Opa, saudações. Sou historiador, me identifico com a historiografia marxista em dislogo com annales, pesquiso o secuko XVI e XVII o litoral sul paulista. Cheguei no seu vidro dobre livros recomendados pela revolução francesa, me identifiquei muito com ss recomendação e fui ver seu canal. Conteudo bem sobrio e honesto. Parabéns, inclusive pela crítica. Ganhou um inscrito marxista não muito ortodoxo. Forte abraço.
Só o fato da Escola de Frankfurt se desenvolver nos Eua em plena época de guerra fria já é um grande indício de que estava servindo aos interesses dos Eua.
Comento dois pontos deste vídeo: 1) Elogio: é um vídeo feito com elegância e honestidade intelectual que é difícil encontrar entre críticos conservadores do marxismo, inclusive críticos cristãos católicos. 👏👏👏👏 2) Crítica: quando você pareceu no vídeo dizer que Lenin estava morto praticamente enquanto um intelectual útil para ajudar construir uma orientação a cerca do mundo capitalista real e prático, você me pareceu entrar em contradição. Porque você disse que Lenin introduziu no marxismo o conceito de imperialismo, e você usa um conceito muito semelhante, senão quase sinônimo deste, o conceito de globalismo para justificar as conclusões que você colocou nos últimos segundos do seu vídeo
Há um erro no minuto 4:20. Marx não vê a luta de classes como um motor imóvel de todas as metamorfoses sociais. Se fosse dessa maneira o marxismo não seria materialista e dialético, já que colocaria uma lei fundamental e imutável para explicar todas as transformações sociais. Veja, Se a dialética não parte de conceitos fundamentais qual seria o sentido de Marx considerar este princípio fundamental? Note também que Marx faz críticas ao materialismo do século passado contemporâneo a ele justamente por propor uma chave pra explicação das transformações sociais nas leis da natureza mecânica. O marxismo não considera a luta de classes como o motor da história, pelo contrário, ele admite que a história e a realidade são extremamente complexas, portanto não dá pra compreender a realidade por meio de leis imutáveis.
Sr omar,sou um grande admirador seu e agradeço muito pelo seu trabalho!eu tenho 1 sugestão e uma pergunta,1 sugestão=video sobre peça de teatro ,pergunta seu posicionamento sobre o cv2?
Muito obrigado pela sugestão! Certamente ainda teremos muito a falar sobre teatro no canal 😉 Em relação ao Concílio, embora não seja teólogo nem especialista no tema, posso dizer que minha opinião é, ao menos em geral, a mesma que a adotada pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
1. O que você disse sobre o amadorismo do Marx e do marxismo eu mesmo percebo quando o estudo, é que tem coisas muito bobas, muito básicas nas quais eles patinam. 2. A questāo das camadas ideológico-culturais na China concordo 100%. Eu vejo na figura do Mao Tse-Tung uma continuaçāo do imperador chinês confuciano, incluso o autoritarismo e a brutalidade como eles tratavam a sua populaçāo, repetida pelo Mao e multiplicada x10. Algo parecido enxergo nas figuras autocráticas soviéticas em comparaçāo ao zarismo, que por sua vez é certamente herdeiro de formas de organizaçāo políticas autocráticas dos mongois e outros povos das estepas eurasiáticas. Acho que o marxismo na Ásia foi uma «reaçāo da Ásia»--como disse o Spengler--à expansāo liberal ocidental, sob a forma de uma ideología moderna mas fundamentalmente expresando formas políticas asiáticas, que de por sí já eram «despóticas»--que até o mesmo Marx chamou elas assim (vide o conceito de «despotismo asiático»)--, e multiplicando sua brutalidade com a racionalidade da burocracía moderna e certas consignas marxistas que soavam «familiares» para essas sociedades, en contraposiçāo ao liberalismo que esmagava o coletivismo tradicional dessas sociedades. Irónicamente para o marxismo, ele pavimentou o caminho para a entrada do liberalismo nesses países, já que de uma forma ou outra o marxismo «ocidentalizou» em um grau considerável a cultura dessas sociedades.
Ótimo vídeo. Gostaria de fazer duas indagações: I - então o importante é interpretar o mundo e não mudar ele? Se sim, há algum livro que melhor explica isso? II - colocar o marxismo como uma cultura* seria melhor do que filosofia e ideologia? Abraço. (*se puder recomendar um livro sobre cultura ficarei agradecido.)
Também é importante agir no mundo, mas o conhecimento dele deve ter prioridade. Até porque não conseguimos melhorar o que não conhecemos. O comentário mais completo ao pensamento de Marx está em "O Marxismo de Marx", de Raymond Aron. Sobre o marxismo ser uma cultura, é uma interpretação viável. De fato, ele parece ter se tornado isso no Ocidente.
poxa, achei muito lindo a maneira que você fala, o marxismo é chato, e falo como leitor de Marx, é complexo e até explicarmos a pessoa já nos xingou de 30 formas diferentes hauhauhua
Professor Omar, sei que não tem haver com o vídeo, mas quero perguntar: estou querendo ler as obras do físico Pierre Duhem, mas não há tradução para o português. Os livros estão em inglês, alemão e francês. Quero lê-los em francês, mas não tenho nenhuma intimidade com o idioma. O que indica para me ajudar na leitura? Não tenho a pretensão de ser fluente em francês, apenas quero ler as obras do referido físico.
Para ter um domínio instrumental do francês, basta que você adquira um bom dicionário (recomendo o Le Robert), uma boa gramática da língua francesa, e um livro de conjugação de verbos franceses. Com essas 3 coisas, e praticando a leitura, você dominará o básico da língua em questão de poucos meses.
Todos os dias eu replico os conteúdos do professor Omar para meus alunos e peço resenha de seus trabalhos…É um excelente trabalho…Grato Professor
Opa, saudações. Sou historiador, me identifico com a historiografia marxista em dislogo com annales, pesquiso o secuko XVI e XVII o litoral sul paulista. Cheguei no seu vidro dobre livros recomendados pela revolução francesa, me identifiquei muito com ss recomendação e fui ver seu canal. Conteudo bem sobrio e honesto. Parabéns, inclusive pela crítica. Ganhou um inscrito marxista não muito ortodoxo. Forte abraço.
Essa síntese doutrinária chinesa está bem explicada no livro "Sobre a China" - Henry Kissinger.
Só o fato da Escola de Frankfurt se desenvolver nos Eua em plena época de guerra fria já é um grande indício de que estava servindo aos interesses dos Eua.
Guerra fria foi pura farsa, sinceramente.
O livro "Quem Pagou a Conta?" tem uma exposição muito boa sobre essa simbiose entre globalismo e a Escola de Frankfurt.
Procurem o canal Orientação Marxista.
O melhor canal sobre marxismo atualmente. Por mais que eu considere a análise do Omar bem lúcida existem pontos de divergência
@@OlharessobreaFéCatólica exatamente
O canal MARXISMO BARBARO , também tem muitas aulas e cursos excelentes.
Comento dois pontos deste vídeo:
1) Elogio: é um vídeo feito com elegância e honestidade intelectual que é difícil encontrar entre críticos conservadores do marxismo, inclusive críticos cristãos católicos. 👏👏👏👏
2) Crítica: quando você pareceu no vídeo dizer que Lenin estava morto praticamente enquanto um intelectual útil para ajudar construir uma orientação a cerca do mundo capitalista real e prático, você me pareceu entrar em contradição. Porque você disse que Lenin introduziu no marxismo o conceito de imperialismo, e você usa um conceito muito semelhante, senão quase sinônimo deste, o conceito de globalismo para justificar as conclusões que você colocou nos últimos segundos do seu vídeo
O conceito de imperialismo nāo é exclusivo do marxismo-leninismo.
O Marxismo vive... Vive enchendo o saco.
😆
@renansantik você aí
Quem dera se fosse só encheção de saco!
Há um erro no minuto 4:20.
Marx não vê a luta de classes como um motor imóvel de todas as metamorfoses sociais. Se fosse dessa maneira o marxismo não seria materialista e dialético, já que colocaria uma lei fundamental e imutável para explicar todas as transformações sociais.
Veja, Se a dialética não parte de conceitos fundamentais qual seria o sentido de Marx considerar este princípio fundamental?
Note também que Marx faz críticas ao materialismo do século passado contemporâneo a ele justamente por propor uma chave pra explicação das transformações sociais nas leis da natureza mecânica.
O marxismo não considera a luta de classes como o motor da história, pelo contrário, ele admite que a história e a realidade são extremamente complexas, portanto não dá pra compreender a realidade por meio de leis imutáveis.
Poderia indicar algum livro que fala sobre a cultura industrial que o senhor se se refere no vídeo . Obrigado 👍🏾
Achei interessante esse termo , gostaria de saber + sobre o tema . ✌🏾
Leia a coletânea de ensaios "Indústria cultural e sociedade", de Theodor Adorno.
Sr omar,sou um grande admirador seu e agradeço muito pelo seu trabalho!eu tenho 1 sugestão e uma pergunta,1 sugestão=video sobre peça de teatro ,pergunta seu posicionamento sobre o cv2?
Muito obrigado pela sugestão! Certamente ainda teremos muito a falar sobre teatro no canal 😉
Em relação ao Concílio, embora não seja teólogo nem especialista no tema, posso dizer que minha opinião é, ao menos em geral, a mesma que a adotada pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
Oi Omar! Faz um vídeo sobre Marcel Proust da mesma maneira que tu fizeste com Victor Hugo.
Como socialista, achei uma análise sóbria. Embora não concorde com tudo que tenha falado, interpretativamente.
Tirou as palavras da minha boca camarada, trata-se de uma boa análise. Parabéns ao Omar
1. O que você disse sobre o amadorismo do Marx e do marxismo eu mesmo percebo quando o estudo, é que tem coisas muito bobas, muito básicas nas quais eles patinam.
2. A questāo das camadas ideológico-culturais na China concordo 100%. Eu vejo na figura do Mao Tse-Tung uma continuaçāo do imperador chinês confuciano, incluso o autoritarismo e a brutalidade como eles tratavam a sua populaçāo, repetida pelo Mao e multiplicada x10. Algo parecido enxergo nas figuras autocráticas soviéticas em comparaçāo ao zarismo, que por sua vez é certamente herdeiro de formas de organizaçāo políticas autocráticas dos mongois e outros povos das estepas eurasiáticas. Acho que o marxismo na Ásia foi uma «reaçāo da Ásia»--como disse o Spengler--à expansāo liberal ocidental, sob a forma de uma ideología moderna mas fundamentalmente expresando formas políticas asiáticas, que de por sí já eram «despóticas»--que até o mesmo Marx chamou elas assim (vide o conceito de «despotismo asiático»)--, e multiplicando sua brutalidade com a racionalidade da burocracía moderna e certas consignas marxistas que soavam «familiares» para essas sociedades, en contraposiçāo ao liberalismo que esmagava o coletivismo tradicional dessas sociedades. Irónicamente para o marxismo, ele pavimentou o caminho para a entrada do liberalismo nesses países, já que de uma forma ou outra o marxismo «ocidentalizou» em um grau considerável a cultura dessas sociedades.
Recomendo o canal do professor João Carvalho é bom ver o ponto de vista de um Marxista-Maoista
@@edsonthiago63 Eu nāo perco meu tempo com lixo. Todos esses youtubers marxistas nāo servem prà nada.
Professor, pode fazer um vídeo sobre a Escola de Frankfurt em específico?
Ótimo vídeo. Gostaria de fazer duas indagações: I - então o importante é interpretar o mundo e não mudar ele? Se sim, há algum livro que melhor explica isso? II - colocar o marxismo como uma cultura* seria melhor do que filosofia e ideologia? Abraço. (*se puder recomendar um livro sobre cultura ficarei agradecido.)
Também é importante agir no mundo, mas o conhecimento dele deve ter prioridade. Até porque não conseguimos melhorar o que não conhecemos. O comentário mais completo ao pensamento de Marx está em "O Marxismo de Marx", de Raymond Aron. Sobre o marxismo ser uma cultura, é uma interpretação viável. De fato, ele parece ter se tornado isso no Ocidente.
E quanto as coisas que o professor Olavo dizia?
Marx!smo é o triunfo da quilingagem.
poxa, achei muito lindo a maneira que você fala, o marxismo é chato, e falo como leitor de Marx, é complexo e até explicarmos a pessoa já nos xingou de 30 formas diferentes hauhauhua
Professor Omar, sei que não tem haver com o vídeo, mas quero perguntar: estou querendo ler as obras do físico Pierre Duhem, mas não há tradução para o português. Os livros estão em inglês, alemão e francês. Quero lê-los em francês, mas não tenho nenhuma intimidade com o idioma. O que indica para me ajudar na leitura?
Não tenho a pretensão de ser fluente em francês, apenas quero ler as obras do referido físico.
Para ter um domínio instrumental do francês, basta que você adquira um bom dicionário (recomendo o Le Robert), uma boa gramática da língua francesa, e um livro de conjugação de verbos franceses. Com essas 3 coisas, e praticando a leitura, você dominará o básico da língua em questão de poucos meses.
Essa síntese doutrinária chinesa está bem explicada no livro "Sobre a China" - Henry Kissinger.