A Filosofia de Edmund Husserl - FENOMENOLOGIA | Prof. Anderson
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- Опубликовано: 29 июн 2022
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Edmund Husserl - Fenomenologia
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Husserl (1859-1938) nasceu em Prossnitz (na Morávia). Estudou matemática em Berlim e laureou-se em 1883 com uma tese sobre o cálculo das variações.
Em Viena, seguiu as aulas de Brentano. Em 1891, publicou a Filosofia da aritmética.
Livre-docente em Halles em 1887, foi nomeado professor de filosofia em Gottingen em 1901. Neste ano apareceram as Pesquisas lógicas. É de 1911 A filosofia como ciência rigorosa; e Ideias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica é de 1913.
As proposições universais e necessárias são condições que tornam possível uma teoria, sendo diferentes das proposições obtidas indutivamente da experiência. Na base desses dois tipos de proposições, Husserl distingue entre intuição de um dado de fato e intuição de uma essência.
Husserl está persuadido de que nosso conhecimento começa com a experiência, ou seja, com a experiência de coisas existentes, de fatos. A experiência nos oferece continuamente dados de fato, os dados de fato com os quais nos vemos às voltas na vida cotidiana, e dos quais a ciência também se ocupa. Um fato é o que acontece aqui e agora; um fato é contingente, podendo ser ou não ser.
Mas, quando um fato (este som, esta cor etc.) se nos apresenta à consciência, juntamente com o fato captamos uma essência (o som, a cor etc.). Nas ocasiões mais díspares, podemos ouvir os sons mais diversos (clarim, violino, piano etc.), mas neles reconhecemos algo de comum, uma essência comum. No fato sempre se capta uma essência. O individual se anuncia para a consciência através do universal.
Quando a consciência capta um fato aqui e agora, ela capta também a essência: esta cor é caso particular da essência "cor", este som é caso particular da essência "som", este ruído é caso particular da essência "ruído" etc.
As essências, portanto, são os modos típicos do aparecer dos fenômenos. E não é que nós abstraiamos as essências da comparação de coisas semelhantes, como queriam os empiristas, uma vez que a semelhança já é essência. Não abstraímos a ideia ou essência de “triângulo” da comparação de muitos triângulos: o que ocorre é que este, esse e aquele são triângulos porque são casos particulares da ideia de triângulo. Este triângulo isóscele desenhado no quadro-negro existe aqui e agora, com estas dimensões e não outras. Esse é um dado de fato particular. Mas nele captamos uma essência.
Para comparar vários fatos, é preciso já ter captado uma essência, isto é, um aspecto pelo qual eles são semelhantes.
O conhecimento das essências é uma intuição. É uma intuição diferente daquela que nos permite captar os fatos particulares. É a ela que Husserl chama intuição eidética ou intuição da essência. Trata-se de conhecimento distinto do conhecimento do fato. Os fatos particulares são casos de essências eidéticas. Essas essências eidéticas, portanto, não são objetos misteriosos ou evanescentes.
É verdade que só os fatos particulares são reais, e que os universais não são reais como os fatos particulares. Os universais, isto é, as essências, são conceitos, ou seja, objetos ideais que, porém, permitem classificar, reconhecer e distinguir os fatos particulares, dos quais a consciência, quando eles se lhe apresentam, reconhece o “aqui e agora”, mas também o “o quê”.
A fenomenologia pretende ser ciência de essências e não de dados de fato. Ela é fenomenologia, ou seja, “ciência dos fenômenos”, mas seu objetivo é o de descrever os modos típicos com os quais os fenômenos se apresentam à consciência. E essas modalidades típicas (pelas quais este som é um som e não uma cor ou um ruído, ou pelas quais este desenho é de um triângulo e não de outra coisa) são precisamente as essências.
A fenomenologia, portanto, é ciência de experiência, não, porém, de dados de fato. Os objetos da fenomenologia são as essências dos dados de fato, são os universais que a consciência intui quando os fenômenos a ela se apresentam. E nisso consiste a redução eidética, isto é, a intuição das essências, quando, na descrição do fenômeno que se apresenta à consciência, sabemos prescindir dos aspectos empíricos e das preocupações que nos ligam a eles.
A distinção entre o fato (que é um isto) e uma essência (que é um “o que”) permite a Husserl justificar a lógica e a matemática.
As proposições lógicas e matemáticas são juízos universais e necessários porque são relações entre essências. E sendo relações entre essências, as proposições lógicas e matemáticas não recorrem a experiência como fundamento de sua validade.
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Gente, eu sou professora de filosofia e fico perplexa sobre como ele consegue trazer conceitos tão complexos com leveza. Parabéns professor Anderson!
Ahh! Muito obrigado! 👏😊
Essa relação entre a consciência e o observável é tema também de um dos aspectos mais fascinantes da física quântica: o colapso da função de onda.
Realmente muito interessante 🙏🙏🙏🙏
Gente do céu, finalmente entendi essa matéria!!!
Prof. ANDERSON vc é muito, muito bom no que faz!! Muito obrigada por essa aula maravilhosa!!!
Anotei cada palavra que vc falou 👏👏👏👏👏👏👏👏
Realmente você nasceu para ser professor de Filosofia! 👏👏👏👏
Obrigado pelo elogio! 👍😉
Prof. Anderson é OVER THE TOP!
Professor, sou muito seu fã. Você tem a capacidade de explicar de forma simples sem abandonar a didática. Deve ser muito bom ser seu aluno na escola ou bater um papo, tomar um café com você. Parabéns!!
Muito obrigado, meu amigo! 😁
Simplesmente fantástica essa aula!
Maravilhosa a sua explanação. Obrigado!
Impressionada com a facilidade que você explicou tudo❤
Eu conheci esse canal estudando pro enem há uns cinco anos e hoje, já na universidade - no curso de filosofia, inclusive - eu aproveito muito esses vídeos pra montar aula e pegar uma visão mais geral pra repassar para os meus alunos de cursinho. Muito obrigada pelo seu trabalho, prof. Anderson!
Fico muito feliz em ajudar você na sua trajetória, sucesso!! 😁👏
Obrigada por esse vídeo! Parabéns pela didática ao explicar conceitos tão complexos, me ajudou bastante
Primeira vez aqui, primeiro contato com a fenomenologia e, de fato, absurdamente esclarecedor. Gostei demais!
explicação perfeita!! :)
Excelente aula! Obrigado
Ele é muito bom, um assunto muito bem explicado. Antes de descobrir esse professor, já tinha lido e relido sobre fenomenológia em outros sites e livros, e não havia entendido nada, até que encontei esse vídeo. Ele realmente nasceu para ser professor.
Aula muito boa 👏 objetiva e muito fluída 👍
Que beleza de mensagem. Valeu.
Aulas didáticas, quem não acompanha acaba perdendo
Obrigado!! 😉👍
Muito bom!! Obrigada!
Eu que agradeço! 😊
Muito, muito obrigada por me ajudar a entender isso! Que aula maravilhosa 👏🏻👏🏻👏🏻
Muito obrigado 😊 Continue acompanhando!
Excelente!
muito obrigado por mais uma aula Professor Anderson, todo o sucesso do mundo pra ti.
Eu que agradeço. Obrigado por acompanhar. 😊
Estudando pra prova de psicologia e tenho certeza que foi uma direção divina essa aula meu deus que aula maravilhosa to em extase nem acredito q existe uma didatica tao maravilhosa p um tema tao complexo
Obrigado pelo feedback 😊
Meu professor preferido!!
Obrigado!! 😁👏
Ótimas aulas. Sempre assisto. Parabéns pelo belo trabalho
Muito obrigado! 😃👍
Obrigado pela ótima aula professor.
Eu que agradeço. Bons estudos! 📚
explicação fantástica, agradeço demais!!!
Muito obrigado! 😊
que aula maravilhosa! muito obrigada pelo conteúdo!
Eu que agradeço! Bons estudos. 😊📚
obrigada pela aula ❤
Bons estudos! 📚
Cara, tu arrasou!
Obrigado. 😊
Que aula! Obrigada, professor : D
Eu que agradeço! 😊
Ótima didática... parabéns!!!
Obrigado 😃
meu deus obrigado, vc me salvou c esse video kkkkkkkk extremamente bem explicado
Que bom que ajudou! 😀
Excelente a explicação do professor
Muito obrigado 🙂
Show de aula!
Muito obrigado! 👍😊
Muito didático, parabéns!!
Muito obrigado! 😊
Que aula sensacional
Obrigado 😃
melhor prof de filosofia
Ahh, muito obrigado 😊
Pelamordedeus...quê aula!!!
😄
Melhor explicação!
Muito obrigado! 😄
" Conhecemos e sabemos que conhecemos "...
Muito bom
Cada vez mais eu assisto suas aulas e vou aprendendo muito.
Professor,faz um vídeo falando sobre Franz Brentano.
Obrigado pela sugestão 😊
Sou professor de filosofia também e parabenizo pela didática. Bom trabalho, professor!
Muito obrigado! 👍 😊
filosofo humilde! 😇👍🏻 Parabéns
Isso sim é uma aula de filosofia. 😊
Muito obrigado 😊👍
Pois é! Pena que eu to ficando doido kkkk 😢
Gostei
👏👏👏
Professor, o cógito não seria uma afirmação fenomenológica acerca de si mesmo?
O conhecimento verdadeiro é a fusao de sujeito e objeto. Aquilo que Schuon diria, a objetualidade.
Se eu entendi, Husserl chega a conclusões similares do materialismo dialetico. A consciencia nao eh uma coisa em si mesma, desprendida do mundo material. A consiciencia esta no mundo material, nao separado dele, como entidade a priori, uma essencia. E ressalto: qual a origem desta consciencia - vc eh consciente pq vc vive no mundo material, e a consciencia eh produzida na sua experiencia deste mundo material.
Já escrevera Espinosa: a mente é ideia do corpo... Cada um vem de um atributo da mesma substância.
Justamente Schopenhauer viu a teoria Kantiana como altamente platônica. E critica tb o fato de Kant ter passado por alto o ser objeto para um sujeito. São antecedentes que criaram condições para a crítica de Husserl.
Se a consciiência é sempre consciência de algo ela nunca pode ser apriore, pois sem o objeto não haveria consciência. Portanto ela só é possivel aposteriore pois depende da experiência no mundo fenomênico. Isso está claro.
Foi exatamente isso que o professor disse na explanação dele. Não foi você que deduziu, ou esclareceu isso; Não entendi sua crítica ao professor... Descabida; E, inclusive, se a consciência é sempre de algo, e se a consciência for sobre si mesmo (vide: será que eu gosto de mim?), essa consciência pode ser a priori (se considerarmos que somos objetos de nós mesmos, logo a relação seria de objeto sobre objeto, a qual manteria a via a priori. Logo não podemos considerar que a nossa consciência sobre si mesmo seja um objeto...)?
estoy loco lalalala
Pois é kkkkkkkkk 😢😢😢😢😢
Olá, professor! Confesso que não entendi por que o a fenomenologia não equivale ao empirismo, afinal a consciência de uma coisa pressupõe consciência e coisa, e se a gente tira o conhecimento daí, me parece empirismo, não?
Todo o conhecimento vem da experiência, portanto não faz sentido o conhecimento apriore. Todo o conhecimento é a posteriore pois vem da experiência no mundo fenomênico. Todo o chamado conhecimento apriore é uma contradição pois nunca surge independente da experiência. Nada há na mente do homem que não tenha vindo da experiência.
Não, o conceito de alma por exemplo, não tem aplicabilidade e tão pouco veio da experiência. É pura abstração; E isso também se aplica as ciências, vide, simplesmente, considerar um número como existente (por exemplo: um zilhão; Ou o infinito, ou até mesmo o infinito fracionado, entre dois números inteiros; Ou a própria extensão do Pi... Existem conceitualmente, mas não são validados pela experiência), é uma representação que independe da experiência, é outra abstração pura;
😮 agora que eu fiquei desorientada 😮 gosto de orientar às pessoas 👥, mais a psicologia e a psicanálise ensina um jeito diferente de abordar os problemas da humanidade 🤷🤷
Este professor não sabe do que está falndo, entrou em contradição e nem se deu conta disso.
Excelente !
😊