Brasil precisa de agenda nacional para a segurança cibernética | Luana Tavares - Especial UB 10 anos
HTML-код
- Опубликовано: 20 май 2024
- 9:30 - ERRATA: O Brasil possui 464 milhões de dispositivos digitais em uso e não 464 milhões de pessoas que possuem dispositivos digitais. *Dados de 2023 do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGVcia).
Inscreva-se no Canal UM BRASIL📺
Entrevista inédita toda sexta-feira às 11H🎙️
Inscreva-se no canal !
Para saber mais, acesse: umbrasil.com
Facebook, Instagram e Twitter: @CanalUMBRASIL
*Entrevista gravada em 10 de abril de 2024.
Os prejuízos causados por ataques digitais reforçam a necessidade do Brasil construir uma política nacional de cibersegurança; a legislação brasileira ainda é extremamente frágil e reativa
Os prejuízos causados por ataques digitais a organizações chegarão a US$ 10,5 trilhões por ano até2025 em escala global. E um em cada cinco brasileiros sofreu pelo menos uma tentativa de ataque cibernético, segundo os dados do Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime.
A fundadora e CEO do INCC, Luana Tavares, que há dois anos vem se debruçando em pesquisas
nessa área, destaca a importância de se construir uma política nacional de cibersegurança como
resposta ao crescimento das ameaças cibernéticas ao Estado, aos negócios e aos direitos
individuais e coletivos dos cidadãos. “É uma temática extremamente importante e nova em
termos de soluções. Como enfrentar algo que parece incontrolável e que tem fronteiras que são
cada vez mais rapidamente ultrapassadas?”, questionou Luana, durante a sua palestra no evento
de comemoração dos dez anos do Canal UM BRASIL - uma realização da FecomercioSP.
Para a mestre em Políticas Públicas, é preciso pensar em uma agenda nacional, uma vez que a
legislação brasileira para combater crimes digitais ainda é extremamente frágil e reativa. “O
Estado tem uma grande responsabilidade, só que mais uma vez foi atropelado e precisa correr
atrás dessa agenda, que é complexa e multifacetada.”
O volume e a sofisticação dos crimes cibernéticos, aponta Luana, têm se tornado cada vez mais
acentuados para que a população, as empresas e os governos consigam reagir na mesma
velocidade. “A frase que mais escuto todo dia é: eu caí em um golpe. É um problema que afeta
governo, empresas e cidadãos e só com a participação desses três atores é possível pensar e
discutir as melhores soluções.”
Da população global de 8 bilhões de pessoas, 5 bilhões estão conectadas à internet, de acordo
com o estudo Digital 2022: Global Overview Report, da consultoria estratégica Kepios, baseada em
Singapura. Isso representa quase 63% da população do mundo. Em um ambiente global
extremamente conectado, o Brasil aparece com destaque, nas primeiras colocações, nos rankings
de engajamento, acesso e contas nas redes sociais. “E aliado a esse volume todo de pessoas
conectadas, temos a questão do analfabetismo digital. O mundo foi atropelado pelos benefícios da tecnologia, mas também por suas consequências nocivas. Não houve o letramento da população na mesma velocidade.”
Cibercrimes no Brasil
A população brasileira é a segunda mais atacada por crimes cibernéticos do mundo. Pesquisa feita
pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia) mostra
que existem 464 milhões de dispositivos digitais no Brasil, o que representa uma média de 2,2 aparelhos por habitante.
Um outro ponto importante levantado pela mestre em Políticas Públicas é que o custo do crime
cibernético é muito baixo, o que faz com que os criminosos migrem dos delitos patrimoniais para
os digitais. “É uma indústria altamente rentável, que está causando prejuízos milionários e vive um
processo quase incontrolável de crescimento”, aponta.
A especialista tem estudado o que as outras nações têm feito para combater esse tipo de infração.
Países como os Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Espanha e Portugal criaram estratégias
nacionais e multissetoriais, o que começa a acontecer no Brasil, com a implementação da Política
Nacional de Cibersegurança (PNCiber), proposta pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O
decreto 11.856/2023, que institui a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), proposto pelo
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), foi assinado em
dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A política contempla um conjunto de necessidades apontadas por diferentes instituições e
especialistas em cibersegurança para melhorar a governança nacional sobre a temática,
adequando o que há de mais moderno no mundo ao arcabouço e à cultura institucional do País.
Confira o livro de comemoração dos dez anos do Canal UM BRASIL, com os destaques de gravações memoráveis realizadas ao longo de toda a sua trajetória. Clique aqui e baixe a edição especial: umbrasil.com/publicacoes/um-b...
As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.
#LuanaTavares #cibersegurança #CanalUMBRASIL10anos
Obrigado pelo vídeo..!!
Bora
Eu fiz um curso de " ciência e direito da informação" no meu Estado. Eu propus ao professor que tange sobre assinatura eletrônica,ao fazer a assinatura, o indivíduo deveria ter uma assinatura por escrito no ato do negócio.