectadores estavam ficando insensíveis ao sexo "básico". E é algo que me deixa com medo. De repente por estarmos em um mundo com tantos estímulos visuais e tantas histórias, estamos buscando sempre uma droga mais forte. As histórias normais param de fazer sentido, as mensagens precisam ser passadas de maneira mais violenta senão a gente acha que é uma tentativa clichê... me dá bastante medo esse mundo de extremos para poder sentir mesmo.
É muito assustador. O superestímulo ta deixando a gente louco
Excelente comentário!
Essa dessensibilização ocorreu em todos os aspectos da vida mas especialmente no tal "conteúdo adulto".
Em south park tem um episódio que a internet do mundo some e todos ficam sem acesso a rede. Então o episódio rodeia um personagem que move céus e terra atrás de internet tudo pra ter acesso a pornografia mais "pesada". Inclusive, em um trecho, ele fala que com tudo que passamos a ter acesso na internet, é impossível se "saciar" apenas com uma revista playboy. Lembrei desse episódio com seu comentário
Acho que as pessoas querem se sentir adultas e precisam de algo que "confirme" isso, e ao mesmo tempo seja raso como um episodio de pica-pau.
Gail Dines fala disso no TED dela, comentando sobre o porno que foi ficando cada dia mais violento e nos educando a sermos tb, ao msm tempo!
"O que você sugere?" NÓS TEMOS QUE TOMAR OS MEIOS DE PRODUÇ
sdds desse bit
literalmente oq pensei na hora
Ainda ia continuar
Credo
Exatamente!!!
fiquei pensando o tempo todo num vídeo de outro thiago (o chavoso da usp) sobre aqueles programas de "entretenimento policial". acho que eles cumprem essa mesma função de dessensibilizar a gente pra violência, ainda mais quando o ponto alto da maioria é celebrar a morte de "marginais"
Sim, tem apresentador desses programas que falam que a mídia brasileira fica ganhando em cima das vítimas da covid, que só sabem falar em desgraça. Quando na verdade eles fazem o mesmo porém, com a violência das cidades principalmente a violência da periferia
@@beatrizalves5022 sim, e de uma forma muito pior na minha opinião, porque constrói no imaginário coletivo o que é um bandido, logo, o que não é um "cidadão de bem"
Além de individualizar o problema social que é a violência, dentre tantas coisas
Caraca eu vi esse vídeo recentemente kkkk
com toda sinceridade quando vc é assaltado ou alguém q vc conhece é assassinado e vc está envolvido nesses meios vc muda sua visão sobre esse tema, vira menos flores, menos idealista e mais realidade. Óbvio q tem q achar a solução do problema mas no final sua visão muda.
@@matheuscomuna5607 entendo oq quer dizer, mas avalição moral Não ajuda em nada, eu mesmo já fui assaltado, claro que fiquei chateado, mas a análise racional desse fenômeno não muda. A materialidade não muda porque sua percepção mudou, tlg ?
MegaMente é uma paródia e desconstrução muito melhor que as séries citadas e só uma a famosa violência cotidiana, criando uma narrativa boa e saudável para qualquer público.
Eu acho q se tem uma pessoa q diz q discute a violência, mas que só faz um espetáculo que acaba glorificando a violência é o nosso amigo Tarantino.
Sim!
Siim
siiiimmm
É justamente por isso que não curto tanto os filmes dele; Não tem muito sentido, só está lá pra satisfazer essa "catarse".
Siiim
One Punch Man dá uma descontruida em super herói também sem ser só violência. Ele tira a graça das lutas, tem poder “sem ter poder”, está mais preocupado em fazer compras e cuidar das plantas. Não tem lá toda essa profundidade, tem a sensação de ser uma piada só, repetida à exaustão, mas eu gosto bastante!
Curioso, que embora Onepunchman tenha sua dose de Gore, nunca mostrou um civil morrendo. Quando uma cidade é devastada, nós só sabemos o que aconteceu de ouvir falar. E a mensagem se mostra mais esperançosa e menos cínica.
Acho que ele segue uma linha avessa a dessa nova leva de herois "desconstruídos". Ele dá 2 passos pra trás e tenta desconstruir não o genero de super heroi, mas os padrões editoriais, os vícios que quadrinhos da Jump precisam seguir pra se manter no mainstream. É mais um comentário de um escritor de mangás que chegou lá(como o Saitama, virou o heroi mais forte do mundo) e viu que a gloria, e o status de ser publicado numa grande editora pode ser apenas tedioso. E tb como quase todos os autores(herois) não conseguem enxergar além desse repertório cafona que se consolidou nos anos 80 e continuam buscando as mesmas questões.
Mob Psycho 100 desconstrói isso de uma forma bem melhor IMO, e com menos momentos de luta que podem ser lidos como glorificação indireta da violência.
O enredo faz a gente QUERER que os conflitos possam ser resolvidos na malandragem, sem conflito e tals.
Por isso é uma merda
@@patriciadesouzaleite4504 Isso só até chegar no arco do Mogami. Lá é deixado claro, que certos conflitos não se resolvem com meras palavras.
Hora: uma descontração baseada em violência e ser dark muito famosa,
Eu: Madoka Mágica
Hora: Watchman
Eu: Ah, é né
Como tu chegou em Madoka Mágica? Kkkkkkk
PQP TBM PENSEI EM MADOKA
Você tocou num assunto que ultimamente mais me da medo e ansiedade, principalmente dentro de um contexto de “pandemônio”: Essa apatia em relação a realidade quando ela se mostra tão violenta e desesperadora que se torna quase um mecanismo de autodefesa e preservação não “ligar” “tanto” pra coisas que claramente devem ser importantes. E precisando de uma dose cada vez maior de tudo pra sair dessa dormência e “sentir algo”; Sair dessa “não existência”. Entre me atear em fogo pra se sentir vivo, eu ainda prefiro viver só com o nosso fogo no rabo de todo dia kkkk
Kakka morri de rir com o fim do comentário, mas é real isso, o tanto de gente q ouvi falar sobre Jacarezinho como se fosse mais uma segunda de manhã... virou tema de discussão na aula de história e eu acabei me surpreendendo com o quão apáticos foram meus colegas. Entendo que para alguns é um mecanismo de defesa, mas oq a gente puder fazer para não normalizar a violência deve ser feito.
A apatia, em um certo nível, é bom pois faz parte da característica inerente da sociedade de adaptação. A resiliência humana permitiu sua colonização no mundo. Mas não discordo contigo que sai um pouco do limite quando somos bomberdeados de muitas informações de uma forma muito mais bizarra do que nossos avos e bisavos sofreram.
Muito obrigado por me dar a desculpa perfeita pra não assistir coisas extremamente violentas. Nunca mais direi “não tenho estômago pra isso”, mas sim “a repetida escalada da violência pode me dessensibilizar ao sofrimento alheio fazendo com que eu precise ver mais violência para sentir algo próximo de excitação”.
roubei pra mim a frase.
obrigado por esse comentário
Caramba. Vou te roubei essa frase
Porra ... só pq eu assisti the boys com meu marido e achei a série super legal )))))):sou uma psicopata
@@kbastos478 Nada a ver, se você achou uma série com muita violência, legal, não quer dizer que você é psicopata.
Isso me fez lembrar que muita gente ficou revoltada porque na série WandaVision, quando o Visão e o Visão branco se encontraram, não rolou violência, eles resolveram no diálogo. hahahahahah As pessoas queriam violência.
foi uma SURRA DE PALAVRAS
aquela discussão não poderia ser trocada por soquinho de forma alguma, o impacto do diálogo né minina
Mais no início teve uma luta po
@@beardman8080 queriam que resolvessem na luta
Me lembra também o fato das pessoas exigirem treta, barraco, fofoca e o pior das pessoas em *cof cof* certos reality shows. Daí quando a coisa fica muito pesada, elas não aguentam, dizem que vão parar de assistir, mas continuam procurando notícias ou até assistindo. Quando não xingando e destilando venenos e frustrações particulares no twitter (define-se como cancelamento).
Mesma coisa do novo god of war.
Tem um livro da Susan Sontag que se chama Diante da dor dos outros e fala justamente desse bombardeamento de imagens de violência (ele se foca na fotografia jornalística) mas enfim fala de como isso anestesia a gente a ponto q as pessoas fiquem "ah ainda bem q nao é no meu pais" "ainda bem q não é na minha cidade" "ainda bem q não é minha família" e cada vez reduzindo mais o campo de pessoas pelas quais ela se importa. Me lembrou muito teu video
Isso me lembrou o filme O abutre.
eu acho que as pessoas n iam fetichizar tanto violência se nos filmes em vez de um soco fazer "pow!", ele fazer "plé" igual na vida real
mas sério agora, violência de filme e violência da vida real são coisas completamente diferentes. li em algum lugar a frase "quem gosta de violência, são aqueles que menos sofreram violência" e pra mim é muito isso
Orinha, eu sinto tudo isso que foi discutido no vídeo com Laranja Mecânica.
meu, verdade!
e interessante porque laranja mecânica sofreu o mesmo efeito de watchmen, no sentido das pessoas tirarem a lição "errada" da história
Que lição errada as pessoas tiraram desse filme? De verdade, porque pra mim a lição tá muito evidente
Sim sim meu deus SIMMMM
Gt cadê esse video q eu num vi?! #oradamaratona hahaha
ALERTA DE SPOILER DE THE BOYS
Cara, uma das coisas que mais me encomoda no quadrinho de The boys, é a violência desnecessária, tipo, eu li todo o quadrinho, mas sempre era tanta violência sempre, que quando chegava uma cena que era pra ser chocante pela violência, tipo a cena da morte da mulher do bruto, ela não tem nenhum impacto, porque você já viu coisas muito piores, oque tira o impacto da crna
Concordo com tu,é bem exagerado como os quadrinhos tenta tratar assuntos sérios com tanta violência.
Eu penso um pouco diferente, eu li os quadrinhos ano passado (ainda não vi a série) e consegui sentir o impacto da morte da Becky, tentei ver sob contextos diferentes, quando mostra o passado do Billy, o tom fica mais sério sem os exageros que foram mostrados antes, você se apega a ele com a Becky pra quando chegar na morte dela você sente o impacto. Mas eu entendo quem não conseguiu sentir o impacto, já que você é bombardeado por cenas chocantes ao longo da hq e perde um pouco da sensibilidade quanto aquele universo.
@@joaoaraujo4064 meu deus, tu escreveu uma bíblia
Sim exato , é tipo aqueles filmes que a pessoa leva um tiro e explode sangue pra todo lado , nem faz sentido
Hoje fiquei sabendo da morte de uma pessoa que era conhecida de conhecidos meus. Nada muito próximo, mas isso mexeu comigo de uma forma estranha. Fiquei mal humorada, com raiva e com medo do stress me matar, do futuro me matar, da vida me matar. Eu não queria chorar, tinha um grito no fundo da garganta. Um grito que nem faz sentido porque parece que eu vivo em mil realidades diferentes que ficam suprimindo uma a outra e eu nunca tô totalmente feliz nem triste. Só distraída e me esforçando pra me distrair e tirar o foco de tudo que me deixa nesse desconforto de raiva e nervosismo e desesperança.
Ironicamente saber que ia ter vídeo novo seu foi o ponto alto do meu dia. E o final me fez dar de cara com esse sentimento de novo. Mas eu precisava racionalizar isso. E agora com aquele suspiro de "é, isso tá acontecendo" eu venho te agradecer pelo momento e pelo alívio de ser mais compreensiva comigo mesma quando esse sentimento voltar. Mas até lá eu vou me distrair de novo porque quem aguenta ter consciência nessa realidade *gif da xuxa dizendo PUTA QUE PARIU*
Primeiro a gente comenta QUE HINO depois dá stream
QUE HINO *indo dar stream*
Hinoooo
QUE HINO (dando stream novamente
EXCELENTES PONTOS e a mudança de edição fez muito sentido com a nova identidade do canal, arrasou Orinha!!!!!!
Queria dizer muita coisa sobre o tema, mas o Thiago realmente me colocou pra pensar sobre ciclos de violência...em todas a realidades.
Por enquanto vou dizer que seu trabalho é incrível e de ótima qualidade.
Um dos poucos canais q me dá vontade de ler os comentários.
"Quanto tempo falta até a gente começar a tocar fogo em nós mesmos? [...] Eu me preocupo com a chegada do dia em que esses números não choquem mais ninguém. Eu me preocupo se esse dia já chegou... pra mim." YEP
INDEED ORINHA, INDEED
esse vídeo me pegou de surpresa... estava conversando hoje com minha psicóloga que eu estou exausta, mas não fisicamente... eu estou acostumada a resposta automática "está tudo dentro do possível". na realidade eu quero gritar a todo momento e estou mal pra caralho quase o tempo todo, porque as coisas estão uma merda e eu não consigo me alienar e o que eu adotei como tática é literalmente viver no automático. estou cansada...
Oi, tá melhor?
Espero que agora esteja bem! 💖✨
Oq isso tem a ver cok o video?
Nunca cheguei tão cedo em um vídeo, estou orgulhosa da minha pontualidade. Nossa, parabéns!
Acho tão incrível sua forma de abordar temas tão complexos de uma forma bem humorada e simples. Gosto muito também sobre como você deixa em aberto a reflexão sobre os temas para seu público. Orinha arrasou muito neste vídeo, eu ouvi um amém?
''Por que alguém leria um romance distópico em plena distopia?'' - Gabriela Prioli (Fonte: BrainyQuotes e Helvética Condensed)
umbrella academy é um bom exemplo de desconstrução de historias de herois eu acho
Essa discussão sobre apatia chegou tarde pra mim, eu senti isso fortemente quase nesse período mas no ano passado. Lembro do estresse que a pandemia tava me causando, a ponto de brigar com familiares e sentir literalmente dores no peito. Era eu gritando pra todo canto que tinha pessoas morrendo, mas assim que cheguei ao meu ápice, eu vivi em um limbo (que acho que ainda tá aqui), nada me abalava, nada me atingia, nada acontecia.
Eu sabia que o "momento Watchmen" chegaria nesse vídeo
Sdds de quando o Ora falava toda hora “vamos tomar os meios de produção !!” Amava
Ai, orinha, no meu país já são 22h00, que é minha hora de dormir, pois idosa. Terei que atrasar meu soninho em 20 minutos
queria muito que meu país fosse OUTRO também!
Eu nem tentei. Acabei vendo agora de manhã mesmo.
Só estou aqui para comentar que amo este canal e dizer que as vezes fico pensando enquanto assisto: “Meu Deus, ele é muito inteligente! O que eu estou fazendo aqui? Eu só tenho 7 neurônios “.
Obrigada pelo canal maravilhoso, Orinha.
sabe aquele incômodo que você sente sobre algo e depois entende o que era? eu sempre me senti muito incomodado com esse tipo de conteúdo (filme/série/etc), mas até ver esse vídeo do Thiago, eu não sabia o que me incomodava tanto... agora eu sei o que é. obrigado, amei 10/10
Já desconstruiram tanto os super heróis que só voltando pra era de prata, com roupas coloridas, cuecas por cima das calças, super pessoas idealizadas e gentis, para variar algo
Pode botar a culpa no Alan Moore então kk
É o ciclo da Contra cultura virando cultura e com isso a cultura virando a contra cultura
Essa é a sensação que Mortal Kombat me passa "Uau.... Violência 😒"
Eu concordo demais. Eu já vejo tanta tragédia que uma hora acaba perdendo o impacto, eu perco a esperança e tudo de ruim se normaliza... E isso não devia acontecer.
Eu sempre penso... Ainda é descontrução se todos estão fazendo histórias assim?
Thiago, obrigado por esse vídeo. Eu tava com medo de tá perdendo alguma coisa deixando de ver essas duas séries (Invencible e The Boys) porque gosto de heróis, mas não gosto dessa violência exagerada e vazia. Ainda bem que você fez esse vídeo pra eu ficar tranquilo com a certeza que são só derivados de Watchmen com doses cavalares de violência gratuíta.
Beijos!
já dou like sem ver pois confio CEGAMENTE na qualidade 🙏🏻
Thiago, eu adoraria saber seu ponto de vista sobre The Handmaids Tale, seja livro ou série! Parabéns pelo vídeo, você abordou pontos muito relevantes que me fizeram reavaliar as obras, obrigado!
Eu conheci esse canal a pouquíssimo tempo, mas é assustador como cada vídeo tem um impacto enorme em mim. Saio de cada um deles inspirado e contente, por perceber que não sou eu que sou chato e reclama de tudo, mas sim as pessoas que perderam a sensibilidade sobre muitos temas que as vezes me deprime e prefiro evitar. Nunca vi The Boys mesmo com tantos elogiando, agora percebo que escolhi bem. Vou consumir os vídeos do canal lentamente pra fazer essa sensação boa durar o máximo possível! Seus roteiros e direção são incríveis.
"E se o inimigo do bilionário fosse o cara mau esse tempo todo?" Uaaaau.
Chocante a gente estar vivendo um tempo em q mais de duas mil pessoas morrendo por dia é normal, morrer menos de mil é quase comemorado...
É porque um certo partido inventou q solução é esperar 2022 chegar e eleger Lula. 😕
São 8 bilhões de pessoas, se morrer 50 mil por dia é mais que normal.
As pessoas se reproduzem muito rápido, a morte é necessária.
@@aopa7739 eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eu quando eis que politica
Mortes nunca tiveram um peso real na vida alheia. Morrem pessoas todos os dias em cada canto do mundo, e ninguém dá a mínima, seja porque a notícia não chegou até elas ou simplesmente porque a pessoa era uma estranha, sem laços diretos para gerar empatia nas grandes massas. A história da nossa raça foi feita com sangue, então não é de agora que a violência está banalizada.
A quantidade de pessoas no mundo ou no brasil reflete os números de mortos, quanto mais gente mais pessoas vão morrer, simples matemática básica.
Como assim o Jeff Bezos financiou duas séries na qual um simulacro do antagonista de Lex Luthor é mostrado como um monstro?
Que vídeo maravilhoso!
Eu assisto the boys e durante essa segunda temp tava sentindo um certo incômodo que não sabia exatamente como explicar e que contrastava bastante com toda a aclamação que a série tava recebendo por aí
Acho que teu vídeo conseguiu por em palavras como eu jamais conseguiria, muito obrigado
Ainda bem que nesse país existe o Orinha com toda a sua inteligência. Essa tema me deixou totalmente reflexiva, porque até então não havia observado o quanto a violência está sendo glorificada em todos os meios de produção. ORINHA VOCÊ É TUDO!
Me lembra também o livro Admirável mundo novo, (sem spoiler) em que as pessoas assistem cenas de violência ou de sexo aleatórias no cinema apenas como alimento para o vício de uma sensação de que nunca iam ter e com isso o governo lucrava
Uma das minhas favoritas representações de masculinidade: Daryl de TWD, que sofreu abuso na infancia, se descobrindo como uma pessoa boa, matando zumbi e carregando criança e o Rick criando bem umas 3 crianças na série, ensinando todas as mulheres do grupo a atirar pra proteger o grupo dos monstros. XD
vim colaborar com as métricas e dizer que já encaminhei pra um amigo obrigada orinha por tudo como sempre sábias palavras
A historia de invencible é bem diferente , parece q o cara so viu o primeiro ep
pra mim, um dos filmes que mais desconstrói o gênero de filmes de super herói e ainda por cima desse aspecto ainda tem um ótimo roteiro, animação e mensagem é o filme Megamente, que desde que eu vi este se tornara meu filme favorito não só de super herói ou de animação, mas de todos os tempos.
Que ensaio maravilhoso. Confesso que fico mais incomodada com o excesso de cinismo das ficções contemporâneas do que com a violência gráfica, mas o cinismo também é um tipo de violência né?
Eu amei os encadeamentos e estou defintivamente muito empolgada para ler Octavia Butler. Muito obrigada por compartilhar esses pensamentos com a gente!
MELHOR CANAL DESTE SITE!!! Eu senti isso quando acabei invencivel, claro que você fica chocada no momento que assiste (as vezes nem isso) mas eu estava exposta a tantas violências que meio que passou sabe, meio que não teve o impactado que deveria. A segunda temporada de the boys foi um processo pra mim e só terminei pq assisti com meu irmão, mas se você perguntar hoje, eu não lembro nada que rolou mesmo, é bizarro! É aquilo, qual o impacto de mortes de personagens ficticios quando morrem 2 mil pessoas todos os dias no Brasil? Eu sei que parece uma comparação esdruchula mas na minha cabeça faz sentido kkkkk!
O legal é que ultimamente eu tenho pensado em uma direção contraria, eu acho que o pudor e o cuidado estético com que a violência costuma ser tratada é que permite esta dessensibilização e eu penso que se utilizada de forma mais escancarada e crua, a violência poderia ser útil para abrir discussões, conscientizar e até educar a população.
Eu penso no final de Tropa de Elite, quando o Padilha decide encerrar o filme com o policial apontando a arma para a câmera e encerra no momento do tiro e o publico entendeu isso como "violência policial é top". Eu imagino como seria se a câmera fosse posicionada do ponto de vista do policial e o filme encerrasse com a visão de um ser humano recebendo uma bala de grosso calibre na cabeça, com sangue e pedaços do cérebro espalhando pelo chão. Talvez assim este seria o filme humanista em que o Wagner Moura pensou que estava trabalhando.
Muito bom e me faz pensar sobre muitas coisas! É evidente que existe uma relação direta entre "hominhos" e violência, como esse cara hetero padrão (Snyder, Tarantino) não só usa, mas também está autorizado pela sociedade a usar a violência incontestável como forma máxima de expressão, dentro e fora das telas.
E vamos de comprar mais livros por conta de um vídeo do Ora!!! ahahahahaha muito Booktuber mesmo
Nossa ele é muito booktuber, mesmo sem intenções. Acho que as referências que ele mostra são muito boas. Da primeira vez que ele falou de octavia butler eu fiquei muito curioso pra conhecer, aí fui atrás de ler Kindred e me impressionei. Depois li a Parábola do semeador e me apaixonei. Agora já eu to lendo o 4o livro dela e decidi até comprar os próximos pra apoiar a autora, quem sabe eu compre os primeiros pra ter a versão física tbm pra colecionar. Outra que tenho curiosidade de conhecer por causa do Ora é a Ursula K le guin. Enfim, rei do youtube
@@PauloRoberto-jz7hh inclusive comprei um box da Ursula por conta dele ahahaahahahaha
Que obra prima Orinha!!! Uma vez por semana preciso me beliscar, pq a cabeça vai normalizando a situação geral da nação, não posso me conformar jamaisssss.
Agora vou ter que ler o quadrinho de Watchmen pra entender porque ali é um comentário sobre a violência e não só apenas violência
Thi, eu gostei bastante de invincible como entretenimento mesmo, não olhei pra ele de forma crítica MAS GRAÇAS A SUA INTELIGENCIA agora estou refletindo. Quero ler esse livro depois :) vc é foda thi!
Pode gostar sim!!!! (não sou eu que tô autorizando, apenas atestando um direito seu!!!)
Começou com Octavia Butler , meti o like com força. Li A Parábola dos Talentos em pleno 2021 kkkk fiquei com a saúde mental no chão.
Dessa vez o banho vai esperar, que maravilha ser agraciada com mais uma revolução fonográfica brasileira da orinha thiago, que alegria
Essas quebras de paradigmas é uma ferramenta que existe desde quando o cinema foi inventado, Breakfast at tiffany... Mas a intençao é mais de resignificar algo que n vende mais e que sempre queremos ver algo novo com arestas antigas
Obrigado por esse vídeo!!! Tem anos já que eu tenho q mandar textão pros meus amigos q n entendem pq esse filme e série """""sérios e sombrios""""" não são pra mim e me enchem o saco (aliás, não só amigos, meu TIO de 59 anos, dois meses atrás, ficou revoltado pq eu n ligo pro Zack Snyder). Já tem tempo q n tenho paciência então agora só vo mandar o video e passar bem.
Essa reflexão sobre a falta de sensibilidade que a hiper-exposição à violência vi algo do tipo num lugar um ex-policial (ótima fonte q nem sei citar direito) dizia como os filmes de ação deram uma percepção errônea e sem compaixão ou empatia da morte violenta. Ou os filmes banalizam a brutalidade e dores (fisicas e emocionais) ou vangloriam as ações violentas dos mocinhos independente das implicações éticas. Assim, muitas vezes quem assiste, que, provavelmente, nunca vai passar por nada parecido, apoia e regojiza em violência real como as dos filmes. Por isso que é tão fácil pro cidadão comum não ver humanidade em "bandido" seja ele um assassino, ou um abusador, ou um assaltante, ou um civil que por acaso mora onde o exercito do EUA tá invadindo, é tudo farinha do mesmo saco, tudo inimigo, tudo perecível e inútil.
Sobre a exaustão de tanto ver desgraça eu me identifico em partes que ao mesmo tempo que certas notícias de recordes e recordes de tudo que é pior no mundo rolando nos últimos meses não me chocam, não teve um dia desse ano que eu não chorei antes de dormir exatamente pelas mazelas do mundo.
manoooo, pqp cai de paraquedas no teu canal e pqp MORRI DE RIR AMEI AMEI, +1 inscrito!!!
Assistindo todos os anúncios pro Thiago continuar postando vídeo 👀
CA RA LHO! eu amo como vc traduz muita coisa que ta acontecendo e põe em uma linha linear!!!
eu gostei de verdade da primeira temporada de the boys quando tava vendo, mas aí fui ver como falavam da série desencantei completamente. pessoal falando como se fosse completamente revolucionária e infinitamente superior a tudo que já foi feito anteriormente no gênero, como se eles que tivessem descoberto toda a simbologia, mensagens e problemas de todas as histórias de super-herói. uma vibe muito "we live in a society". nem vi a segunda temporada que eu tava animada pra lançar.
mas gostosinho esse superman bigodudo de invincible
Ótima reflexão, Thiago! Vou começar a ler Watchmen depois de ter ouvido tantos elogios seus. Vi She-ra e comecei a assistir Buffy por sua causa também. Obrigada por seus vídeos e indicações. 💟
Acho que uma alternativa interessante ao ciclo da eterna violência são as soluções apresentadas pelo Steven Universe: Diálogo, compreensão e sensibilidade. Não porrada.
Exceção: se estiver lidando com fascista.
Steven universe e Avatar, ambos mostram personagens se conhecendo, a violência não é gratuita e o tempo todo fala sobre perdão ❤️🫶🏻
Assisti avatar quando criança e isso me impulsionou a aprender mais sobre mim, quando fiz 14 anos parei de comer carne, e 3 anos depois me entendi como budista ☺️
Respeito sua opinião mais, Nossa que coisa chata, particularmente prefiro ver os personagens se matando do que ficar com frescura de diálogos e compreensão... sla
@@getsume7p541Fala isso no filme , na vida real acredito q seja o contrário
@@mr.excessivemass99 não
eu AMO como você faz relações "incomuns", tal como a distopia de Octavia Butler e o filme do Snyder
Eu tenho pouca tolerância pra violência gráfica e me vejo muitas vezes "limitada" por não conseguir assistir coisas como Game of Thrones, The Boys, etc. Aí vejo obras ditas infantis lidando com assuntos sérios se apelar pro Uau, Violência, e fica parecendo que realmente é só apelação e pra poder dizer que "eu gosto disso, é muito Adulto(tm)" 🤷♂️
se tivesse terminado Invincible saberia que a série não fala sobre isso
Na real invencível não tem nada haver com the boys, é só um desenho da dc com violência mesmo.
Já estamos uma uma hiperdosagem de algum calmante na veia, pq praticamente ja nao sentimos mais nada no meio desse caos, isso é horrível so de pensar
sua linha de raciocínio é tão completa e bem estruturada que nem sobra nada pra comentar orinha, só que sou um enorme fã
Pra quem quiser um breve momento de paz e plenitude em meio a esses hiperestímulos todos sugiro City of Ghosts, uma baita animação na Netflix. Esses dias a diretora da série comentou sobre essa visão de que a violência e cenas muito gráficas seriam as únicas formas de contar uma história "adulta", quando na real existem muito mais nuances e possibilidades. Dito isso, achei bem massa Invincible e aquela cena me chocou, mas acho que aí vai variar de pessoa pra pessoa msm.
City of Ghosts é uma obra prima, eu me senti mais próxima de Los Angeles do que da minha própria cidade quando eu acabei de ver
Tua reflexão é a minha tb... mas tu faz isso de forma muito mais inteligente que eu kkkkkkkkkkkkkk
Antes de mais nada (mesmo de dar play): PARABÉNS, AMIGA, ESTE VÍDEO ESTÁ TUDO
orinha essa preocupacao sobre a apatia me pegou na identificação de forma tão desconcertada que até levei o vídeo pra minha sessão análise
Cara, fundamental essa discussão. Realmente, essas séries imitam e ainda esvaziam a proposta de Watchmen. A única que eu acho que foge a essa regra (pra mim, pelo menos, é claramente inspirada no Moore) é The Umbrella Academy. E também não dá pra pôr o Coringa do T.F. nesse saco...
Fiquei impactada com mensagem final do vídeo, ligando com a pandemia. Muito bom. Você é muito inteligente orinha
Quando vi Octavia Butler quase morri! Livro mara mas ler na pandemia não sei se foi tão bom pra minha saúde mental kkkkkkk
Eu amei kindred mas fiquei "impressionado" e nem li nada por um bom tempo. Ela é uma autora incrível, porem foi um choque encarar a violência no mundo ficcional dela
Esse vídeo é exatamente aquilo que eu não conseguir verbalizar da maneira correta! Adorei conhecer esse canal e ficarei aqui!!!!!
Orinha, mais ou menos a ver com a pauta, mas tava outro dia falando sobre essa fetichização da violência e de coisas macabras. Citei como exemplo o podcast e agora série daquele Caso Evandro. Ainda fico chocado como as pessoas adoram essas coisas macabras, mas looooonge de mim criticar, apenas comentando.
Nossa eu sempre me incomodo com o jeito que as pessoas falam NOSSA EU AMO TRUE CRIME KKKKKK É ÓTIMOOOO. E eu acho que o Ivan Mizanzuk sempre tratou o caso com uma seriedade honrosa. Uma vez eu ouvi ele num podcast e fiquei com MUITA vergonha qdo ele teve que dar uma bronca com quem o estava entrevistando com um "gente, alou, essas pessoas são reais, não é uma série de ficção". Pessoas morreram, sofreram tortura, etc. E mta gente fica falando desses casos como se n fossem pessoas e dores reais. Me incomoda DEMAIS isso.
acho que em questão de crimes reais depende de quem vc tá consumindo, tem (muita) gente sensacionalista e sem noção mas tbm tem gente responsável e respeitosa que foca nos tópicos certos das historias
eu só acho um pouco preocupante consumir como um entretenimento qualquer
eu tenho uma relação um pouco mista com isso, pq consumo alguns canais/podcasts que falam sobre true crime, pq esse tipo de assunto realmente me causa muita curiosidade
mas particularmente os que tem descrições muito gráficas de violência não consigo consumir de jeito nenhum, e também fico bem assustada em como MUITAS pessoas banalizam essa violência e as pessoas envolvidas nesses casos, como se fosse algo divertido de ouvir mesmo ou sei lá, o ser humano é um bicho estranho demais
eu consumia muito true crime até perceber que bem " eu estou escutando sobre cabeças decepadas enquanto faço o almoço" e comecei a deixar mais de lado, mas acho dependendo do narrador do podcast vc vê o cuidado e respeito na obra (o praia dos ossos é perfeito nisso creio eu )
@@balderramices nossa, eu me lembro de ter visto uma entrevista com ele em que isso aconteceu mesmo. Alguém fez algo similar a uma piada, um trocadilho, e ele honrosamente muito sério repreendeu o comportamento. O Ivan consegue representar a seriedade necessária pra esse tipo de conteúdo, mas o público aparentemente não...
Eu demorei pra assistir Invincible justamente pq eu tava com pé atrás no perfil de pessoas que estavam gostando. No tiktok tinha um cara vibrando com a cena do primeiro episódio e eu só revirei os olhos. No fim a série é legal, a cena em vermelho do Omni man no planeta alienígena é bonita, mas tudo oq vc ponderou é perfeito, conseguiu explicar o que eu tava sentindo
a nova identidade visual tá simplesmente perfeita
Sua conclusão foi quase a conversa que tive na minha supervisão do tcc hoje kkk. Vou falar sobre luto nele e o papo que tive com as amigas e com a orientadora foi sobre os diversos lutos que não estamos conseguindo elaborar na pandemia, já que eles são tantos. Em resposta, acontece o que você disse: a gente vai criando um sentimento de apatia frente as tragédias porque a cada dia aparece uma pior enquanto a gente nem conseguiu pensar na que passou. A gente vai seguindo com a vida sem saber muito como e por quê (tá certo isso? Eu não sei usar os porquês). Vai cumprindo os prazos porque precisa, mas com um esvaziamento muito grande. Enfim. Obrigada pelos seus vídeos, sempre me fazem pensar muito! Aliás, o sobre a morte me fez perceber o quanto o tema do luto me convoca. Assisti midnight gospel e chorei que nem uma corna. Obrigada
como eu não conhecia esse canal antes? que espetáculo de vídeo e conteúdo...
Fico admirado com a dinâmica de todos os seus roteiros. É algo realmente fantástico!
eu queria ter levantado da cadeira e gritado : É ISSOOOO
mas a apatia dos tempos atuais não me deixa
Quando coisas absurdas sao so usadas apenas para te deixar chocado, aquilo deixa de ser motivo de coque e se torna banal, e é muito triste
tudo o que eu precisava depois de horas de CPI
uau, CPI
Conheci o canal agora o canal, tá me ajudando a manter a sanidade num mundo cada vez menos confiável
Tem uma hq do Kieron Gillen chamada Peter Cannon Thunderbolt (é o personagem da Charlton que o Alan Moore ia usar em vez do Ozymandias) que eu achei sensacional e na minha opinião pega muito bem a ideia de usar a violência e as referências a watchmen pra criticar como foi um quadrinho excelente, mas já deu e tá na hora de alguém tentar algo diferente. (O autor pega a frase do Watchmen de "eu fiz isso há 35 minutos" e usa pra fazer o comentário de como os quadrinhos tão fazendo isso há 35 anos)
(recomendo tudo que o kieron gillen escreve, particularmente the wicked + the divine)
sou doido pra ler the wicked + the divine! mas sempre acabo adiando
Thiago, que vídeo perfeito! É sempre TÃO bom assistir seus vídeos...
Adryana e a rapaziada me pegou muito desprevenido
Ai, obrigada!!! Esse vídeo é tão necessário pra eu enviar pra todo mundo na hora de explicar o pq de odiar ver violência.
acabei de terminar invincible, depois de muito relutar vi também a segunda temporada de the boys, ambos porque a TL toda tava falando e aí fui ver pq tava sem fazer nada mesmo. não detestei, mas é bem isso: uau, violência. a expressão "hominho" que tu usou tb define muito bem o motivo da preguiça: é o segundo dia seguido que ouço essa expressão, vou adotar.
Eu nem consegui terminar o primeiro ep de Invencível!
Eu amo como você analisa e comunica bem as coisas fazendo com que eu mesma entenda meus pensamentos. As vezes assisto algo violento que, apesar de AMAR filmes de porrada etc, a violência que vi me deu uma sensação estranha. Eu curto algumas cenas e outras me deixam muito desconfortável. Parece que tão dizendo GOSTE DISSO AQUI PQ É PORRADA DE VERDADE!!! SOMOS MAIS CORAJOSOS QUE SEUS PRODUTORES DE BLOCKBUSTERS E VAMOS SER MUITO GRÁFICOS. ai eu não curtia mas sentia que talvez estivesse sendo muito ~~sensível não aceitando a inovação deles. Agora com esse meu desconforto muito bem expressado eu posso apenas linkar esse vídeo em qualquer discussão sobre o assunto !
me parece que o ápice desse niilismo " m i d i á t i c o " é rick and morty, aquilo lá é violência mais que gratuita. não acha, thiago? e massa o vídeo
Esse vídeo me trouxe uma diferente perspectiva,no começo eu estava receoso por me sentir ofendido por criticar um aspecto das séries que eu amo,mas vendo ele todo eu vejo que estava equivocado,obrigado por abrir minha mente mais um pouco 😎😎😎