O curso de Teologia Cristã (Protestante) no Brasil
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- Опубликовано: 9 фев 2025
- Aqui trabalho um pouco como funciona o curso de Teologia Cristã de vertente Protestante no Brasil, qual a dinâmica dele com as denominações religiosas e aproximar algumas ideias sobre qual o tipo de formação que podemos esperar de um teólogo brasileiro.
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Vídeo muito bom! Estou cursando Direito na UFMG e Teologia na PUC-Minas e tem sido maravilhoso.
Muito bom.
Estou sentindo falta dos seus vídeos. Está tudo bem? Volte, logo! Seus conteúdos são edificantes e maravilhosos. Obrigado. Felicidades.
Vc é D+... Por favor não pare de gravar... As faculdades estão perdendo em não ter uma professora como você... Parabéns e obrigado!
Hahaha... Pensando bem, as faculdade estão perdendo um conjunto enorme de docentes pois o tanto de gente com a cabeça bacana que se forma em Teologia e não consegue espaço de atuação é impressionante! :D
De qualquer forma, muito obrigada! Abraços!
Pois é Professora. Minha historia é "mais ou menos" parecida com a sua (risos). Eu fiz vários cursos: Arte (Licenciatura), Marketing, Comunicação (MBA), filosofia (especialização) e Teologia. Porém, sempre me dediquei a Teologia (embora hoje eu viva do marketing). A teologia sempre foi paralela, porém de suma importância na minha vida (sonho um dia viver dela). Não só a Teologia, mas muitos cursos de Humanas no Brasil são bastante injustiçados. Confirmando a sua análise, a maioria dos meus amigos da graduação em Teologia, estão mestrando em "Ciências da Religião". - Acrescentando, tem muita gente de Teologia migrando (também) para Psicologia (psicologia Pastoral). O que você acha? Quando possível assista o meu canal: ruclips.net/video/C1L79kmXq7w/видео.html
Abraço!
Vi seu vídeo e seu canal foi o primeiro em que me inscrevi como "Pensar Teologia", rsrs. Adorei. Sua voz é muito boa de ouvir, tranquiiiila... :D
Gostei também da explicação acerca do dadaísmo (um movimento que nunca entendi muito bem. Para mim ele era só uma baderna de significados). Nunca fui muito fã de Marcel Duchamp pois as obras dele demarcam uma característica muito importante da arte contemporânea que é o esvaziamento do sentido original das coisas. Mas você me mostrou outra visão sobre o trabalho dele, muito interessante professor!
Devia ler Plotino. A Teologia carece de gente que trabalhe a estética e a experiência individual com Deus. Até que ponto o contato com o belo (amor, felicidade) e com o feio (dor, sofrimento) afeta nosso olhar sobre a fé e nosso conhecimento do divino? Podia ingressar nestes estudos sem medo de ser feliz, rsrs. Vou assistir outros vídeos seus.
Quanto à sua pergunta. Bom, penso que o diálogo entre a Teologia e outras áreas do conhecimento é sempre válido. O perigo neste diálogo é perdemos a perspectiva propriamente teológica e enfatizarmos mais o outro campo de estudos. Neste caso, seria a situação de um teólogo que decide se focar na Psicologia. Ele deixa de ser teólogo para ser psicólogo. Trabalhar sobre a fina linha da conversa entre dois ou mais ambientes (igual você faz também, entre a Arte, a Filosofia e a Teologia) é um esforço complicadíssimo pois exige um tremendo equilíbrio para que a Teologia em si não fique carente de conteúdo e reflexão.
Por outro lado, a Teologia é construída a partir deste contato, deste diálogo. Portanto, à medida em que você conhece e aprende outros discursos, e os aplica ao pensamento teológico, você está desenvolvendo uma Teologia mais plural e, consequentemente, mais aberta (embora o diálogo com outras áreas nem sempre resulte em abertura).
A Teologia por si só não preenche a habilidade que a liderança precisa desenvolver para atender o público. Vejo o ser humano como sendo bastante sensível aos revezes do dia-a-dia e isso ocorre desde o momento em que descobrimos a existência de um eu interior que coordena nossas ações. A Psicologia só se deu ao trabalho de descrever, com relativa perspicácia, o processo desta coordenação interna. Se a liderança se preocupasse tanto com sua membresia ao ponto de realizar cursos de psicologia para saber lidar com a consciência e inconsciência do outro, então vejo isso como uma sincera expressão do amor caridoso (e cristão) o que reflete em uma profunda compreensão teológica de sua missão no mundo.
Porém, não imagino que esta preocupação com o outro seja o cerne da busca pela compreensão psicológica da maioria dos líderes, e sim a retenção de membros. Se for este o último caso, então vejo essa busca como uma sincera expressão de falta de Teologia. Desta forma, o que ocorre nesta situação, não é diálogo entre Teologia e Psicologia, mas ambição humana. :)
Abraços!
Este assunto renderia um bom hangout (risos). Obrigado Professora, Plotino é realmente fascinante. - No âmbito da arte, para defender minha exegese, eu bebo da fonte de Agostinho de Hipona contrapondo com a visão estética de Aristóteles. Aliás, o próprio Lutero usou a arte como música para expandir o protestantismo na Reforma e também Johann Sebastian Bar no legado Luterano. - A arte foi bastante explorada pelo cristianismo principalmente no barroquismo e no romantismo, mas ainda assim existe resistência nas universidades em atrelar os assuntos. - Algumas questões políticas e culturais também geram pré-conceitos, mas deixemos para outra ocasião. - Sobre a psicologia eu concordo plenamente que a união dos diálogos não é proibida desde que resultem nesta "Teologia plural" e abrangente, sendo assim, todas as questões precisam estar em equilíbrio. - Obrigado pela atenção Professora Elissa! Tudo de bom! Estou ansioso para assistir os próximos vídeos do canal. Abraço!
Não sabia deste lado "sombrio" da arte. Mas é algo que faz sentido, afinal, preconceitos existem por todos os lados!
Não sabia que estudava Agostinho também, muito bacana! Podia fazer uns vídeos sobre ele... :D
Eu que agradeço pelo comentário! Tudo de bom para você também, abraços!
Muito bom seus vídeos...não pare!!
Não pararei! :D
poderia fazer um vídeo falando sobre a questão da lei e da graça que está em romanos 3, 4, 5 e 6?
eu tive que reler estes capítulos várias vezes pra entender UM POUCO da essência do que ele falou 😂 e acho que meu raciocínio ainda não ficou completo em relação a isso.
Beijinhos!
Quem sabe? É uma ideia e vou pensar em como fazer isso. Obrigada pela sugestão! Abraços! :D
Elissa, seu vídeo foi muito didático e objetivo. Aprendi e reforcei bastante algumas opiniões pessoais.
Fiquei durante um ano em um seminário tradicional da minha cidade, mas saí ao me dar conta de que o ensino estava carregado de doutrinação e enviesamento por uma linha ideológica. Sei que isso é praticamente inevitável, contudo, conclui que não era aquilo que desejava. Como em minha cidade não temos nenhuma faculdade de teologia presencial, optei por iniciar uma a distância agora em fevereiro. A propósito, o seminário oferecia um curso livre em teologia. O atual me dará o certificado.
Eu realmente me dispus a recomeçar algo. Sei que não será fácil manter uma disciplina de estudos com o ensino EAD, mas pretendo me esforçar e dar meu melhor. Desejo ser teólogo e investir nessa formação.
Nunca me limitei ao curso para estudar. Sou muito independente quanto a isto e particularmente, acredito ter mais haver comigo uma rotina de estudos à parte da grade do curso de teologia. Me refiro a filosofia, sociologia, artes, história, todas fundamentais para entendermos quem somos e pra onde vamos.
Dito isso, só queria agradecê-la, por estar dando mais um direcionamento em minha jornada. Estou sempre acompanhando seus vídeos. Você tem muito futuro. Deus te abençoe.
Olá Igor!
Fico muito feliz em saber que este vídeo te ajudou a esclarecer e elaborar algumas ideias suas. Embora o ambiente em que isso aconteça seja virtual, vejo a interação entre os vídeos e as pessoas que assistem como uma forma de diálogo, o que, para mim, é sempre frutífero.
É uma pena que não tenha se adaptado ao curso seminarístico. Para aqueles que buscam um conteúdo teológico mais aprofundado, os seminários acabam deixando mesmo a desejar por causa do objetivo maior deles: a formação ministerial. Existem linhas doutrinárias que os seminários defendem, cada uma associada à respectiva denominação à qual estão atrelados. Por um lado, isto não é ruim, pois ainda que seja uma formação direcionada às convicções defendidas pela igreja em questão, ainda se trata de uma educação, de um ensinamento e isso é algo que as lideranças necessitam constantemente. No entanto, a formação seminarística não foi elaborada para todos.
É muito bom saber que você continua insistindo e que está em um curso EAD de Teologia. Sendo independente, acredito que poderá ir bem longe e, quem sabe, fazer um Mestrado e Doutorado em Teologia. Como disse no vídeo, ainda carecemos de teólogos que desenvolvam um pensamento de caráter brasileiro. Portanto, quanto mais estudiosos se envolverem nesta área, maiores serão as chances de produzirmos reflexões conforme nosso contexto social, religioso e político.
Deste modo, desejo sucesso para ti Igor! Espero que esta jornada possa gerar muitos frutos não apenas para você, mas para várias outras pessoas também (afinal, o pensamento deve visar sempre a propagação, o ensino de outras pessoas).
Grande abraço e Deus te abençõe!
Teologia da Libertação não foi contada como uma teologia brasileira? Não compreendi.
Duas coisas: existem centenas de bacharelado em teologia (evangélica e não exatamente protestante) no Brasil, que não passam de uma "escola dominical com um plus" (elas até repudiam matérias seculares em sua grade, como sociologia, filosofia, antropologia e afins); e por isso a teologia no Brasil é tão desqualificada e as vezes mal vista aos olhos de outros cursos de nível superior.
Poucas universidades de teologia têm cursos aprofundados e fora da "caixinha" devocional. Eu destacaria as melhores como sendo as luteranas, as metodistas e as presbiterianas (especialmente a Mackenzie, mas tenho minhas reservas a esta mesmo assim, por ser muito conservadora). Fora essas, só mesmo as católicas!
Quando fiz meu bacharelado nos anos 1980 na Metodista, meus professores diziam: "comprem livros apenas nas Edições Paulinas, na Loyola ou na Vozes, pois nelas vocês terão livros em profundidade!"
Acho que hoje essa experiência é um pouquinho diferente Orlando. A Metodista perdeu bastante o seu mérito como instituição de ensino teológico. Alguns ex-estudantes de lá que conheci, inclusive, me diziam que existem duas turmas: a da manhã e a da noite. Quem estuda de manhã, aprende um ensino bem mais doutrinário e eclesial do que quem estuda noite. Tanto que eles se identificavam dessa maneira. Os da noite eram os acadêmicos e os da manhã, futuros líderes de ministério. A Mackenzie se fechou bastante ao longo dos anos também, porém, surgiram outras opções como a UNIDA de Vitória, que possui um curso de graduação em Teologia muito bem conceituado academicamente. Boa parte de seus docentes são doutores e eles tem, inclusive, um Mestrado em Ciências da Religião. Eu gosto de lá.
@@PensarTeologia Então Elissa, mas é esse academicismo que vc mencionou (que a turma da noite tem) é que falta nas faculdades de teologia. Porque, ses formos estudar teologia a nível superior, mas com espectro devocional, é melhor ficar só na igreja mesmo! (Não estou criticando a sua resposta, apenas fazendo uma colocação, pois hoje estou envolvido mais com a fiilosofia da religião)
Não acho, pois mesmo o espectro devocional é uma forma de estudo. Jesus Cristo não ensinava à população de forma acadêmica, mas devocional, na conversa. Sou defensora de uma Teologia que leve ao pensamento, mas de longe acredito que a Teologia de caráter acadêmico alcança esse patamar, ao contrário, conheci muitos "acadêmicos" que desistiram da Teologia, do pensar a fé, pois não encontraram espaço na academia para discutir suas ideias. São pessoas que foram longe demais e não acho que a função da Teologia seja distanciar seus estudiosos dela mesma. O pensar teológico se faz no cotidiano, na simplicidade da vida, no conversar com as pessoas e no despertar de pensamentos que, aos poucos, integram um contexto, adquirem um sentido. A leitura ajuda nessa formulação racional, mas a Teologia é também a prática da fé e, neste sentido, vejo que fé e razão são duas coisas diferentes, embora interligadas. Entretanto, a fé não se alimenta apenas do pensamento, mas, sobretudo, da sensibilidade humana. E, definitivamente, você não adquire sensibilidade na academia.
Esqueci de mencionar em meu comentário acima, livros indicados das editoras protestantes: Concórdia e Sinodal (luteranas) e da própria Ed. Metodista (do Brasil, do prelo da então chamada IES - instituto de Ensino Superior, que ainda não era a Universidade Metodista de São Paulo).
Olá, Elissa Gabriela! Muito Bom seus vídeos. Sou formado em História e também tenho uma pós em Filosofia. Vou cursar teologia em um seminário aqui do RJ reconhecido pelo MEC. Sou batista e tenho interesse na área acadêmica( pesquisa) e ensino religioso É, realmente, muito fechada a área dentro da teologia? Qual dica você daria para quem está iniciando essa graduação? Obrigado, Deus te abençoe.
O ambiente da Teologia é sempre muito difícil para quem está fora da igreja. Quem já congrega uma comunidade e está há algum tempo envolvido em uma denominação, algumas vezes a própria igreja fornece caminhos para o envolvimento do estudante nas atividades ministeriais. Porém, dentro do meio acadêmico o caminho é um só para todas as áreas (não só para a Teologia): formação, publicações e participação na comunidade acadêmica.
Quando terminar sua graduação em Teologia, prossiga seus estudos para um mestrado e depois para um doutorado. A concorrência é absurdamente grande (não por causa do número de teólogos e teólogas, mas devido à baixa quantidade de vagas disponíveis), por isso, minha dica maior é: faça contatos. Conheça pessoas influentes, coordenadores, diretores de instituições e se entregue. Em algum momento, a oportunidade para lecionar irá surgir mas, até isso acontecer, você precisa construir seu nome, sua carreira e se fazer presente.
Para mim e para muitos teólogos acadêmicos este é um processo extremamente desgastante pois a perspectiva é mais negativa que positiva (sem ser pessimista, rs). Conheci muitas pessoas que desistiram no meio do caminho, porém, existem casos de sucesso também. Não pense que a carreira acadêmica na Teologia é um mar de rosas. Ter o pé no chão é importante para não se iludir demais com o horizonte. Rubem Alves, Júlio Zabatiero, e vários renomados teólogos brasileiros passaram (e ainda passam) por muitas dificuldades financeiras ao longo de toda a vida. Sua motivação para se envolver, academicamente, com a Teologia deve ser o puro e simples amor pelo conhecimento de Deus. Estando alinhado com esse objetivo, as dificuldades serão suportáveis. Permaneça firme e que Deus o abençõe nesta empreitada! Abraços!
oq o teologo faz alem de pastor profissionalmente falando no exterior?
Olá Samuel,
O pastoreio é a "profissão" mais comum resultante da formação teológica. Na realidade, dentro da fé cristã, ela deriva de um chamado, portanto, a realização de um curso de Teologia serve para aprofundar no conhecimento acerca da Palavra de Deus. No entanto, no exterior é mais comum a atuação e reconhecimento do teólogo acadêmico. Portanto, ele não só é pastor como é professor em instituições de Teologia, podendo ser pesquisador, palestrante e por aí vai. Outra atuação do teólogo que é mais comum no exterior do que no Brasil é a sua articulação dentro de ONGs e projetos missionários. No Brasil temos a ONG "A Rocha" que atua, em conjunto com ambientalistas, teólogos, estudantes e muitos outros profissionais na defesa em favor do meio ambiente. Logo, eles desenvolvem uma série de atividades, cartilhas, palestras para promover sua missão. Esta é uma ONG cristã. Existem outras ONGs deste modelo no Brasil, como a Visão Mundial, a Rio de Paz, dentre outras. Esta é uma modalidade de atuação do teólogo muito pouco conhecida no Brasil ainda, mas que está se expandindo com rapidez até onde sei.
É importante considerar que a atuação do teólogo dentro do Cristianismo Protestante Evangélico é diferente da atuação do teólogo dentro do Cristianismo Protestante Luterano, o qual também é diferente da atuação dentro do Cristianismo Católico... A partir do momento em que a organização institucional da Igreja se modifica, ela também altera a participação da Teologia ali dentro.
A visão que apresentei neste vídeo é aquela presente dentro da vertente do Cristianismo Protestante Evangélico, que costuma tomar um sério cuidado com o pensamento teológico. Isto não ocorre dentro do Catolicismo Romano por exemplo, em que a própria função do papado exige, como um requisito obrigatório, muitos anos de estudo teológico e filosófico, além de atividades na área. Geralmente os papas e bispos costumam ter uma enorme bagagem de estudos teológicos. Não sei como acontece no caso do Catolicismo Ortodoxo.
Espero ter ajudado a responder sua pergunta! :D
Abraços!