Olá, parabéns pelo canal, muito didático! Minha dúvida é: na hora que estou degustando, como identifico a intensidade de sabores na classificação da qualidade do vinho? Já que para classificarmos ele como pobre, aceitável, bom, muito bom e excelente, usamos os critérios de: equilíbrio, complexidade, identificação de característica, intensidade de aromas, intensidade de sabores e final de boca. Como identifico, a quantidade de sabores, obviamente seguindo as características da uva do vinho e por vezes o terroir. Obrigada!
A INTENSIDADE dos aromas (de boca ou nariz) PARA AVALIAR QUALIDADE se faz mais presente NO NARIZ que em boca (sabores: aroma + gosto). Se você aproxima a taça de seu nariz e já sente os aromas do vinho de forma bem presente, ANTES DE GIRAR o líquido na taça, aquele aroma já pode ser classificado como intenso ou médio/intenso, logo a qualidade do vinho deve ser boa (claro que esse aroma não deve ser de um defeito rsrsrs). Obs: Alguns enólogos se referem ao aroma retronasal (o que sentimos com o vinho na boca e que se mistura ao gosto para formar os sabores), como AROMA DE BOCA. NA BOCA, o mais importante para avaliar a qualidade do vinho não é tanto a intensidade dos sabores, visto que são prejudicados pelo aumento de temperatura e evaporação e de percepção variável de uma pessoa para outra; mas se é clara sua diferenciação, a quantidade deles (complexidade), a harmonia entre suas características (como falei no vídeo) e sobretudo o FINAL de boca! RESUMO: em termos de aromas, o mais importante é o nariz! :)
@@Vinhoforia obrigada pela atenção! Entao se eu sinto o aroma pronunciado sem girar a taça, nesse requisito especificamente, já posso pontua-lo como muito bom ou excelente? E pós girar a taça ai entao eu realmente defino a qualidade, se realmente medio para intenso (qualidade muito bom) e se intenso (excelente)?
@@elitapalmeira7573 Nesse quesito (INTENSIDADE DE AROMAS) classifica sem girar a taça. Quando gira a taça, você já avaliar outras coisas, não a intensidade de aromas, até porque você já está girando para "intensificar" sua percepção. Só cuidado com a temperatura do vinho, caso seja uma degustação e classificação profissional, pois se estiver muito frio, pode deixar o aroma menos intenso; se estiver muito quente, pode deixar mais intenso. ;)
@@Vinhoforia porque eu achava que fora esses requisitos que você supra citou, eu tinha que sentir os aromas tal qual caracteristicos da uva em quantidade. Por exemplo: se uma riesling me revela aromas de gasolina, maça, pera, limao siciliano, limao, manga, abacaxi, damasco, etc. E se esse vinho fosse de clima frio, moderado ou quente, eu teria que sentir os aromas vinculados a uva x clima x terroir, ou seja, se tem 8 aromas comuns em clima quente, eu teria que sentir próximo desses especificos aromas para classifica-lo. Nao sei se me fiz entender, rsrsrs. Mas obrigada!
@@elitapalmeira7573 Acho que entendi sim! Não precisa sentir os oito (por exemplo)...algumas pessoas não vão sentir ou vão sentir muito mais que oito, por diferenças fisiológicas (quantidade e distribuição de receptores no nariz e língua, além da memória olfativa do degustador). Essas descrições são para facilitar a comunicação entre especialistas, mas estão longe de ser o mais importante de um vinho. Adorei sua visita e espero ter ajudado!
Em relação peso em boca, como diferencio um Chardonnay de corpo leve, médio e encorpado, por exemplo. Nos vinhos tintos é mais fácil para eu identificar. Obrigada!
O corpo do vinho branco vai depender sobretudo da quantidade de açúcar residual e álcool (pesam o vinho) e da acidez (deixa o vinho leve). No caso do Chardonnay, aqueles que vêm de regiões mais frias (tipo Borgonha) devem ser mais leves em boca (alta acidez, baixo açúcar residual) e aqueles de regiões mais quentes (tipo Califórnia), mais pesados em boca (mais açúcar residual, mais álcool, menos acidez). Eu costumo "brincar" um pouco com o vinho sobre a língua e "sentir o peso", ou seja, o modo como ele enche minha boca e "pesa" em minha língua. Para diferenciar bem e ter essa sensação numa degustação às cegas (sem conhecer o vinho previamente) tem que treinar bastante com vinhos diferentes (ex: Porto x algum vinho branco; Chardonnay da Califórnia x da Borgonha; Chardonnay com passagem por barrica: mais pesado porque ganha untuosidade e alguns taninos x sem barrica). Essa é uma habilidade não muito fácil...tem que beber bastante e comparar! Espero ter respondido!
Tim tim aos amantes do vinho 🥂👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼😉
Ual!!! Mto boa! Maravilhosa!
Olá, parabéns pelo canal, muito didático! Minha dúvida é: na hora que estou degustando, como identifico a intensidade de sabores na classificação da qualidade do vinho? Já que para classificarmos ele como pobre, aceitável, bom, muito bom e excelente, usamos os critérios de: equilíbrio, complexidade, identificação de característica, intensidade de aromas, intensidade de sabores e final de boca. Como identifico, a quantidade de sabores, obviamente seguindo as características da uva do vinho e por vezes o terroir. Obrigada!
A INTENSIDADE dos aromas (de boca ou nariz) PARA AVALIAR QUALIDADE se faz mais presente NO NARIZ que em boca (sabores: aroma + gosto). Se você aproxima a taça de seu nariz e já sente os aromas do vinho de forma bem presente, ANTES DE GIRAR o líquido na taça, aquele aroma já pode ser classificado como intenso ou médio/intenso, logo a qualidade do vinho deve ser boa (claro que esse aroma não deve ser de um defeito rsrsrs).
Obs: Alguns enólogos se referem ao aroma retronasal (o que sentimos com o vinho na boca e que se mistura ao gosto para formar os sabores), como AROMA DE BOCA.
NA BOCA, o mais importante para avaliar a qualidade do vinho não é tanto a intensidade dos sabores, visto que são prejudicados pelo aumento de temperatura e evaporação e de percepção variável de uma pessoa para outra; mas se é clara sua diferenciação, a quantidade deles (complexidade), a harmonia entre suas características (como falei no vídeo) e sobretudo o FINAL de boca! RESUMO: em termos de aromas, o mais importante é o nariz! :)
@@Vinhoforia obrigada pela atenção! Entao se eu sinto o aroma pronunciado sem girar a taça, nesse requisito especificamente, já posso pontua-lo como muito bom ou excelente? E pós girar a taça ai entao eu realmente defino a qualidade, se realmente medio para intenso (qualidade muito bom) e se intenso (excelente)?
@@elitapalmeira7573 Nesse quesito (INTENSIDADE DE AROMAS) classifica sem girar a taça. Quando gira a taça, você já avaliar outras coisas, não a intensidade de aromas, até porque você já está girando para "intensificar" sua percepção. Só cuidado com a temperatura do vinho, caso seja uma degustação e classificação profissional, pois se estiver muito frio, pode deixar o aroma menos intenso; se estiver muito quente, pode deixar mais intenso. ;)
@@Vinhoforia porque eu achava que fora esses requisitos que você supra citou, eu tinha que sentir os aromas tal qual caracteristicos da uva em quantidade. Por exemplo: se uma riesling me revela aromas de gasolina, maça, pera, limao siciliano, limao, manga, abacaxi, damasco, etc. E se esse vinho fosse de clima frio, moderado ou quente, eu teria que sentir os aromas vinculados a uva x clima x terroir, ou seja, se tem 8 aromas comuns em clima quente, eu teria que sentir próximo desses especificos aromas para classifica-lo. Nao sei se me fiz entender, rsrsrs. Mas obrigada!
@@elitapalmeira7573 Acho que entendi sim! Não precisa sentir os oito (por exemplo)...algumas pessoas não vão sentir ou vão sentir muito mais que oito, por diferenças fisiológicas (quantidade e distribuição de receptores no nariz e língua, além da memória olfativa do degustador). Essas descrições são para facilitar a comunicação entre especialistas, mas estão longe de ser o mais importante de um vinho. Adorei sua visita e espero ter ajudado!
Em relação peso em boca, como diferencio um Chardonnay de corpo leve, médio e encorpado, por exemplo. Nos vinhos tintos é mais fácil para eu identificar. Obrigada!
O corpo do vinho branco vai depender sobretudo da quantidade de açúcar residual e álcool (pesam o vinho) e da acidez (deixa o vinho leve). No caso do Chardonnay, aqueles que vêm de regiões mais frias (tipo Borgonha) devem ser mais leves em boca (alta acidez, baixo açúcar residual) e aqueles de regiões mais quentes (tipo Califórnia), mais pesados em boca (mais açúcar residual, mais álcool, menos acidez). Eu costumo "brincar" um pouco com o vinho sobre a língua e "sentir o peso", ou seja, o modo como ele enche minha boca e "pesa" em minha língua. Para diferenciar bem e ter essa sensação numa degustação às cegas (sem conhecer o vinho previamente) tem que treinar bastante com vinhos diferentes (ex: Porto x algum vinho branco; Chardonnay da Califórnia x da Borgonha; Chardonnay com passagem por barrica: mais pesado porque ganha untuosidade e alguns taninos x sem barrica). Essa é uma habilidade não muito fácil...tem que beber bastante e comparar! Espero ter respondido!
@@Vinhoforia fantástica e esclarecedoras as respostas, obrigada