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Que lugar espetacular! Deveria estar Entre as maravilhas do mundo!!!
Verdade. Que bom que gostou!
Angustura, terra linda da minha falecida vó q não a conheci, mas q a minha saudosa mamãe me falava tanto. Parabéns pelo vídeo.
AROLDO QUE CIDADE MT LINDA FIQUEI APAIXONADO. QUERENDO MORAR NELA. VC É 1.000 ABRAÇÃO NO CORAÇÃO SUCESSO
Da vontade de morar mesmo... Amo MuitoTudoIsso!
ANGUSTURA - Um breve histórico.*Angustura é a sede do único distrito pertencente ao município de Além Paraíba-MG, distando 7 km da rodovia BR-116 (Rio-Bahia), à altura do km 800.Angustura tem suas origens nos primórdios do desbravamento da Zona da Mata mineira. Durante o Ciclo do Ouro, a região, outrora habitada pelos indígenas puris, cropós e croatos cujos vestígios ainda podem ser encontrados em algumas fazendas, era usada por contrabandistas de ouro, para se evitar a fiscalização dos ‘Registros’ existentes na estrada oficial - o Caminho Novo. Em razão da segurança tributária imposta pela Coroa Portuguesa esta parte da Mata Mineira e da vizinha Serra Fluminense eram chamadas ‘Áreas Proibidas’.Nesse contexto surgiu o primitivo ‘Arraial de Madre Dios do Angu’, atual Angustura, a partir de um pouso de tropeiros que trilhavam as margens do Rio Angu. No início do século XIX começaram a ser distribuídas sesmarias aos primeiros colonizadores dessa vasta região.Em 27 de março de 1841 o Arraial pertencia à Vila de São Manuel do Rio da Pomba - atual Rio Pomba - e foi elevado à categoria de Distrito com o nome de ‘Madre de Deus do Angu’, através da Lei Provincial nº 198, sendo incorporado ao município da Vila de São João Nepomuceno em abril desse mesmo ano.Com a expansão da cafeicultura no Vale do Rio Paraíba, Angustura destacou-se como grande produtora e teve o seu apogeu entre o final dos 1800 e princípios dos 1900. Os grandes fazendeiros de então erigiram a sua atual Igreja Matriz de N. Sra. Madre de Deus, datada de 1886, artisticamente decorada por artífices contratados na Corte. Ergueram também, à sua volta, belos solares. O templo e seu entorno integram um harmonioso cenário, emoldurado pelo verde e pelas montanhas que caracterizam a silhueta da topografia mineira. Suas fazendas possuíram inúmeros escravos e, após a Abolição da Escravatura, atraíram muitos imigrantes europeus - principalmente italianos - para o trabalho nas lavouras de café.Em 1874, a criação da Estrada de Ferro da Leopoldina não contemplou a sede do Distrito de Angustura. Posteriormente, a abertura da primitiva rodovia Rio-Bahia, na década de 1930, também preteriu sua sede distrital. Com o declínio do café e com o êxodo rural iniciado com o processo de industrialização do país - em particular a instalação da Cia. Siderúrgica Nacional - ocorreu o seu esvaziamento populacional. Tais fatos se, de um lado, penalizaram o crescimento de Angustura, paradoxalmente, também contribuíram para o resguardo de parte de seu conjunto arquitetônico original, hoje tombado - apesar de não conservado - pela municipalidade.Muitos representantes de sua aristocracia cafeeira se notabilizaram na vida pública do Município, da Província, do Império e da nascente República. Em Angustura, também tombado pelo Patrimônio Histórico municipal, encontra-se o Mausoléu do Cel. Francisco de Assis Manso da Costa Reis - tido, equivocadamente, até 1992, como Primeiro Comandante Geral da PMMG . O pai do Cel. Assis era o Capitão Valeriano Manso da Costa Reis, colega de Regimento de TIRADENTES - por quem foi citado nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira - e sua mãe era D. Ana Ricarda de Seixas, irmã de Maria Dorothéa de Seixas - a Marília de Dirceu, musa e noiva do inconfidente, também poeta, Thomaz Antonio Gonzaga.Outro que merece destaque é o Deputado Antônio Romualdo Monteiro Manso, celebrizado por ter sido o primeiro político do Império que se negou a prestar juramento de fidelidade a D. Pedro II. Em razão de suas convicções antimonarquistas Monteiro Manso conquistou a admiração de Silva Jardim, o ‘Propagandista da República’, que visitou Angustura, onde discursou e sofreu um atentado em 14 de março de 1889.Em Angustura faleceu e está sepultado o Senador Estadual Agostinho Cezário de Figueiredo Côrtes - que dá nome à vizinha cidade de Senador Côrtes-MG - avô do Deputado Geraldo de Menezes Côrtes que, durante a gestão do Presidente Café Filho, foi Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.São também angusturenses:- a Baronesa do Bonfim, fundadora e ativista de entidades feministas e filantrópicas; - o Deputado Provincial Francisco Cezário de Figueiredo Côrtes; - o Desembargador Francisco de Castro Rodrigues Campos, pai do Governador mineiro e Ministro da Justiça Milton Campos; - o Dr. Fausto Figueira Soares Alvim, ex-Prefeito de Araxá-MG, ex-Presidente do IAPC, signatário do histórico Manifesto dos Mineiros e escultor; - o Jurista, Professor, Promotor, Magistrado e Ministro do STF Nelson Hungria; - o Dr. José Zeferino de Oliveira Bastos, médico, banqueiro, desportista e filantropo no Rio de Janeiro;- a laureada escritora e jornalista Cleonice Rainho, mãe do ex-Deputado mineiro Fernando Rainho; - o Deputado fluminense José Miguel, nascido na Faz. Bom Jardim, autor da Lei que criou o monumento a Zumbi, no Rio; - a Profª. Mirthes Wenzel - primeira Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro após sua fusão com o extinto Estado da Guanabara; - o Professor Lafayette Côrtes, fundador do Instituto Lafayette do Rio de Janeiro; - a Administradora Marina Villela Fajardo de Resende, também escritora e Diretora do Tribunal da Marinha, no Rio de Janeiro;- a pintora e tapeceira Nina Maria Osborne; e, - Homero Côrtes Domingues, sócio do pioneiro cineasta Humberto Mauro na ‘Phebo Brasil Film’.Em Angustura, onde foi proprietário rural, também viveu Luiz de Souza Brandão, depois Barão de Porto Novo. No distrito radicou-se João Batista Vieira Vidal, leopoldinense, ex-participante da Revolução de 1932, outrora exilado no Uruguai, professor, escritor, historiador, vereador, líder comunitário, patrono da ONG Instituto CulturaR, fundador e diretor do Patronato Oscar Teixeira Marinho e do Ginásio Pedro Freitas. Aqui também viveu outra Marília de Ouro Preto, Marília Guimarães, ex-militante da Vanguarda Popular Revolucionária, escritora, empresária, produtora cultural, ativista política e militante de entidades que valorizam e defendem o poder cidadão do povo brasileiro.Em julho de 1975, Angustura serviu de cenário para o filme "A noiva da cidade", do cineasta Humberto Mauro, com direção de Alex Viany. O filme foi protagonizado pela atriz Elke Maravilha, à frente de um grande elenco. A trilha musical da obra foi composta por Chico Buarque de Holanda e Francis Hime.Mais recentemente, Angustura centralizou, na região, por determinação do Papa João Paulo II (segundo informação pendente de confirmação), as comemorações do ‘Jubileu do Ano 2000’. Sediou ainda, em 2006, uma histórica Reunião Oficial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais - através de Audiência Pública da ‘Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo’ - fato até então inédito na Sede de um Distrito mineiro e em toda a história daquela Casa Legislativa.O Dicionário do Aurélio ensina que Angustura significa ‘Passagem estreita entre montanhas’. Contudo, como disse Domingos Estevam de Resende, também podemos dizer - e sem medo de errar: “ANGUSTURA... um presente do passado.”(*)©Plínio F. Alvim-2009. Leopoldinense; Bacharel em Administração pela UFRJ; Pós-graduado; Ambientalista; Pesquisador de História e Cultura da Zona da Mata Mineira; Membro honorário Academia Ferroviária de Letras; participou do Movimento de Preservação Ferroviária e do Instituto CulturaR; integrante do Grupo Brasil Verde.
Mestre Plinio. Gratidão e parabéns pela aula sobre essa cidadezinha que nos encantou!
Que bom, Plínio Alvin,apresentar este ótimo histórico de Angustura.
Que saudade da minha angustura
Que lugar espetacular! Deveria estar Entre as maravilhas do mundo!!!
Verdade. Que bom que gostou!
Angustura, terra linda da minha falecida vó q não a conheci, mas q a minha saudosa mamãe me falava tanto. Parabéns pelo vídeo.
AROLDO QUE CIDADE MT LINDA FIQUEI APAIXONADO. QUERENDO MORAR NELA. VC É 1.000 ABRAÇÃO NO CORAÇÃO SUCESSO
Da vontade de morar mesmo... Amo MuitoTudoIsso!
ANGUSTURA - Um breve histórico.*
Angustura é a sede do único distrito pertencente ao município de Além Paraíba-MG, distando 7 km da rodovia BR-116 (Rio-Bahia), à altura do km 800.
Angustura tem suas origens nos primórdios do desbravamento da Zona da Mata mineira. Durante o Ciclo do Ouro, a região, outrora habitada pelos indígenas puris, cropós e croatos cujos vestígios ainda podem ser encontrados em algumas fazendas, era usada por contrabandistas de ouro, para se evitar a fiscalização dos ‘Registros’ existentes na estrada oficial - o Caminho Novo. Em razão da segurança tributária imposta pela Coroa Portuguesa esta parte da Mata Mineira e da vizinha Serra Fluminense eram chamadas ‘Áreas Proibidas’.
Nesse contexto surgiu o primitivo ‘Arraial de Madre Dios do Angu’, atual Angustura, a partir de um pouso de tropeiros que trilhavam as margens do Rio Angu. No início do século XIX começaram a ser distribuídas sesmarias aos primeiros colonizadores dessa vasta região.
Em 27 de março de 1841 o Arraial pertencia à Vila de São Manuel do Rio da Pomba - atual Rio Pomba - e foi elevado à categoria de Distrito com o nome de ‘Madre de Deus do Angu’, através da Lei Provincial nº 198, sendo incorporado ao município da Vila de São João Nepomuceno em abril desse mesmo ano.
Com a expansão da cafeicultura no Vale do Rio Paraíba, Angustura destacou-se como grande produtora e teve o seu apogeu entre o final dos 1800 e princípios dos 1900. Os grandes fazendeiros de então erigiram a sua atual Igreja Matriz de N. Sra. Madre de Deus, datada de 1886, artisticamente decorada por artífices contratados na Corte. Ergueram também, à sua volta, belos solares. O templo e seu entorno integram um harmonioso cenário, emoldurado pelo verde e pelas montanhas que caracterizam a silhueta da topografia mineira. Suas fazendas possuíram inúmeros escravos e, após a Abolição da Escravatura, atraíram muitos imigrantes europeus - principalmente italianos - para o trabalho nas lavouras de café.
Em 1874, a criação da Estrada de Ferro da Leopoldina não contemplou a sede do Distrito de Angustura. Posteriormente, a abertura da primitiva rodovia Rio-Bahia, na década de 1930, também preteriu sua sede distrital. Com o declínio do café e com o êxodo rural iniciado com o processo de industrialização do país - em particular a instalação da Cia. Siderúrgica Nacional - ocorreu o seu esvaziamento populacional. Tais fatos se, de um lado, penalizaram o crescimento de Angustura, paradoxalmente, também contribuíram para o resguardo de parte de seu conjunto arquitetônico original, hoje tombado - apesar de não conservado - pela municipalidade.
Muitos representantes de sua aristocracia cafeeira se notabilizaram na vida pública do Município, da Província, do Império e da nascente República. Em Angustura, também tombado pelo Patrimônio Histórico municipal, encontra-se o Mausoléu do Cel. Francisco de Assis Manso da Costa Reis - tido, equivocadamente, até 1992, como Primeiro Comandante Geral da PMMG . O pai do Cel. Assis era o Capitão Valeriano Manso da Costa Reis, colega de Regimento de TIRADENTES - por quem foi citado nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira - e sua mãe era D. Ana Ricarda de Seixas, irmã de Maria Dorothéa de Seixas - a Marília de Dirceu, musa e noiva do inconfidente, também poeta, Thomaz Antonio Gonzaga.
Outro que merece destaque é o Deputado Antônio Romualdo Monteiro Manso, celebrizado por ter sido o primeiro político do Império que se negou a prestar juramento de fidelidade a D. Pedro II. Em razão de suas convicções antimonarquistas Monteiro Manso conquistou a admiração de Silva Jardim, o ‘Propagandista da República’, que visitou Angustura, onde discursou e sofreu um atentado em 14 de março de 1889.
Em Angustura faleceu e está sepultado o Senador Estadual Agostinho Cezário de Figueiredo Côrtes - que dá nome à vizinha cidade de Senador Côrtes-MG - avô do Deputado Geraldo de Menezes Côrtes que, durante a gestão do Presidente Café Filho, foi Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.
São também angusturenses:
- a Baronesa do Bonfim, fundadora e ativista de entidades feministas e filantrópicas;
- o Deputado Provincial Francisco Cezário de Figueiredo Côrtes;
- o Desembargador Francisco de Castro Rodrigues Campos, pai do Governador mineiro e Ministro da Justiça Milton Campos;
- o Dr. Fausto Figueira Soares Alvim, ex-Prefeito de Araxá-MG, ex-Presidente do IAPC, signatário do histórico Manifesto dos Mineiros e escultor;
- o Jurista, Professor, Promotor, Magistrado e Ministro do STF Nelson Hungria;
- o Dr. José Zeferino de Oliveira Bastos, médico, banqueiro, desportista e filantropo no Rio de Janeiro;
- a laureada escritora e jornalista Cleonice Rainho, mãe do ex-Deputado mineiro Fernando Rainho;
- o Deputado fluminense José Miguel, nascido na Faz. Bom Jardim, autor da Lei que criou o monumento a Zumbi, no Rio;
- a Profª. Mirthes Wenzel - primeira Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro após sua fusão com o extinto Estado da Guanabara;
- o Professor Lafayette Côrtes, fundador do Instituto Lafayette do Rio de Janeiro;
- a Administradora Marina Villela Fajardo de Resende, também escritora e Diretora do Tribunal da Marinha, no Rio de Janeiro;
- a pintora e tapeceira Nina Maria Osborne; e,
- Homero Côrtes Domingues, sócio do pioneiro cineasta Humberto Mauro na ‘Phebo Brasil Film’.
Em Angustura, onde foi proprietário rural, também viveu Luiz de Souza Brandão, depois Barão de Porto Novo. No distrito radicou-se João Batista Vieira Vidal, leopoldinense, ex-participante da Revolução de 1932, outrora exilado no Uruguai, professor, escritor, historiador, vereador, líder comunitário, patrono da ONG Instituto CulturaR, fundador e diretor do Patronato Oscar Teixeira Marinho e do Ginásio Pedro Freitas. Aqui também viveu outra Marília de Ouro Preto, Marília Guimarães, ex-militante da Vanguarda Popular Revolucionária, escritora, empresária, produtora cultural, ativista política e militante de entidades que valorizam e defendem o poder cidadão do povo brasileiro.
Em julho de 1975, Angustura serviu de cenário para o filme "A noiva da cidade", do cineasta Humberto Mauro, com direção de Alex Viany. O filme foi protagonizado pela atriz Elke Maravilha, à frente de um grande elenco. A trilha musical da obra foi composta por Chico Buarque de Holanda e Francis Hime.
Mais recentemente, Angustura centralizou, na região, por determinação do Papa João Paulo II (segundo informação pendente de confirmação), as comemorações do ‘Jubileu do Ano 2000’. Sediou ainda, em 2006, uma histórica Reunião Oficial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais - através de Audiência Pública da ‘Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo’ - fato até então inédito na Sede de um Distrito mineiro e em toda a história daquela Casa Legislativa.
O Dicionário do Aurélio ensina que Angustura significa ‘Passagem estreita entre montanhas’. Contudo, como disse Domingos Estevam de Resende, também podemos dizer - e sem medo de errar: “ANGUSTURA... um presente do passado.”
(*)©Plínio F. Alvim-2009. Leopoldinense; Bacharel em Administração pela UFRJ; Pós-graduado; Ambientalista; Pesquisador de História e Cultura da Zona da Mata Mineira; Membro honorário Academia Ferroviária de Letras; participou do Movimento de Preservação Ferroviária e do Instituto CulturaR; integrante do Grupo Brasil Verde.
Mestre Plinio. Gratidão e parabéns pela aula sobre essa cidadezinha que nos encantou!
Que bom, Plínio Alvin,apresentar este ótimo histórico de Angustura.
Que saudade da minha angustura