Sou professor universitário e raros são os professores leitores de HQs. A maioria olha com desconfiança quando abordo o tema, até mesmo os formados em letras me surpreendem com ideias estigmatizantes e ultrapassadas sobre a leitura de quadrinhos nas escolas e universidades.
@@bonado3009 E quando lemos como eu [@joachimnadar, tbm sou professor e pesquisador], falta dinheiro. Hoje eu leio quando me emprestam. E, olha, que eu tinha uma livraria, hoje só restou o bar e com muita dificuldade. Ler, primeiro, é questão de acesso. Nada mais!
Uma coisa que eu acho super bizarro no Brasil é isso, quando eu converso com universitários ou professores de outros países, todos eles me dizem que nas universidades eles são ensinados e encorajados a terem suas próprias ideias e conclusões. Mas aqui no Brasil, só vejo professores e universidades obrigando os alunos a pensarem da mesma maneira deles ou da maneira que eles querem que os alunos pensem, e isso pra mim é um retrato de como esse país ta fudido até o talo
Meu orientador do TCC de ciência da computação me deu monte de quadrinhos, desde cavaleiro das trevas em formatinho, corto Maltese, hagar, moebius. Ainda nem tive tempo pra ler tudo, mas fiquei muito surpreso ele bem velhinho curtir tanto gibi,tive 4 anos de aula com ele e nunca vi um comentário dele sobre quadrinhos.
Pode acrescentar um item aí nesse problema, na dificuldade em formar novos leitores, que vai para além dos muros das escolas. A Culturama botando os gibis da Disney na gôndola do supermercado tem sido um alento (e eles já faziam isso antes até da Disney). Mas o problema é que o gibizinho também tá caro. E se a criança não tiver como achar um gibi "no mundo real", além da escola, não vai ter ninguém nem pra comprar as capas duras ultra luxo amanhã.
Até pouco tempo atrás havia uma obrigação de haver uma loja de aplicativos nacionais nos celulares. Entendo que o formato eletrônico não eh a mesma coisa. Mas não Valeria a pena criar alguns aplicativos nesta linha que ofereçam o básico de quadrinho nacional? A estilo "tv pública"?
Anos atrás tive que reformar minha casa e não havia espaço pra tantas caixas de HQs, tentei vender, trocar e por fim doar e assustadoramente curioso é que a garotada aqui da região que pegaram alguns dos gibizinhos olhavam para os "livretos" como os "australopithecus do 2001 olhava para o Monolito!" E isso foi lá em 2010 !
@@navidardwarf5216 Pois é essa lenda de que a mulecada não consome quadrinhos é balela, eles consomem e muito, a diferença é que alguém tem que despertar interesse ou eles mesmo consomem com pirataria e aplicativos de celular, vide webtoon, tapas
Parei de comprar quadrinhos pq sou assalariado e a grana n dava. Isso me dói. Amo essa arte. Quando vou p eventos ou livrarias e bato papo c pessoas q colecionam HQs, percebo q elas estão em outra realidade social, geralmente. Enfim, espero q um dia esse universo seja mais acessível p pessoas como eu.
Cara, posso me considerar uma pessoa da "nova geração" e realmente é complicado de se ler quadrinho, eu q sou estudante faço meus paranauê as vezes pra comprar um mangázinho q eu gosto ou uma mensal da hora na lojinha perto da escola. Sinceramente teu canal tá mudando muito a minha visão como pessoa e leitor, brigadão irmão, e espero q no futuro isso mude, tanto na parte de livros quanto na de quadrinhos, acesso a leitura é muito importante, ao invés disso os cara faz uma reforma de côco no ensino médio
Triste realidade. E digo mais, sou veterano e já alguns meses parei de comprar como fazia antes. Estou pegando só um catarse ou uma pré venda ou um autografado que arrisca esgotar, o que posso jogar para frente, estou jogando. Como autônomo de renda variável a coleção caiu bastante nas listas de prioridades.
Entrei no site da Mosquito pra ver o que seria publicado naquela coleção do Toppi que a Skript vai lançar e tomei um choque de realidade. Primeiro volume brasileiro, R$ 69,00, francês, 13,00 €. Salário mínimo BR, R$ 1.100,00, francês, 1500,00 €... Como é caro ser brasileiro
Só tem um detalhe nesse ótimo vídeo que acho que as pessoas não abordam... as pessoas em geral leem menos. Os gibis são caros... mas já viram o montante da indústria de games ? Alguém acho que video game é mais barato que hq ? Nosso mercado livreiro como um todo tá condenado, e mesmo os quadrinhos japoneses, que são os únicos que tem uma renovação de público, tem muito do seu apelo ligado aos animes e a explosão do streaming. E mesmo lá no Japão não sei se a indústria um dia já voltou a vender tanto quanto vendia no passado (pelo que já li sobre a "Golden age" da Shonem Jump creio que não).
@@pedrovin20 Touché. Fora que é uma mídia audiovisual. Em um país com uma leitura atrasada, calcule. As pesquisas indicam que as pessoas que leem ou leem livros de auto-ajuda ou Bíblia e essas últimas nem tão lendo direito, visto a qualidade dos representantes que elegem.
@@pedrovin20 sim, de qualquer jeito o investimento pra se ter um aparelho que rode jogos é bem alto, pra se consumir jogos também... Mas acho que seu comentário de certa forma também vai ao encontro do que eu falo, outras mídias hoje são mais atraentes do que hqs... não falo numa perspectiva pessoal, mas sim geral.
@@pedrovin20 isso é bem verdade, mas a hq e a leitura são experiências diferentes. De fato o videogame é mais atraente pra um público geral, mas ele n impede a pessoa de gostar de ler. O problema é que culturalmente o Brasil não lê, infelizmente.
Parabéns pelo Vídeo ! Acho que sobre a política de preços vale uma análise para além da panini. Geralmente nos canais do RUclips vejo algumas crítica mas nunca sobre a política de preço das "pequenas" editoras. Sobre a Amazon acho que ao mesmo tempo que tem o aspecto negativo tbm tem o positivos. As editoras perdem por causa do desconto mas as vendas tem um alcancem maior. Muitas vezes é totalmente inviável compra produtos em lojas de comics pela Internet para fora do eixo São Paulo e Rio.
Felizmente na minha Universidade se utilizava muito o hq, gibi e até RPG como instrumento didático. Eu mesmo trabalho games de forma completar ao material didático, Assassins Creed são sempre uma mão na roda pra prender a atenção deles. O último estoque de gibi e HQ veio em 2015 e a diretora não distribui mais para os alunos porque não há mais distribuição anual por parte do MEC, muitos já estão inutilizados e totalmente gastos, são 6 anos e uso, imagina... Era muito foda poder dar aula com a Máscara do Zorro, Palul etc...
Cada dia percebemos esse aumento cruel, e sabe professor...eu procuro sempre comprar "quando posso" na banca de um amigo meu aqui em Recife. Banca do André aqui na Iputinga...cara eu ando até em shopping aqui em Recife...e quase não vemos mais bancas de revistas. Se as editoras estão fechando, o que dirá as bancas de revistas.
Tenho feito o mesmo. Vou sempre que posso na Guararapes, comprar na banca de seu Orlando. E se a banca dele fechar, vai fazer muita falta em Recife. Fora que ele é tão legal que já me emprestou clássico da própria coleção para que eu tivesse a experiência de ler.
Esse vídeo me fez lembrar que a uns 8/10 anos atrás na rede estadual de escolas aqui de SP eram distribuídos os gibis da Turma da Mônica Jovem, infelizmente o cenário mudou muito.
Há décadas atrás até as crianças mais pobres consumiam quadrinhos(as escolas estimulavam a leitura e galerinha trocava entre si),pergunta essa geração de hoje quem é Connan ou Elric de Melniboné?
Interessante tu falar de quadrinhos e escola. Eu lembro que quando estudava num colégio estadual em 2014, havia alguns quadrinhos na biblioteca, como por exemplo Homem Sem Medo do Frank Miller.
Muito bem colocado. E ainda mais importante vindo de um canal que está numa crescente como o seu. Concordo principalmente nos valores inflados dos quadrinhos, que nascem altos para se criar a falsa ilusão de desconto. Seja na Amazon ou em outras plataformas. O problema agora é que quem sair deste padrão e ousar cobrar um valor justo no preço de capa, corre o risco de encalhar por não oferecer os famosos descontos! A pessoas estão dispostas a pagar 30,00 num gibi por ter tido os 50% de desconto, mas se um gibi já sai a 30,00 e não tem o dito "desconto", logo não desperta o interesse dos viciados em tal prática pq estão condicionados(principalmente devido a Amazon) a esperar esses descontos aparecerem. Triste.
Eu gostei muito do vídeo, eu já tinha tentado expressar algo parecido aqui em um comentário em outro vídeo seu, principalmente focando no primeiro e terceiro aspecto. Eu acho q essa metáfora do correr pro abismo foi muito representativa. A vdd é que as editoras sozinhas( sobretudo as que publicam quase que exclusivamente quadrinhos, e não fazem parte de um conglomerado) tão presas a só reagir ao panorama geral do mercado, que depende de questões econômicas muito maiores do que os quadrinhos. Talvez pra editoras muito grandes, o cenário seja diferente, pois boa parte das receitas deve vir de editais de venda direta para o governo de livros didáticos ( to deduzinho só). O que eu sinto falta por parte dessas editoras, é mobilização mesmo. Eu vejo que normalmente tem uma postura muito autocomplacente quando vem o hate dos clientes com os aumentos de preços ( tipo " ah vcs n conhecem o bastidores, acham q a gente ta querendo enriquecer mas só estamos tentando fechar as contas") e para por ai. Poderia se tentar realizar mobilização para fazer em conjunto lobby sobre pontos de interesse comum dessas pequenas empresas( e desse setor de cultural como um todo) ou ao menos uma tentativa de se posicionar com mais profundidade sobre esses temas para tentar formar grupos de pressão. Não é uma questão de altruísmo ou "patriotismo"... e sei que pra fazer a operação mais enxuta possível, as empresas trabalham com o mínimo pessoal ( tipo de contar em uma mão , quiça duas) o que significa pouco tempo pra ficar pensando nessas coisas... mas é como disse no vídeo se não houver mudanças vai ter quebradeira geral. Obvio que por mais efetivo que fosse, ainda seria muito restrito, o resultado das eleições de 2022 são essenciais pra poder se formar uma base de mudança econômica sem a qual não dá pra se pensar propostas possam realmente reverter o caminho pro abismo. E não vão ser os fãs dos quadrinhos que vão mudar as eleições e tendências globais de mudanças sócio-econômicas. Mas se tbm ngm fazer nada, nada vai cair do céu tbm, é dessas pequenas mobilizaçãoes q vai se formando uma sociedade civil mais consciente dos impactos nas suas vidas das decisões politico-econômicas.
Exatamente 11:25 É algo muito complexo. Não adianta só investir em um lado e deixar de resolver outros, e assim por diante. Trabalho com música e a muitas similaridades.
Lembro bem desse projeto nas escolas, mas via poucos alunos tendo interesse por essas hqs. Não havia nenhuma mediação de professores e ainda me recordo de alguns acharem ruim eu estar lendo mangá ao invés de livro no horário de leitura. Conheci a turma do Pererê na biblioteca.
influenciado pelo mestrado de uma amiga em sandman, resolvi fazer minha monografia em letras sobre quadrinhos em 2007. eu estava iniciando minha conclusao de curso, fiz um projeto para trabalhar com um quadrinho chamado salut deleuze! . eu ia trabalhar conceitos do deleuze e do blanchot nesse quadrinho e traduzi-lo do frances. depois de problemas pessoais e mudança de orientador, meu projeto foi enterrado com uma frase do orientador "quadrinho nao é literatura".
@@gabrielrocha5673 é cara, é complicado... pq vc cresce e se pega concordando com essa frase, mas tem jeito de falar isso sem podar o aluno. e claro, se for orientar, nao bota fé no trabalho, nao pega ué...
@@gabrielrocha5673 provavelmente foi sim. ele é uma pessoa esclarecida, poeta multimidia, nao acho q ele disse com preconceito nao. meu problema foi o "massacre escroto" mesmo.
@UCIsalLKP-M9m2C7v9ABFBKA pois é, eu nao tava tratando como se fossem a mesma coisa. o negocio é que eu ia trabalhar os conceitos filosoficos presentes na obra salut deleuze, tipo eterno retorno do nietzsche e deleuze, rizoma do deleuze e noite e morte do blanchot, que sao coisas que se estudam na letras. letras tb tem espaço pra filosofia, semiotica e semiologia.
Concordo em gênero, número e grau, HQs de luxo, nunca pensei que ia ver isso, e estão acelerando para o abismo, uma mídia que devia ser a mais popular que existe, disposta a experimentações, inovações e iniciação dos artistas que tivessem algo a contar, pena que está acabando.
Cara seu vídeo foi mto pontual Hoje eu fui numa feira do Livro Só a atendente e pela cara q ela tava eu e minha mãe eram os 2 primeiros clientes isso de tarde Quadrinho de luxo da Panini, Salvat e outras editoras com até 70% de desconto, livros bons a preço de banana Minha mãe perguntou pra ela a ideia por trás a moça falou "é uma livraria brasileira q na tentativa de encontrar novos leitores vende o seu encalho a preços mto baratos" Até 2015 q é quando me lembro as livrarias tinham um alto fluxo, as escolas tinham livros de Best Sellers a clássicos incluindo até quadrinhos De uns tempos pra cá as livrarias fecharam, os livros ficaram cada vez mais difícil pros leitores e a cada ano a sensação é um recuo, a sensação é q ano q vem a gente possa até ter uma quebradeira como vc citou Gosto mto dos vídeos mostra um outro olhar sobre quadrinhos Abraço
o problema da Amazon é uma questão bem complexa, sinto muita vontade de comprar de lojas menores, mas o frete pra mim, que moro no interior do MA, é completamente inviável, dependendo do quadrinho + frete sai quase 100 reais. Em contrapartida a Amazon me oferece frete grátis e uma entrega rápida, difícil competir...
2 coisas: - Tou vendendo meus One Punch Man. Comprei até a última edição lançada até hoje. Mas não dá mais. As primeiras edições saíram a 16, 17 reais. A última que comprei, 30 reais. Aí eu penso. Eu entendo que o custo sofreu muita influência. Mas teve hora, que o preço subia a Deus dará. A panini não tem nenhuma, NENHUMA idéia pra enfrentar essa alta dos preços, que não seja cobrar mais? Qual o lucro eles vão ter comigo? Que pagava 20 reais reclamando, 25 reais chorando, e não vou pagar 30 malandros? Tantos lançamentos excelentes que eu podia ter comprado junto com OPM, mas não pude, porque o preço subiu, e não podia largar a coleção no meio? Na verdade podia, e tarde demais fiz. Eu pago barato em quadrinhos. Eu corro atrás e sempre negocio. Amazon ou não. Mas essa era uma revista que eu comprava na banca que eu compro a 30 anos. Não vou mais. Muita gente não vai. Qual a vantagem disso?
Pois é, e quanto maior o preço, menos pessoas vão comprar e consequentemente o preço subirá mais, aí vira uma bola de neve infernal. Também não vejo vantagem nisso, parece que a editora está cavando a própria cova.
Produto de nicho, câmbio e "matéria prima" comoditizada. Ciclo. O jeito é aguardar. O resto é resto. O brasileiro médio não consegue comprar nem livro didático/técnico, imagine gibi!?
@@gabrielandriel8960 Não sei. Futuro né? Mas, talvez, emprego e renda deem uma melhorada, câmbio e papel retornem a patamares "normais". Em outro ciclo econômico e de governo. O de lascar é que a dívida das empresas de papel é em dólar kkkkkk. Mas acho também que nas editoras que "vendem mais" a margem de lucro tá "um pouquinho esticada"...de bestinha só tem a gente.
bem vamos lá... até o ano passado eu tinha uma vasta quantia de ponta a ponta 3 andares na parede de prateleiras, seja marvel, dc e disney e europeus... infelizmente, teve um incêndio no apto e perdi TUDO!!!... devo ter perdido de quadrinhos um carro popular de 25 a 30 mil... pois bem... esse fato me desanimou demais de começar de novo... vontade tenho, mas os preços do ano passado para cá aumentaram demais... e entre poder sair com minha companheira, comprar algo pra gente comer e quadrinhos, fico com a primeira a opção... abandonei os quadrinhos pelo alto custo e fico relembrando as historias e me deixando a par do cenário atual vendo videos como o do seu canal.
isso da falta de público é MUITO real. eu no booktube fico às vezes meio boba como tem uma comunidade fortíssima de leitores ávidos de todos os gêneros que não leem quadrinhos nunca, ou leem entre um livro e outro como uma "leitura menor". o geek freak é um dos booktubers mais conhecidos e recentemente disse que, apesar de não ler quadrinhos, pegou "o escultor" do mccloud e foi a melhor leitura do ano. fiquei super feliz pq ele tem uma influência gigantesca! mas eh isso né, fazer curso de formação continuada pra professor ensinar criança a ler gibi eu concordo que é a melhor estratégia!
Sou professor polivalente do 4 ano do ensino fundamental. Leio uma história curta de Quadrinhos todos os dias pros alunos. E eles levam os gibis para casa. Faço minha parte com prazer😁
Vou acrescentar aqui também a crise que vivem os pontos de vendas mais populares de HQs no Brasil, as bancas de revistas. Um importantíssima vitrine pra HQs estão fechando a rodo no país todo! As bancas são também pontos de renovação de público, não esqueçamos. Eu vejo que estímulos e ações de toda ordem pelo estado pode salvar esse mercado.
ótima análise! Realmente o mercado de quadrinhos se favoreceria demais se a escola contribuísse para a formação de leitores de hqs. E realmente o tema é pouco estudado nas universidades. Tem um campo enorme a ser desbravado aí
glr fala q mangá vende pra caramba mas é só alguns mangás q vendem pra caramba o resto ou fica encalhado ou tem tiragem minuscula, inclusive os mangás da panini todos tão com tiragem q não supre a demanda
É. O mercado de quadrinhos está em uma marcha veloz para o abismo realmente. É preocupante. O publico é imaturo, o mercado é restrito aos mesmo formatos e materiais cada vez mais gourmetizados. Enfim, lamentável
O sistema tem que entender que é muito mais fácil, pra um adolescente, analisar um watchmen ou sandman, do que um machado de Assis na escola. Não querendo substituir um pelo outro, nem desmerecendo nossa literatura, mas é a realidade.
Leitura não requer consumo. Frequentem e usem bibliotecas públicas. Tomem emprestado de amigos e familiares. Ignorem majestosamente a propaganda privatista que associa experiência cultural a consumo e colecionismo.
Na minha escola tinha alguns paradidáticos que eram quadrinhos,mas no ensino médio n tinha.Meu amigo uma vez disse que colecionar gibi era muito caro e tals ai eu falei da gibiteca perto da casa dele e mesmo assim ele falou que era caro e uma semana depois apareceu com um fone sem fio caro comprado.Outro amigo meu ganhou um kindle e n vê mais motivo pra comprar e quer ficar só nas scans.Na minha opinião a maioria que eu conheço tem preconceito por conta do estilo ou pelo quadrinho mesmo pq n faz sentido a pessoa diz que amou historia da serie ou do filme e n da uma olhada no material original no caso o quadrinho.
excelente diagnóstico. uma das soluções possíveis é massificar os quadrinhos, sobretudo para criançada. Fazer quadrinhos baratos em papel jornal e chegar num ponto de tiragens de milhões que permitam vender a 1 ou 2 reais o gibi. outro dia vi um vídeo do Pipoca e Nanquim que eles mencionavam que no Japão os mangás são semanais, do tamanho de listas telefonicas, em papel e formato baratíssimo e são vendidos aos milhões para crianças, jovens e adultos.
@@gabrielrocha5673 óttimas perguntas. Quem iria comprar? Crianças, adolescentes e adultos. Onde iriam comprar? Bancas esquece, estão em extinção, e provavelmente vão acabar. Podem até seguir existindo mas têm poder limitado. Teria que ser em supermercados e outros pontos de venda, a Culturama já faz isso com relativo sucesso com a linha Disney, chegam em cidades que nem tẽm banca. E não são gibis baratos.
UM ADENDO sobre a possibilidade de tentar a estratégia da masssificação (vender gibi MUITO BARATO com tiragem de MILHÕES), copio e colo partes de um comment que fiz há um tempinho num post do PN: "O que me faz acreditar que é possível vender gibi barato com tiragem de milhões? Muitas coisas, mas vou falar de duas que todo mundo conhece e gosta: Uber e Netflix. Lembra quando não existia Uber e só existia táxi? Quantas pessoas usavam taxi? E com que frequencia? Com a chegada do Uber, literalmente milhões de pessoas que não podiam usar taxi -- ou que só usavam em ocasiões especiais -- passaram a usar Uber (inclusive com frequencia!) da noite para o dia. Porque? Porque é basicamente o mesmo "produto" (ou serviço) mas com um preço que chega a ser metade (ou até menos da metade) de uma corrida de taxi (além da comodidade do negócio ir até você).. Mesma coisa aconteceu com a Netflix em relação à TV a cabo... o processo foi quase idêntico... O pacote mais vagabundo de TV a cabo saia por 90 ou 100 reais... Netflix sai por um terço disso, ou metade... Resultado: só 10% ou 20% dos brasileiros podiam pagar TV a cabo e hoje muito mais gente tem Netflix. Imagino que milhares (milhões) de pessoas comprariam quadrinhos se fossem baratos -- baratos mesmo. E sabe o que é o mais interessante? É que uma operação dessas reverte a imagem do "abismo" (Telma e Louise) citada no víideo. Se tocada por uma empresa gigante (como a Panini/MSP), a massificação de uma ouu mais linhas de quadrinhos nem precisa dar lucro, basta que a operação se pague, porque o lucro vem indiretamente. Fazendo uma ou mais linhas específicas com preços realmente baratos a empresa vai conseguir massificar, e com isso vai formar novos leitores aos milhões, leitores esses que a partir do primeiro gibi certamente buscarão outros e se tornarão leitores (compradores) no presente e no futuro, provavelmente para toda a vida, inclusive das linhas mais caras, gourmet etc... No limite é possível dizer que fazer uma masssificação que se pague seria até "estratégico" para uma empresa gigante que vive de quadrinhos.... É um tipo de operação que você não ganha diretamente com ela mas que vai colher os frutos dela direta e indiretamente no presente e no futuro, por anos e anos...
Achei interessante a comparação de produto/serviço prestado com Uber e Netflix, me lembrou sobre um debate que vi uma vez sobre ciclovias e transporte público: se nós, ou melhor todas as pessoas forem "INDUZIDAS" a pagar mesmo que seja um pouco mais barato por um bom produto ou serviço que já existe porém é falho ou caro, nós iremos pagar por esse produto oferecido ou utilizar esse serviço prestado porque fomos induzidos e motivados. Se na prática esse pensamento para os quadrinhos tem chance de sucesso... não sei rsrsrs.
Vídeo excelente. Eu também não vejo uma luz no final do túnel.
3 года назад+1
O mercado de quadrinhos já ia encolhendo ano a ano, cada vez pessoas leem menos, e daí as tiragens menores e preços por unidade mais caro. E justamente nesta situação vem uma crise econômica pra piorar o que já estava ruim.
Tanta variedade no mercado, tantas editoras dobrando os números de lançamento e tão pouco dinheiro no bolso. O jeito é esperar, fazer pressão, economizar e ter fé que dias melhores virão.
Assim, Panini decide publicar duas coleções clássicas ÓTIMAS ao mesmo tempo, uma da DC e uma da Marvel, ambas no valor de 34,90 e numa periodicidade que parece semanal pq toda semana parece que chega volume novo delas, ASSIM NÃO DÁ
eu tenho comprado cada vez menos HQs novas.... apenas recentemente eu comprei o Quarto Mundo e o Sandman do Jack Kirby, porque não queria ficar com a minha coleção desfalcada, e olhe lá!! atualmente, eu tenho comprado em sebos. Sai muito mais em conta!
Embora concorde que cultura é estratégia, acho muita ingenuidade achar que o setor educacional e cultural vai mudar com esse argumento, infelizmente, porque para uma parte dos empregadores a educação/cultura é suficiente para o que precisam, ou seja já estão usando a estratégia da baixa educação e cultura há tempos. Trabalhei com escolas durante um tempo (trabalhava em uma consultoria educacional) um dos trabalhos era analisar a coordenação pedagógica das escolas ao redor da escola cliente. Vimos que uma escola tinha um suporte muito bacana. Usava além de livros paradidáticos, também quadrinhos, cinema e teatro. Mostrei isso para a coordenação pedagógica e quadrinho entrou na grade de algumas séries... Mas nas escolas pesquisadas tinha algumas que nem livro paradidático usavam e outras que adotavam, fazia aquele trabalho péssimo: tem que ler isso pq vai ter prova... Desculpa acho q escrevi demais... Mas espero que mais escolas e professores vejam a hq como uma boa ferramenta.
Esse vídeo só falou a verdade nua & crua do nosso mercado brasileiro. Excelente. Lembrou um TCC que fiz no meu curso de Letras, que chama Incentivo de Leitura dos Livros Através dos Quadrinhos. Eu citei vários livros que foram adaptados para os quadrinhos, como Helena, Grimms Mangá & Grimms Mangá - Novas Histórias (NewPOP), Hamlet (L&PM), Turma da Mônica - Romeu & Lulieta (Panini). Era um TCC que incentivava as pessoas a lerem quadrinhos e, também, os livros. Como eu sou apaixonado por leitura de livros e, principalmente de quadrinhos, quis fazer algo neste sentido.
Mangás tb, qq um do Junji ito que ta lançando por agora ta no minimo 80 conto :/. Quem sabe agora que possivelmente se descriminalize a maconha o papel fique mais barato e ajude um pouquinho
Basta analisar com carinhos os preços dos livros (eu disse livros e não apenas quadrinhos) do conglomerado Penguin/Companhia das letras, comparar com os preços deles de 2015 (levando em conta tiragens aproximadas, número de páginas e acabamento) e ver o tamanho do buraco. Mas faz sentido. Quando eu li o título do vídeo, eu pensei: "Mas o que está barato? O que não está doendo no nosso bolso?" Nada. Não sei como está a ida de vocês ao supermercado, mas a minha está cada vez mais deprimente. Evidentemente que o preço de livros, quadrinhos e similares vão acompanhar. Estranho seria se estivessem com o preço em conta, num universo onde nada está em conta.
Pq tem público, a Panini lança Omnibus no valor de 300 reais e esgota Muito lombadeiro tbm faz questão de ter capa dura deluxe, hj em dia tem gente que mais exibe a estante do que lê a obra O proprio público elitizou o segmento
Isso é vdd o que vejo muito em grupos é galera mostrar status pelas compras de omnibus. Igual aquela galera que compra iPhone pra tirar foto mas esqueceu de passar massa corrida na parede atrás deles.
@@rody2k6 Bem isso, excelente comparação, mas pelo menos o fera do iPhone usa o aparelho, o campeão do Omnibus Deluxe nem leu a obra que comprou 2 anos atrás, ta só na estante mesmo pra mostrar pros amigos
Moro na República de Bundaritiba. À alguns anos uma rede de livraria em Curitiba eu percebi que começou uma retração no espaço da Nona Arte. É muito visível isso nas livrarias em shoppings daqui. Tínhamos eventos debatendo filmes de HQs e uma seção , hoje temos poucas prateleiras... Só o espaço de Mangá se mantém.
Lembro que antes de 2013 existia um vale Cultura aqui. Todo mês íamos ao cinema, passávamos numa livraria e comíamos no shopping e assim a economia girava. Em 2014 o vale foi extinto, o resultado é óbvio!
Sobre o não investimento na cultura, seja produção nacional ou não, calma. Essa desgraça aí "só" vai ter efeito na economia por uns vinte anos... Mas, quem poderia imaginar não é? SQN!!!
Não sou técnico mas um amigo meu da área da indústria e que também detesta o "palhaço" falou que a água e a energia não interferem de forma relevante hoje em dia no preço. Segundo ele a indústria de desenvolveu o suficiente para isso.
Concordo totalmente com a questão de que tem um público pequeno e não tem renovação e cada vez temos menos consumidores. Mas não vejo os canais falando de quadrinhos infantis ou infanto/juvenis seriamente, não existe uma playlist sobre o assunto, ou mesmo uma série. Quando a Abril parou de publicar Disney vários influenciadores anunciaram o fim de uma era, a queda, mas não se teve a mesma cobertura quando a Culturama lançou os mesmos. Sei que não se muda o mercado somente com essa atitude, mas não temos referencia sobre o que está saindo e o que vale a pena ou não comprar nesse segmento como acontece com o restante.
Um outro ponto econômico e político, é a falta de bancas e livrarias físicas que fecharam e estão fechando. As bancas de revista estão e vão morrer igual as antigas locadoras de DVD. Um lugar que formei meu gosto por leituras em geral e gibis e que foi importante para me incitar a leitura e muitos não vão ter tal estimulo.
Acho que faltou a tiragem dessas grandes edições, normalmente são poucas, o que aumenta a escassez criando um submercado ainda mais caro dos quadrinhos
Cara, muito bom, em relação a perspectiva da escola principalmente, mas a verdade é que quadrinhos é em sua maioria, tanto em lançamento como em consumo, um entretenimento, e como a mídia quadrinhos compete com um aparelho que o possível novo leitor já tem no bolso e pode lhe proporcionar literalmente milhares de horas de entretenimento, muitíssimo mais interativo e instantâneo, que é o rege todas as instâncias da vida, inclusive o lazer, pautado pela lógica econômica, sem pagar um real a mais, além do plano de internet? As coisas têm de ser imediatistas, qual a chance de um muleque que assisti youtube com tempo acelerado parar pra ler um quadrinho por vontade própria? Agora, na perspectiva de classe média que é quem consume os quadrinhos hoje em dia, na nossa infância, dos 30 anos pra cima, era ou junta umas moedas pra comprar um gibizinho ou assiste Lagoa Azul pela milésima vez. Lógico que eu não quero limitar os quadrinhos a só entretenimento, mas tenho certeza que a absolutíssima maioria aqui começou assim. Pra mim, o maior problema de renovação de público leitor, principalmente os jovens, é a nossa própria lógica de vida, em tempos líquidos da modernidade não cabe parar para ler e ver os quadros estáticos dos gibizinhos, tudo têm de ser rápido, inclusive o consumo de lazer, redes sociais prazendo cada vez mais a velocidade que seu usuário consome os conteúdos, streamings com acelerador de tempo, onde que é possível encaixar a leitura de quadrinhos nesse quadro? Apontar isso pode parecer de um pessimismo de quem não quer apresentar solução, mas acho que precisamos entender a situação real, porque mesmo que todos os problemas que cercam a iniciação no mundo dos quadrinhos fossem resolvidos, estando nessa mesma sociedade, os possíveis novos leitores provavelmente vão preferir ficar o dia inteiro no Tik Tok.
Claro que há uma "competição", mas assim como o rádio não matou o jornal, a TV não matou o rádio e a internet não matou a TV, tomar a morte do quadrinho pelo smartphone ou algo assim como inevitável, eu vejo como um erro. A questão é que simplesmente não há estratégia, porque não espaço pra isso pelo empobrecimento.
@@herrerasauro7429 É justo, mas ao meu ver, é nítido que tv e rádio não tem o mesmo apelo e público que antes da vinda dos seus respectivos 'substitutos tecnológicos' (expressão ruim, né, mas enfim kkk). Não acho que os quadrinhos vão morrer, deuzolivre, mas não destacar que eles (quadrinhos e tudo que envolve leitura em geral) vão ter que penar como nunca pra atrair novos leitores, antes de tudo, por uma lógica da vida contemporânea, maluca e acelerada, eu acredito, podem nos (divagando aqui, 'nós' como uma entidade unificada da galera dos gibi, público e editoras kkk) levar a estratégias que não condizem com a realidade, como se estivéssemos acreditando que um grupo de dezenas de soldados bem treinados, armados e preparados lutando em pró da justiça, fossem vencer uma guerra contra uma artilharia de tanques blindados. Enfim, espero que eu esteja falando um monte bosta e que saídas sejam encontradas pra trazer de volta os quadrinhos pro gosto do grande público kk
Falando em quadrinhos caros, alguém pode me indicar onde vender quadrinhos? Quero manter apenas o que considero essencial, hoje em dia não da mais pra fazer coleções seja la do que for.
sobre a questão da diminuição de leitores, para mim uma dos fatores também. São as séries das Disney, como o brasileiro não tem o hábito de ler. É cômodo assistir, do que ler uma HQ de herói. O mercado de quadrinhos, precisa se reinventar, pois a fórmula, que estão usando não está funcionando mais.
Excelente análise Linck - realmente a coisa está bem difícil - atualmente para manter uma "certa periodicidade" nas minhas compras só parcelando mesmo - e isso que a lista atual de quadrinhos que, de fato, eu teria vontade de comprar seria no minimo 5 vezes maior por semestre. As coisas precisam melhorar no Brasil, pois em todos os setores o mundo inteiro está perdendo um vasto mercado consumidor - enquanto a renda do brasileiro não subir os vendedores perdem - é lógico! E foi ótima a análise da criação de público - precisamos disso em todas as artes que estão sofrendo bastante - creio que todas as artes sofrem também, pois desde o término do meu segundo grau (1987) sempre fui ligado às artes de uma forma geral - quadrinhos, música, cinema, livros de arte, materiais e cursos de desenho.... creio que quem gosta de artes gosta de praticamente todas e termos uma melhora na condição econômica se reflete em tudo! (antes da pandemia sempre distribuí os valores que disponho em: cinema, teatro, DVDs, Música, literatura..., ou seja sempre me dividi em vários setores) Agradeço mais uma vez a excelente análise - grande abraço!
Jovens leitores, na escola não se interessam em ler o guarani por exemplo, os quadrinhos são uma ótima opção pra formar leitores , pra que eles peguem gosto tanto pela narrativa quanto pela arte.
Conheci o canal a pouco tempo. Tem várias histórias recomendadas aqui que eu gostaria de acompanhar, mas fui ver o preço... Acho que vou ficar nos online q encontrar.
Um elemento que me deixa insatisfeito e acredito influenciar na acessibilidade também é o descaso com as bancas.Aqui no Nordeste poucas são as editoras que publicam por elas (atualmente acho que só a panini),isso sem contar os atrasos,preços caros devidos a falta de estratégias pra ajudar elas a fugirem um pouco do preço de capa entre outros.Visto isso,os vendedores nas bancas cada vez mais me falam que está difícil de vender,algo complicado pois as bancas ao meu ver são a maior vitrine para novos leitores.
Cara,nas bancas que eu frequento do que tem de quadrinhos dos meses anteriores voltando pras prateleiras "não tá no gibi ".encalhes por conta dos preços.
6 tão loco comprei as duas edições de "A Morte Do Superman" em capa dura e tals 300 facadas sem choro. Paguei, mas guardo como se fosse uma bíblia kkkk
Eu tentaria comprar usado msm man kkkkkkkk. Esse mês eu comprei 3 Hqs usadas, somando todas, deu uns R$ 75 conto. Já se eu comprasse essas mesmas Hqs nova na Amazon daria uns + R$ 260 kkkkkkkkkkkk
Não concordo com a falta de público. Nunca houve tanto público nerd consumindo material de quadrinhos, filmes, bonecos, camisetas etc. A Panini deveria estar apostando em revistas baratas para os leitores juvenis não abandonarem as hqs mas sempre aumentam os preços das revistas mensais e isso faz o leitor médio desistir de colecionar hqs. Nunca tivemos tanto público nerd no Brasil. É só ver o público gigante da Comic Con e a variedade de editoras pequenas e médias no mercado. Tem que levar em conta que temos a concorrência direta dos games, streaming etc. Livros e hqs acabam perdendo público por isso também.
Vc pode ter razão em vários pontos, mas há algo que contradiz um pouco esse cenário tão apocalíptico: nunca houve tantas editoras e tanto material sendo publicado no Brasil. Isso não diz nada? Isso quanto ao mercado, sobre a crise dos leitores essa existe há muito tempo e, se é ruim nos quadrinhos, imagina na literatura.
Diz. Que há um nicho com bom poder aquisitivo que está sendo atingido. Isso é louvável em tempos tão tensos, mas esse nicho tá em risco (a imagem do precipício que ele descreveu).
Sou Quadrinista independente, e fico incomodado com as atitudes de certas editoras. Vejo que algumas ainda tentam ter um compromisso com um material mais acessivel. Mesmo que não resolva o problema social do Brasil que é mais profundo, mas ainda tão tentando ali. É FODA! Amazon também não ajuda em nada nesse sistema.
A outra coisa: - Eu tenho evitado comprar coisa na amazon. A última compra que eu fiz, tem uns 6 meses. Só deixo quando vejo uma promoção que realmente vale a pena. Nessa última promoção de importados, valeu muito a pena. Comprei uns 400 reais de livros, por 175 contos. Mas não quadrinhos. Não tem mais valido a pena. Eles sabem que já arrombaram o mercado brasileiro. Não tem porque ficar dando esmola mais. Concorrência é ótimo, mas o povo no Brasil odeia qualquer tipo de regulamentação, porque lembra do Sarney, do Collor.... Mas tem certos hábitos que são mais do que saudáveis, são obrigatórios. O negócio é que já passamos do ponto sem retorno. Não tem como arrumar essa casa mais.
Sou professor universitário e raros são os professores leitores de HQs. A maioria olha com desconfiança quando abordo o tema, até mesmo os formados em letras me surpreendem com ideias estigmatizantes e ultrapassadas sobre a leitura de quadrinhos nas escolas e universidades.
O povo da academia é elitista cultural salvo excessões
Triste mesmo, estou a 2 anos viciados em quadrinhos e com todo mundo que falo ninguém leva a sério...
@@bonado3009 E quando lemos como eu [@joachimnadar, tbm sou professor e pesquisador], falta dinheiro. Hoje eu leio quando me emprestam. E, olha, que eu tinha uma livraria, hoje só restou o bar e com muita dificuldade. Ler, primeiro, é questão de acesso. Nada mais!
Uma coisa que eu acho super bizarro no Brasil é isso, quando eu converso com universitários ou professores de outros países, todos eles me dizem que nas universidades eles são ensinados e encorajados a terem suas próprias ideias e conclusões. Mas aqui no Brasil, só vejo professores e universidades obrigando os alunos a pensarem da mesma maneira deles ou da maneira que eles querem que os alunos pensem, e isso pra mim é um retrato de como esse país ta fudido até o talo
Meu orientador do TCC de ciência da computação me deu monte de quadrinhos, desde cavaleiro das trevas em formatinho, corto Maltese, hagar, moebius. Ainda nem tive tempo pra ler tudo, mas fiquei muito surpreso ele bem velhinho curtir tanto gibi,tive 4 anos de aula com ele e nunca vi um comentário dele sobre quadrinhos.
Pode acrescentar um item aí nesse problema, na dificuldade em formar novos leitores, que vai para além dos muros das escolas. A Culturama botando os gibis da Disney na gôndola do supermercado tem sido um alento (e eles já faziam isso antes até da Disney). Mas o problema é que o gibizinho também tá caro. E se a criança não tiver como achar um gibi "no mundo real", além da escola, não vai ter ninguém nem pra comprar as capas duras ultra luxo amanhã.
Até pouco tempo atrás havia uma obrigação de haver uma loja de aplicativos nacionais nos celulares.
Entendo que o formato eletrônico não eh a mesma coisa. Mas não Valeria a pena criar alguns aplicativos nesta linha que ofereçam o básico de quadrinho nacional? A estilo "tv pública"?
Anos atrás tive que reformar minha casa e não havia espaço pra tantas caixas de HQs, tentei vender, trocar e por fim doar e assustadoramente curioso é que a garotada aqui da região que pegaram alguns dos gibizinhos olhavam para os "livretos" como os "australopithecus do 2001 olhava para o Monolito!" E isso foi lá em 2010 !
@@navidardwarf5216 Pois é essa lenda de que a mulecada não consome quadrinhos é balela, eles consomem e muito, a diferença é que alguém tem que despertar interesse ou eles mesmo consomem com pirataria e aplicativos de celular, vide webtoon, tapas
@@marcoscortes8939 Já existem dois aplicativos que são o Funktoon e a banca da Mônica, os dois fazem um sucesso considerável
Nunca houve tanta variedade e tão caros!Tempos estranhos.
Sebos
Parei de comprar quadrinhos pq sou assalariado e a grana n dava. Isso me dói. Amo essa arte. Quando vou p eventos ou livrarias e bato papo c pessoas q colecionam HQs, percebo q elas estão em outra realidade social, geralmente. Enfim, espero q um dia esse universo seja mais acessível p pessoas como eu.
Cara, posso me considerar uma pessoa da "nova geração" e realmente é complicado de se ler quadrinho, eu q sou estudante faço meus paranauê as vezes pra comprar um mangázinho q eu gosto ou uma mensal da hora na lojinha perto da escola. Sinceramente teu canal tá mudando muito a minha visão como pessoa e leitor, brigadão irmão, e espero q no futuro isso mude, tanto na parte de livros quanto na de quadrinhos, acesso a leitura é muito importante, ao invés disso os cara faz uma reforma de côco no ensino médio
Triste realidade. E digo mais, sou veterano e já alguns meses parei de comprar como fazia antes. Estou pegando só um catarse ou uma pré venda ou um autografado que arrisca esgotar, o que posso jogar para frente, estou jogando. Como autônomo de renda variável a coleção caiu bastante nas listas de prioridades.
Entrei no site da Mosquito pra ver o que seria publicado naquela coleção do Toppi que a Skript vai lançar e tomei um choque de realidade.
Primeiro volume brasileiro, R$ 69,00, francês, 13,00 €. Salário mínimo BR, R$ 1.100,00, francês, 1500,00 €... Como é caro ser brasileiro
Se fuder no Brasil é de graça e ser feito de trouxa, pelo menos isso é melhor.
Pra ser pobre aqui tem que ser rico kkkkkkkkkkk
Só tem um detalhe nesse ótimo vídeo que acho que as pessoas não abordam... as pessoas em geral leem menos. Os gibis são caros... mas já viram o montante da indústria de games ? Alguém acho que video game é mais barato que hq ? Nosso mercado livreiro como um todo tá condenado, e mesmo os quadrinhos japoneses, que são os únicos que tem uma renovação de público, tem muito do seu apelo ligado aos animes e a explosão do streaming. E mesmo lá no Japão não sei se a indústria um dia já voltou a vender tanto quanto vendia no passado (pelo que já li sobre a "Golden age" da Shonem Jump creio que não).
Diferença é que eu posso passar 300 horas em um jogo o que não acontece em uma hq
@@pedrovin20 Touché. Fora que é uma mídia audiovisual. Em um país com uma leitura atrasada, calcule. As pesquisas indicam que as pessoas que leem ou leem livros de auto-ajuda ou Bíblia e essas últimas nem tão lendo direito, visto a qualidade dos representantes que elegem.
@@pedrovin20 sim, de qualquer jeito o investimento pra se ter um aparelho que rode jogos é bem alto, pra se consumir jogos também...
Mas acho que seu comentário de certa forma também vai ao encontro do que eu falo, outras mídias hoje são mais atraentes do que hqs... não falo numa perspectiva pessoal, mas sim geral.
@@pedrovin20 isso é bem verdade, mas a hq e a leitura são experiências diferentes. De fato o videogame é mais atraente pra um público geral, mas ele n impede a pessoa de gostar de ler. O problema é que culturalmente o Brasil não lê, infelizmente.
Parabéns pelo Vídeo !
Acho que sobre a política de preços vale uma análise para além da panini.
Geralmente nos canais do RUclips vejo algumas crítica mas nunca sobre a política de preço das "pequenas" editoras.
Sobre a Amazon acho que ao mesmo tempo que tem o aspecto negativo tbm tem o positivos.
As editoras perdem por causa do desconto mas as vendas tem um alcancem maior.
Muitas vezes é totalmente inviável compra produtos em lojas de comics pela Internet para fora do eixo São Paulo e Rio.
Felizmente na minha Universidade se utilizava muito o hq, gibi e até RPG como instrumento didático. Eu mesmo trabalho games de forma completar ao material didático, Assassins Creed são sempre uma mão na roda pra prender a atenção deles. O último estoque de gibi e HQ veio em 2015 e a diretora não distribui mais para os alunos porque não há mais distribuição anual por parte do MEC, muitos já estão inutilizados e totalmente gastos, são 6 anos e uso, imagina...
Era muito foda poder dar aula com a Máscara do Zorro, Palul etc...
Cada dia percebemos esse aumento cruel, e sabe professor...eu procuro sempre comprar "quando posso" na banca de um amigo meu aqui em Recife. Banca do André aqui na Iputinga...cara eu ando até em shopping aqui em Recife...e quase não vemos mais bancas de revistas. Se as editoras estão fechando, o que dirá as bancas de revistas.
Tenho feito o mesmo. Vou sempre que posso na Guararapes, comprar na banca de seu Orlando. E se a banca dele fechar, vai fazer muita falta em Recife. Fora que ele é tão legal que já me emprestou clássico da própria coleção para que eu tivesse a experiência de ler.
@@cronicasday bom no Guararapes chegou vários livros e mangás e HQ boas
Esse vídeo me fez lembrar que a uns 8/10 anos atrás na rede estadual de escolas aqui de SP eram distribuídos os gibis da Turma da Mônica Jovem, infelizmente o cenário mudou muito.
Há décadas atrás até as crianças mais pobres consumiam quadrinhos(as escolas estimulavam a leitura e galerinha trocava entre si),pergunta essa geração de hoje quem é Connan ou Elric de Melniboné?
Hoje Não conheço ninguém que alguma criança, adolescente faça isso. 😔
ruclips.net/video/7GYwwP1FCfE/видео.html
Interessante tu falar de quadrinhos e escola. Eu lembro que quando estudava num colégio estadual em 2014, havia alguns quadrinhos na biblioteca, como por exemplo Homem Sem Medo do Frank Miller.
Conheci Eisner pela biblioteca da Escola
Também li essa história pela biblioteca da escola, cerca de 2012/2013.
Petrópolis também!
@Heitor Santos Lima também conheci Eisner pela escola. "A força da vida" quadrinho maravilhoso.
Na minha escola estadual do ensino médio tbm tinha O Homem sem medo. Foi aí que eu conheci os capa dura
Fui conhecer os quadrinhos do Asterix na biblioteca do colégio em que estudava; bons tempos...
Gosto muito deste canal, mesmo não podendo comprar as hqs que são faladas, gosto de conhecer, e principalmente entender as ideias por trás.
Muito bem colocado. E ainda mais importante vindo de um canal que está numa crescente como o seu. Concordo principalmente nos valores inflados dos quadrinhos, que nascem altos para se criar a falsa ilusão de desconto. Seja na Amazon ou em outras plataformas. O problema agora é que quem sair deste padrão e ousar cobrar um valor justo no preço de capa, corre o risco de encalhar por não oferecer os famosos descontos! A pessoas estão dispostas a pagar 30,00 num gibi por ter tido os 50% de desconto, mas se um gibi já sai a 30,00 e não tem o dito "desconto", logo não desperta o interesse dos viciados em tal prática pq estão condicionados(principalmente devido a Amazon) a esperar esses descontos aparecerem. Triste.
Eu gostei muito do vídeo, eu já tinha tentado expressar algo parecido aqui em um comentário em outro vídeo seu, principalmente focando no primeiro e terceiro aspecto.
Eu acho q essa metáfora do correr pro abismo foi muito representativa. A vdd é que as editoras sozinhas( sobretudo as que publicam quase que exclusivamente quadrinhos, e não fazem parte de um conglomerado) tão presas a só reagir ao panorama geral do mercado, que depende de questões econômicas muito maiores do que os quadrinhos. Talvez pra editoras muito grandes, o cenário seja diferente, pois boa parte das receitas deve vir de editais de venda direta para o governo de livros didáticos ( to deduzinho só).
O que eu sinto falta por parte dessas editoras, é mobilização mesmo. Eu vejo que normalmente tem uma postura muito autocomplacente quando vem o hate dos clientes com os aumentos de preços ( tipo " ah vcs n conhecem o bastidores, acham q a gente ta querendo enriquecer mas só estamos tentando fechar as contas") e para por ai. Poderia se tentar realizar mobilização para fazer em conjunto lobby sobre pontos de interesse comum dessas pequenas empresas( e desse setor de cultural como um todo) ou ao menos uma tentativa de se posicionar com mais profundidade sobre esses temas para tentar formar grupos de pressão. Não é uma questão de altruísmo ou "patriotismo"... e sei que pra fazer a operação mais enxuta possível, as empresas trabalham com o mínimo pessoal ( tipo de contar em uma mão , quiça duas) o que significa pouco tempo pra ficar pensando nessas coisas... mas é como disse no vídeo se não houver mudanças vai ter quebradeira geral.
Obvio que por mais efetivo que fosse, ainda seria muito restrito, o resultado das eleições de 2022 são essenciais pra poder se formar uma base de mudança econômica sem a qual não dá pra se pensar propostas possam realmente reverter o caminho pro abismo. E não vão ser os fãs dos quadrinhos que vão mudar as eleições e tendências globais de mudanças sócio-econômicas. Mas se tbm ngm fazer nada, nada vai cair do céu tbm, é dessas pequenas mobilizaçãoes q vai se formando uma sociedade civil mais consciente dos impactos nas suas vidas das decisões politico-econômicas.
Exatamente 11:25
É algo muito complexo. Não adianta só investir em um lado e deixar de resolver outros, e assim por diante.
Trabalho com música e a muitas similaridades.
Lembro bem desse projeto nas escolas, mas via poucos alunos tendo interesse por essas hqs. Não havia nenhuma mediação de professores e ainda me recordo de alguns acharem ruim eu estar lendo mangá ao invés de livro no horário de leitura. Conheci a turma do Pererê na biblioteca.
influenciado pelo mestrado de uma amiga em sandman, resolvi fazer minha monografia em letras sobre quadrinhos em 2007. eu estava iniciando minha conclusao de curso, fiz um projeto para trabalhar com um quadrinho chamado salut deleuze! . eu ia trabalhar conceitos do deleuze e do blanchot nesse quadrinho e traduzi-lo do frances. depois de problemas pessoais e mudança de orientador, meu projeto foi enterrado com uma frase do orientador "quadrinho nao é literatura".
Orientador de merda o que você teve hein amigo
@@gabrielrocha5673 é cara, é complicado... pq vc cresce e se pega concordando com essa frase, mas tem jeito de falar isso sem podar o aluno. e claro, se for orientar, nao bota fé no trabalho, nao pega ué...
@@rafalvarenga de fato, quadrinho é uma arte a parte (nona) que é diferente da escrita. Mas duvido que ele tenha dito nesse sentido.
@@gabrielrocha5673 provavelmente foi sim. ele é uma pessoa esclarecida, poeta multimidia, nao acho q ele disse com preconceito nao. meu problema foi o "massacre escroto" mesmo.
@UCIsalLKP-M9m2C7v9ABFBKA pois é, eu nao tava tratando como se fossem a mesma coisa. o negocio é que eu ia trabalhar os conceitos filosoficos presentes na obra salut deleuze, tipo eterno retorno do nietzsche e deleuze, rizoma do deleuze e noite e morte do blanchot, que sao coisas que se estudam na letras. letras tb tem espaço pra filosofia, semiotica e semiologia.
Sempre cirúrgico em suas críticas e ideias!
Virei admirador seu pelo conhecimento sempre agregado em seus conteúdos!
Abraço.
Concordo em gênero, número e grau, HQs de luxo, nunca pensei que ia ver isso, e estão acelerando para o abismo, uma mídia que devia ser a mais popular que existe, disposta a experimentações, inovações e iniciação dos artistas que tivessem algo a contar, pena que está acabando.
Cara seu vídeo foi mto pontual
Hoje eu fui numa feira do Livro
Só a atendente e pela cara q ela tava eu e minha mãe eram os 2 primeiros clientes isso de tarde
Quadrinho de luxo da Panini, Salvat e outras editoras com até 70% de desconto, livros bons a preço de banana
Minha mãe perguntou pra ela a ideia por trás a moça falou "é uma livraria brasileira q na tentativa de encontrar novos leitores vende o seu encalho a preços mto baratos"
Até 2015 q é quando me lembro as livrarias tinham um alto fluxo, as escolas tinham livros de Best Sellers a clássicos incluindo até quadrinhos
De uns tempos pra cá as livrarias fecharam, os livros ficaram cada vez mais difícil pros leitores e a cada ano a sensação é um recuo, a sensação é q ano q vem a gente possa até ter uma quebradeira como vc citou
Gosto mto dos vídeos mostra um outro olhar sobre quadrinhos
Abraço
Já estou esperando esse curso de como utilizar quadrinhos na sala de aula haha. Vídeo Excelente e muito necessário!
o problema da Amazon é uma questão bem complexa, sinto muita vontade de comprar de lojas menores, mas o frete pra mim, que moro no interior do MA, é completamente inviável, dependendo do quadrinho + frete sai quase 100 reais. Em contrapartida a Amazon me oferece frete grátis e uma entrega rápida, difícil competir...
Adorei a Thumb do vídeo!
Alexandre vc foi pontual na sua argumentação...concordo com seu ponto de vista...a coisa vai ficar estranha..infelizmente...
Cara acabei de conhecer seu canal e estou vendo um monte de vídeos! O conteúdo é de altíssimo nível, parabéns e obrigado.
2 coisas:
- Tou vendendo meus One Punch Man. Comprei até a última edição lançada até hoje. Mas não dá mais. As primeiras edições saíram a 16, 17 reais. A última que comprei, 30 reais.
Aí eu penso. Eu entendo que o custo sofreu muita influência. Mas teve hora, que o preço subia a Deus dará.
A panini não tem nenhuma, NENHUMA idéia pra enfrentar essa alta dos preços, que não seja cobrar mais?
Qual o lucro eles vão ter comigo? Que pagava 20 reais reclamando, 25 reais chorando, e não vou pagar 30 malandros?
Tantos lançamentos excelentes que eu podia ter comprado junto com OPM, mas não pude, porque o preço subiu, e não podia largar a coleção no meio? Na verdade podia, e tarde demais fiz.
Eu pago barato em quadrinhos. Eu corro atrás e sempre negocio. Amazon ou não. Mas essa era uma revista que eu comprava na banca que eu compro a 30 anos. Não vou mais. Muita gente não vai.
Qual a vantagem disso?
Pois é, e quanto maior o preço, menos pessoas vão comprar e consequentemente o preço subirá mais, aí vira uma bola de neve infernal. Também não vejo vantagem nisso, parece que a editora está cavando a própria cova.
Ja tava desanimado com o manga, na minha opinião a qualidade caiu, dai quando anunciaram o aumento que levou para 30 reais eu larguei também
@@pedrovin20 Eu peguei imediatamente os scans pra continuar. O bagulho fica meio bizarro.
Estava pensando exatamente sobre este assunto hoje.
Produto de nicho, câmbio e "matéria prima" comoditizada. Ciclo. O jeito é aguardar. O resto é resto. O brasileiro médio não consegue comprar nem livro didático/técnico, imagine gibi!?
Falou tudo!✌️
Mas pra comprar celulares de 3 conto , conseguem .... Enfim ....
@@blackmask5527 aí tá misturando banana com laranja
Ciclo? Vc acha que vai abaixar no futuro? Espero que sim.
@@gabrielandriel8960 Não sei. Futuro né? Mas, talvez, emprego e renda deem uma melhorada, câmbio e papel retornem a patamares "normais". Em outro ciclo econômico e de governo. O de lascar é que a dívida das empresas de papel é em dólar kkkkkk. Mas acho também que nas editoras que "vendem mais" a margem de lucro tá "um pouquinho esticada"...de bestinha só tem a gente.
Ótimo vídeo
bem vamos lá... até o ano passado eu tinha uma vasta quantia de ponta a ponta 3 andares na parede de prateleiras, seja marvel, dc e disney e europeus... infelizmente, teve um incêndio no apto e perdi TUDO!!!... devo ter perdido de quadrinhos um carro popular de 25 a 30 mil... pois bem... esse fato me desanimou demais de começar de novo... vontade tenho, mas os preços do ano passado para cá aumentaram demais... e entre poder sair com minha companheira, comprar algo pra gente comer e quadrinhos, fico com a primeira a opção... abandonei os quadrinhos pelo alto custo e fico relembrando as historias e me deixando a par do cenário atual vendo videos como o do seu canal.
Esse ano eu não tô comprando quase nada. Tá chato, já. Tô aceitando, aliás.
Ah, papel couche de lavanda foi foda, ahahhaha.
isso da falta de público é MUITO real. eu no booktube fico às vezes meio boba como tem uma comunidade fortíssima de leitores ávidos de todos os gêneros que não leem quadrinhos nunca, ou leem entre um livro e outro como uma "leitura menor". o geek freak é um dos booktubers mais conhecidos e recentemente disse que, apesar de não ler quadrinhos, pegou "o escultor" do mccloud e foi a melhor leitura do ano. fiquei super feliz pq ele tem uma influência gigantesca!
mas eh isso né, fazer curso de formação continuada pra professor ensinar criança a ler gibi eu concordo que é a melhor estratégia!
Alexandre, isso TB acontece nos EUA??
Muito boas suas colocações, dá para abrir daí várias discussões. Realmente está difícil ser colecionador.
Sou professor polivalente do 4 ano do ensino fundamental. Leio uma história curta de Quadrinhos todos os dias pros alunos. E eles levam os gibis para casa.
Faço minha parte com prazer😁
Queria ter tido um professor como você.
Somos dois meu brother, no meu caso empresto uma vez por semana!
Excelente!
Bem sad toda essa situação, ainda que tenha sido um bom vídeo.
Sdd do meu Sesinho, era a mensal q eu acompanha quando criança rs
Muito obrigado, sempre tive essa dúvida.
Vou acrescentar aqui também a crise que vivem os pontos de vendas mais populares de HQs no Brasil, as bancas de revistas. Um importantíssima vitrine pra HQs estão fechando a rodo no país todo! As bancas são também pontos de renovação de público, não esqueçamos. Eu vejo que estímulos e ações de toda ordem pelo estado pode salvar esse mercado.
ótima análise! Realmente o mercado de quadrinhos se favoreceria demais se a escola contribuísse para a formação de leitores de hqs. E realmente o tema é pouco estudado nas universidades. Tem um campo enorme a ser desbravado aí
Concordo plenamente com vc!!! Cenário é muito complicado nesse momento.
E ainda tem os scalpers que compram várias edições causando uma falsa demanda para vender o produto mais caro.
A solução é vender apenas quadrinhos nacionais (em formato digital) kkkkk
glr fala q mangá vende pra caramba mas é só alguns mangás q vendem pra caramba o resto ou fica encalhado ou tem tiragem minuscula, inclusive os mangás da panini todos tão com tiragem q não supre a demanda
É. O mercado de quadrinhos está em uma marcha veloz para o abismo realmente. É preocupante. O publico é imaturo, o mercado é restrito aos mesmo formatos e materiais cada vez mais gourmetizados. Enfim, lamentável
O sistema tem que entender que é muito mais fácil, pra um adolescente, analisar um watchmen ou sandman, do que um machado de Assis na escola. Não querendo substituir um pelo outro, nem desmerecendo nossa literatura, mas é a realidade.
verdade a literatura tem que ser dinâmica
Muiittooo bom!! PARABÉNS!
Brasileiros só si lasca mesmo . Sinceramente comprar quandrinhos pra acompanhar a história está complicado o salário n aguenta.
Montar pequenas comunidades de leitura no bairro serve?
Muito!
@@QuadrinhosNaSarjeta Antes da pandemia eu fazia na garagem de casa, espero voltar.
Que pena que só dá pra curtir uma vez... Concordo com tudo!
Leitura não requer consumo. Frequentem e usem bibliotecas públicas. Tomem emprestado de amigos e familiares. Ignorem majestosamente a propaganda privatista que associa experiência cultural a consumo e colecionismo.
Na minha escola tinha alguns paradidáticos que eram quadrinhos,mas no ensino médio n tinha.Meu amigo uma vez disse que colecionar gibi era muito caro e tals ai eu falei da gibiteca perto da casa dele e mesmo assim ele falou que era caro e uma semana depois apareceu com um fone sem fio caro comprado.Outro amigo meu ganhou um kindle e n vê mais motivo pra comprar e quer ficar só nas scans.Na minha opinião a maioria que eu conheço tem preconceito por conta do estilo ou pelo quadrinho mesmo pq n faz sentido a pessoa diz que amou historia da serie ou do filme e n da uma olhada no material original no caso o quadrinho.
Essa situação de dizer que livro é caro e me aparecer com roupa/eletrônicos caros é de cagar para dentro mesmo.
@@gabrielrocha5673 kkkkkkkkkkkkkkkk
sim cara
Educação, educação, educação. Só verdades no vídeo
Alexandre, vc comentou sobre dar cursos para a utilização de quadrinhos nas escolas. Sou professor na Grande Florianópolis e me interessei muito.
excelente diagnóstico. uma das soluções possíveis é massificar os quadrinhos, sobretudo para criançada. Fazer quadrinhos baratos em papel jornal e chegar num ponto de tiragens de milhões que permitam vender a 1 ou 2 reais o gibi. outro dia vi um vídeo do Pipoca e Nanquim que eles mencionavam que no Japão os mangás são semanais, do tamanho de listas telefonicas, em papel e formato baratíssimo e são vendidos aos milhões para crianças, jovens e adultos.
Quem iria comprar e por que meios? As bancas r livrarias tão em crise.
@@gabrielrocha5673 óttimas perguntas. Quem iria comprar? Crianças, adolescentes e adultos. Onde iriam comprar? Bancas esquece, estão em extinção, e provavelmente vão acabar. Podem até seguir existindo mas têm poder limitado. Teria que ser em supermercados e outros pontos de venda, a Culturama já faz isso com relativo sucesso com a linha Disney, chegam em cidades que nem tẽm banca. E não são gibis baratos.
UM ADENDO sobre a possibilidade de tentar a estratégia da masssificação (vender gibi MUITO BARATO com tiragem de MILHÕES), copio e colo partes de um comment que fiz há um tempinho num post do PN: "O que me faz acreditar que é possível vender gibi barato com tiragem de milhões? Muitas coisas, mas vou falar de duas que todo mundo conhece e gosta: Uber e Netflix. Lembra quando não existia Uber e só existia táxi? Quantas pessoas usavam taxi? E com que frequencia? Com a chegada do Uber, literalmente milhões de pessoas que não podiam usar taxi -- ou que só usavam em ocasiões especiais -- passaram a usar Uber (inclusive com frequencia!) da noite para o dia. Porque? Porque é basicamente o mesmo "produto" (ou serviço) mas com um preço que chega a ser metade (ou até menos da metade) de uma corrida de taxi (além da comodidade do negócio ir até você).. Mesma coisa aconteceu com a Netflix em relação à TV a cabo... o processo foi quase idêntico... O pacote mais vagabundo de TV a cabo saia por 90 ou 100 reais... Netflix sai por um terço disso, ou metade... Resultado: só 10% ou 20% dos brasileiros podiam pagar TV a cabo e hoje muito mais gente tem Netflix. Imagino que milhares (milhões) de pessoas comprariam quadrinhos se fossem baratos -- baratos mesmo. E sabe o que é o mais interessante? É que uma operação dessas reverte a imagem do "abismo" (Telma e Louise) citada no víideo. Se tocada por uma empresa gigante (como a Panini/MSP), a massificação de uma ouu mais linhas de quadrinhos nem precisa dar lucro, basta que a operação se pague, porque o lucro vem indiretamente. Fazendo uma ou mais linhas específicas com preços realmente baratos a empresa vai conseguir massificar, e com isso vai formar novos leitores aos milhões, leitores esses que a partir do primeiro gibi certamente buscarão outros e se tornarão leitores (compradores) no presente e no futuro, provavelmente para toda a vida, inclusive das linhas mais caras, gourmet etc... No limite é possível dizer que fazer uma masssificação que se pague seria até "estratégico" para uma empresa gigante que vive de quadrinhos.... É um tipo de operação que você não ganha diretamente com ela mas que vai colher os frutos dela direta e indiretamente no presente e no futuro, por anos e anos...
Os caras do pn também sabem das coisas...eles paticipam da indústria de forma ativa.
Achei interessante a comparação de produto/serviço prestado com Uber e Netflix, me lembrou sobre um debate que vi uma vez sobre ciclovias e transporte público: se nós, ou melhor todas as pessoas forem "INDUZIDAS" a pagar mesmo que seja um pouco mais barato por um bom produto ou serviço que já existe porém é falho ou caro, nós iremos pagar por esse produto oferecido ou utilizar esse serviço prestado porque fomos induzidos e motivados. Se na prática esse pensamento para os quadrinhos tem chance de sucesso... não sei rsrsrs.
Vídeo excelente. Eu também não vejo uma luz no final do túnel.
O mercado de quadrinhos já ia encolhendo ano a ano, cada vez pessoas leem menos, e daí as tiragens menores e preços por unidade mais caro. E justamente nesta situação vem uma crise econômica pra piorar o que já estava ruim.
Empresas de certificação não deveriam existir!
Ótima resenha!
Tanta variedade no mercado, tantas editoras dobrando os números de lançamento e tão pouco dinheiro no bolso. O jeito é esperar, fazer pressão, economizar e ter fé que dias melhores virão.
Assim, Panini decide publicar duas coleções clássicas ÓTIMAS ao mesmo tempo, uma da DC e uma da Marvel, ambas no valor de 34,90 e numa periodicidade que parece semanal pq toda semana parece que chega volume novo delas, ASSIM NÃO DÁ
Gostei do relato muito bom comentário assim que devemos saber
eu tenho comprado cada vez menos HQs novas.... apenas recentemente eu comprei o Quarto Mundo e o Sandman do Jack Kirby, porque não queria ficar com a minha coleção desfalcada, e olhe lá!!
atualmente, eu tenho comprado em sebos. Sai muito mais em conta!
Na biblioteca da minha escola (pública) tinha Spirit e Tintin, isso há uns 20 anos. Não sei como está hoje.
Embora concorde que cultura é estratégia, acho muita ingenuidade achar que o setor educacional e cultural vai mudar com esse argumento, infelizmente, porque para uma parte dos empregadores a educação/cultura é suficiente para o que precisam, ou seja já estão usando a estratégia da baixa educação e cultura há tempos. Trabalhei com escolas durante um tempo (trabalhava em uma consultoria educacional) um dos trabalhos era analisar a coordenação pedagógica das escolas ao redor da escola cliente. Vimos que uma escola tinha um suporte muito bacana. Usava além de livros paradidáticos, também quadrinhos, cinema e teatro. Mostrei isso para a coordenação pedagógica e quadrinho entrou na grade de algumas séries... Mas nas escolas pesquisadas tinha algumas que nem livro paradidático usavam e outras que adotavam, fazia aquele trabalho péssimo: tem que ler isso pq vai ter prova... Desculpa acho q escrevi demais... Mas espero que mais escolas e professores vejam a hq como uma boa ferramenta.
Ao topo interessa o escravagismo cultural, mas as classes mais baixas (e não tão baixas assim) reproduzir isso é suicídio.
Esse vídeo só falou a verdade nua & crua do nosso mercado brasileiro. Excelente. Lembrou um TCC que fiz no meu curso de Letras, que chama Incentivo de Leitura dos Livros Através dos Quadrinhos. Eu citei vários livros que foram adaptados para os quadrinhos, como Helena, Grimms Mangá & Grimms Mangá - Novas Histórias (NewPOP), Hamlet (L&PM), Turma da Mônica - Romeu & Lulieta (Panini). Era um TCC que incentivava as pessoas a lerem quadrinhos e, também, os livros. Como eu sou apaixonado por leitura de livros e, principalmente de quadrinhos, quis fazer algo neste sentido.
Verdade... Eu particularmente reduzir bastante, deixo pra comprar apenas nas promoções, promoções essas que cada vez estão minguando mais e mais.
Mangás tb, qq um do Junji ito que ta lançando por agora ta no minimo 80 conto :/.
Quem sabe agora que possivelmente se descriminalize a maconha o papel fique mais barato e ajude um pouquinho
Basta analisar com carinhos os preços dos livros (eu disse livros e não apenas quadrinhos) do conglomerado Penguin/Companhia das letras, comparar com os preços deles de 2015 (levando em conta tiragens aproximadas, número de páginas e acabamento) e ver o tamanho do buraco.
Mas faz sentido. Quando eu li o título do vídeo, eu pensei: "Mas o que está barato? O que não está doendo no nosso bolso?" Nada. Não sei como está a ida de vocês ao supermercado, mas a minha está cada vez mais deprimente.
Evidentemente que o preço de livros, quadrinhos e similares vão acompanhar. Estranho seria se estivessem com o preço em conta, num universo onde nada está em conta.
Pq tem público, a Panini lança Omnibus no valor de 300 reais e esgota
Muito lombadeiro tbm faz questão de ter capa dura deluxe, hj em dia tem gente que mais exibe a estante do que lê a obra
O proprio público elitizou o segmento
Isso é vdd o que vejo muito em grupos é galera mostrar status pelas compras de omnibus. Igual aquela galera que compra iPhone pra tirar foto mas esqueceu de passar massa corrida na parede atrás deles.
@@rody2k6 Bem isso, excelente comparação, mas pelo menos o fera do iPhone usa o aparelho, o campeão do Omnibus Deluxe nem leu a obra que comprou 2 anos atrás, ta só na estante mesmo pra mostrar pros amigos
Eu concordo contigo brother mas eu acho que tem um peso também da editora por induzir os leitores à compra pelo produto nichado que eles publicam.
Moro na República de Bundaritiba. À alguns anos uma rede de livraria em Curitiba eu percebi que começou uma retração no espaço da Nona Arte. É muito visível isso nas livrarias em shoppings daqui. Tínhamos eventos debatendo filmes de HQs e uma seção , hoje temos poucas prateleiras...
Só o espaço de Mangá se mantém.
Lembro que antes de 2013 existia um vale Cultura aqui. Todo mês íamos ao cinema, passávamos numa livraria e comíamos no shopping e assim a economia girava.
Em 2014 o vale foi extinto, o resultado é óbvio!
Sobre o não investimento na cultura, seja produção nacional ou não, calma. Essa desgraça aí "só" vai ter efeito na economia por uns vinte anos... Mas, quem poderia imaginar não é? SQN!!!
Amazon é um câncer, aliás, qualquer monopólio é!
Não sou técnico mas um amigo meu da área da indústria e que também detesta o "palhaço" falou que a água e a energia não interferem de forma relevante hoje em dia no preço.
Segundo ele a indústria de desenvolveu o suficiente para isso.
Show de analises .
Concordo totalmente com a questão de que tem um público pequeno e não tem renovação e cada vez temos menos consumidores. Mas não vejo os canais falando de quadrinhos infantis ou infanto/juvenis seriamente, não existe uma playlist sobre o assunto, ou mesmo uma série.
Quando a Abril parou de publicar Disney vários influenciadores anunciaram o fim de uma era, a queda, mas não se teve a mesma cobertura quando a Culturama lançou os mesmos.
Sei que não se muda o mercado somente com essa atitude, mas não temos referencia sobre o que está saindo e o que vale a pena ou não comprar nesse segmento como acontece com o restante.
Um outro ponto econômico e político, é a falta de bancas e livrarias físicas que fecharam e estão fechando. As bancas de revista estão e vão morrer igual as antigas locadoras de DVD. Um lugar que formei meu gosto por leituras em geral e gibis e que foi importante para me incitar a leitura e muitos não vão ter tal estimulo.
Eu não compro quadrinhos desde o começo do renascimento dc e a paninice na distribuição.
A única forma de mudar isso no curto e longo prazo é com ações políticas coletivas... e há quem queira tirar a política dos quadrinhos.
Dependendo da HQ dá pra assinar por meses streamings como Disney plus ou Amazon prime.
Acho que faltou a tiragem dessas grandes edições, normalmente são poucas, o que aumenta a escassez criando um submercado ainda mais caro dos quadrinhos
Cara, muito bom, em relação a perspectiva da escola principalmente, mas a verdade é que quadrinhos é em sua maioria, tanto em lançamento como em consumo, um entretenimento, e como a mídia quadrinhos compete com um aparelho que o possível novo leitor já tem no bolso e pode lhe proporcionar literalmente milhares de horas de entretenimento, muitíssimo mais interativo e instantâneo, que é o rege todas as instâncias da vida, inclusive o lazer, pautado pela lógica econômica, sem pagar um real a mais, além do plano de internet? As coisas têm de ser imediatistas, qual a chance de um muleque que assisti youtube com tempo acelerado parar pra ler um quadrinho por vontade própria? Agora, na perspectiva de classe média que é quem consume os quadrinhos hoje em dia, na nossa infância, dos 30 anos pra cima, era ou junta umas moedas pra comprar um gibizinho ou assiste Lagoa Azul pela milésima vez. Lógico que eu não quero limitar os quadrinhos a só entretenimento, mas tenho certeza que a absolutíssima maioria aqui começou assim.
Pra mim, o maior problema de renovação de público leitor, principalmente os jovens, é a nossa própria lógica de vida, em tempos líquidos da modernidade não cabe parar para ler e ver os quadros estáticos dos gibizinhos, tudo têm de ser rápido, inclusive o consumo de lazer, redes sociais prazendo cada vez mais a velocidade que seu usuário consome os conteúdos, streamings com acelerador de tempo, onde que é possível encaixar a leitura de quadrinhos nesse quadro? Apontar isso pode parecer de um pessimismo de quem não quer apresentar solução, mas acho que precisamos entender a situação real, porque mesmo que todos os problemas que cercam a iniciação no mundo dos quadrinhos fossem resolvidos, estando nessa mesma sociedade, os possíveis novos leitores provavelmente vão preferir ficar o dia inteiro no Tik Tok.
Claro que há uma "competição", mas assim como o rádio não matou o jornal, a TV não matou o rádio e a internet não matou a TV, tomar a morte do quadrinho pelo smartphone ou algo assim como inevitável, eu vejo como um erro.
A questão é que simplesmente não há estratégia, porque não espaço pra isso pelo empobrecimento.
@@herrerasauro7429 É justo, mas ao meu ver, é nítido que tv e rádio não tem o mesmo apelo e público que antes da vinda dos seus respectivos 'substitutos tecnológicos' (expressão ruim, né, mas enfim kkk). Não acho que os quadrinhos vão morrer, deuzolivre, mas não destacar que eles (quadrinhos e tudo que envolve leitura em geral) vão ter que penar como nunca pra atrair novos leitores, antes de tudo, por uma lógica da vida contemporânea, maluca e acelerada, eu acredito, podem nos (divagando aqui, 'nós' como uma entidade unificada da galera dos gibi, público e editoras kkk) levar a estratégias que não condizem com a realidade, como se estivéssemos acreditando que um grupo de dezenas de soldados bem treinados, armados e preparados lutando em pró da justiça, fossem vencer uma guerra contra uma artilharia de tanques blindados. Enfim, espero que eu esteja falando um monte bosta e que saídas sejam encontradas pra trazer de volta os quadrinhos pro gosto do grande público kk
Falando em quadrinhos caros, alguém pode me indicar onde vender quadrinhos? Quero manter apenas o que considero essencial, hoje em dia não da mais pra fazer coleções seja la do que for.
Shopee
Não sou inscrito no seu canal, mas achei justamente por vir pesquisar sobre isso agora... mano, tá caro demais.
Então se inscreva oras! :D
sobre a questão da diminuição de leitores, para mim uma dos fatores também. São as séries das Disney, como o brasileiro não tem o hábito de ler. É cômodo assistir, do que ler uma HQ de herói. O mercado de quadrinhos, precisa se reinventar, pois a fórmula, que estão usando não está funcionando mais.
Excelente análise Linck - realmente a coisa está bem difícil - atualmente para manter uma "certa periodicidade" nas minhas compras só parcelando mesmo - e isso que a lista atual de quadrinhos que, de fato, eu teria vontade de comprar seria no minimo 5 vezes maior por semestre. As coisas precisam melhorar no Brasil, pois em todos os setores o mundo inteiro está perdendo um vasto mercado consumidor - enquanto a renda do brasileiro não subir os vendedores perdem - é lógico! E foi ótima a análise da criação de público - precisamos disso em todas as artes que estão sofrendo bastante - creio que todas as artes sofrem também, pois desde o término do meu segundo grau (1987) sempre fui ligado às artes de uma forma geral - quadrinhos, música, cinema, livros de arte, materiais e cursos de desenho.... creio que quem gosta de artes gosta de praticamente todas e termos uma melhora na condição econômica se reflete em tudo! (antes da pandemia sempre distribuí os valores que disponho em: cinema, teatro, DVDs, Música, literatura..., ou seja sempre me dividi em vários setores) Agradeço mais uma vez a excelente análise - grande abraço!
Jovens leitores, na escola não se interessam em ler o guarani por exemplo, os quadrinhos são uma ótima opção pra formar leitores , pra que eles peguem gosto tanto pela narrativa quanto pela arte.
Conheci o canal a pouco tempo. Tem várias histórias recomendadas aqui que eu gostaria de acompanhar, mas fui ver o preço... Acho que vou ficar nos online q encontrar.
Um elemento que me deixa insatisfeito e acredito influenciar na acessibilidade também é o descaso com as bancas.Aqui no Nordeste poucas são as editoras que publicam por elas (atualmente acho que só a panini),isso sem contar os atrasos,preços caros devidos a falta de estratégias pra ajudar elas a fugirem um pouco do preço de capa entre outros.Visto isso,os vendedores nas bancas cada vez mais me falam que está difícil de vender,algo complicado pois as bancas ao meu ver são a maior vitrine para novos leitores.
Cara,nas bancas que eu frequento do que tem de quadrinhos dos meses anteriores voltando pras prateleiras "não tá no gibi ".encalhes por conta dos preços.
Você acha que exista algo que o leitor possa fazer a respeito ? Ou um norte que se possa apostar para situação mudar ?
Ãh... Guilhotina?
Notícias da Thumb: *Superman em um acesso de raiva enfia um $ gigante em civil inocente !!!*
6 tão loco comprei as duas edições de "A Morte Do Superman" em capa dura e tals 300 facadas sem choro. Paguei, mas guardo como se fosse uma bíblia kkkk
Eu tentaria comprar usado msm man kkkkkkkk. Esse mês eu comprei 3 Hqs usadas, somando todas, deu uns R$ 75 conto. Já se eu comprasse essas mesmas Hqs nova na Amazon daria uns + R$ 260 kkkkkkkkkkkk
@@robsondossantosdejesus8812 comprei quando era lançamento, não tinha usado. Pior foi a queda do morcego que eu comprei em formatinho, também por 300.
e ainda tem a privatização dos correios.
Não concordo com a falta de público. Nunca houve tanto público nerd consumindo material de quadrinhos, filmes, bonecos, camisetas etc. A Panini deveria estar apostando em revistas baratas para os leitores juvenis não abandonarem as hqs mas sempre aumentam os preços das revistas mensais e isso faz o leitor médio desistir de colecionar hqs. Nunca tivemos tanto público nerd no Brasil. É só ver o público gigante da Comic Con e a variedade de editoras pequenas e médias no mercado. Tem que levar em conta que temos a concorrência direta dos games, streaming etc. Livros e hqs acabam perdendo público por isso também.
Rapaz, acho que nem 10% do que consumiam na minha epoca, sem exageros. É so ver as tiragens
Vc pode ter razão em vários pontos, mas há algo que contradiz um pouco esse cenário tão apocalíptico: nunca houve tantas editoras e tanto material sendo publicado no Brasil. Isso não diz nada? Isso quanto ao mercado, sobre a crise dos leitores essa existe há muito tempo e, se é ruim nos quadrinhos, imagina na literatura.
Diz. Que há um nicho com bom poder aquisitivo que está sendo atingido. Isso é louvável em tempos tão tensos, mas esse nicho tá em risco (a imagem do precipício que ele descreveu).
Amei esse vídeo, em especial a parte sobre as escolas
Quanto mais eu vejo o vídeo mais eu gosto. Cultura enquanto setor estratégico.
Mas Linck, se cruzar os braços e reclamar não vai fazer com que as coisas mudem, o que vai fazer??
Guilhotina
Sou Quadrinista independente, e fico incomodado com as atitudes de certas editoras. Vejo que algumas ainda tentam ter um compromisso com um material mais acessivel. Mesmo que não resolva o problema social do Brasil que é mais profundo, mas ainda tão tentando ali. É FODA! Amazon também não ajuda em nada nesse sistema.
A outra coisa:
- Eu tenho evitado comprar coisa na amazon. A última compra que eu fiz, tem uns 6 meses. Só deixo quando vejo uma promoção que realmente vale a pena.
Nessa última promoção de importados, valeu muito a pena. Comprei uns 400 reais de livros, por 175 contos. Mas não quadrinhos.
Não tem mais valido a pena. Eles sabem que já arrombaram o mercado brasileiro. Não tem porque ficar dando esmola mais. Concorrência é ótimo, mas o povo no Brasil odeia qualquer tipo de regulamentação, porque lembra do Sarney, do Collor....
Mas tem certos hábitos que são mais do que saudáveis, são obrigatórios.
O negócio é que já passamos do ponto sem retorno. Não tem como arrumar essa casa mais.