Obrigado pelo feedback Daniel. Operadores de ETEs certamente têm muito conhecimento pratico nesses processos que abordo aqui no canal, não é mesmo? Trabalha com que tipo de reator aí?
Espetacular hein! Muito didático. Estou fazendo o MBA em tratamento de efluentes industriais e olha, precisamos de mais materiais como estes no RUclips. Parabéns!
@@tiagojbelli só tenho uma dúvida na taxa de recirculação de 100 a 400%. Se eu quero remover mais o nitrato eu aumento essa recirculação? Minha dúvida é se vc tem um tanque que está sendo aerado e reciclando para o outro que é anóxico oque devo avaliar para não atrapalha o processo entre eles? Avaliar se essa recirculação não está aumentando muito o OD no anóxico, principalmente se minha matéria orgânica de entrada for baixa ? Abraços!
Excelente aula, parabéns! Considerando uma unidade pré-desnitrificante independente, mas com recirculacão com um tanque nitrificante, qual dimensionamento do tanque desnitrificante devo adotar? Não haverá fluxo de entrada no tanque nitrificante. Outra questão seria qual o tempo médio para estabelecimento de uma população de bactérias desnitrificantes? Obrigado pela atenção.
Olá Marino. Para dimensionar o tanque anóxico você pode considerar 20% do TDH do tanque aeróbio. Por exemplo, se o TDH do tanque aeróbio foi 10 horas, o TDH do tanque anóxico será de 2 horas. Com a vazão do esgoto voce consegue encontrar o volume desse tanque anóxico. Em relação a sua segunda pergunta, o projeto normalmente prioriza a idade do lodo das nitrificantes, que são de crescimento mais lento. Nesse caso, uma idade do lodo de 20 dias seria favorável tanto a nitrificação quanto a desnitrificação. Na pagina 166 desse livro voce pode encontrar maiores detalhes sobre critérios de projeto para desnitrificação: iwaponline.com/ebooks/book/77/Activated-Sludge-and-Aerobic-Biofilm-Reactors
Olá Tiago. Visitei uma ETE. No Decantador tá tendo lodo flotado. Bastante! O fluxo do processo é: UASB 》 TQ AERACA 》 TQ DECANTACAO. Vendo o seu vídeo entendo que o TQ ANOXICO deve ficar antes do TQ AERACAO, masss existe um reator UASB. Mesmo assim colocar o TQ ANOXICO entre o UASB e TQ AERACAO é o melhor lucgar para ter a desnitrificacao? A ideia é evitar a desnitrificacao no fundo do tanque do Decantador.
Olá Geovanni. Pois então, essa se torna uma desvantagem quando se conjuga UASB-Lodos Ativados: uma menor capacidade para remoção de nutrientes (que no teu caso, seria o NO3-). Dado o cenário, entendo que seria mais efetivo o posicionamento do tanque anóxico antes do aeróbio (com a devida recirculação interna do licor misto), ou seja, no regime de pré-desnitrificação. Se vc colocar depois, a taxa de desnitrificação em regime endógeno tende a ser menor. Abraço.
Boa noite professor! Tudo bem? Parabéns pela sua explicação, aula show de bola... Minha dúvida é a seguinte, no proceso no qual trabalho as etapas são seguidas: elevatória > equalizados > reator anaeróbio > aeracão prolongada > decantador secundário. Sendo que na parte de Lodos ativados, são dois tanques de aerações um sobreposto ao outro, sendo lado A e B, com a saída em conjunto do efluente para o decantador secundário, ambos os lados com obtenção de OD por ar difuso. Sendo assim, o processo não conta com uma zona anoxica, e estamos tendo problemas com a desnitrificação ocorrendo justamente no decantador secundário. Nesse caso como fazer para contornar essa situação? Seria possível, por exemplo, adequar 1 dos lados do tanque da aeracão como zona anoxica, retirando a injeção de ar e fazendo a modelagem na hidráulica de entrada, saída e recirculacão no mesmo? Desde já muito obrigado!
Oi Weverton! Realmente quando se posiciona um reator anaeróbio (UASB, por exemplo) antes do lodos ativados a remoção de nitrogênio (desnitrificação) pode ser prejudicada. Isto ocorre pq o processo de desnitrificação é heterotrófico, ou seja, depende de matéria orgânica (MO) afluente. A presença do reator anaeróbio passa a consumir essa MO que poderia ser destinada ao processo de desnitrificação. Então veja que não se trata apenas de ausência de oxigênio para favorecer a desnitrificação, mas também disponibilizar matéria orgânica (DBO) para que esse processo ocorra. Talvez no seu caso pudesse ser testada a operação do tanque aeróbio com o OD mais baixo, para tentar fazer o que chamamos de nitrificação-desnitrificação simultânea. Qual o valor que você mantem o OD? abraço.
@@tiagojbelli Bom dia! Os valores variam, temos dois sopradores, sendo um utilizado para cada lado devido o volume do tanque, para conseguir manter os valores de ambos entre 1 e 3. porém ora o valor de um lado sobe demais e do outro cai. Devido um soprador está em manutenção, estamos utilizando 1 para aerar os dois lados, porém 1 lado fica dentro da faixa e o outro fica muito baixo. A- 2,34 B- 0,44 Nesse caso, qual os valores ideias para favorecer a notificação- desnitrificação simultânea em ambos os lados?
@@wevertonmarquescompositor615 Entendo. Sobre o processo SND, uma faixa de OD promissora seria entre 0, 5- 1,0 mgO2/L. Contudo, é importante fazer testes laboratoriais primeiro para verificar como ficaria a remoção dos outros poluentes (DQO, por exemplo). Nesse artigo aqui vc pode encontrar mais detalhes sobre o processo SND: doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.158977
Ola professor tudo bem? eu tenho uma fossa biodigestora com aerobica, anaerobica, clorador(uso cloro) e sumidouro, porem a prefeitura mencionou que eu tenho que resolver o problema do fosforo e nitrogenio, qual produto devo usar na fossa primaria para resolver esse problema? obrigada
Boa tarde, professor! Minha dúvida é básica, mas fico com a pulga atrás da orelha... Como entra 100 L/s, sai 100 L/s e eu vou ter uma recirculação interna de 200 a 400 L/s? Cadê a vazão pra isso tudo?
Oi Layane! Na verdade essa é uma dúvida bem comum dos alunos. Parece mesmo estranho entrar 100 L/s e recircular 200 L/s. Mas na prática é possível sim, pois o que entra no tanque de aeração não é mais apenas a vazão de esgoto, e sim a somatória da vazão de esgoto e da vazão de recirculação. Nesse vídeo aqui no tempo 4:42 eu aborda essa questão: ruclips.net/video/uqxJvCy3SWs/видео.html Veja se a tua dúvida é sanada. Abraço.
@@tiagojbelli Professor, muito obrigada por me responder. Vi sim o vídeo e entendi que nele a vazão de recirculacao é proveniente da linha de lodo, sendo somada a vazão de entrada. Mas, no caso da pré-desnitrificação, esses 200% não seriam referentes apenas a vazão do licor misto, na saída do próprio tanque de aeracao, e não do decantador secundário? Se a resposta for positiva, eu ainda fico sem entender como chegar nos 200%. Me perdoe pela insistência, mas é que eu preciso muito compreender esse assunto. Não terei como dimensionar a elevatória de recirculacao interna, se não compreender como ela acontece. Desde já agradeço demais a sua generosidade, professor ❤.
@@tiagojbelli ainda sobre a elevatória de recirculacao, eu precisaria colocar um tanque de equalizacao para poder reunir essa vazão de 200% do licor misto?
@@layaneazevedo8977 Oi Layane, sim voce está certa. No caso de Lodos ativados operando em regime de pré-desnitrificação, fazemos também a recirculação interna de licor misto (além da recirculação de lodo vindo do fundo do decantador). Então pensando na pré-desnitrificaçaõ, temos o licor misto retornando do tanque de aeração (TA) para o tanque anóxico (TAN), onde ocorrerá a desnitrificação. No caso do exemplo desse video, tente imaginar que à medida que vc tira os 200 L/s do TA, simultaneamente vc está devolvendo os mesmo 200 L/s de licor misto que vem do tanque anóxico. Imagine o tanque de aeração recirculando e recebendo simultanemaente os mesmos 200 L/s. Perceba que isso resulta em uma variação nula no nivel do licor misto no tanque de aeração e no tanque anoxico, pois a retirada e a entrada ocorre simultaneamente. É como se vc pegasse a vazão da saída e jogasse na entrada do tanque. No final das contas vc segue trabalhando com os 100 L/s entrando na ETE e 100L/s saindo da ETE. As vazoes internas de recirculação nao interferem nas vazões de entrada e saída da ETE. Conseguiu visualizar esse cenário? Abraço.
@@tiagojbelli Muito obrigada professor, creio que entendi sim. Mas creio que essas vazões de recirculação vão interferir no tempo de detenção e taxas. Devo considerar as vazões de recirculação nesses cálculos?
Tem a elevatória, da elevatória é bombeada pro tanque anaeróbio, do anaeróbio vai pro aeróbio. O que sai do aeróbio é o tratado. No tanque aeróbio a oxigenação é por venturi.
Bom dia Arnaldo. No contexto da sua pergunta seria mais adequado falarmos no parâmetro conhecido como "Razão de Recirculação" do lodo (R). É um parâmetro que leva em conta a vazão de esgoto (Q), a vazão de recirculação de lodo (Qr), o teor de sólidos na linha de retorno (Xr) e o teor de sólidos no tanque de aeração (X). A partir dessas variáveis você consegue calcular a Razão de Recirculação (R) que comentei acima. A literatura indica valores de R entre 0,7 - 1,2. Quanto mais próximo do limite superior, menor a chance de ocorrer a desnitrificação. Em resumo, quanto maior a razão de recirculação, menor será o tempo que o lodo permanece no decantador secundário. Consequentemente, menor será a chance da desnitrificação ocorrer nesse decantador, dado que as condições ambientais se tornam desfavoráveis (a exemplo do oxigênio, que permanece presente). Caso tenha ficado alguma dúvida, comenta aí que posso te explicar. Abç.
Prof. O que seria uma espuma branca após decantador e até mesmo do tanque de contato ? Algum alerta pra estação ou normal ? Obs: tratamento clarificado com pouca turbidez
@@herisonmelo355 as causas do aparecimento de espuma costumam estar associados a três fatores: intensidade de aeração; detergentes não biodegradáveis e; organismos filamentosos. No seu caso, como a espuma é branca, talvez seja devido à presença de detergentes. Se este for o caso, existem no mercado antiespumantes que são empregados em ETEs.
Adoro seus vídeos prof. Thiago sou Químico e Opero ETEs sua aula é show tenho muitos causos pra contar. Um forte abraço.
Obrigado pelo feedback Daniel. Operadores de ETEs certamente têm muito conhecimento pratico nesses processos que abordo aqui no canal, não é mesmo? Trabalha com que tipo de reator aí?
@@tiagojbelli Lodos Ativados aeração prolongada. Faz um vídeo sobre os Reatores UASB RAFA
Perfeito o vídeo, consegui entender bem 👏🏼
Espetacular hein! Muito didático. Estou fazendo o MBA em tratamento de efluentes industriais e olha, precisamos de mais materiais como estes no RUclips. Parabéns!
Valeu Gustavo. Espero que o conteúdo contribua a sua formação. Abraço.
Que aula boa👏🏾👏🏾👏🏾muito obrigada. Está de parabéns professor. Ajudou-me bastante
Obrigado Avelina. Fico feliz por ter ajudado. Abraço 😊
Parabéns professor, muito bem explicado!
Valeu Diego! Que bom que você entendeu o conteúdo!
@@tiagojbelli só tenho uma dúvida na taxa de recirculação de 100 a 400%.
Se eu quero remover mais o nitrato eu aumento essa recirculação? Minha dúvida é se vc tem um tanque que está sendo aerado e reciclando para o outro que é anóxico oque devo avaliar para não atrapalha o processo entre eles? Avaliar se essa recirculação não está aumentando muito o OD no anóxico, principalmente se minha matéria orgânica de entrada for baixa ? Abraços!
Adorei as explicações...
Muito bom, aula de fácil entendimento... porém fiquei com um dúvida!
No tanque anóxico qual o valor de Oxigênio dissolvido devo obter?
Olá! Voce deveria ter ausência de oxigenio dissolvido no tanque anóxico, ou seja, zero ou próximo a isso.
Excelente aula, parabéns! Considerando uma unidade pré-desnitrificante independente, mas com recirculacão com um tanque nitrificante, qual dimensionamento do tanque desnitrificante devo adotar? Não haverá fluxo de entrada no tanque nitrificante.
Outra questão seria qual o tempo médio para estabelecimento de uma população de bactérias desnitrificantes?
Obrigado pela atenção.
Olá Marino. Para dimensionar o tanque anóxico você pode considerar 20% do TDH do tanque aeróbio. Por exemplo, se o TDH do tanque aeróbio foi 10 horas, o TDH do tanque anóxico será de 2 horas. Com a vazão do esgoto voce consegue encontrar o volume desse tanque anóxico. Em relação a sua segunda pergunta, o projeto normalmente prioriza a idade do lodo das nitrificantes, que são de crescimento mais lento. Nesse caso, uma idade do lodo de 20 dias seria favorável tanto a nitrificação quanto a desnitrificação. Na pagina 166 desse livro voce pode encontrar maiores detalhes sobre critérios de projeto para desnitrificação: iwaponline.com/ebooks/book/77/Activated-Sludge-and-Aerobic-Biofilm-Reactors
Muito bom!
Olá Tiago. Visitei uma ETE. No Decantador tá tendo lodo flotado. Bastante! O fluxo do processo é: UASB 》 TQ AERACA 》 TQ DECANTACAO. Vendo o seu vídeo entendo que o TQ ANOXICO deve ficar antes do TQ AERACAO, masss existe um reator UASB. Mesmo assim colocar o TQ ANOXICO entre o UASB e TQ AERACAO é o melhor lucgar para ter a desnitrificacao? A ideia é evitar a desnitrificacao no fundo do tanque do Decantador.
Olá Geovanni. Pois então, essa se torna uma desvantagem quando se conjuga UASB-Lodos Ativados: uma menor capacidade para remoção de nutrientes (que no teu caso, seria o NO3-). Dado o cenário, entendo que seria mais efetivo o posicionamento do tanque anóxico antes do aeróbio (com a devida recirculação interna do licor misto), ou seja, no regime de pré-desnitrificação. Se vc colocar depois, a taxa de desnitrificação em regime endógeno tende a ser menor. Abraço.
Incrível, Obrigada!!
Valeu Beatriz! Abraço.
Boa noite professor! Tudo bem? Parabéns pela sua explicação, aula show de bola... Minha dúvida é a seguinte, no proceso no qual trabalho as etapas são seguidas: elevatória > equalizados > reator anaeróbio > aeracão prolongada > decantador secundário. Sendo que na parte de Lodos ativados, são dois tanques de aerações um sobreposto ao outro, sendo lado A e B, com a saída em conjunto do efluente para o decantador secundário, ambos os lados com obtenção de OD por ar difuso. Sendo assim, o processo não conta com uma zona anoxica, e estamos tendo problemas com a desnitrificação ocorrendo justamente no decantador secundário.
Nesse caso como fazer para contornar essa situação? Seria possível, por exemplo, adequar 1 dos lados do tanque da aeracão como zona anoxica,
retirando a injeção de ar e fazendo a modelagem na hidráulica de entrada, saída e recirculacão no mesmo?
Desde já muito obrigado!
Oi Weverton! Realmente quando se posiciona um reator anaeróbio (UASB, por exemplo) antes do lodos ativados a remoção de nitrogênio (desnitrificação) pode ser prejudicada. Isto ocorre pq o processo de desnitrificação é heterotrófico, ou seja, depende de matéria orgânica (MO) afluente. A presença do reator anaeróbio passa a consumir essa MO que poderia ser destinada ao processo de desnitrificação. Então veja que não se trata apenas de ausência de oxigênio para favorecer a desnitrificação, mas também disponibilizar matéria orgânica (DBO) para que esse processo ocorra. Talvez no seu caso pudesse ser testada a operação do tanque aeróbio com o OD mais baixo, para tentar fazer o que chamamos de nitrificação-desnitrificação simultânea. Qual o valor que você mantem o OD? abraço.
@@tiagojbelli Bom dia! Os valores variam, temos dois sopradores, sendo um utilizado para cada lado devido o volume do tanque, para conseguir manter os valores de ambos entre 1 e 3. porém ora o valor de um lado sobe demais e do outro cai. Devido um soprador está em manutenção, estamos utilizando 1 para aerar os dois lados, porém 1 lado fica dentro da faixa e o outro fica muito baixo.
A- 2,34
B- 0,44
Nesse caso, qual os valores ideias para favorecer a notificação- desnitrificação simultânea em ambos os lados?
@@wevertonmarquescompositor615 Entendo. Sobre o processo SND, uma faixa de OD promissora seria entre 0, 5- 1,0 mgO2/L. Contudo, é importante fazer testes laboratoriais primeiro para verificar como ficaria a remoção dos outros poluentes (DQO, por exemplo). Nesse artigo aqui vc pode encontrar mais detalhes sobre o processo SND: doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.158977
@@tiagojbelliEntendido, muito obrigado professor.
Bom dia Professor, você da algum tipo de curso ou consultoria ?
Ola professor tudo bem? eu tenho uma fossa biodigestora com aerobica, anaerobica, clorador(uso cloro) e sumidouro, porem a prefeitura mencionou que eu tenho que resolver o problema do fosforo e nitrogenio, qual produto devo usar na fossa primaria para resolver esse problema? obrigada
Oi Andreia! Tudo certo? Sua fossa é aeróbia mesmo? Como é feita essa aeração? Esse sistema é para residência ?
Boa tarde, professor! Minha dúvida é básica, mas fico com a pulga atrás da orelha... Como entra 100 L/s, sai 100 L/s e eu vou ter uma recirculação interna de 200 a 400 L/s? Cadê a vazão pra isso tudo?
Oi Layane! Na verdade essa é uma dúvida bem comum dos alunos. Parece mesmo estranho entrar 100 L/s e recircular 200 L/s. Mas na prática é possível sim, pois o que entra no tanque de aeração não é mais apenas a vazão de esgoto, e sim a somatória da vazão de esgoto e da vazão de recirculação. Nesse vídeo aqui no tempo 4:42 eu aborda essa questão: ruclips.net/video/uqxJvCy3SWs/видео.html
Veja se a tua dúvida é sanada. Abraço.
@@tiagojbelli Professor, muito obrigada por me responder. Vi sim o vídeo e entendi que nele a vazão de recirculacao é proveniente da linha de lodo, sendo somada a vazão de entrada. Mas, no caso da pré-desnitrificação, esses 200% não seriam referentes apenas a vazão do licor misto, na saída do próprio tanque de aeracao, e não do decantador secundário? Se a resposta for positiva, eu ainda fico sem entender como chegar nos 200%. Me perdoe pela insistência, mas é que eu preciso muito compreender esse assunto. Não terei como dimensionar a elevatória de recirculacao interna, se não compreender como ela acontece. Desde já agradeço demais a sua generosidade, professor ❤.
@@tiagojbelli ainda sobre a elevatória de recirculacao, eu precisaria colocar um tanque de equalizacao para poder reunir essa vazão de 200% do licor misto?
@@layaneazevedo8977 Oi Layane, sim voce está certa. No caso de Lodos ativados operando em regime de pré-desnitrificação, fazemos também a recirculação interna de licor misto (além da recirculação de lodo vindo do fundo do decantador). Então pensando na pré-desnitrificaçaõ, temos o licor misto retornando do tanque de aeração (TA) para o tanque anóxico (TAN), onde ocorrerá a desnitrificação. No caso do exemplo desse video, tente imaginar que à medida que vc tira os 200 L/s do TA, simultaneamente vc está devolvendo os mesmo 200 L/s de licor misto que vem do tanque anóxico. Imagine o tanque de aeração recirculando e recebendo simultanemaente os mesmos 200 L/s. Perceba que isso resulta em uma variação nula no nivel do licor misto no tanque de aeração e no tanque anoxico, pois a retirada e a entrada ocorre simultaneamente. É como se vc pegasse a vazão da saída e jogasse na entrada do tanque. No final das contas vc segue trabalhando com os 100 L/s entrando na ETE e 100L/s saindo da ETE. As vazoes internas de recirculação nao interferem nas vazões de entrada e saída da ETE. Conseguiu visualizar esse cenário? Abraço.
@@tiagojbelli Muito obrigada professor, creio que entendi sim. Mas creio que essas vazões de recirculação vão interferir no tempo de detenção e taxas. Devo considerar as vazões de recirculação nesses cálculos?
Professor, lá onde eu trabalho, o tanque anaeróbio vem primeiro tá errado?
Consegue descrever melhor quais unidades compõem a ETE?
Tem a elevatória, da elevatória é bombeada pro tanque anaeróbio, do anaeróbio vai pro aeróbio. O que sai do aeróbio é o tratado. No tanque aeróbio a oxigenação é por venturi.
Boa noite ,em média quanto tempo se leva em um decantador secundário para ocorrer a desnitrificação?
Bom dia Arnaldo. No contexto da sua pergunta seria mais adequado falarmos no parâmetro conhecido como "Razão de Recirculação" do lodo (R). É um parâmetro que leva em conta a vazão de esgoto (Q), a vazão de recirculação de lodo (Qr), o teor de sólidos na linha de retorno (Xr) e o teor de sólidos no tanque de aeração (X). A partir dessas variáveis você consegue calcular a Razão de Recirculação (R) que comentei acima. A literatura indica valores de R entre 0,7 - 1,2. Quanto mais próximo do limite superior, menor a chance de ocorrer a desnitrificação. Em resumo, quanto maior a razão de recirculação, menor será o tempo que o lodo permanece no decantador secundário. Consequentemente, menor será a chance da desnitrificação ocorrer nesse decantador, dado que as condições ambientais se tornam desfavoráveis (a exemplo do oxigênio, que permanece presente). Caso tenha ficado alguma dúvida, comenta aí que posso te explicar. Abç.
Prof. O que seria uma espuma branca após decantador e até mesmo do tanque de contato ? Algum alerta pra estação ou normal ? Obs: tratamento clarificado com pouca turbidez
oi Herison. Difícil fazer algum diagnóstico sem conhecer bem a ETE e sua condição operacional.
@@tiagojbelli entendo, mais teria alguma causa ? Desse surgimento da espuma ? Até na calha parshall surgem essa espuma
@@herisonmelo355 as causas do aparecimento de espuma costumam estar associados a três fatores: intensidade de aeração; detergentes não biodegradáveis e; organismos filamentosos. No seu caso, como a espuma é branca, talvez seja devido à presença de detergentes. Se este for o caso, existem no mercado antiespumantes que são empregados em ETEs.
@@tiagojbelli entendo mais isso ocorre tbm no efluente tratado ? Ou seja, no efluente do tanque de contato e na calha ?
@@herisonmelo355 tudo bem amigo? Normalmente start de planta, geralmente forma no tanque de aeração, perda celular costuma ser a causa.