O escritor trouxe muitas interpretações ousadas ao mesmo tempo que fundamentadas (não parece em nada com meus professores, que falavam sem ler), eu gosto muito quando artistas falam o que pensam. Valeu a pena assistir, obrigado por ter este vídeo de nove anos atrás. Achei coragem a Leitura do Lísias, o que é mais do que se pode dizer da maioria dos intelectuais que falam na infernet. Obrigado ao artista por este speak-your-mind.
Ótimo! Acabo de encerrar a leitura e procurei aqui no RUclips alguma análise sobre o livro. Esta é a primeira que vejo e gostei bastante. A questão do tempo é fundamental para entender o livro, assim como os autores modernistas no geral. Gostei da colocação sobre a impossibilidade, apesar de não ser a que mais me despertou os olhos. Acredito que o Proust passa o sentido da admiração e do encantamento nesse primeiro livro, e parece-me nem se importar tanto com a concretude. Fiquei apenas com algo em aberto, gostaria de entender melhor o porquê do aprofundamento da história entre Odette e Swann no capítulo Um Amor de Swann, apesar de acreditar que terei a resposta nos próximos livros da obra Em Busca do Tempo Perdido. Por fim, obrigado pela divulgação desta rica análise.
A hegemonia da perspectiva pós-moderna nas instituições de pensamento, e nos intelectuais que as personificam acriticamente (e intransigentemente), implica essa contradição: a de que uma hipótese sobre o sentido e o significado de uma obra literária (qual seja, a de que não é possível alcançar nenhum grau de objetividade, visto que tudo é linguagem nos fenômenos humanos) seja enunciada de forma absolutizante - e sarcástica (ao afirmar, sem admitir outras perspectivas, um relativismo absoluto). Toda discordância quanto ao relativismo pós-moderno é tratada sumariamente como impossibilidade, e "totalitarismo".
O livro é muito bom. Essa aula é péssima e cheia de contradições. Alguns exemplos: - modernamente, cada leitor está aberto pra ter seu própria interpretação (daí ele vai lá e fala a dele com toda certeza possível) - a grande temática do livro é da impossibilidade da verdade, wtf? De onde ele tirou isso? Diz que Proust claramente diz isso, onde? (Ele pega um comentário de outro autor que também joga isso sem citar o texto do livro - é um loop de certezas sem citar a lógica ou racional) - ele não tem lógica: ele vincula a dificuldade da obra com a reação inicial que seria o nazismo (wtf??????) - depois ele fala que essas pessoas que trazem a verdade (como pastores) são nazistas e precisam ser combatidos (só esqueceu que o seu próprio discurso não é autoritário?) Basicamente é uma aula que fugiu da analisar a obra. Tam outras no RUclips mais simples e direta, sem querer impor qualquer viés ideologico.
eu não achei isso (respeito sua opinião, afinal não foi tb não foi uma perfeição dopaminérgica)... talvez se ele fosse mais emotivo e menos acadêmico ou... olha, pelo menos tenho certeza que ele leu os sete livros, o que difere de umas aulas sobre Proust com um professor que tive na universidade. E consegue mesmo ter mais emoção com a leitura do que muitos intelectuais que conheci. Tive o prazer de conhecer o Lísias: trata-se de um SENHOR leitor. o que vocês acham do Jordan Peterson? (eu acho exagerado mas pelo menos ele se emociona com o que diz sobre os livros... Sabe? Eu gosto disso nas pessoas)
As faculdades de jornalismo não têm linguística, mas têm cursos de semiótica. E, de fato, essa questão a respeito do mito a objetividade e da linguagem como representação e estudado. A questão é separar o debate acadêmico do que é feito ao rés do chão do trabalho da imprensa. entendo que a culpa não é dos cursos de comunicação, mas dos profissionais que ainda postulam e defendem essas mitologias da profissão de forma demagógica de forma a convencer o leitor. Insisto: essas questões são problematizadas nas academias, mas há uma distância entre o debate das faculdades hoje e a lógica mercadológica da imprensa.
O escritor trouxe muitas interpretações ousadas ao mesmo tempo que fundamentadas (não parece em nada com meus professores, que falavam sem ler), eu gosto muito quando artistas falam o que pensam. Valeu a pena assistir, obrigado por ter este vídeo de nove anos atrás. Achei coragem a Leitura do Lísias, o que é mais do que se pode dizer da maioria dos intelectuais que falam na infernet. Obrigado ao artista por este speak-your-mind.
Ótimo! Acabo de encerrar a leitura e procurei aqui no RUclips alguma análise sobre o livro. Esta é a primeira que vejo e gostei bastante.
A questão do tempo é fundamental para entender o livro, assim como os autores modernistas no geral. Gostei da colocação sobre a impossibilidade, apesar de não ser a que mais me despertou os olhos. Acredito que o Proust passa o sentido da admiração e do encantamento nesse primeiro livro, e parece-me nem se importar tanto com a concretude.
Fiquei apenas com algo em aberto, gostaria de entender melhor o porquê do aprofundamento da história entre Odette e Swann no capítulo Um Amor de Swann, apesar de acreditar que terei a resposta nos próximos livros da obra Em Busca do Tempo Perdido.
Por fim, obrigado pela divulgação desta rica análise.
A hegemonia da perspectiva pós-moderna nas instituições de pensamento, e nos intelectuais que as personificam acriticamente (e intransigentemente), implica essa contradição: a de que uma hipótese sobre o sentido e o significado de uma obra literária (qual seja, a de que não é possível alcançar nenhum grau de objetividade, visto que tudo é linguagem nos fenômenos humanos) seja enunciada de forma absolutizante - e sarcástica (ao afirmar, sem admitir outras perspectivas, um relativismo absoluto). Toda discordância quanto ao relativismo pós-moderno é tratada sumariamente como impossibilidade, e "totalitarismo".
muito bom! valeu! parabéns!
O livro é muito bom. Essa aula é péssima e cheia de contradições. Alguns exemplos:
- modernamente, cada leitor está aberto pra ter seu própria interpretação (daí ele vai lá e fala a dele com toda certeza possível)
- a grande temática do livro é da impossibilidade da verdade, wtf? De onde ele tirou isso? Diz que Proust claramente diz isso, onde? (Ele pega um comentário de outro autor que também joga isso sem citar o texto do livro - é um loop de certezas sem citar a lógica ou racional)
- ele não tem lógica: ele vincula a dificuldade da obra com a reação inicial que seria o nazismo (wtf??????)
- depois ele fala que essas pessoas que trazem a verdade (como pastores) são nazistas e precisam ser combatidos (só esqueceu que o seu próprio discurso não é autoritário?)
Basicamente é uma aula que fugiu da analisar a obra. Tam outras no RUclips mais simples e direta, sem querer impor qualquer viés ideologico.
Meu Deus Que exposição confusa
eu não achei isso (respeito sua opinião, afinal não foi tb não foi uma perfeição dopaminérgica)... talvez se ele fosse mais emotivo e menos acadêmico ou... olha, pelo menos tenho certeza que ele leu os sete livros, o que difere de umas aulas sobre Proust com um professor que tive na universidade. E consegue mesmo ter mais emoção com a leitura do que muitos intelectuais que conheci. Tive o prazer de conhecer o Lísias: trata-se de um SENHOR leitor.
o que vocês acham do Jordan Peterson? (eu acho exagerado mas pelo menos ele se emociona com o que diz sobre os livros... Sabe? Eu gosto disso nas pessoas)
As faculdades de jornalismo não têm linguística, mas têm cursos de semiótica. E, de fato, essa questão a respeito do mito a objetividade e da linguagem como representação e estudado. A questão é separar o debate acadêmico do que é feito ao rés do chão do trabalho da imprensa. entendo que a culpa não é dos cursos de comunicação, mas dos profissionais que ainda postulam e defendem essas mitologias da profissão de forma demagógica de forma a convencer o leitor. Insisto: essas questões são problematizadas nas academias, mas há uma distância entre o debate das faculdades hoje e a lógica mercadológica da imprensa.