É incrível como nosso cérebro aprende a ignorar esses estímulos estressores. Quando vim morar em São Paulo capital, e assim que cheguei fiquei extremamente chocada com a quantidade de pessoas em situações de miséria (pessoas comendo comida do lixo, algumas com necrose no pé, mulheres grávidas, crianças pedindo esmola, um homem defecando no meio da calçada). Eu fiquei muito mal quando vi isso, depois de 6 anos morando em sp, não sinto mais esse "estresse empático" sinto que se tornou banal, sou mais fria ao ver essas situações. Sinto que perdi um pouco da minha empatia (até pq a empatia nos estressa, e como mecanismo de defesa, nos adaptamos a ela). Não é sinal de saúde se adaptar a uma sociedade doente.
A empatia nos estressa. Vc disse tudo. Qndo fui a sp tbm me assustei com isso, é bom a gt pegar essa sensação que o filme nos dá para tds as áreas da nossa vida inclusive oq ta mais perto
Você disse tudo! Quando mudei pra capital do Rio foi a mesma coisa... eu fiquei apavorado com a quantidade de pessoas em situação de rua, sujas, mexendo no lixo pra comer, etc. (isso também vale para os animaizinhos, mas tem menos animal do que gente sobrevivendo na rua por aqui). Hoje, quase 10 anos depois, já me importo bem menos com essa "visão", obviamente eu vejo pessoas nessas situações todos os dias e ainda me incomoda. Mas é isso... estratégia de sobrevivência... seria impossível viver uma década em algum lugar sofrendo por todas as muitas pessoas em situação de rua daqui.
Vc resumiu exatamente o que sinto morando há 2 anos na Califórnia, estou estressada com o absurdo desta sociedade doente. O pior é ver que quem mora aqui a mais tempo já se acostumou e acha normal. Passam por pessoas parecendo zumbis de tão drogados e ficam indiferentes a isso, é bem chocante.
@@evelynlucares9511 como pode, o sionismo usando de mentiras e manipulação pra promover genocídio e limpeza étnica, e a maioria das pessoas que dizem que o holocausto não pode se repetir está a favor de Israel Eu tenho certeza de que lado da guerra eles estariam se estivessemos nos anos 40
Quer um exemplo maravilhoso de continuar ignorando durante séculos a m0rt3 e t0rtur@ de milhares? Homem preto é preso após ser vítima de tentativa de h0micídi0 por um senhor branco, que ficou solto, entregador recebe chibatadas de senhora branca em plena luz do dia, casal é vítima de homofobia dentro de padaria chegando a serem agredidos fisicamente...E nós temos um muro ao qual culpar? Esse s@ngue também está em nossas mãos.
Isabela, não sei se consegue ler as mensagens, mas gostaria de compartilhar uma experiência com você. Sou filha de pai alemão e mãe brasileira. Quando eu tinha cerca de vinte anos, meu pai nos levou a Dachau, o primeiro campo de concentração da Alemanha. O que há ali é a reconstrução de partes do campo para se tornar um museu (pq os americanos destruíram o campo na invasão e ele foi reconstruído depois pela memória do horror). Fomos eu, meu pai, minha mãe e avó alemã. Nunca vou me esquecer daquele dia. Eu entrei num choro convulsivo e minha avó apenas me observou num silêncio bizarro. Nunca soube o que se passou ali. Se era conivência, constrangimento, o que foi. Hoje assisti a "Zona de interesse" e aquele gosto horrível voltou para a minha boca. A dimensão asséptica daquela casa, que ao mesmo tempo em que forja um modus vivendi alheio respira o ar, as cinzas, sente a água tóxica e ouve tudo o tempo inteiro acabou comigo. Adoraria um dia poder sentar contigo e conversar..fui crítica pela Revista Filmes Polvo, não sei se já ouviu falar. Sou doutora em cinema também e sinto falta dessa troca. Adoro seu canal. Um abraço afetuoso e muito axé pra você ❤️
Pelo seu relato nunca saberemos se o silêncio era vergonha ou indiferença, mas se me permite, os erros e pecados de uma sociedade devem ser um norte para as próximas gerações, eu apenas acho q mais importante do q os sentimentos e valores q a sua avó tinha, são os valores q vc possui hj... a História está aí para nos ajudar a não cometer os mesmos erros do passado e a julgar pelos acontecimentos presentes esse exercício é mais difícil do q parece...
Também visitei Dachau e cai em lágrimas assim que entrei. A energia das pessoas estava ali. O sofrimento ...essa energia está no ar. Uma experiência que jamais esquecerei nessa vida.
Com certeza, @@selmapugliesividanatural7362. Mesmo sendo um espaço reconstruído, a aura da dor está em todos os lugares. Uma pena vivermos uma (des)humanidade que não aprende. Abraço ;)
Que Relato Ursula. Eu ainda não assisti ao filme. Mas com certeza irei. Seu relato me fez refletir também sobre a escravidão. Sou da região de CAMPINAS - SP, existe um distrito chamado SOUZAS é um ótimo ponto turístico gastronômico. Sempre que possível vou com minha família. Porém, os pontos são fazendas que servem cafés coloniais e almoços rústicos. A maioria dessas fazendas foram engenhos escravisista. Nesses locais existem informações, fotos e até mesmo utensílios que caracterizam esse período. Um belo domingo havia acabado de almoçar e fui dar uma volta por todo o local, no que eu entrei em um dos ambientes, havia uma Foto de um homem negro aparentando pouco mais da meia idade. Na foto ele estava apenas de calças e o que parecia uma corda passada pelo pescoço. Pela minha descrição dá pra se perceber o peso daquela imagem. Mas o que nunca me saiu da memória era o olhar do homem na foto.
Uma coisa que me aterroriza até agora é os gritos, tiros e o barulho da fornalha que se escuta durante quase todo o filme, como a Isa falou o som foi essencial neste filme
A cena final daquele nazista descendo a escada também foi bem emblemática. Vomitando (expulsando todo resquício de humanidade que sobrou) e indo em direção a escuridão. O pior ainda estava por vir, ele voltou para o campo de concentração e coordenou o assassinato de quase 500 mil judeus em menos de 60 dias.
O interessante do som é que em alguns momentos até nós, telespectadores, não o ouvimos (a mente dá uma limpada pra ouvirmos o "filme") e em outros momentos chegamos a ficar bravos/irritados pq aquele "barulho" está nos atrapalhando a assistir o "filme"
Já foi esquecido. As pessoas gostam de dar nomes aos personagens e colocar eles numa estante quietinhos. Quando as atrocidades estão acontecendo, as pessoas escolhem se manter ignorantes e viver a vida do jeito que dá. Infelizmente. Temos nesse momento vários massacres acontecendo... e muitos ficam do lado dos opressores. Triste.
Pior é ver um mundo nazista/fascista ainda hj. Um monte de simpatizantes, outros praticantes, e outros fingindo q não são. Vemos um racismo gritante, a essência do racismo é a superioridade de alguns pela sua cor, vemos alguns com raiva de pessoas "fora do padrão" como os LGBTQIAP+ perseguidos e mortos só por serem quem são, vemos a xenofobia culpando os imigrantes pelas mazelas daquele local, vemos moradores de rua sendo mortos afim de extermina-los, vemos religiosos raivosos se colocando em um pedestal moral segregando quem não segue o livro sagrado, vemos alguns estados querendo se separar do resto do país por se julgarem emancipados, vemos o lema fascista sendo repetido "!Deus, Pátria, Família", vemos o roubo de símbolos nacionais de um determinado grupo como se o resto não fizesse parte do todo, vemos um nacionalismo exacerbado q é extremamente perigoso, pois todos nós deveríamos nos olhar como iguais independente da nação q vc é. Isso é fascismo! O fascismo está vivo ainda.
Mas é um local de visita e já passou um tempo (nem tanto, 79 anos). Essa galera limpando com ctz não teve familiares envolvidos nesse desastre, então tratam com mais "normalidade" como se fosse qlqr outro trampo. Qual deveria ser o procedimento, afinal? Cara fechada e luto eterno, algum ritual tradicional? Embora a energia lá deva ser pesadíssima, não dá pra julgar quem tá só trabalhando. É tipo trabalhar em cemitério...
Entendi que a cena final mostra que aquele horror não passa, não passou. Segue no mundo. Porque o ser humano foi e é capaz de atrocidades sem perdão. Foi assim que me tocou o final de Zona de Interesse.
Apesar de achar o filme bem lento, preciso confessar que fiquei aflita do início ao fim por casa dos sons em looping. E o que foi aquele final????? O clímax quando Höss desce as escadas após a festa a ter náusea… é surreal! Pq até ali eu achava ele extremamente insensível a tudo. Quando ele começa a vomitar incontrolavelmente, mas nada sai fica nítido o simbolismo da cena! Ela representa não apenas o sofrimento físico de Höss, mas também a repulsa diante da enormidade de seus crimes. Como se a ficha tivesse caído e toda aquela indiferença fosse reduzida a nojo de si! O desfecho do filme nos levou ao futuro, mostrando os corredores vazios e cheios de dor de Auschwitz transformados em um museu… ali já estava em lágrimas!
De jeito nenhum vi na cena um arrependimento do comandante. Aliás, vim aqui comentar justamente o final, que achei bem fraco. O que me pareceu foi mais a lei do retorno agindo. Pra que tanta crueldade se daqui a pouco vc irá morrer?
Saí da sala angustiado. Me imaginei ouvindo aqueles gritos e não fazer nada. Usaram cinzas humanas como adubo. Meu Deus. Que horror. O mal é banalizado.
Assisti esse filme faz 2 semanas e fiquei como Isabela disse. Mas confesso que estava ansioso pela análise pra poder falar essas palavras chiques pros meus amigos.
@@elspeath Ela tá em 2 filmes ao mesmo tempo, e os 2 estão nas categorias do Oscar. Ela foi indicada pelo papel dela em anatomia de uma queda. Será que ela pode levar??? Já em a zona de interesse não teve nenhuma indicação, eu acho que ela arrasou nesse papel.
A cena final é a prova da perpetuação da indiferença. Indiferença seja na época dos fatos e quase 80 anos depois. Os campos de concentração se transformaram numa grande " Disneylandia" onde as pessoas visitam, algumas por mera curiosidade, outras em busca de alguma catarse. Só que se vc quer catarse "não vá aos campos" como diz aquela personagem do filme O Leitor, os campos, tal como estão hoje, não dizem nada: os mortos não podem falar !
A cena em que o irmão mais velho e mais forte prende o irmão no jardim de inverno remete às câmaras de gás. Achei a cena de uma jogada sensacional do diretor.
Foi de longe um dos filmes mais subestimados desse Oscar! Um cenário digno de uma obra de arte, com um som que parece ter saído de um filme de terror. Uma verdadeira obra prima!
Concordo. 2023 foi um ano cheio de filme bom. Eu diria 30 anos ate. Quando tem crise os filmes ficam bons. 😂 Estamos praticamente numa depressão econômica, melhor era do cinema era a grande depressão.
Eu vi este filme no início do ano e até hoje ele ronda a minha mente. Ainda me sinto impactado por tudo o que ele me provocou. A sequência final foi como um murro no estômago. Assim como você, dessa safra de filmes espetaculares, este é o mais perturbador e aquele que mais mexeu comigo.
Ainda não assisti o filme, mas todas as imagens que vejo dele dão a aparência de uma frieza calculista. Espero ter oportunidade de assisti-lo em breve.
Você me fez refletir pq de um tempo pra cá eu venho evitado abraçar as pessoas. Evito porque tenho por mim que o abraço é algo tão pessoal, é um encostar "um coração no outro" e eu não quero ter trocas com pessoas de má índole. Num exemplo extremista, eu não abraçaria um nazista porque não quero que aquela energia passe pra mim. Entende minha linha de raciocínio? Eu abraço qdo conheço a pessoa e sua energia/índole/caráter é bom
Espero que esse filme tenha espaço no circuito comercial, quero muito ver! Li duas vezes “Um relato sobre a banalidade do mal” de Hanna Harend e acredito que esse filme seja a percepção visual da crueldade dessa maldade monstruosa de pessoas normais em seus cotidianos triviais. E no final ninguém se sente culpado, porque não apertou o botão, mas nunca quis saber o que nutria o seu estilo de vida
O texto dela junto com Einstein e mais dezenas de intelectuais judeus, publicado no NYT em 1948, sobre a visita de um terrorista sionista aos EUA está mais atual do que nunca.
Aquela sequencia final eu ja vi num contraponto da doença que ele estava passando. Quando ele se torna vulnerável e poderia conquistar qq empatia do publico vem a cena pra mostrar no museu o que ele fez, pelo que foi responsável. Qualquer sombra de empatia acaba, porque ele não merece. Esse filme é doloroso, incômodo e uma obra prima.
Não é diferente do que vivemos nas cidades. Quem não passa por moradores de rua, crianças ou idosos em situação de rua e segue pra suas casas quentinhas? A banalização do mau é diária
A diferença é que nós pagamos impostos para o Estado proteger (ou pelo menos deveria) essas pessoas. La os cidadãos pagavam impostos para o Estado dizimar as pessoas.
A mensagem do filme é muito boa e importante. Eu visitei o campo de Dachau e eu fiquei assustado em quão próximas eram as casas do campo. Praticamente cercado de residências por todos os lados. Dito isso, achei o filme entediante, o ritmo é lentíssimo e poderia ter sido executado de forma melhor, inclusive para atrair um público maior e espalhar a reflexão
eu vi filme bem executado, pensei q sairia com a sensação de que iria gostar mais dele, mas ele foi feito pra não ser algo pra gostar, feito pra incomodar, a trivialidade das pessoas ali no visual em contraste com os sons , fui pra casa andando contemplativo e entristecido, andando em silencio tentando digerir, foda
Que filme pesado. A trilha quase inexistente, com o som de fundo é impactante demais. Quem puder tem que ver no cinema. Estive em Auschwitz em 2010 e andar por aquilo, ver as "camas", "banheiros"(entre aspas pq eram so buracos) e as camaras, os sapatos (mostrados no filme). Enfim: so de estar ali traz um sentimento horrivel que nunca vou esquecer. E que realmente nao deve ser esquecido jamais.
O pior filme que eu já vi. Quer passar uma visão intelectual, com esses planos parados, mostrando a vida feliz da família, com aquele ar de indiferença ao sofrimento dos judeus. O filme parece não ter mais a dizer e então termina seco como começou. Cansativo, sem rumo, parece não ter roteiro, atores péssimos, a casa é moderna demais para os padrões da época e francamente não acontece nada. Péssimo
O casaco de pele no início... aquela peça é icônica... quem acompanha os vídeos reais do holocausto já viu muitas judias vestidas com casacos de pele a caminho dos guetos. Graças a Deus temos gênios da arte que nunca deixarão a humanidade esquecer o que foi feito na segunda guerra.
Meu avô foi sobrevivente de Treblinka. Ficava sempre me perguntando, como o ele podia ter forças e conseguir seguir a vida. Eu apos assistir o filme, ainda estou com enjoos.
Isabela, recomendo All Of Us Strangers. Impactado sobre como a solidão abissal é abordada e como um tipo de existência pode ser tão sofrido, e negligenciado pela sociedade
Eu fiquei assim, de boca aberta com o assunto de "negócios" do Rudolf. Fiquei mais chocada ainda quando a Hedwig não aceita se mudar porque aquele lugar é muito bom para as crianças. A comemoração de aniversario, os "problemas" com o jardim, mas tem uma pessoa que não enxergou isso de forma normal. Veja o filme e me responde se você descobriu.
E ainda disse que ali as crianças estavam crescendo "saudáveis e felizes", quem pode ser saudável e feliz crescendo naquele lugar? Tbm tive a impressão de que o adubo do jardim da casa eram as cinzas dos mortos, talvez por isso o enfoque nas flores e na rosa vermelha de "sangue".
A cena final eu senti como se fosse o diretor mostrando que apesar dos personagens terem vidas “normais” e cotidianas, mesmo sendo seres humanos, com gostos, lazer, felicidades e tristezas, nunca jamais devem ser humanizados ou dignos de pena, mostrando que eles tinham uma vida do lado de fora do campo mas que o custo disso foram várias vidas perdidas no lado de dentro do campo.
Eu não vi ainda. Mas a crítica da Izabela me fez lembrar de Laranja Mecânica (1971). A banalização da crueldade. Quando nos acostumamos com a crueldade aponto de não nos importarmos.
Não se engane, boa parte do mundo É assim. Como vc acha que era a cultura alemã? Educados. Revoltados com as perdas da 1a grande guerra, mas cultos e educados. E fizeram o que sabemos.
Todos os dias tem casos banais que no dia a dia ignoramos pela correria ou pelo teor que o assunto vai levar e deixamos aquelas pessoas sem uma chance de ajudar ou por nós mesmo até pelo governo
Achei forte a cena da mãe da Sra. Hoss sendo a única a ficar chocada com a situação. Não aguentou fingir que não estava acontecendo nada. Ao menos é isso que eu entendi.
Podemos trazer pra nossa realidade bem atual. Enquanto parte da população está passando fome, catando latinhas nas ruas... outra parte está pulando carnaval bem ao lado dos catadores, dos moradores de rua... apenas DESVIANDO deles sem qualquer tipo de reflexão/consciência (eu me incluo nisso e nesse meu privilégio). Ainda não vi esse filme, me baseei na crítica para fazer o comentário
Pular carnaval é um ato de resistência, é cultura é necessário pra todos aqueles que buscam arte uma forma de sobreviver a barbárie. A alegria não pode ser tirada das pessoas! Se você não gosta, tudo bem, mas não critique quem curte.
@@pollyannavicencia8698 moça, eu literalmente falei q eu sou a pessoa q tava pulando carnaval todos os dias. Só comentei da discrepância de realidades. Enquanto nós estávamos bebendo, cantando, dançando e beijando, outros estão em extrema vulnerabilidade socioeconômica, e a maioria de nós só nos alienamos durante aqueles momentos.
Existe o mal por omissão sim. Mas é preciso considerar que nazistas torturavam e matavam, além de tirar vantagem direta dessas atrocidades, como uma promoção no trabalho.
O exemplo q vc deu eu considero válido para reflexões e de q forma podemos contribuir para amenizar isso..., porém ainda acho q a temática do filme (história) possui uma natureza diferente das mazelas sociais existentes. Creio q a filosofia e valores fascista renascida nos dias atuais - mundo - seja muito mais perturbadora do q a falta de ativismo social.
Essa história é bizarra. Nunca achei que mostrar o dia a dia pacato de uma família poderia ser mais assustador que a maioria dos filmes de terror existentes. Essa é uma verdadeira demonstração do que a Hannah Arendt chamava de “banalização do mal”…
Este filme impacta bastante!!! Principalmente o som. Interessante como, os ruídos e o clarão dos fornos impactou a mãe da protagonista. Filme muito bom !!! Excelente comentário Isabela!
Eu estava aguardando ansiosamente por esse vídeo! Zona de Interesse é um filme sensacional, o melhor do ano disparado na minha opinião, e ele não só precisa como merece ser assistido no cinema. Quanto à cena final, bom... a cena final... Ela não podia deixar mais evidente, na minha opinião, o quanto o casal sabia o quão monstruosa era a mera existência daquela casa e daquela família. Brilhante! Belo, profundo, aterrador, uma obra de arte. Ao final da sessão, fiquei afundado na cadeira, até o final dos créditos, me sentido nocauteado, e energeticamente, emocionalmente e fisicamente atingido pelo filme.
Este filme me trouxe a consciência apavorante de que cada um de nós também banaliza o mal. A visão de crianças mendigando nos faróis, de famílias com bebês dormindo nas ruas, de crianças e idosos abandonados, de pessoas famintas e desabrigadas por todo lado. Ontem como sem perceber, vamos nos "acostumando", dessensibilizando. Fiquei perturbada com essa constatação.
Vi o filme antes de assistir esta crítica, e logo de cara já lembrei da Hannah Arendt e seu trabalho "A banalidade do mal", no qual ela foi metralhada na época. Pois bem. O filme é uma paulada na cabeça, você se belisca para saber se está mesmo vendo o que passa na tela, porque o horror está ali na sua frente, mesmo que você não o veja. Nada nas cenas é por acaso. O final é um soco no estômago, genial. Um dos melhores filmes que vi. E obrigado, Isabel, por dar mais insights na crítica para entender o filme. Eu vou me lembrar desse filme por um bom tempo.
Que filme necessário! Ele nos faz olhar em volta pro horror que às vezes nos cerca e escolhemos não ver e com isso temos a chance de olhar profundamente para nós mesmos.
Galera desculpa, eu sempre vejo os filmes q ganharam Oscar, esse pra falar a vdd n gostei, n que ele seja horrível, mas não gostei, pra te falar a vdd perdi quase 2 horas vendo esse filme,respeito quem gostou do filme
Um filme interessante. A utilização dos sons é muito impactante e inovadora para o tema abordado, ela abre a possibilidade para uma experiência pessoal sobre o que está acontecendo dentro dos muros. Depois de ver várias análises aqui no YT, esperava muito, muito mais de Zona de Interesse. Muitas metáforas poderosas no filme, devo admitir. No aspecto do que escreveu Hannah Arendt sobre a banalidade do mal, Jonathan Glazer realmente conseguiu traduzir o termo criado por Arendt de forma excelente. Em detalhes como o amor incondicional do Höss pelos animais é um contraponto assustador com a frieza com a qual ele executa centenas de seres humanos. Nós, espectadores, tivemos a chance de acompanhar tudo aquilo num lapso pequeno de tempo nas vidas do comandante e de sua família. O que perturba é que todo o horror durou muitos anos! A Hedwig diz que levou 3 anos para conseguir criar o jardim, a estufa. Foram muitos verões e invernos onde trens lotados de judeus chegaram ali e em outros campos, não se destroem mais de 6 milhões de seres humanos numa fração pequena de tempo, foi um extermínio demorado e que se arrastou por anos e anos! A esposa provando o casaco de peles de uma rica prisioneira judia, encontrando um batom vermelho que a pobre mulher deve ter escondido num dos bolsos do casaco. O pavor e a angústia das empregadas do casal nazista. Vida e morte ali estão sobre um fio. O filho brincando com os dentes arrancados de prisioneiros judeus. A frieza existencial do casal fica bem clara no fato do marido trair a esposa com uma outra mulher (que aparenta ser judia) e a esposa do comandante também o trai com o jardineiro judeu (na estufa de plantas). Um dos diálogos mais arrepiantes é o da mãe de Hedwig, que andando e admirando o jardim, diz: "Uma de minhas vizinhas judias deve estar aí dentro [do campo de concentração]. Eu tinha paixão pelas cortinas da casa dela mas não consegui comprá-las no leilão. Parecia uma mulher correta mas sabe-se lá o que estava planejando, junto com os outros, planos bolcheviques." A maioria tomou posse de tudo o que foi deixado para trás pelos judeus. Existem relatos de que um número grande de judeus foi morto logo após o final da guerra. Pensavam que seria um retorno seguro para suas cidades de origem, para suas casas. Foram recebidos com hostilidade, muitos foram massacrados pelos vizinhos, que já ocupavam suas casas e já possuíam seus bens. Essas pessoas agora não eram mais bem vindas. Dúvidas: (1) por que o comandante entra em pânico enquanto está pescando e acaba encontrando um objeto no fundo do rio? Ele sai rápido da água e pede para os filhos fazerem o mesmo. (2) não entendi o par de sapatos que estava no pier onde o comandante e a esposa discutiam sobre o futuro do casal. Continuo considerando "O Filho de Saul" o melhor. Menção honrosa para "Holocausto de Mulheres". Falta-me "Vá e Veja".
@@marialuciaregina2803 Sério? Eu realmente não notei isso: juro que pensei que ele estivesse calçado. O fato de remover os sapatos talvez tenha sido um indício de que ele iria se lançar ao rio. Mas a mulher dele apareceu e ofereceu uma perspectiva diferente para solucionar o problema da transferência.
Ele sai do rio as pressas pq encontra um osso humano provavelmente estavam escoando ali cinzas dos mortos do campo.. qdo chega em casa a mãe dá banho nas crianças.
1) ele acha uma dentadura e percebe que as cinzas das pessoas queimadas estão descendo o rio; 2) entendi que as botas tinham sangue e ism ser lavadas, mostrando que ele deve ter participado de uma execução .
Assisti ontem, achei simplesmente excelente. Não é um filme que todos irão gostar, e eu acho SUPER compreensível, mas eu gostei. A cena final me deixou bastante pensativo, seria o corpo tentando expelir o que a mente já banalizou?
ISA ESTOU LENDO O LIVRO NESSE MOMENTO, E NAO SABIA O QUE ERA " SONDER " AO QUE NA PESQUISA DO GOOGLE EU CAI NA SUA CRITICA DE " O FILHO DE SAUL " E NAO CONSEGUI PASSAR DA CENA INICIAL QUANDO O MENINO ... EMFIM . ESTOU COM O CORAÇÃO NA MAO . TERROR DE VERDADE É "O FILHO DE SAUL" E ESTE " ZONA DE INTERESSE " . OBRIGADO ISA❤
o som desse filme é perturbador, é um filme para se atentar aos detalhes das cenas, creio que é um filme que não vai agradar a todos, pela tipo de narrativa, pois é um filme linear
Os seus olhos me transmitiu a sua vibração e nesse nível minha vibração acordou com a sua percepção e dá para perceber a repulsão que você está sentindo. SHALOM U'vrachah.
Isabela, vc é um fenômeno quando analisa qualquer filme. Realmente esse filme é um soco na cara, um soco no estômago para todo ser humano que se entende como tal. Não há desculpas, subterfúgios. A banalidade do mal, conceito de Hanna Arendt é mostrado aqui no mais alto grau.
Coisa absurda de se ler. Não olhe só a maldade humana, olhe a inocência de uma criança, a mão caridosa de uma pessoa boa e a evolução benigna da nossa existência. Animais não ligam pro bem ou mal. A natureza é cruel tbm quando tem que ser. Animais não veem beleza no mundo sem nós. Muitos dos animais que são felizes hoje, só são pq são nossos animais domésticos. O resto tá correndo pra não morrer pra outro animal no meio do mato.
Ontem vi "Pobres Criaturas" no cinema e só falta "Zona de Interesse" para fechar a lista dos indicados a Melhor Filme! Agora fiquei ainda mais curioso para ver!!
Acho que o Oscar de melhor filme vai para Pobres Criaturas e concordo com isso. Mas o som de Zona de Interesse, meu Deus! Que fundamental! Está até agora na minha cabeça
Estive em Auschwitz na quarta feira, quase quatro horas de visita guiada, sai com o coração sangrando, agradeço ainda mais a vida e liberdade que tenho.
Diva, lembrei de uma frase do diretor francês Robert Bresson: “prefiro que as pessoas sintam o filme, ao invés de entendê-lo”, porque “Zona de Interesse” faz com que nós entendamos e sintamos tudo, da forma mais cruel possível: pela banalidade. Filmaço! 👏🏻
POR FAVOR faz crítica de PERFECT DAYS filme japonês indicado ao Oscar Isabela a sua crítica de drive my car é o vídeo mais lindo desse canal, eu tenho certeza que só voce pode falar de perfect days da forma como o filme merece;
Cirúrgica na crítica, Isabela. Parabéns. É um dos melhores filmes da temporada de prêmios, obra-prima. O recorte para os dias atuais, na sequência final, mantém a mesma lógica: você tem a naturalidade com que as funcionárias fazem a limpeza do museu, insensíveis ao horror que aqueles objetos (roupas, sapatos, etc) retratam, e você também tem o ruído que acompanha a banalidade e preenche a cena, só que aqui o ruído é do aspirador de pó, do pano contra o vidro, etc. O looping que você comenta pode ser simbolizado pelo movimento do protagonista de descer as escadas em voltas até desaparecer num piso inferior completamente escuro.
Esse filme e um banho de realidade Enquanto dentro de casa Existe equilíbrio entre aspas dentro de casa ao redor ocorre todo tipo de crueldade Levando essa situação para nossa realidade existe uma relação forte Nas ruas das grandes cidades nas periferias acopladas pelas milícias a violência está internada com a desigualdade Maravilhoso filme feito para uma realidade mundial 100 Comentários
Isa, assisti o filme na pré- estreia, dia 12/02 aqui em São Paulo. Saí do cinema sem palavras. Você já disse tudo. Não vai acontecer, mas ele merece todos os prêmios Oscar aos quais concorre. É como você falou: "o horror da banalidade"... Achei incrível o filme ser todo em planos abertos e muitas, muitas cenas com a câmera parada, como um conjunto de fotos. É um filme autoral, um filme do Diretor, pois os atores não aparecem. Apenas compõe o mosaico de horrores que é conviver de forma simples e bela, ao redor das barbaridades apenas sugeridas por sons, vozes e fumaças.
Esse filme mexeu muito comigo, fiquei muito irritada enquanto assistia logo no início, pensei até em ir embora da sala do cinema, não consegui nem desfrutar da pipoca.
É impressionante como esse olhar objetivo sobre o terror da banalidade consegue chegar a nós telespectadores. Incômodo foi a palavra que mais resumiu o filme. A forma e o conteúdo estão brilhantes, que safra de filmes!
Isa, por favor, a gente adora te ver apocalíptica e semeando o caos. Por esse motivo, que tal fazer um review da última temporada de “Bom Dia Verônica”?
É incrível como nosso cérebro aprende a ignorar esses estímulos estressores. Quando vim morar em São Paulo capital, e assim que cheguei fiquei extremamente chocada com a quantidade de pessoas em situações de miséria (pessoas comendo comida do lixo, algumas com necrose no pé, mulheres grávidas, crianças pedindo esmola, um homem defecando no meio da calçada). Eu fiquei muito mal quando vi isso, depois de 6 anos morando em sp, não sinto mais esse "estresse empático" sinto que se tornou banal, sou mais fria ao ver essas situações. Sinto que perdi um pouco da minha empatia (até pq a empatia nos estressa, e como mecanismo de defesa, nos adaptamos a ela). Não é sinal de saúde se adaptar a uma sociedade doente.
!!!
A empatia nos estressa. Vc disse tudo. Qndo fui a sp tbm me assustei com isso, é bom a gt pegar essa sensação que o filme nos dá para tds as áreas da nossa vida inclusive oq ta mais perto
Você disse tudo! Quando mudei pra capital do Rio foi a mesma coisa... eu fiquei apavorado com a quantidade de pessoas em situação de rua, sujas, mexendo no lixo pra comer, etc. (isso também vale para os animaizinhos, mas tem menos animal do que gente sobrevivendo na rua por aqui). Hoje, quase 10 anos depois, já me importo bem menos com essa "visão", obviamente eu vejo pessoas nessas situações todos os dias e ainda me incomoda. Mas é isso... estratégia de sobrevivência... seria impossível viver uma década em algum lugar sofrendo por todas as muitas pessoas em situação de rua daqui.
Vc resumiu exatamente o que sinto morando há 2 anos na Califórnia, estou estressada com o absurdo desta sociedade doente. O pior é ver que quem mora aqui a mais tempo já se acostumou e acha normal. Passam por pessoas parecendo zumbis de tão drogados e ficam indiferentes a isso, é bem chocante.
Saia de SP. Não precisamos de você.
"A banalidade da maldade" não podia ser mais atual
Esse filme é muito atual mesmo, tá acontecendo a exatamente mesma coisa em Israel
@@gustavoc4131no caso em gaza
O mesmo pensei em Gaza
@@evelynlucares9511 como pode, o sionismo usando de mentiras e manipulação pra promover genocídio e limpeza étnica, e a maioria das pessoas que dizem que o holocausto não pode se repetir está a favor de Israel
Eu tenho certeza de que lado da guerra eles estariam se estivessemos nos anos 40
Quer um exemplo maravilhoso de continuar ignorando durante séculos a m0rt3 e t0rtur@ de milhares? Homem preto é preso após ser vítima de tentativa de h0micídi0 por um senhor branco, que ficou solto, entregador recebe chibatadas de senhora branca em plena luz do dia, casal é vítima de homofobia dentro de padaria chegando a serem agredidos fisicamente...E nós temos um muro ao qual culpar? Esse s@ngue também está em nossas mãos.
Isabela, não sei se consegue ler as mensagens, mas gostaria de compartilhar uma experiência com você. Sou filha de pai alemão e mãe brasileira. Quando eu tinha cerca de vinte anos, meu pai nos levou a Dachau, o primeiro campo de concentração da Alemanha. O que há ali é a reconstrução de partes do campo para se tornar um museu (pq os americanos destruíram o campo na invasão e ele foi reconstruído depois pela memória do horror). Fomos eu, meu pai, minha mãe e avó alemã. Nunca vou me esquecer daquele dia. Eu entrei num choro convulsivo e minha avó apenas me observou num silêncio bizarro. Nunca soube o que se passou ali. Se era conivência, constrangimento, o que foi. Hoje assisti a "Zona de interesse" e aquele gosto horrível voltou para a minha boca. A dimensão asséptica daquela casa, que ao mesmo tempo em que forja um modus vivendi alheio respira o ar, as cinzas, sente a água tóxica e ouve tudo o tempo inteiro acabou comigo.
Adoraria um dia poder sentar contigo e conversar..fui crítica pela Revista Filmes Polvo, não sei se já ouviu falar. Sou doutora em cinema também e sinto falta dessa troca. Adoro seu canal. Um abraço afetuoso e muito axé pra você ❤️
Pelo seu relato nunca saberemos se o silêncio era vergonha ou indiferença, mas se me permite, os erros e pecados de uma sociedade devem ser um norte para as próximas gerações, eu apenas acho q mais importante do q os sentimentos e valores q a sua avó tinha, são os valores q vc possui hj... a História está aí para nos ajudar a não cometer os mesmos erros do passado e a julgar pelos acontecimentos presentes esse exercício é mais difícil do q parece...
Concordo plenamente contigo, @@danilomantey5830 . Plenamente, abraço!
Também visitei Dachau e cai em lágrimas assim que entrei. A energia das pessoas estava ali. O sofrimento ...essa energia está no ar. Uma experiência que jamais esquecerei nessa vida.
Com certeza, @@selmapugliesividanatural7362. Mesmo sendo um espaço reconstruído, a aura da dor está em todos os lugares. Uma pena vivermos uma (des)humanidade que não aprende. Abraço ;)
Que Relato Ursula.
Eu ainda não assisti ao filme. Mas com certeza irei.
Seu relato me fez refletir também sobre a escravidão.
Sou da região de CAMPINAS - SP, existe um distrito chamado SOUZAS é um ótimo ponto turístico gastronômico.
Sempre que possível vou com minha família. Porém, os pontos são fazendas que servem cafés coloniais e almoços rústicos.
A maioria dessas fazendas foram engenhos escravisista. Nesses locais existem informações, fotos e até mesmo utensílios que caracterizam esse período.
Um belo domingo havia acabado de almoçar e fui dar uma volta por todo o local, no que eu entrei em um dos ambientes, havia uma Foto de um homem negro aparentando pouco mais da meia idade.
Na foto ele estava apenas de calças e o que parecia uma corda passada pelo pescoço.
Pela minha descrição dá pra se perceber o peso daquela imagem.
Mas o que nunca me saiu da memória era o olhar do homem na foto.
Uma coisa que me aterroriza até agora é os gritos, tiros e o barulho da fornalha que se escuta durante quase todo o filme, como a Isa falou o som foi essencial neste filme
A cena final daquele nazista descendo a escada também foi bem emblemática. Vomitando (expulsando todo resquício de humanidade que sobrou) e indo em direção a escuridão. O pior ainda estava por vir, ele voltou para o campo de concentração e coordenou o assassinato de quase 500 mil judeus em menos de 60 dias.
o grito de crianças foi aterrorizante, e a gente imagina o que ta acontecendo com elas ali ...
O interessante do som é que em alguns momentos até nós, telespectadores, não o ouvimos (a mente dá uma limpada pra ouvirmos o "filme") e em outros momentos chegamos a ficar bravos/irritados pq aquele "barulho" está nos atrapalhando a assistir o "filme"
@@gabrielaguiar4794 ele queria ser tão eficiente. Nós as vezes nos empenhamos tanto e nem questionamos o q.fazemos
os gritos.,...........foi o que mais me aterrorizou também, de fundo junto com tiros.
Chorei muito ao sair do cinema, mas sempre compreendi que é um mal que jamais deve ser esquecido. Amei o filme.
e que agora nos aparece em tempo real
Por tudo que está acontecendo no mundo hoje, infelizmente eu chego a conclusão que nos esquecemos ou pior, não aprendemos nada.
A 3G está chegando. Vc presenciará o sistema utilitário da guerra
Já foi esquecido. As pessoas gostam de dar nomes aos personagens e colocar eles numa estante quietinhos. Quando as atrocidades estão acontecendo, as pessoas escolhem se manter ignorantes e viver a vida do jeito que dá. Infelizmente. Temos nesse momento vários massacres acontecendo... e muitos ficam do lado dos opressores. Triste.
Pior é ver um mundo nazista/fascista ainda hj. Um monte de simpatizantes, outros praticantes, e outros fingindo q não são.
Vemos um racismo gritante, a essência do racismo é a superioridade de alguns pela sua cor, vemos alguns com raiva de pessoas "fora do padrão" como os LGBTQIAP+ perseguidos e mortos só por serem quem são, vemos a xenofobia culpando os imigrantes pelas mazelas daquele local, vemos moradores de rua sendo mortos afim de extermina-los, vemos religiosos raivosos se colocando em um pedestal moral segregando quem não segue o livro sagrado, vemos alguns estados querendo se separar do resto do país por se julgarem emancipados, vemos o lema fascista sendo repetido "!Deus, Pátria, Família", vemos o roubo de símbolos nacionais de um determinado grupo como se o resto não fizesse parte do todo, vemos um nacionalismo exacerbado q é extremamente perigoso, pois todos nós deveríamos nos olhar como iguais independente da nação q vc é. Isso é fascismo! O fascismo está vivo ainda.
A cena das faxineiras limpando o museu, como se tivesse acabado um espetaculo, um show, me da a sensação de que ainda é banal.....
Mas é, veja como tratam a questão da palestina.
Totalmente diferente. Se os palestinos pudessem matariam todos os israelenses também.
@@claubarbosa5908 se quiser nos aproximar mais ainda pense no Guarujá
@@claubarbosa5908Sim o Hamas que controla a palestina é uma associaçao beneficente e humanitária coitados .
Mas é um local de visita e já passou um tempo (nem tanto, 79 anos). Essa galera limpando com ctz não teve familiares envolvidos nesse desastre, então tratam com mais "normalidade" como se fosse qlqr outro trampo. Qual deveria ser o procedimento, afinal? Cara fechada e luto eterno, algum ritual tradicional? Embora a energia lá deva ser pesadíssima, não dá pra julgar quem tá só trabalhando. É tipo trabalhar em cemitério...
Ela experimentando o casaco de pele...
Lembrei da Canja.
@@AldaAndrade-yu1somuuuuu
A Isa parecia realmente emocionada nesse vídeo.
Entendi que a cena final mostra que aquele horror não passa, não passou. Segue no mundo. Porque o ser humano foi e é capaz de atrocidades sem perdão. Foi assim que me tocou o final de Zona de Interesse.
Foi a temporada da Sandra Hüller.
Conheci essa atriz absurda no melhor ano da carreira dela, to admirado.
Atuação normal....o que ela fez no filme pra ganhar indicação ou Oscar?
@@veritasrdnbacchi a indicação dela foi por outro filme, Anatomia de Uma Queda, lá ela foi protagonista.
Apesar de achar o filme bem lento, preciso confessar que fiquei aflita do início ao fim por casa dos sons em looping. E o que foi aquele final?????
O clímax quando Höss desce as escadas após a festa a ter náusea… é surreal! Pq até ali eu achava ele extremamente insensível a tudo. Quando ele começa a vomitar incontrolavelmente, mas nada sai fica nítido o simbolismo da cena!
Ela representa não apenas o sofrimento físico de Höss, mas também a repulsa diante da enormidade de seus crimes. Como se a ficha tivesse caído e toda aquela indiferença fosse reduzida a nojo de si!
O desfecho do filme nos levou ao futuro, mostrando os corredores vazios e cheios de dor de Auschwitz transformados em um museu… ali já estava em lágrimas!
De jeito nenhum vi na cena um arrependimento do comandante. Aliás, vim aqui comentar justamente o final, que achei bem fraco. O que me pareceu foi mais a lei do retorno agindo. Pra que tanta crueldade se daqui a pouco vc irá morrer?
Saí da sala angustiado. Me imaginei ouvindo aqueles gritos e não fazer nada. Usaram cinzas humanas como adubo. Meu Deus. Que horror. O mal é banalizado.
Assisti esse filme faz 2 semanas e fiquei como Isabela disse. Mas confesso que estava ansioso pela análise pra poder falar essas palavras chiques pros meus amigos.
eu amo KKKKKK
Como vc é patético
a sandra hüller facilmente poderia levar uma segunda indicação ao oscar como coadjuvante
O problema nem é ser Barbie, é que a atuação foi igual qualquer uma de filme de comédia romântica barata.@@dommarco2414
@@impossibilidades2092de qual filmev
@@elspeath Ela tá em 2 filmes ao mesmo tempo, e os 2 estão nas categorias do Oscar. Ela foi indicada pelo papel dela em anatomia de uma queda. Será que ela pode levar??? Já em a zona de interesse não teve nenhuma indicação, eu acho que ela arrasou nesse papel.
Mas eu acho que ela tá mais pra principal que coadjuvante .
@@arayanhenrique4124 Sim .
a Isabela emocionada o tempo todo no vídeo. Que mulher extraordinária, a melhor crítica que temos.
A cena final é a prova da perpetuação da indiferença. Indiferença seja na época dos fatos e quase 80 anos depois. Os campos de concentração se transformaram numa grande " Disneylandia" onde as pessoas visitam, algumas por mera curiosidade, outras em busca de alguma catarse. Só que se vc quer catarse "não vá aos campos" como diz aquela personagem do filme O Leitor, os campos, tal como estão hoje, não dizem nada: os mortos não podem falar !
A cena em que o irmão mais velho e mais forte prende o irmão no jardim de inverno remete às câmaras de gás. Achei a cena de uma jogada sensacional do diretor.
Não achei nada demais na cena.
Vários filmes de crianças já mostrou isso, não foi novidade.
Saí do cinema totalmente em silêncio, sem saber nem o que dizer. Só sentir. O pior horror que exite: A banalidade do mal.
o mesmo cmg
Aí na calçada do cinema passa um mendigo sujo e sem dente se escorando de graça em vc e vc nada faz.
É sobre isso
Foi de longe um dos filmes mais subestimados desse Oscar! Um cenário digno de uma obra de arte, com um som que parece ter saído de um filme de terror. Uma verdadeira obra prima!
Aparentemente essa é a melhor safra de filmes do Oscar dos últimos 20 anos:
Calma aí emocionado kkkk. Dos últimos 10 anos talvez
Concordo só filme bom
Impressionante mesmo.
@@danielxclbr3556diz aí qual seleção foi melhor nos últimos 20 anos ? (Do Oscar 2005 até o atual...)
Concordo. 2023 foi um ano cheio de filme bom. Eu diria 30 anos ate. Quando tem crise os filmes ficam bons. 😂 Estamos praticamente numa depressão econômica, melhor era do cinema era a grande depressão.
Uma jornalista de Excelência é uma jornalista de Excelência. Nota-se que até o tom da Boscov prenuncia o tipo de conteúdo, que magnífica. 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Este filme é uma obra de arte, digno de sala de cinema e de estar exposto em sala de museu de arte contemporânea. Bravo
So de ouvir Bravo depois do filme dá um arrepio
Eu vi este filme no início do ano e até hoje ele ronda a minha mente. Ainda me sinto impactado por tudo o que ele me provocou. A sequência final foi como um murro no estômago. Assim como você, dessa safra de filmes espetaculares, este é o mais perturbador e aquele que mais mexeu comigo.
Só tive vontade de abraçar outro ser humano pra me lembrar de que ainda existe algum calor.
Ainda não assisti o filme, mas todas as imagens que vejo dele dão a aparência de uma frieza calculista. Espero ter oportunidade de assisti-lo em breve.
Perfeito. Falei algo parecido hoje.Tá difícil
Você me fez refletir pq de um tempo pra cá eu venho evitado abraçar as pessoas. Evito porque tenho por mim que o abraço é algo tão pessoal, é um encostar "um coração no outro" e eu não quero ter trocas com pessoas de má índole. Num exemplo extremista, eu não abraçaria um nazista porque não quero que aquela energia passe pra mim. Entende minha linha de raciocínio? Eu abraço qdo conheço a pessoa e sua energia/índole/caráter é bom
Espero que esse filme tenha espaço no circuito comercial, quero muito ver! Li duas vezes “Um relato sobre a banalidade do mal” de Hanna Harend e acredito que esse filme seja a percepção visual da crueldade dessa maldade monstruosa de pessoas normais em seus cotidianos triviais. E no final ninguém se sente culpado, porque não apertou o botão, mas nunca quis saber o que nutria o seu estilo de vida
Aqui em Porto Alegre já estreou na quinta, 15/02!
O texto dela junto com Einstein e mais dezenas de intelectuais judeus, publicado no NYT em 1948, sobre a visita de um terrorista sionista aos EUA está mais atual do que nunca.
Aquela sequencia final eu ja vi num contraponto da doença que ele estava passando. Quando ele se torna vulnerável e poderia conquistar qq empatia do publico vem a cena pra mostrar no museu o que ele fez, pelo que foi responsável. Qualquer sombra de empatia acaba, porque ele não merece. Esse filme é doloroso, incômodo e uma obra prima.
Nossa! Assisti agora a esse filme e reamente estou muito impactada.
Boa observação!
Caramba mto interessante pensar por esse lado
Não é diferente do que vivemos nas cidades. Quem não passa por moradores de rua, crianças ou idosos em situação de rua e segue pra suas casas quentinhas? A banalização do mau é diária
Moradores de rua tem ajuda muitas vezes! O nazismo nunca deu essa oportunidade!
Atitude blasé
A diferença é que nós pagamos impostos para o Estado proteger (ou pelo menos deveria) essas pessoas. La os cidadãos pagavam impostos para o Estado dizimar as pessoas.
Boa 👏🏾
Exatamente, mas muitos vão preferir discordar de você e ignorar essa realidade.
A mensagem do filme é muito boa e importante. Eu visitei o campo de Dachau e eu fiquei assustado em quão próximas eram as casas do campo. Praticamente cercado de residências por todos os lados. Dito isso, achei o filme entediante, o ritmo é lentíssimo e poderia ter sido executado de forma melhor, inclusive para atrair um público maior e espalhar a reflexão
MUITO ansioso para ver esse filme. E o medo é real, a banalidade do mal está cada vez mais forte na nossa sociedade.
eu vi filme bem executado, pensei q sairia com a sensação de que iria gostar mais dele, mas ele foi feito pra não ser algo pra gostar, feito pra incomodar, a trivialidade das pessoas ali no visual em contraste com os sons , fui pra casa andando contemplativo e entristecido, andando em silencio tentando digerir, foda
Que filme pesado. A trilha quase inexistente, com o som de fundo é impactante demais. Quem puder tem que ver no cinema. Estive em Auschwitz em 2010 e andar por aquilo, ver as "camas", "banheiros"(entre aspas pq eram so buracos) e as camaras, os sapatos (mostrados no filme). Enfim: so de estar ali traz um sentimento horrivel que nunca vou esquecer. E que realmente nao deve ser esquecido jamais.
O filme é a maior demonstração da brutalidade do desprezo de um ser humano por outro. Magistral e impactante em cada cena. Melhor filme do ano.
O pior filme que eu já vi. Quer passar uma visão intelectual, com esses planos parados, mostrando a vida feliz da família, com aquele ar de indiferença ao sofrimento dos judeus. O filme parece não ter mais a dizer e então termina seco como começou. Cansativo, sem rumo, parece não ter roteiro, atores péssimos, a casa é moderna demais para os padrões da época e francamente não acontece nada. Péssimo
O casaco de pele no início... aquela peça é icônica... quem acompanha os vídeos reais do holocausto já viu muitas judias vestidas com casacos de pele a caminho dos guetos.
Graças a Deus temos gênios da arte que nunca deixarão a humanidade esquecer o que foi feito na segunda guerra.
A Isa voltou!!!!!🎉🎉🎉🎉🎉🎉
Meu avô foi sobrevivente de Treblinka. Ficava sempre me perguntando, como o ele podia ter forças e conseguir seguir a vida. Eu apos assistir o filme, ainda estou com enjoos.
Isabela, recomendo All Of Us Strangers. Impactado sobre como a solidão abissal é abordada e como um tipo de existência pode ser tão sofrido, e negligenciado pela sociedade
Eu fiquei assim, de boca aberta com o assunto de "negócios" do Rudolf. Fiquei mais chocada ainda quando a Hedwig não aceita se mudar porque aquele lugar é muito bom para as crianças. A comemoração de aniversario, os "problemas" com o jardim, mas tem uma pessoa que não enxergou isso de forma normal. Veja o filme e me responde se você descobriu.
A mãe dela
A sogra
E ainda disse que ali as crianças estavam crescendo "saudáveis e felizes", quem pode ser saudável e feliz crescendo naquele lugar? Tbm tive a impressão de que o adubo do jardim da casa eram as cinzas dos mortos, talvez por isso o enfoque nas flores e na rosa vermelha de "sangue".
A mãe dela. Pegou e foi embora.
A cena final eu senti como se fosse o diretor mostrando que apesar dos personagens terem vidas “normais” e cotidianas, mesmo sendo seres humanos, com gostos, lazer, felicidades e tristezas, nunca jamais devem ser humanizados ou dignos de pena, mostrando que eles tinham uma vida do lado de fora do campo mas que o custo disso foram várias vidas perdidas no lado de dentro do campo.
Eu não vi ainda. Mas a crítica da Izabela me fez lembrar de Laranja Mecânica (1971). A banalização da crueldade. Quando nos acostumamos com a crueldade aponto de não nos importarmos.
Laranja mecânica meche comigo até hoje, estou tentando me recuperar dessa obra de arte
É chocante e assustador ver tantas pessoas comuns serem tão complacentes com o mal. Pior de tudo, vejo isso tanto nos dias atuais, é triste.
Jonathan Glazer é o Todd Field dessa temporada. Ambos trabalham pouco, mas quando trabalham...
Mas geralmente filmes bons são aqueles que demoram a sair.
até que enfim a isabela lançou vídeo novo, tava ficando preocupado😅
Eu tb kkkk
O final acabou sendo uma pancada difícil de receber.
Laura, poderia comentar mais sobre o que você sentiu no final?
O que vc entendeu do final? Fiquei um pouco confusa.
Assisti o filme na segunda e não sai da minha cabeça desde então. Uma obra prima!
Estava esperando ansiosamente a resenha da Isabela Boscov depois de ler a opinião da Manohla Dargis, do NY Times. Pois eu confio mais é na Boscov!
As críticas da Isabela vão além de indicações, são educativas… que aula sobre literatura e cinema! Obrigado
Especialmente no Brasil. Aqui vemos e sentimos essa banalidade diariamente.
Fico imaginando a vizinhança da Cracolandia na cidade de São Paulo. Todo mundo sabe o que está acontecendo, mas a vida segue o seu presente cotidiano.
Não se engane, boa parte do mundo É assim. Como vc acha que era a cultura alemã? Educados. Revoltados com as perdas da 1a grande guerra, mas cultos e educados. E fizeram o que sabemos.
Todos os dias tem casos banais que no dia a dia ignoramos pela correria ou pelo teor que o assunto vai levar e deixamos aquelas pessoas sem uma chance de ajudar ou por nós mesmo até pelo governo
O amor venceu. Relaxa
@@suzanaguerra4803vai lá e ajuda
Que resenha carregada de emoção! ❤
Achei forte a cena da mãe da Sra. Hoss sendo a única a ficar chocada com a situação. Não aguentou fingir que não estava acontecendo nada. Ao menos é isso que eu entendi.
Podemos trazer pra nossa realidade bem atual. Enquanto parte da população está passando fome, catando latinhas nas ruas... outra parte está pulando carnaval bem ao lado dos catadores, dos moradores de rua... apenas DESVIANDO deles sem qualquer tipo de reflexão/consciência (eu me incluo nisso e nesse meu privilégio). Ainda não vi esse filme, me baseei na crítica para fazer o comentário
Pular carnaval é um ato de resistência, é cultura é necessário pra todos aqueles que buscam arte uma forma de sobreviver a barbárie. A alegria não pode ser tirada das pessoas! Se você não gosta, tudo bem, mas não critique quem curte.
@@pollyannavicencia8698 moça, eu literalmente falei q eu sou a pessoa q tava pulando carnaval todos os dias. Só comentei da discrepância de realidades. Enquanto nós estávamos bebendo, cantando, dançando e beijando, outros estão em extrema vulnerabilidade socioeconômica, e a maioria de nós só nos alienamos durante aqueles momentos.
Existe o mal por omissão sim.
Mas é preciso considerar que nazistas torturavam e matavam, além de tirar vantagem direta dessas atrocidades, como uma promoção no trabalho.
O exemplo q vc deu eu considero válido para reflexões e de q forma podemos contribuir para amenizar isso..., porém ainda acho q a temática do filme (história) possui uma natureza diferente das mazelas sociais existentes. Creio q a filosofia e valores fascista renascida nos dias atuais - mundo - seja muito mais perturbadora do q a falta de ativismo social.
Essa história é bizarra.
Nunca achei que mostrar o dia a dia pacato de uma família poderia ser mais assustador que a maioria dos filmes de terror existentes.
Essa é uma verdadeira demonstração do que a Hannah Arendt chamava de “banalização do mal”…
a cena da musica quando a menina pega a partitura é de arrepiar
Filme doloroso sobre conivência e indiferença. A sequência final é brutal.
Já estava afim de ver esse filme, depois desses comentários, fiquei mais ancioso em ver ainda.
Parabéns Isabela
Este filme impacta bastante!!! Principalmente o som. Interessante como, os ruídos e o clarão dos fornos impactou a mãe da protagonista. Filme muito bom !!! Excelente comentário Isabela!
eu simplesmente desabei na cena final com o museu de sapatos sendo limpado. pqp eu fiquei em choque com uma cena de limpeza.
Eu estava aguardando ansiosamente por esse vídeo! Zona de Interesse é um filme sensacional, o melhor do ano disparado na minha opinião, e ele não só precisa como merece ser assistido no cinema. Quanto à cena final, bom... a cena final... Ela não podia deixar mais evidente, na minha opinião, o quanto o casal sabia o quão monstruosa era a mera existência daquela casa e daquela família. Brilhante! Belo, profundo, aterrador, uma obra de arte. Ao final da sessão, fiquei afundado na cadeira, até o final dos créditos, me sentido nocauteado, e energeticamente, emocionalmente e fisicamente atingido pelo filme.
Este filme me trouxe a consciência apavorante de que cada um de nós também banaliza o mal. A visão de crianças mendigando nos faróis, de famílias com bebês dormindo nas ruas, de crianças e idosos abandonados, de pessoas famintas e desabrigadas por todo lado. Ontem como sem perceber, vamos nos "acostumando", dessensibilizando. Fiquei perturbada com essa constatação.
Vi o filme antes de assistir esta crítica, e logo de cara já lembrei da Hannah Arendt e seu trabalho "A banalidade do mal", no qual ela foi metralhada na época. Pois bem. O filme é uma paulada na cabeça, você se belisca para saber se está mesmo vendo o que passa na tela, porque o horror está ali na sua frente, mesmo que você não o veja. Nada nas cenas é por acaso. O final é um soco no estômago, genial. Um dos melhores filmes que vi. E obrigado, Isabel, por dar mais insights na crítica para entender o filme. Eu vou me lembrar desse filme por um bom tempo.
Que bom ela está de volta .pareceu uma eternidade
Já vi o filme duas vezes no cinema e realmente é uma experiência que permanece "under the skin". Filmaço do glazer e um grande score do mica levi.
Excelente filme para nos fazer pensar na vida de banalidade que fazemos atualmente.
Que filme necessário! Ele nos faz olhar em volta pro horror que às vezes nos cerca e escolhemos não ver e com isso temos a chance de olhar profundamente para nós mesmos.
Você elucidou ótimas observações sobre pontos relevantes que o cineasta trouxe, e até pelo choque, a gente deixa passar.
E a trilha sonora!!!! A sonoplastia aterradora!!! Extraordinário.
Galera desculpa, eu sempre vejo os filmes q ganharam Oscar, esse pra falar a vdd n gostei, n que ele seja horrível, mas não gostei, pra te falar a vdd perdi quase 2 horas vendo esse filme,respeito quem gostou do filme
Um filme interessante. A utilização dos sons é muito impactante e inovadora para o tema abordado, ela abre a possibilidade para uma experiência pessoal sobre o que está acontecendo dentro dos muros. Depois de ver várias análises aqui no YT, esperava muito, muito mais de Zona de Interesse. Muitas metáforas poderosas no filme, devo admitir. No aspecto do que escreveu Hannah Arendt sobre a banalidade do mal, Jonathan Glazer realmente conseguiu traduzir o termo criado por Arendt de forma excelente. Em detalhes como o amor incondicional do Höss pelos animais é um contraponto assustador com a frieza com a qual ele executa centenas de seres humanos. Nós, espectadores, tivemos a chance de acompanhar tudo aquilo num lapso pequeno de tempo nas vidas do comandante e de sua família. O que perturba é que todo o horror durou muitos anos! A Hedwig diz que levou 3 anos para conseguir criar o jardim, a estufa. Foram muitos verões e invernos onde trens lotados de judeus chegaram ali e em outros campos, não se destroem mais de 6 milhões de seres humanos numa fração pequena de tempo, foi um extermínio demorado e que se arrastou por anos e anos!
A esposa provando o casaco de peles de uma rica prisioneira judia, encontrando um batom vermelho que a pobre mulher deve ter escondido num dos bolsos do casaco.
O pavor e a angústia das empregadas do casal nazista. Vida e morte ali estão sobre um fio.
O filho brincando com os dentes arrancados de prisioneiros judeus.
A frieza existencial do casal fica bem clara no fato do marido trair a esposa com uma outra mulher (que aparenta ser judia) e a esposa do comandante também o trai com o jardineiro judeu (na estufa de plantas).
Um dos diálogos mais arrepiantes é o da mãe de Hedwig, que andando e admirando o jardim, diz: "Uma de minhas vizinhas judias deve estar aí dentro [do campo de concentração]. Eu tinha paixão pelas cortinas da casa dela mas não consegui comprá-las no leilão. Parecia uma mulher correta mas sabe-se lá o que estava planejando, junto com os outros, planos bolcheviques." A maioria tomou posse de tudo o que foi deixado para trás pelos judeus. Existem relatos de que um número grande de judeus foi morto logo após o final da guerra. Pensavam que seria um retorno seguro para suas cidades de origem, para suas casas. Foram recebidos com hostilidade, muitos foram massacrados pelos vizinhos, que já ocupavam suas casas e já possuíam seus bens. Essas pessoas agora não eram mais bem vindas.
Dúvidas:
(1) por que o comandante entra em pânico enquanto está pescando e acaba encontrando um objeto no fundo do rio? Ele sai rápido da água e pede para os filhos fazerem o mesmo.
(2) não entendi o par de sapatos que estava no pier onde o comandante e a esposa discutiam sobre o futuro do casal.
Continuo considerando "O Filho de Saul" o melhor. Menção honrosa para "Holocausto de Mulheres". Falta-me "Vá e Veja".
O Comandante estava descalço. O par de sapatos era dele.
@@marialuciaregina2803 Sério? Eu realmente não notei isso: juro que pensei que ele estivesse calçado. O fato de remover os sapatos talvez tenha sido um indício de que ele iria se lançar ao rio. Mas a mulher dele apareceu e ofereceu uma perspectiva diferente para solucionar o problema da transferência.
Ele sai do rio as pressas pq encontra um osso humano provavelmente estavam escoando ali cinzas dos mortos do campo.. qdo chega em casa a mãe dá banho nas crianças.
1) ele acha uma dentadura e percebe que as cinzas das pessoas queimadas estão descendo o rio;
2) entendi que as botas tinham sangue e ism ser lavadas, mostrando que ele deve ter participado de uma execução .
Vou assistir Zona de Interesse na 6f depois dessa análise da Isabela.
Assisti ontem, achei simplesmente excelente. Não é um filme que todos irão gostar, e eu acho SUPER compreensível, mas eu gostei. A cena final me deixou bastante pensativo, seria o corpo tentando expelir o que a mente já banalizou?
Precisamos estar sempre atentos. Cuidar em olhar para os lados, e muitas vezes para dentro.
Verdade, como já disseram: a cadela do nazifascismo está sempre no cio.
Eu estou impactada, acabei de ver! Em choque absoluto, e vim aqui para ouvir a Isabela e ler os comentários. Não sei se vou conseguir dormir.
Ufa!!! Já tava preocupado!!! Bem vinda!!!
Finalmente o comeback veio. ❤🎉❤🎉❤🎉❤🎉
ISA ESTOU LENDO O LIVRO NESSE MOMENTO, E NAO SABIA O QUE ERA " SONDER " AO QUE NA PESQUISA DO GOOGLE EU CAI NA SUA CRITICA DE " O FILHO DE SAUL " E NAO CONSEGUI PASSAR DA CENA INICIAL QUANDO O MENINO ... EMFIM . ESTOU COM O CORAÇÃO NA MAO .
TERROR DE VERDADE É "O FILHO DE SAUL" E ESTE " ZONA DE INTERESSE " .
OBRIGADO ISA❤
Você sabe me dizer se tem em PDF?
O livro está no mercado?
@@ancelminho Mercado livre e Amazon
Não assisti o filme ainda, mas a Isa me tirou lágrimas dos olhos só de falar sobre ele 🥺
o som desse filme é perturbador, é um filme para se atentar aos detalhes das cenas, creio que é um filme que não vai agradar a todos, pela tipo de narrativa, pois é um filme linear
Os seus olhos me transmitiu a sua vibração e nesse nível minha vibração acordou com a sua percepção e dá para perceber a repulsão que você está sentindo.
SHALOM U'vrachah.
Obrigada pelo vídeo Isa querida, amei a indicação e a sua volta! Abraços ❤❤❤
Isabela, vc é um fenômeno quando analisa qualquer filme.
Realmente esse filme é um soco na cara, um soco no estômago para todo ser humano que se entende como tal.
Não há desculpas, subterfúgios.
A banalidade do mal, conceito de Hanna Arendt é mostrado aqui no mais alto grau.
A humanidade me enoja... Só a Natureza e os animais deveriam viver na terra 🌎
Coisa absurda de se ler. Não olhe só a maldade humana, olhe a inocência de uma criança, a mão caridosa de uma pessoa boa e a evolução benigna da nossa existência. Animais não ligam pro bem ou mal. A natureza é cruel tbm quando tem que ser. Animais não veem beleza no mundo sem nós. Muitos dos animais que são felizes hoje, só são pq são nossos animais domésticos. O resto tá correndo pra não morrer pra outro animal no meio do mato.
@@iohanantudsque5704acho q se ela se esforçar um pouco ela descobre de onde vem a ideia de que só "certas" criaturas deveriam existir
Moça está faltando um pouco de empatia para vc... nem o Thanos arghhhh endossaria o seu comentário.
Já já seremos extintos pelo capitalismo, mas infelizmente não vão sobrar nem os animais.
Excelente a sua crítica, vi o filme hoje na Europa e suas palavras me ajudaram a aprofundar ainda mais as minhas sensações sobre o filme. Obrigada!
Que saudades da rainha do cinema. 💜🖤
Isabela adoro ver os seus vídeos e a forma que vc fala dos filmes , é sem dúvida uma conversa entre amigas.
Ontem vi "Pobres Criaturas" no cinema e só falta "Zona de Interesse" para fechar a lista dos indicados a Melhor Filme! Agora fiquei ainda mais curioso para ver!!
Acho que o Oscar de melhor filme vai para Pobres Criaturas e concordo com isso. Mas o som de Zona de Interesse, meu Deus! Que fundamental! Está até agora na minha cabeça
@@urbanogabrielde todas as opções a pior foi escolhida.
Estive em Auschwitz na quarta feira, quase quatro horas de visita guiada, sai com o coração sangrando, agradeço ainda mais a vida e liberdade que tenho.
tô doida pra ver, que saia um drive logo mds 😢
Diva, lembrei de uma frase do diretor francês Robert Bresson: “prefiro que as pessoas sintam o filme, ao invés de entendê-lo”, porque “Zona de Interesse” faz com que nós entendamos e sintamos tudo, da forma mais cruel possível: pela banalidade. Filmaço! 👏🏻
POR FAVOR faz crítica de PERFECT DAYS filme japonês indicado ao Oscar
Isabela a sua crítica de drive my car é o vídeo mais lindo desse canal, eu tenho certeza que só voce pode falar de perfect days da forma como o filme merece;
Cirúrgica na crítica, Isabela. Parabéns. É um dos melhores filmes da temporada de prêmios, obra-prima. O recorte para os dias atuais, na sequência final, mantém a mesma lógica: você tem a naturalidade com que as funcionárias fazem a limpeza do museu, insensíveis ao horror que aqueles objetos (roupas, sapatos, etc) retratam, e você também tem o ruído que acompanha a banalidade e preenche a cena, só que aqui o ruído é do aspirador de pó, do pano contra o vidro, etc. O looping que você comenta pode ser simbolizado pelo movimento do protagonista de descer as escadas em voltas até desaparecer num piso inferior completamente escuro.
Brilhante, o segundo melhor filme da temporada, somente não supera “Anatomia de uma queda”.
Isabela minha Rainha só de ouvir seus comentários, já estou impactada.. Vou assistir...
Voltou ainda mais linda.
Esse filme e um banho de realidade Enquanto dentro de casa Existe equilíbrio entre aspas dentro de casa ao redor ocorre todo tipo de crueldade Levando essa situação para nossa realidade existe uma relação forte Nas ruas das grandes cidades nas periferias acopladas pelas milícias a violência está internada com a desigualdade Maravilhoso filme feito para uma realidade mundial 100 Comentários
Ainda não assisti, mas quero ver!! Valeu pelo review.
Ver como uma atrocidade foi tratada com processos, planejados e bem alinhados. Isso me pegou do início ao fim. Os sons de fundo são de arrepiar…
Agora espero ver a análise da Isabela de A Cor Púrpura.
Isa, assisti o filme na pré- estreia, dia 12/02 aqui em São Paulo. Saí do cinema sem palavras. Você já disse tudo. Não vai acontecer, mas ele merece todos os prêmios Oscar aos quais concorre. É como você falou: "o horror da banalidade"... Achei incrível o filme ser todo em planos abertos e muitas, muitas cenas com a câmera parada, como um conjunto de fotos. É um filme autoral, um filme do Diretor, pois os atores não aparecem. Apenas compõe o mosaico de horrores que é conviver de forma simples e bela, ao redor das barbaridades apenas sugeridas por sons, vozes e fumaças.
Esse filme mexeu muito comigo, fiquei muito irritada enquanto assistia logo no início, pensei até em ir embora da sala do cinema, não consegui nem desfrutar da pipoca.
É impressionante como esse olhar objetivo sobre o terror da banalidade consegue chegar a nós telespectadores. Incômodo foi a palavra que mais resumiu o filme. A forma e o conteúdo estão brilhantes, que safra de filmes!
Isa, por favor, a gente adora te ver apocalíptica e semeando o caos. Por esse motivo, que tal fazer um review da última temporada de “Bom Dia Verônica”?
Isabela,verei esse filme amanhã....Estou louco pra ver!!!´Temática forte!!!!!