Parabéns pelo vídeo, muito bom. Gostaria de saber se conhece o livro "Fitogeografia brasileira: uma atualização de bases e conceitos", de Orlando Graeff, e se ele aborda os domínios e biomas como você explicou. Ou então qual livro de fitogeografia você recomendaria que não aborda os biomas como no IBGE? Obrigada
Obrigado Luana! Não conheço ainda o livro do Orlando que você mencionou, obrigado pela indicação. A boa notícia é que a maioria dos livros de fitogegorafia, até mesmo o manual da vegetação brasileira do IBGE, não têm nos biomas um assunto central ou de destaque. Geralmente esse tema nem é abordado ou é abordado de passagem. A fitogeografia brasileira tem se concentrado na fisionomia da vegetação, os tipos de vegetação. A meu ver, tem faltado um tratamento mais completo desde biomas, passando pelos tipos de vegetação, até as regiões florísticas, definidas pelas espécies compartilhadas, que é outra coisa importante que historicamente tem sido marginalizada nos livros. Não indico um em particular, pois existem muitos e quase nenhum consenso, eles todos são muito autorais, e trazem informações úteis e importantes. O que eu sugiro é voce ficar consciente da problemática que eu apresentei no vídeo, de forma a ter uma postura de independencia intelectual diante de qualquer texto que mencione a questão.
Oi Luana, aqui vai uma atualização da resposta ao seu comentário. Estou lendo o livro "Fitogeografia brasileira: uma atualização de bases e conceitos", de Orlando Graeff, que você mencionou. É um livro muito bem produzido e detalhado, que discute todas as vegetações do Brasil com ênfase no Brasil Central e nos Cerrados. Ele dá prosseguimento à ênfase tradicional da fitogeografia brasileira de focar nas fisionomias (tipos de vegetação) e também de ter um enfoque contemporâneo (baseado na vegetação como a vemos hoje, e não tanto na suas mudanças no tempo geológico). Ele aceita a classificação do IBGE do Brasil em biomas e a usa como sinônimo de domínios, como lemos por exemplo na pg. 50: "O Domínio do Cerrado (Rizzini 1997) ou bioma Cerrado (IBGE 2004-B) ocupa imensa extensão territorial do Brasil...".
Um complemento à resposta acima: o livro do Orlando Graeff também argumenta de forma bela e necessária que precisamos resgatar a união entre ciência e arte, para que a valorização das descobertas científicas, inclsusive sobre a nossa biodiversidade, volte a se aproximar das pessoas fora do ambiente acadêmico e científico. Concordo inteiramente com ele neste argumento!
Parabéns pelo vídeo, muito bom. Gostaria de saber se conhece o livro "Fitogeografia brasileira: uma atualização de bases e conceitos", de Orlando Graeff, e se ele aborda os domínios e biomas como você explicou. Ou então qual livro de fitogeografia você recomendaria que não aborda os biomas como no IBGE? Obrigada
Obrigado Luana! Não conheço ainda o livro do Orlando que você mencionou, obrigado pela indicação. A boa notícia é que a maioria dos livros de fitogegorafia, até mesmo o manual da vegetação brasileira do IBGE, não têm nos biomas um assunto central ou de destaque. Geralmente esse tema nem é abordado ou é abordado de passagem. A fitogeografia brasileira tem se concentrado na fisionomia da vegetação, os tipos de vegetação. A meu ver, tem faltado um tratamento mais completo desde biomas, passando pelos tipos de vegetação, até as regiões florísticas, definidas pelas espécies compartilhadas, que é outra coisa importante que historicamente tem sido marginalizada nos livros. Não indico um em particular, pois existem muitos e quase nenhum consenso, eles todos são muito autorais, e trazem informações úteis e importantes. O que eu sugiro é voce ficar consciente da problemática que eu apresentei no vídeo, de forma a ter uma postura de independencia intelectual diante de qualquer texto que mencione a questão.
Oi Luana, aqui vai uma atualização da resposta ao seu comentário. Estou lendo o livro "Fitogeografia brasileira: uma atualização de bases e conceitos", de Orlando Graeff, que você mencionou. É um livro muito bem produzido e detalhado, que discute todas as vegetações do Brasil com ênfase no Brasil Central e nos Cerrados. Ele dá prosseguimento à ênfase tradicional da fitogeografia brasileira de focar nas fisionomias (tipos de vegetação) e também de ter um enfoque contemporâneo (baseado na vegetação como a vemos hoje, e não tanto na suas mudanças no tempo geológico). Ele aceita a classificação do IBGE do Brasil em biomas e a usa como sinônimo de domínios, como lemos por exemplo na pg. 50: "O Domínio do Cerrado (Rizzini 1997) ou bioma Cerrado (IBGE 2004-B) ocupa imensa extensão territorial do Brasil...".
Um complemento à resposta acima: o livro do Orlando Graeff também argumenta de forma bela e necessária que precisamos resgatar a união entre ciência e arte, para que a valorização das descobertas científicas, inclsusive sobre a nossa biodiversidade, volte a se aproximar das pessoas fora do ambiente acadêmico e científico. Concordo inteiramente com ele neste argumento!